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Prof. Volgane Carvalho 
 Aula 02 
 
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Direito Eleitoral para Técnico Judiciário do TRE-MG – 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ELEITORAL 
PROF. VOLGANE CARVALHO 
 
Prof. Volgane Carvalho 
 Aula 02 
 
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Direito Eleitoral para Técnico Judiciário do TRE-MG – 2020 
 
SUMÁRIO 
 
1- PANORAMA CONCEITUAL DO DIREITO ELEITORAL ........................................................ 4 
2- CONCEITOS ESSENCIAIS DE DIREITO ELEITORAL .......................................................... 5 
2.1 SUFRÁGIO, VOTO E ESCRUTÍNIOS..................................................................................................................... 5 
2.2 DEMOCRACIA ................................................................................................................................................. 7 
2.3 PLEBISCITO, REFERENDO E INICIATIVA POPULAR ................................................................................................ 9 
3- FONTES DO DIREITO ELEITORAL ....................................................................................... 11 
3.1 FONTES MATERIAIS ....................................................................................................................................... 11 
3.2 FONTES FORMAIS ......................................................................................................................................... 11 
3.3 FONTES INFORMAIS ....................................................................................................................................... 12 
4- PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL ............................................................................... 13 
4.1 PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL ....................................................................................................... 13 
4.2 PRINCÍPIO DA MORALIDADE ELEITORAL ........................................................................................................... 15 
4.3 PRINCÍPIO DA LIBERDADE DO VOTO ................................................................................................................16 
4.4 PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA VONTADE DO ELEITOR ...........................................................................................16 
4.5 PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO SUFRAGGI ............................................................................................................16 
4.6 PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA .................................................................................................. 17 
4.7 PRINCÍPIO DA DEMOCRACIA PARTIDÁRIA .......................................................................................................... 18 
4.8 PRINCÍPIO DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO E PERDA DO MANDATO ELETIVO ............................................19 
QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR ................................................................................... 21 
LISTA DE QUESTÕES ......................................................................................................................... 35 
GABARITO ......................................................................................................................................... 44 
RESUMO DIRECIONADO .................................................................................................................... 45 
 
Prof. Volgane Carvalho 
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APRESENTAÇÃO 
 
Nesta aula, seguindo nosso percurso, trataremos de um assunto interessantíssimo e sempre presente 
nos editais: 
GENERALIDADES DE DIREITO ELEITORAL. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ELEITORAIS 
Vamos compreender quais são os conceitos relacionados ao Direito Eleitoral, aprender a identificar e 
classificar suas fontes e conhecer os mais relevantes princípios relacionados com a disciplina. 
O conhecimento amealhado poderá ser determinante para garantir algumas questões objetivas e 
fornecer subsídios valiosos para a elaboração das respostas de questões subjetivas. 
Um abraço a todos e bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Eleitoral para Técnico Judiciário do TRE-MG – 2020 
 
1- PANORAMA CONCEITUAL DO DIREITO 
ELEITORAL 
 
O Direito Eleitoral é um ramo do Direito Público que deriva diretamente do Direito Constitucional e se 
destina a organizar, através de normas e princípios, os direitos políticos e, consequentemente, as eleições. 
Com isso, o objetivo da disciplina eleitoral é garantir correção e legitimidade do exercício do direito 
de sufrágio pelos cidadãos. Por via de consequência, o objeto de estudo da matéria é todo o processo 
eleitoral, compreendido em sentido lato, desde o alistamento eleitoral (inscrição dos eleitores) até a 
diplomação dos vitoriosos (capítulo final de uma eleição). 
Questão interessante diz respeito à alocação dos partidos políticos nesse enquadramento. Existem, 
basicamente, dois posicionamentos sobre a matéria: 
I) parte da doutrina compreende que os partidos políticos como parte essencial do processo eleitoral, 
por deterem o monopólio das candidaturas e, também, a titularidade de inúmeras ações eleitorais, são parte 
essencial do Direito Eleitoral. 
II) de outra banda, existem aqueles que defendem a existência de outro ramo autônomo da Ciência 
Jurídica, o Direito Partidário, que trataria exclusivamente das questões relacionadas às legendas partidárias. 
 
 
 
O conceito de Direito Eleitoral já foi abordado em provas de magistratura: 
 
(Juiz de Direito Substituto/TJ-MG/2014/FUNDEP) 
Analise as afirmativas seguintes. 
• Ramo do Direito que se destina a organizar os direitos
políticos e as eleições
Conceito
• Regulamentação do processo eleitoral
Objeto
•Garantir a correção e legitimidade do exercício do direito
de sufrágio
Objetivo
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tj-mg
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fundep-gestao-de-concursos
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I. Independente e próprio, com autonomia científica e didática, o Direito Eleitoral está encarregado de 
regulamentar os direitos políticos dos cidadãos e o processo eleitoral, cujo conjunto de normas destina-
se a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos, especialmente os que envolvam votar e 
ser votado. 
II. A Lei Eleitoral é exclusivamente federal por força do Artigo 22, I, da Constituição Federal, podendo, 
no entanto, os Estados e Municípios disporem de regras de cunho eleitoral supletivamente. 
III. As Medidas Provisórias podem conter disposições com conteúdo eleitoral. 
IV. Vigora no Direito Eleitoral o princípio da anterioridade, ou seja, embora em vigor na data de sua 
publicação, a lei somente será aplicada se a eleição acontecer após um ano da data de sua vigência. 
A partir da análise, conclui-se que estão CORRETAS. 
a) I e II apenas. 
b) I e III apenas. 
c) II e III apenas. 
d) I e IV apenas. 
 
Comentários: 
O Direito Eleitoral é ramo autônomo da árvore jurídica que se destina a regulamentar o exercício dos direitos 
políticos e, consequementente, as eleições (item I correto). A competência legislativa em matéria eleitoral 
é privativa da União conforme determina a Constituição Federal (item II incorreto). Medida privisória não 
pode versar sobre matéria eleitoral conforme determina o artigo 62, § 1º, I, a da Constituição Federal (item 
III incorreto). O princípio da anterioridade eleitoral exige que norma que altere o processo eleitoral tenha 
sido publicada commais de um ano de antecedência do pleito para que vija (item IV correto). 
 
Resposta: D 
 
2- CONCEITOS ESSENCIAIS DE DIREITO 
ELEITORAL 
 
Como todos os ramos autônomos da Ciência Jurídica, o Direito Eleitoral possui termos que lhe são 
próprios e são essenciais para compreender a dinâmica da disciplina e seus objetivos. 
 
