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AULA 6 FINANÇAS CORPORATIVAS Profª Franciele Lourenço 2 INTRODUÇÃO As empresas, além de se preocupar com a gestão de seus recursos produtivos, devem se ater à gestão dos seus ativos, afinal é ela quem vai determinar todas as riquezas que uma empresa possui, em termos financeiros, e ainda demonstrar a capacidade de controle desses bens. Portanto, falar sobre as necessidades das partes interessadas é importante, dado o envolvimento de acionistas, consumidores, colaboradores e da própria gestão, e que estes esperam o maior retorno possível. Explicar a importância da ISO 55000 para os ativos também é destaque, tendo em vista que tratam-se de normas que colaboram para a boa gestão dos ativos empresariais. Outro importante ponto é estudar o plano organizacional e os objetivos, afinal é nele que as metas e objetivos serão determinados, com vistas a estabelecer ações, previsões, execuções e monitoramento da situação empresarial. Expor o plano estratégico da gestão de ativos é significatido, já que envolve as estratégias de curto e longo prazos, as quais mobilizarão esforços e recursos a seu favor. E por fim, compreender o plano de gestão de ativos, a fim de facilitar a organização e o estímulo ao aumento dos valores dos seus ativos. TEMA 1 – NECESSIDADES E EXPECTATIVAS DAS PARTES INTERESSADAS Toda empresa busca o aumento de seus lucros e a sobrevivência em longo prazo e, além disso, quando envolvem acionistas, a preocupação é ainda maior, dada a necessidade de demonstrar pleno domínio das atividades empresariais. E, em meio à tecnologia e a todas as inovações promovidas a Gestão de Ativos Empresarias, é necessária a avaliação do ciclo de vida de todos os ativos físicos, possibilitando uma maior rentabilidade e controle das perdas que possam interferir em seu valor. Dito isso, a Figura 1 expressará a forma de organização da Gestão de Ativos Empresariais. 3 Figura 1 – Gestão de Ativos Empresariais Fonte: ITSS tecnologia, 2021. Serão necessários primeiramente o Planejamento (que pode utilizar os preceitos do planejamento estratégico, tático e operacional), a Execução (trata da ação e transmissão da informação e comunicação, de forma a garantir que a empresa alcance seus objetivos) e Controle (que se utiliza do monitoramento de resultados e sua avaliação), estabelecidos pela: Gestão de inventário, Gestão de materiais, Gestão de recursos, Gestão de manutenção, Gestão da calibração, Gestão de falhas e Gestão de solicitações. Na Gestão de Inventário, também chamada de Gestão de Estoques, há várias conceituações sobre estoques. Há aquelas que enfatizam o armazenamento de materiais, o conjunto de mercadorias, prejuízos, recursos ociosos, bens conservados, entre outras denominações. “Apesar de o estoque ser usado para descrever qualquer recurso armazenado, esse termo é normalmente utilizado para designar os recursos de entrada transformados” (Graziani, 2021, p. 10). Assim, os estoques estão introduzidos durante todos os níveis da cadeia de suprimento, seja nas fontes de fornecimento, na fábrica (incluindo os materiais de produção, estoques em processo e produtos acabados), no transporte, em Gestão de Inventário Gestão de Materiais Gestão de Recursos Gestão de Manutenção Gestão de Calibração Gestão de Falhas Gestão de Solicitações PLANEJAMENTO EXECUÇÃO CONTROLE 4 armazéns e centros de distribuição até os clientes. Por isso, na cadeia de suprimentos, os estoques são divididos em: • Proteção ou de segurança: são as incertezas quanto ao fornecimento e demanda de produtos; • Ciclo: aqueles que não podem fornecer simultaneamente todos os itens que produzem; • Antecipação: relacionam-se às compensações entre oferta e demanda; • Estoque no canal de distribuição: dificuldades de transporte, quando o material não pode atender a oferta/demanda instantaneamente; • Obsoleto, morto ou evaporado: constituem-se pelos itens deteriorados, ultrapassados, perdidos ou