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Vacinas para Bovinos e Bubalinos Sumário INTRODUÇÃO DAS AMEAÇAS AOS REBANHOS DE BOVINOS E BUBALINOS Botulismo Brucelose Bovina Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) Diarréia Viral Bovina (BVD) Tétano Clostridiose Diarreia Neonatal Raiva Leptospirose Febre Aftosa Mastite CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 2 INTRODUÇÃO 1 A bovinocultura e a bubalinocultura são atividades de grande importância no Brasil. 4 A vacinação sempre foi e ainda é uma prática fundamental para que se evite doenças no rebanho. Os custos da prática estão relacionados ao valor dos produtos e mão-de-obra para manejo e aplicação. São diversas as vacinas comercialmente disponíveis para uso em bovinos e búfalos. A prática protege os rebanhos contra possíveis agentes infecciosos causadores de problemas na reprodução. Há microrganismos causadores de doenças infecto- contagiosas, que prejudicam a produção de gametas, outros que levam à perda de viabilidade embrionária ou fetal, e morte do concepto. 5 “ DAS AMEAÇAS AOS REBANHOS DE BOVINOS E BUBALINOS 2 BOTULISMO Doença não contagiosa causada pela ingestão e absorção intestinal de toxinas produzidas pelo Clostridium botulinum, uma bactéria, bastonete anaeróbio, formador de esporos. Os animais apresentam dificuldade na locomoção, devido à paralisia dos membros posteriores. Pode ocorrer também paralisia dos músculos na mastigação o que impede que o animal pegue, mastigue ou degluta o alimento. O método mais efetivo é a vacinação de todo o gado, de forma que a primeira dose deve acontecer a partir dos 12 meses de idade. Mas, quando identificado o risco de botulismo em bezerros, essa vacinação pode ser feita antes deste período. 7 8 Representação de um animal com dificuldades de locomoção. BRUCELOSE BOVINA Doença infectocontagiosa, também chamada de “Aborto Contagioso” que ataca os bovinos, outras espécies animais e o homem. Causada por uma bactéria, aloja-se no útero, na placenta e/ou no úbere das fêmeas doentes, e nos testículos de bovinos infectados A introdução da brucelose num rebanho sadio ocorre principalmente pela aquisição de bovinos infectados. Os principais sintomas da brucelose é o abortamento, geralmente a partir do 6º mês de gestação. Prevenção através da vacinação das bezerras. Diagnóstico através da análise de membranas para a detecção do agente, e o tratamento à base de antibióticos. 9 10 Resultado de imagem para brucelose bovina. RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA (IBR) A IBR é uma doença viral de distribuição mundial causada pelo herpesvírus bovino tipo 1 (BHV-1). O vírus da IBR tem efeito negativo na fertilidade, pois influencia na qualidade dos embriões, causa morte embrionária e aborto. Causado por um herpesvírus bovino do tipo 1, é um importante patógeno na bovinocultura e na bubalinocultura, causador de significantes perdas na indústria pecuária, acarretando problemas na reprodução e mortalidade. A única forma de prevenir contra os danos causados seria a vacinação, sendo recomendado vacinar somente os animais com idade acima dos três meses, anualmente. 11 DIARREIA VIRAL BOVINA (BVD) Doença infecto-contagiosa, causada por vírus da família Pestírus, com reflexos negativos na reprodução, uma vez que a ocorrência de aborto e de defeitos congênitos são as consequências mais significativas advindas da referida infecção. Quando fêmeas gestantes soronegativas são infectadas, o vírus atravessa a placenta e alcança o feto, causando diferentes graus de lesões macroscópicas que vão de imperceptíveis a fatais, no caso fazendo-se referência à morte fetal. Os animais devem ser vacinados contra a BVD a partir de quatro meses, e os primovacinados devem receber reforço quatro a cinco semanas após a vacinação inicial. 12 13 Rota do Vírus TÉTANO Doença infecciosa não contagiosa ,que produz duas toxinas: tetanolisina e tetanospasmina, que é a principal neurotoxina envolvida com a sintomatologia desta doença. Tétano idiopático: geralmente a transmissão ocorre em casos como: castração, tosquia, vacinação, entre outros ferimentos perfurantes que possam ser contaminados. O tratamento baseia-se no uso da antitoxina, que é aplicada de maneira intravenosa . Também é utilizada a antibioticoterapia. O principal controle é com a vacinação, essencial para que os anticorpos produzidos pelo animal neutralizem as toxinas. Medidas adequadas de manejo, como manter os animais em ambientes limpos e sem estresse, também fazem parte do controle. 