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6 Necessidades e Expectativas das Partes Interessadas

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AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FINANÇAS CORPORATIVAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Franciele Lourenço 
 
 
2 
INTRODUÇÃO 
As empresas, além de se preocupar com a gestão de seus recursos 
produtivos, devem se ater à gestão dos seus ativos, afinal é ela quem vai 
determinar todas as riquezas que uma empresa possui, em termos financeiros, e 
ainda demonstrar a capacidade de controle desses bens. 
Portanto, falar sobre as necessidades das partes interessadas é 
importante, dado o envolvimento de acionistas, consumidores, colaboradores e da 
própria gestão, e que estes esperam o maior retorno possível. 
Explicar a importância da ISO 55000 para os ativos também é destaque, 
tendo em vista que tratam-se de normas que colaboram para a boa gestão dos 
ativos empresariais. 
Outro importante ponto é estudar o plano organizacional e os objetivos, 
afinal é nele que as metas e objetivos serão determinados, com vistas a 
estabelecer ações, previsões, execuções e monitoramento da situação 
empresarial. 
 Expor o plano estratégico da gestão de ativos é significatido, já que 
envolve as estratégias de curto e longo prazos, as quais mobilizarão esforços e 
recursos a seu favor. 
E por fim, compreender o plano de gestão de ativos, a fim de facilitar a 
organização e o estímulo ao aumento dos valores dos seus ativos. 
TEMA 1 – NECESSIDADES E EXPECTATIVAS DAS PARTES INTERESSADAS 
Toda empresa busca o aumento de seus lucros e a sobrevivência em longo 
prazo e, além disso, quando envolvem acionistas, a preocupação é ainda maior, 
dada a necessidade de demonstrar pleno domínio das atividades empresariais. 
E, em meio à tecnologia e a todas as inovações promovidas a Gestão de 
Ativos Empresarias, é necessária a avaliação do ciclo de vida de todos os ativos 
físicos, possibilitando uma maior rentabilidade e controle das perdas que possam 
interferir em seu valor. 
 Dito isso, a Figura 1 expressará a forma de organização da Gestão de 
Ativos Empresariais. 
 
 
 
 
3 
Figura 1 – Gestão de Ativos Empresariais 
 
 
 
 
Fonte: ITSS tecnologia, 2021. 
 Serão necessários primeiramente o Planejamento (que pode utilizar os 
preceitos do planejamento estratégico, tático e operacional), a Execução (trata da 
ação e transmissão da informação e comunicação, de forma a garantir que a 
empresa alcance seus objetivos) e Controle (que se utiliza do monitoramento de 
resultados e sua avaliação), estabelecidos pela: Gestão de inventário, Gestão de 
materiais, Gestão de recursos, Gestão de manutenção, Gestão da calibração, 
Gestão de falhas e Gestão de solicitações. 
 Na Gestão de Inventário, também chamada de Gestão de Estoques, há 
várias conceituações sobre estoques. Há aquelas que enfatizam o 
armazenamento de materiais, o conjunto de mercadorias, prejuízos, recursos 
ociosos, bens conservados, entre outras denominações. “Apesar de o estoque ser 
usado para descrever qualquer recurso armazenado, esse termo é normalmente 
utilizado para designar os recursos de entrada transformados” (Graziani, 2021, p. 
10). 
 Assim, os estoques estão introduzidos durante todos os níveis da cadeia 
de suprimento, seja nas fontes de fornecimento, na fábrica (incluindo os materiais 
de produção, estoques em processo e produtos acabados), no transporte, em 
Gestão de 
Inventário 
Gestão de 
Materiais
Gestão de 
Recursos
Gestão de 
Manutenção
Gestão de 
Calibração
Gestão de 
Falhas
Gestão de 
Solicitações
PLANEJAMENTO 
EXECUÇÃO 
CONTROLE 
 
 
4 
armazéns e centros de distribuição até os clientes. Por isso, na cadeia de 
suprimentos, os estoques são divididos em: 
• Proteção ou de segurança: são as incertezas quanto ao fornecimento e 
demanda de produtos; 
• Ciclo: aqueles que não podem fornecer simultaneamente todos os itens 
que produzem; 
• Antecipação: relacionam-se às compensações entre oferta e demanda; 
• Estoque no canal de distribuição: dificuldades de transporte, quando o 
material não pode atender a oferta/demanda instantaneamente; 
• Obsoleto, morto ou evaporado: constituem-se pelos itens deteriorados, 
ultrapassados, perdidos ou roubados. 
 Para a contabilidade, a classificação dos estoques é tratada de uma 
forma um pouco diferente, conforme apresentado no Quadro 1: 
 