2.1 Sufrágio, Voto e Escrutínios 
 
O primeiro bloco de conceitos essenciais diz respeito às ideias de sufrágio, voto e escrutínio. O Sufrágio 
refere-se ao direito de participação política constitucionalmente previsto, seja através do voto, seja através 
da candidatura. 
Existem diferentes espécies de sufrágio, muitas delas adotadas, inclusive pelo Brasil, ao longo de sua 
história eleitoral. 
belan
Highlight
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x
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Typewriter
MP não pode
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correto
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não pode
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Typewriter
votar e ser votado
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I) Sufrágio censitário = adotado pela Constituição de 1824, exige para o exercício do direito de 
participação política (votar e candidatar-se) a presença de um patrimônio mínimo. É condicionar o voto à 
existência de determinado nível de riqueza. 
II) Sufrágio capacitário = adotado parcialmente no Brasil, exige para o exercício do direito de sufrágio 
certo nível de formação dos cidadãos. Na realidade brasileira, o voto dos analfabetos esteve proibido até 1985 
e a candidatura continua vedada. 
III) Sufrágio racial = nunca adotado no Brasil, limitava o exercício do direito a determinadas raças ou 
etnias. Foi adotado no regime segregacionista da África do Sul, até meados dos anos 1990. 
IV) Sufrágio por gênero = adotado no Brasil até 1932, limita o exercício do direito de sufrágio a um 
gênero, mormente, ao gênero masculino. O direito de participação política feminina no Brasil foi reconhecido 
apenas com a edição do primeiro Código Eleitoral em 1932, sendo corroborado depois pela Constituição de 
1934. 
V) Sufrágio etário = adotado no Brasil, estabelece idades mínimas para que se possa votar e candidatar-
se a algum cargo eletivo. 
VI) Sufrágio universal = sistema adotado no Brasil, permite a participação política de todas as pessoas, 
desde que respeitadas as limitações constitucionais ao exercício do direito. Frise-se que todas as limitações 
devem ser racionais e justificadas, sendo impossível a criação indevida de obstáculos. 
 
O voto, por sua vez, é uma forma de concretização do direito de sufrágio, é a materialização deste 
direito. A Constituição de 1988 afirma que o voto será direto, secreto, com igual valor para todos (artigo 14), 
universal e periódico (artigo 60, § 4º, II). Assim, são características do voto: 
I) Direto = cada eleitor vota diretamente, não necessitando de interpostas pessoas para a escolha dos 
candidatos. No período imperial vigia, no Brasil, o voto indireto. Elegia-se pessoas que seriam responsáveis pela 
eleição dos ocupantes de cargos públicos. Atualmente, o voto indireto só ocorrerá no caso de vacância dos 
cargos executivos nos dois últimos anos do mandato. 
Sufrágio 
censitário = 
baseado na renda
Sufrágio 
capacitário = 
baseado na 
escolaridade
Sufrágio racial = 
baseado na raça
Sufrágio por 
gênero
Sufrágio etário = 
baseado na idade
Sufrágio universal 
= baseado na 
participação de 
todos
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belan
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belan
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II) Secreto = o conteúdo do voto não pode ser violado e exposto. Devendo ser conhecido apenas pelo 
eleitor. Até a Repúblicas Velha o voto no Brasil era a descoberto, a pessoa falava abertamente em que pretendia 
votar e o voto era computado. 
III) Igual = o voto possui exatamente o mesmo valor independentemente de quem seja o eleitor. É a 
consolidação do princípio one man, one vote. 
IV) Obrigatório = todos os eleitores, salvo os analfabetos, os menores de 18 anos e maiores de 70 anos, 
são obrigados a comparecer a um seção eleitoral no dia da eleição ou justificar sua ausência posteriormente, 
sob pena de pagamento de multa. 
V) Periódico = a Constituição de 1988 garante a periodicidade do voto para a impedir a perpetuação de 
poder por uma mesma pessoa ou grupo político e garantir a consolidação democrática através da contínua 
participação do eleitorado. 
VI) Cláusula pétrea = não pode ser abolido e nem ter seu espectro reduzido por qualquer alteração 
constitucional. 
 
(Analista Judiciário-Execução de Mandatos/TRE-PI/2010/FCC) 
O sufrágio é um direito: 
a) público objetivo de natureza política. 
b) público subjetivo de natureza política. 
c) privado objetivo de natureza nacional. 
d) privado objetivo ilimitado. 
e) público objetivo ilimitado. 
 
Comentários: 
O direito de sufrágio tem índole pública (letras C e D erradas) e natureza de direito de participação política, 
comportando inúmeros limites constitucionalmente previstos (idade mínima, domicílio eleitoral, causas de 
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Typewriter
???
belan
Typewriter
16 facultativo
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Typewriter
x
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Strikeout
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Strikeout
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é limitado
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inelegibilidade, condições de elegibilidade, etc.) (letra E errada). Por fim, é direito personalíssimo, 
competindo a cada indivíduo seu gozo (letra A errada). 
 
Resposta: B 
 
2.2 Democracia 
 
A democracia é um modelo político que possui seu nascedouro na Grécia Antiga, etimologicamente a 
palavra significa governo do povo. Contudo, é possível, de modo mais elaborado, afirmar que a democracia é a 
participação popular no exercício do poder, seja decidindo diretamente, seja escolhendo seus representantes 
para exercer cargos de índole política. 
Tradicionalmente são apontados três modelos de democracia: direta, indireta e semidireta. 
A democracia direta é o modelo que foi dominante na Grécia Antiga, especialmente, em Atenas. Neste 
sistema, a população se reunião em grandes agrupamentos e decidia através do voto qual solução empregar 
para os problemas locais. O crescimento da população e o aumento da complexidade das relações sociais 
tornou esse modelo quase impossível de ser executado na atualidade. A exceção são alguns locais da Suíça que 
utilizam o sistema da landsgemeinde. 
A democracia indireta é aquela em que o povo entrega toda a responsabilidade pelas decisões 
políticas aos representantes eleitos periodicamente. 
A democracia semidireta é o sistema mais comum na atualidade, sendo adotado, inclusive, no Brasil. 
Estampada na Constituição nos seguintes termos: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição" (artigo 1º, parágrafo único). O povo 
elege representantes que tomam decisões políticas em nome dos eleitores, contudo, também pode ser 
chamado a decidir diretamente através do plebiscito, referendo ou a iniciativa popular. 
 
