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Preventiva Bera

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2 | P á g i n a 
 
 
 
Sumário 
 
Volume 01 – Sistema Único de Saúde (SUS)................................................................................03 
Volume 02 – Medidas de Saúde Coletiva......................................................................................11 
Volume 03 – Estudos Epidemiológicos (parte I)..........................................................................16 
Volume 03 – Estudos Epidemiológicos (parte II).........................................................................23 
Volume 04 – Declaração de Óbito, Prevenção de Doenças e Ética Médica...............................27 
Volume 04 – Vigilância em Saúde.................................................................................................29 
Apêndice – Acidente de Trabalho.................................................................................................31 
Intensivão – Profilaxia da Raiva e do Tétano...............................................................................33 
Telemedicina................................................................................................................................................35 
Decorebas....................................................................................................................................................37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 | P á g i n a 
 
Volume 01 – Sistema Único de Saúde (SUS) 
 
Antes do SUS – do mundo ao Brasil 
Modelo Bismarckiano 
 No governo de Otto Von Bismarck na Alemanha o modelo de saúde era feito a partir do desconto 
de uma porcentagem do salário dos trabalhadores, onde o senhor, governador geral, pega uma parte 
para si e deixava outra parte em um caixa guardado. Para que, se mais futuramente alguém 
precisasse de assistência médica ou da previdência, teria aquele suporte guardado. 
 Foi esta a base que chegou ao Brasil na década de 30 com as IAPS, INPS e INAMPS. Modelo 
que dava acesso apenas aos trabalhadores que tinham do seu salário descontado uma parcela, ou 
seja, modelo de Acesso Restrito, pois o trabalhador desinformal e rural não tinham direito a saúde. 
 A Ênfase do modelo era Curativa, não fazia de maneira eficaz o rastreio, prevenções... tratava quem 
estava doente e ia até os hospitais. 
 No Brasil existiam 2 ministérios (dicotomia ministerial), o Ministério da previdência 
(responsável por gerenciar os hospitais nas ações curativas) e o ministério da saúde (responsável 
pela atenção básica de prevenção e saneamento básico). Na época o ministério da saúde tentava 
prevenir as doenças porcamente, sem dinheiro algum. Já a previdência era rica com ênfase curativa. 
 Medicina Ditatorial, o povo não participava de nada, só obedecia. 
 Modelo que perdurou 
o Primeira república 
o Era Vargas 
o Autoritarismo militar 
 
Primeira República – República Velha (1889 – 1930) 
 Período marcado pelas doenças transmissíveis (febre amarela urbana, varíola, tuberculose) 
 Ações do estado baseadas em campanhas sanitárias (período campanhistas) – modelo “apaga 
fogo”, onde tem muita doença, vai lá e faz a campanha (ex.: revolta da varíola – primeira doença 
extinta do mundo segundo a OMS). 
 Polícia Médica – modelo assistencial sanitarista (campanhas) 
 E como estavam os trabalhadores? A revolução industrial começou a chegar no Brasil, os 
trabalhadores não tinham direito, não tinham acesso a saúde, não tinha um fundo para guardar 
dinheiro, trabalhavam 18h por dia. 
 Lei Elói Chaves (1923) – veio para mudar este cenário 
o Início da previdência social 
o Criação das caixas de aposentadoria e pensão (CAPS) – uma reserva para o futuro 
o 1930 tinham 47 CAPS (uma mesma classe tinha varios, o governo não estava envolvido) 
 
Era Vargas (1930 – 1964) 
 Vargas era um cara centralizador, gostava que o governo soubesse de tudo e tivesse o governo no 
meio. Foi ai que ele juntou todos os CAPS em um só, o Instituto de Aposentadoria e Pensões (IAPS), 
agora tinha o IAP marítimo, IAP comerciário, IAP industriário. Tudo sobre o olhar do governo. 
 E o Povo? Os que não contribuíam, não tinham acesso a saúde de qualidade, ficavam às custas dos 
estabelecimentos filantrópicos e saúde pública (raríssima de se encontrar). 
 Na época nem tínhamos Ministério da saúde, era o ministério da educação e saúde que mandava. 
 Começou a ter ênfase nas doenças crônicas, não transmissíveis 
 
Autoritarismo Militar (1964 – 1984) 
 Foi criado o instituto Nacional da previdência social (INPS) – tinha muito dinheiro, pois o pessoal 
era novo e não estava se aposentando, gastando o dinheiro do caixa. 
 Começaram a comprar o serviço médico privado – gastava-se fortunas das caixinhas 
 Modelo hospitalocêntrico. 
 E a população rural ou àqueles que não contribuíam para a previdência? Só tinham direito à saúde 
por meio do pagamento direto ou por serviços filantrópicos (existia uma segregação). 
 Quem contribuía com o INPS estava a mil maravilhas, mas quem não contribuía, não tinha nada. 
 Foi acabando o dinheiro do INPS, os serviços particulares falavam que fizeram mil radiografias, mas 
na verdade fizeram 100... 
4 | P á g i n a 
 
 1974 foi criado o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) – Fizeram 
um teto de quanto gastar por exame, também não deu certo (todos os recursos eram gastos, mas 
nem todos eram usados). O dinheiro também foi gasto em construção de obras faraônicas 
(hidroelétrica de Itaipu, ponte Rio-Niterói...), gastando ainda mais. 
o Fim do milagre econômico 
o Fraudes no INAMPS 
o Reforma Sanitária 
o Medidas lentas de redemocratização 
 
Reforma Sanitária (Modelo Beveridgiano) 
 A ideia era buscar alteração do sistema de saúde (médicos, estudantes, sindicatos e políticos) 
 Na Inglaterra, após a 2ª Guerra Mundial, estava devastada (desemprego, pobreza, fome). Foi ai 
que o Lord Beveridge criou um modelo de saúde dizendo – “Nós vamos assegurar socialmente 
nossos cidadãos, deixando-os em nosso país para gerar economia, impostos, contribuindo 
diretamente ou indiretamente com a saúde (Seguridade Social)” 
 A reforma culminou com a VIII 
Conferência Nacional de Saúde (1986) – 
lema da reforma sanitária “Saúde, direito 
de todos, dever do Estado” (Preparou o 
terreno para o SUS nascer) 
 SUDS (Sistema Único e Descentralizado 
de Saúde) – 1987 
 SUS (Sistema Único de Saúde) – 1988 
(Constituição – Nasce o SUS) 
 Obs.: o INAMPS não acabou com o 
nascimento do SUS 
 
 
 
Soluções do SUS 
Como era O que mudou 
O acesso que era restrito Universalização 
Para a ênfase na cura Integralidade 
Ministérios Descentralização, Regionalização e Hierarquização 
Medicina ditatorial Participação Social 
 
Nasce os Princípios do SUS 
 
 
 
 
Princípios Éticos/Doutrinários (Começam com Vogal) 
Universalização Acesso a todos os cidadãos (estrangeiro legal ou não tem acesso também) 
Integralidade Prevenção, cura e reabilitação (tratamento integral) 
Equidade Tratar de forma desigual (com recursos, priorizando aquele que precisa mais) 
Princípios Organizacionais/Operacionais 
Descentralização Divisão de poderes (estado, município, cada um com sua função) 
Regionalização 
Municipalização (o mais local possível. Todos vão ter saúde, mas de forma mais 
organizada possível) 
Hierarquização 
Organizar os níveis de complexidade de assistência (a porta de entrada deve ser 
através da Atenção Básica) 
Participação Social 
Colocou o povo para participar da saúde, através dos Conselhos (fiscalizando) e 
Conferências (idealizando) 
Resolubilidade Resolver os problemas (em cada nível de assistência e de forma integral) 
Complementariedade 
Contratar o privado (quando a resolubilidade não for feita por falta de estrutura, 
será feito contratos, preferir instituições filantrópicas ou privadas não-lucrativas) 
5 | P á g in a 
 
A evolução do SUS... Participação Social 
A Lei 8.080 (19/09/90) – Lei Orgânica da Saúde (funcionamento do SUS) – Fernando Collor 
 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde e organizando 
o funcionamento dos serviços! 
 Determinou: 
o O Estado deve fornecer saúde a toda a população 
o Deve haver identificação e divulgação 
o Formulação de políticas de saúde 
o Assistência integral das ações 
 Mostra as competências de cada esfera de poder (descentralização) 
o Nacional – participa na formulação de políticas, defini, coordena... 
o Estadual – coordenar ações e, em caráter complementar, executa ações de serviços com o 
município. 
o Municipal – execução das ações de saúde e controla serviços privados 
 A direção Nacional pode executar? Sim! Vigilância de portos, aeroportos e fronteiras... 
 E o setor privado? 
o Pode atuar de forma livre e complementar (preferência por instituições filantrópicas e 
privadas não lucrativas). 
 Onde o SUS vai atuar? 
o Vigilância sanitária 
o Vigilância epidemiológica – conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção 
ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde. 
o Saúde do trabalhador 
o Assistência terapêutica, inclusive farmacêutica 
o Ações de saneamento básico 
o Formação de recursos humanos 
o Vigilância nutricional 
o Meio ambiente 
o Medicamentos, equipamentos, vacinas... 
o Alimentos, água e bebidas 
o Serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde 
o Sangue e derivados 
 
Lei 8.142 (28/12/90) – Fernando Collor 
 Dispôs sobre a participação da comunidade no SUS e sobre as transferências 
intergovernamentais de recursos financeiros (regular e automática) 
 Foi uma lei complementar a lei 8.080. Logo, também é uma lei orgânica de saúde. 
 Foi descrito como vai funcionar a participação popular. 
 Conselhos e Conferências 
o Usuários (50%) 
o Profissionais de saúde (25%) 
o Profissionais de serviço (12,5%) 
o Representantes do Governo (12,5%) 
 Linguagem da lei – “A representação dos usuários será paritária em relação ao conjunto dos demais 
seguimentos”. (50% povo, 50% profissionais). 
 A saúde recebe de forma regular e automática do governo. 
Conselhos 
(reuniões 
mensais) 
- Órgão fiscalizador – Controlam os gastos e a execução da saúde 
- Os conselheiros podem se reeleger (Caráter permanente), mesmo com eleições de 
2/2 anos. 
- E o que eles decidirem nos conselhos, não tem que ser consultado no legislativo 
(câmara de vereadores/deputados) eles tem poder de decisão. O prefeito/presidente 
carimba ou não (Caráter deliberativo – isso vale apenas para o conselho). 
Conferências 
(Reuniões de 
4/4 anos) 
- Avalia a situação de saúde e propõe diretrizes para a formação da política de saúde 
nos níveis correspondentes 
- Convocadas pelo Executivo (prefeitos/presidente) ou pelos Conselhos 
- Avaliam e criam diretrizes da Política de Saúde 
- Acontecem de 4 em 4 anos, mas em caráter excepcional pode ser convocada. 
6 | P á g i n a 
 
Legislação – Normas Operacionais Básicas (NOBs) 
 
 
 
 
 
NOB 91 
 Centraliza a gestão no nível Federal 
 Municípios se comportam como prestadores de serviço 
 Prestadores públicos e privados recebem dinheiro do MS de acordo com a 
produção (O poder volta para a união, mostrando que seria devagar a 
municipalização). 
 Atrasou a municipalização, passando a gerência das unidades básicas estaduais e 
federais para os municípios - 
 Lei sem noção, regressão! O município sempre foi um peão (produz e ganha de 
acordo com a produção), e do nada virou patrão, tomando o poder e o dinheiro para 
executar; logo, esta NOB serviu como ponte para a adequação dos municípios. 
 