roubados. Para a contabilidade, a classificação dos estoques é tratada de uma forma um pouco diferente, conforme apresentado no Quadro 1: Quadro 1 – Classificação dos estoques para efeito contábil TIPO DE ESTOQUE DESCRIÇÃO DE MATERIAIS • São todos os itens utilizados nos processos de transformação em produtos acabados • Incluem materiais diretos e indiretos, inclusive os materiais auxiliares DE PRODUTOS EM PROCESSO • São todos os bens que já entraram no processo produtivo, mas que ainda não são produtos acabados • São os materiais que começaram a sofrer alterações sem estarem finalizados DE PRODUTOS ACABADOS • São todos os itens que já estão prontos para serem entregues ao consumidor final • Incluem itens de revenda EM TRÂNSITO • São todos os itens que já foram despachados de uma unidade fabril para outra, normalmente da mesma empresa, e que não chegaram a seu destino final EM CONSIGNAÇÃO • São todos os itens que continuam a ser propriedade do fornecedor até que sejam vendidos ou devolvidossem ônus Fonte: Martins; Alt, 2006, citado por Graziani, 2021, p. 17. Isso sem falar nos tipos de demanda que necessitam de ressuprimento, que são a Demanda permanente (necessidade de estoques contínuos ou permanentes); Demanda sazonal (necessitam de projeção para atender às demandas futuras); Irregular (estabelecido mediante a previsão de vendas) e em Declínio (quanto deve ser estocado período a período). Por isso, a gestão de estoques dependerá do tratamento dado aos estoques e das diferentes classificações de empresas. Além do mais, ela poderá 5 trazer segurança, proteção contra aumentos de preços, entre outros. Por outro lado, geram aglomeração, dinheiro parado etc. A Gestão de Materiais diz respeito a todo o conjunto de operações e medidas que envolvem o suprimento de todas as áreas da empresa, seja no aspecto administrativo, produtivo, de transporte, etc. De acordo com Martins e Alt (2009, p. 4): A administração dos recursos materiais engloba a sequência de operações que tem seu início na identificação do fornecedor, na compra do bem, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente, em sua distribuição ao consumidor final. Conforme Figura 2, o ciclo de administração de materias se constitui: Figura 2 – Ciclo de administração de materiais Fonte: Martins; Alt, 2009, p. 5. Sendo assim, apesar de as empresas apresentarem diferentes fluxos de materiais, por conta das diferentes ofertas de bens e serviços, as atividades principais que competem à gestão de estoques são: a própria Gestão de estoques (com a determinação de o quê? quanto? e quando comprar?); a Gestão de compras (decisão de quem comprar e quais as condições de compra) e a Gestão Clientes Transporte Sinal de demanda Identificador de fornecedor Comprar materiais Transportar Recebimento de Armazenagem Movimentação interna Armazanagem do produto acabado Expedição 6 dos centros de distribuição (exercem o controle físico dos materiais utilizados na empresa). A Gestão de recursos diz respeito a todos os recursos utilizados no processo produtivo, seja eles conhecimento técnicos, de competências e/ou comportamentais, que serão obtidos por meio do planejamento de seu uso, da projeção dos recursos que serão utilizados e de sua aquisição, do desenvolvimento da mão de obra (equipe), de seu acompanhamento e feedback e de seu monitoramento. A Gestão de manutenção é aquela que garante o funcionamento dos recursos técnicos. Sua implantação poderá ser realizada por manutenções planejadas, as quais possuem teor preventivo, preditivoou corretivo. E as manutenções não planejadas – aquelas que necessitam de ações corretivas. A Gestão da calibração são aquelas medidas que garantem a qualidade e eficiência dos processos, adotando leis, regulamentos e normas. A Gestão de falhas, como o próprio nome diz, tem o objetivo de se precaver em relação à detecção, registro e notificação de problemas, que serão levantados, após haverá a construção de um plano de ações, de