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AULA I

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UNIDADE I
AULA 1: A invenção da questão ambiental 
Gestão Ambiental e Sustentabilidade 
1
Historicizando a questão ambiental e sua regulação estatal
O guia começa situando a formação da “questão ambiental”. De certa forma, ela é bem recente: mesmo que desde sempre os recursos ambientais sejam a base das sociedades, só há pouco passou a existir uma preocupação propriamente “ecológica” na arena pública global. Isto é, passou-se a tratar como legítima a preocupação com a ação cruzada de uma prática espacial sobre outras, do tipo: quando se produz aço, há impacto sobre quem respira a poluição atmosférica; quando se usa pesticidas na agricultura, há contaminação de trabalhadores rurais e de pessoas que consomem os peixes de rios próximos; quando grupos sociais abastados consomem muito material, o lixo é alocado em regiões pobres e se aumenta a insalubridade dessas áreas. 
Observação: Para uma definição de “impacto ambiental”, veja na página 17 do guia a resolução do CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente). Perceba que, na definição do órgão, os “impactos ambientais” são também “sociais”, por incorporarem as práticas degradantes e arriscadas para a saúde humana, para atividades sociais e econômicas, entre outras. 
Falei, no slide 1, em “recursos ambientais”, porém, isso não deixa de ser um anacronismo: estou pensando o passado a partir de esquemas de percepção contemporâneos. Isso porque água, florestas e outros elementos do território eram geralmente considerados, nas sociedades modernas, apenas como “matéria-prima”, isto é, como recursos econômicos - meios para se atingir a rentabilidade (ver p. 15 do guia de disciplina). Não eram usualmente considerados em suas características intrínsecas e qualitativas de recursos territoriais. 
O ambientalismo nasceu, portanto, de uma crítica ao “progresso” (ideologia do século XIX e que durou até a II Guerra) e o “desenvolvimento” (a grande ideologia do pós-guerra). Surgiu como a acusação de que o desenvolvimento era cego para os efeitos negativos que as práticas econômicas causavam sobre o território, prejudicando a saúde, a qualidade de vida, a fruição da beleza do espaço, destruindo a diversidade alimentar e a diversidade de formas sociais de uso do território (ameaçando populações ribeirinhas, indígenas, pequenos agricultores, “populações tradicionais” em geral). Além dessas práticas poluentes e inibidoras da diversidade, também foram acusados riscos técnicos diversos: ameaças de explosão, desmoronamentos, enchentes, desertificação, uso de armas químicas e nucleares. 
Desde a apresentação, o autor situa a incorporação da questão ambiental pela esfera pública. Isso é um ponto importante: a críticas não caíram no vazio, sendo paulatinamente incorporadas pelos governos, tendo como marco a Conferência de Estocolmo (p. 16 do guia de disciplina). A partir de então, a questão ambiental também se enraizou nas administrações municipais, principalmente pela proposta de se fomentar as agendas 21 locais (tema da unidade II). Mas, claro, onde havia movimentos socioambientais mais fortes, a agenda pública se “ambientalizou” mais precocemente. 
O texto também menciona a ambientalização das firmas capitalistas, que passam a justificar suas práticas e mesmo a modificar algumas delas, por meios de expedientes como a ISO 14000. As duas razões principais para a incorporação da questão ambiental nos negócios seria, para o autor, a possibilidade de se incentivar a redução de custos (eliminando desperdícios) e de criar uma boa imagem para as empresas. A questão prática que fica, em cada caso concreto, é: até que ponto isso seria apenas o que já convencionou chamar “maquiagem verde”, ou no mundo anglófono “green washing”. 
Na p. 15, descreve-se a história das instituições de regulação estatal do meio ambiente no Brasil, denotando que, de fato, nos anos 1960 havia muita preocupação com o meio ambiente, mas apenas vendo-os como recursos econômicos, fora de uma sensibilidade ecológica. É na década de 1980 que, efetivamente, o Brasil vem criar a uma “Política Nacional de Meio Ambiente” (lei 6938). 
Cronologia da Ambientalização de Políticas Públicas no Brasil (1)
- Até a década de 1960: Regulação ambiental não-explícita, como o código florestal e o código das águas. Tratava-se ainda de uma regulação economicista e autoritária desses recursos.
- 1973: SEMA (Secretaria Especial de Meio Ambiente) – Início da regulação ambiental explícita no país. Mas é ainda burocrática, sem participação. Foi reação brasileira à Conferência de Estocolmo, mas não é apenas isso: cabe lembrar que houve manifestações em Porto Alegre contra a poluição atmosférica proveniente de uma fábrica de papel (ACSELRAD, 2008).
- 1981: Política Nacional de Meio Ambiente” (lei 6938), constituindo gradualmente um sistema nacional - SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) - formado por um número crescente de agências ambientais criadas pelos governos estaduais
- 1984: a criação do CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente, previsto na Lei 6938/1981.
Cronologia da Ambientalização de Políticas Públicas no Brasil (2)
- 1988: A preocupação com o meio ambiente é constitucionalizada na nova Carta Magna, no artigo 225. 
- 1989: criação do IBAMA, novo órgão executor da política de meio ambiente, reunindo entidades governamentais que executavam isoladamente políticas de pesca (SUDEPE), florestal (IBDF), da borracha (SUDHEVEA) e a própria SEMA. 
- 1990 - Secretaria de Meio Ambiente da Presidência da República em 1990 (incorporando o IBAMA).
- 1992: criação do Ministério do Meio Ambiente, substituindo a secretaria da Presidência, no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, conhecida como Rio-92.
- 1998: Lei de Crimes Ambientais. 
Impactos Ambientais
O guia dedica um tópico aos impactos ambientais:
- Efeito Estufa.
- Protocolo de Quito: Obviamente não é “impacto ambiental”, mas um compromisso internações voltada a reduzir o aquecimento global. Nem todos os países são signatários. Diversos ambientalistas questionam o dispositivos de mercado consagrados no protocolo, como a venda de créditos de carbono. Voltaremos ao assunto na aula 10 (13ª. Semana). 
- Destruição da camada de ozônio: Sem dúvida essa uma das questões ambientais mais interessantes, pois demonstra como práticas ambientais não respeitam fronteiras. 
- Chuva ácida.

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