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1 | P á g i n a 2 | P á g i n a Sumário Volume 01 – Sistema Único de Saúde (SUS)................................................................................03 Volume 02 – Medidas de Saúde Coletiva......................................................................................11 Volume 03 – Estudos Epidemiológicos (parte I)..........................................................................16 Volume 03 – Estudos Epidemiológicos (parte II).........................................................................23 Volume 04 – Declaração de Óbito, Prevenção de Doenças e Ética Médica...............................27 Volume 04 – Vigilância em Saúde.................................................................................................29 Apêndice – Acidente de Trabalho.................................................................................................31 Intensivão – Profilaxia da Raiva e do Tétano...............................................................................33 Telemedicina................................................................................................................................................35 Decorebas....................................................................................................................................................37 3 | P á g i n a Volume 01 – Sistema Único de Saúde (SUS) Antes do SUS – do mundo ao Brasil Modelo Bismarckiano No governo de Otto Von Bismarck na Alemanha o modelo de saúde era feito a partir do desconto de uma porcentagem do salário dos trabalhadores, onde o senhor, governador geral, pega uma parte para si e deixava outra parte em um caixa guardado. Para que, se mais futuramente alguém precisasse de assistência médica ou da previdência, teria aquele suporte guardado. Foi esta a base que chegou ao Brasil na década de 30 com as IAPS, INPS e INAMPS. Modelo que dava acesso apenas aos trabalhadores que tinham do seu salário descontado uma parcela, ou seja, modelo de Acesso Restrito, pois o trabalhador desinformal e rural não tinham direito a saúde. A Ênfase do modelo era Curativa, não fazia de maneira eficaz o rastreio, prevenções... tratava quem estava doente e ia até os hospitais. No Brasil existiam 2 ministérios (dicotomia ministerial), o Ministério da previdência (responsável por gerenciar os hospitais nas ações curativas) e o ministério da saúde (responsável pela atenção básica de prevenção e saneamento básico). Na época o ministério da saúde tentava prevenir as doenças porcamente, sem dinheiro algum. Já a previdência era rica com ênfase curativa. Medicina Ditatorial, o povo não participava de nada, só obedecia. Modelo que perdurou o Primeira república o Era Vargas o Autoritarismo militar Primeira República – República Velha (1889 – 1930) Período marcado pelas doenças transmissíveis (febre amarela urbana, varíola, tuberculose) Ações do estado baseadas em campanhas sanitárias (período campanhistas) – modelo “apaga fogo”, onde tem muita doença, vai lá e faz a campanha (ex.: revolta da varíola – primeira doença extinta do mundo segundo a OMS). Polícia Médica – modelo assistencial sanitarista (campanhas) E como estavam os trabalhadores? A revolução industrial começou a chegar no Brasil, os trabalhadores não tinham direito, não tinham acesso a saúde, não tinha um fundo para guardar dinheiro, trabalhavam 18h por dia. Lei Elói Chaves (1923) – veio para mudar este cenário o Início da previdência social o Criação das caixas de aposentadoria e pensão (CAPS) – uma reserva para o futuro o 1930 tinham 47 CAPS (uma mesma classe tinha varios, o governo não estava envolvido) Era Vargas (1930 – 1964) Vargas era um cara centralizador, gostava que o governo soubesse de tudo e tivesse o governo no meio. Foi ai que ele juntou todos os CAPS em um só, o Instituto de Aposentadoria e Pensões (IAPS), agora tinha o IAP marítimo, IAP comerciário, IAP industriário. Tudo sobre o olhar do governo. E o Povo? Os que não contribuíam, não tinham acesso a saúde de qualidade, ficavam às custas dos estabelecimentos filantrópicos e saúde pública (raríssima de se encontrar). Na época nem tínhamos Ministério da saúde, era o ministério da educação e saúde que mandava. Começou a ter ênfase nas doenças crônicas, não transmissíveis Autoritarismo Militar (1964 – 1984) Foi criado o instituto Nacional da previdência social (INPS) – tinha muito dinheiro, pois o pessoal era novo e não estava se aposentando, gastando o dinheiro do caixa. Começaram a comprar o serviço médico privado – gastava-se fortunas das caixinhas Modelo hospitalocêntrico. E a população rural ou àqueles que não contribuíam para a previdência? Só tinham direito à saúde por meio do pagamento direto ou por serviços filantrópicos (existia uma segregação). Quem contribuía com o INPS estava a mil maravilhas, mas quem não contribuía, não tinha nada. Foi acabando o dinheiro do INPS, os serviços particulares falavam que fizeram mil radiografias, mas na verdade fizeram 100... 4 | P á g i n a 1974 foi criado o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) – Fizeram um teto de quanto gastar por exame, também não deu certo (todos os recursos eram gastos, mas nem todos eram usados). O dinheiro também foi gasto em construção de obras faraônicas (hidroelétrica de Itaipu, ponte Rio-Niterói...), gastando ainda mais. o Fim do milagre econômico o Fraudes no INAMPS o Reforma Sanitária o Medidas lentas de redemocratização Reforma Sanitária (Modelo Beveridgiano) A ideia era buscar alteração do sistema de saúde (médicos, estudantes, sindicatos e políticos) Na Inglaterra, após a 2ª Guerra Mundial, estava devastada (desemprego, pobreza, fome). Foi ai que o Lord Beveridge criou um modelo de saúde dizendo – “Nós vamos assegurar socialmente nossos cidadãos, deixando-os em nosso país para gerar economia, impostos, contribuindo diretamente ou indiretamente com a saúde (Seguridade Social)” A reforma culminou com a VIII Conferência Nacional de Saúde (1986) – lema da reforma sanitária “Saúde, direito de todos, dever do Estado” (Preparou o terreno para o SUS nascer) SUDS (Sistema Único e Descentralizado de Saúde) – 1987 SUS (Sistema Único de Saúde) – 1988 (Constituição – Nasce o SUS) Obs.: o INAMPS não acabou com o nascimento do SUS Soluções do SUS Como era O que mudou O acesso que era restrito Universalização Para a ênfase na cura Integralidade Ministérios Descentralização, Regionalização e Hierarquização Medicina ditatorial Participação Social Nasce os Princípios do SUS Princípios Éticos/Doutrinários (Começam com Vogal) Universalização Acesso a todos os cidadãos (estrangeiro legal ou não tem acesso também) Integralidade Prevenção, cura e reabilitação (tratamento integral) Equidade Tratar de forma desigual (com recursos, priorizando aquele que precisa mais) Princípios Organizacionais/Operacionais Descentralização Divisão de poderes (estado, município, cada um com sua função) Regionalização Municipalização (o mais local possível. Todos vão ter saúde, mas de forma mais organizada possível) Hierarquização Organizar os níveis de complexidade de assistência (a porta de entrada deve ser através da Atenção Básica) Participação Social Colocou o povo para participar da saúde, através dos Conselhos (fiscalizando) e Conferências (idealizando) Resolubilidade Resolver os problemas (em cada nível de assistência e de forma integral) Complementariedade Contratar o privado (quando a resolubilidade não for feita por falta de estrutura, será feito contratos, preferir instituições filantrópicas ou privadas não-lucrativas) 5 | P á g in a A evolução do SUS... Participação Social A Lei 8.080 (19/09/90) – Lei Orgânica da Saúde (funcionamento do SUS) – Fernando Collor Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde e organizando o funcionamento dos serviços! Determinou: o O Estado deve fornecer saúde a toda a população o Deve haver identificação e divulgação o Formulação de políticas de saúde o Assistência integral das ações Mostra as competências de cada esfera de poder (descentralização) o Nacional – participa na formulação de políticas, defini, coordena... o Estadual – coordenar ações e, em caráter complementar, executa ações de serviços com o município. o Municipal – execução das ações de saúde e controla serviços privados A direção Nacional pode executar? Sim! Vigilância de portos, aeroportos e fronteiras... E o setor privado? o Pode atuar de forma livre e complementar (preferência por instituições filantrópicas e privadas não lucrativas). Onde o SUS vai atuar? o Vigilância sanitária o Vigilância epidemiológica – conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde. o Saúde do trabalhador o Assistência terapêutica, inclusive farmacêutica o Ações de saneamento básico o Formação de recursos humanos o Vigilância nutricional o Meio ambiente o Medicamentos, equipamentos, vacinas... o Alimentos, água e bebidas o Serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde o Sangue e derivados Lei 8.142 (28/12/90) – Fernando Collor Dispôs sobre a participação da comunidade no SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros (regular e automática) Foi uma lei complementar a lei 8.080. Logo, também é uma lei orgânica de saúde. Foi descrito como vai funcionar a participação popular. Conselhos e Conferências o Usuários (50%) o Profissionais de saúde (25%) o Profissionais de serviço (12,5%) o Representantes do Governo (12,5%) Linguagem da lei – “A representação dos usuários será paritária em relação ao conjunto dos demais seguimentos”. (50% povo, 50% profissionais). A saúde recebe de forma regular e automática do governo. Conselhos (reuniões mensais) - Órgão fiscalizador – Controlam os gastos e a execução da saúde - Os conselheiros podem se reeleger (Caráter permanente), mesmo com eleições de 2/2 anos. - E o que eles decidirem nos conselhos, não tem que ser consultado no legislativo (câmara de vereadores/deputados) eles tem poder de decisão. O prefeito/presidente carimba ou não (Caráter deliberativo – isso vale apenas para o conselho). Conferências (Reuniões de 4/4 anos) - Avalia a situação de saúde e propõe diretrizes para a formação da política de saúde nos níveis correspondentes - Convocadas pelo Executivo (prefeitos/presidente) ou pelos Conselhos - Avaliam e criam diretrizes da Política de Saúde - Acontecem de 4 em 4 anos, mas em caráter excepcional pode ser convocada. 