modo a identificar suas prováveis causas e a propor de soluções. A Gestão de solicitações é o atendimento de todas as solicitações realizadas, sejam elas administrativas, financeiras, comerciais ou ainda, internas ou externas, geradas por colaboradores, clientes ou fornecedores. Devendo haver o controle de pedidos iniciais, responsabilização e status dos mesmos, e como será sua resolução e em quanto tempo. TEMA 2 – ISO 55000, 550001 E 55002 Considerada uma das normas mais importantes para a gestão de ativos, a ISO 55000, 55001 e 55002. A ISO 55000 estabelecerá uma visão geral, de princípios e terminologias a respeito da gestão de ativos. A ISO 55001 mostrará os requisitos necessários ao sistema de gestão, e a ISO 55002 indicará as diretrizes a serem seguidas para a aplicação do 550001, por isso, em conjunto, as três normas serão complementares no que diz respeito ao auxílio necessário para as empresas implementarem a gestão de ativos, tal como podemos analisar na Figura 3. 7 Figura 3 – Estrutura da normas Fonte: elaborado com base em Barros et al., 2021, p. 12. Afinal, o que é a ISO 55000? A ISO 55000 é uma norma internacional que compreende o gerenciamento de ativos empresariais de qualquer natureza. Lançada em janeiro de 2014, a certificação tem origem na PAS 55000 (Publicly Available Specification), publicada pela British Standards Institution, em 2004, para ativos físicos. (Iteam, 2018) O objetivo principal é assegurar resultados melhores, tendo em vista os investimentos realizados por indústrias, porém não se restringem apenas às indústrias. No entanto, não se pode esquecer que a gestão de ativos deve nortear seus objetivos com base no SMART (Specific, Measurable, Attainable, Realistic e Time-Bound), específicos, mensuráveis, atingíveis, realistas e definidos no tempo. Com isso, de acordo com o Iteam (2018), o processo de gestão evoluiu a partir de 4 gerações distintas: Primeira geração: reativa, conserto após falha; Segunda geração: preventiva, maior disponibilidade, preservação dos equipamentos e menores custos; Terceira geração: maior confiabilidade nas instalações, mais segurança, ausência de danos ao meio ambiente, maior efetividade nos custos e gestão do ciclo de vida dos ativos; Quarta geração: gestão de risco aplicada aos ativos. Assim, além da gestão de ativos ser considerada uma forma estratégica da empresa, ela permite melhorar o desempenho financeiro a curto e longo prazo, Visão geral, princípios e terminologia ISO 55000 •Requisitos dos sistemas de gestão •Liderança, Política, Planejamento, Recursos, operação, Avaliação, Monitoramento, Análise Crítica, Melhoria Contínua ISO 55001 Diretrizes para a aplicação da 55001 ISO 55002 8 reduzir as perdas financeiras e facilitar a sobrevivência, por meio da sustentabilidade organizacional. A ISO 55001, por se tratar de requisitos dos sistemas de gestão, pauta-se na Organização, Liderança, Planejamento, Suporte, Operação, Desempenho e Melhorias. Enquanto que, com base na ISO 55002, a empresa irá alinhar seus objetivos organizacionais e estratégicos, de modo a organizar suas estratégias a curto, médio e longo prazo. TEMA 3 – PLANO ORGANIZACIONAL E OBJETIVOS O Plano Organizacional trata do conjunto de ações que poderão auxiliar a empresa a alcançar seus objetivos, para que as empresas conquistem lucratividade constante, por meio de ações responsáveis e planejadas, independentemente do tamanho/porte da empresa, avaliando, assim, os pontos fortes e fracos, o estabelecimento de metas e objetivos e o monitoramento, os quais envolvem o planejamento estratégico, tático e operacional. 