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TUBERCULOSE EM PACIENTES IMUNODEPRIMIDOS

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FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUBERCULOSE EM PACIENTES IMUNODEPRIMIDOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2016 
 
 
 
 
AMANDA DA COSTA CIRILO 
ANA CAROLINA SILVA MILCAREK 
KARINA REGINA ALVES LOPES 
POLLYANA DE ALMEIDA FRANCISCONI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUBERCULOSE EM PACIENTES IMUNODEPRIMIDOS 
Trabalho apresentado como requisito parcial de 
avaliação da disciplina de Momento Integrador 3 
para o Curso de Graduação em Farmácia, da 
Faculdades Pequeno Príncipe – FPP. 
Orientadora: Professora Juliana Ollé M. da Silva 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2016 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 
1.1 OBJETIVOS ....................................................................................................... 4 
1.1.1 Objetivo geral .............................................................................................. 4 
1.1.2 Objetivos específicos .................................................................................. 4 
2 MÉTODO ............................................................................................................. 5 
2.1 OBSERVAÇÃO DA REALIDADE ...................................................................... 5 
2.3 PONTOS-CHAVE .............................................................................................. 5 
2.4 TEORIZAÇÃO ................................................................................................... 5 
2.4.1 Tuberculose e AIDS – conceito e relação ................................................... 6 
2.4.2 Diagnóstico da tuberculose e AIDS ............................................................. 8 
2.4.3 Prevenção das doenças ............................................................................ 12 
2.4.4 Tratamento da Tuberculose e AIDS .......................................................... 13 
2.4.5 Resposta imune contra as doenças .......................................................... 18 
2.4.6 Formas de transmissão ............................................................................. 21 
2.4.7 Sinais e sintomas das doenças ................................................................. 24 
2.4.8 Mapa Conceitual ....................................................................................... 25 
2.5 HIPÓTESE DE SOLUÇÂO .............................................................................. 26 
2.6 APLICAÇÃO A REALIDADE ............................................................................ 26 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 27 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 28 
ANEXO ..................................................................................................................... 33 
 
 
 
3 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
A tuberculose é uma doença conhecida como fatal desde a época de 
Hipócrates, é a que mais matava até o final do século XIX e meados do século XX. 
Assim a mortalidade causada pela tuberculose permaneceu até a descoberta da 
terapia de controle especifico (KAUFMANN, 2003). A chave para a prevenção e o 
controle da tuberculose está em evitar a exposição e, se a infecção ocorrer conter a 
progressão da doença. A vacina BCG é usada na imunização universal da criança e 
recém-nascido preferencialmente, mas também pode ser administrada para crianças 
acima de um mês e adultos, o mais cedo possível. O bacilo é transmitido por 
perdigotos e pessoas infetadas pela doença pulmonar ativa (SACCHETINNI, 2004). 
A partir dos anos 1990, apesar da população acreditar que a doença estava 
sendo controlada, observou-se várias regiões do mundo um crescimento de casos 
principalmente associados à infecção pelo HIV. De acordo com a Organização 
Mundial da Saúde (OMS), são registrados anualmente 5 milhões de novos casos de 
coinfecção no mundo. Estudos de autopsia apontam a TB como responsável por 
33% das mortes de soropositivos, mesmo entre os que foram tratados com 
antirretroviral de elevada eficácia. Outro dos grandes desafios enfrentados pelos 
Programas Nacionais de Controle da Tuberculose (PNCTs) é o aumento da forma 
resistente da doença em diversos países nos últimos anos (ROLLA, 2013). 
A tuberculose ativa em pessoas que são portadoras do vírus HIV é a condição 
de maior índice na mortalidade no país. Segundo o Relatório Global de Controle da 
Tuberculose desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2011, 
portadores do HIV estão 21 a 34 vezes mais propensas a desenvolver TB ativa 
quando comparadas à população geral. No Brasil, em 2011 foram apresentados 71 
mil casos novos de tuberculose, correspondendo a um coeficiente de incidência de 
37,1/100 mil habitantes. Desses, aproximadamente 60% receberam o resultado do 
teste anti-HIV (BRASIL, 2012a; IBGE, 2012). 
Os pacientes imunodeprimidos são os indivíduos com predisposição a 
infecções por defeitos permanentes ou transitórios nos mecanismos de defesa anti-
4 
 
 
 
infecciosa. A possibilidade de um indivíduo imunodeprimido infectado pela TB 
desenvolver a doença é cerca de 10% ao longo de sua vida, porém em um indivíduo 
infectado pelo HIV sem intervenção terapêutica, essa probabilidade é cerca de 10% 
ao ano. (JAMAL E MOHERDAUI, 2007). 
Podemos pensar como questão norteadora, o que ocorre em pacientes 
imunodeprimidos que adquirem a tuberculose e a AIDS? 
 
1.1 OBJETIVOS 
1.1.1 Objetivo geral 
 
Descrever sobre a tuberculose em pacientes imunodeprimidos. 
 
1.1.2 Objetivos específicos 
 
 Descrever a ação do sistema imune com a presença dos patógenos de 
ambas doenças; 
 Delatar sobre a importância do tratamento das doenças; 
 Relacionar pacientes imunodeficientes e a tuberculose 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
2 MÉTODO 
 
A metodologia usada em nosso trabalho é o Arco de Maguerez, que consiste 
em problematizar a realidade. Efetiva-se através de 5 etapas: observação da 
realidade, pontos chaves, teorização do problema, hipóteses de solução e aplicação 
a realidade, esta última é etapa em que temos novas informações e conhecimentos 
visando aplicar as soluções encontradas. (BERBEL, 1998, p.36). 
 
2.1 OBSERVAÇÃO DA REALIDADE 
 
A teorização apresentada neste trabalho é baseada na reportagem 
“Tuberculose e AIDS. Uma combinação quase sempre fatal.” do autor Cláudio 
Souza. Esta foi publicada no site soropositivo.org, em 2014, ela retrata a relação 
entre a tuberculose e a AIDS e como os pacientes imunodeprimidos reagem a essas 
doenças. 
 
