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aula 30-05- Erythroxylumcoca - Cocaina

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Toxicologia
Farmácia – Unama
Ananindeua
Erythroxylum coca 
Cocaína
Prof. Dra Ana Carolina 
Costa
Ananindeua – PA
2023
Erythroxylum coca - Cocaína
Contextos gerais
ü O abuso de cocaína tem suas raízes nas grandes civilizações pré-
colombianas dos Andes que, há mais de 4500 anos, já conheciam e
utilizavam a folha extraída da planta Erythroxylon coca ou coca
boliviana, como testemunham as escavações arqueológicas do Peru e
da Bolívia.
ü A planta de coca cresce na forma de arbusto ou em árvores ao leste
dos Andes e acima da Bacia Amazônica. Cultivada em clima tropical e
altitudes que variam entre 450 m e 1.800 m acima do nível do mar,
continua sendo usada pelos nativos da região que a mascam.
Contextos gerais - histórico
ü O nome coca deriva de uma palavra aimará, "khoka", cujo o
significado seria "a árvore".1
ü Para os incas, a planta era sagrada, um presente do Deus Sol
(Inti), relacionada à lenda de Manco Capac, o filho do sol, que
desceu do céu sobre as águas do lago Titicaca para ensinar aos
homens as artes, a agricultura e para presentear-lhes com a
coca.
Contextos gerais - histórico
ü Em 1855, o químico alemão Friedrich
Gaedecke conseguiu o extrato das folhas
de coca. Quatro anos mais tarde, em 1859,
o químico alemão Albert Niemann
conseguiu isolar, entre os seus numerosos
alcalóides, o extrato de cocaína,
representando o principal deles.
ü Após visitas à América do Sul de cientistas
italianos que levaram amostras da planta
para o seu país, o químico Angelo Mariani
desenvolveu, em 1863 o vinho Mariani, uma
infusão alcoólica de folhas de coca.
ü A Coca-Cola seria inventada em parte
como tentativa de competição dos
comerciantes americanos com o vinho
Mariani importado da Itália.
ü A Coca-Cola continuaria desde a sua
invenção até 1903 a incluir cocaína nos
seus ingredientes, e os seus efeitos foram
sem dúvida determinantes do poder
atrativo inicial da bebida.
Contextos gerais - histórico
ü O surgimento de regulamentações e leis restritivas, como o tratado de
Haia (1912), Harrison Act, de 1914, nos EUA, ou o Decreto-lei Federal nº
4.292 de 6 de julho de 1921, no Brasil, tornaram a cocaína menos
disponível para a população em geral.
q Padrão de uso:
1- A cocaína tem o aspecto de um pó branco e cristalino (é um sal,
hidrocloreto de cocaína);
2- O crack é a cocaína alcalina, não salina - e é obtido da mistura da
pasta de cocaína com bicarbonato de sódio.
Aspectos químicos
ü Juntamente com dezenas de outras
substâncias, a folha da coca apresenta três
tipos comuns de alcalóides:
1- Derivados da ecgonina (cocaína e
benzoilecgonina)
2- Derivados da tropina (tropacocaína e
valeriana)
3- Derivados da higrina (higrolina e cuscoigrina)
Aspectos químicos
Figura 01 - Derivados da Ecgonina
Aspectos químicos
Figura 02 - Derivados da tropina e higrina
Aspectos químicos
ü Benzoilmetilecgonina ou éster do ácido benzóico, é
o alcaloide, estimulante, com efeitos anestésicos.
Anel tropano (alcalóide)
Éster do ácido benzóico
TOXICODINÂMICA
ü A cocaína é um estimulante do sistema nervoso
central e um supressor do apetite.
ü Pode atravessar facilmente a barreira
hematoencefálica, podendo inclusive danificá-
la.
ü A cocaína é um inibidor da enzima MAO
(monoamina oxidase), da recaptação e
estimulante da liberação de noradrenalina e
dopamina, existentes nos neurônios.
