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Diagnóstico por Imagem Turma 106 Letícia Iglesias Jejesky 1 Análise radiográfica do Tórax Radiografia de tórax Exame radiológico mais solicitado Baixo custo Acessível Avaliação de diversos tecidos Qualidade da radiografia Sempre que vamos analisar um raio X, independente da parte do corpo, precisamos: Confirmar a incidência Orientação Alinhamento Exposição Inspiração Centralização 1. Confirmar a incidência: PA ou AP? Em AP (segunda imagem) a sombra cardíaca aumenta – o nome disso é efeito de magnificação. 2. Orientação Identificação – a orientação se inicia com a identificação do paciente, ou seja, precisamos ter certeza de que estamos vendo o raio X do paciente correto. Orientação de como vou analisar o raio X – SEMPRE o lado direito do paciente está indicado com a letra D. Nas imagens acima. Qual é o raio X correto? O raio X não possui identificação, portanto, podemos pensar na possibilidade de que o primeiro raio X é o correto por conta da posição do coração. No raio X acima temos um caso de dextrocardia. SEMPRE DEVEMOS ACREDITAR NA MARCAÇÃO! 3. Alinhamento Extremidades mediais das clavículas devem estar equidistantes em relação ao processo espinhoso vertebral. Como vamos considerar que o paciente estava na posição correta durante o exame? Precisamos medir a distância das extremidades mediais da clavícula até o processo espinhoso vertebral, sendo que essa distância não pode ser muito diferente entre o lado direito e esquerdo do paciente. Diagnóstico por Imagem Turma 106 Letícia Iglesias Jejesky 2 4. Exposição Pode ser uma superexposição ou hipoexposição. É preciso chegar no meio termo para avaliarmos as estruturas de forma correta. 5. Inspiração A radiografia de tórax exige uma inspiração correta, de modo que o paciente encha o tórax o máximo que ele puder para que o espaço entre os arcos costais aumente. O método usado para saber se a inspiração do paciente foi adequada é contabilizar os arcos costais. É considerado uma boa inspiração quando o paciente possuir 10 arcos costais posteriores começando acima do diafragma – como saber se os arcos que estamos contando são os posteriores? Os arcos costais posteriores saem da coluna vertebral, além disso, a parte posterior é mais horizontalizada. Resumo: inspiração correta = 10 arcos costais posteriores acima do nível do difragma A contagem também pode ser pelos arcos costais anteriores. Para que a inspiração seja considerada correta é preciso ter 6 até 7 arcos costais anteriores acima do diafragma. Resumo: inspiração correta = 6 até 7 arcos costais anteriores acima do nível do diafragma 6. Centralização O raio X é centralizado quando conseguimos observar a simetria das clavículas, a parte superior da cabeça do úmero, coluna centralizada, seios costofrênicos, curvas diafragmáticas, etc. Diagnóstico por Imagem Turma 106 Letícia Iglesias Jejesky 3 Avaliação da radiografia Avaliação de partes moles e abdome superior Avaliação do arcabouço ósseo Avaliação das hemicúpulas diafragmáticas, seios costofrênicos e cardiofrênicos Avaliação do mediastino Avaliação da traqueia e hilos pulmonares Avaliação da pleura e fissuras Avaliação do parênquima pulmonar DICA! SEMPRE DEIXAR POR ÚLTIMO A AVALIAÇÃO DO PARÊNQUIMA PULMONAR POR SER MAIS ÓBVIO E MAIS DIFÍCIL DE ESQUECER. 