2.3 PONTOS-CHAVE 
 
 Diagnóstico da tuberculose e da AIDS. 
 Métodos de prevenção das doenças 
 Fármacos utilizados no tratamento 
 Fisiopatologia da AIDS e da tuberculose 
 
2.4 TEORIZAÇÃO 
 
Para esta etapa foram integradas as disciplinas de Microbiologia Geral, 
Políticas de Saúde, Semiologia, Patologia Geral, Analise Orgânica, Farmacologia, 
Embriologia, Imunologia Geral e Genética cursadas neste período. 
6 
 
 
 
2.4.1 Tuberculose e AIDS – conceito e relação 
 
A tuberculose é uma doença constante durante todo o desenvolvimento da 
história da humanidade, possuindo evidências em ossos humanos pré-históricos e 
em registros datados de 8.000 antes de Cristo. Foi descoberta em 1882 pelo 
bacteriologista alemão Robert Koch, que conseguiu isolar o agente causador, o 
bacilo de Koch denominado inicialmente, e chamado posteriormente de 
Mycobacterium tuberculosis. Antes deste conhecimento eram usados vários 
métodos de tratamento como clima, isolamento em sanatórios, sais de ouro, de 
cobre que não foi obtido sucesso no tratamento (ROLLA, 2013) 
A tuberculose só passou a ser melhor compreendida nos séculos XVII e XVIII 
com o surgimento e desenvolvimento do estudo de Anatomia,e assim recebeu o 
nome utilizado atualmente. A partir do final do século XVIII a tuberculose foi 
associada a duas representações: a primeira a associava a uma doença romântica, 
que acometia principalmente poetas e intelectuais; a outra, criada em fins do século 
XIX, a associava a um mal social, visão que permaneceu durante o século XX 
(ROLLA, 2013). 
No Brasil no final do século XIX e início do século XX, a tuberculose era 
considerada a maior causa de morte no Rio de Janeiro, as principais vítimas eram 
da massa de trabalhadores. Nesse período, a tuberculose ainda não fazia parte da 
agenda de prioridades do governo, que tinha como preocupação central o 
saneamento. Em 1902 a DGSP (Diretoria Geral de Saúde Pública) determinou que 
as pessoas infectadas pelo bacilo de Koch deviam ser isoladas em sanatórios para o 
tratamento com medidas adequadas. Em decorrência a essa mobilização surgiu a 
Liga Brasileira Contra a Tuberculose, que tinha como objetivo combater a alta 
mortalidade e conscientizar a população quanto às medidas de prevenção 
(NASCIMENTO, 2005) 
Em 1920, com a Reforma Carlos Chagas, que deu origem ao Departamento 
Nacional de Saúde Pública, o Estado passou a estar mais presente na luta contra a 
doença, criando a Inspetoria de Profilaxia da Tuberculose. Pouco após, na década 
de 1930 foram surgindo avanços na prevenção e não proliferação da doença, 
exemplo disso, foi a criação da vacina BCG, que é utilizada até hoje. Após a doença 
7 
 
 
 
ser estudada mais a fundo, e também com a descoberta de novas prevenções para 
a mesma, o tratamento passou a ser ambulatorial. Devido a tantas descobertas 
feitas sobre a TB, inclusive formas de cuidado, o número de mortalidade pela 
doença teve uma redução significativa (ROLLA, 2013). 
O autor aponta ainda que a partir dos anos 1990, apesar da população 
acreditar que a doença estava sendo controlada, observou-se várias regiões do 
mundo uma disseminação de casos associados à infecção pelo HIV. De acordo com 
a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados anualmente 5 milhões de 
novos casos de coinfecção no mundo. Estudos de autopsia apontam a TB como 
responsável por 33% das mortes de soropositivos, mesmo entre os que foram 
tratados com antirretroviral de elevada eficácia. Outro dos grandes desafios 
enfrentados pelos Programas Nacionais de Controle da Tuberculose (PNCTs) é o 
aumento da forma resistente da doença em diversos países nos últimos anos. 
Em 1999, o Ministério da Saúde desenvolveu o projeto, Plano Nacional de 
Controle da Tuberculose, onde definiu a doença como um caso de prioridade de 
saúde. Já em 2001, reviu os fatos e criou o Plano de Mobilização para Controle da 
Tuberculose. Os dois planos de ação para a possível solução do “problema” previam 
estratégias para o controle e a não proliferação da doença em determinados locais. 
A descoberta e o consequente tratamento adequado do paciente são considerados a 
principal estratégia de intervenção na tuberculose. Dessa forma, se reduz as fontes 
de infecção e o impacto da doença na comunidade (SILVA JR, 2010). 
No aparecimento do vírus da imunodeficiência humana (HIV), modificou a 
epidemiologia e dificultou o controle da tuberculose. A infecção por HIV é o maior 
fator de risco para manifestar a doença em indivíduos previamente infectados pelo 
bacilo. No Brasil, cujo programa de controle da AIDS é amplamente reconhecido, o 
impacto da terapia anti-retroviral na coinfecção. Entre os casos de AIDS está 
havendo uma redução da ocorrência de casos de tuberculose (HAMMER e 
MACPHEE, 2014) 
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é definida como a forma 
grave de um contínuo de doenças associadas com a infecção pelo Vírus da 
Imunodeficiência Humana (HIV). É uma consequência de uma infecção crônica por 
retrovírus que produz disfunção grave de linfócitos T auxiliares CD4. O HIV é 
8 
 
 
 
transmitido por exposição a fluidos corporais infectados, por contato sexual ou 
perinatal. Em 1981, ocorreram os primeiros relatos da AIDS nos Estados Unidos, 
descritos em jovens do sexo masculino, homossexuais, sem história anterior de 
imunodeficiência, e que apresentavam pneumonia causada por um fungo, 
Pneumocystis carinii, e um tumor incomum chamado de sarcoma de Kaposi. Ao 
longo desse ano, casos semelhantes foram surgindo também na Europa e passou-
se a associar a doença com aspectos de vida das pessoas infectadas. O aspecto 
incomum foi o fato de encontrar os sintomas em pessoas imunossuprimidas 
(HAMMER e MACPHEE, 2014). 
Em 1983, pesquisadores franceses e americanos conseguiram isolar o agente 
etiológico da AIDS, um retrovírus (possui apenas RNA), e esclareceram assim os 
mecanismos de transmissão da doença, que se dava por via sexual e sanguínea. 
Assim foi criada uma atmosfera negativa em torno dos doentes elaborando o 
conceito de grupos de risco para restringir o “mal” exclusivamente a homossexuais e 
toxicômanos. O fato, além de estigmatizar os doentes, criou uma falsa noção de que 
as pessoas que não se incluíssem nestes grupos estariam livres da doença. Não 
tardou e começaram a aparecer os primeiros casos de AIDS em hemofílicos, e 
também entre heterossexuais de ambos os gêneros. (NASCIMENTO, 2005). 
Segundo o autor, diferentemente da tuberculose, desde os primeiros casos 
notificados, a AIDS acometeu indivíduos de classes sociais mais elevadas. Isso 
favoreceu a interlocução dos doentes com as esferas públicas da sociedade e do 
governo e deu impulso à organização de entidades civis sem fins lucrativas, 
posteriormente denominadas ONG/AIDS. As entidades democratizaram as 
informações à sociedade, e garantiram o direito de acesso às ações integrais de 
saúde para os indivíduos acometidos pelo HIV. O movimento teve forte impacto e 
contribuiu positivamente com a elaboração de políticas públicas para o controle da 
doença. 
 