TOXICODINÂMICA
https://www.youtube.com/watch?v=xXb5KOfB6I0&t=161s
Vamos assistir esse vídeo ilustrativo do 
“minutos psíquicos”.
https://www.youtube.com/watch?v=xXb5KOfB6I0&t=161s
� Segundo o relatório de 2011 da Organização das Nações Unidas 
sobre Drogas e Crimes (UNODC), a cocaína é a segunda droga 
mais consumida em todo o mundo.
� Como consequência, o tráfico de drogas vem desestruturando a 
sociedade moderna em relação aos aspectos sociais e 
econômicos como a segurança, saúde, violência e qualidade de 
vida.
� O consumo de cocaína vem aumentando significativamente na 
América do Sul, onde estimativas de 2011 da UNODC mostram 
que a América Latina, Caribe e a África são responsáveis por 
36% do total de usuários de cocaína.
� A ONUDC estima ainda que 17 milhões de pessoas usaram 
cocaína em 2011. 
� Esse número corresponde a 0,37% da população mundial 
com idade entre 15 e 64 anos.
� O Brasil é um país de fronteira com 
os três principais países produtores de 
cocaína: Bolívia, Colômbia e Peru. 
Além disso, a sua longa costa 
litorânea pode facilitar o acesso ao 
oceano Atlântico, favorecendo, 
assim, o tráfico de drogas para a 
Europa e a África. O Brasil ainda se 
destaca como sendo o país com o 
maior número de usuários de cocaína 
entre os países da América do Sul, 
atingindo um total de 900 mil 
usuários.
PADRÕES 
DE USO 
� Folhas de coca: mastigadas junto com 
substa ̂ncia alcalinizante ou sob forma de 
cha ́ (forma tradicional nos pai ́ses Andinos) 
è Concentraça ̃o: 0,5 a 1,5 % 
� Cloridrato de cocai ́na: pó fino e branco; 
pode ser utilizado por via venosa ou 
aspirado (via nasal). Concentração: 15 a 75 
% 
� Crack: em forma em pedra, volatiliza 
quando aquecida; fumada em cachimbos 
rudimentares contendo de 50 a 150 mg da 
droga è Concentraça ̃o: 40 a 70% 
� Merla: pasta da cocai ́na; também pode ser 
fumada è Concentraça ̃o: 40 a 71 % 
� Bazuko: pasta obtida das primeiras fases de 
separaça ̃o da cocai ́na das folhas da planta 
quando estas sa ̃o tratadas com a ́lcalis, 
solventes orga ̂nicos (querosene ou gasolina) 
e a ́cido sulfu ́rico; contém muitas impurezas 
tóxicas e é fumada em cigarros (basukos) 
==> Concentraça ̃o: 40 a 90% 
SINAIS E SINTOMAS
ü A cocaína causa uma intensa e
rápida euforia que é seguida
imediatamente pelo oposto –
uma intensa depressão, tensão
e avidez por mais droga. As
pessoas que a consomem não
comem nem dormem
adequadamente. Elas podem
sofrer uma frequência cardíaca
muito elevada, espasmos
musculares e convulsões.
- Efeito da cocaína inalada pela
via nasal dura entre 15 a 30 min.
- A duração do efeito do Crack ou
pedra de OXI fumada tem efeitos
mais intensos entre 10 a 15 min.
