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Imaginologia Torácica

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Imaginologia Torácica
3 Princípios de Felson
· 1: Duas estruturas de mesma densidade, quando sobrepostas, não será possível observar o contorno entre elas.
· 2: Duas estruturas de mesma densidade, porém distantes, será possível observar o contorno entre elas.
· 3: Duas estruturas de densidades diferentes, próximas ou distantes, será possível observar o contorno entre elas.
PA em pé X AP deitado no leito
· Coração em dimensões normais X coração pode parecer maior 
· Diafragma visto na inspiração X cúpulas diafragmáticas elevadas
· Melhor visualização X visualização com alterações por conta do posicionamento no leito
Radiopacidade X Radiotransparência 
· Muito radiotransparente: gás
· Moderadamente radiotransparente: gordura
· Intermediário: tecidos conjuntivo e muscular, sangue e epitélio
· Moderadamente radiopaco: osso, cálcio.
· Muito radiopaco: metais pesados.
Dicas de como observar a imagem
· Analisar de dentro para fora ou de fora para dentro
· Identificar estruturas como pericárdio, esterno, escápula, diafragma, seios costofrênicos e seios cardiofrênicos, ápice cardíaco.
· Observar horizontalização das clavículas, árvore brônquica (perto da região central).
· A cúpula diafragmática direita é mais alta por conta do fígado.
· Cuidado com artefatos metálicos como balas e botões, podem confundir. As mamas da paciente também podem enganar na radiografia. 
Cardiomegalia
· É a hipertrofia do coração, coração engrandecido, maior que o normal.
· Na radiografia, avalia-se o índice cardiotorácico: É a razão entre o diâmetro cardíaco máximo transversal e o diâmetro da caixa torácica em inspiração profunda. Ideal que o coração apresente diâmetro do tamanho da metade do diâmetro torácico.
Lesão alveolar X Lesão intersticial
· Lesão alveolar afeta trocas gasosas, visto que afeta a unidade respiratória. Possui características restritivas.
· Lesão intersticial afeta o tecido, a árvore brônquica- vias condutoras.
Lesões Alveolares
Pneumonia
· Inicia em base pulmonar (alvéolos da base são menores, porém mais distensíveis)
· Apresenta áreas de condensação com imagem difusa, confluente, contorno borrado e homogênea.
· Imagem em Y invertido
· É uma infecção de vias aéreas inferiores
· Na clínica do paciente, observa-se dispneia rápida
· Há diminuição dos espaços intercostais do lado acometido
· Aumento da opacidade no local acometido
· A baixa troca gasosa causa shunt pulmonar
· Imagem em “binóculo” ou broncograma aéreo
· É possível a visualização da fissura horizontal do pulmão se esta estiver inflamada durante a infecção.
· Altera relação V/Q
Atelectasia 
· Não é uma doença, é uma condição
· Ocorre o colapso alveolar seja por desuso, seja por respiração pulmonar fraca.
· Altera relação v/q
· Acomete mais a base do pulmão e é mais comum nos seios cardiofrênicos 
· A imagem geralmente é vista em triângulo
· Desvio de estruturas para o lado acometido 
· Aproxima espaços intercostais
· Sobrecarrega pulmão oposto
· Comum em pós-operatórios
· Pode ocorrer por excesso de oxigênio ou reabsorção, já que o oxigênio em excesso reduz o nitrogênio (mantém a umidade alveolar) que é necessário para manter alvéolos abertos.
Lesão em asa de borboleta
· Comum em edema agudo de pulmão de origem cardiogênica
· Lesão encontrada na localização dos vasos sanguíneos
· Causa hipoxemia grave e dispneia
Lesões Intersticiais
· Lesões do tecido pulmonar, não ocorre em alvéolos
· Possuem evolução lenta e retardada em relação à clínica do paciente
· Os contornos da lesão são nítidos
· Imagens nodulares e imagens anelares como na metástase pulmonar
Bronquiectasia
· Apresenta brônquios dilatados com paredes espessas
· Lesão em favo de mel
· Hipertransparência difusa (esgarçamento)
· Brônquios perdem colágeno e elastina, assim, não conseguem retornar ao tamanho normal, dificultando a expiração. Dessa forma, há acúmulo de CO2.
· Doença com características obstrutivas
· Air trapping: acúmulo de ar nos alvéolos
· Fica mais difícil de remover secreções
· Há hipercapnia (típico de lesões intersticiais)
· Lesões que na imagem parecem “cachos de uva”
· Paciente hiperinsuflado
Tuberculose 
· Doença que acomete mais o ápice, visto que o bacilo de Koch é aerífero
· Infiltrados no local acometido
· Imagem algodoada e em raquete
· Sintomatologia mais demorada
· Apresenta cavitação
Enfisema Pulmonar 
· Assemelha-se com a asma
· Aumento dos espaços intercostais
· Há hipercapnia (hipercapnico crônico) 
· Costelas horizontalizadas
· Coração em gota ou em bota
· Imagem hipertransparente
· Alterações do colágeno, da elastina e do pneumócito tipo 1
· Grande gradil costal (hiperinsuflação)
· Movimento de alça de balde
· Complacência aumentada e elastância diminuída. 
· Tríade: alterações mecânicas, uso de musculatura acessória, alterações ventilatórias.
· Diafragma horizontalizado
Doenças da Pleura
Derrame Pleural
· É uma consequência, não é a doença principal
· Quando há líquido pleural entre a pleura visceral e a pleura parietal
· Para ser visualizado, é necessário que tenha em torno de 100 mL de líquido
· Ocupa primeiramente as bases e posteriormente esse líquido vai “subindo”
· Há desvio de estruturas para o lado oposto (contralateral)
· Ocorre afastamento dos espaços intercostais
· Em muitos casos, para se confirmar o DP, é feita a radiografia em decúbito lateral, já que dessa forma é possível observar o líquido pleural espalhado
Pneumotórax
· Quando ocorre a presença de ar entre a pleura visceral e a pleura parietal
· Imagem se apresenta em sua maioria muito hipertransparente
· Dificulta a visualização das costelas e da trama vascular
· O pulmão se apresenta pequeno e condensado
· Há deslocamento de estruturas para o lado contralateral
· Ocorre alargamento dos espaços intercostais
· Pulmão comprometido tende ao colapso

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