14 15 Tetano: mal dos sete dias CLOSTRIDIOSE Caracterizado por ser o grupo de doenças que mais matam bovinos no Brasil. São causadas por bactérias do gênero Clostridium, que sobrevivem e crescem em ambiente sem oxigênio Estão presentes no solo e intestino dos animais, e causam lesões nos órgãos e tecidos, em que a bactéria coloniza um tecido animal e produz suas toxinas.) No mercado existem desde vacinas específicas, como por exemplo contra o Botulismo, o Tétano e a Manqueira, ou ainda as polivalentes contra diversas Clostridioses 16 DIARREIA NEONATAL A diarreia neonatal dos bezerros é uma síndrome resultante da interação entre agentes infecciosos (bactérias, vírus, protozoários e parasitas), e fatores não infecciosos (alimentação, meio ambiente, manejo e condições sanitárias dos animais). Contaminação por via oral, a partir de material fecal contaminado. Por isso a importância de manter a vacinação do rebanho atualizada, sendo usual a vacinação das matrizes no final da gestação, possibilitando a imunização dos bezerros recém-nascidos via colostro. Os sinais clínicos são perda de apetite, amolecimento das fezes, fraqueza, dificuldade para mamar e desidratação. 17 RAIVA Transmitida através da mordedura de animais doentes e portadores de patologia neurotrópica, de caráter irreversível, com lesão progressiva do Sistema Nervoso Central e morte. O principal transmissor de raiva para os bovinos são os morcegos hematófagos. O controle da raiva é feito com a vacinação sistemática de 100% dos animais tidos como susceptíveis, além do controle dos morcegos hematófagos. 18 LEPTOSPIROSE Doença transmissível, que determina grandes prejuízos em rebanhos, sobretudo devido a sua grande influência na queda de produção, infertilidades, abortamentos e mortalidade em neonatos. Transmitida entre os animais direta ou indiretamente via transplacentária, nasal, conjuntival e vaginal, por meio do contato com a urina, sêmen, sangue, secreções vaginais, por mordeduras, ingestão de tecidos infectados, exposição a fontes de água, solo ou alimentos contaminados. O tratamento indicado para a leptospirose é a antibioticoterapia com estreptomicina, administrado pela via intramuscular, em dose única. 19 FEBRE AFTOSA Doença infecciosa aguda causada por vírus, e é considerada uma zoonose embora raramente o homem se infecte com a doença. Os sintomas visíveis são o surgimento de aftas, na boca e nos pés de animais de casco fendido, acometendo bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos. A transmissão ocorre quando o vírus é eliminado por meio de secreções e excreções nasais, saliva, sêmen, leite, urina e fezes. A vacinação é obrigatória para bovinos e bubalinos sendo esta de responsabilidade dos proprietários dos animais. 20 MASTITE Infecção de predominância bacteriana, podendo ocorrer em todas as fêmeas de mamíferos. O animal pode apresentar febre, taquicardia, dispnéia e, às vezes, apatia com rápida evolução e morte dentro de poucos dias. São três os tipos de Mastite: clínicas, subclínicas e de infecção latente, para as quais, a vacinação é a melhor ferramenta de controle e prevenção. Considera-se também a nutrição do animal um fator importante sobre a saúde da glândula mamária. 21 CONSIDERAÇÕES FINAIS: 3 23 A saúde dos rebanhos é um importante fator para a manutenção da atividade pecuáriano país. Constatamos que as vacinas atuam proporcionando imunidade específica contra determinados agentes e evitam a disseminação destes dentro dos rebanhos. Observamos ainda a preocupação com o manejo sanitário nos bovinos e bubalinos, já que as patologias causadas muitas vezes se relacionam com a forma como estes animais são mantidos. Pode ser verificada, por fim, a forma como órgãos fiscalizadores e de pesquisa atuam promovendo campanhas e conscientização dos produtores, uma vez que geralmente a cultura destes animais é sua principal fonte de renda e possíveis perdas advindas de surtos infecciosos causar-lhe-iam grandes prejuízos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 4 25 A vacinação contra IBR, BVD e leptospirose em programas de IATF pode aumentar a taxa de prenhez de vacas? Disponível em <https://www.beefpoint.com.br/a-vacinacao-contra-ibr-bvd-e-leptospirose-em-programas-de-iatf-pode-aumentar-a-taxa-de-prenhez-de-vacas-70881/>; acesso em 03/11/2019 13:27 Botulismo bovino: 5 dicas para evitar a doença nos rebanhos. Revista Veterinária, dia 20 de dezembro de 2017. Disponível em <http://www.revistaveterinaria.com.br/botulismo-bovino-5-dicas-para-evitar-a-doenca-nos-rebanhos/ > Acesso em 29/10/2019 15:04 Brucelose em bovinos. Revista Veterinaria, 23 de junho de 2017. Disponível em <http://www.revistaveterinaria.com.br/brucelose-em-bovinos/ >Acesso em 29/10/201912:31 COLODEL, Edson Moleta. Meningoencefalite necrosante em bovinos causada por herpesvírus bovino. Ciência Rural, vol 32. No2; Santa Maria; Abril de 2002. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010384782002000200018> Acesso em 04/11/2019 0:15 Cura para o botulismo bovino. Pesquisa FAPESP, outubro de 2002. Disponível em <https://revistapesquisa.fapesp.br/2002/10/01/cura-para-o-botulismo-bovino/> Acesso em 29/10/2019 15:17 EQUIPE André Leal de Souza Filho Bárbara Monteiro Ferreira Fernandes Delmas Júlia Lopes da Rocha Letícia de Oliveira Matos Luanne Ferreira da Silva Wiereck Marianne Souza de Paula Ricardo Antônio de Paula Yasmin Araújo Sousa Talía Feliciano de Oliveira 26 Place your screenshot here