 
 
 
 
NOB 93 
 Municípios – passam a ser os Gestores (descentralização - municipalização) 
o Gestão: incipiente / parcial / semi-plena 
o Transferência regular e automática pelo número de cabeças na cidade 
 Comissão Intergestores (para ninguém pegar dinheiro do outro...) 
o Bipartite (Estadual): Estado, Município (COSEMS) 
o Tripartite (Nacional): MS, Estados (CONASS), Municípios (CONASEMS) 
 A Lei 8080 já permitia formar “consórcios” intermunicipais, onde cada município 
enviava seus pacientes para o outro numa “troca”, uma vez que o repasse era feito 
por cabeça. Por exemplo, se um município tinha atendimento psiquiátrico e outro 
oftálmico, os pacientes transitavam entre as cidades para receber seu atendimento 
de acordo com o necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
NOB 96 
Até 2020 
 Poder pleno pelo município (consolidou a municipalização) – os municípios 
podem habilitar-se em duas condições: 
o Gestão plena da atenção básica (Atenção Básica) 
o Gestão plena do sistema municipal (AB, Média e Alta complexidade) 
 Criação do Piso da atenção básica (PAB) 
o Fixo: todos os municípios ganham por habitante (23 reais por habitante) 
o Define as relações entre os sistemas municipais e o papel dos gestores 
o Variável: saúde na escola, do adolescente, bucal, família, NASF, PMAQ, 
academias de saúde, consultórios de rua, atenção domiciliar, equipe 
multidisciplinar de apoio 
 Com isso, o município recebe um valor fixo por habitante, e também um valor 
variável conforme os diversos programas implantados no município. 
 Esferas: 
o Municipal – controle dos prestadores de serviço 
o Estadual – incentivar o poder municipal na gestão 
o Federal – promover as condições e incentivar o gestor estadual 
 
 
 
 
NOAS 
(2001 / 2002) 
 Equidade nos recursos e no acesso à saúde 
 2001 – Maior equidade na alocação dos recursos e no acesso da população, divisão 
de responsabilidades na gestão do SUS e concluir a habilitação de 100% dos 
municípios (municipalização definitiva) – regionalização organizada 
 2002 – Amplia as responsabilidades dos municípios e cria o PAB ampliado. 
Além de fazer o mínimo (controle da tuberculose, eliminação da hanseníase, 
controle da HAS, controle da DM, saúde da criança, saúde da mulher e saúde 
bucal), fizer atendimento de urgência, procedimentos mais complexos, ECG... 
recebe mais recursos 
 
 
 
Regionalização 
Organizada 
 Acesso à saúde o mais próximo da residência 
 Município referência = $ para média complexidade 
 Regionalização Organizada: ao avaliar o perfil de cada município, criou-se micro 
e macrorregiões de saúde, que são aglomerados de municípios com um sistema 
completo de saúde (atenção básica, média e alta complexidade, etc). O município 
referência + seus municípios ao redor compõem uma região de saúde. Se qualquer 
pessoa da região necessitas de assistência médica, irá à unidade mais próxima e, 
caso necessário, será enviado para um serviço de maior complexidade. 
 
 
7 | P á g i n a 
 
Pacto de Saúde (2006) – Portaria nº 399 (22/02/2006) 
O Foco central aqui foi a consolidação do SUS, com os gestores assumindo compromissos públicos e com 
revisão anual. 
 Pacto em Defesa 
o Defesa e fortalecimento dos princípios do SUS 
o Social / mais recursos para saúde 
 Pacto de Gestão 
o Fortalecer as responsabilidades de cada município, estado e governo federal 
 Pacto pela Vida (2006) 
o Saúde do idoso 
o Ca de mama e de colo 
o Mortalidade infantil e materna 
o Doenças emergentes e endemias (dengue, malária, influenza, BK e hanseníase) 
o Promoção à saúde (qualidade de vida) 
o Atenção Básica à saúde (ESF) 
 Pacto pela Vida (2008) adicionou 
o Saúde Mental 
o Saúde do Homem 
o Saúde do Trabalhador 
o Pessoas com deficiência 
o Pessoas em risco de violência 
o Hepatite e AIDS 
o Oral (saúde bucal em 2011) 
o UBS, CAPS, UPA → portas de entrada aos usuários 
 
Atenção Básica ou Primária 
Contextualizando 
 Atenção básica ou primária – atendimento ambulatorial não especializada 
 Atenção secundária – atendimento ambulatorial especializado 
 Atenção terciária – atendimento hospitalar 
 
Atenção primária (2017 – Política Nacional de Atenção Básica) – portaria 2436 
 Dentro da atenção primária eu posso ter especialistasque atuam em áreas básicas (Clínica Médica, 
Pediatria, Psiquiatria e Ginecologia), auxiliando, ampliando e organizando a saúde. 
 Trabalha executando a estratégia de saúde da família 
 Equipe multiprofissional: médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem e ACS (agente comunitário 
de saúde – 1 para cada 750 pessoas) 
 Ampliação – equipe bucal, gerente de atenção básica (burocracia), agente de combate a endemias 
(ACE – podendo entrar no lugar do ACS) 
 Cadastrar a população (Adscrição de clientela) no território (territorialização) de 2.000 – 3.500 
pessoas. 
 Máximo de equipes: população/2.000 
 Definir a vulnerabilidade para cadastrar as pessoas da comunidade (Equidade) 
 
Princípios da Atenção Básica (PLInCipios) 
Reorientação/substituição do modelo voltado ao sintoma, para um modelo centrado na pessoa 
Primeiro Contato Porta de entrada do sistema de saúde →acessibilidade (disease/illness) 
Longitudinalidade Acompanhamento do indivíduo → criação de vínculo 
Integralidade 
Cuidar do paciente de forma integral/completa – a queixa é uma, mas 
seu olhar é por um todo (biopsicossocial) 
Coordenação Integração do cuidado entre as esferas hierárquicas (sincronia) 
Enfoque Familiar Centrado na família → genograma 
Orientação Comunitária Contato com a comunidade 
Competência Cultural Facilitar a relação, falar de igual para igual 
 
 
8 | P á g i n a 
 
Método Centrado na Pessoa 
Vantagens: menos queixa de má prática, mais adesão e não vai aumentar o tempo de consulta. 
P - ercepção do problema 
Sentimentos, ideias, funções e expectativas (SIFE) 
 O que você acha disso? 
 Como eu vou te ajudar? 
 Você acha que vai ficar boa? 
E - ntender a pessoa como um todo História de vida 
S - istematizar Plano conjunto – o paciente é ativo nas decisões 
S - er realista 
Trabalhar junto, mas não tudo de uma vez só. Vamos 
priorizar do mais grave para o menos grave. 
O - bjetivar prevenção Medicina preventiva 
A - profundar a relação Empatia, compaixão, cuidado 
 
Instrumentos e Ferramentas 
Para promover o método centrado na pessoa 
Método SOAP (Prontuário) – Notas do registro clínico orientado por problemas 
 Subjetivo: sintomas (experiência do problema) 
 Objetivo: olhar do médico (exame físico e laboratorial – ex.: glicemia) 
 Avaliação: o diagnóstico (afecções e conclusões – ex.: DM) 
 Plano: conduta (passo-a-passo) 
Genograma – Interações/Dinâmica afetiva de 3 ou mais gerações 
 
Ecomapa – ambiente de interação da família para com escola, igreja, vizinhos 
 
 
9 | P á g i n a 
 
Humanização (ocorre em todos os níveis de atenção) 
 
Acolhimento 
Respeitando a autonomia. Coloca o paciente para dentro e conversa com 
ele 
 
 
 
 
Responsabilização 
(Tentar resolver o possível) 
 Clínica Ampliada 
o Discutindo com a equipe para resolver o máximo de 
problemas na atenção básica 
o Discussão coletiva na busca do cuidado 
o Casos complexos 
 Projeto Terapêutico Singular (4) 
o Condutas articuladas com base na clínica ampliada 
o 1.Definir hipóteses e 2.Metas 
o 3.Dividir responsabilidades 
o 4.Reavaliar 
 
Interdisciplinaridade 
 Apoio matricial (NASF – Atenção básica) 
 Retaguarda de assistência 
 Suporte técnico-pedagógico 
 
NASF-AB (Núcleo de Apoio à Saúde da Família e Atenção Básica) 
 Não é porta de entrada para o SUS, é o apoio matricial. Foram criados com o objetivo de ampliar 
a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade. São 
constituídos por equipe multiprofissional que deve atuar de maneira integrada e apoiar os 
profissionais da equipe de saúde da família. 
o NASF 1: 5 a 9 ESF, ≥ 5 profissionais e 200h/sem 
o NASF 2: 3 a 4 ESF, ≥ 3 profissionais e 120h/sem 
o NASF 3: 1 a 2 EFS, ≥ 2 profissionais e 80h/sem 
 
Decreto 7.508 / 2011 
 Região de saúde (teve como base a regionalização organizada do NOAS) 
o Espaço geográfico / agrupamento de municípios 
o Atenção primária / secundária e hospitalar / urgência / psicossocial / vigilância 
 Contrato organizativo de Ação Pública (Acordo entre os municípios) 
o Se você faz parte de uma regional de saúde, você tem que mandar os problemas, internações 
para o serviço terciário, para o município principal. Pois é ele que recebe por isso, mas em 
casos de Urgência e Emergência você pode levar para o município mais perto que tenha o 
serviço que você precisa, mesmo ele sendo de outra regional de saúde. 
 Mapa de Saúde 
o Descrição geográfica de recurso humano e ações de saúde 
o SUS e rede privada 
 Rede de Saúde (organizada regionalmente para que possa garantir maior eficácia e efetividade) 
o Conjunto de ações e serviços da saúde (o que eu tenho na regional) 
o Portas de entrada: UPA, UBS, CAPS, Especiais (AMA, mutirão de hérnia/cataratas) 
 
Financiamento do SUS 
 Emenda constitucional de 2016 (lei 141-2012) 
 Em 2012 foi descrito o quanto cada esfera de saúde tem que aplicar 
 “O financiamento do SUS é uma responsabilidade comum da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios” 
o Os municípios têm que destinar 15% da sua receita para a saúde 
o O estado tem que destinar 12% da sua receita para a saúde 
o A União tem que destinar o mesmo dinheiro do ano anterior + correção pelo IPCA 
Antes da Emenda (até 2017) Depois da Emenda 
Todo esse dinheiro ia para 6 “contas bancárias” (atenção 
básica, atenção de média e alta complexidade, vigilância 
epidemiológica, farmacêutica, gestão de saúde e 
investimentos em saúde). Se sobrace em alguma conta, 
não podia transferir para outra. O problema é que o gasto 
em cada esfera é muito diferente uma da outra (umas 
gastam mais outras menos) 
Hoje temos dois blocos, um para financiar/custear os 
serviços públicos e outro para o investimento no serviço 
público. Aaaah... mas dai fica fácil os governantes 
desviarem este dinheiro! Não, pois temos os conselhos 
que ficaram fiscalizando. Foi bom para os prefeitos por 
conta da maleabilidade 
10 | P á g i n a 
 