6 | P á g i n a Legislação – Normas Operacionais Básicas (NOBs) NOB 91 Centraliza a gestão no nível Federal Municípios se comportam como prestadores de serviço Prestadores públicos e privados recebem dinheiro do MS de acordo com a produção (O poder volta para a união, mostrando que seria devagar a municipalização). Atrasou a municipalização, passando a gerência das unidades básicas estaduais e federais para os municípios - Lei sem noção, regressão! O município sempre foi um peão (produz e ganha de acordo com a produção), e do nada virou patrão, tomando o poder e o dinheiro para executar; logo, esta NOB serviu como ponte para a adequação dos municípios. NOB 93 Municípios – passam a ser os Gestores (descentralização - municipalização) o Gestão: incipiente / parcial / semi-plena o Transferência regular e automática pelo número de cabeças na cidade Comissão Intergestores (para ninguém pegar dinheiro do outro...) o Bipartite (Estadual): Estado, Município (COSEMS) o Tripartite (Nacional): MS, Estados (CONASS), Municípios (CONASEMS) A Lei 8080 já permitia formar “consórcios” intermunicipais, onde cada município enviava seus pacientes para o outro numa “troca”, uma vez que o repasse era feito por cabeça. Por exemplo, se um município tinha atendimento psiquiátrico e outro oftálmico, os pacientes transitavam entre as cidades para receber seu atendimento de acordo com o necessário. NOB 96 Até 2020 Poder pleno pelo município (consolidou a municipalização) – os municípios podem habilitar-se em duas condições: o Gestão plena da atenção básica (Atenção Básica) o Gestão plena do sistema municipal (AB, Média e Alta complexidade) Criação do Piso da atenção básica (PAB) o Fixo: todos os municípios ganham por habitante (23 reais por habitante) o Define as relações entre os sistemas municipais e o papel dos gestores o Variável: saúde na escola, do adolescente, bucal, família, NASF, PMAQ, academias de saúde, consultórios de rua, atenção domiciliar, equipe multidisciplinar de apoio Com isso, o município recebe um valor fixo por habitante, e também um valor variável conforme os diversos programas implantados no município. Esferas: o Municipal – controle dos prestadores de serviço o Estadual – incentivar o poder municipal na gestão o Federal – promover as condições e incentivar o gestor estadual NOAS (2001 / 2002) Equidade nos recursos e no acesso à saúde 2001 – Maior equidade na alocação dos recursos e no acesso da população, divisão de responsabilidades na gestão do SUS e concluir a habilitação de 100% dos municípios (municipalização definitiva) – regionalização organizada 2002 – Amplia as responsabilidades dos municípios e cria o PAB ampliado. Além de fazer o mínimo (controle da tuberculose, eliminação da hanseníase, controle da HAS, controle da DM, saúde da criança, saúde da mulher e saúde bucal), fizer atendimento de urgência, procedimentos mais complexos, ECG... recebe mais recursos Regionalização Organizada Acesso à saúde o mais próximo da residência Município referência = $ para média complexidade Regionalização Organizada: ao avaliar o perfil de cada município, criou-se micro e macrorregiões de saúde, que são aglomerados de municípios com um sistema completo de saúde (atenção básica, média e alta complexidade, etc). O município referência + seus municípios ao redor compõem uma região de saúde. Se qualquer pessoa da região necessitas de assistência médica, irá à unidade mais próxima e, caso necessário, será enviado para um serviço de maior complexidade. 7 | P á g i n a Pacto de Saúde (2006) – Portaria nº 399 (22/02/2006) O Foco central aqui foi a consolidação do SUS, com os gestores assumindo compromissos públicos e com revisão anual. Pacto em Defesa o Defesa e fortalecimento dos princípios do SUS o Social / mais recursos para saúde Pacto de Gestão o Fortalecer as responsabilidades de cada município, estado e governo federal Pacto pela Vida (2006) o Saúde do idoso o Ca de mama e de colo o Mortalidade infantil e materna o Doenças emergentes e endemias (dengue, malária, influenza, BK e hanseníase) o Promoção à saúde (qualidade de vida) o Atenção Básica à saúde (ESF) Pacto pela Vida (2008) adicionou o Saúde Mental o Saúde do Homem o Saúde do Trabalhador o Pessoas com deficiência o Pessoas em risco de violência o Hepatite e AIDS o Oral (saúde bucal em 2011) o UBS, CAPS, UPA → portas de entrada aos usuários Atenção Básica ou Primária Contextualizando Atenção básica ou primária – atendimento ambulatorial não especializada Atenção secundária – atendimento ambulatorial especializado Atenção terciária – atendimento hospitalar Atenção primária (2017 – Política Nacional de Atenção Básica) – portaria 2436 Dentro da atenção primária eu posso ter especialistasque atuam em áreas básicas (Clínica Médica, Pediatria, Psiquiatria e Ginecologia), auxiliando, ampliando e organizando a saúde. Trabalha executando a estratégia de saúde da família Equipe multiprofissional: médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem e ACS (agente comunitário de saúde – 1 para cada 750 pessoas) Ampliação – equipe bucal, gerente de atenção básica (burocracia), agente de combate a endemias (ACE – podendo entrar no lugar do ACS) Cadastrar a população (Adscrição de clientela) no território (territorialização) de 2.000 – 3.500 pessoas. Máximo de equipes: população/2.000 Definir a vulnerabilidade para cadastrar as pessoas da comunidade (Equidade) Princípios da Atenção Básica (PLInCipios) Reorientação/substituição do modelo voltado ao sintoma, para um modelo centrado na pessoa Primeiro Contato Porta de entrada do sistema de saúde →acessibilidade (disease/illness) Longitudinalidade Acompanhamento do indivíduo → criação de vínculo Integralidade Cuidar do paciente de forma integral/completa – a queixa é uma, mas seu olhar é por um todo (biopsicossocial) Coordenação Integração do cuidado entre as esferas hierárquicas (sincronia) Enfoque Familiar Centrado na família → genograma Orientação Comunitária Contato com a comunidade Competência Cultural Facilitar a relação, falar de igual para igual 8 | P á g i n a Método Centrado na Pessoa Vantagens: menos queixa de má prática, mais adesão e não vai aumentar o tempo de consulta. P - ercepção do problema Sentimentos, ideias, funções e expectativas (SIFE) O que você acha disso? Como eu vou te ajudar? Você acha que vai ficar boa? E - ntender a pessoa como um todo História de vida S - istematizar Plano conjunto – o paciente é ativo nas decisões S - er realista Trabalhar junto, mas não tudo de uma vez só. Vamos priorizar do mais grave para o menos grave. O - bjetivar prevenção Medicina preventiva A - profundar a relação Empatia, compaixão, cuidado Instrumentos e Ferramentas Para promover o método centrado na pessoa Método SOAP (Prontuário) – Notas do registro clínico orientado por problemas Subjetivo: sintomas (experiência do problema) Objetivo: olhar do médico (exame físico e laboratorial – ex.: glicemia) Avaliação: o diagnóstico (afecções e conclusões – ex.: DM) Plano: conduta (passo-a-passo) Genograma – Interações/Dinâmica afetiva de 3 ou mais gerações Ecomapa – ambiente de interação da família para com escola, igreja, vizinhos 9 | P á g i n a Humanização (ocorre em todos os níveis de atenção) Acolhimento Respeitando a autonomia. Coloca o paciente para dentro e conversa com ele Responsabilização (Tentar resolver o possível) Clínica Ampliada o Discutindo com a equipe para resolver o máximo de problemas na atenção básica o Discussão coletiva na busca do cuidado o Casos complexos Projeto Terapêutico Singular (4) o Condutas articuladas com base na clínica ampliada o 1.Definir hipóteses e 2.Metas o 3.Dividir responsabilidades o 4.Reavaliar Interdisciplinaridade Apoio matricial (NASF – Atenção básica) Retaguarda de assistência Suporte técnico-pedagógico NASF-AB (Núcleo de Apoio à Saúde da Família e Atenção Básica) Não é porta de entrada para o SUS, é o apoio matricial. Foram criados com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade. São constituídos por equipe multiprofissional que deve atuar de maneira integrada e apoiar os profissionais da equipe de saúde da família. o NASF 1: 5 a 9 ESF, ≥ 5 profissionais e 200h/sem o NASF 2: 3 a 4 ESF, ≥ 3 profissionais e 120h/sem o NASF 3: 1 a 2 EFS, ≥ 2 profissionais e 80h/sem Decreto 7.508 / 2011 Região de saúde (teve como base a regionalização organizada do NOAS) o Espaço geográfico / agrupamento de municípios o Atenção primária / secundária e hospitalar / urgência / psicossocial / vigilância Contrato organizativo de Ação Pública (Acordo entre os municípios) o Se você faz parte de uma regional de saúde, você tem que mandar os problemas, internações para o serviço terciário, para o município principal. Pois é ele que recebe por isso, mas em casos de Urgência e Emergência você pode levar para o município mais perto que tenha o serviço que você precisa, mesmo ele sendo de outra regional de saúde. Mapa de Saúde o Descrição geográfica de recurso humano e ações de saúde o SUS e rede privada Rede de Saúde (organizada regionalmente para que possa garantir maior eficácia e