2.4.2 Diagnóstico da tuberculose e AIDS 
 
9 
 
 
 
Os métodos diagnósticos mais comumente utilizados são a radiografia do 
tórax, a baciloscopia e a cultura do escarro, exame clinico básico e a prova 
tuberculínica. (MENDES, FENSTERSEIFER, 2004). A radiografia do tórax é o 
método de imagem escolhido na avaliação inicial (suspeita) e também no 
acompanhamento da doença. Na tuberculose em estágio inicial, o que se visualiza 
nas imagens são pequenos nódulos periféricos, porém, em determinados pacientes 
não são visualizados, sendo assim, o método pode ou não ser eficaz em 
determinados casos (BOMBARDA, 2001). 
A baciloscopia permite ter um diagnóstico seguro da tuberculose e se 
caracteriza como uma pesquisa de bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR) em 
amostras preparadas e coradas segundo uma metodologia padronizada, através do 
microscópio (BOMBARDA, 2001). 
A cultura de escarro, permite o isolamento e a multiplicação de BAAR, em 
meios de cultivo especiais para microbactérias. As amostras utilizadas no 
diagnóstico laboratorial da tuberculose, além do escarro, podem ser utilizados vários 
outros tipos de amostras biológicas. Isso depende de qual é a suspeita clínica e qual 
é a forma de tuberculose investigada (BOMBARDA, 2001). 
A Prova ou reação tuberculínica (PPD) é um derivado proteico antigênico do 
bacilo purificado, também chamado teste de Mantoux em homenagem ao cientista 
que aperfeiçoou este teste criado por Koch. Trata-se de uma reação intradérmica 
que permite saber se o indivíduo entrou em contato com o bacilo ou não 
(BOMBARDA, 2001). 
O Exame clínico possibilita ter o diagnóstico preliminar da doença baseando-
se nos sintomas apresentados pelo paciente, porém, precisa de ser confirmado por 
outros exames (CONDE, et al, 2011). 
A TB persiste em ser uma importante causa de morte em países endêmicos 
como o Brasil. Os pacientes HIV positivo com tuberculose observam sintomas mais 
graves e possuem uma incidência de morte maior quando comparados aos 
pacientes com tuberculose que não são portadores deHIV. Portanto, quanto mais 
cedo se obtém o diagnóstico de tuberculose num paciente portador de HIV, mais 
rapidamente se pode iniciar o tratamento. Consequentemente, este paciente fica 
10 
 
 
 
menos tempo doente, apresenta menos complicações tanto da doença como do 
tratamento da tuberculose, reduzindo a chance de óbito. (BVS, 2011). 
O diagnóstico precoce da TB também atua como uma importante estratégia 
de prevenção da doença, pois quanto antes for feito o diagnóstico e o paciente for 
submetido ao tratamento de TB, menor será o tempo de exposição do bacilo a 
outras pessoas, com consequente redução de casos da doença. (BVS, 2011). 
Em paciente HIV positivo, deve ser realizado o teste tuberculínico para o 
diagnóstico de TB latente. Caso esta seja diagnosticada, e descartada a hipótese de 
uma doença em atividade (TB ativa), deve-se iniciar a quimioprofilaxia com 
isoniazida (300mg por 6 meses). Alguns estudos já demonstraram a alta eficácia 
desse tratamento na prevenção da tuberculose, principalmente para pacientes em 
uso de terapia antirretroviral (TARV). Todo paciente com tuberculose deve realizar o 
teste anti-HIV, isto, porque é reconhecido um impacto da TB em um paciente 
infectado pelo HIV. É de extrema importância para o paciente, que caso a soro 
positividade seja reconhecida, ocorrer a solicitação de exames como o CD4 e CV, e 
caso haja necessidade, ocorra o inicio da terapia antirretroviral. (BVS, 2011). 
O paciente com HIV assintomático quando obtém o resultado positivo para 
HIV, é importante fazer o PPD (exame de diagnóstico de tuberculose), como parte 
dos exames laboratoriais iniciais. O PPD é um importante marcador de risco para o 
desenvolvimento da tuberculose. Quando apresenta um resultado negativo, deve ser 
repetido anualmente para orientar a indicação de quimioprofilaxia com isoniazida 
(INH). Caso a quimioprofilaxia seja necessária, antes de iniciá-la, é muito importante 
excluir a tuberculose doença (ou tuberculose ativa) com os critérios clínicos, exame 
de escarro e radiografia de tórax. Esta importância se deve ao fato de que a 
quimioprofilaxia em um paciente com tuberculose ativa é uma monoterapia, 
contrariando a recomendação de usar pelo menos três drogas no tratamento da TB. 
(BVS, 2011). 
É frequente a descoberta do soro positivo para HIV durante o diagnóstico de 
TB e, na maioria dos casos, a terapia antirretroviral é indicada. O momento de 
começar o tratamento gera controvérsias, isso porque, o retardo para o inicio 
aumento o risco e as chances de óbito, já o inicio precoce pode gerar toxicidade ao 
paciente devido a utilização de antirretrovirais e dos tuberculostáticos. (BVS, 2011). 
11 
 
 
 
As principais técnicas que envolvem o diagnostico do HIV estão descritas em 
técnicas baseadas na detecção de anticorpos contra o vírus. Esse tipo de técnica é 
utilizada principalmente em exames de triagem, isso, porque essas técnicas 
detectam a resposta ao hospedeiro contra o vírus e não o vírus propriamente 
dito.(BVS, 2011). 
 ELISA (teste imunoenzimatico): utilizam-se antígenos virais (proteínas). 
Os antígenos virais são adsorvidos por cavidades da placa de plástico, onde é 
adicionado o soro do paciente após. Caso o soro apresente anticorpos 
específicos, os mesmo se fixaram sobre os antígenos. Em resultados 
positivos ocorre uma reação corada ao adicionar um substrato especifico da 
enzima. Esta técnica é utilizada como iniciação da detecção do vírus e é 
bastante utilizada por sua alta sensibilidade e especificidade. (WOOD, 2013). 
 Western-blot: Esse tipo de exame exige diferentes técnicas como a 
eletroforese, transferência eletroforetica e também o bloqueio da membrana, 
ao final a membrana é colocada em contato com o soro do paciente. A reação 
antígeno-anticorpo é detectada por meio da reação antiimunoglobulina 
humana. Este teste é utilizado para confirmar o resultado do teste 
anteriormente descrito (ELISA). (SANTOS, 2015). 
 Imunofluorescencia indireta: As células infectadas são fixadas em 
laminas do microscópio e são incubadas com o soro em que se deseja testar. 
Após, é realizado um tratamento com soro que contenha anticorpos 
específicos, a presença de anticorpos é vista em microscopia de 
fluorescência. (SANTOS, 2015). 
 Radioimunoprecipitação: Ocorre a utilização de anticorpos com 
antígenos radioativos. Estes antígenos provêm de células infectadas, que 
ficam mantidas na presença de radioisótopos durante a síntese de proteínas 
virais. A reação dos antígenos com os anticorpos são analisados por 
eletroforese em gel e também por auto radiografia. (SANTOS, 2015). 
 Contagem de células CD4 em sangue periférico: Este tipo de teste é 
utilizado no acompanhamento de pacientes já infectados pelo HIV. Existe um 
parâmetro de referencia para este tipo de exame onde: quantidade maior que 
500 células/mm³ indicam um estágio de infecção do HIV com baixo risco de 
doença; entre 200 e 500 células/mm³ caracterizada por surgimento de sinais e 
12 
 
 
 
sintomas e também pode ocorrer um risco com relação a doenças 
oportunistas; entre 50 e 200 células/mm³ alta probabilidade de ocorrer 
doenças oportunistas; menor do que 50 células/mm³ grave comprometimento 
de resposta imunitária e alto risco de surgimento de doenças oportunistas. 
(SANTOS, 2015). 
 