 
DEMOCRACIA Direta - escolhas e decisões realizadas
diretamente pela população reunida
em assembleia
Semidireta - as decisões são 
tomadas pelos representantes eleitos, 
mas em alguns casos, também, 
diretamente pelo povo
Indireta- povo cede as decisões aos 
representantes que elege
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2.3 Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular 
 
 
Os mecanismos de democraciadireta previstos na Constituição Federal são: o plebiscito, o referendo e 
a iniciativa popular (artigo 14, I, II e III). Tais figuras foram regulamentadas pela Lei n° 9.709/1998. 
O plebiscito e o referendo são consultas formulados para que o povo delibere acerca de temas de vulto, 
importantes para sociedade, e com isso orientem a atividade legislativa (Parlamento) e administrativa 
(Governos). A distinção entre as duas figuras decorre do momento em que ocorrem. 
O plebiscito é uma consulta prévia, logo, a ação dos órgãos estatais será inteiramente concentrada na 
etapa posterior à consulta popular. No Brasil o único plebiscito nacional ocorreu em 1993 quando os eleitores 
foram chamados a decidir acerca da forma (Monarquia ou República) e sistema de governo (Presidencialismo 
ou Parlamentarismo) a ser adotado pelo Brasil. 
O referendo, por sua vez, é uma consulta posterior. O legislador aprova uma norma ou o Executivo 
decide acerca de algum tema de relevo e, após, esta fase o povo decidirá se as medidas devem ser mantidas ou 
não. 
No Brasil, o primeiro referendo ocorreu em 1963, quando a população foi consultada acerca da 
continuidade do modelo parlamentarista adotado em 1961. Na ocasião a medida foi rejeitada e restaurou-se o 
presidencialismo. Em 2005, houve novo referendo, desta feita, acerca do Estatuto do Desarmamento. 
 
 
A iniciativa popular, consiste na possibilidade de o povo influir na atividade legislativa através da 
proposição de norma. 
Segundo a Lei 9.709/98: 
 
Art. 13. A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados, 
subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 
cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 
 
Sendo a consulta 
prévia ao ato haverá 
plebiscito
Sendo a consulta 
realizada após o ato 
haverá referendo
belan
Highlight
belan
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belan
Highlight
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O projeto deve iniciar a tramitação na Câmara dos Deputados, por ser a casa parlamentar que 
representa o povo. Os percentuais exigidos de assinaturas e a distribuição por diferentes Unidades da 
Federação têm por objetivo garantir que o projeto tenha caráter nacional e impedir a manipulação em favor de 
determinadas regiões mais populosas em detrimento de outras. 
 
 
As Constituições Estaduais podem prever a iniciativa popular de leis em no âmbito dos Estados, desde 
que sigam o paradigma da norma federal. 
 
(Técnico Judiciário/TRF 4ª REGIÃO/2004/FCC) 
No que se refere ao exercício do voto, considere: 
I. Consulta posterior sobre determinado ato governamental para ratificá-lo, ou no sentido de conceder-
lhe eficácia, ou, ainda, para retirar-lhe a eficácia. 
II. Consulta prévia que se faz aos cidadãos no gozo de seus direitos políticos, sobre determinada matéria 
a ser posteriormente discutida pelo Congresso Nacional. 
Essas consultas dizem respeito, respectivamente, às formas de 
a) plebiscito e referendo 
b) sufrágio direto e pesquisa eleitoral. 
c) referendo e plebiscito. 
d) censo eleitoral e sufrágio indireto. 
e) plebiscito e análise política. 
 
Comentários: 
A consulta aos cidadãos realizada posteriormente à edição de ato político é o referendo. A consulta, com o 
mesmo objetivo, realizada previamente à atuação do órgão político é o plebiscito. Letra A está correta. 
 
Resposta: C 
 
Assinatura de 1% do 
eleitorado nacional
Distribuídos por 
5 Estados 
Mínimo de 0,3% do 
eleitorado de cada UF
Tramitação inicia na 
Câmara dos Deputados
belan
Typewriter
no mínimo
belan
Typewriter
x
belan
Typewriter
referendo
belan
Typewriter
plebiscito
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Strikeout
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3- FONTES DO DIREITO ELEITORAL 
 
Fontes do Direito, como o nome indica, são os locais de onde nasce o Direito, local de sua gênese. Nesse 
sentido, é possível apontar três espécies de fontes do Direito Eleitoral: materiais, formais e informais. 
 
 
 
 
3.1 Fontes Materiais 
 
As fontes materiais são os fatores sociais, históricos, humanísticos e políticos que influenciam no 
surgimento de normas jurídicas. As fontes materiais são, portanto, as influências na formação e construção 
da disciplina eleitoral. 
 
3.2 Fontes Formais 
 
As fontes formais os mecanismos que introduzem uma norma no meio jurídico dotando-lhe de eficácia 
jurídica e social. Nesse cenário, podem ser dividias em fontes formais diretas e indiretas. 
As fontes formais diretas são aquelas que inovam na cena jurídica, fazendo com que surjam novas 
normas de Direito Eleitoral. Os exemplos mais notáveis de fontes formais diretas são: a Constituição Federal, 
o Código Eleitoral, a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97), a Lei Orgânica dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95), a 
Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar nº 64/90). Além disso, as Consultas, Resoluções e Súmulas do TSE. 
 As fontes formais indiretas são as normas das demais disciplinas jurídicas que tangenciam a matéria 
eleitoral (Código Penal, Código de Processo Civil e Código de Processo Penal, por exemplo), a jurisprudência e 
os princípios de Direito Eleitoral. 
Fontes do 
Direito 
Eleitoral
Formais
diretas indiretas
Materiais Informais
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3.3 Fontes Informais 
As fontes informais que têm função supletiva ajudando a dar integridade ao sistema de normas, 
fazendo a junção entre diferentes dispositivos e preenchendo as lacunas eventualmente existentes. Assim, 
podem ser apontadas como fontes informais a doutrina e os costumes. 
 
 
O tema pode parecer inexpressivo, mas já foi objeto de questões em concursos de Tribunais Eleitorais! 
 
(Técnico Judiciário/TRE-RR/2015/FCC) 
Incluem-se dentre as fontes diretas do Direito Eleitoral: 
a) os entendimentos doutrinários relativos ao Direito Eleitoral. 
b) as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral. 
c) as leis estaduais. 
d) as leis municipais. 
e) os julgados que compõem a jurisprudência dos Tribunais Eleitorais. 
 
Comentários: 
Doutrina é fonte informal (A letra A está errada); Leis estaduais e municipais são fontes indiretas, visto que 
apenas a União pode legislar sobre a matéria eleitoral (letras C e D estão erradas); A jurisprudência é fonte 
indireta (A letra E está errada). As fontes diretas são a Constituição, as leis eleitorais e as Resoluções do TSE 
(A letra B está correta). 
 