Novidades 
 Saúde na hora 
o Maior funcionamento para que todos tenham acesso. 
o 60h/semanais ≥ 3 ESFs 
o 75h/semanais ≥ 6 ESFs 
 Médicos pelo Brasil 
o É o programa de residência em saúde da família (diploma, revalida, prova, especialização), 
que tem plano de carreira. 
 Previne Brasil (Janeiro de 2020) 
o Não tem mais o PAB (piso da atenção básica) 
o CPI da atenção básica 
o Financiamento da atenção básica 
 I – Capacitação ponderada (do mais recurso para quem precisa mais – idoso, criança) 
 II – Pagamento por desempenho (estimulo quando cumprir as metas) 
 III – Incentivo para ações estratégias (saúde bucal, saúde da escola, saúde indígena) 
o Não pode abrir mais NASF 
 Os que existiam mantém 
 Dissolver o NASF e contratar direto na equipe 
 Ou dissolver o NASF e colocar direto no posto 
 
Redes e Programas Principais 
 SAMU – presta socorro com unidades móveis (192) 
 UPA 24h – tem atuação intermediária entre unidades básicas e urgências hospitalares 
o UPA Porte 1 (50-100 mil habitantes / Até 150 pacientes – 24h / 2 médicos por plantão / 7 leitos) 
o UPA Porte 2 (100-200 mil habitantes / até 300 pacientes / 4 médicos por plantão / 11 leitos) 
o UPA Porte 3 (200-300 mil habitantes / até 450 pacientes / 6 médicos por plantão / 15 leitos) 
 Qual o tempo máximo que o paciente pode ficar esperando: 24h 
 CAPS – atendimento para pacientes com transtornos mentais (é um dos programas estratégicos da 
reforma psiquiátrica brasileira) – 1986 criou-se o primeiro CAPS. 
o Abandono ao antigo modelo hospitalocêntrico, Evitar internações – volta para a casa, Inserção 
social e Regular a porta de entrada 
 HumanizaSUS – já discutido aqui no material 
 
As 8 características de prova 
 PLInCípios principais 
 Reorientação (substitutivo) – centrado na P-E-S-S-O-A 
 Instrumentos e Ferramentas Específicas – genograma, ecomapa, SOAP 
 Multidisciplinar (equipe) → 1 médico + 1 enfermeiro + 1 auxiliar de enfermagem + 4 a 6 ACS 
 Acolhimento / autonomia (participação da comunidade) Responsabilização – Clínica ampliada – Projeto Terapêutico Singular 
 Interdisciplinaridade com apoio matricial (NASF – não é porta de entrada) 
 Adscrição de clientela / territorialização (entre 2.000 e 3.500 pessoas) 
 
Medicina de grupo tem como característica – Os serviços podem ser prestados por unidades próprias, 
onde os profissionais de saúde são empregados da empresa de medicina de grupo, ou por meio de 
unidades credenciadas por esta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Médico, enfermeiro, dentista (20-40h/semanais), técnico 
11 | P á g i n a 
 
Volume 02 – Medidas de Saúde Coletiva 
 
Epidemiologia 
Atua diante da necessidade do entendimento da rede causal (saúde-doença) 
Não executa, não forma política e não dá assistência 
Função: descrever a distribuição dos problemas (visa fornecer os dados para o governo investir) 
 
Os Indicadores de Saúde 
Avaliar o Risco (Coeficiente) Avaliar a Proporção (Índice) 
Numerador ≠ Denominador Numerador = Denominador 
 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 ≥ 𝟓𝟎 𝒂𝒏𝒐𝒔
𝒑𝒐𝒑𝒖𝒍𝒂çã𝒐 ≥ 𝟓𝟎 𝒂𝒏𝒐𝒔
 
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 ≥50 𝑎𝑛𝑜𝑠
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 
 
Índice de mortalidade – Swaroop-Uemura 
No Brasil o ISU ± 80% (a maioria morre ≥ 50 anos) 
 
Coeficiente (Morbidade, Mortalidade e Letalidade) 
1. Coeficiente de Morbidade – Risco que uma população exposta tem de adoecer 
Avaliamos de duas formas 
Coeficiente de Incidência ou de Ataque Coeficiente de Prevalência 
Casos novos no população exposta Casos novos e antigos na população exposta 
𝑰𝒏𝒄𝒊𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 = 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒄𝒂𝒔𝒐𝒔 𝒏𝒐𝒗𝒐𝒔
𝒑𝒐𝒑𝒖𝒍𝒂çã𝒐 
 𝑷𝒓𝒆𝒗𝒂𝒍ê𝒏𝒄𝒊𝒂 = 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒄𝒂𝒔𝒐𝒔 (𝒏𝒐𝒗𝒐𝒔 𝒆 𝒂𝒏𝒕𝒊𝒈𝒐𝒔)
𝒑𝒐𝒑𝒖𝒍𝒂çã𝒐 
 
Quanto maior a incidência, maior a prevalência Prevalência = Incidência x Duração da doença 
Usamos para doenças agudas + rastreio Para doenças crônicas usamos a prevalência 
Incidência de gripe, dengue, meningite Prevalência de DM, HAS, Obesidade, hanseníase 
Fatores que aumentam a prevalência 
 Aumento da incidência (casos novos) 
 Imigração de doentes 
 Droga nova que melhora o paciente, mas não cura 
 
Fatores que diminuem a prevalência 
 Morte dos doentes (defecção) 
 Cura dos doentes (defecção) 
 Emigração de doentes 
 Droga que cura 
 
2. Coeficiente de Mortalidade 
Risco de uma população exposta tem de morrer 
População exposta inclui pessoas sadias e doentes 
Coeficiente de Mortalidade Geral (ASPONE) 
𝑪𝒐𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒎𝒐𝒓𝒕𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒈𝒆𝒓𝒂𝒍 = 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔
𝒑𝒐𝒑𝒖𝒍𝒂çã𝒐 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒔𝒕𝒂 
 𝒆𝒎 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 
Não me diz quem morreu (idosos? Jovens?) 
Não avalia a qualidade de cada região 
Não me deixa comparar 
Não me serve para nada 
Coeficiente de Mortalidade Materna (Direta e Indireta) 
𝑪𝒐𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒎𝒐𝒓𝒕𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝑴𝒂𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂 = 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝒄𝒂𝒖𝒔𝒂 𝒎𝒂𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂
𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 
 𝒆𝒎 𝟏𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎 
 
Obs.: Coeficiente de mortalidade Materna tardia = número de óbitos materna de 42d – 1 ano 
Causas maternas: mortes decorrentes da gravidez, parto e puerpério (42 dias/6 semanas pós-parto) 
Mortes diretas: diretamente consequente (não tinha nada antes – DPP, eclâmpsia) 
Mortes Indiretas: existia uma doença prévia (doença cardíaca) 
Aborto provocado entra (crime). Suicídio puerperal entra também. Obs.: acidente não entra aqui! 
Causa mais frequentes: Hipertensão, hemorragia, infecção (todas evitáveis) 
Se estiver alto é porque o país não está bem (notificação compulsória) 
Considere uma população estática. A prevalência de uma dada doença nessa população em 
01/01/2008 era de 10%. Se a incidência dessa doença foi de 10% durante o ano de 2008, qual teria 
sido a prevalência da doença em 31/12/08? De 100 pessoas, 10 eram doentes e 90 sadias. Durante o 
ano 10% dos sadios ficaram doentes (9 pessoas). A prevalência em dezembro foi de 19% 
12 | P á g i n a 
 
Mortalidade Infantil 
 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 < 𝟏 𝒂𝒏𝒐
𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 
 𝒆𝒎 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 
Se estiver alto é porque o país não está bem (notificação compulsória) 
Duas principais causas de óbito no Brasil – algumas afecções originadas no período perinatal 
(prematuridade) e malformações congênitas/anomalias cromossômicas 
Mortalidade Infantil Perinatal 
𝑵𝒂𝒕𝒊𝒎𝒐𝒓𝒕𝒐𝒔 (> 𝟐𝟐 𝒔𝒆𝒎 − 𝑮𝑶)+ < 𝟕 𝒅𝒊𝒂𝒔 − 𝑷𝑬𝑫
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 𝒆 𝒎𝒐𝒓𝒕𝒐𝒔 
 𝒆𝒎 𝟏𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎 
 
Quando conseguimos prevenir a principal causa de óbito materna (DHEG), diminuiremos com maior 
impacto a mortalidade infantil perinatal 
Mortalidade Infantil Natimortos 
 
𝑵𝒂𝒕𝒊𝒎𝒐𝒓𝒕𝒐𝒔 (> 𝟐𝟐 𝒔𝒆𝒎𝒂𝒏𝒂𝒔 − 𝑮𝑶)
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 𝒆 𝒎𝒐𝒓𝒕𝒐𝒔 
 𝒆𝒎 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 
 
Mortalidade Infantil Neonatal (Precoce e Tardia) 
 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 < 𝟐𝟖 𝒅𝒊𝒂𝒔 − 𝑷𝑬𝑫 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 
 𝒆𝒎 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 
 
𝑷𝒓𝒆𝒄𝒐𝒄𝒆 = 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 < 𝟕 𝒅𝒊𝒂𝒔 − 𝑷𝑬𝑫 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 
 𝒆𝒎 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 
 
𝑻𝒂𝒓𝒅𝒊𝒐 =
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 𝟕− < 𝟐𝟖 𝒅𝒊𝒂𝒔 − 𝑷𝑬𝑫 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 
 𝒆𝒎 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 
 
O neonatal é o mais comum no primeiro ano 
Sendo a neonatal precoce o mais comum (a maioria que morre, morre na primeira semana por afecções 
perinatais – prematuridade, SDRA, circular de cordão, encefalopatia isquêmica) 
Portanto é o mais difícil que conseguirmos melhorar! 
Mortalidade Pós Neonatal 
 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 𝟐𝟖 𝒅𝒊𝒂𝒔 𝒂𝒕é 𝟏 𝒂𝒏𝒐 − 𝑴𝒆𝒊𝒐 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 
 𝒆𝒎 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 
 
É o mais fácil para nós conseguirmos mexer (saneamento básico, aleitamento, vacinação) 
O que mais fez a mortalidade infantil diminuir nos últimos anos 
Todas as regiões do Brasil vêm apresentando queda da mortalidade infantil 
Carga Global de Doença 
 Mortalidade Morbidade 
Quebra da extensão de vida 
Anos de vida perdidos 
Ex.: expectativa de vida aos 25 anos é de viver 
mais 50 anos. Se a pessoa morre, perde 50 anos 
de vida 
Quebra a qualidade de vida 
Anos vividos com incapacidade 
Ex.: A pessoa acidenta aos 25 anos e fica 
paraplégica, restam 50 anos x 0,5* = perde 25 
anos por incapacidade 
Morte prematura (anos perdidos) – qual o grupo 
que mais rouba anos de vida, que são causas 
externas 
No Brasil a causa externa mais comum: homicídio 
Em sequência: IAM, AVE, acidente de trânsito 
Principal causa de incapacidade no Brasil é a dor 
lombar, depois em sequência, cefaleia, ansiedade 
e depressão 
No mundo é a anemia ferropriva 
 
DALY (Anos Potenciais de Vida Perdidos Ajustados pela Incapacidade) 
Indicador mais sensível juntando os dois conceitos (1 ano perdido por mortalidade que quebra anos de 
vida e/ou morbidade que quebra qualidade de vida) 
Quanto maior o DALY mais anos o país perdeu (Mortalidade e qualidade de vida) 
Grupos de doenças 
Transmissíveis e nutricionais / Não transmissíveis / Externa 
O Brasil vive uma tripla carga de doença (apesar de termos menos mortes por doenças transmissíveis) 
13 | P á g i n a 
 
3. Letalidade 
Risco de uma população exposta e doente tem de morrer 
𝑳𝒆𝒕𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔
𝑫𝒐𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔
 