2.4.3 Prevenção das doenças 
 
A melhor maneira para se prevenir e controlar a tuberculose é não deixar que 
ocorra a exposição à doença, e se a infecção ocorrer alertar a população da doença 
e isolar o paciente seja em sua casa se ele viver sozinho ou em uma ala especial no 
hospital, às salas deve ter seu ar trocado de seis em seis horas sem que entre em 
contato com o restante do hospital, e deve apresentar lâmpadas de ultravioleta para 
eliminar os bacilos. Qualquer paciente que apresente tosse e infiltrado consistente 
com tuberculose nos raios-X, deve ser sempre isolado. (BOMBARDA, 2001). 
Para que o paciente seja liberado do isolamento é necessário três esfregaços 
de escarro BAAR-negativos obtidos. A máscara é o principal método de prevenção 
dos profissionais de saúde, mas sua eficácia permanece sem comprovação. O 
paciente infectado com a doença pulmonar ativa é o único que consegue transmitir 
os bacilos através de perdigotos. A doença extrapulmonar não é transmissível pelo 
ambiente, ela só é adquirida através do manuseio direto com espécimes infectados. 
(BLUMBERG, 2004) 
A principal forma de prevenção da AIDS está descrita em programas para a 
prevenção da doença, onde são discutidas a distribuição de preservativos, utilização 
de seringas e agulhas descartáveis e esterilizadas, controle do sangue e derivados, 
a adoção de cuidados na exposição ocupacional com relação ao material biológico e 
outras DST. (BVS, 2011). 
A utilização de preservativo tanto masculino quanto feminino, é a única forma 
comprovada contra o HIV, diminuindo assim o risco de ser contaminado por esse 
vírus e por outras DST. O uso regular desses preservativos gera um 
13 
 
 
 
aperfeiçoamento de sua técnica reduzindo a frequência de ruptura e escape, 
consequentemente aumentando a sua eficácia. (BVS, 2011). 
Os produtos espermicidas à base de nonoxinol-9 são capazes de inativar o 
HIV e agentes de outras DST "in vitro", e podem ter um papel importante na redução 
da transmissão sexual do HIV, quando são utilizados em associação com os 
preservativos. Alguns estudos sugerem que a concentração de nonoxinol-9, 
normalmente presente nos preservativos, pode ser insuficiente para inativar o HIV, e 
a utilização de altas concentrações podem apresentar toxicidade. Entretanto, a 
segurança e eficácia dos espermicidas atualmente disponíveis, nas condições de 
uso corrente, não estão bem estabelecidas, e mais estudos clínicos controlados são 
necessários para esta determinação. (BVS, 2011). 
Com relação a pacientes que são usuários de droga, a forma de prevenção 
apresenta uma forma diferente levandoem consideração a vulnerabilidade que 
esses pacientes possuem, desta forma ocorre um grande trabalho para que ocorram 
intervenções preventivas a fim de reduzir a transmissão do HIV. (BVS, 2011). 
O autor ainda relata que estudos foram realizados com relação às 
intervenções preventivas, bem como programas de saúde aplicados precocemente 
que geraram um resultado positivo com a diminuição da incidência da transmissão. 
A base para esse projetos estão em orientação educativa, disponibilidade de testes 
sorológicos, facilitação e acesso aos serviços de tratamento na dependência no uso 
de drogas, acesso a equipamento estéril, além de ações exercidas por profissionais 
da saúde. 
A prevenção com relação a exposição ocupacional baseia-se principalmente 
na utilização sistêmica da biossegurança, isso para evitar a transmissão paciente-
profissional e profissional-paciente. (SANTOS, 2015). 
 
2.4.4 Tratamento da Tuberculose e AIDS 
 
O tratamento medicamentoso da tuberculose é classificado como eficiente se 
o paciente toma corretamente as medicações. Entretanto, nos últimos anos foram 
constatados dois aspectos preocupantes: o aumento da incidência da doença e o 
14 
 
 
 
aparecimento de número elevado de pacientes com bacilos resistentes à medicação 
usual. (MORRONE, et al, 2000). 
O primeiro fármaco utilizado no tratamento da tuberculose foi descoberto em 
1944, chamado de estreptomicina (SM). Após a descoberta da SM, novos fármacos 
foram testados, destacando-se a isoniazida (INH), em 1952; a rifampicina (RPM), em 
1965; o etambutol (EMB), sintetizado em 1960, empregado somente em 1968 e a 
pirazinamida (PZA), sintetizada em 1936, porém só utilizada em 1970. Todos estes 
obtiveram sucesso em seus testes, passando a ser as primeiras opções para quem 
procura a cura da tuberculose. Os fármacos de primeira escolha, INH, RMP, PZA e 
EMB apresentam baixo custo em relação aos outros, porém apresentam diversos 
efeitos colaterais como náuseas, perda da audição, vômitos, asma, alteração visual 
e em extremos casos cegueira (VASCONCELOS, SOUZA, 2005). 
O tratamento atual para a tuberculose consiste em 2 ou 4 tipos de fármacos e 
tem duração de no mínimo seis meses. A farmacoterapia básica nos casos de 
tuberculose consiste em fase inicial intensiva da associação entre rifampicina, 
isoniazida, pirazinamida e etambutol (dois meses de duração), seguida de fase de 
manutenção constituída pela associação isoniazida + rifampicina (quatro meses de 
duração) (GARNER, 2009) 
Para o combate da TB foi proposta a estratégia DOTS (Directly Observed 
Treatment Short Course) pela OMS em 1993. O DOTS é traduzido como tratamento 
supervisionado. O tratamento supervisionado significa uma mudança na forma de se 
administrar os medicamentos sem mudanças no esquema terapêutico (VILLA, 
ASSIS, 2005). 
Os princípios básicos do tratamento supervisionado são: Flexibilidade de 
atendimento onde os pacientes comparecem na unidade diariamente ou no mínimo 
3 vezes por semana nos dois primeiros meses; profissionais de saúde atendendo 
em domicílio para realizar o tratamento supervisionado; oferecer incentivos ao 
paciente para encorajar sua adesão; rede laboratorial equipada e treinada e sistema 
de informação para monitorar os casos, tratamento, evolução e resultados. 
(MINISTERIO DA SAUDE, 2009). Atualmente essa estratégia está sendo implantada 
aos poucos em determinadas regiões do Brasil. Estados como São Paulo, Rio de 
Janeiro e Rio Grande do Sul mostraram dificuldades em implantar o DOTS mas 
15 
 