1. Avaliação de partes moles e abdome Imagem acima: nas partes moles da região supraclavicular esquerda há uma área mais escura – o diagnóstico é de enfisema subcutâneo. O enfisema subcutâneo é quando entra ar no subcutâneo do paciente, sendo muito comum de acontecer em casos de punção central. Imagem acima: a linha entre o pulmão direito e o fígado é o diafragma, sendo que entre esses dois órgãos não há espaço algum. Nessa radiografia há uma imagem “preta” entre o diafragma e o fígado – isso provavelmente é ar. Esse paciente possui ar fora do intestino – pneumoperitônio. O pneumoperitônio acontece quando há perfuração de víscera oca e cai ar na cavidade. O paciente precisa ser encaminhado para a cirurgia o quanto antes. O paciente dessa radiografia tem pneumoperitônio também no lado direito. Imagem acima: pneumoperitônio. 2. Avaliação de arcabouço ósseo Precisamos avaliar principalmente arcos costais e clavícula. No perfil conseguimos avaliar os corpos vertebrais. Imagem acima: nos arcos costais há uma formação de calo ósseo – acontecem após fratura. 3. Avaliação das hemicúpulas diafragmáticas, seios costofrênicos e cardiofrênicos Na primeira imagem observamos que há angulação aguda (como se formasse um “V”), isso é importante pois indica que não há alteração que os seios costofrênicos estão livres. Na segunda imagem há derrame pleural do lado esquerdo e apagamento do seio costofrênico esquerdo. Diagnóstico por Imagem Turma 106 Letícia Iglesias Jejesky 4 4. Avaliação do mediastino O raio X não é o exame ideal para realizarmos avaliação cardíaca. Precisamos saber a localização das câmaras cardíacas e os principais vasos. No PA não conseguimos avaliar o VD A veia cava superior “sobe” junto com a coluna. Índice Cardio-Torácico: A+B/C < 0,5 Significa que o coração precisa caber na metade do pulmão, se ele é maior que a metade do pulmão significa que o coração está grande. Crianças No lado direito do há uma alteração radiopaca que tem formato triangular – sinal da vela de barco. Sinal da vela de barco: não é patológico e representa o timo da criança. Esse sinal é comum dos 2 até 5 anos de idade, pois o timo involui. Na maioria das vezes esse sinal é unilateral mas pode acontecer dos dois lados. 5. Avaliação da traqueia e hilos Na traqueia precisamos avaliar se ela está centralizada. Em algumas patologias fazem desvio contralateral da traqueia (derrame pleural e pneumotórax) ou desvio ipsilateral (atelectasia). Essas áreas mais radiopacas representam os hilos pulmonares. O hilo pulmonar esquerdo é ligeiramente mais alto que o direito. 6. Avaliação de pleura e fissuras Diagnóstico por Imagem Turma 106 Letícia Iglesias Jejesky 5 Em um raio X muitas vezes é difícil identificar as pleuras e as fissuras. 7. Avaliação do parênquima pulmonar Avaliamos os campos pulmonares: Ápices pulmonares Região média próxima do hilo Bases pulmonares No perfil é MUITO IMPORTANTE avaliar a região retroesternal e região retrocardíaca, pois no PA são áreas que não conseguimos avaliar muito bem. Essas duas regiões só possuem ar e, sendo assim, precisam ser bem radiotransparentes. Se essas áreas estiverem radiopacas há alteração. Avaliação sistemática 1. Identificação 2. História clínica 3. Qualidade da radiografia (incidência, orientação, alinhamento, exposição, inspiração e centralização) 4. Analisar partes moles e abdome superior 5. Analisar arcabouço ósseo 6. Analisar hemicúpulas diafragmáticas e seios costofrênicos 7. Analisar mediastino 8. Analisar traqueia e hilos pulmonares 9. Analisar pleura e fissuras 10. Analisar o parênquima pulmonar A B C D E AIRWAYS Traqueia (Centrada? Desvio contra/ipsilateral) Pulmões (nódulos opacidades, hipertransparência) Brônquios (posição/ orientação) Pleura (seios costofrênicos, cardiofrênicos, simetria) BONES Fraturas Tumores CIRCULATION Coração (índice cardiotorácico) Mediastino (alargamento de mediastino) Vasos (olhar aorta e tronco pulmonar) DIAFRAGMA Hérnia Elevação do diafragma Olhar andar superior do abdome EXTERNO Cateter Marcapasso Tubo traqueal e posição Corpo estranho
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