3.1 Política de Gestão de Ativos e o Sistema de Gestão de Ativos A política é aquela que direção a algo, conhecimento, estudo. Portanto, diz respeito à administração da gestão de ativos, com base em objetivos organizacionais. Barros et al (2021, p. 22) conceituam a política de gestão de ativos como: Uma declaração breve que estabelece os princípios pelos quais a organização pretende aplicar a gestão de ativos para alcançar os seus objetivos organizacionais. A Norma recomenda que a política de gestão de ativos seja uma declaração formal de apoio da alta direção e, assim, demonstre seu comprometimento com a gestão de ativos. A política de gestão de ativos consiste nas necessidades que a empresa possui para implementar seus objetivos estratégicos, por isso, em primeiro lugar deve estabelecer um grande vínculo com a missão e visão da empresa, seja por meio de uma boa governança corporativa, pela própria gestão de ativos, pela relação com os Stakeholders ou pelo Compliance. A governança corporativa irá se pautar em fundamentos básicos, também chamados de valores, sendo eles: Equidade, Prestação de contas, Transparência e Conformidade legal. Conforme Solé (2016): 9 Sistema de Gestão de Ativos • A Equidade trata de permitir um tratamento igualitário a todos os interessados, mesmo que estes possuam diferentes direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas, conforme participação na empresa. • A Prestação de contas (accountability) diz respeito à responsabilzação de todos por seus atos e omissões, bem como pela atuação com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis. • Na Transparência considera-se a “disponibilização das informações para todos os stakeholders, especialmente as de alta relevância que impactam os negócios e que envolvem resultados, oportunidades e riscos” (p. 3). • E a Conformidade legal (compliance – agir conforme a norma), que diz respeito ao “cumprimento de normas reguladoras, expressas nos estatutos sociais, nos regimentos internos e nas instituições legais do país” (p. 3). Os Stakeholders ou interessados fazem parte do sistema de gestão de ativos da organização, pois estarão participando tanto dos objetivos organizacionais quanto do plano organizacional, estabelecendo uma relação entre necessidades e requisitos das partes interessadas, da participação no sistema de de gestão e da determinação do escopo e estratégia da gestão de ativos, conforme Figura 4. Figura 4 – Processos em um sistema de gestão de ativos – interdependência Fonte: elaborado com base em ICA, 2015, p.15, citado por Solé, 2016, p. 6. É uma relação de interdependência, na qual os stakeholders necessitarão do engajamento entre todos os envolvidos, não só na redução de riscos, mas para Necessidades e expectativas das partes interessadas Plano Organizacio nal e Objetivos Plano estratégico da Gestão de Ativos Planos de Gestão de Ativos Política de gestão de Ativos 10 viabilizar as estratégias que visem aumentar ainda mais o valor de seus ativos e de sua lucratividade. Já os Sistemas de Gestão de Ativos serão estabelecidos para atender aos preceitos de um plano estratégico. Este será determinante para a criação e desenvolvimento da política, estratégia, objetivos e planos de gestão de ativos. Segundo Barros et al. (2021, p. 15): Um sistema de gestão para a gestão de ativos [1] tem a função de estabelecer a política e os objetivos da gestão de ativos. O sistema de gestão de ativos é um subconjunto da gestão de ativos composto por elementos inter-relacionados e ferramentas que suportarão a gestão dos ativos relacionados no escopo. Por isso, para o bom funcionamento dos Sistemas de gestão de Ativos, são necessárias Auditorias,a disponibilização de Informações e Documentos que comprovem. Quanto às informações que devem ser documentadas, temos: • Políticas: por se tratar das diretrizes que serão utilizadas na empresa para o atingimento de suas metas e objetivos; • Plano Estratégico de Gerenciamento de Ativos (SAMP): é o plano estratégico que poderá ou não garantir o atendimento de seus objetivos, por meio dos ativos; • Plano (s) de Gestão de Ativos: consiste no roteiro construído pela empresa para planejar, fazer, agir e checar (PDCA); • Objetivos: tratam-se de quais resultados a empresa quer auferir, devem ser quantificáveis; • Auditorias: são processos