 
 
houve melhora de adesão ao tratamento quando utilizado este método. (NETTO, 
VILLA 2003) 
No início do procedimento já é possível observar a melhora do paciente, 
consequentemente o tratamento é abandonado, e isto é um dos principais 
problemas para o controle epidemiológico da tuberculose (BOTELHO 2005). 
Considera-se caso de abandono, a pessoa que após iniciado o tratamento para 
tuberculose, deixou de comparecer à unidade de saúde por mais de 30 dias 
consecutivos. (NOGUEIRA, VILLA; 2007). Diversos fatores influenciam o 
afastamento do paciente como a organização das consultas, dificuldade na 
acessibilidade de postos de saúde, disponibilidade do medicamento gratuito para o 
procedimento, além dos fatores socioculturais também afetarem a visão do paciente 
em relação ao processo de cura (SCHENKMAN, et al, 2000). 
O acolhimento do paciente deve ser feito de maneira cautelosa, explicando ao 
mesmo todos os riscos da doença, assim como, os cuidados que o paciente deverá 
tomar para não contaminar outras pessoas. Segundo o Manual de Recomendações 
para o Controle da Tuberculose (BRASIL, 2009), o acolhimento é uma forma de 
relação entre o serviço e o usuário com escuta qualificada para desvendar as 
necessidades dos que buscam as unidades de saúde para uma produção do 
cuidado com responsabilidade, solidariedade e compromisso. Monitorar a resposta 
ao tratamento também é uma ação importante no controle da tuberculose. No caso 
dos bacilíferos, o controle do tratamento deve sempre ser feito através de 
baciloscopias mensais no escarro. O tratamento pode ser feito em regime 
ambulatorial. Casos graves, pode ser necessária a internação hospitalar e por fim, o 
tratamento tópico das feridas e lesões profundas devem ser feitos com o máximo de 
cuidado, para não ocorrer uma transmissão exógena (SANTOS, 1970). 
Apesar desta doença não ter cura, existe um tratamento que garante uma 
melhor qualidade de vida para o paciente. O tratamento depende da adesão do 
paciente, ou seja, depende que ele faça o uso correto e contínuo dos antirretrovirais 
(ARV). Seu uso correto reduz a replicação do vírus em seu organismo (OLIVEIRA 
2013). 
O primeiro fármaco aprovado para o tratamento da AIDS foi a azidomitidina 
(AZT) que reduz a multiplicação do vírus no organismo. Então, logo depois o 
16 
 
 
 
Ministério da Saúde implementou a Terapia Antirretroviral (TARV), baseada num 
coquetel de medicamentos. Atualmente contamos com 21 drogas, porém a 
indicação da terapia é baseada nas necessidades do paciente. A TARV começou a 
ser distribuída gratuitamente pelo sistema público de saúde no Brasil em 1991. Os 
ARV atuam diretamente no processo de entrada do vírus na célula e na sua 
replicação, assim faz com que a multiplicação do HIV seja reduzida, retardando o 
desenvolvimento da doença. (OLIVEIRA 2013). 
Oliveira (2013) ainda cita que cada fármaco age em uma determinada etapa 
da reprodução viral, impedindo sua replicação nas células de defesa CD4, evitando 
que ele se forme ou se replique. 
Até o momento existem duas clases de drogas liberadas para o tratamento do 
HIV. 
São os inibidores de transcriptase reversa, drogas que inibem a replicação do 
HIV bloqueando a replicação da enzima transcriptase reversa (age convertendo 
RNA viral em DNA), e também os inibidores de protease, que agem no último 
estágio da formação do HIV e impede a ação da enzima protease (fundamental para 
a clivagem das cadeias proteicas produzidas pela célula infectada em proteínas 
estruturais e enzimas que formarão cada partícula do HIV) (BVS,2011). 
O Autor ainda cita as principais drogas de cada grupo, indicando a dose e a 
quantidade de vezes por dia que devem ser administradas: 
Inibidores de transcriptase reversa: 
 Zidovudina (AZT) cápsula 100 mg, dose:100mg 5x/dia ou 200mg 3x/dia 
ou 300mg 2x/dia; 
 Zidovudina (AZT) injetável, frasco-ampola de 200 mg; 
 Zidovudina (AZT) solução oral, frasco de 2.000 mg/200 ml; 
 Didanosina (ddI) comprimido 25 e 100mg, dose: 125 a 200mg 2x/dia; 
 Zalcitabina (ddC) comprimido 0,75mg, dose: 0,75mg 3x/dia; 
 Lamivudina (3TC) comprimido 150mg, dose: 150mg 2x/dia; 
 Estavudina (d4T) cápsula 30 e 40mg, dose: 30 ou 40mg 2x/dia; 
 Abacavir comprimidos 300 mg, dose: 300 mg 2x/dia. 
17 
 
 
 
Inibidores da protease: 
 Indinavir cápsula 400 mg, dose: 800 mg 3x/dia; 
 Ritonavir cápsula 100mg, dose:600mg 2x/dia; 
 Saquinavir cápsula 200mg, dose: 600mg 3x/dia; 
 Nelfinavir cápsula de 250 mg, dose 750 mg 3x/dia; 
 Amprenavir cápsula de 150 mg, dose 1.200 mg 2x/dia. 
A terapia antirretroviral é feita através da administração de duas ou mais 
drogas da mesma classe farmacológica ou de classes diferentes. Através de 
estudos que demonstraram um aumento na atividade antirretroviral (elevação de 
linfócitos T-CD4 e redução nos títulos plasmáticos de RNA-HIV) foi possível notar 
uma grande diferença dos níveis do vírus no organismo (BVS,2011). 
 Inúmeras situações interferem a adesão ao tratamento do HIV, como o 
uso contínuo dos medicamentos, a compreensão do paciente quanto a sua doença, 
desconhecimento sobre exames e procedimentos de acompanhamento da terapia, 
manifestações da doença no organismo, o número de fármacos envolvidos, 
diferentes horários de ingestão e restrições alimentares e entre muitos outros 
fatores. Durante o período de adaptação, os pacientes que possuem outras doenças 
associadas, devem ter cuidados especiais, o que também representa um desafio 
para o tratamento. A não adesão traz consequências como a diminuição da eficácia 
dos medicamentos, e consequentemente agravando o quadro clínico (BVS,2011). 
A tuberculose frequentemente promove o fenômeno de transativação 
heteróloga do HIV, ou seja, leva a elevação transitória da carga viral e a diminuição 
da contagem de linfócitos T CD4+, esta diminuição também pode ocorrer por ação 
direta do M. tuberculosis. Estas alterações resultam na dificuldade da interpretação 
para selecionar o Tratamento Antirretroviral (TARV) adequado na co-infecção. 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE,2008) 
Antes do início do TARV é necessário realizar uma contagem dos linfócitos 
TCD4+ independentemente da apresentação clínica da TB. Na forma extrapulmonar 
e pulmonar atípica, é indicado que se inicie o TARV independente do resultado da 
contagem de linfócitos. Estudos recentes propõem que o tratamento da tuberculose 
em pacientes co-infectados reduz, por si só, a carga viral plasmática do HIV, mesmo 
18 
 
