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Síntese Nome: Daniele Weis Fernandes de Moura 1. Faça uma linha do tempo com os principais acontecimentos / descobertas na área da imunologia 2. Quais são os problemas da sociedade que podem ser/foram resolvidos utilizando ferramentas de imunologia? 3. Quais os temas de pesquisa que mais lhe chamaram atenção? 4. Qual a importância da imunologia para minha formação? Exemplifique de forma prática 1- 431 a 404 aC: Relatos de Tucídides, um general de Athenas que participou da guerra do Peloponeso, deixando uma série de registros detalhados do que ocorreu durante a guerra. Entre os vários escritos, ele menciona sobre uma grave doença que ocorreu, que ele denomina de “peste”, onde teria causado uma grande mortandade. Dizia que a doença era muito severa e existia grande resistência no cuidado dos pacientes, onde os que sobreviviam tinham um grande papel porque representam uma esperança para os pacientes, que enxergavam uma chance de recuperação e também porque os curados não voltavam a adoecer, pois tornavam- se resistentes (naquela época ainda não se utilizava este termo). Os sobreviventes cuidavam dos doentes pois estavam confiantes na sua imunidade, e este é o primeiro relato do uso deste termo. Século XI: relatos ocorreram nesse século por causa da doença Varíola, onde é uma doença viral e infecciosa muito mortal, onde o paciente tinha sintomas semelhantes ao de uma gripe, com manchas vermelhas. Para combater essa doença, foi inventado um método na China e na Índia chamado de Variolação. Na China, coletavam crostas de lesões de pacientes doentes, que eram trituradas em pó e sopradas no nariz de pessoas saudáveis. Na Índia, a administração do pó era feita por via intradérmica, gerando uma forma mais branda da doença. Faziam isso com o intuito de gerar uma doença mais branda e assim tornar a pessoa imune, pois assim mudavam a maneira de como a varíola entra no organismo. Esse método se disseminou pela Ásia, Europa, África e América. 1798: O trabalho de Edward Jenner, um medico inglês, que com base no método da Variolação e também com uma observação de que mulheres que ordenhavam vacas acometidas por uma doença semelhante a varíola que acometia o gado, ele percebeu que essas mulheres raramente tinham cicatrizes de varíola e então formulou a hipótese do efeito protetor, desenvolvendo um experimento. Ele inoculou o material proveniente desta doença que acometia o gado no braço de uma criança de 8 anos, ele raspava a pústula da ferida da vaca e inseria o material infectado inoculado no braço. Depois, ele expos a criança a Varíola e percebeu que o menino não adoeceu. Então ele sistematizou os achados num documento chamado Tratado de Vacinação. 1882: O trabalho de Ilya Llyichh Mechnikov, que levou ao mecanismo da fagocitose. Fagocitose é um processo em que células do sistema imune englobam outras células, digerindo-as esses microrganismos. Esse trabalho foi premiado com um Nobel. Ilya é considerado o pai da imunidade celular. 1890: Von Behrinh e Kitasato relataram a existência de uma antitoxina especifica no soro, que mais tarde descobriria tratar-se do Anticorpo. Também recebeu um prêmio Nobel de medicina. Von Bering foi considerado o pai da imunidade Humoral, que é a resposta imunológica mediada por anticorpos. 1892: Onde Louis Pasteur, cientista francês, além de trabalhos sobre a pasteurização, ele fez várias descobertas onde observou culturas bacterianas envelhecidas perdiam a capacidade de causar doenças e matar. Então ele inoculou aves com uma cultura velha e percebeu que as aves envelheciam, mas não morriam, então depois da recuperação dessas aves, ele as inoculou novamente utilizando uma cultura bacteriana nova e as aves não adoeciam mais. Com isso, ele mostrou que o uso do patógeno atenuado servia para conferir proteção contra uma doença, chamando esse processo de Vacinação e desenvolveu duas vacinas, uma contra a raiva e outra contra a cólera. 1906: Descoberta da Tolerância Oral, que é um estado de não reatividade específica pra determinadas substância induzida pela administração oral, ou seja, sem resposta imunológica pelo que entra por meio do trato digestório. Foi descrita pelo Wells, testou isso com a proteína do ovo em cobaias. 1930: Descoberta do ABO e RH por Karl Landsteiner, permitindo a tipagem sanguínea, realização de transfusão de sangue e transplante de órgãos. 1951: A criação da Vacina contra a Febre Amarela, por Max Theiler. 1960: descoberta dos mecanismos da geração da Tolerância Imunológica. 1969: descoberta de mecanismos das infecções virais. 1972: caracterização da estrutura e natureza dos anticorpos. 1977: Criação da Técnica de Radioimunoensaio. 1980: descoberta do complexo principal de histocompatibilidade. Temos proteínas em nossas células que funcionam como um tipo de identidade para cada pessoa, então a descoberta disso foi importante para evitar a rejeição em transplantes. 1984: criação da técnica de geração de anticorpos monoclonais, revolucionando o tratamento de uma serie de doenças. 1987: descoberta dos princípios genéticos envolvidos na geração de diversidade dos anticorpos e permite que as respostas imunológicas sejam tão especificas. 1997: compreensão dos mecanismos envolvidos nas respostas das células T ao antígeno. 2008: estudos relativos ao HPV e HIV. 2011: estudos sobre a ativação do sistema imune, favorecendo a vacinação e a luta o câncer. 2018: trabalhos que mostraram os mecanismos que inibem o reconhecimento de células tumorais pelas células imunes. 