 
Avalia a gravidade da doença 
Brasil tem uma doença com 100% de letalidade – Raiva (Quem tem... morre) 
 
Sistemas de Informação 
SINASC SI dos Nascidos vivos 
SIM SI de Mortalidade (declaração de óbito) 
SINAN SI Nacional dos Agravas de Notificação 
SIH (SUS) SI Hospitalar (AIH) 
SIAB SI de Atenção Básica (boletins de produção) 
SIA SI Ambulatorial (boletins de produção) 
 
Questão 1 – As informações presentes em quais sistemas são necessárias para o cálculo do 
coeficiente de letalidade por febre amarela? 
 Sistema de informação sobre mortalidade (SIM) ------------------ Óbitos 
 Sistemade informação de agravos de notificação (SINAM)---- Doentes 
 
Questão 2 – As informações presentes em quais sistemas são necessárias para o cálculo do 
coeficiente de mortalidade materna? 
 Sistema de informações sobre nascidos vivos (SINASC)---Óbitos por Causa materna 
 Sistema de informação sobre mortalidade (SIM)--------------------------- Óbitos 
 
Questão 3 – As informações presentes em quais sistemas são necessárias para o cálculo do 
coeficiente de mortalidade infantil? 
 Sistema de informações de mortalidade (SIM) ----------------------------Óbitos < 1ano 
 Sistema de informação dos nascidos vivos (SINASC)------------- Óbitos nascidos vivos 
 
Questão 4 – As informações presentes em quais sistemas são necessárias para o cálculo do índice 
de mortalidade infantil? 
 Sistema de informação de mortalidade (SIM) ---------------------Óbitos < 1 ano 
 Sistema de informação de Mortalidade (SIM) --------------------------Óbitos 
 
Densidade de Incidência 
 
𝐍ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐚𝐬𝐨𝐬 𝐧𝐨𝐯𝐨𝐬 
𝐬𝐨𝐦𝐚 𝐝𝐨𝐬 𝐩𝐞𝐫í𝐨𝐝𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐢𝐧𝐝𝐢𝐯í𝐝𝐮𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐦𝐚𝐧𝐞𝐜𝐞𝐮 𝐧𝐨 𝐞𝐬𝐭𝐮𝐝𝐨 
 
 
Incidência Acumulada 
 
𝐍ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐚𝐬𝐨𝐬 𝐧𝐨𝐯𝐨𝐬 
𝐩𝐨𝐩𝐮𝐥𝐚çã𝐨 𝐞𝐱𝐩𝐨𝐬𝐭𝐚 𝐚𝐨 𝐫𝐢𝐬𝐜𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐝𝐨𝐞𝐜𝐞𝐫 𝐧𝐨 𝐩𝐞𝐫í𝐨𝐝𝐨 𝐚𝐯𝐚𝐥𝐢𝐚𝐝𝐨 
 
 
Prevalência Lápsica 
Abrange todos os casos em um período de tempo determinado (tempo do estudo). 
 
 
 
 
 
14 | P á g i n a 
 
Questão 
Paciente 1 – permaneceu 2 anos no estudo e desenvolveu a doença 
Paciente 2 – permaneceu 1 anos no estudo e não desenvolveu a doença 
Paciente 3 – permaneceu 3 anos no estudo e desenvolveu a doença 
Paciente 4 – permaneceu 1 anos no estudo e não desenvolveu a doença 
Paciente 5 – permaneceu 5 anos no estudo e não desenvolveu a doença 
Paciente 6 – permaneceu 4 anos no estudo e desenvolveu a doença 
Paciente 7 – permaneceu 4 anos no estudo e não desenvolveu a doença 
Paciente 8 – permaneceu 4 anos no estudo e desenvolveu a doença 
 
𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 =
Número de casos novos 
soma dos períodos de tempo em que cada indivíduo permaneceu no estudo 
 
𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 =
4 (paciente 1, 3, 6 e 8) 
2 + 1 + 3 + 1 + 5 + 4 + 4 + 4 
=
4
24
=
1
6
= 1 𝑒𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 6 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠/𝑎𝑛𝑜 
 
 
𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 = 
Número de casos novos 
população exposta ao risco de adoecer no período avaliado 
 
𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 = 
4 que adoeceram 
8 pacientes expostos 
=
1
2
=
1 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑛𝑜𝑣𝑜
2 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠
 
 
 
Índices 
Numerador = Denominador 
Avaliam proporções 
Sempre teremos data e lugar estipulados 
Resposta em porcentagem 
Í𝒏𝒅𝒊𝒄𝒆 𝒅𝒆 𝑴𝒐𝒓𝒕𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 (𝑺𝒘𝒂𝒓𝒐𝒐𝒑 − 𝑼𝒆𝒎𝒖𝒓𝒂) = 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 ≥𝟓𝟎 𝒂𝒏𝒐𝒔
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 
 
No Brasil o ISU ± 80% (a maioria morre ≥ 50 anos) 
Quanto maior melhor! 
Foi desenvolvido na 2ª metade da década de 1950 pelo indiano Swaroop e pelo japonês Uemura 
Í𝒏𝒅𝒊𝒄𝒆 𝒅𝒆 𝑴𝒐𝒓𝒕𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝑰𝒏𝒇𝒂𝒏𝒕𝒊𝒍 = 
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 < 𝟏 𝒂𝒏𝒐
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 
 
 
Í𝒏𝒅𝒊𝒄𝒆 𝒅𝒆 𝑴𝒐𝒓𝒕𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒓 𝑪𝒂𝒖𝒔𝒂 = 
𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝒄𝒆𝒓𝒕𝒂 𝒅𝒐𝒆𝒏ç𝒂
𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 
 
 
Índices – Curvas de Nelson Moraes 
Definiu 4 tipos de curvas em relação ao nível de saúde da população 
Para isso ele dividiu a população de acordo com os óbitos em algumas proporções 
 Ele mediu os óbitos da população e mediu 5 índices (pontos no gráfico) 
 Índice de total de óbitos em pessoas < 1 anos 
 Índice de total de óbitos em pessoas 1 a 4 anos 
 Índice de total de óbitos em pessoas 5 a 19 anos 
 Índice de total de óbitos em pessoas 20 a 49 anos 
 Índice de total de óbitos em pessoas ≥ 50 anos 
 
NeLsU Já! 
 
15 | P á g i n a 
 
Transições Demográfica 
Representa as mudanças ocorridas em uma população de acordo com a 
faixa etária dos seus membros 
Antes: mais jovens. Hoje: caminha para mais idosos 
Melhor forma de análise – pirâmides populacionais 
 
 Estágio I – Natalidade e Mortalidade elevadas 
 Estágio II – Natalidade alta e Mortalidade baixa 
 Estágio III – Natalidade abaixando e Mortalidade baixa (envelhecimento) 
 Estágio IV – Aproximação dos coeficientes em níveis muito baixos 
com mortalidade e fecundidade se aproximando 
 
A transição demográfica do Brasil se deve: 
Redução da taxa de mortalidade geral* 
Redução da taxa de fecundidade* 
Redução da taxa de natalidade e 
Aumento da expectativa de vida 
Atenção para estes dados 
 Doença que ocupa o 1º lugar dentre as causas de óbito no brasil em todas idades – Cardiovascular 
 Qual a maior causa de óbito em indivíduos de 1 a 19 anos – Causas externas 
 Neoplasia mais incidente no mundo é o câncer de pele não melanoma 
 Principais causas de morte no período neonatal – 1º Afecções perinatais e 2º Malformações 
 Principais causas de morte no período pós-neonatal – 1º Malformações e 2º Aparelho respiratório 
 Principal causa de morte no período de 1 a 4 anos – causa externa 
 Na faixa etária dos 10 aos 19 anos, os brasileiros são mais internados por gravidez, aborto e 
complicações 
 Homens e o Total (circulatório, câncer, causas externas) – 3 
 Mulheres (circulatório, câncer, respiratório, endócrinas, causas externas) – 5 
Transição Epidemiológica 
Variação na população, ao longo do tempo, no que se refere as causas de morbimortalidade 
Antes: doenças transmissíveis. Hoje: doenças crônicas 
Melhor forma de análise: Gráficos de incidência e prevalência 
 
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐹𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑠𝑐𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑓𝑒𝑚𝑖𝑛𝑖𝑛𝑎 𝑑𝑒 15 − 49 𝑎𝑛𝑜𝑠 
 
 
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑀𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑑𝑢𝑙𝑡𝑜𝑠 =
ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 15 − 60 𝑎𝑛𝑜𝑠
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 
 𝑥 1.000 
 
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐴𝑡𝑎𝑞𝑢𝑒 𝑆𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 =
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝑎𝑔𝑟𝑎𝑣𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑒𝑚 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑜 𝑐𝑎𝑠𝑜 í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑡𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑜 𝑐𝑎𝑠𝑜 í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 (𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑟 𝑜 1º𝑐𝑎𝑠𝑜)
 𝑥 1.000 
 
𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑀𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑜 =
ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 
 𝑥 1.000 
 
VIGITEL 
 “Investigação” de doenças crônicas não transmissíveis 
 Tem como objetivo monitorar a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para 
doenças crônicas não transmissíveis por inquérito telefônico 
 As doenças pesquisadas são DM, obesidade, câncer, doenças respiratórias crônicas e 
cardiovasculares 
 São exemplos de indicadores avaliados: consumo alimentar, atividade física, consumo de bebida 
alcoólica e tabagismo 
 O VIGITEL pode realizar investigação temporária de qualquer agravo de acordo com a 
necessidade da população 
16 | P á g i n a 
 
Volume 03 – Estudos Epidemiológicos (parte I) 
 
Classificação dos Estudos 
 Descritivos – apenas uma descrição dos fatos, você não prova nada. Como um relato de caso, série 
de casos. Relato de caso é de 1 – 3 casos do mesmo evento. A partir de 3 – 10 casos é uma série. 
o Bom para doenças raras, desconhecidas. 
o Não é uma pesquisa, você apenas relata um caso 
o Apresenta várias desvantagens: 
 Trabalha com pouca gente 
 Não tem grupo controle 
 Apresenta viés de publicação, a tendência é publicarmos o que achamos certo. 
 Pode ser o início de um estudo maior 
 Exemplo: o que vem ocorrendo este ano com o coronavírus 
 Analíticos – prova as relações 
 
Investigados Investigador Tempo Nome 
 
 
 
Agregado 
(populacional) 
 
 
Observação 
Transversal 
(olha uma única vez) 
 
Ecológico 
Longitudinal 
(olha mais de uma vez) 
Série Temporal ou 
Série Histórica 
Intervenção(toda intervenção 
será longitudinal) 
Longitudinal 
(você vai ter que saber o que 
aconteceu) 
 
Ensaio Comunitário 
(vacinação) 
 
 
Indivíduo 
 
 
Observação 
Transversal Inquérito 
Longitudinal 
(como se fosse um filme) 
Coorte 
Caso-Controle 
Intervenção Longitudinal Ensaio Clínico 
 
Estudo Ecológico 
Agregado (populacional), Observacional e Transversal 
Fácil, barato e rápido 
“Foto da família” 
Não consegue dizer quem é fator de risco, quem é doença. 
Gera suspeitas, mas não confirma... 
Calcula a prevalência 
Falácia Ecológica – Por ser agregado (populacional) o que eu encontro no estudo é uma média para a 
população que eu vi uma vez, se eu individualizo o que eu encontrei para todos, não é uma certeza, 
pode ser que eu erre. É específico do estudo ecológico 
 
Estudo Seccional ou Corte Transversal ou Inquérito 
Individual, Observacional e Transversal 
É o ecológico individualizado 
Vantagens: fácil, barato, análise simples de dados 
Desvantagens: baixo poder analítico 
Medida de associação – Razão de prevalência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 | P á g i n a 
 