efetividade) o Conjunto de ações e serviços da saúde (o que eu tenho na regional) o Portas de entrada: UPA, UBS, CAPS, Especiais (AMA, mutirão de hérnia/cataratas) Financiamento do SUS Emenda constitucional de 2016 (lei 141-2012) Em 2012 foi descrito o quanto cada esfera de saúde tem que aplicar “O financiamento do SUS é uma responsabilidade comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios” o Os municípios têm que destinar 15% da sua receita para a saúde o O estado tem que destinar 12% da sua receita para a saúde o A União tem que destinar o mesmo dinheiro do ano anterior + correção pelo IPCA Antes da Emenda (até 2017) Depois da Emenda Todo esse dinheiro ia para 6 “contas bancárias” (atenção básica, atenção de média e alta complexidade, vigilância epidemiológica, farmacêutica, gestão de saúde e investimentos em saúde). Se sobrace em alguma conta, não podia transferir para outra. O problema é que o gasto em cada esfera é muito diferente uma da outra (umas gastam mais outras menos) Hoje temos dois blocos, um para financiar/custear os serviços públicos e outro para o investimento no serviço público. Aaaah... mas dai fica fácil os governantes desviarem este dinheiro! Não, pois temos os conselhos que ficaram fiscalizando. Foi bom para os prefeitos por conta da maleabilidade 10 | P á g i n a Novidades Saúde na hora o Maior funcionamento para que todos tenham acesso. o 60h/semanais ≥ 3 ESFs o 75h/semanais ≥ 6 ESFs Médicos pelo Brasil o É o programa de residência em saúde da família (diploma, revalida, prova, especialização), que tem plano de carreira. Previne Brasil (Janeiro de 2020) o Não tem mais o PAB (piso da atenção básica) o CPI da atenção básica o Financiamento da atenção básica I – Capacitação ponderada (do mais recurso para quem precisa mais – idoso, criança) II – Pagamento por desempenho (estimulo quando cumprir as metas) III – Incentivo para ações estratégias (saúde bucal, saúde da escola, saúde indígena) o Não pode abrir mais NASF Os que existiam mantém Dissolver o NASF e contratar direto na equipe Ou dissolver o NASF e colocar direto no posto Redes e Programas Principais SAMU – presta socorro com unidades móveis (192) UPA 24h – tem atuação intermediária entre unidades básicas e urgências hospitalares o UPA Porte 1 (50-100 mil habitantes / Até 150 pacientes – 24h / 2 médicos por plantão / 7 leitos) o UPA Porte 2 (100-200 mil habitantes / até 300 pacientes / 4 médicos por plantão / 11 leitos) o UPA Porte 3 (200-300 mil habitantes / até 450 pacientes / 6 médicos por plantão / 15 leitos) Qual o tempo máximo que o paciente pode ficar esperando: 24h CAPS – atendimento para pacientes com transtornos mentais (é um dos programas estratégicos da reforma psiquiátrica brasileira) – 1986 criou-se o primeiro CAPS. o Abandono ao antigo modelo hospitalocêntrico, Evitar internações – volta para a casa, Inserção social e Regular a porta de entrada HumanizaSUS – já discutido aqui no material As 8 características de prova PLInCípios principais Reorientação (substitutivo) – centrado na P-E-S-S-O-A Instrumentos e Ferramentas Específicas – genograma, ecomapa, SOAP Multidisciplinar (equipe) → 1 médico + 1 enfermeiro + 1 auxiliar de enfermagem + 4 a 6 ACS Acolhimento / autonomia (participação da comunidade) Responsabilização – Clínica ampliada – Projeto Terapêutico Singular Interdisciplinaridade com apoio matricial (NASF – não é porta de entrada) Adscrição de clientela / territorialização (entre 2.000 e 3.500 pessoas) Medicina de grupo tem como característica – Os serviços podem ser prestados por unidades próprias, onde os profissionais de saúde são empregados da empresa de medicina de grupo, ou por meio de unidades credenciadas por esta. Médico, enfermeiro, dentista (20-40h/semanais), técnico 11 | P á g i n a Volume 02 – Medidas de Saúde Coletiva Epidemiologia Atua diante da necessidade do entendimento da rede causal (saúde-doença) Não executa, não forma política e não dá assistência Função: descrever a distribuição dos problemas (visa fornecer os dados para o governo investir) Os Indicadores de Saúde Avaliar o Risco (Coeficiente) Avaliar a Proporção (Índice) Numerador ≠ Denominador Numerador = Denominador 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 ≥ 𝟓𝟎 𝒂𝒏𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒑𝒖𝒍𝒂çã𝒐 ≥ 𝟓𝟎 𝒂𝒏𝒐𝒔 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 ≥50 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 Índice de mortalidade – Swaroop-Uemura No Brasil o ISU ± 80% (a maioria morre ≥ 50 anos) Coeficiente (Morbidade, Mortalidade e Letalidade) 1. Coeficiente de Morbidade – Risco que uma população exposta tem de adoecer Avaliamos de duas formas Coeficiente de Incidência ou de Ataque Coeficiente de Prevalência Casos novos no população exposta Casos novos e antigos na população exposta 𝑰𝒏𝒄𝒊𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 = 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒄𝒂𝒔𝒐𝒔 𝒏𝒐𝒗𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒑𝒖𝒍𝒂çã𝒐 𝑷𝒓𝒆𝒗𝒂𝒍ê𝒏𝒄𝒊𝒂 = 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒄𝒂𝒔𝒐𝒔 (𝒏𝒐𝒗𝒐𝒔 𝒆 𝒂𝒏𝒕𝒊𝒈𝒐𝒔) 𝒑𝒐𝒑𝒖𝒍𝒂çã𝒐 Quanto maior a incidência, maior a prevalência Prevalência = Incidência x Duração da doença Usamos para doenças agudas + rastreio Para doenças crônicas usamos a prevalência Incidência de gripe, dengue, meningite Prevalência de DM, HAS, Obesidade, hanseníase Fatores que aumentam a prevalência Aumento da incidência (casos novos) Imigração de doentes Droga nova que melhora o paciente, mas não cura Fatores que diminuem a prevalência Morte dos doentes (defecção) Cura dos doentes (defecção) Emigração de doentes Droga que cura 2. Coeficiente de Mortalidade Risco de uma população exposta tem de morrer População exposta inclui pessoas sadias e doentes Coeficiente de Mortalidade Geral (ASPONE) 𝑪𝒐𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒎𝒐𝒓𝒕𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒈𝒆𝒓𝒂𝒍 = 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒑𝒖𝒍𝒂çã𝒐 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒔𝒕𝒂 𝒆𝒎 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 Não me diz quem morreu (idosos? Jovens?) Não avalia a qualidade de cada região Não me deixa comparar Não me serve para nada Coeficiente de Mortalidade Materna (Direta e Indireta) 𝑪𝒐𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒎𝒐𝒓𝒕𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝑴𝒂𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂 = 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝒄𝒂𝒖𝒔𝒂 𝒎𝒂𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝟏𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎 Obs.: Coeficiente de mortalidade Materna tardia = número de óbitos materna de 42d – 1 ano Causas maternas: mortes decorrentes da gravidez, parto e puerpério (42 dias/6 semanas pós-parto) Mortes diretas: diretamente consequente (não tinha nada antes – DPP, eclâmpsia) Mortes Indiretas: existia uma doença prévia (doença cardíaca) Aborto provocado entra (crime). Suicídio puerperal entra também. Obs.: acidente não entra aqui! Causa mais frequentes: Hipertensão, hemorragia, infecção (todas evitáveis) Se estiver alto é porque o país não está bem (notificação compulsória) Considere uma população estática. A prevalência de uma dada doença nessa população em 01/01/2008 era de 10%. Se a incidência dessa doença foi de 10% durante o ano de 2008, qual teria sido a prevalência da doença em 31/12/08? De 100 pessoas, 10 eram doentes e 90 sadias. Durante o ano 10% dos sadios ficaram doentes (9 pessoas). A prevalência em dezembro foi de 19% 12 | P á g i n a Mortalidade Infantil 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 < 𝟏 𝒂𝒏𝒐 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 Se estiver alto é porque o país não está bem (notificação compulsória) Duas principais causas de óbito no Brasil – algumas afecções originadas no período perinatal (prematuridade) e malformações congênitas/anomalias cromossômicas Mortalidade Infantil Perinatal 𝑵𝒂𝒕𝒊𝒎𝒐𝒓𝒕𝒐𝒔 (> 𝟐𝟐 𝒔𝒆𝒎 − 𝑮𝑶)+ < 𝟕 𝒅𝒊𝒂𝒔 − 𝑷𝑬𝑫 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 𝒆 𝒎𝒐𝒓𝒕𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝟏𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎 Quando conseguimos prevenir a principal causa de óbito materna (DHEG), diminuiremos com maior impacto a mortalidade infantil perinatal Mortalidade Infantil Natimortos 𝑵𝒂𝒕𝒊𝒎𝒐𝒓𝒕𝒐𝒔 (> 𝟐𝟐 𝒔𝒆𝒎𝒂𝒏𝒂𝒔 − 𝑮𝑶) 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 𝒆 𝒎𝒐𝒓𝒕𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 Mortalidade Infantil Neonatal (Precoce e Tardia) 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 < 𝟐𝟖 𝒅𝒊𝒂𝒔 − 𝑷𝑬𝑫 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 𝑷𝒓𝒆𝒄𝒐𝒄𝒆 = 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 < 𝟕 𝒅𝒊𝒂𝒔 − 𝑷𝑬𝑫 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 𝑻𝒂𝒓𝒅𝒊𝒐 = 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 𝟕− < 𝟐𝟖 𝒅𝒊𝒂𝒔 − 𝑷𝑬𝑫 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 O neonatal é o mais comum no primeiro ano Sendo a neonatal precoce o mais comum (a maioria que morre, morre na primeira semana por afecções perinatais – prematuridade, SDRA, circular de cordão, encefalopatia isquêmica) Portanto é o mais difícil que conseguirmos melhorar! Mortalidade Pós Neonatal 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 𝟐𝟖 𝒅𝒊𝒂𝒔 𝒂𝒕é 𝟏 𝒂𝒏𝒐 − 𝑴𝒆𝒊𝒐 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 É o mais fácil para nós conseguirmos mexer (saneamento básico, aleitamento, vacinação) O que mais fez a mortalidade infantil diminuir nos últimos anos Todas as regiões do Brasil vêm apresentando queda da mortalidade infantil Carga Global de Doença Mortalidade Morbidade Quebra da extensão de vida Anos de vida perdidos Ex.: expectativa de vida aos 25 anos é de viver mais 50 anos. Se