Eles tentaram me fazer ir para 
reabilitação
Mas eu disse: Não, não, não
É, eu tenho andado mal, mas 
quando eu voltar
Vocês irão saber, saber, saber
Eu não tenho tempo
E se meu pai acha que eu estou 
bem
Ele tentou me fazer ir para 
reabilitação
Mas eu não vou, vou, vou ( Rehab)
Intoxicaça ̃o
aguda 
� Estimulac ̧ão inicial 
� Midríase, cefale ́ia, náuseas, 
vo ̂mitos
� Vertigem, tremores não
intencionais (face, dedos), 
tiques 
� Palidez, diaforese 
� Bradicardia transito ́ria, 
hipertensão arterial, 
taquicardia, dor torácica
� Hipertermia 
� Euforia, agitac ̧ão, apreensão, 
instabilidade emocional, 
inquietude, pseudo-
alucinac ̧o ̃es
Diagno ́sti
co 
cli ́nico 
Paciente adulto jovem que desenvolve 
síndrome adrene ́rgica de curta duraça ̃o 
Agitação psicomotora 
Movimentos estereotipados 
Dor tora ́cica 
Lesões de mucosa e de septo nasal 
Estimulaça ̃o
avançada
Hipertensa ̃o arterial, taquicardia, 
arritmias ventriculares e, às vezes, 
hipotensa ̃o arterial
Encefalopatia maligna, convulso ̃es, 
estatus epileticus 
Dor abdominal
Taquipneia, dispne ́ia
Pode ocorrer hipertermia 
� Depressão
� Coma arreflexivo, arresponsivo
� Midríase fixa 
� Paralisia flácida
� Instabilidade hemodinâmica
� Insuficiência renal (vasculite, necrose 
tubular aguda por rabdomiólise) 
� Fibrilação ventricular ou assistolia
� Insuficiência respiratória, edema 
agudo pulmonar
� Cianose, respiração agônica, parada 
cardio-respiratória
Estimulac ̧ão
avanc ̧ada
Interações
� O uso concomitante de a ́lcool e
cocaína resulta na formaça ̃o in
vivo de etilbenzilecgonina –
cocaetileno, que tem uma
toxicidade muito maior, meia vida
mais longa e DL50 menor.
�
� Associações com ADT, IMAO,
metildopamina e reserpina
podem ter efeitos severos devido
a ̀ alteraça ̃o do metabolismo da
epinefrina e norepinefrina.
� Associaça ̃o com fluoxetina pode
resultar em síndrome
serotoninérgica.
Casosmoderados/sev
eros 
� Suporte Vital
� Agitac ̧a ̃o/convulsa ̃o: 
benzodiazepínicos/barbitúricos
� Hipertermia: medidas– compressas frias, controle 
da temperatura ambiente 
� Rabdomio ́lise: administrar SF 0,9% para manter 
volume urina ́rio de 2 a 3 mL/kg/h. Monitorar 
eletro ́litos, CK e func ̧a ̃o renal. 
� Hipotensa ̃o/choque: infusa ̃o de aminas vasoativas 
(preferir dopamina e, se na ̃o houver resposta, 
norepinefrina) 
Si ́ndrome coronariana 
aguda/hipertensa ̃o/taquicardia 
� Primeira linha: 
� Oxige ̂nio
� Benzodiazepínicos – 5-10 
mg IV, a cada 5-10 min
� Nitroglicerina - 50 mg/250 
ml SG 5% IV (5 a 100 
µg/min) 
Diagnóstico Laboratorial 
específico
�CCD - Cromatografia de camada 
delgada - Positiva para metabólitos
da cocai ́na em urina, mais 
especificamente benzoilecgonina
até 60 horas da exposiça ̃o (única) 
e até 30 dias (uso crônico). 
Testes para identificação de Cocaína
TESTE COLORIMÉTRICO DE SCOTT 
ü É um teste colorimétrico usado como método de triagem para
identificação de cloridrato de cocaína em grandes centros de
perícias cientificas.
ü O teste de Scott é realizado utilizando uma solução de
tiocianato de cobalto em meio ácido, que na presença de
cocaína (B), produz um complexo de cobalto II de coloração
azul (azul turquesa).
Tiocianato de 
cobalto
Ácido cloridrico
PA
Amostra de 
cloridrato de 
cocaína
Testes para identificação de Cocaína
Separar uma alícota da 
substancia suspeita. Adicionar 1 mg de 
tiocianato de cobalto.
No tubo de ensaio 
pipetar 0,5 mL de ácido 
clorídrico PA
Negativo p/ cocaína
Positivo p/ cocaína
Testes para identificação de Cocaína
Obrigado!

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