Resposta: B 
 
 
 
Fontes do 
Direito 
Eleitoral
Formais:
diretas: 
Constituição, 
leis eleitorais, 
resoluções 
indiretas: leis 
não eleitorais, 
jurisprudência 
e princípios
Materiais: 
influências na 
formação da 
disciplina
Informais: 
doutrina e 
costumes
belan
Typewriter
x
belan
Typewriter
indireta
belan
Typewriter
fonte informal
belan
Typewriter
indireta
belan
Typewriter
indireta
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Highlight
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4- PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL 
 
Segundo a moderna hermenêutica jurídica as normas jurídicas são conjunto de regras e princípios. As 
regras, modo geral, são as leis escritas (e seus equivalentes), devendo obedecer a processos de criação 
constitucionalmente previstos e gozando de eficácia desde sua origem. 
Os princípios, são construções mais abstratas de caráter humanístico que norteiam a criação e 
aplicação das regras, mas que possuem, em seu âmago, poder de cogente. Dada sua importância, é 
imprescindível conhecer os princípios norteadores do Direito Eleitoral. 
 
4.1 Princípio da Anterioridade Eleitoral 
 
O princípio da anterioridadeeleitoral, é muito importante, constituído verdadeiro sustentáculo do 
modelo democrático brasileiro, a ponto de ser reconhecido pelo STF como cláusula pétrea e direito 
fundamental em razão da segurança jurídica que produz, importante para a estrutura eleitoral. 
A norma está consolidada no artigo 16 da Constituição Federal de 1988: 
 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se 
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. 
 
Em outras palavras a norma diz que a lei valerá para a eleição futura se entrar em vigor 364 dias antes 
do pleito. Consideremos as vindouras eleições de 2020 e haveria esta lógica: 
 
O princípio estabelece um limite temporal para a aplicação de normas que modifiquem o processo 
eleitoral, o objetivo é impedir que surjam regras casuísticas que tenham como escopo manipular a eleição, 
favorecendo ou prejudicando determinados candidatos, partidos ou grupos políticos. 
Importante analisar cuidadosamente o dispositivo para verificar as filigranas. Em primeiro lugar, 
sublinhe-se que a norma entra em vigência com sua publicação (salvo se dispor de modo diferente), contudo, 
sua eficácia fica postergada. 
Lei de 
03/10/2019
Eleição em 
04/10/2020
Aplicável
Lei de 
04/10/2019
Eleição em 
04/10/2020
Não aplicável
Lei de 
05/10/2019
Eleição em 
04/10/2020
Não aplicável
belan
Highlight
belan
Typewriter
Norma cogente é aquela que constrange à quem se aplica, tornando seu cumprimento obrigatório de maneira coercitiva
belan
Highlight
belan
Highlight
belan
Highlight
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O conceito de lei deve ser interpretado em sentido amplo, excluindo-se apenas as Resoluções do TSE, 
que, ao menos em tese, não criam inovação jurídica, apenas dotam de aplicabilidade outras normas. 
O conceito de processo eleitoral é, igualmente, importante e deve abarcar as seguintes fases: 
Alistamento, Votação, Apuração e Diplomação. 
 
 
O STF assentou, no julgamento da ADI 3.345 que haverá desrespeito à anterioridade eleitoral quando 
ocorrer: 
I) rompimento da igualdade de participação dos partidos e candidatos; 
II) criação de deformidade que afete a normalidade dos pleitos; 
III) introdução de fator de perturbação do pleito; 
IV) alteração da norma por interesse casuístico. 
 
 
 
 
Na seara dos princípios, a anterioridade é um dos temas mais cobrados em provas: 
PROCESSO 
ELEITORAL:
ALISTAMENTO VOTAÇÃO
APURAÇÃO DIPLOMAÇÃO
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Inscrição como eleitor
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contagem
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Nomeação dos candidatos eleitos
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(Promotor de Justiça/MPE-GO/2013) 
Sobre o alcance do princípio constitucional da anterioridade eleitoral, julgue, com base na 
jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, as assertivas seguintes: 
I. O princípio da anterioridade eleitoral, previsto no art. 16 da Constituição da República, é direito 
fundamental e cláusula pétrea, que também abrange, na sua extensão, as emendas constitucionais. 
II. Leis complementares veiculadoras de novas hipóteses de inelegibilidade não se submetem ao 
princípio da anterioridade eleitoral, notadamente quando vocacionada a restrição à capacidade 
eleitoral passiva, nelas traduzida, à proteção da moralidade para o exercício de mandato. 
III. Na interpretação do texto do art. 16 da Constituição da República, a locução "processo eleitoral" 
aponta para a realidade que se pretende proteger, pelo princípio da anterioridade eleitoral, de 
deformações oriundas de modificações que, casuisticamente introduzidas pelo Parlamento, culminem 
por romper a necessária igualdade de chances dos protagonistas - partidos políticos e candidatos - no 
pleito iminente. 
IV. O princípio da anterioridade eleitoral condiciona a vigência da lei eleitoral a que não haja eleição a 
menos de um ano de sua publicação. 
a) As assertivas I e II estão corretas 
b) As assertivas I e III estão corretas. 
c) As assertivas III e IV estão corretas. 
d) As assertivas Il e IV estão corretas. 
 
Comentários: 
O princípio da anterioridade é apontado pela jurisprudência e doutrina como direito fundamental e, 
consequentemente, clausula pétrea e atinge não apenas a lei, mas a lei complementar e a emenda 
constitucional também (O item I está correto). Normas que criam novas hipóteses de inelegibilidade alteram 
o processo eleitoral e submetem-se ao princípio da anterioridade (O item II está errado). O processo 
eleitoral, segundo o STF, deve ser protegido do rompimento de igualdade de participação entre os 
candidatos, da criação de deformidades que afetem o pleito, de interesses casuísticos e de fatores de 
perturbação (O item III está correto). A lei tem vigência imediata e aplicação condicionada (O item IV está 
errado). A letra B está correta. 
 
Resposta: B 
 
4.2 Princípio da Moralidade Eleitoral 
 
É princípio de índole constitucional, estando previsto no artigo 14, §9º: 
 
Art. 14. [...] § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua 
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato 
considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a 
influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração 
direta ou indireta. 
 