 
 
em pacientes que ainda não recebem o TARV. O tratamento da TB deve ser feito da 
mesma maneira que na população em geral. Pode existir a ocorrência de eventos 
graves como efeitos adversos, mas a ocorrência é igual nos co-infectados e nas 
pessoas com TB sem infecção pelo HIV, porém outros estudos encontraram 
diferenças significativamente mais elevadas no grupo de co-infectados. MINISTÉRIO 
DA SAÚDE,2008) 
O tempo total de tratamento da TB é de seis meses. Durante dois meses 
utiliza-se a combinação de rifampicina, isoniazida e pirazinamida, seguidos de 
quatro meses de rifampicina e isoniazida. Devido aos Antirretrovirais (ARV) e os 
tuberculostáticos serem medicamentos com alta toxicidade e exigências de adesão, 
o inicio dos dois esquemas aumenta o risco de intolerância medicamentosa e 
consequentemente, haverá dificuldades para identificar qual droga está associada a 
uma possível toxicidade.É recomendado iniciar TARV em torno de 30 dias após o 
inicio do tratamento para TB, pois num período maior há maiores chances de 
letalidade. (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2008). 
O uso da rifampicina implica na oscilação de níveis séricos de ITRNN 
(inibidores da transcripitase reversa não nucleosídeos) e IP (inibidores da protease). 
Por este motivo, para selecionar um esquema ARV potente resulta em poucas 
opções. De acordo com estudos farmacocinéticos e clínicos realizados com dados 
de resposta virológica, imunológica e clínica, sugerem que o efavirenz pode ser 
usado com segurança com huma dosagem habitual de 600mg. Para pacientes em 
uso de rifampicina é indicado o TARV composto por 2 ITRN + efavirenz. Nas 
situações em que o efavirenz for contra-indicado, por exemplo, na gravidez, pode-se 
optar por esquemas contendo nevirapina, ou pela associação de 3 ITRN (AZT + 3TC 
+ ABACAVIR ou AZT + 3TC + TDF). (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2008). 
Considerando a maior proporção de abandono, falha ao tratamento e 
ocorrência de eventos adversos em pessoas com coinfecção TB-HIV, é necessário 
que se criem estratégias de adesão ao tratamento. (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2013). 
 
2.4.5 Resposta imune contra as doenças 
 
19 
 
 
 
Tendo ocorrido a infecção, depois de 2 a 3 semanas de crescimento livre dos 
bacilos, o organismo começa a reconhecer o agressor, estabelecendo-se a reação 
de imunidade celular e hipersensibilidade. Os linfócitos T aprendem a reconhecer o 
bacilo e comandam a ativação dos macrófagos. O aglomerado de linfócitos, 
macrófagos e células epitelióides, na tentativa de bloqueio, forma o nódulo 
granulomatoso, em geral com uma área de necrose central, o caseum. Nesta fase, 
alguns bacilos escapam por via linfática e atingem os gânglios do mediastino 
(formando o complexo primário) e se disseminam por via linfática ou pelo sangue, 
atingindo outros órgãos do organismo. Se a reação imunológica é suficiente para 
bloquear a multiplicação dos bacilos, o indivíduo não adoece, o que ocorre na 
maioria dos casos. A partir de então este indivíduo tem o conhecimento imunológico 
do bacilo, ou seja, seus linfócitos de memória têm a capacidade de reagir mais 
prontamente a novas infecções tuberculosas. Quase sempre, alguns bacilos 
permanecem vivos no organismo, embora bloqueados e em estado de dormência 
(VERA MARIA, 1999) 
A infecção por HIV afeta predominantemente o sistema imunológico e o 
cérebro. A característica imunológica dominante da infecção por HIV consiste na 
depleção progressiva do subgrupo de linfócitos T CD4 (auxiliares-indutores), 
invertendo, assim, a relação normal CD4:CD8 e causando inexoravelmente 
imunodeficiência. A depleção dos linfócitos CD4 deve-se, predominantemente, ao 
tropismo do HIV para essas células, bem como para outras células transportadoras 
de CD4, visto que a molécula de superfície celular funciona como receptor para o 
vírus. O linfócito CD4 é necessário para o funcionamento correto do sistema 
imunológico. (TRISTAM G.) 
O autor citou também que, uma vez iniciada a infecção do organismo pelo 
HIV, a natureza e o equilíbrio da resposta imunológica de cada indivíduo e as 
características do vírus, desempenham papéis cruciais na evolução da infecção. A 
infecção pelo HIV afeta todo o sistema imune do organismo e causa disfunções 
tanto humorais como celulares; porém, o comprometimento celular tem sido 
apontado como de maior importância imunopatogênica. 
A infecção pelo HIV em fase precoce da vida pode resultar em disfunções 
imunológicas graves, com menor período de incubação, gerando sinais ou sintomas 
20 
 
 
 
relacionados à imunodeficiência já nos primeiros meses de vida. Sem dúvida, a 
imaturidade do sistema imunológico e o tropismo do HIV pelas células de defesa 
contribuem para a gravidade da doença na população pediátrica. A ativação precoce 
do linfócito B pelo HIV leva, inicialmente, a uma produção de imunoglobulina do tipo 
monoclonal e com a cronicidade da infecção esta resposta torna-se policlonal. A 
hipergamaglobulinemia é portanto, frequentemente observada em crianças 
infectadas pelo HIV, não raro como o primeiro sinal de contaminação pelo vírus. A 
qualidade de resposta do linfócito B frente a um antígeno novo ou estimulado com 
mitógeno é inferior às das crianças não infectadas pelo HIV, favorecendo assim, o 
aparecimento de infecções bacterianas por agentes usuais da infância ou por 
infecções oportunistas. A disfunção da imunidade humoral nas crianças infectadas 
pelo HIV também se deve à formação deficitária das células de memória pois, o 
contato com antígenos ambientais ocorre posteriormente à infecção pelo HIV. A 
disfunção persistente da imunidade humoral é a principal responsável pelas 
diferenças imunopatogênicas entre os pacientes adultos e pediátricos(TRISTAM G.). 
A TB é basicamente uma doença pulmonar, sendo esse órgão a porta de 
entrada do microorganismo e local principal de manifestaçãoda infecção. Momentos 
após uma infecção primária, por meio de partículas aéreas, macrófagos alveolares e 
células dendríticas, que fagocitaram o M. tuberculosis, migram através do sistema 
linfático em direção ao linfonodo regional, e formam o complexo de Ghon. A 
imunodepressão, seja devido ao precário estado de saúde do indivíduo, infecção 
pelo HIV, ou uso de drogas imunossupressoras, é a causa mais freqüente da 
multiplicação de bacilos enclausurados no granuloma e reativação da TB (reativação 
endógena), comparada à reinfecção (exógena) pelo M. tuberculosis. O sistema 
imune também conta com moléculas que induzem a quimiotaxia ou sinalização, 
denominadas de quimiocinas (RAVN P, 2005). 
A imunidade antituberculose não resulta de ação específica direta e precisa 
contra o Mycobacterium tuberculosis. O ataque a este constitui processo de grande 
complexidade, variando sob ação de circunstâncias diferentes, nem todas bem 
definidas e com intervenção de elementos múltiplos, razão por que é mais adequado 
denominá-lo "mecanismo imunitário". Na literatura de língua inglesa emprega-se 
correntemente a expressão resistência adquirida. (ROSEMBERG, 2001) 
21 
 