2- A imunologia é uma ciência essencial que estuda o sistema imunológico e suas interações com patógenos e outros agentes externos. Ao longo dos anos, as pesquisas em imunologia têm desempenhado um papel importante na resolução ou mitigação de vários problemas de saúde da sociedade. Alguns dos problemas que podem ser ou foram abordados com o uso de ferramentas de imunologia incluem: Doenças infecciosas: A imunologia é fundamental para entender e desenvolver tratamentos e vacinas para uma ampla variedade de doenças infecciosas, como COVID-19, gripe, sarampo, varíola, hepatite, entre outras. O estudo das respostas imunes a essas infecções permitiu o desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle. Câncer: A imunologia do câncer, também conhecida como imuno-oncologia, concentra-se em usar o sistema imunológico para combater o câncer. Abordagens terapêuticas, como a terapia com anticorpos monoclonais, a terapia celular CAR-T e a imunoterapia com checkpoint, têm mostrado promessa no tratamento de diferentes tipos de câncer. Alergias: A imunologia desempenha um papel importante no entendimento das reações alérgicas e no desenvolvimento de tratamentos para alergias, como a imunoterapia específica, que visa diminuir a sensibilidade a alérgenos. Autoimunidade: A imunologia é relevante para o estudo e tratamento de doenças autoimunes, nas quais o sistema imunológico ataca erroneamente os próprios tecidos do corpo. Pesquisas em imunologia têm permitido avanços no manejo de doenças como artrite reumatoide, lúpus e esclerose múltipla. Transplante de órgãos: A rejeição de órgãos transplantados é uma preocupação importante. A compreensão da imunologia dos transplantes tem levado ao desenvolvimento de terapias para minimizar o risco de rejeição e melhorar os resultados dos pacientes. Imunodeficiências: A pesquisa em imunologia tem sido fundamental para identificar e compreender as imunodeficiências primárias e secundárias, permitindo diagnósticos mais precisos e desenvolvimento de tratamentos para melhorar a função imunológica. Doenças neurodegenerativas: Estudos recentes têm sugerido uma ligação entre o sistema imunológico e algumas doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer. Compreender essas interações pode levar a novas abordagens terapêuticas para essas condições. Esses são apenas alguns exemplos de como aimunologia tem sido e continua sendo uma ferramenta poderosa para resolver ou aliviar problemas de saúde na sociedade. Avanços contínuos nessa área podem levar a soluções adicionais para outras questões de saúde ainda não resolvidas. 3- Imunologia de doenças infecciosas: Estudar a resposta imune a diferentes patógenos, como vírus, bactérias e parasitas, para desenvolver novas estratégias de tratamento e prevenção. Imunologia de alergias: Pesquisar as respostas imunológicas envolvidas nas reações alérgicas e desenvolver novas terapias para o tratamento de alergias. Imunologia do envelhecimento: Investigar como o sistema imunológico muda com a idade e como essas mudanças podem afetar a suscetibilidade a doenças e o desenvolvimento de terapias para idosos. 4- Algumas das principais importâncias da imunologia para a Odontologia são: Resposta imune a infecções orais: A cavidade oral é constantemente exposta a diversos microrganismos, como bactérias, vírus e fungos. A imunologia estuda como o sistema imunológico reconhece e combate esses patógenos para evitar infecções orais, como cáries, gengivite e periodontite. Imunologia periodontal: A periodontite é uma doença inflamatória crônica que afeta as estruturas de suporte dos dentes, incluindo a gengiva e o osso alveolar. A resposta imunológica desempenha um papel fundamental na progressão dessa doença, e a compreensão dos mecanismos imunológicos envolvidos ajuda no desenvolvimento de estratégias para prevenir e tratar a periodontite. Resposta imunológica a materiais dentários: A imunologia é relevante para o estudo das reações imunológicas adversas a materiais dentários, como amálgama e resina composta. Compreender como o sistema imunológico responde a esses materiais é importante para evitar reações alérgicas e outros problemas relacionados. Imunologia de doenças orais autoimunes: Algumas doenças orais, como o líquen plano oral e o pênfigo vulgar, são consideradas doenças autoimunes, nas quais o sistema imunológico ataca os tecidos saudáveis da boca. O estudo da imunologia nessas condições ajuda a desenvolver abordagens de tratamento específicas e a melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Imunologia e saúde bucal geral: A saúde bucal está intrinsecamente ligada à saúde geral do indivíduo. A imunologia oral pode fornecer insights sobre como a saúde bucal pode influenciar o sistema imunológico e vice-versa, auxiliando na promoção de hábitos de higiene oral adequados para melhorar a saúde global. Imunologia e cirurgias orais: Procedimentos cirúrgicos na cavidade oral, como extrações dentárias e implantes, podem desencadear uma resposta imunológica. Compreender a resposta imune após cirurgias é fundamental para garantir uma cicatrização adequada e reduzir o risco de complicações. Vacinologia oral: A imunologia é relevante para o desenvolvimento e a eficácia de vacinas orais, como aquelas usadas para prevenir doenças infecciosas, como a cárie dental causada por Streptococcus mutans. Em resumo, a imunologia é de extrema importância para a Odontologia, pois fornece conhecimentos fundamentais para entender a resposta imunológica a infecções, inflamações, materiais dentários e procedimentos cirúrgicos na cavidade oral. Essa compreensão permite que os profissionais de Odontologia prestem cuidados mais eficazes e personalizados, promovendo a saúde bucal e o bem-estar geral dos pacientes.
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