 
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se submetem ao princípio
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aplicação
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pois a vigência ocorre já a partir da sua publicação
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a
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a lei tem vigência imediata
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é condicionada 365 dias
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O legislador serviu-se do princípio para criar um padrão ético a ser respeitado por todos aqueles que 
pretendem apresentar-se como candidatos, afastando através da criação de limitações expressas através das 
inelegibilidades aqueles que abusem do poder econômico ou político e tenham vida pregressa desabonadora. 
Frise-se que ao mesmo tempo em que estabeleceu uma régua moral para as eleições, o legislador 
constituinte, fixou a necessidade de que os critérios fossem explicitados por legislação específica, sob a forma 
de lei complementar (que exige quórum mais gravoso para a sua aprovação). 
O TSE tem, seguidamente, apresentado julgados no sentido de que a presente norma não é 
autoaplicável, exigindo complementação legislativa para definir o que seria a vida pregressa. 
 
4.3 Princípio da Liberdade do Voto 
 
O cidadão é livre para escolher seus candidatos, não devendo sofrer quaisquer pressões neste 
processo, guiando-se apenas pelos seus valores pessoais durante a decisão. 
Se o voto for atingido em sua liberdade, dependendo da extensão do processo de fraude o pleito pode, 
inclusive, ser anulado ou haver a cassação do beneficiário da ação fraudulenta. 
 
4.4 Princípio da Primazia da Vontade do Eleitor 
 
No processo eleitoral deve-se dar prioridade ao desejo do eleitor expresso através do voto, 
preservando-o sempre. Assim, as fraude eleitorais devem ser duramente coibidas, pois têm por escopo solapar 
a vontade do cidadão, alterando o resultado natural de uma eleição. 
 
4.5 Princípio do In Dubio Pro Sufraggi 
 
Em caso de dúvida quanto à regularidade de um determinado processo eleitoral deve-se privilegiar 
a vontade popular apresentada pelos eleitores e preservar os mandatos eletivos. Emdecorrência deste 
moralidade 
pública
probidade
vida 
pregressa 
do 
candidato
proteção 
contra 
abuso de 
poder 
econômico
proteção 
contra o 
abuso de 
autoridade
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princípio, a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral proíbe, por exemplo, que haja cassação de mandato 
eletivo com base no depoimento de uma única testemunha. 
Ademais, para que ocorra a anulação do pleito é necessário que fique demonstrada real existência de 
prejuízo, conforme estabelecido pelo Código Eleitoral. 
 
Art. 219. Na aplicação da lei eleitoral o juiz atenderá sempre aos fins e resultados a que ela se dirige, 
abstendo-se de pronunciar nulidades sem demonstração de prejuízo. 
Parágrafo único. A declaração de nulidade não poderá ser requerida pela parte que lhe deu causa nem a 
ela aproveitar. 
 
O aproveitamento dos sufrágios, faz com que, ainda que haja mais votos nulos do que votos válidos em 
um determinado pleito, a eleição não seja anulada, sendo declarado vitorioso aquele que obtiver a maioria dos 
votos válidos, ainda que não configure a maioria dos votos totais. 
 
 
4.6 Princípio da Responsabilidade Solidária 
 
O princípio da responsabilidade solidária refere-se ao campo da propaganda eleitoral e pode ser 
retirado do Código Eleitoral. Assim: 
 
Art. 241. Toda propaganda eleitoral será realizada sob a responsabilidade dos partidos e por eles paga, 
imputando-lhes solidariedade nos excessos praticados pelos seus candidatos e adeptos. 
Parágrafo único. A solidariedade prevista neste artigo é restrita aos candidatos e aos respectivos 
partidos, não alcançando outros partidos, mesmo quando integrantes de uma mesma coligação. 
 
dúvidas 
quanto ao 
processo
proteção 
da 
vontade 
do eleitor
preservação 
dos 
mandatos 
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Mesmo que haja maior quantidade de votos nulos, será vencedor o candidato com maior número de votos válidos
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Segundo o artigo há uma responsabilidade solidária entre partidos e candidatos pelo conteúdo e 
forma de exteriorização da propaganda eleitoral, a fim de que se evite verdadeiro jogo de empurra em que 
as partes fogem de suas responsabilidades. 
A Lei das Eleições, também, reconhece a existência da solidariedade entre os agentes, no que se refere 
apo dever de prestação de contas: 
 
Art. 17. As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos, ou de 
seus candidatos, e financiadas na forma desta Lei. 
 
Importante notar, que a solidariedade não é absoluta, comportando exceções, por exemplo na própria 
Lei das Eleições que determina: 
 
Art. 96. [...] § 11. As sanções aplicadas a candidato em razão do descumprimento de disposições desta 
lei não se estendem ao respectivo partido, mesmo na hipótese de esse ter se beneficiado da conduta, 
salvo quando comprovada a sua participação. 
 
Não se trata de uma escusa absolutória absoluta, o legislador pretendeu afastar do espectro de ação 
apenas as condutas de ordem geral, permanecendo em vigor o princípio para os casos especificamente 
elencados ao longo das normas. 
 
4.7 Princípio da Democracia Partidária 
 
O Brasil dotou de importância ímpar os partidos políticos, conferindo a eles o monopólio das 
candidaturas, vetando, assim, a existência de candidaturas avulsas (candidatos sem filiação partidária). 
O protagonismo das legendas partidárias, faz com que a democracia brasileira não possa prescindir de 
sua participação e procure adotar medidas para proteger e estimular a atuação partidárias. 
Exemplo maior da concretização do princípio foi o reconhecimento pelo TSE e, sucessivamente, pelo 
STF de que o mandato eletivo pertence ao partido e que a troca de legenda pelo parlamentar eleito gera a perda 
do mesmo mandato. 
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4.8 Princípio da Razoável Duração do Processo e Perda do Mandato Eletivo 
 
A Constituição de 1988 introduziu no ordenamento jurídico brasileiro o princípio da razoável duração 
do processo (artigo 5º, LXXVII), o que por via transversa resultou na consolidação do princípio da celeridade 
processual. 
Em sede eleitoral há importante repercussão do princípio da duração do processo, concretizada no 
Código Eleitoral nos seguintes termos: 
 
 
Art. 97-A. Nos termos do inciso LXXVIII do art. 5° da Constituição Federal, considera-se duração razoável 
do processo que possa resultar em perda do mandato eletivo o período máximo de 1 (um) ano, contado 
da sua apresentação à Justiça Eleitoral. 
§1° A duração do processo de que trata o caput abrange a tramitação em todas as instâncias da Justiça 
Eleitoral. 
 
O objetivo da regra é dar concretude ao processo que pode resultar em cassação de mandato eletivo, 
afastando a possibilidade de haver uma decisão que reconheça o direito, mas não possa ser cumprida por conta 
do fim do mandato. 
 