a pessoa morre, perde 50 anos de vida Quebra a qualidade de vida Anos vividos com incapacidade Ex.: A pessoa acidenta aos 25 anos e fica paraplégica, restam 50 anos x 0,5* = perde 25 anos por incapacidade Morte prematura (anos perdidos) – qual o grupo que mais rouba anos de vida, que são causas externas No Brasil a causa externa mais comum: homicídio Em sequência: IAM, AVE, acidente de trânsito Principal causa de incapacidade no Brasil é a dor lombar, depois em sequência, cefaleia, ansiedade e depressão No mundo é a anemia ferropriva DALY (Anos Potenciais de Vida Perdidos Ajustados pela Incapacidade) Indicador mais sensível juntando os dois conceitos (1 ano perdido por mortalidade que quebra anos de vida e/ou morbidade que quebra qualidade de vida) Quanto maior o DALY mais anos o país perdeu (Mortalidade e qualidade de vida) Grupos de doenças Transmissíveis e nutricionais / Não transmissíveis / Externa O Brasil vive uma tripla carga de doença (apesar de termos menos mortes por doenças transmissíveis) 13 | P á g i n a 3. Letalidade Risco de uma população exposta e doente tem de morrer 𝑳𝒆𝒕𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 𝑫𝒐𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔 Avalia a gravidade da doença Brasil tem uma doença com 100% de letalidade – Raiva (Quem tem... morre) Sistemas de Informação SINASC SI dos Nascidos vivos SIM SI de Mortalidade (declaração de óbito) SINAN SI Nacional dos Agravas de Notificação SIH (SUS) SI Hospitalar (AIH) SIAB SI de Atenção Básica (boletins de produção) SIA SI Ambulatorial (boletins de produção) Questão 1 – As informações presentes em quais sistemas são necessárias para o cálculo do coeficiente de letalidade por febre amarela? Sistema de informação sobre mortalidade (SIM) ------------------ Óbitos Sistemade informação de agravos de notificação (SINAM)---- Doentes Questão 2 – As informações presentes em quais sistemas são necessárias para o cálculo do coeficiente de mortalidade materna? Sistema de informações sobre nascidos vivos (SINASC)---Óbitos por Causa materna Sistema de informação sobre mortalidade (SIM)--------------------------- Óbitos Questão 3 – As informações presentes em quais sistemas são necessárias para o cálculo do coeficiente de mortalidade infantil? Sistema de informações de mortalidade (SIM) ----------------------------Óbitos < 1ano Sistema de informação dos nascidos vivos (SINASC)------------- Óbitos nascidos vivos Questão 4 – As informações presentes em quais sistemas são necessárias para o cálculo do índice de mortalidade infantil? Sistema de informação de mortalidade (SIM) ---------------------Óbitos < 1 ano Sistema de informação de Mortalidade (SIM) --------------------------Óbitos Densidade de Incidência 𝐍ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐚𝐬𝐨𝐬 𝐧𝐨𝐯𝐨𝐬 𝐬𝐨𝐦𝐚 𝐝𝐨𝐬 𝐩𝐞𝐫í𝐨𝐝𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐢𝐧𝐝𝐢𝐯í𝐝𝐮𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐦𝐚𝐧𝐞𝐜𝐞𝐮 𝐧𝐨 𝐞𝐬𝐭𝐮𝐝𝐨 Incidência Acumulada 𝐍ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐚𝐬𝐨𝐬 𝐧𝐨𝐯𝐨𝐬 𝐩𝐨𝐩𝐮𝐥𝐚çã𝐨 𝐞𝐱𝐩𝐨𝐬𝐭𝐚 𝐚𝐨 𝐫𝐢𝐬𝐜𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐝𝐨𝐞𝐜𝐞𝐫 𝐧𝐨 𝐩𝐞𝐫í𝐨𝐝𝐨 𝐚𝐯𝐚𝐥𝐢𝐚𝐝𝐨 Prevalência Lápsica Abrange todos os casos em um período de tempo determinado (tempo do estudo). 14 | P á g i n a Questão Paciente 1 – permaneceu 2 anos no estudo e desenvolveu a doença Paciente 2 – permaneceu 1 anos no estudo e não desenvolveu a doença Paciente 3 – permaneceu 3 anos no estudo e desenvolveu a doença Paciente 4 – permaneceu 1 anos no estudo e não desenvolveu a doença Paciente 5 – permaneceu 5 anos no estudo e não desenvolveu a doença Paciente 6 – permaneceu 4 anos no estudo e desenvolveu a doença Paciente 7 – permaneceu 4 anos no estudo e não desenvolveu a doença Paciente 8 – permaneceu 4 anos no estudo e desenvolveu a doença 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = Número de casos novos soma dos períodos de tempo em que cada indivíduo permaneceu no estudo 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 4 (paciente 1, 3, 6 e 8) 2 + 1 + 3 + 1 + 5 + 4 + 4 + 4 = 4 24 = 1 6 = 1 𝑒𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 6 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠/𝑎𝑛𝑜 𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 = Número de casos novos população exposta ao risco de adoecer no período avaliado 𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 = 4 que adoeceram 8 pacientes expostos = 1 2 = 1 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑛𝑜𝑣𝑜 2 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 Índices Numerador = Denominador Avaliam proporções Sempre teremos data e lugar estipulados Resposta em porcentagem Í𝒏𝒅𝒊𝒄𝒆 𝒅𝒆 𝑴𝒐𝒓𝒕𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 (𝑺𝒘𝒂𝒓𝒐𝒐𝒑 − 𝑼𝒆𝒎𝒖𝒓𝒂) = 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 ≥𝟓𝟎 𝒂𝒏𝒐𝒔 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 No Brasil o ISU ± 80% (a maioria morre ≥ 50 anos) Quanto maior melhor! Foi desenvolvido na 2ª metade da década de 1950 pelo indiano Swaroop e pelo japonês Uemura Í𝒏𝒅𝒊𝒄𝒆 𝒅𝒆 𝑴𝒐𝒓𝒕𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝑰𝒏𝒇𝒂𝒏𝒕𝒊𝒍 = 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 < 𝟏 𝒂𝒏𝒐 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 Í𝒏𝒅𝒊𝒄𝒆 𝒅𝒆 𝑴𝒐𝒓𝒕𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒓 𝑪𝒂𝒖𝒔𝒂 = 𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝒄𝒆𝒓𝒕𝒂 𝒅𝒐𝒆𝒏ç𝒂 𝒏ú𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 ó𝒃𝒊𝒕𝒐𝒔 Índices – Curvas de Nelson Moraes Definiu 4 tipos de curvas em relação ao nível de saúde da população Para isso ele dividiu a população de acordo com os óbitos em algumas proporções Ele mediu os óbitos da população e mediu 5 índices (pontos no gráfico) Índice de total de óbitos em pessoas < 1 anos Índice de total de óbitos em pessoas 1 a 4 anos Índice de total de óbitos em pessoas 5 a 19 anos Índice de total de óbitos em pessoas 20 a 49 anos Índice de total de óbitos em pessoas ≥ 50 anos NeLsU Já! 15 | P á g i n a Transições Demográfica Representa as mudanças ocorridas em uma população de acordo com a faixa etária dos seus membros Antes: mais jovens. Hoje: caminha para mais idosos Melhor forma de análise – pirâmides populacionais Estágio I – Natalidade e Mortalidade elevadas Estágio II – Natalidade alta e Mortalidade baixa Estágio III – Natalidade abaixando e Mortalidade baixa (envelhecimento) Estágio IV – Aproximação dos coeficientes em níveis muito baixos com mortalidade e fecundidade se aproximando A transição demográfica do Brasil se deve: Redução da taxa de mortalidade geral* Redução da taxa de fecundidade* Redução da taxa de natalidade e Aumento da expectativa de vida Atenção para estes dados Doença que ocupa o 1º lugar dentre as causas de óbito no brasil em todas idades – Cardiovascular Qual a maior causa de óbito em indivíduos de 1 a 19 anos – Causas externas Neoplasia mais incidente no mundo é o câncer de pele não melanoma Principais causas de morte no período neonatal – 1º Afecções perinatais e 2º Malformações Principais causas de morte no período pós-neonatal – 1º Malformações e 2º Aparelho respiratório Principal causa de morte no período de 1 a 4 anos – causa externa Na faixa etária dos 10 aos 19 anos, os brasileiros são mais internados por gravidez, aborto e complicações Homens e o Total (circulatório, câncer, causas externas) – 3 Mulheres (circulatório, câncer, respiratório, endócrinas, causas externas) – 5 Transição Epidemiológica Variação na população, ao longo do tempo, no que se refere as causas de morbimortalidade Antes: doenças transmissíveis. Hoje: doenças crônicas Melhor forma de análise: Gráficos de incidência e prevalência 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐹𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑠𝑐𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑓𝑒𝑚𝑖𝑛𝑖𝑛𝑎 𝑑𝑒 15 − 49 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑀𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑑𝑢𝑙𝑡𝑜𝑠 = ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 15 − 60 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑥 1.000 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐴𝑡𝑎𝑞𝑢𝑒 𝑆𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 = 𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝑎𝑔𝑟𝑎𝑣𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑒𝑚 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑜 𝑐𝑎𝑠𝑜 í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑡𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑜 𝑐𝑎𝑠𝑜 í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 (𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑟 𝑜 1º𝑐𝑎𝑠𝑜) 𝑥 1.000 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑀𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑜 = ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑥 1.000 VIGITEL “Investigação” de doenças crônicas não transmissíveis Tem como objetivo monitorar a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis por inquérito telefônico As doenças pesquisadas são DM, obesidade, câncer, doenças respiratórias crônicas e cardiovasculares São exemplos de indicadores avaliados: consumo alimentar, atividade física, consumo de bebida alcoólica e tabagismo O VIGITEL pode realizar investigação temporária de qualquer agravo de acordo com a necessidade da população 16 | P á g i n a Volume 03 – Estudos Epidemiológicos (parte I) Classificação dos Estudos Descritivos – apenas uma descrição dos fatos, você não prova nada. Como um relato de caso, série de casos. Relato de caso é de 1 – 3 casos do mesmo evento. A partir de 3 – 10 casos é uma série. o Bom para doenças raras, desconhecidas. o Não é uma pesquisa, você apenas relata um caso o Apresenta várias desvantagens: Trabalha com pouca gente Não tem grupo controle Apresenta viés de