 
 
O autor também ressalta que o mecanismo imunitário na tuberculose encerra 
grande complexidade de interações celulares, notadamente das células 
especializadas, englobando o sistema macrófago-célula T. O macrófago alveolar 
talvez seja a principal célula de defesa. Os linfócitos T mantém a memória da 
imunidade reagindo rapidamente ante novo ataque da micobactéria. A memória 
imunitária da célula T se esvai com o tempo, sendo geralmente mantida com novas 
infecções micobacterianas. 
As células, como o autor citou, não atuam propriamente de forma direta, 
segundo o autor, mas através de moléculas, algumas de natureza hormonal, 
geralmente com 8 a 14 kDa, denominadas linfocinas, interleucinas ou citocinas; 
algumas podem se estender a outros processos não imunitários, constituindo as 
quimiocinas. As linfocinas não têm função imunológica direta, pois atuam através o 
macrófago. Elas atraem os macrófagos ao local da implantação da micobactéria e os 
ativam para matar o M. tuberculosis. 
Os leucócitos polimorfonucleares têm grande capacidade de fagocitar o 
Mycobacterium tuberculosis, porém sem nenhum poder de destruí-lo. Se não são 
englobados pelos macrófagos, exercem papel prejudicial, pois as micobactérias são 
transportadas para diversos sítios do organismo, lembrando a figura do cavalo de 
Tróia da mitologia grega. (ROSEMBERG, 2001) 
Nos infectados com o Mycobacterium tuberculosis, é grande o recrutamento 
das células CD4, sendo identificadas em número elevado no líquido de lavagem 
broncoalveolar, de pacientes tuberculosos. Estas células assim como CD8 são 
capazes, em certas condições, junto com as Th2 de lisar macrófagos com 
micobactérias fagocitadas. As células CD8 também são detectadas no líquido de 
lavagem broncoalveolar e surgem no sangue periférico de pacientes tuberculosos, 
sendo seu número associado à extensão das lesões. (ROSEMBERG, 2001) 
 
2.4.6 Formas de transmissão 
 
O vírus está presente em diferentes tecidos linfoides, além de sangue, sêmen, 
secreções vaginais, cervicais e leite materno em indivíduos infectados. As principais 
22 
 
 
 
formas de transmissão são: sexuais, de mãe para filho, parenteral, durante a 
gestação, durante o parto, aleitamento e também ocupacional. 
● Sexual – durante as relações sexuais, é importante sempre usar 
proteção, pois a transmissão sexual é a maneira mais importante de 
transmissão no mundo. O risco pode variar de acordo com cada sitio de 
exposição, sendo que a exposição retal é a de maior risco, em seguida a 
vaginal e oral (SANTOS, 2015). 
● Parenteral – ocorre por transfusão de sangue contaminado e 
compartilhamento de agulhas e seringas. A infecção por transfusão de 
sangue é extremamente rara, pois é feito um rigoroso controle de banco de 
sangue. Apesar de ser a menos frequente, é a que mais tem probabilidade 
para o estabelecimento da infecção. É um risco bastante elevado em usuários 
de drogas injetáveis (SANTOS, 2015). 
● De mãe para filho – pode ser transmitido via placentária, durante o 
parto e durante o aleitamento. Normalmente a placenta funciona como 
barreira evitando a passagem de microrganismos da circulação materna para 
a circulação fetal. A integridade da placenta não é suficiente para evitar a 
infecção por este vírus, mas algumas células expressam CD4 (receptor 
específico deste microrganismo) e mesmo na ausência de CD4 pode ser 
utilizados os receptores secundários CCR5 ou CXCR4 (proteínas). Os 
interferons e quimocinas bloqueiam estes receptores secundários no 
trofoblasto, evitando sua infecção. (DUARTE,2005). 
A barreira placentária ou membrana placentária é composta por um 
revestimento externo de sinciciotrofoblasto com microvilosidades, em seguida uma 
camada de células cuboides de citotrofoblasto e um eixo de mesoderma extra-
embrionário. Essa membrana placentária garante ao feto a nutrição necessária, por 
ela passam água, eletrólitos, carboidratos, aminoácidos mas também podem passar 
alguns vírus, assim como o vírus da AIDS. Ao final da gestação esta barreira vai 
ficando mais fina, o qual é propicio para o vírus ultrapassar a barreira e infectando o 
feto. (Dumm, 2006) 
Ainda segundo o autor, é contraindicados métodos de diagnóstico de doenças 
como amniocentese (contamina o liquido amniótico) e cordocentese ( vírus cai direto 
na circulação fetal) em gestantes contaminadas, pois a agulha ao passar através 
23 
 
 
 