Em que pese a anterioridade seja a estrela dos princípios eleitorais, não é raro vermos questões 
englobando vários princípios conjuntamente: 
 
(Técnico judiciário/TRE-RS/2015/CESPE) 
A respeito do sistema eleitoral brasileiro, assinale a opção correta. 
a) O princípio da moralidade eleitoral exige dos candidatos a prestação de contas uniforme, sem previsão de 
prestação simplificada, independentemente do valor movimentado em seu processo eleitoral. 
• Criação de 
uma 
democracia 
partidária
proteção dos 
partidos 
políticos
•Mandatos 
peretencem 
aos partidos 
políticos
fidelidade 
partidária
• Candidato 
deve estar 
filiado
vedação de 
candidatura 
avulsa
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rt. 97-A. Nos termos do inciso LXXVIII do art. 5o da Constituição Federal, considera-se duração razoável do processo que possa resultar em perda de mandato eletivo o período máximo de 1 (um) ano, contado da sua apresentação à Justiça Eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 1o A duração do processo de que trata o caput abrange a tramitação em todas as instâncias da Justiça Eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 2o Vencido o prazo de que trata o caput, será aplicável o disposto no art. 97, sem prejuízo de representação ao Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
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b) O voto e o alistamento eleitoral são obrigatórios a todo cidadão brasileiro alfabetizado, em pleno gozo de 
saúde física e mental, que se encontre em seu domicílio eleitoral. 
c) As eleições presidenciais fundamentam-se no princípio da isonomia da concorrência, não diferenciando o 
peso dos votos dos eleitores brasileiros. 
d) Adotam-se no Brasil o caráter sigiloso (secreto) do voto, o pluripartidarismo e o sufrágio restrito e 
diferenciado. 
e) O partido político detém autonomia para definir em que município será instalada sua sede, sua estrutura 
interna, sua organização, seu funcionamento e demais cláusulas. 
 
Comentários: 
O princípio da moralidade eleitoral refere-se a vedação de todas as formas de fraude e abuso de poder nas 
eleições (letra A está errada); O alistamento e voto são obrigatórios aos brasileiros maiores de 18 e menores 
de 70 anos (letra B está errada); O Brasil adota o voto secreto, o pluripartidarismo e o sufrágio universal, não 
havendo qualquer restrição ou diferenciação desarrazoada entre os eleitores (A letra D está errada); Os 
partidos políticos devem possuir sua sede em Brasília(A letra E está errada). No Brasil vigora o princípio do 
one man, one vote, com voto único para cada eleitor e com igual valor (letra C está correta). 
 
Resposta: C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR 
 
1. (Técnico Judiciário/TRE-RO/2013/FCC) 
Não se incluem, dentre as fontes do Direito Eleitoral as: 
a) Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral. 
b) decisões jurisprudenciais. 
c) leis estaduais. 
d) normas da Constituição Federal. 
e) leis federais. 
 
Comentários: 
A resposta correta encontra-se na letra C. A Constituição Federal (d) e as leis federais (Lei das Eleições, por 
exemplo) (e), as Resoluções do TSE (a), bem como, a jurisprudência de cortes eleitorais (b) são fontes do Direito 
Eleitoral. Contudo, as leis estaduais não são em decorrência da disciplina constitucional constante do artigo 22, 
I. Tal dispositivo estabelece a competência privativa da União para legislar acerca de matéria eleitoral. 
 
Resposta: C 
 
2. (Técnico Judiciário/TRE-RO/2013/FCC) 
Legislar sobre Direito Eleitoral é competência: 
a) privativa da União. 
b) exclusiva da União, permitida a delegação para os Estados e para o Distrito Federal mediante autorização 
expressa do Senado Federal. 
c) comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
d) concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal. 
e) comum da União, dos Estados e do Distrito Federal, apenas. 
 
Comentários: 
Segundo a Constituição Federal (artigo 22, I) compete privativamente à União legislar sobre matéria eleitoral. 
 
Resposta: A 
 
3. (Técnico Judiciário/TRE-BA/2003/FCC) 
Na Teoria Geral do Direito Eleitoral, tecnicamente, sufrágio é o: 
a) documento oficial onde se assinala a escolha de um candidato. 
b) instrumento por meio do qual se escolhe um candidato. 
c) modo de externar à Justiça Eleitoral a preferência por um candidato. 
d) poder ou direito de se escolher um candidato. 
e) ato de digitar na urna eletrônica o número do candidato escolhido. 
 
Comentários: 
O documento em que se marca a escolha eleitoral é a cédula de votação (letra A errada). O instrumento de 
escolha eleitoral é o voto (letra B errada). O modo de externar a escolha eleitoral é o escrutínio (letra C errada). 
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as fontes do direito eleitoral são sempre federais
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privativas da União
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O ato de digitar a escolha na urna é a votação (letra E errada). O sufrágio é o poder ou direito de participação 
política de um cidadão (letra D correta). 
 
Resposta: D 
 
4. (Analista Judiciário/TRE-RN/2011/FCC) 
A Emenda Constitucional no 45, de 2004, inseriu, no inciso LXXVIII do artigo 5o da Constituição Federal, 
norma expressa assegurando a razoável duração do processo, tanto no âmbito judicial quanto 
administrativo, bem como estipulou ao legislador ordinário a obrigação de prever os meios que garantam 
a celeridade de sua tramitação. No âmbito eleitoral, tal princípio tem relevância destacada, especialmente 
no processo que possa resultar em perda do mandato eletivo. Sob tal premissa, a Lei no 12.034/09 trouxe 
importante inovação, qual seja a: 
a) fixação de um critério objetivo para a conformação do princípio da duração razoável do processo, 
considerando como tal o lapso temporal máximo de 1 ano, contado da apresentação do processo à Justiça 
Eleitoral. 
b) previsão de prazos mais curtos de tramitação para cada fase processual, os quais são diminuídos pela metade 
em relação aos demais processos eleitorais. 
c) irrecorribilidade das decisões interlocutórias e o recebimento dos recursos apenas no efeito devolutivo. 
d) relativização do princípio da motivação das decisões judiciais, permitindo aos juízes eleitorais a adoção de 
fundamentação sucinta e a dispensa do relatório no julgamento dos feitos. 
e) adoção de procedimento sumaríssimo de instrução e julgamento, exigindo a concentração da produção das 
provas em um único ato e a lavratura da sentença pelo juiz no prazo máximo de 5 dias após a audiência. 
 
Comentários: 
O princípio da razoável duração do processo ganhou concretude no âmbito eleitoral com o acréscimo do artigo 
97-A, em decorrência da Lei nº 12.034/09, no texto do Código Eleitoral, que fixa como prazo razoável para 
duração de um processo 1 ano a contar do ajuizamento da ação eleitoral. (letra A correta). 
 