publicação, a tendência é publicarmos o que achamos certo. Pode ser o início de um estudo maior Exemplo: o que vem ocorrendo este ano com o coronavírus Analíticos – prova as relações Investigados Investigador Tempo Nome Agregado (populacional) Observação Transversal (olha uma única vez) Ecológico Longitudinal (olha mais de uma vez) Série Temporal ou Série Histórica Intervenção(toda intervenção será longitudinal) Longitudinal (você vai ter que saber o que aconteceu) Ensaio Comunitário (vacinação) Indivíduo Observação Transversal Inquérito Longitudinal (como se fosse um filme) Coorte Caso-Controle Intervenção Longitudinal Ensaio Clínico Estudo Ecológico Agregado (populacional), Observacional e Transversal Fácil, barato e rápido “Foto da família” Não consegue dizer quem é fator de risco, quem é doença. Gera suspeitas, mas não confirma... Calcula a prevalência Falácia Ecológica – Por ser agregado (populacional) o que eu encontro no estudo é uma média para a população que eu vi uma vez, se eu individualizo o que eu encontrei para todos, não é uma certeza, pode ser que eu erre. É específico do estudo ecológico Estudo Seccional ou Corte Transversal ou Inquérito Individual, Observacional e Transversal É o ecológico individualizado Vantagens: fácil, barato, análise simples de dados Desvantagens: baixo poder analítico Medida de associação – Razão de prevalência 17 | P á g i n a Coorte Individualizado, observacional e longitudinal Vou estar observando daqui para frente – Estabelece a taxa de incidência de uma doença “eu fiz um transversal e criei uma suspeita, agora eu posso investigar” Estudo de Coorte mais famoso do mundo: Estudo de Framingham (fatores de risco cardiovascular) Trabalho com dois grupos Grupo com fatores de risco... acompanho para ver se adoeceu ou não Grupo sem fatores de ricos... acompanho para ver se adoeceu ou não Vantagens Bom para doenças de curto período (exposta hoje e amanhã está doente... muito bom, termina rápido). Pode analisar mais de uma doença (Ca de pulmão, bexiga, ovário para os tabagistas). O coorte define risco e confirma suspeitas criadas pelos estudos transversais. Desvantagem Caro, longo e vulnerável a perdas (mudou de cidade, não quer mais participar...) Ruim para doença rara, pois ele caminha de um fator de risco para a doença (patognomônico) Medida de associação – Risco Relativo Coorte Histórica ou Retrospectivo Coorte por: partir do fator de risco e ir em sentido ao desfecho Histórica por: a seleção dos grupos e os resultados aconteceram no passado Exemplo: Um pesquisador foi ao serviço de arquivo médico de um hospital e identificou as crianças internadas entre 1993 e 1995 com má-formação da caixa torácica e crianças sem a má-formação. Todas essas crianças foram submetidas a teste de função respiratória no ano 2000. O estudo mostrou que a má-formação era fator de risco para as crianças desenvolverem alteração nos testes respiratórios. Obs.: o futuro também está no passado Caso-controle Individualizado, Observacional e Longitudinal Vou estar observando dos casos para trás (retrospectivo) aplicando um questionário Trabalha com dois grupos Grupo com doentes... volta para ver se teve ou não fator de risco Grupo sem doentes... volta para ver se teve ou não fator de risco Exemplo de estudo: pegaram crianças com microcefalia e olhar para trás para ver os fatores de risco Vantagem Mais rápido que o coorte, mais barato, bom para doenças raras, bom para doenças longas e estima Para diferenciar com um transversal? O transversal olha o fator de risco naquele momento, o caso- controle busca o fator de risco no passado. Pode procurar vários fatores de risco do passado. Desvantagem Apenas estima o risco por não poder confiar tanto nas respostas do passado, vulnerável a erros (as vezes o grupo dos doentes referem de uma forma melhor os fatores de risco do que os não doentes, além de insistirmos muito mais os fatores de risco nos pacientes doentes). Ruim para fator de risco raro. Medida de associação – Odds Ratio Ensaio Clínico Individualizado, Intervencionista (o que diferencial com coorte) e Longitudinal Teste Pré-Clínico – aspectos de segurança que são avaliados em animais de experimentação Fase I – testar a segurança da droga nos humanos (já foi testado nos humanos) Fase II – testar a dose mais correta para obter o efeito desejado com menos efeitos colaterais Fase III – comparar esta droga com o placebo, com tratamento convencional Fase IV – aprovar a droga nos órgãos reguladores e será comercializada + vigilância pós-comércio Eficácia – situação ideal (teste no laboratório) Efetividade – situação real Eficiência – custo-benefício Trabalha com dois grupos Grupo com a droga nova... efeito presente ou ausente Grupo placebo... efeito presente ou ausente 18 | P á g i n a Vantagens O melhor para testar medicamentos, o grande estudo para provar uma relação causal, diferente do coorte, aqui eu consigo controlar os fatores (metade nova droga, outra metade placebo...) Desvantagens Caro, longo, complexo, suscetível a perdas, fatores social e éticos Efeito Hawthorne / Efeito Placebo – por ter alguém te monitorando, observando, temos a tendência de andar mais na linha ou por acreditar naquela intervenção, a pessoa vem a melhorar. Requisito mínimo para não ter erro de intervenção: o estudo tem que ser controlado Para não ter erro de confusão e seleção: o estudo tem que ser randomizado (deixar o grupo mais homogêneo possível) Para evitar o erro de aferição: Para que eu não influencie na avaliação dos participantes ou o próprio participante não seja influenciado por qual grupos está inserido, então precisamos mascarar/cegar os participantes do estudo (duplo cego/ triplo cego...) Validade interna – se é verdadeiro para o grupo estudado Validade externa – se é verdadeiro para a população fora do estudo Medidas de associação – RR, RAR, RRR e NNT Revisão Sistemática Unidade de análise = ensaio clinico, coorte... Metanálise – método estatístico para integrar o resultado dos estudos Vantagens Síntese de informação, barato e rápido Desvantagens Viés de publicação (tendência para publicar estudos com resultados positivos), divergência entre os vários estudos Nível de Evidência - OXFORD Ia – Revisão sistemática de ensaio clínico I – Ensaio Clínico Ib – Ensaio clínico puro IIa – Revisão sistemática de coorte II - Coorte IIb – Coorte puro IIc – ECollógico IIIa – Revisão sistemática de caso-controle III – Caso-controle IIIb – Caso-controle puro IV – série de casos V – Opinião de especialista Quadrados = Risco Relativo Tamanho do quadrado = Significância estatística 19 | P á g i n a Grau de Recomendação – USPSTF A – Recomenda naquele serviço e o benefício é substancial B – Recomenda naquele serviço e o benefício é moderado C – Pesa risco benefício, não recomenda para todos, tem que avaliar individualmente. É contra a oferta rotineira e o benefício é pequeno D – Contra a recomendação, pois não tem benefício, tem dano I – Inconclusivo, não sabe dizer se faz bem ou não Análise dos Estudos Frequência – a maneira como eu meço o adoecimento o Através da prevalência (estudo transversal) e incidência (coorte e ensaio) o Medidas de prevalência para o estudo transversal o Medidas de incidência para o estudo de coorte e ensaio clínico Associação – tentativa de associar o fator x doença. o Tabela 2x2 Estatística – fala quanto a relação de confiança (posso confiar na associação encontrada?) o Você errou ou não no seu estudo? o Erro Sistemático (Viés) – quando não tem erro sistemático o estudo é Válido/Acurado o Erro Aleatório (Acaso) – quando não tem erro aleatório o estudo é Preciso/Confiável Intervalo de confiança (IC) – tem que encontrar 95 vezes a mesma associação Associação no Caso-Controle – OR Jateamento de Areia Pneumoconiose Total Sim Não Exposto 100 300 400 Não exposto 20 480 500 Total 120 780 900 Odds Ratio (OR) = 𝑨.𝑫 𝑩.𝑪 = 𝟏𝟎𝟎.𝟒𝟖𝟎 𝟑𝟎𝟎.𝟐𝟎 = 8 (Quem foi exposto ao jateamento no passado, teve um risco 8x maior de hoje ter a pneumoconiose do que as pessoasque não foram expostas ou 8x mais chance de ter a doença) Quantas vezes mais chance o exposto a certo fator de risco tem de desenvolver a doença, em relação aos não expostos. Comum em estudos de caso controle Associação no Coorte (CooRRte defini risco – mais fidedigno) – RR Cigarro Câncer de Pulmão Total Sim Não Fumantes 90 10 100 Não Fumantes 5 95 100 Total 95 105 200 Risco Relativo (RR) = 𝒊𝒏𝒄𝒊𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 𝒊𝒏𝒄𝒊𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝒏ã𝒐 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 = 𝟗𝟎% 𝟓% = 𝟏𝟖 (Quem fumou teve 18x mais risco de ter câncer de pulmão) Representa a relação entre incidência do desfecho entre expostos e não expostos a certo fator de risco. Avalia, portanto, o risco de desenvolver a doença. É muito utilizada em estudos tipo coorte Associação no Ensaio Clínico Grupo Doença Total Sim Não Nova droga 15 85 100 Controle 20 80 100 Total 35 165 200 Risco Relativo (RR) = 𝒊𝒏𝒄𝒊𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒓𝒕𝒐 𝒊𝒏𝒄𝒊𝒅ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝒏ã𝒐 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 = 𝟏𝟓% 𝟐𝟎% = 𝟎, 𝟕𝟓 (Reduziu o risco em 25%) 20 | P á g i n a Redução do Risco Relativo (RRR) = 𝟏 − 𝑹𝑹 = 1 − 0,75 = 0,25 = 25% (𝑞𝑢𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑢 𝑎 𝑛𝑜𝑣𝑎 𝑑𝑟𝑜𝑔𝑎 𝑡𝑒𝑣𝑒 𝑢𝑚 𝑟𝑖𝑠𝑐𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 25% 𝑑𝑒 𝑎𝑑𝑜𝑒𝑐𝑒𝑟 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒) – Eficácia (potencia máxima na condição ideal) ou Efetividade do medicamento (a droga na realidade) Redução Absoluta do Risco (RAR) = Maior incidência – Menor incidência (20% - 15% = 5%) Comparação da redução da incidência de morte no experimento e placebo Número