que consistem na análise de documentações e informações que averiguem a situação da empresa, deixando-a mais transparente; • Análises Críticas pela direção: como a alta direção, é considerada uma das promissoras dos investimentos nos negócios, é ela quem fará uma análise crítica dos resultados, indicando se há ou não a necessidade de um novo direcionamento estratégico. Isto é, o sistema também deve estar centrado em um processo de contínuas melhorias. De acordo com Barros et al. (2020), a avaliação de desempenho é fundamental para qualquer processo de melhoria, assim como o conhecimento da carteira de investimentos à disposição, novos e mais ágeis sistemas de gestão de 11 ativos e da gestão de ativos. Mas é necessário o monitorando dos aspectos que possam comprometer o valor de seus ativos e também se os objetivos da gestão de ativos estão sendo alcançados. O monitoramento considerará, segundo Barros et al (2020): • As partes interessadas e requisitos (incluindo legais e regulatórios); • Os objetivos da gestão de ativos; • Os critérios e metodologias de tomada de decisão; • Consistência e rastreabilidade de informações; • Cruzamento de informações técnicas, da gestão, do sistema de gestão de ativos e registros financeiros; e • Precisão e integridade necessárias. Ainda que o monitoramento leve em consideração os itens acima, ele deverá ser constituído pela verificação e comparação com padrões que serão pré- estabelecidos, a Observação de desvios dos objetivos, os quais podem vir a prejudicar as estratégias traçadas pela empresa, a Identificação dos problemas, a qual facilita a solução, tornando-a rápida e eficiente, o Levantamento dos resultados parciais, que podem garantir a adequação, adaptação e a garantia de um resultado promissor, e a Comunicação para alteração de metas, afinal, todos os envolvidos devem estar engajados na conquista dos objetivos. TEMA 4 – PLANO ESTRATÉGICO DA GESTÃO DE ATIVOS O plano estratégico da gestão de ativos consiste do cruzamento de objetivos organizacionais com os objetivos de gestão de ativos. E, como na maioria das vezes os objetivos organizacionais pautam-se na continuidade dos negócios por meio da lucratividade, os objetivos da gestão de ativos fará acontecer, ou seja, tentará executar os objetivos e metas empresariais tratando do ciclo de vida dos ativos, para que ele obtenha o resultado esperado. O plano estratégico de gestão de ativos (SAMP) é definido na ABNT NBR ISO 55000:2014, conforme citado por Barros et al. (2021, p. 16), como “informação documentada que especifica como converter os objetivos organizacionais em objetivos da gestão de ativos”. Por isso, o SAMP busca a realização dos objetivos da gestão de ativos. Sendo considerado o detentor das mais importantes informações, que levam os gestores a estabelecerem um planejamento direcionado à estratégia da empresa. 12 Barros et al. (2020) citam que o SAMP deve abordar, para elaboração do portfólio de ativos, as seguintes características: • Estratégicas fundamentadas na confiabilidade, segurança, requisitos regulatórios etc., bem como o estabelecimento do cronograma estratégico, da coleta de informações financeiras e as expectativas de retorno dos investimentos, a Gestão de riscos e a Integração com outros sistemas de gestão; • Ciclo de vida: aliado ao detalhamento e especificação do projeto, levando em consideração a Aquisição; Operação; Manutenção; Renovação/Substituição; Expansão; Introdução de Novas Tecnologias e Descarte. • Estabelecimento de Indicadores: devendo conter a descrição, intervalo de mensuração e as metas estipuladas. Sendo assim, mais uma vez reforça-se o estabelecimento de estratégias, o estabelecimento do ciclo de vida do ativo e de indicadores que deem conta das necessidades de atualização, comparação e do alcance dos resultados propostos. TEMA 5 – PLANO DE GESTÃO DE ATIVOS O plano de gestão de ativos é considerado um planejamento tático, criando metas e condições de alcance