Quadro 1 – Classificação dos estoques para efeito contábil 
 
TIPO DE ESTOQUE DESCRIÇÃO 
DE MATERIAIS • São todos os itens utilizados nos processos de transformação em 
produtos acabados 
• Incluem materiais diretos e indiretos, inclusive os materiais 
auxiliares 
DE PRODUTOS EM 
PROCESSO 
• São todos os bens que já entraram no processo produtivo, mas que 
ainda não são produtos acabados 
• São os materiais que começaram a sofrer alterações sem estarem 
finalizados 
DE PRODUTOS 
ACABADOS 
• São todos os itens que já estão prontos para serem entregues ao 
consumidor final 
• Incluem itens de revenda 
EM TRÂNSITO • São todos os itens que já foram despachados de uma unidade 
fabril para outra, normalmente da mesma empresa, e que não 
chegaram a seu destino final 
EM CONSIGNAÇÃO • São todos os itens que continuam a ser propriedade do fornecedor 
até que sejam vendidos ou devolvidossem ônus 
Fonte: Martins; Alt, 2006, citado por Graziani, 2021, p. 17. 
 Isso sem falar nos tipos de demanda que necessitam de ressuprimento, 
que são a Demanda permanente (necessidade de estoques contínuos ou 
permanentes); Demanda sazonal (necessitam de projeção para atender às 
demandas futuras); Irregular (estabelecido mediante a previsão de vendas) e em 
Declínio (quanto deve ser estocado período a período). 
 Por isso, a gestão de estoques dependerá do tratamento dado aos 
estoques e das diferentes classificações de empresas. Além do mais, ela poderá 
 
 
5 
trazer segurança, proteção contra aumentos de preços, entre outros. Por outro 
lado, geram aglomeração, dinheiro parado etc. 
 A Gestão de Materiais diz respeito a todo o conjunto de operações e 
medidas que envolvem o suprimento de todas as áreas da empresa, seja no 
aspecto administrativo, produtivo, de transporte, etc. 
De acordo com Martins e Alt (2009, p. 4): 
A administração dos recursos materiais engloba a sequência de 
operações que tem seu início na identificação do fornecedor, na compra 
do bem, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, 
em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem 
como produto acabado e, finalmente, em sua distribuição ao consumidor 
final. 
 Conforme Figura 2, o ciclo de administração de materias se constitui: 
Figura 2 – Ciclo de administração de materiais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Martins; Alt, 2009, p. 5. 
 Sendo assim, apesar de as empresas apresentarem diferentes fluxos de 
materiais, por conta das diferentes ofertas de bens e serviços, as atividades 
principais que competem à gestão de estoques são: a própria Gestão de estoques 
(com a determinação de o quê? quanto? e quando comprar?); a Gestão de 
compras (decisão de quem comprar e quais as condições de compra) e a Gestão 
Clientes Transporte 
Sinal de 
demanda 
Identificador 
de fornecedor 
Comprar 
materiais 
Transportar Recebimento de 
Armazenagem 
Movimentação 
interna 
Armazanagem 
do produto 
acabado 
Expedição 
 