Necessário ao Tratamento (NNT) = 1 𝑅𝐴𝑅 = 1 5% = 20 (Eu preciso tratar 20 pacientes com essa droga para eu prevenir 1 adoecimento) quanto eu preciso tratar para definir. Para que isso? Por exemplo, uma droga antiga tinha NNT de 50, ou seja, precisa tratar 50 pacientes para evitar um adoecimento. Quer dizer que esta nova droga com NNT de 20 é melhor. Quanto menor o NNT melhor a droga (menos pacientes precisam ser tratados para ter o benefício). Obs. Tudo vai depender do preço também. O NNT ajuda a calcular a eficiência da droga (custo x benefício) Estudo x Análise Estudo Frequência Associação Transversal Prevalência Razão de prevalência / OD Caso-Controle ---------------- Odds Ratio Coorte Incidência Risco Relativo / OD Ensaio Clínico Incidência RR, RRR, RAR e NNT Interpretação Risco relativo, Odds Ratio e Razão de prevalência = 1 Não tem associação >1 Fator de risco < 1 Fator protetor Estatística Quanto a relação de confiança (posso confiar na associação encontrada?) Errou ou não no estudo? Erro Sistemático (Viés) – quando não tem erro sistemático o estudo é Válido/Acurado o Seleção o Aferição (na hora de obter a informação) o Confundimento – quando tem mais fatores de risco que eu não estou estudando, por exemplo, eu estou estudando o efeito do sedentarismo em uma doença, mas vários são fumantes e que levam a doença. o Causalidade reversa Erro Aleatório (Acaso) – quando não tem erro aleatório o estudo é Preciso/Confiável o Será que é uma verdade absoluta ou foi por acaso? Para confiar ou não, você tem que repetir o estudo 100 vezes e encontrar 95 vezes (p < 0,05 – o estudo foi significativo) o Intervalo de confiança (IC) – tem que encontrar 95 vezes a mesma associação Fator como risco tem que se manter em 95 das vezes > 1 Fator como protetor tem que manter em 95 das vezes < 1 o Exemplo: em um estudo com RR = 5 e IC 95% (2,7 – 7,6) IC 95% = 2,7 a 7,6 significa que, embora o RR tenha sido de 5 no meu estudo, ao repetir 100x, em 95x o RR esteve entre 2,7 e 7,6, ou seja, >1, sendo assim o RR é verdadeiro. Erro tipo I e II o I falso-positivo o II falso negativo Em qual estudo eu não confio? No estudo 2, pois apresentou RR < 1 Qual o estudo mais preciso? Estudo 1, por apresentar menor variação do IC Qual o estudo trabalhou com mais gente? Estudo 1, por apresentar menor variação do IC Houve diferença estatística entre o 1 e o 3? Para ser melhor que a outra ela sempre tem que ser melhor. Neste caso o estudo 1 apresentou IC de 4,1, ou seja, ficou em sobreposição. Sendo assim, Não! Houve diferença estatística entre o 1 e o X (RR = 6 / IC95% = 4,2 – 9,9)? A pior resposta no estudo X (4,2) foi melhor que a melhor do estudo 1 (4,1). Portanto, sim! Houve diferença, sendo o estudo X melhor. Interpretação do Risco Relativo x Intervalo de Confiança Estudo 1 RR = 3 (IC 95% = 2,3 e 4,1) Estudo 2 RR = 5 (IC 95% = 0,9 e 8,4) Estudo 3 RR = 6 (IC 95% = 3,2 e 9,9) 21 | P á g i n a Razão de Verossimilhança Positivo = 𝑺𝒆𝒏𝒔𝒊𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝟏−𝒆𝒔𝒑𝒆𝒄𝒊𝒇𝒊𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 Razão de Verossimilhança Negativo = 𝟏− 𝑺𝒆𝒏𝒔𝒊𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝑬𝒔𝒑𝒆𝒄𝒊𝒇𝒊𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 Associação Causal Sequência cronológica – a causa deve vir antes do efeito (principal) Força de associação – a incidência deve ser maior nos exposto (é o risco relativo) Relação dose-resposta – quanto maior a exposição, maior o efeito Consistência de associação – outros estudos mostraram resultados similares Plausibilidade – a relação é plausível, explicável, faz sentido Analogia com outras situações – a literatura mostra dados que permitam fornecer uma relação Especificidade – um fator de risco específico leva a um agravo específico Coerência – é visto quando a associação encontrada não entra em conflito com o que é conhecido sobre a história natural de uma doença Evidência experimental – poder de experimentação Variáveis Variável Quantitativa (numérica) o Variáveis discretas (número de filhos, número de alunos, número inteiro) o Variáveis contínuas (peso, altura, idade, razão, pressão arterial, número com vírgula) Variável Qualitativa (categórica) o Variável nominal (sexo, cor dos olhos, fumante ou não) o Variável ordinais (escolaridade, estadiamento do tumor) Medidas de Tendência Central Média – média aritmética entre todos os valores Mediana – valor do meio que divide a metade maior da metade menor Moda – valor que mais aparece (unimodal uma moda, bimodal duas modas) Medidas de Dispersão Para ver se a média é real ANOVA(análise de variância) pode determinar se as médias de três ou mais grupos são diferentes. Exemplo: campeonato de futebol o Rodada 1 – 5 gols o Rodada 2 – 0 gols o Rodada 3 – 11 gols o Rodada 4 – 3 gols o Rodada 5 – 4 gols o Rodada 6 – 1 gol Desvio-médio – (5 – 4) + (0 – 4) + (11 – 4) + (3 – 4) + (4 – 4) + (1 – 6) dividido por 6 = 2,6 Variância – (5 – 4)² + (0 – 4)² + (11 – 4)² + (3 – 4)² + (4 – 4)² + (1 – 6)² dividido por 6 = 12,6 Teste Estatístico Qui-Quadrado o Usa duas variáveis categóricas o Serve para diferenciar proporções o Exemplo: sexo x QI (alto ou baixo), etnia x escolaridade o Variação: teste de Fisher (para amostras pequenas) T de Student o Variável numérica x categórica o Exemplo: compara a PA (numérica) x diabéticos e não diabéticos (categórica) Correlação o Usa duas variáveis numéricas o Exemplo: peso x PA o Coeficiente de Pearson Teste de Log-Rank o Proporção de sobrevivência 22 | P á g i n a Gráfico Estatísticos Box-Plot o É uma ferramenta utilizada para localizar e analisar a variação de uma variável dentre diferentes grupos de dados o Exemplo: mulheres obesas foram convidadas e aceitaram participar de um protocolo de pesquisa. Metade das mulheres recebeu uma droga recém-criada para agir na diminuição do apetite e a outra metade recebeu placebo durante 2 meses. O estudo realizado foi duplo cego. Para a visualização de um possível comportamento diferencial da perda de peso por tipo de droga deve-se utilizar o gráfico Box-plot Polígono de frequências o Excelente para variável quantitativa, analisa os valores em um gráfico de eixo X e Y Histograma o Também conhecido como distribuição de frequências ou diagrama das frequências,é a representação gráfica, em colunas (retângulos), de um conjunto de dados previamente tabulado e dividido em classes uniformes Pizza (setores) o Serve para mostrar uma proporção em relação ao total, sendo ótimo para variável qualitativa Bioética – Princípios Autonomia – requer que os indivíduos capacitados de deliberarem sobre suas escolhas pessoais, devem ser tratados com respeito pela sua capacidade de decisão Beneficência – refere-se à obrigação ética de maximizar o benefício e minimizar o prejuízo Não-maleficiência – estabelece que a ação do médico sempre deve causar o menor prejuízo ou agravo à saúde do pacientes (ação que não faz o mal) Justiça – estabelece como condição fundamental a equidade: obrigação ética de tratar cada indivíduo conforme o que é moralmente correto e adequado, de dar a cada um o que lhe é devido Razão de Prevalência = prevalência dos expostos / prevalência dos não expostos Estudo com Validade Interna – quer dizer que aqueles resultados que você encontrou, podem ser aplicados e são válidos naquela população escolhida. Estudo com Validade Externa – quer dizer que aqueles resultados que você encontrou em uma determinada população, pode ser generalizado em outras populações (sem vieses, sem erros sistemáticos) Um pesquisador está testando a quantidade de impurezas em uma amostra de uma substância química. Ele repetiu o teste 100x obtendo em cada uma das vezes um resultado praticamente idêntico de 7% de impurezas. Ocorre que o verdadeiro percentual de impurezas é de 18%. Qual a característica primária do teste realizado pelo pesquisador. O teste é preciso – capacidade de um teste de dar sempre o mesmo resultado, independentemente de quantas vezes for repetido desde que seja feito na mesma amostra. Um teste realizado na universidade K é repetido na universidade N. resultados quase idênticos são obtidos por cada instituição. Que tipo de teste é esse? Confiável – capacidade de um teste de dar sempre o mesmo resultado, independente de certo ou errado e independente de quantas vezes for repetido e onde for feito. Ou seja, mesmo em amostras diferentes, o teste será o mesmo. Critérios de Causalidade (Hill) Sequência cronológica (Para um fator ser a causa da doença, sempre deve estar presente antes) Força de associação (RR do estudo – associa o risco) Relação dose-resposta (quando maior o fator, maior a resposta em doença) Consistência (só você diz isso ou tem mais estudos igual ao seu?) Plausibilidade (você tem alguma explicação?) Analogia (situações parecidas que já foram explicadas) – evidência fraca Especificidade (esse fator é tão específico que causa só uma doença) Coerência (é com base nas ideais que temos ou rompe com tudo?) Evidência experimental (reduz a exposição, reduz o adoecimento) 23 | P á g i n a Volume 03 – Estudos Epidemiológicos (parte II) Epidemiologia Clínica Teste Doença Total Sim Não Positivo A (VP) B (FP) A+B Negativo C (FN) D (VN) C+D Total A+C B+D A+B+C+D Em quais situações o teste acertou? Em quais situações o teste errou? A (verdadeiros positivos) e D (falsos positivos) B (falso positivo) e C (falso negativo) Acurácia É a proporção de acertos do teste. Das vezes que ele testou (A+B+C+D), quantas ele acertou (A + D) 𝑎𝑐𝑢𝑟á𝑐𝑖𝑎 = 𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐷 (𝑉𝑁) 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 + 𝐷 Sensibilidade É a capacidade do meu teste de detectar os doentes Primeira coluna – A (VP) e C (FN) É detectar os verdadeiros positivos nos doentes 