do planejamento estratégico, a fim de gerenciar os ativos de uma empresa. Barros et al. (2021) citam que o plano de gestão de ativos se desdobra no SAMP para cada ativo ou cada conjunto de ativos dentro do portfólio do sistema de gestão de ativos. Portanto, as empresas devem estabelecer uma boa estrutura dos planos de gestão dos ativos, a qual deve conter a descrição do escopo e das diretrizes traçadas no plano. Assim como os dados e descritivos dos ativos devem ser convertidos em informações que facilitem a análise dos ativos. As atividades, tarefas, responsabilidades e priorizações devem estar concentradas, de modo a atender aos objetivos e metas coletivos. A estratégia o ciclo de vida dos ativos irá facilitar a análise em torno dos ativos que poderão render mais, em determinado período de tempo, avaliando a necessidade de negociações que reduzam os prejuízos financeiros. 13 As previsões financeiras são primordiais para o acompanhamento de projeções em relação aos ativos, que possam colaborar com a gestão de riscos dos ativos. As práticas de avaliação irão se encaixar de acordo com a caracterização da empresa, assim como suas condições de negociação e de investimento. Encerrando a estrutura com ações de melhoria contínua, afinal os ativos também se tornam obsoletos e podem perder valor e vir a prejudicar a imagem e reputação financeira da empresa, que poderá reduzir sua capacidade de agregar valor, frente às dificuldades de estabelecer a avaliação e correção das falhas que possam dificultar a implementação de melhorias contínuas. Conforme veremos na Figura 5: Figura 5 – Estrutura dos planos de gestão de ativos Fonte: elaborado com baser em Barros et al., 2021, p. 20. Assim, o desenvolvimento do plano de gestão de ativos deve primar pela análise dos impactos ocorridos em cada fase do ciclo de vida dos ativos e o atendimento de suas necessidades durante cada uma dessas fases. Entretanto, o plano de gestão de ativos levará em conta sua estrutura, benefícios e também as chamadas emergências/contingências, afinal, os ativos Estrutura dos Planos de Gestão de Ativos 1 Escopo e Diretrizes do Plano 2 Dados e descritivos dos ativos considerados 3 Atividades, tarefas, responsáveis e priorizações 4 Estratégias do ciclo de vida 5 Previsões financeiras 6 Práticas de Avaliação 7 Ações de melhoria contínua 14 podem chegar em um patamar crítico e impactar as empresas, gerando instabilidades ou até a sua falência. Por isso, o plano de gestão de ativos deve estar preparado e projetado para atender às dificuldades geradas por esses ativos, substituindo-os, sejam eles resultados de evento independentes ou coincidentes. 15 REFERÊNCIAS BARROS, R. S. V. de. et al. Gestão de ativos: guia para aplicação da Norma ABNT NBR ISO 55001, considerando as diretrizes da ISO 55002:2018. 2. ed. International Copper Association Brazil, 2021. Disponível em: <http://abcobre.org.br/wp-content/uploads/2021/06/gestao-de-ativos-guia-para-a- aplicacao-da-iso-55001.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2021. GRAZIANI, A. P. Gerenciamento de estoques e movimentação de materiais. Palhoça: UnisulVirtual, 2013. Disponívelem: <https://docplayer.com.br/1667483- Gestao-de-estoques-e-movimentacao-de-materiais.html>. Acesso em: 3 dez. 2021. GESTÃO de ativos: entenda porque a confiabilidade é tão importante. ITSS TECNOLOGIA, 2021. Disponível em: <https://itsstecnologia.com.br/blogs/gestao- de-ativos-entenda-porque-a-confiabilidade-e-tao-importante/>. Acesso em: 3 dez. 2021. MARTINS, P. G.; ALT, P. R. C. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2009. SOLÉ, A. A responsabilização do gestor de ativos: o grande desafio da aplicação da ISO 55000. 2016. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/309235799_A_RESPONSABILIZACA O_DO_GESTOR_DE_ATIVOS_O_GRANDE_DESAFIO_DA_APLICACAO_DA_I SO_55000/figures?lo=1>. Acesso em: 3 dez. 2021. Afinal, o que é a ISO 55000?
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