 
6 
dos centros de distribuição (exercem o controle físico dos materiais utilizados na 
empresa). 
 A Gestão de recursos diz respeito a todos os recursos utilizados no 
processo produtivo, seja eles conhecimento técnicos, de competências e/ou 
comportamentais, que serão obtidos por meio do planejamento de seu uso, da 
projeção dos recursos que serão utilizados e de sua aquisição, do 
desenvolvimento da mão de obra (equipe), de seu acompanhamento e feedback 
e de seu monitoramento. 
 A Gestão de manutenção é aquela que garante o funcionamento dos 
recursos técnicos. Sua implantação poderá ser realizada por manutenções 
planejadas, as quais possuem teor preventivo, preditivoou corretivo. E as 
manutenções não planejadas – aquelas que necessitam de ações corretivas. 
 A Gestão da calibração são aquelas medidas que garantem a qualidade 
e eficiência dos processos, adotando leis, regulamentos e normas. 
 A Gestão de falhas, como o próprio nome diz, tem o objetivo de se 
precaver em relação à detecção, registro e notificação de problemas, que serão 
levantados, após haverá a construção de um plano de ações, de modo a identificar 
suas prováveis causas e a propor de soluções. 
 A Gestão de solicitações é o atendimento de todas as solicitações 
realizadas, sejam elas administrativas, financeiras, comerciais ou ainda, internas 
ou externas, geradas por colaboradores, clientes ou fornecedores. 
 Devendo haver o controle de pedidos iniciais, responsabilização e status 
dos mesmos, e como será sua resolução e em quanto tempo. 
TEMA 2 – ISO 55000, 550001 E 55002 
Considerada uma das normas mais importantes para a gestão de ativos, a 
ISO 55000, 55001 e 55002. 
A ISO 55000 estabelecerá uma visão geral, de princípios e terminologias a 
respeito da gestão de ativos. A ISO 55001 mostrará os requisitos necessários ao 
sistema de gestão, e a ISO 55002 indicará as diretrizes a serem seguidas para a 
aplicação do 550001, por isso, em conjunto, as três normas serão 
complementares no que diz respeito ao auxílio necessário para as empresas 
implementarem a gestão de ativos, tal como podemos analisar na Figura 3. 
 
 
 
 
7 
Figura 3 – Estrutura da normas 
 
 
 
 
Fonte: elaborado com base em Barros et al., 2021, p. 12. 
Afinal, o que é a ISO 55000? 
A ISO 55000 é uma norma internacional que compreende o 
gerenciamento de ativos empresariais de qualquer natureza. Lançada 
em janeiro de 2014, a certificação tem origem na PAS 55000 (Publicly 
Available Specification), publicada pela British Standards Institution, em 
2004, para ativos físicos. (Iteam, 2018) 
O objetivo principal é assegurar resultados melhores, tendo em vista os 
investimentos realizados por indústrias, porém não se restringem apenas às 
indústrias. 
No entanto, não se pode esquecer que a gestão de ativos deve nortear 
seus objetivos com base no SMART (Specific, Measurable, Attainable, Realistic e 
Time-Bound), específicos, mensuráveis, atingíveis, realistas e definidos no tempo. 
Com isso, de acordo com o Iteam (2018), o processo de gestão evoluiu a 
partir de 4 gerações distintas: 
Primeira geração: reativa, conserto após falha; Segunda geração: 
preventiva, maior disponibilidade, preservação dos equipamentos e 
menores custos; Terceira geração: maior confiabilidade nas 
instalações, mais segurança, ausência de danos ao meio ambiente, 
maior efetividade nos custos e gestão do ciclo de vida dos ativos; Quarta 
geração: gestão de risco aplicada aos ativos. 
 Assim, além da gestão de ativos ser considerada uma forma estratégica da 
empresa, ela permite melhorar o desempenho financeiro a curto e longo prazo, 
Visão geral, 
princípios e 
terminologia
ISO 
55000
•Requisitos dos 
sistemas de 
gestão
•Liderança, 
Política, 
Planejamento, 
Recursos, 
operação, 
Avaliação, 
Monitoramento, 
Análise Crítica, 
Melhoria 
Contínua
ISO 
55001
Diretrizes 
para a 
aplicação 
da 55001
ISO 
55002
 
 
8 
reduzir as perdas financeiras e facilitar a sobrevivência, por meio da 
sustentabilidade organizacional. 
 A ISO 55001, por se tratar de requisitos dos sistemas de gestão, pauta-se 
na Organização, Liderança, Planejamento, Suporte, Operação, Desempenho e 
Melhorias. 
 Enquanto que, com base na ISO 55002, a empresa irá alinhar seus 
objetivos organizacionais e estratégicos, de modo a organizar suas estratégias a 
curto, médio e longo prazo. 
TEMA 3 – PLANO ORGANIZACIONAL E OBJETIVOS 
O Plano Organizacional trata do conjunto de ações que poderão auxiliar a 
empresa a alcançar seus objetivos, para que as empresas conquistem 
lucratividade constante, por meio de ações responsáveis e planejadas, 
independentemente do tamanho/porte da empresa, avaliando, assim, os pontos 
fortes e fracos, o estabelecimento de metas e objetivos e o monitoramento, os 
quais envolvem o planejamento estratégico, tático e operacional. 
3.1 Política de Gestão de Ativos e o Sistema de Gestão de Ativos 
A política é aquela que direção a algo, conhecimento, estudo. Portanto, diz 
respeito à administração da gestão de ativos, com base em objetivos 
organizacionais. Barros et al (2021, p. 22) conceituam a política de gestão de 
ativos como: 
Uma declaração breve que estabelece os princípios pelos quais a 
organização pretende aplicar a gestão de ativos para alcançar os seus 
objetivos organizacionais. A Norma recomenda que a política de gestão 
de ativos seja uma declaração formal de apoio da alta direção e, assim, 
demonstre seu comprometimento com a gestão de ativos. 
A política de gestão de ativos consiste nas necessidades que a empresa 
possui para implementar seus objetivos estratégicos, por isso, em primeiro lugar 
deve estabelecer um grande vínculo com a missão e visão da empresa, seja por 
meio de uma boa governança corporativa, pela própria gestão de ativos, pela 
relação com os Stakeholders ou pelo Compliance. 
A governança corporativa irá se pautar em fundamentos básicos, também 
chamados de valores, sendo eles: Equidade, Prestação de contas, Transparência 
e Conformidade legal. Conforme Solé (2016): 
 