Coorte 
Individualizado, observacional e longitudinal 
Vou estar observando daqui para frente – Estabelece a taxa de incidência de uma doença 
“eu fiz um transversal e criei uma suspeita, agora eu posso investigar” 
Estudo de Coorte mais famoso do mundo: Estudo de Framingham (fatores de risco cardiovascular) 
Trabalho com dois grupos 
 Grupo com fatores de risco... acompanho para ver se adoeceu ou não 
 Grupo sem fatores de ricos... acompanho para ver se adoeceu ou não 
Vantagens 
Bom para doenças de curto período (exposta hoje e amanhã está doente... muito bom, termina rápido). 
Pode analisar mais de uma doença (Ca de pulmão, bexiga, ovário para os tabagistas). 
O coorte define risco e confirma suspeitas criadas pelos estudos transversais. 
Desvantagem 
Caro, longo e vulnerável a perdas (mudou de cidade, não quer mais participar...) Ruim para doença 
rara, pois ele caminha de um fator de risco para a doença (patognomônico) 
Medida de associação – Risco Relativo 
 
Coorte Histórica ou Retrospectivo 
Coorte por: partir do fator de risco e ir em sentido ao desfecho 
Histórica por: a seleção dos grupos e os resultados aconteceram no passado 
Exemplo: Um pesquisador foi ao serviço de arquivo médico de um hospital e identificou as crianças 
internadas entre 1993 e 1995 com má-formação da caixa torácica e crianças sem a má-formação. Todas 
essas crianças foram submetidas a teste de função respiratória no ano 2000. O estudo mostrou que a 
má-formação era fator de risco para as crianças desenvolverem alteração nos testes respiratórios. 
Obs.: o futuro também está no passado 
 
Caso-controle 
Individualizado, Observacional e Longitudinal 
Vou estar observando dos casos para trás (retrospectivo) aplicando um questionário 
Trabalha com dois grupos 
 Grupo com doentes... volta para ver se teve ou não fator de risco 
 Grupo sem doentes... volta para ver se teve ou não fator de risco 
Exemplo de estudo: pegaram crianças com microcefalia e olhar para trás para ver os fatores de risco 
Vantagem 
Mais rápido que o coorte, mais barato, bom para doenças raras, bom para doenças longas e estima 
Para diferenciar com um transversal? O transversal olha o fator de risco naquele momento, o caso-
controle busca o fator de risco no passado. Pode procurar vários fatores de risco do passado. 
Desvantagem 
Apenas estima o risco por não poder confiar tanto nas respostas do passado, vulnerável a erros (as 
vezes o grupo dos doentes referem de uma forma melhor os fatores de risco do que os não doentes, 
além de insistirmos muito mais os fatores de risco nos pacientes doentes). Ruim para fator de risco raro. 
Medida de associação – Odds Ratio 
 
Ensaio Clínico 
Individualizado, Intervencionista (o que diferencial com coorte) e Longitudinal 
 Teste Pré-Clínico – aspectos de segurança que são avaliados em animais de experimentação 
 Fase I – testar a segurança da droga nos humanos (já foi testado nos humanos) 
 Fase II – testar a dose mais correta para obter o efeito desejado com menos efeitos colaterais 
 Fase III – comparar esta droga com o placebo, com tratamento convencional 
 Fase IV – aprovar a droga nos órgãos reguladores e será comercializada + vigilância pós-comércio 
Eficácia – situação ideal (teste no laboratório) 
Efetividade – situação real 
Eficiência – custo-benefício 
Trabalha com dois grupos 
 Grupo com a droga nova... efeito presente ou ausente 
 Grupo placebo... efeito presente ou ausente 
18 | P á g i n a 
 
Vantagens 
O melhor para testar medicamentos, o grande estudo para provar uma relação causal, diferente do 
coorte, aqui eu consigo controlar os fatores (metade nova droga, outra metade placebo...) 
Desvantagens 
Caro, longo, complexo, suscetível a perdas, fatores social e éticos 
Efeito Hawthorne / Efeito Placebo – por ter alguém te monitorando, observando, temos a tendência de 
andar mais na linha ou por acreditar naquela intervenção, a pessoa vem a melhorar. 
Requisito mínimo para não ter erro de intervenção: o estudo tem que ser controlado 
Para não ter erro de confusão e seleção: o estudo tem que ser randomizado (deixar o grupo mais 
homogêneo possível) 
Para evitar o erro de aferição: Para que eu não influencie na avaliação dos participantes ou o próprio 
participante não seja influenciado por qual grupos está inserido, então precisamos mascarar/cegar os 
participantes do estudo (duplo cego/ triplo cego...) 
Validade interna – se é verdadeiro para o grupo estudado 
Validade externa – se é verdadeiro para a população fora do estudo 
Medidas de associação – RR, RAR, RRR e NNT 
 
Revisão Sistemática 
Unidade de análise = ensaio clinico, coorte... 
Metanálise – método estatístico para integrar o resultado dos estudos 
Vantagens 
Síntese de informação, barato e rápido 
Desvantagens 
Viés de publicação (tendência para publicar estudos com resultados positivos), 
divergência entre os vários estudos 
 
Nível de Evidência - OXFORD 
Ia – Revisão sistemática de ensaio clínico 
 
I – Ensaio Clínico 
Ib – Ensaio clínico puro 
IIa – Revisão sistemática de coorte 
 
II - Coorte 
IIb – Coorte puro 
IIc – ECollógico 
IIIa – Revisão sistemática de caso-controle 
 
III – Caso-controle 
IIIb – Caso-controle puro 
IV – série de casos 
V – Opinião de especialista 
Quadrados = Risco Relativo 
Tamanho do quadrado = Significância estatística 
19 | P á g i n a 
 
 
Grau de Recomendação – USPSTF 
A – Recomenda naquele serviço e o benefício é substancial 
B – Recomenda naquele serviço e o benefício é moderado 
C – Pesa risco benefício, não recomenda para todos, tem que avaliar individualmente. É contra a oferta 
rotineira e o benefício é pequeno 
D – Contra a recomendação, pois não tem benefício, tem dano 
I – Inconclusivo, não sabe dizer se faz bem ou não 
 
Análise dos Estudos 
 Frequência – a maneira como eu meço o adoecimento 
o Através da prevalência (estudo transversal) e incidência (coorte e ensaio) 
o Medidas de prevalência para o estudo transversal 
o Medidas de incidência para o estudo de coorte e ensaio clínico 
 Associação – tentativa de associar o fator x doença. 
o Tabela 2x2 
 Estatística – fala quanto a relação de confiança (posso confiar na associação encontrada?) 
o Você errou ou não no seu estudo? 
o Erro Sistemático (Viés) – quando não tem erro sistemático o estudo é Válido/Acurado 
o Erro Aleatório (Acaso) – quando não tem erro aleatório o estudo é Preciso/Confiável 
 Intervalo de confiança (IC) – tem que encontrar 95 vezes a mesma associação 
 
Associação no Caso-Controle – OR 
Jateamento de Areia Pneumoconiose Total 
Sim Não 
Exposto 100 300 400 
Não exposto 20 480 500 
Total 120 780 900 
Odds Ratio (OR) = 
𝑨.𝑫
𝑩.𝑪
 = 
𝟏𝟎𝟎.𝟒𝟖𝟎
𝟑𝟎𝟎.𝟐𝟎
 = 8 
(Quem foi exposto ao jateamento no passado, teve um risco 8x maior de hoje ter a pneumoconiose do que 
as pessoasque não foram expostas ou 8x mais chance de ter a doença) 
Quantas vezes mais chance o exposto a certo fator de risco tem de desenvolver a doença, em relação aos 
não expostos. Comum em estudos de caso controle 
 
Associação no Coorte (CooRRte defini risco – mais fidedigno) – RR 
Cigarro Câncer de Pulmão Total 
Sim Não 
Fumantes 90 10 100 
Não Fumantes 5 95 100 
Total 95 105 200 
Risco Relativo (RR) = 
𝒊𝒏𝒄𝒊𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐
𝒊𝒏𝒄𝒊𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝒏ã𝒐 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 
=
𝟗𝟎%
𝟓%
= 𝟏𝟖 
(Quem fumou teve 18x mais risco de ter câncer de pulmão) 
Representa a relação entre incidência do desfecho entre expostos e não expostos a certo fator de risco. 
Avalia, portanto, o risco de desenvolver a doença. É muito utilizada em estudos tipo coorte 
 
Associação no Ensaio Clínico 
Grupo Doença Total 
Sim Não 
Nova droga 15 85 100 
Controle 20 80 100 
Total 35 165 200 
 
Risco Relativo (RR) = 
𝒊𝒏𝒄𝒊𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒓𝒕𝒐
𝒊𝒏𝒄𝒊𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝒏ã𝒐 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 
=
𝟏𝟓%
𝟐𝟎%
= 𝟎, 𝟕𝟓 
(Reduziu o risco em 25%) 
 
20 | P á g i n a 
 
Redução do Risco Relativo (RRR) = 𝟏 − 𝑹𝑹 = 1 − 0,75 = 0,25 = 25% 
(𝑞𝑢𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑢 𝑎 𝑛𝑜𝑣𝑎 𝑑𝑟𝑜𝑔𝑎 𝑡𝑒𝑣𝑒 𝑢𝑚 𝑟𝑖𝑠𝑐𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 25% 𝑑𝑒 𝑎𝑑𝑜𝑒𝑐𝑒𝑟 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒) – Eficácia 
(potencia máxima na condição ideal) ou Efetividade do medicamento (a droga na realidade) 
 
Redução Absoluta do Risco (RAR) = Maior incidência – Menor incidência (20% - 15% = 5%) 
Comparação da redução da incidência de morte no experimento e placebo 
 
Número Necessário ao Tratamento (NNT) = 
1
𝑅𝐴𝑅
=
1
5%
= 20 
(Eu preciso tratar 20 pacientes com essa droga para eu prevenir 1 adoecimento) quanto eu preciso tratar 
para definir. Para que isso? Por exemplo, uma droga antiga tinha NNT de 50, ou seja, precisa tratar 50 
pacientes para evitar um adoecimento. Quer dizer que esta nova droga com NNT de 20 é melhor. Quanto 
menor o NNT melhor a droga (menos pacientes precisam ser tratados para ter o benefício). Obs. 
Tudo vai depender do preço também. O NNT ajuda a calcular a eficiência da droga (custo x benefício) 
 
Estudo x Análise 
Estudo Frequência Associação 
Transversal Prevalência Razão de prevalência / OD 
Caso-Controle ---------------- Odds Ratio 
Coorte Incidência Risco Relativo / OD 
Ensaio Clínico Incidência RR, RRR, RAR e NNT 
 
Interpretação 
Risco relativo, 
Odds Ratio e 
Razão de prevalência 
= 1 Não tem associação 
>1 Fator de risco 
< 1 Fator protetor 
 