Resposta: A 
 
5. (Técnico Judiciário/TRE-SP/2017/FCC) 
Acerca das fontes de Direito Eleitoral, 
a) função normativa da Justiça Eleitoral autoriza que sejam editadas Resoluções Normativas pelo Tribunal 
Superior Eleitoral com a finalidade de criar direitos e estabelecer sanções, possibilitando a revogação de leis 
anteriores que disponham sobre o mesmo objeto da Resolução Normativa. 
b) as normas eleitorais devem ser interpretadas em conjunto com o restante do sistema normativo brasileiro, 
admitindo-se a celebração de termos de ajustamento de conduta, previstos na Lei nº 7.346/85, que disciplina a 
Ação Civil Pública, desde que os partidos políticos transijam, exclusivamente, sobre as prerrogativas que lhes 
sejam asseguradas. 
c) o Código Eleitoral define a organização e a competência da Justiça Eleitoral, podendo ser aplicado apesar de 
a Constituição Federal prever a necessidade de lei complementar para tanto. 
d) as Resoluções Normativas do TSE, as respostas às Consultas e as decisões do Tribunal Superior Eleitoral são 
fontes de Direito Eleitoral de natureza exclusivamente jurisdicional e aplicáveis apenas ao caso concreto dos 
quais emanam. 
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pétrea, não pode ser editada
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e) o Código Eleitoral, a Lei de Inelegibilidades, a Lei dos Partidos Políticos, a Lei das Eleições, as Resoluções 
Normativas do TSE e as respostas a Consultas são fontes de Direito Eleitoral de mesma estatura, hierarquia e 
abrangência, podendo ser revogadas umas pelas outras. 
 
Comentários: 
As Resoluções do TSE apenas regulamentam a lei, não podendo criar direitos ou obrigações e nem revogar ou 
alterar leis (letra A errada). (letra B errada). Não há consenso acerca da possibilidade de aplicação de Termos 
de Ajustamento de Conduta em sede eleitoral, mas a compeensão majoritária é no sentido de ser impossível 
que partidos políticos assumam tais responsabilidade. (letra C errada). As Resoluções, Consultas, Súmulas e 
jurisprudências do TSE são fontes do Direito Eleitoral e apliucam-se a todos os casos similares (letra D errada). 
Não há hierarquia entre fontes do Direito, a hierarquia existe entre leis. Ademais, Resoluções e Consultas do 
TSE não possuem o condão de revogar ou alterar leis. (letra E errada). A jurisprudência é unânime em afirmar 
que o Código Eleitoral foi recepcionado pela Constituição de 1988 com força de lei complementar e encontra-
se plenamente vigente (letra C correta) 
 
Resposta: C 
 
6. (Analista Judiciário-Área Judiciária/TRE-SE/2007/FCC) 
É certo que no sistema eleitoral brasileiro:a) o sufrágio não é universal, é indireto e o voto só é obrigatório para Presidente da República. 
b) adotar-se-á o princípio da representação proporcional para o Senado Federal. 
c) a eleição para a Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas obedecerá o princípio majoritário. 
d) o eleitor, no caso de comprovado e justificado impedimento, poderá votar por procuração. 
e) nas eleições presidenciais, a circunscrição será o País; nas eleições federais e estaduais, o Estado; e nas 
municipais, o respectivo Município. 
 
Comentários: 
Segundo a Constituição (artigo 14) o sufrágio é universal e o voto é direto e obrigatório (letra A errada). As 
eleições para o cargo de senador obedecem ao sistema majortiário (letra B errada). As eleições para deputados 
federais e estaduais regem-se pelo sistema proporcional (letra C errada). Não existe, no Brasil, voto por 
procuração (letra D errada). As circunscrições eleitorais no Brasil serão: o município (eleições de prefeito e 
vereador), o estado (eleições de deputado, senador e governador) e o país (eleições de presidente) (letra E 
correta). 
 
Resposta: E 
 
7. (Promotor de Justiça Substituto/MPE-PI/2019/CESPE) 
O princípio que sustenta a ideia de que o intérprete da norma deve manter a aplicação da lei estritamente 
vinculada às limitações por ela impostas a candidatos e eleitores é o da: 
a) vedação da restrição de direitos políticos. 
b) democracia partidária. 
c) responsabilidade solidária. 
d) periodicidade da investidura. 
e) celeridade da justiça eleitoral. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe
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estudar representação
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Comentários: 
 O princípio da democracia partidária visa a proteção e valorização dos partidos políticos estabelecendo, entre 
outras coisas, o monopólio partidário das candidaturas e punição por infidelidade partidária (letra B errada). O 
princípio da responsabilidade solidária assevera que partidos e candidatos são responsáveis pela realização da 
propaganda eleitoral e responderão solidariamente se a mesma for irregular (letra C errada). O princípio da 
periodicidade da investidura refere-se ao fato de que os magistrados eleitorais cumprem mandatos de 2 anos 
(biênios) podendo ser reconduzidos uma única vez, havendo investidura períodica nos cargos em decorrência 
da alternância dos mandatos (letra D errada). O princípio da celeridade da Justiça Eleitoral cuida para que as 
decisões em processos eleitorais sejam rápidas a fim de que tenham aplicabilidade e não se tornem 
inexequíveis, por exemplo, pelo fim de um mandato eletivo (letra E errada). O princípio da restrição de direitos 
políticos assevera que as únicas limitações ao direito de sufrágio devem ser aquelas previstas pela Constituição 
e que exigem interpretação restritiva, reafirmando que a regra é a participação política e não o inverso (letra A 
correta). 
 
Resposta: A 
 
8. (Promotor de Justiça/MPE-RR/2017/CESPE) 
O princípio constitucional da anualidade ou da anterioridade da lei eleitoral 
a) não abrange resoluções do TSE que tenham caráter regulamentar. 
b) não repercute sobre decisões do TSE em casos concretos decididos durante o processo eleitoral e que 
venham a alterar a jurisprudência consolidada. 
c) estabelece período de vacatio legis para a entrada em vigor das leis eleitorais. 
d) tem aplicabilidade imediata e eficácia contida conforme a data do processo eleitoral. 
 
Comentários: 
O princípio da anualidade ou anterioridade eleitoral limita a atuação do TSE em casos concretos que possam 
modificar a entendimentos consolidados e repercutirem em eleições passadas e que se realizem a menos de 1 
ano (letra B está errada); A anterioridade eleitoral não impede a vigência das normas, apenas limita sua 
aplicação temporalmente, a vigência é imediata, apenas a própria lei poderia estabelecer vacatio legis (letra C 
está errada); O princípio não possui aplicabilidade e eficácia, uma vez que estas são características atribuídas 
às normas; se o texto se referisse à norma deve-se perceber que a eficácia não será contida (normas de 
aplicação imediata que podem ser limitadas por leis futuras), na verdade a aplicabilidade é futura (letra D está 
errada). As Resoluções regulamentadoras do TSE não obedecem ao princípio, conforme decidido na ADI 3.741 
(A letra A está correta). 
 