 
9 
Sistema de Gestão 
de Ativos 
• A Equidade trata de permitir um tratamento igualitário a todos os 
interessados, mesmo que estes possuam diferentes direitos, deveres, 
necessidades, interesses e expectativas, conforme participação na 
empresa. 
• A Prestação de contas (accountability) diz respeito à responsabilzação de 
todos por seus atos e omissões, bem como pela atuação com diligência e 
responsabilidade no âmbito dos seus papéis. 
• Na Transparência considera-se a “disponibilização das informações para 
todos os stakeholders, especialmente as de alta relevância que impactam 
os negócios e que envolvem resultados, oportunidades e riscos” (p. 3). 
• E a Conformidade legal (compliance – agir conforme a norma), que diz 
respeito ao “cumprimento de normas reguladoras, expressas nos estatutos 
sociais, nos regimentos internos e nas instituições legais do país” (p. 3). 
 Os Stakeholders ou interessados fazem parte do sistema de gestão de 
ativos da organização, pois estarão participando tanto dos objetivos 
organizacionais quanto do plano organizacional, estabelecendo uma relação entre 
necessidades e requisitos das partes interessadas, da participação no sistema de 
de gestão e da determinação do escopo e estratégia da gestão de ativos, 
conforme Figura 4. 
Figura 4 – Processos em um sistema de gestão de ativos – interdependência 
 
 
Fonte: elaborado com base em ICA, 2015, p.15, citado por Solé, 2016, p. 6. 
É uma relação de interdependência, na qual os stakeholders necessitarão 
do engajamento entre todos os envolvidos, não só na redução de riscos, mas para 
Necessidades 
e expectativas 
das partes 
interessadas
Plano 
Organizacio
nal e 
Objetivos
Plano 
estratégico 
da Gestão 
de Ativos
Planos de 
Gestão de 
Ativos
Política 
de 
gestão 
de Ativos
 
 
10 
viabilizar as estratégias que visem aumentar ainda mais o valor de seus ativos e 
de sua lucratividade. 
 Já os Sistemas de Gestão de Ativos serão estabelecidos para atender 
aos preceitos de um plano estratégico. Este será determinante para a criação e 
desenvolvimento da política, estratégia, objetivos e planos de gestão de ativos. 
Segundo Barros et al. (2021, p. 15): 
Um sistema de gestão para a gestão de ativos [1] tem a função de 
estabelecer a política e os objetivos da gestão de ativos. O sistema de 
gestão de ativos é um subconjunto da gestão de ativos composto por 
elementos inter-relacionados e ferramentas que suportarão a gestão dos 
ativos relacionados no escopo. 
 Por isso, para o bom funcionamento dos Sistemas de gestão de Ativos, são 
necessárias Auditorias,a disponibilização de Informações e Documentos que 
comprovem. Quanto às informações que devem ser documentadas, temos: 
• Políticas: por se tratar das diretrizes que serão utilizadas na empresa para 
o atingimento de suas metas e objetivos; 
• Plano Estratégico de Gerenciamento de Ativos (SAMP): é o plano 
estratégico que poderá ou não garantir o atendimento de seus objetivos, 
por meio dos ativos; 
• Plano (s) de Gestão de Ativos: consiste no roteiro construído pela empresa 
para planejar, fazer, agir e checar (PDCA); 
• Objetivos: tratam-se de quais resultados a empresa quer auferir, devem ser 
quantificáveis; 
• Auditorias: são processos que consistem na análise de documentações e 
informações que averiguem a situação da empresa, deixando-a mais 
transparente; 
• Análises Críticas pela direção: como a alta direção, é considerada uma das 
promissoras dos investimentos nos negócios, é ela quem fará uma análise 
crítica dos resultados, indicando se há ou não a necessidade de um novo 
direcionamento estratégico. 
Isto é, o sistema também deve estar centrado em um processo de 
contínuas melhorias. 
De acordo com Barros et al. (2020), a avaliação de desempenho é 
fundamental para qualquer processo de melhoria, assim como o conhecimento da 
carteira de investimentos à disposição, novos e mais ágeis sistemas de gestão de 
 