Estatística 
 Quanto a relação de confiança (posso confiar na associação encontrada?) Errou ou não no estudo? 
 Erro Sistemático (Viés) – quando não tem erro sistemático o estudo é Válido/Acurado 
o Seleção 
o Aferição (na hora de obter a informação) 
o Confundimento – quando tem mais fatores de risco que eu não estou estudando, por exemplo, 
eu estou estudando o efeito do sedentarismo em uma doença, mas vários são fumantes e 
que levam a doença. 
o Causalidade reversa 
 Erro Aleatório (Acaso) – quando não tem erro aleatório o estudo é Preciso/Confiável 
o Será que é uma verdade absoluta ou foi por acaso? Para confiar ou não, você tem que repetir 
o estudo 100 vezes e encontrar 95 vezes (p < 0,05 – o estudo foi significativo) 
o Intervalo de confiança (IC) – tem que encontrar 95 vezes a mesma associação 
 Fator como risco tem que se manter em 95 das vezes > 1 
 Fator como protetor tem que manter em 95 das vezes < 1 
o Exemplo: em um estudo com RR = 5 e IC 95% (2,7 – 7,6) 
 IC 95% = 2,7 a 7,6 significa que, embora o RR tenha sido de 5 no meu estudo, ao 
repetir 100x, em 95x o RR esteve entre 2,7 e 7,6, ou seja, >1, sendo assim o RR é 
verdadeiro. 
 Erro tipo I e II 
o I falso-positivo 
o II falso negativo 
Em qual estudo eu não confio? No 
estudo 2, pois apresentou RR < 1 
Qual o estudo mais preciso? Estudo 1, por apresentar menor variação do IC 
Qual o estudo trabalhou com mais gente? Estudo 1, por apresentar menor variação do IC 
Houve diferença estatística entre o 1 e o 3? Para ser melhor que a outra ela sempre tem que ser 
melhor. Neste caso o estudo 1 apresentou IC de 4,1, ou seja, ficou em sobreposição. Sendo assim, Não! 
Houve diferença estatística entre o 1 e o X (RR = 6 / IC95% = 4,2 – 9,9)? A pior resposta no estudo X 
(4,2) foi melhor que a melhor do estudo 1 (4,1). Portanto, sim! Houve diferença, sendo o estudo X melhor. 
Interpretação do Risco Relativo x Intervalo de Confiança 
Estudo 1 RR = 3 (IC 95% = 2,3 e 4,1) 
Estudo 2 RR = 5 (IC 95% = 0,9 e 8,4) 
Estudo 3 RR = 6 (IC 95% = 3,2 e 9,9) 
21 | P á g i n a 
 
Razão de Verossimilhança Positivo = 
𝑺𝒆𝒏𝒔𝒊𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
𝟏−𝒆𝒔𝒑𝒆𝒄𝒊𝒇𝒊𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
 
 
Razão de Verossimilhança Negativo = 
𝟏− 𝑺𝒆𝒏𝒔𝒊𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
𝑬𝒔𝒑𝒆𝒄𝒊𝒇𝒊𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
 
Associação Causal 
 Sequência cronológica – a causa deve vir antes do efeito (principal) 
 Força de associação – a incidência deve ser maior nos exposto (é o risco relativo) 
 Relação dose-resposta – quanto maior a exposição, maior o efeito 
 Consistência de associação – outros estudos mostraram resultados similares 
 Plausibilidade – a relação é plausível, explicável, faz sentido 
 Analogia com outras situações – a literatura mostra dados que permitam fornecer uma relação 
 Especificidade – um fator de risco específico leva a um agravo específico 
 Coerência – é visto quando a associação encontrada não entra em conflito com o que é conhecido 
sobre a história natural de uma doença 
 Evidência experimental – poder de experimentação 
 
Variáveis 
 Variável Quantitativa (numérica) 
o Variáveis discretas (número de filhos, número de alunos, número inteiro) 
o Variáveis contínuas (peso, altura, idade, razão, pressão arterial, número com vírgula) 
 Variável Qualitativa (categórica) 
o Variável nominal (sexo, cor dos olhos, fumante ou não) 
o Variável ordinais (escolaridade, estadiamento do tumor) 
 
Medidas de Tendência Central 
 Média – média aritmética entre todos os valores 
 Mediana – valor do meio que divide a metade maior da metade menor 
 Moda – valor que mais aparece (unimodal uma moda, bimodal duas modas) 
 
Medidas de Dispersão 
 Para ver se a média é real 
 ANOVA(análise de variância) pode determinar se as médias de três ou mais grupos são diferentes. 
 Exemplo: campeonato de futebol 
o Rodada 1 – 5 gols 
o Rodada 2 – 0 gols 
o Rodada 3 – 11 gols 
o Rodada 4 – 3 gols 
o Rodada 5 – 4 gols 
o Rodada 6 – 1 gol 
 Desvio-médio – (5 – 4) + (0 – 4) + (11 – 4) + (3 – 4) + (4 – 4) + (1 – 6) dividido por 6 = 2,6 
 Variância – (5 – 4)² + (0 – 4)² + (11 – 4)² + (3 – 4)² + (4 – 4)² + (1 – 6)² dividido por 6 = 12,6 
 
Teste Estatístico 
 Qui-Quadrado 
o Usa duas variáveis categóricas 
o Serve para diferenciar proporções 
o Exemplo: sexo x QI (alto ou baixo), etnia x escolaridade 
o Variação: teste de Fisher (para amostras pequenas) 
 T de Student 
o Variável numérica x categórica 
o Exemplo: compara a PA (numérica) x diabéticos e não diabéticos (categórica) 
 Correlação 
o Usa duas variáveis numéricas 
o Exemplo: peso x PA 
o Coeficiente de Pearson 
 Teste de Log-Rank 
o Proporção de sobrevivência 
22 | P á g i n a 
 
Gráfico Estatísticos 
 Box-Plot 
o É uma ferramenta utilizada para localizar e analisar a variação de uma variável dentre 
diferentes grupos de dados 
o Exemplo: mulheres obesas foram convidadas e aceitaram participar de um protocolo de 
pesquisa. Metade das mulheres recebeu uma droga recém-criada para agir na diminuição 
do apetite e a outra metade recebeu placebo durante 2 meses. O estudo realizado foi duplo 
cego. Para a visualização de um possível comportamento diferencial da perda de peso por 
tipo de droga deve-se utilizar o gráfico Box-plot 
 Polígono de frequências 
o Excelente para variável quantitativa, analisa os valores em um gráfico de eixo X e Y 
 Histograma 
o Também conhecido como distribuição de frequências ou diagrama das frequências,é a 
representação gráfica, em colunas (retângulos), de um conjunto de dados previamente 
tabulado e dividido em classes uniformes 
 Pizza (setores) 
o Serve para mostrar uma proporção em relação ao total, sendo ótimo para variável 
qualitativa 
Bioética – Princípios 
 Autonomia – requer que os indivíduos capacitados de deliberarem sobre suas escolhas pessoais, 
devem ser tratados com respeito pela sua capacidade de decisão 
 Beneficência – refere-se à obrigação ética de maximizar o benefício e minimizar o prejuízo 
 Não-maleficiência – estabelece que a ação do médico sempre deve causar o menor prejuízo ou 
agravo à saúde do pacientes (ação que não faz o mal) 
 Justiça – estabelece como condição fundamental a equidade: obrigação ética de tratar cada 
indivíduo conforme o que é moralmente correto e adequado, de dar a cada um o que lhe é devido 
 
Razão de Prevalência = prevalência dos expostos / prevalência dos não expostos 
 
Estudo com Validade Interna – quer dizer que aqueles resultados que você encontrou, podem ser 
aplicados e são válidos naquela população escolhida. 
 
Estudo com Validade Externa – quer dizer que aqueles resultados que você encontrou em uma 
determinada população, pode ser generalizado em outras populações (sem vieses, sem erros sistemáticos) 
 
Um pesquisador está testando a quantidade de impurezas em uma amostra de uma substância química. 
Ele repetiu o teste 100x obtendo em cada uma das vezes um resultado praticamente idêntico de 7% de 
impurezas. Ocorre que o verdadeiro percentual de impurezas é de 18%. Qual a característica primária do 
teste realizado pelo pesquisador. O teste é preciso – capacidade de um teste de dar sempre o mesmo 
resultado, independentemente de quantas vezes for repetido desde que seja feito na mesma 
amostra. 
 
Um teste realizado na universidade K é repetido na universidade N. resultados quase idênticos são obtidos 
por cada instituição. Que tipo de teste é esse? Confiável – capacidade de um teste de dar sempre o 
mesmo resultado, independente de certo ou errado e independente de quantas vezes for repetido e 
onde for feito. Ou seja, mesmo em amostras diferentes, o teste será o mesmo. 
 
Critérios de Causalidade (Hill) 
 Sequência cronológica (Para um fator ser a causa da doença, sempre deve estar presente antes) 
 Força de associação (RR do estudo – associa o risco) 
 Relação dose-resposta (quando maior o fator, maior a resposta em doença) 
 Consistência (só você diz isso ou tem mais estudos igual ao seu?) 
 Plausibilidade (você tem alguma explicação?) 
 Analogia (situações parecidas que já foram explicadas) – evidência fraca 
 Especificidade (esse fator é tão específico que causa só uma doença) 
 Coerência (é com base nas ideais que temos ou rompe com tudo?) 
 Evidência experimental (reduz a exposição, reduz o adoecimento) 
23 | P á g i n a 
 
Volume 03 – Estudos Epidemiológicos (parte II) 
 
Epidemiologia Clínica 
 
Teste 
Doença 
 
Total 
Sim Não 
Positivo A (VP) B (FP) A+B 
Negativo C (FN) D (VN) C+D 
Total A+C B+D A+B+C+D 
Em quais situações o teste acertou? Em quais situações o teste errou? 
A (verdadeiros positivos) e D (falsos positivos) B (falso positivo) e C (falso negativo) 
 
Acurácia 
É a proporção de acertos do teste. Das vezes que ele testou (A+B+C+D), quantas ele acertou (A + D) 
𝑎𝑐𝑢𝑟á𝑐𝑖𝑎 = 
𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐷 (𝑉𝑁)
𝐴 + 𝐵 + 𝐶 + 𝐷
 
 
Sensibilidade 
É a capacidade do meu teste de detectar os doentes 
Primeira coluna – A (VP) e C (FN) 
É detectar os verdadeiros positivos nos doentes 
𝑠𝑒𝑛𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 
𝐴 (𝑉𝑃)
𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁)
 
Em quais situações eu gostaria de solicitar um teste mais sensível? 
Quando eu quero evitar o falso negativo. 
Se eu tenho uma sensibilidade de 100% eu não terei falso negativos (ex.: A = 100 e C = 0) 
Vamos usar em doenças de alta letalidade 
(exemplo: Banco de sangue) 
Principal Característica 
Capacidade de EXCLUIR a doença! Eu acredito no resultado negativo 
Como eu sei disso... por exemplo, o teste com sensibilidade de 100% e especificidade de 80% em dois 
grupos de 100 pessoas, sendo um grupo de doentes e outro de não doentes 
Usamos para Triagem (mamografia – o positivo não da certeza, o negativo exclui) 
 
Teste 
Doença 
Total 
Sim Não 
Positivo 100 20 120 
Negativo 0 80 80 
Total 100 100 200 
 
 
 
 
Seu Filho Paulo Foi Na Varanda Passar Noite Vendo Puta e Pinto 
↑S ↓E ↑FP ↓FN ↑VPN ↓VPP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De 120 casos positivos eu tive verdadeiros 
(100) e falsos (20). Já dos 80 casos 
negativos eu tive apenas casos verdadeiros 
(80). Por isso vamos confiar nos resultados 
negativos (VN) nos testes mais sensíveis 
24 | P á g i n a 
 
Especificidade 
É a capacidade do meu teste de detectar os não doentes 
Segunda coluna – B (FP) e D (VN) 
É detectar os verdadeiros negativos no não doentes 
𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 
𝐷 (𝑉𝑁)
𝐵 (𝐹𝑃) + 𝐷 (𝑉𝑁)
 