𝑠𝑒𝑛𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝐴 (𝑉𝑃) 𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁) Em quais situações eu gostaria de solicitar um teste mais sensível? Quando eu quero evitar o falso negativo. Se eu tenho uma sensibilidade de 100% eu não terei falso negativos (ex.: A = 100 e C = 0) Vamos usar em doenças de alta letalidade (exemplo: Banco de sangue) Principal Característica Capacidade de EXCLUIR a doença! Eu acredito no resultado negativo Como eu sei disso... por exemplo, o teste com sensibilidade de 100% e especificidade de 80% em dois grupos de 100 pessoas, sendo um grupo de doentes e outro de não doentes Usamos para Triagem (mamografia – o positivo não da certeza, o negativo exclui) Teste Doença Total Sim Não Positivo 100 20 120 Negativo 0 80 80 Total 100 100 200 Seu Filho Paulo Foi Na Varanda Passar Noite Vendo Puta e Pinto ↑S ↓E ↑FP ↓FN ↑VPN ↓VPP De 120 casos positivos eu tive verdadeiros (100) e falsos (20). Já dos 80 casos negativos eu tive apenas casos verdadeiros (80). Por isso vamos confiar nos resultados negativos (VN) nos testes mais sensíveis 24 | P á g i n a Especificidade É a capacidade do meu teste de detectar os não doentes Segunda coluna – B (FP) e D (VN) É detectar os verdadeiros negativos no não doentes 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝐷 (𝑉𝑁) 𝐵 (𝐹𝑃) + 𝐷 (𝑉𝑁) Em quais situações eu gostaria de solicitar um teste mais específico? Quando eu quero evitar o falso positivo Se eu tenho uma especificidade de 100% eu não terei falso positivos (ex.: D = 100 e B = 0) Vamos usar em doenças que gerem trauma psicológico / iatrogenia (exemplo: diagnóstico de linfoma, HIV) Principal Característica Capacidade de CONFIRMAR a doença! Eu acredito no resultado positivo Como eu sei disso... por exemplo, o teste com sensibilidade de 80% e especificidade de 100% em dois grupos de 100 pessoas, sendo um grupo de doentes e outro de não doentes Usamos para confirmação do diagnóstico Teste Doença Total Sim Não Positivo 80 0 80 Negativo 20 100 120 Total 100 100 200 Valor Preditivo Positivo É a capacidade do meu teste de acertar os resultados positivos Primeira linha – A (VP) + B (FP) É acertar os doentes nos testes positivos 𝑉𝑃𝑃 = 𝐴 (𝑉𝑃) 𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐵 (𝐹𝑃) Valor Preditivo Negativo É a capacidade do meu teste de acertar os resultados negativos Segunda linha – C (FN) + D (VN) É acertar os não doentes nos testes negativos 𝑉𝑃𝑁 = 𝐷 (𝑉𝑁) 𝐶 (𝐹𝑁) + 𝐷 (𝑉𝑁) Atenção!!! Se eu diminuir a nota de corte para detectar DM na população (de 126 para 100, por exemplo), eu terei um teste ↑S ↓E ↑FP ↓FN ↑VPN ↓VPP. Mas, atenção agora. Se eu diminuir a nota de corte para detectar anemia ferropriva na população (de <12 para <10, por exemplo), eu terei o contrário... ↓S ↑E ↓FP ↑FN ↓VPN ↑VPP De 120 casos negativos eu tive verdadeiros (100) e falsos (20). Já dos 80 casos positivos eu tive apenas casos verdadeiros (80). Por isso vamos confiar nos resultados positivos (VP) nos testes mais específicos 25 | P á g i n a 𝑠𝑒𝑛𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝐴 (𝑉𝑃) 𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁) 90 100 = 𝐴 (𝑉𝑃) 𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁) 𝐴 (𝑉𝑃) = 90 𝑒 𝐶 (𝐹𝑁) = 10 90 ------ 1000 X ------ 900 X = 81 𝑠𝑒𝑛𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝐴 (𝑉𝑃) 𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁) 90 100 = 𝐴 (𝑉𝑃) 𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁) 𝐴 (𝑉𝑃) = 90 𝑒 𝐶 (𝐹𝑁) = 10 90 ------ 1000 X ------ 900 X = 81 Exemplo Eu tenho um teste com sensibilidade de 90% e especificidade de 90%. Vou aplicar ele em duas cidade com 1000 habitantes, sendo que na cidade A eu tenho uma prevalência de 90% da doença e na cidade B eu tenho uma prevalência de 10% da doença Cidade A (prevalência de 90%) Teste Doença Total Sim Não Positivo 810 10 820 Negativo 90 90 180 Total 900 100 1000 Cidade B (prevalência de 10%) Teste Doença Total Sim Não Positivo 90 90 180 Negativo 10 810 820 Total 100 900 1000 O que conseguimos concluir? A sensibilidade e a especificidade são características do teste – não variam Os valores preditivos varia com a prevalência Quanto maior a prevalência - ↑VPP (eu confio) e ↓VPN (o negativo não deve estar correto) Quantomenor a prevalência - ↓VPP (o positivo não deve estar correto) e ↑VPN (eu confio) Prevalência (pré-teste) – Valor Preditivo (pós-teste) Pré-teste (idoso com dor no peito em aperto) = Pós-teste (confio no ECG com SCA) Alta probalidade de ser SCA (alta prevalência) = Confio no teste positivo Pré-teste (jovem maratonista com dor no peito em aperto) = Pós-teste (não confio no ECG com SCA) Baixa probabilidade de ser SCA (baixa prevalência) = Confio no teste negativo Resumo Quanto maior a sensibilidade Quanto maior a especificidade Aumenta o VPN Aumenta o VPP Teremos mais FP Teremos mais FN Teremos menos FN Teremos menos FP 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝐷 (𝑉𝑁) 𝐵 (𝐹𝑃) + 𝐷 (𝑉𝑁) 90 100 = 𝐷 (𝑉𝑁) 𝐵 (𝐹𝑃) + 𝐷 (𝑉𝑁) 𝐷 (𝑉𝑁) = 90 𝑒 𝐵 (𝐹𝑃) = 10 90 ------ 1000 X ------ 100 X = 90 𝑉𝑃𝑃 = 𝐴 (𝑉𝑃) 𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐵 (𝐹𝑃) 𝑉𝑃𝑃 = 810 820 = 99% 𝑉𝑃𝑁 = 𝐷 (𝑉𝑁) 𝐶 (𝐹𝑁) + 𝐷 (𝑉𝑁) 𝑉𝑃𝑁 = 90 180 = 50% 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝐷 (𝑉𝑁) 𝐵 (𝐹𝑃) + 𝐷 (𝑉𝑁) 90 100 = 𝐷 (𝑉𝑁) 𝐵 (𝐹𝑃) + 𝐷 (𝑉𝑁) 𝐷 (𝑉𝑁) = 90 𝑒 𝐵 (𝐹𝑃) = 10 D (VN) = 90 x 0,9 = 81 C (FN) = 10 x 0,9 = 9 𝑉𝑃𝑃 = 𝐴 (𝑉𝑃) 𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐵 (𝐹𝑃) 𝑉𝑃𝑃 = 90 180 = 50% 𝑉𝑃𝑁 = 𝐷 (𝑉𝑁) 𝐶 (𝐹𝑁) + 𝐷 (𝑉𝑁) 𝑉𝑃𝑁 = 810 820 = 99% 𝑠𝑒𝑛𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝐴 (𝑉𝑃) 𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁) 90 100 = 𝐴 (𝑉𝑃) 𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁) 𝐴 (𝑉𝑃) = 90 𝑒 𝐶 (𝐹𝑁) = 10 A (VP) = 90 x 0,1 (10%) = 9 C (FN) = 10 x 0,1 (10%) = 1 𝑠𝑒𝑛𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝐴 (𝑉𝑃) 𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁) 90 100 = 𝐴 (𝑉𝑃) 𝐴 (𝑉𝑃) + 𝐶 (𝐹𝑁) 𝐴 (𝑉𝑁) = 90 𝑒 𝐶 (𝐹𝑁) = 10 90 ----- 1000 X ------900 X = 81 26 | P á g i n a Curva Rock Mais superior mais sensível (mais FP e menor E) Mais para esquerda mais específico (mais FN e menor a S) Maior acurácia – Quanto maior a área abaixo da curva O melhor teste é o que fica no canto superior esquerdo Maior acurácia = exame 1 Mais específico = ponto A Mais sensível = ponto C Mais falso positivo = C Testes Diagnósticos Múltiplos Testes em sériE (um depois do outro) Aumentam a Especificidade da estratégia Demora mais, mas é mais custo-efetivo Testes em paraleloS (tudo junto) Aumentam a Sensibilidade da estratégia Mais rápido, mas gasta mais Razão de Verossimilhança Positiva Quantas vezes mais chances um teste é positivo no doente do que no não doente Razão de Verossimilhança Positivo = 𝑺𝒆𝒏𝒔𝒊𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝟏−𝒆𝒔𝒑𝒆𝒄𝒊𝒇𝒊𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 Razão de Verossimilhança Negativa Quantas vezes mais chances um teste é negativo no doente do que no não doente Razão de Verossimilhança Negativo = 𝟏− 𝑺𝒆𝒏𝒔𝒊𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝑬𝒔𝒑𝒆𝒄𝒊𝒇𝒊𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 27 | P á g i n a Volume 04 – Declaração de Óbito, Prevenção de Doenças e Ética Médica Declaração Óbito ou Atestado de Óbito x Certidão de Óbito Declaração – é o que nós fazemos em 3 vias. Corresponde ao formulário que atesta a morte. Preenche-lo é um ato médico, sendo, o mesmo, responsável pelas informações nele contidas. o 1ª via – secretaria de saúde o 2ª via – família (cartório) o 3ª via – fica na unidade de saúde Certidão – é o definitivo feito pelo cartório. É obrigatório? Sim... a exceção de 3 casos (gestação < 20 semanas e Peso < 500g e Estatura < 25cm) Se nasceu viva com estes parâmetro e morreu 1 segundo depois, faz o atestado de óbito Declaração de Óbitos Morte Natural Com assistência Médica Sem Assistência Médica Médico preenche (PSF, Particular, Ambulância, Plantonista, Substituto) Se ninguém prestava (PSF particular) – SVO Sem SVO – médico público ou qualquer médico Sem médico – responsável + duas testemunhas registram o óbito em cartório. Morte Suspeita / Violenta Médico do IML ou qualquer médico com autoridade judicial Como Preencher? Parte I (Como morreu?) Causas diretas contribuíram para o óbito A Imediata (causa terminal) Tempo CID B Intermediária C Intermediária D Causa básica da morte Na causa imediata, evitar colocar causas inespecíficas: PCR, falência de múltiplos órgãos Parte II Causas indiretas que contribuíram para o óbito HAS, obesidade, DM... Declaração de Óbito por Covid19 para caso Confirmado A – Insuficiência respiratória aguda (horas) B – Pneumonia (2 dias) C – Infecção respiratória aguda (3 dias) D – Covid19 (10 dias) Parte II – Hipertensão (15 anos) e Obesidade (15 anos) Declaração de Óbito por Covid19 para caso Suspeito A – Síndrome respiratória aguda grave (2 dias) B – Insuficiência respiratória aguda (9 dias) C – Suspeito de Covid19 (15 dias) Parte II – DM tipo II Por causa da pandemia – na ausência de família foi autorizado este ano o sepultamento/cremação, sem a certidão de óbito 28 | P á g i n a Prevenção de Doenças (Leavell e Clark) História Natural das Doenças Agente, Suscetível e Meio Ambiente Período pré-patogênico Fatores ambientais, sociais, genética... Período patogênico Interação entre o estímulo e o suscetível Incubação (Alterações bioquímicas, fisiológicas) Sinais e sintomas Defeitos permanentes / cronicidade Prevenção Primária Pré-patogênico Promoção a saúde (primordial) – moradia, alimentação, higiene Proteção específica – Imunização, controle de vetores Prevenção Secundária Diagnóstico e tratamento precoce – exames periódicos, inquéritos, isolamento de casos, rastreio Limitação da invalidez – evitar