 
11 
ativos e da gestão de ativos. Mas é necessário o monitorando dos aspectos que 
possam comprometer o valor de seus ativos e também se os objetivos da gestão 
de ativos estão sendo alcançados. 
 O monitoramento considerará, segundo Barros et al (2020): 
• As partes interessadas e requisitos (incluindo legais e regulatórios); 
• Os objetivos da gestão de ativos; 
• Os critérios e metodologias de tomada de decisão; 
• Consistência e rastreabilidade de informações; 
• Cruzamento de informações técnicas, da gestão, do sistema de gestão de 
ativos e registros financeiros; e 
• Precisão e integridade necessárias. 
Ainda que o monitoramento leve em consideração os itens acima, ele 
deverá ser constituído pela verificação e comparação com padrões que serão pré-
estabelecidos, a Observação de desvios dos objetivos, os quais podem vir a 
prejudicar as estratégias traçadas pela empresa, a Identificação dos problemas, a 
qual facilita a solução, tornando-a rápida e eficiente, o Levantamento dos 
resultados parciais, que podem garantir a adequação, adaptação e a garantia de 
um resultado promissor, e a Comunicação para alteração de metas, afinal, todos 
os envolvidos devem estar engajados na conquista dos objetivos. 
TEMA 4 – PLANO ESTRATÉGICO DA GESTÃO DE ATIVOS 
O plano estratégico da gestão de ativos consiste do cruzamento de 
objetivos organizacionais com os objetivos de gestão de ativos. E, como na 
maioria das vezes os objetivos organizacionais pautam-se na continuidade dos 
negócios por meio da lucratividade, os objetivos da gestão de ativos fará 
acontecer, ou seja, tentará executar os objetivos e metas empresariais tratando 
do ciclo de vida dos ativos, para que ele obtenha o resultado esperado. 
 O plano estratégico de gestão de ativos (SAMP) é definido na ABNT NBR 
ISO 55000:2014, conforme citado por Barros et al. (2021, p. 16), como “informação 
documentada que especifica como converter os objetivos organizacionais em 
objetivos da gestão de ativos”. 
Por isso, o SAMP busca a realização dos objetivos da gestão de ativos. 
Sendo considerado o detentor das mais importantes informações, que levam os 
gestores a estabelecerem um planejamento direcionado à estratégia da empresa. 
 
 
12 
Barros et al. (2020) citam que o SAMP deve abordar, para elaboração do 
portfólio de ativos, as seguintes características: 
• Estratégicas fundamentadas na confiabilidade, segurança, requisitos 
regulatórios etc., bem como o estabelecimento do cronograma estratégico, 
da coleta de informações financeiras e as expectativas de retorno dos 
investimentos, a Gestão de riscos e a Integração com outros sistemas de 
gestão; 
• Ciclo de vida: aliado ao detalhamento e especificação do projeto, levando 
em consideração a Aquisição; Operação; Manutenção; 
Renovação/Substituição; Expansão; Introdução de Novas Tecnologias e 
Descarte. 
• Estabelecimento de Indicadores: devendo conter a descrição, intervalo de 
mensuração e as metas estipuladas. 
Sendo assim, mais uma vez reforça-se o estabelecimento de estratégias, o 
estabelecimento do ciclo de vida do ativo e de indicadores que deem conta das 
necessidades de atualização, comparação e do alcance dos resultados propostos. 
TEMA 5 – PLANO DE GESTÃO DE ATIVOS 
O plano de gestão de ativos é considerado um planejamento tático, criando 
metas e condições de alcance do planejamento estratégico, a fim de gerenciar 
os ativos de uma empresa. 
 Barros et al. (2021) citam que o plano de gestão de ativos se desdobra no 
SAMP para cada ativo ou cada conjunto de ativos dentro do portfólio do sistema 
de gestão de ativos. 
 Portanto, as empresas devem estabelecer uma boa estrutura dos planos 
de gestão dos ativos, a qual deve conter a descrição do escopo e das diretrizes 
traçadas no plano. 
Assim como os dados e descritivos dos ativos devem ser convertidos em 
informações que facilitem a análise dos ativos. 
As atividades, tarefas, responsabilidades e priorizações devem estar 
concentradas, de modo a atender aos objetivos e metas coletivos. 
A estratégia o ciclo de vida dos ativos irá facilitar a análise em torno dos 
ativos que poderão render mais, em determinado período de tempo, avaliando a 
necessidade de negociações que reduzam os prejuízos financeiros. 
 