dos tecidos maternos, este instrumento se contamina e aumenta os riscos de 
infecção fetal. 
A respeito da transmissão no aleitamento, foi comprovada a presença do 
vírus neste fluído e seu potencial infectante. Então é reforçada a ideia que o cuidado 
com a transmissão de mãe para filho não se encerra após o parto. (DUARTE,2005). 
● Ocupacional – transmissão por acidentes de trabalho de profissionais 
da saúde a partir do contato com sangue ou objetos perfurocortantes. É 
importante sempre fazer o bom uso de equipamentos de biossegurança, e a 
descontaminação de material biológico para evitar possíveis riscos de 
transmissão 
Embora o vírus já tenha sido detectado em saliva, urina, lagrima e suor, não 
há nenhum relato de infecção que não seja das tratadas anteriormente. (SANTOS, 
2015). 
Em transmissões verticais (de mãe para filhos), quando não são realizadas 
intervenções, a transmissão ocorre em cerca de 25% das gestações de mulheres 
infectadas. Após a realização de intervenções, é possível notar uma redução desta 
taxa. 
As intervenções preconizadas no Programa Nacional de DST e AIDS são : o 
uso de anti-retrovirais a partir da 14ª semana de gestação, com possibilidade de 
indicação de AZT (Zidovudina) ou terapia anti-retroviral tríplice; utilização de AZT 
injetável durante o trabalho de parto; realização de parto cesário eletivo em 
gestantes com cargas virais elevadas ou desconhecidas, ou por indicação 
obstétrica; AZT oral para o recém-nascido exposto, do nascimento até 42 dias de 
vida e inibição de lactação associada ao fornecimento de fórmula infantil até os seis 
meses de idade. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007). 
Com relação a tuberculose, a forma de transmissão é principalmente por via 
aérea, de uma pessoa a outra. Ocorre primeiramente pela inalação de gotículas que 
contenham os BKs, sejam expelidos pela tosse, pela farra ou pelo espirro de uma 
pessoa com a doença ativa nas vias respiratórias. Sendo assim, a TB não é 
transmitida através de apertos de mão, compartilhamento de comida, bebida ou 
escovas de dentes, contato com roupas de cama ou beijo (FERRI,2014). 
24 
 
 
 
O inicio da infecção se dá quando os bacilos atingem os alvéolos pela via 
respiratória, então os BKs são rapidamente fagocitados por macrófagos (pela 
resposta imune inata). Se conseguirem atravessar esta primeira linhade defesa, 
começa a multiplicação das microbactérias dentro dos macrófagos e se difundem 
para as células vizinhas (endoteliais ou epiteliais), podendo também migar para 
outros órgãos, através do sistema linfático e circulatório atingindo uma alta carga 
bacteriana em poucas semanas. Após esta primeira reação inflamatória, através do 
sistema imune adaptativo ocorre a migração de neutrófilos, linfócitos e outras células 
até o primeiro sitio de ligação, no caso o pulmão, formando um granuloma. Os 
bacilos ficam protegidos dentro deste granuloma, mantidos pela resposta imune, e 
então por motivos não bem definidos ocorre a falha do sistema imune e os bacilos 
começam a se replicar descontroladamente, tornando a doença ativa e 
consequentemente a manifestação de sinais e sintomas (FERRI,2014). 
 
2.4.7 Sinais e sintomas das doenças 
 
Os sintomas da imunodeficiência adquirida são considerados evidências de 
disfunção imunológica progressiva que inclui a mucosa oral apresentar-se 
particularmente favorável à instalação de patógenos oportunistas, doença peridontal 
grave, verrugas orais e a lesão recém-descrita, conhecida como leucoplaquia pilosa 
oral. Essas condições podem ser observadas em pacientes imunodeprimidos por 
conta de quimioterapia, transplantes de medula óssea ou imunossupressão induzida 
por HIV. (TRISTAM G.) 
O autor também aponta que a leucoplaquia pilosa é observada na língua de 
pacientes imunossuprimidos com HIV. As evidencias quanto à presença do vírus 
Epstein-Barr (EBV) em lesões provem de estudos de imunocitoquímica com 
anticorpos monoclonais, morfologia na microscopia eletrônica e estudos de DNA 
com sondas de EBV. A leucoplaquia pilosa oral parece constituir uma das únicas 
lesões orais especificamente relacionadas à infecção por HIV. 
O mecanismo pelo qual o HIV favorece o aparecimento de infecção 
oportunista oral envolve, presumivelmente, a eliminação viral das células T auxiliares 
25 
 
 
 
e, portanto, a perda da imunidade celular contra o herpes vírus e fungos, bem como 
contra outros microrganismos incluindo o vírus da Tuberculose que se instala por 
conta da imunodeficiência. (TRISTAM G.) 
No inicio da TB em alguns casos, podem não aparecer nenhum dos sintomas 
específicos. Os sintomas da doença são tosse, as vezes com muco ou sangue ( o 
que indica a TB em estágios finais ou tardios), dor torácica, cansaço, perda de peso, 
febre, sudorese noturna, falta de apetite. Já nos casos graves os pacientes 
apresentam dificuldade de respiração, acumulo de pus na membrana que reveste o 
pulmão e entre outros. Na forma latente da TB, não há manifestações de sintomas 
(FERRI,2014). 
 
2.4.8 Mapa Conceitual 
 
26 
 
 
 
2.5 HIPÓTESE DE SOLUÇÂO 
 
 Conscientização da importância da adesão ao tratamento por meio de 
uma capacitação dos profissionais da saúde 
 Treinamento dos profissionais para fazer o acolhimento do paciente 
imunodeprimido de forma correta. 
 Divulgar as consequências da não adesão ao tratamento da 
tuberculose por meio de folhetos informativos em hospitais e clinicas. 
 Assistência correta para os pacientes infectados pela HIV que 
adquirem a tuberculose. 
 
2.6 APLICAÇÃO A REALIDADE 
Alguns dos principais fatores para o abandono do tratamento é a falta de 
informação e confiança nos profissionais. Sendo assim, a melhor hipótese de 
solução que pode ser aplicada a realidade é a segunda pois com um treinamento 
correto dos médicos que atuam no tratamento dos imunodeprimidos com a 
tuberculose, os pacientes atendidos pelos mesmos seriam bem informados sobre o 
risco que correm ao não aderir o procedimento ou abandona-lo. 
Com esta hipótese o profissional da saúde também ganharia a confiança do 
paciente, demonstrando que todas as informações passadas visam à melhora do 
doente e deixando claro todos os benefícios e malefícios que o mesmo está sujeito a 
passar. 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Pacientes imunodeficientes causados pelo porte do vírus HIV obtêm uma 
resposta à alguns vírus muito fraca ou pouco eficiente, assim, o paciente fica mais 
propenso a adquirir doenças virologias e bacterianas. Alguns estudos relatam que a 
tuberculose é uma das doenças que foram responsáveis por mortes de portadores 
de HIV por conta da imunodeficiência. 
 Portadores das duas doenças com diagnóstico precoce obtém menos 
chance de óbito e mais chances de iniciar um tratamento adequado. O diagnóstico 
precoce também atua para uma redução de casos da doença pois mais cedo o 
tratamento menor a chance de transmissão da tuberculose. Já em pacientes HIV 
positivos, é importante fazer exames para diagnóstico da tuberculose anualmente 
para orientar a indicação de quimioprofilaxia para um paciente de tuberculose ativa 
não contrariar a recomendação do uso de pelo menos três drogas no tratamento da 
tuberculose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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especiais - parte 2: fármacos de segunda linha. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180637132010000500017&
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CAMERON SJ. Tuberculosis and the blood: A special relationship. 55:55-72, 
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http://www.nib.unicamp.br/svol/artigo14.htm
33 
 
 
 
ANEXO 
 
Reportagem disponível em: < https://soropositivo.org/2014/10/05/tuberculose-e-aids-
uma-combinacao-quase-sempre-fatal/> 
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