Em quais situações eu gostaria de solicitar um teste mais específico? 
Quando eu quero evitar o falso positivo 
Se eu tenho uma especificidade de 100% eu não terei falso positivos (ex.: D = 100 e B = 0) 
Vamos usar em doenças que gerem trauma psicológico / iatrogenia 
(exemplo: diagnóstico de linfoma, HIV) 
Principal Característica 
Capacidade de CONFIRMAR a doença! Eu acredito no resultado positivo 
Como eu sei disso... por exemplo, o teste com sensibilidade de 80% e especificidade de 100% em dois 
grupos de 100 pessoas, sendo um grupo de doentes e outro de não doentes 
Usamos para confirmação do diagnóstico 
 
Teste 
Doença 
Total 
Sim Não 
Positivo 80 0 80 
Negativo 20 100 120 
Total 100 100 200 
 
 
Valor Preditivo Positivo 
É a capacidade do meu teste de acertar os resultados positivos 
Primeira linha – A (VP) + B (FP) 
É acertar os doentes nos testes positivos 
𝑉𝑃𝑃 = 
𝐴 (𝑉𝑃)
𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐵 (𝐹𝑃)
 
 
Valor Preditivo Negativo 
É a capacidade do meu teste de acertar os resultados negativos 
Segunda linha – C (FN) + D (VN) 
É acertar os não doentes nos testes negativos 
𝑉𝑃𝑁 = 
𝐷 (𝑉𝑁)
𝐶 (𝐹𝑁) + 𝐷 (𝑉𝑁)
 
 
 
 
 
 
Atenção!!! Se eu diminuir a nota de corte para detectar DM na população (de 126 para 100, por exemplo), 
eu terei um teste ↑S ↓E ↑FP ↓FN ↑VPN ↓VPP. Mas, atenção agora. Se eu diminuir a nota de corte para 
detectar anemia ferropriva na população (de <12 para <10, por exemplo), eu terei o contrário... ↓S ↑E ↓FP 
↑FN ↓VPN ↑VPP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De 120 casos negativos eu tive 
verdadeiros (100) e falsos (20). Já dos 80 
casos positivos eu tive apenas casos 
verdadeiros (80). Por isso vamos confiar 
nos resultados positivos (VP) nos testes 
mais específicos 
 
25 | P á g i n a 
 
𝑠𝑒𝑛𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 
𝐴 (𝑉𝑃)
𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁)
 
90
100
= 
𝐴 (𝑉𝑃)
𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁)
 
𝐴 (𝑉𝑃) = 90 𝑒 𝐶 (𝐹𝑁) = 10 
 90 ------ 1000 
 X ------ 900 X = 81 
 
𝑠𝑒𝑛𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 
𝐴 (𝑉𝑃)
𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁)
 
90
100
= 
𝐴 (𝑉𝑃)
𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁)
 
𝐴 (𝑉𝑃) = 90 𝑒 𝐶 (𝐹𝑁) = 10 
 90 ------ 1000 
 X ------ 900 X = 81 
 
Exemplo 
Eu tenho um teste com sensibilidade de 90% e especificidade de 90%. Vou aplicar ele em duas cidade 
com 1000 habitantes, sendo que na cidade A eu tenho uma prevalência de 90% da doença e na cidade 
B eu tenho uma prevalência de 10% da doença 
Cidade A (prevalência de 90%) 
Teste 
Doença 
Total 
Sim Não 
Positivo 810 10 820 
Negativo 90 90 180 
Total 900 100 1000 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cidade B (prevalência de 10%) 
Teste 
Doença 
Total 
Sim Não 
Positivo 90 90 180 
Negativo 10 810 820 
Total 100 900 1000 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que conseguimos concluir? 
A sensibilidade e a especificidade são características do teste – não variam 
Os valores preditivos varia com a prevalência 
Quanto maior a prevalência - ↑VPP (eu confio) e ↓VPN (o negativo não deve estar correto) 
Quantomenor a prevalência - ↓VPP (o positivo não deve estar correto) e ↑VPN (eu confio) 
 
Prevalência (pré-teste) – Valor Preditivo (pós-teste) 
Pré-teste (idoso com dor no peito em aperto) = Pós-teste (confio no ECG com SCA) 
Alta probalidade de ser SCA (alta prevalência) = Confio no teste positivo 
Pré-teste (jovem maratonista com dor no peito em aperto) = Pós-teste (não confio no ECG com SCA) 
Baixa probabilidade de ser SCA (baixa prevalência) = Confio no teste negativo 
 
Resumo 
Quanto maior a sensibilidade Quanto maior a especificidade 
Aumenta o VPN Aumenta o VPP 
Teremos mais FP Teremos mais FN 
Teremos menos FN Teremos menos FP 
 
 
 
 
 
 
 
𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 
𝐷 (𝑉𝑁)
𝐵 (𝐹𝑃) + 𝐷 (𝑉𝑁)
 
90
100
= 
𝐷 (𝑉𝑁)
𝐵 (𝐹𝑃) + 𝐷 (𝑉𝑁)
 
𝐷 (𝑉𝑁) = 90 𝑒 𝐵 (𝐹𝑃) = 10 
 90 ------ 1000 
 X ------ 100 X = 90 
 
𝑉𝑃𝑃 = 
𝐴 (𝑉𝑃)
𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐵 (𝐹𝑃)
 
𝑉𝑃𝑃 = 
810
820
= 99% 
 
𝑉𝑃𝑁 = 
𝐷 (𝑉𝑁)
𝐶 (𝐹𝑁) + 𝐷 (𝑉𝑁)
 
𝑉𝑃𝑁 = 
90
180
= 50% 
𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 
𝐷 (𝑉𝑁)
𝐵 (𝐹𝑃) + 𝐷 (𝑉𝑁)
 
90
100
= 
𝐷 (𝑉𝑁)
𝐵 (𝐹𝑃) + 𝐷 (𝑉𝑁)
 
𝐷 (𝑉𝑁) = 90 𝑒 𝐵 (𝐹𝑃) = 10 
 D (VN) = 90 x 0,9 = 81 
 C (FN) = 10 x 0,9 = 9 
 
𝑉𝑃𝑃 = 
𝐴 (𝑉𝑃)
𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐵 (𝐹𝑃)
 
𝑉𝑃𝑃 = 
90
180
= 50% 
 
𝑉𝑃𝑁 = 
𝐷 (𝑉𝑁)
𝐶 (𝐹𝑁) + 𝐷 (𝑉𝑁)
 
𝑉𝑃𝑁 = 
810
820
= 99% 
𝑠𝑒𝑛𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 
𝐴 (𝑉𝑃)
𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁)
 
90
100
= 
𝐴 (𝑉𝑃)
𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁)
 
𝐴 (𝑉𝑃) = 90 𝑒 𝐶 (𝐹𝑁) = 10 
A (VP) = 90 x 0,1 (10%) = 9 
C (FN) = 10 x 0,1 (10%) = 1 
 
 
𝑠𝑒𝑛𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 
𝐴 (𝑉𝑃)
𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁)
 
90
100
= 
𝐴 (𝑉𝑃)
𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁)
 
𝐴 (𝑉𝑁) = 90 𝑒 𝐶 (𝐹𝑁) = 10 
 90 ----- 1000 
 X ------900 X = 81 
26 | P á g i n a 
 
Curva Rock 
 
Mais superior mais sensível (mais FP e menor E) 
Mais para esquerda mais específico (mais FN e menor a S) 
Maior acurácia – Quanto maior a área abaixo da curva 
 
O melhor teste é o que fica no canto superior esquerdo 
Maior acurácia = exame 1 
Mais específico = ponto A 
Mais sensível = ponto C 
Mais falso positivo = C 
 
Testes Diagnósticos Múltiplos 
 
Testes em sériE (um depois do outro) 
Aumentam a Especificidade da estratégia 
Demora mais, mas é mais custo-efetivo 
 
Testes em paraleloS (tudo junto) 
Aumentam a Sensibilidade da estratégia 
Mais rápido, mas gasta mais 
 
Razão de Verossimilhança Positiva 
Quantas vezes mais chances um teste é positivo no doente do que no não doente 
Razão de Verossimilhança Positivo = 
𝑺𝒆𝒏𝒔𝒊𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
𝟏−𝒆𝒔𝒑𝒆𝒄𝒊𝒇𝒊𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
 
 
Razão de Verossimilhança Negativa 
Quantas vezes mais chances um teste é negativo no doente do que no não doente 
Razão de Verossimilhança Negativo = 
𝟏− 𝑺𝒆𝒏𝒔𝒊𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
𝑬𝒔𝒑𝒆𝒄𝒊𝒇𝒊𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 | P á g i n a 
 
Volume 04 – Declaração de Óbito, Prevenção de Doenças e Ética Médica 
 
Declaração Óbito ou Atestado de Óbito x Certidão de Óbito 
 Declaração – é o que nós fazemos em 3 vias. Corresponde ao formulário que atesta a morte. 
Preenche-lo é um ato médico, sendo, o mesmo, responsável pelas informações nele contidas. 
o 1ª via – secretaria de saúde 
o 2ª via – família (cartório) 
o 3ª via – fica na unidade de saúde 
 Certidão – é o definitivo feito pelo cartório. 
É obrigatório? 
Sim... a exceção de 3 casos (gestação < 20 semanas e Peso < 500g e Estatura < 25cm) 
Se nasceu viva com estes parâmetro e morreu 1 segundo depois, faz o atestado de óbito 
 
Declaração de Óbitos 
Morte Natural 
Com assistência Médica Sem Assistência Médica 
 
Médico preenche (PSF, Particular, Ambulância, 
Plantonista, Substituto) 
Se ninguém prestava (PSF particular) – SVO 
Sem SVO – médico público ou qualquer médico 
Sem médico – responsável + duas testemunhas 
registram o óbito em cartório. 
Morte Suspeita / Violenta 
Médico do IML ou qualquer médico com autoridade judicial 
Como Preencher? 
Parte I (Como morreu?) 
Causas diretas contribuíram para o óbito 
A Imediata (causa terminal) 
 
Tempo 
 
 
CID 
B Intermediária 
C Intermediária 
D Causa básica da morte 
Na causa imediata, evitar colocar causas inespecíficas: PCR, falência de múltiplos órgãos 
Parte II 
Causas indiretas que contribuíram para o óbito 
HAS, obesidade, DM... 
Declaração de Óbito por Covid19 para caso Confirmado 
A – Insuficiência respiratória aguda (horas) 
B – Pneumonia (2 dias) 
C – Infecção respiratória aguda (3 dias) 
D – Covid19 (10 dias) 
 
Parte II – Hipertensão (15 anos) e Obesidade (15 anos) 
Declaração de Óbito por Covid19 para caso Suspeito 
A – Síndrome respiratória aguda grave (2 dias) 
B – Insuficiência respiratória aguda (9 dias) 
C – Suspeito de Covid19 (15 dias) 
 
Parte II – DM tipo II 
 
 
 
 
Por causa da pandemia – na ausência de família foi autorizado este ano o sepultamento/cremação, sem 
a certidão de óbito 
 
 
 
 
 
28 | P á g i n a 
 
Prevenção de Doenças (Leavell e Clark) 
História Natural das Doenças 
Agente, Suscetível e Meio Ambiente 
Período pré-patogênico Fatores ambientais, sociais, genética... 
 