 
13 
As previsões financeiras são primordiais para o acompanhamento de 
projeções em relação aos ativos, que possam colaborar com a gestão de riscos 
dos ativos. 
As práticas de avaliação irão se encaixar de acordo com a caracterização 
da empresa, assim como suas condições de negociação e de investimento. 
Encerrando a estrutura com ações de melhoria contínua, afinal os ativos 
também se tornam obsoletos e podem perder valor e vir a prejudicar a imagem e 
reputação financeira da empresa, que poderá reduzir sua capacidade de agregar 
valor, frente às dificuldades de estabelecer a avaliação e correção das falhas que 
possam dificultar a implementação de melhorias contínuas. 
Conforme veremos na Figura 5: 
Figura 5 – Estrutura dos planos de gestão de ativos 
 
 
 
Fonte: elaborado com baser em Barros et al., 2021, p. 20. 
Assim, o desenvolvimento do plano de gestão de ativos deve primar pela 
análise dos impactos ocorridos em cada fase do ciclo de vida dos ativos e o 
atendimento de suas necessidades durante cada uma dessas fases. 
Entretanto, o plano de gestão de ativos levará em conta sua estrutura, 
benefícios e também as chamadas emergências/contingências, afinal, os ativos 
Estrutura 
dos Planos 
de Gestão 
de Ativos
1
Escopo e 
Diretrizes do 
Plano 
2
Dados e descritivos 
dos ativos 
considerados
3 
Atividades, 
tarefas, 
responsáveis e 
priorizações
4
Estratégias do 
ciclo de vida
5
Previsões 
financeiras
6
Práticas de 
Avaliação
7
Ações de melhoria 
contínua
 
 
14 
podem chegar em um patamar crítico e impactar as empresas, gerando 
instabilidades ou até a sua falência. 
Por isso, o plano de gestão de ativos deve estar preparado e projetado para 
atender às dificuldades geradas por esses ativos, substituindo-os, sejam eles 
resultados de evento independentes ou coincidentes. 
 
 
 
 
15 
REFERÊNCIAS 
BARROS, R. S. V. de. et al. Gestão de ativos: guia para aplicação da Norma 
ABNT NBR ISO 55001, considerando as diretrizes da ISO 55002:2018. 2. ed. 
International Copper Association Brazil, 2021. Disponível em: 
<http://abcobre.org.br/wp-content/uploads/2021/06/gestao-de-ativos-guia-para-a-
aplicacao-da-iso-55001.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2021. 
GRAZIANI, A. P. Gerenciamento de estoques e movimentação de materiais. 
Palhoça: UnisulVirtual, 2013. Disponívelem: <https://docplayer.com.br/1667483-
Gestao-de-estoques-e-movimentacao-de-materiais.html>. Acesso em: 3 dez. 
2021. 
GESTÃO de ativos: entenda porque a confiabilidade é tão importante. ITSS 
TECNOLOGIA, 2021. Disponível em: <https://itsstecnologia.com.br/blogs/gestao-
de-ativos-entenda-porque-a-confiabilidade-e-tao-importante/>. Acesso em: 3 dez. 
2021. 
MARTINS, P. G.; ALT, P. R. C. Administração de materiais e recursos 
patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2009. 
SOLÉ, A. A responsabilização do gestor de ativos: o grande desafio da 
aplicação da ISO 55000. 2016. Disponível em: 
<https://www.researchgate.net/publication/309235799_A_RESPONSABILIZACA
O_DO_GESTOR_DE_ATIVOS_O_GRANDE_DESAFIO_DA_APLICACAO_DA_I
SO_55000/figures?lo=1>. Acesso em: 3 dez. 2021. 
 
 
 
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