sequelas Prevenção Terciária Reabilitação e fisioterapia Prevenção Quaternária Prevenir iatrogenias, exames em excesso Ética Médica Bioética Beneficência Fazer o bem (“o bem sempre prevalece”) Não Meleficência Não fazer o mal (prevenção quaternária) Autonomia Liberdade de decisão própria (privacidade) Justiça Tratar de forma justa (igualdade / equidade) Obs.: Testemunha de Jeová – não transfundir, quando ficar inconsciente, pode transfundir Erro Médico Negligência Não faz o que deveria ser feito (omisso) – falta atenção Imprudência Faz o que não deveria ser feito (precipitado) – falta ponderação *não utilização de EPIs Imperícia Faz mal o que deveria ser bem feito (despreparado) – falta técnica Sabe do risco mas faz. 29 | P á g i n a Volume 04 – Vigilância em Saúde Vigilâncias Epidemiológica – controlar doenças Sanitária – bens, produtos e serviços (medicamentos, alimentos e cosméticos) Ambiental – ambiente (físico, psicológico e social): água, resíduos e vetores Trabalhador - trabalho Vigilância Epidemiológica Definição: serve para fornecer o conhecimento de qualquer mudança em relação a saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle de doenças. Coleta de dados para ações de prevenção e controle de agravos Fonte de informação: a principal fonte é a notificação, mas temos como usar também a declaração de óbito, a AIH (autorização da internação hospitalar imprensa, estudos epidemiológicos) Existem notificação negativa? Sim (ex.: varíola) Notificação Comunicar um agravo à autoridade de saúde Quem notifica? Qualquer cidadão na suspeita. Menos a hanseníase, Tuberculose e HIV que só notifica na confirmação Como notifica? Normal é semanal, mas tem casos de notificação imediata (24 horas) O que notificar? Agravos nacionais (internacionais), estaduais, municipais, desconhecidos ou surtos (mesmo se for doenças de não notificação) Critérios para Inclusão de Doença na Notificação Magnitude – frequência, importância (prevalência e incidência) Transcendência – consequência, gravidade (letalidade) Disseminação– fonte de infecção Vulnerabilidade – é controlável? Internacionais – VIPS Eventos Inusitados – epidemias Notificação Compulsória (BESTEIRAS) Bichos Loucos Doença da vaca louca (Creutzfeld-Jacob), cólera, peste, raiva, toxoplasmose (congênita ou em gestante), animais peçonhentos. Endêmicas Doença de chagas, esquistossomose, leishmaniose, acidente de trabalho (biológico/grave – menor, mutilação e morte, doenças do trabalho*****), óbito infantil e materno, eventos de risco à saúde pública, neoplasias (para estabelecer o D0) e malformação congênita Síndrome Febris Dengue, chikungunya, zika, malária, leptospirose, hantavirose, febre tifoide, febre maculosa (riquetsioses), febre do Nilo ocidental, febre hemorrágica e-reemergente, febre purpúrica brasileira, arenavírus, lassa, ebola, marburg. Terrorismo Antraz Pneumônico, Botulismo, Tuleremia, Violência (BAVT) Exógenas Agrotóxico, metais pesados, gases tóxicos Internacionais Varíola, Influenza (H5N1), Poliomielite/paralisia flácida aguda 2º neurônio motor e SARS (coronavírus) Ranseníase Hanseníase Anticorpos Vacinas – MS Tuberculose (BCG), Hepatites Virais, Difteria, Tétano, Coqueluche, Hemófilo invasivo, Rotavírus***** (diarreia aguda/SHU), doença pneumocócica invasiva*****. Doença meningocócica, outras meningites, febre amarela, sarampo, rubéola, varicela (grave/óbito), síndrome gripal***** e eventos adverso grave. *****apenas na unidade sentinela*****. Obs. caXumba não entra Si... Sífilis, SIDA/HIV, Sinistra Cólera, síndrome do corrimento masculino****, síndrome neurológica pós febre com exantema. **** 30 | P á g i n a Notificação Imediata (24 horas) Internacionais Varíola, Influenza, Poliomielite/paralisia flácida e SARS Mata todos Raiva, acidente por animais transmissores Eventos de risco a Saúde Pública Corona, ebola... Doença de chagas Aguda A própria Internacionais Antigas Cólera, Peste, Febre Amarela Acidentes De trabalho grave, animais peçonhentos Terrorismo Antraz, Botulismo, Tuleremia, Violência (sexual e suicídio) Anticorpo (Vacinas) Exceção: Tuberculose e Hepatites Virais (quadros arrastados) Síndromes febris Todas, com atenção: Dengue, chikungunya, zika – no óbito Zika na gestante Malária fora da Amazônia Processo Epidêmico Epidemia Acontece quando o número de casos ocorre acima do esperado de certo agravo em uma localidade (Mais que a endemia local). Epidemia = Incidência (casos novos). Tipos: Rápida (explosiva ou maciça) – fonte comum, como a pontual (intoxicação alimentar) e a persistente (água contaminada com cólera) Lenta (progressiva ou propagada) – pessoa a pessoa, vetor... Endemia Número de casos esperados de um determinado agravo em uma localidade e em um momento (o que eu espero, é a quantidade normal/esperada de casos) Surto Epidemia de proporção reduzida em uma pequena comunidade ou em pessoas com alguma relação (salmonella no janta – todos que comem ficam ruim) Pandemia Epidemia de grande propagação, sem que haja uma delimitação física dos casos Variação Sazonal de Casos Variações de incidência ocorrendo em mesmo período, seja do ano (estações), mês, semanas ou dias Variação Cíclica Repetição de um padrão de variação através do tempo e em frequência de casos Transmissão Indireta Necessita de vetores ou hospedeiros intermediários (esquistossomose, chagas, cólera) Transmissão Direta Mediata Transmissão Direta Imediata Usa algum meio para se propagar (substrato vital) Mãos – estafilo, estrepto, agentes de conjuntivite Ar – gripe, sarampo, aerossol Fômites – chupeta de um criança gripada Pessoa – pessoa (não passa pelo ambiente) DST (gonorreia, herpes, sífilis, aids) Curva Epidêmica Conceitos Infectividade É a capacidade de certos organismos de penetrar, se desenvolver e/ou se multiplicar em um hospedeiro, ocasionando uma infecção (vírus da gripe – alta infectividade e fungos – baixa infectividade) Patogenicidade Capacidade do agente, uma vez instalado, de produzi sintomas e sinais (doença) Virulência Capacidade do agente de produzir efeitos graves ou fatais Imunogenicidade Capacidade do agente de, após a infecção, induzi a imunidade no hospedeiro Evento Sentinela – qualquer evento que resulta numa morte inesperada ou perda maior permanente de uma função não relacionada com o curso natural da doença ou estado subjacente do doente. 31 | P á g i n a Apêndice – Acidente de Trabalho Normas Regulamentadoras Principais NR-7: Programa de controle médico de Saúde Ocupacional Visa a prevenção o rastreio e o diagnóstico precoce dos agravos à saúde dos trabalhadores devendo preservar o instrumental clínico-epidemiológico NR-5: Comissão Interna de Prevenção de Acidente Visa, também, a prevenção de acidentes e doenças CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) Deve haver uma por estabelecimento (empresa) Não tem completa autonomia (não pode sozinha realizar as medidas) Atas de reuniões são obrigatórias Semana de prevenção deve ser anual NR-4: Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho NR-9: Programa de prevenção de riscos ambientais Visa reconhecer, avaliar e controlar riscos ambientais existentes ou que venham a ocorrer no ambiente de trabalho NR-25: Programa de Controle de Resíduos Industriais Estabelece os critérios para eliminação dos resíduos industriais dos locais de trabalho NR-6: Equipamento de Proteção Individual Prevenção primária Fornecimento: empregador Cuidado: empregado Acidente de Trabalho Definição: é aquele que ocorre durante o trabalho, podendo levar a lesão, doença ou morte Acidente Típico Corresponde ao acidente que acontece em decorrência das características da atividade profissional desempenhada (máquina que corta o trabalhador) Acidente de Trajeto Acidente ocorrido em trajeto que tenham relação com o trabalho Exemplos: entregador de pizza, bate. Em viajem a trabalho. Pegou dengue na cidade que foi fazer plantão. Obs.: Motoboy pegou rota diferente por conta e levou uma bala perdida, não é acidente de trajeto. Doença Profissional x Doença do Trabalho Doença do trabalho – o trabalho levou ele a ter (surdez no trabalhador de aeroporto) Doença profissional – quase todos vão ter essa doença (silicose) CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) Maneira de comunicar ao INSS os acidentes de trabalho Quantas vias? 4 vias, sendo uma ao INSS, uma ao segurado, uma ao sindicato e uma para a empresa Quem preenche? Empresa, trabalhador, dependentes, entidade sindical, médico ou autoridade legal Quem tem direito? Trabalhador com carteira assinada ou autônomo que contribua com o INSS SAT (Seguro de Acidente de Trabalho) Benefício em caso de doença/acidente que o mantenha o segurado afastado por mais de 15 dias Auxílio Doença x Auxílio Acidente Auxílio doença – auxilio que ele vai receber pelo período que ele ficou afastado por doença. Auxílio acidente – é o que o trabalhador vai receber em casos de acidente com sequela permanente que afaste ele do trabalho ou interfira O empregador é obrigado a pagar por até 15 dias, depois é o INSS Classificação das Doenças Ocupacionais e do Trabalho Schilling Tipo I – Causa necessária (intoxicação por chumbo, saturnismo) Tipo II – Trabalho é fator aditivo, mas não necessário (coronariopatia, varizes) Tipo III – Trabalho piora um condição já existente (asma, dermatite alérgica) Ramazzini Grupo I – Doenças provocadas pela nocividade do material (trabalha com benzeno, ataca a medula, chumbo, silicose) Grupo II – Doenças produzidas pela condição de trabalho (trabalha em pé – varizes, síndrome do túnel do carpo, estres – IAM, depressão) Doenças degenerativas, endêmicas* e que não incapacitem, não serão consideradas acidentes de trabalho 32 | P á g i n a Doenças Ocupacionais e do
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