 
Período patogênico 
Interação entre o estímulo e o suscetível 
Incubação (Alterações bioquímicas, fisiológicas) 
Sinais e sintomas 
Defeitos permanentes / cronicidade 
Prevenção Primária 
Pré-patogênico 
Promoção a saúde (primordial) – moradia, alimentação, higiene 
Proteção específica – Imunização, controle de vetores 
Prevenção Secundária 
Diagnóstico e tratamento precoce – exames periódicos, inquéritos, isolamento de casos, rastreio 
Limitação da invalidez – evitar sequelas 
Prevenção Terciária 
Reabilitação e fisioterapia 
Prevenção Quaternária 
Prevenir iatrogenias, exames em excesso 
 
Ética Médica 
Bioética 
Beneficência Fazer o bem (“o bem sempre prevalece”) 
Não Meleficência Não fazer o mal (prevenção quaternária) 
Autonomia Liberdade de decisão própria (privacidade) 
Justiça Tratar de forma justa (igualdade / equidade) 
Obs.: Testemunha de Jeová – não transfundir, quando ficar inconsciente, pode transfundir 
Erro Médico 
Negligência Não faz o que deveria ser feito (omisso) – falta atenção 
Imprudência Faz o que não deveria ser feito (precipitado) – falta ponderação 
*não utilização de EPIs 
 
Imperícia 
Faz mal o que deveria ser bem feito (despreparado) – falta técnica 
Sabe do risco mas faz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 | P á g i n a 
 
Volume 04 – Vigilância em Saúde 
 
Vigilâncias 
 Epidemiológica – controlar doenças 
 Sanitária – bens, produtos e serviços (medicamentos, alimentos e cosméticos) 
 Ambiental – ambiente (físico, psicológico e social): água, resíduos e vetores 
 Trabalhador - trabalho 
Vigilância Epidemiológica 
Definição: serve para fornecer o conhecimento de qualquer mudança em relação a saúde individual ou 
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle de doenças. 
Coleta de dados para ações de prevenção e controle de agravos 
Fonte de informação: a principal fonte é a notificação, mas temos como usar também a declaração de 
óbito, a AIH (autorização da internação hospitalar imprensa, estudos epidemiológicos) 
Existem notificação negativa? Sim (ex.: varíola) 
Notificação 
Comunicar um agravo à autoridade de saúde 
 
Quem notifica? 
Qualquer cidadão na suspeita. Menos a 
hanseníase, Tuberculose e HIV que só notifica na 
confirmação 
 
Como notifica? 
Normal é semanal, mas tem casos de notificação 
imediata (24 horas) 
 
O que notificar? 
Agravos nacionais (internacionais), estaduais, 
municipais, desconhecidos ou surtos (mesmo se 
for doenças de não notificação) 
Critérios para Inclusão de Doença na Notificação 
 Magnitude – frequência, importância (prevalência e incidência) 
 Transcendência – consequência, gravidade (letalidade) 
 Disseminação– fonte de infecção 
 Vulnerabilidade – é controlável? 
 Internacionais – VIPS 
 Eventos Inusitados – epidemias 
Notificação Compulsória (BESTEIRAS) 
 
Bichos Loucos 
Doença da vaca louca (Creutzfeld-Jacob), cólera, peste, raiva, toxoplasmose 
(congênita ou em gestante), animais peçonhentos. 
 
Endêmicas 
Doença de chagas, esquistossomose, leishmaniose, acidente de trabalho 
(biológico/grave – menor, mutilação e morte, doenças do trabalho*****), óbito 
infantil e materno, eventos de risco à saúde pública, neoplasias (para estabelecer 
o D0) e malformação congênita 
 
Síndrome Febris 
Dengue, chikungunya, zika, malária, leptospirose, hantavirose, febre tifoide, febre 
maculosa (riquetsioses), febre do Nilo ocidental, febre hemorrágica e-reemergente, 
febre purpúrica brasileira, arenavírus, lassa, ebola, marburg. 
Terrorismo Antraz Pneumônico, Botulismo, Tuleremia, Violência (BAVT) 
Exógenas Agrotóxico, metais pesados, gases tóxicos 
 
Internacionais 
Varíola, Influenza (H5N1), Poliomielite/paralisia flácida aguda 2º neurônio motor e 
SARS (coronavírus) 
Ranseníase Hanseníase 
 
 
Anticorpos 
Vacinas – MS 
Tuberculose (BCG), Hepatites Virais, Difteria, Tétano, Coqueluche, Hemófilo 
invasivo, Rotavírus***** (diarreia aguda/SHU), doença pneumocócica invasiva*****. 
Doença meningocócica, outras meningites, febre amarela, sarampo, rubéola, 
varicela (grave/óbito), síndrome gripal***** e eventos adverso grave. 
*****apenas na unidade sentinela*****. 
Obs. caXumba não entra 
 
Si... 
Sífilis, SIDA/HIV, Sinistra Cólera, síndrome do corrimento masculino****, síndrome 
neurológica pós febre com exantema. **** 
 
 
30 | P á g i n a 
 
Notificação Imediata (24 horas) 
Internacionais Varíola, Influenza, Poliomielite/paralisia flácida e SARS 
Mata todos Raiva, acidente por animais transmissores 
Eventos de risco a Saúde Pública Corona, ebola... 
Doença de chagas Aguda A própria 
Internacionais Antigas Cólera, Peste, Febre Amarela 
Acidentes De trabalho grave, animais peçonhentos 
Terrorismo Antraz, Botulismo, Tuleremia, Violência (sexual e suicídio) 
Anticorpo (Vacinas) Exceção: Tuberculose e Hepatites Virais (quadros arrastados) 
 
Síndromes febris 
Todas, com atenção: Dengue, chikungunya, zika – no óbito 
Zika na gestante 
Malária fora da Amazônia 
 
Processo Epidêmico 
 
 
 
Epidemia 
Acontece quando o número de casos ocorre acima do esperado de 
certo agravo em uma localidade (Mais que a endemia local). 
Epidemia = Incidência (casos novos). 
 Tipos: Rápida (explosiva ou maciça) – fonte comum, como a 
pontual (intoxicação alimentar) e a persistente (água contaminada 
com cólera) 
 Lenta (progressiva ou propagada) – pessoa a pessoa, vetor... 
 
Endemia 
Número de casos esperados de um determinado agravo em uma 
localidade e em um momento 
(o que eu espero, é a quantidade normal/esperada de casos) 
 
Surto 
Epidemia de proporção reduzida em uma pequena comunidade ou 
em pessoas com alguma relação 
(salmonella no janta – todos que comem ficam ruim) 
 
Pandemia 
Epidemia de grande propagação, sem que haja uma delimitação 
física dos casos 
Variação Sazonal de Casos 
Variações de incidência ocorrendo em mesmo período, seja do ano (estações), mês, semanas ou dias 
Variação Cíclica 
Repetição de um padrão de variação através do tempo e em frequência de casos 
Transmissão Indireta 
Necessita de vetores ou hospedeiros intermediários (esquistossomose, chagas, cólera) 
Transmissão Direta Mediata Transmissão Direta Imediata 
Usa algum meio para se propagar (substrato vital) 
Mãos – estafilo, estrepto, agentes de conjuntivite 
Ar – gripe, sarampo, aerossol 
Fômites – chupeta de um criança gripada 
Pessoa – pessoa (não passa pelo ambiente) 
DST (gonorreia, herpes, sífilis, aids) 
Curva Epidêmica 
 
Conceitos 
 
Infectividade 
É a capacidade de certos organismos de penetrar, se desenvolver e/ou se 
multiplicar em um hospedeiro, ocasionando uma infecção (vírus da gripe – alta 
infectividade e fungos – baixa infectividade) 
Patogenicidade Capacidade do agente, uma vez instalado, de produzi sintomas e sinais (doença) 
Virulência Capacidade do agente de produzir efeitos graves ou fatais 
Imunogenicidade Capacidade do agente de, após a infecção, induzi a imunidade no hospedeiro 
 Evento Sentinela – qualquer evento que resulta numa morte inesperada ou 
perda maior permanente de uma função não relacionada com o curso 
natural da doença ou estado subjacente do doente. 
 
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Apêndice – Acidente de Trabalho 
 
Normas Regulamentadoras Principais 
NR-7: Programa de controle médico de Saúde Ocupacional 
Visa a prevenção o rastreio e o diagnóstico precoce dos agravos à saúde dos trabalhadores devendo 
preservar o instrumental clínico-epidemiológico 
NR-5: Comissão Interna de Prevenção de Acidente 
Visa, também, a prevenção de acidentes e doenças 
CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) 
 Deve haver uma por estabelecimento (empresa) 
 Não tem completa autonomia (não pode sozinha realizar as medidas) 
 Atas de reuniões são obrigatórias 
 Semana de prevenção deve ser anual 
NR-4: Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho 
NR-9: Programa de prevenção de riscos ambientais 
Visa reconhecer, avaliar e controlar riscos ambientais existentes ou que venham a ocorrer no ambiente 
de trabalho 
NR-25: Programa de Controle de Resíduos Industriais 
Estabelece os critérios para eliminação dos resíduos industriais dos locais de trabalho 
NR-6: Equipamento de Proteção Individual 
Prevenção primária 
Fornecimento: empregador 
Cuidado: empregado 
 
Acidente de Trabalho 
Definição: é aquele que ocorre durante o trabalho, podendo levar a lesão, doença ou morte 
Acidente Típico 
Corresponde ao acidente que acontece em decorrência das características da atividade profissional 
desempenhada (máquina que corta o trabalhador) 
Acidente de Trajeto 
Acidente ocorrido em trajeto que tenham relação com o trabalho 
Exemplos: entregador de pizza, bate. Em viajem a trabalho. Pegou dengue na cidade que foi fazer 
plantão. 
Obs.: Motoboy pegou rota diferente por conta e levou uma bala perdida, não é acidente de trajeto. 
Doença Profissional x Doença do Trabalho 
Doença do trabalho – o trabalho levou ele a ter (surdez no trabalhador de aeroporto) 
Doença profissional – quase todos vão ter essa doença (silicose) 
CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) 
Maneira de comunicar ao INSS os acidentes de trabalho 
Quantas vias? 4 vias, sendo uma ao INSS, uma ao segurado, uma ao sindicato e uma para a empresa 
Quem preenche? Empresa, trabalhador, dependentes, entidade sindical, médico ou autoridade legal 
Quem tem direito? Trabalhador com carteira assinada ou autônomo que contribua com o INSS 
SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) 
Benefício em caso de doença/acidente que o mantenha o segurado afastado por mais de 15 dias 
Auxílio Doença x Auxílio Acidente 
Auxílio doença – auxilio que ele vai receber pelo período que ele ficou afastado por doença. 
Auxílio acidente – é o que o trabalhador vai receber em casos de acidente com sequela permanente 
que afaste ele do trabalho ou interfira 
O empregador é obrigado a pagar por até 15 dias, depois é o INSS 
Classificação das Doenças Ocupacionais e do Trabalho 
 
Schilling 
Tipo I – Causa necessária (intoxicação por chumbo, saturnismo) 
Tipo II – Trabalho é fator aditivo, mas não necessário (coronariopatia, varizes) 
Tipo III – Trabalho piora um condição já existente (asma, dermatite alérgica) 
 
 
Ramazzini 
Grupo I – Doenças provocadas pela nocividade do material (trabalha com 
benzeno, ataca a medula, chumbo, silicose) 
Grupo II – Doenças produzidas pela condição de trabalho (trabalha em pé – 
varizes, síndrome do túnel do carpo, estres – IAM, depressão) 
Doenças degenerativas, endêmicas* e que não incapacitem, não 
serão consideradas acidentes de trabalho 
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Doenças Ocupacionais e do

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