Resposta: A 
 
9. (Juiz de Direito Substituto/TJ-DFT/2014/CESPE) 
Assinale a opção correta no que diz respeito aos princípios do direito eleitoral. 
a) O termo poliarquia é usado tanto para designar uma democracia representativa moderna como para 
distinguir esse tipo de regime daqueles não democráticos. 
b) A democracia direta é caracterizada pelo voto de igual valor de todos os eleitores e pela provisoriedade da 
ocupação de mandatos de representação. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2014-tj-dft-juiz-de-direito-substituto
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c) O sufrágio universal e o voto direto e secreto são as formas de exercício da soberania popular estabelecidas 
no texto constitucional, mas podem ser abolidos a qualquer tempo por deliberação dos senadores. 
d) Considera-se indireto o voto que é dado a uma sigla partidária, possibilidade existente em sistemas eleitorais 
que contemplam a existência de uma lista preordenada de candidatos. 
e) Por força do princípio da anualidade eleitoral, todas as regras eleitorais demandam aprovação com 
anterioridade de pelo menos um ano para que possam vigorar nas eleições seguintes. 
 
Comentários: 
A demcoracia direta é aquela em que todas as decisões políticas são tomadas diretamente pelo povo (letra B 
errada). O voto e sufrágio universal são cláusulas pétreas e não podem sofrer restrição ou exclusão em 
decorrência de reformas constitucionais futuras (letra C errada). O voto apenas em sigla partidária é chamado 
voto de legenda. Se houver uma lista pré-ordenada de candidatos teremos o voto em lista fechada. O voto 
indireto ocorrer quando os eleitores escolhem as pessoas que elegerão os representates. O que ocorrer, por 
exemplo, na eleição presidencial dos Estados Unidos, quando o povo elege um Colégio Eleitoral que, por sua 
vez, elege o presidente (letra D errada). O princípio da anualidade ou anterioridade eleitoral exige que as 
normas que alteram processo eleitoral estejam em vigência até 1 anos antes da eleição, considerando-se como 
marco a data de sua publicação e não a data da sua aprovação (letra E errada). A expressão "poliarquia" foi 
cunhada por foi cunhada por Robert Dahl e significa a tempo só, um regime mais próximo possível da plenitude 
democrática e diferençá-lo dos modelos antigos (letra A correta). 
 
Resposta: A 
 
10. (Analista Judiciário/TRE-MT/2005/CESPE) 
Acerca dos princípios pertinentes ao direito eleitoral e aos direitos políticos de que trata a Constituição 
Federal, assinale a opção correta. 
a) O exercício da soberania popular restringe-se ao sufrágio universal, com valor igual para todos. 
b) O alistamento e o voto são facultativos para quem tem mais de 16 anos de idade e menos de 18 anos de 
idade. 
c) O exercício dos direitos políticos não guarda relação com a elegibilidade. 
d) Para ser candidato a prefeito de capital, é necessário ter 30 anos de idade, ou mais. 
e) Os maiores de 70 anos de idade, em gozo de boas condições de saúde, são obrigados a alistar-se e a votar. 
 
Comentários: 
Segundoa Constituição de 1988 a soberania popular é exercida pelo sufrágio, voto, plebiscito, referendo e 
iniciativa popular (letra A errada). O exercício dos direitos políticos implicam na possibilidade votar e ser votado, 
o que pode ser restrito pelas condições de elegibilidade (letra C errada). A idade mínima para concorrer ao cargo 
de prefeito é 21 anos, independentemente, de qual seja a cidade (letra D errada). O voto é facultativo para os 
maiores de 70 anos, segundo a Constituição Federal (artigo 14, § 1º, II, b) (letra E errada). O alistamento e o voto 
serão facultativos para os maiores de 16 e menores de 18 anos (artigo 14, § 1º, II, c) (letra B correta). 
 
Resposta: B 
 
11. (Promotor de Justiça/MPE-PA/2014/CESPE) 
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há o plebiscito e referendo
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Situada no capítulo da Constituição Federal dedicado aos direitos políticos, a anterioridade da lei eleitoral 
desempenha função normativa de caráter estruturante da ordem jurídica eleitoral. Tem por finalidade 
assegurar estabilidade e segurança ao processo eleitoral, inibindo modificações legislativas casuísticas 
que, ante a proximidade do pleito, alterem os seus parâmetros de forma a promover desequilíbrio entre 
partidos e candidatos. Nesse sentido, o princípio constitucional da anterioridade da lei eleitoral 
a) não obsta a aplicação às subsequentes eleições gerais (para Presidente, Governador, Senador, Deputado 
Federal e Deputado Estadual) de Emenda Constitucional que, em vigor apenas há oito meses da realização do 
pleito, imponha aos partidos políticos dever de coerência na definição dos critérios que orientam suas 
coligações eleitorais, de forma que prevaleça a obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito 
nacional, estadual e distrital. 
b) impede a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há oito meses da realização do pleito, 
estabeleça a responsabilidade solidária do candidato com o administrador da campanha pela veracidade das 
informações financeiras e contábeis apresentadas à Justiça Eleitoral, exigindo que ambos subscrevam a 
respectiva prestação de contas. 
c) impede a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há onze meses da realização do pleito, 
limite, durante a campanha eleitoral, ao horário compreendido entre as 8 (oito) e as 24 (vinte e quatro) horas a 
realização de comícios e a utilização de aparelhagem de sonorização fixa. 
d) não obsta a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há oito meses da realização do 
pleito, determine a proibição a partidos e candidatos de receber doação em dinheiro ou estimável em dinheiro 
procedente de entidades beneficentes e religiosas, bem como de organizações não-governamentais que 
recebam recursos públicos. 
e) impede a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há oito meses da realização do pleito, 
determine a proibição de doações em dinheiro, bem como de troféus, prêmios, ajudas de qualquer espécie 
feitas por candidato, entre o registro e a eleição, a pessoas físicas ou jurídicas. 
 
Comentários: 
O princípio da anterioridade eleitoral estabelece que a aplicação de norma que altera o processo eleitoral a 
eleição subsequente, ocorrerá, apenas, quando a publicação ocorrer a menos de 1 ano do pleito. A questão 
pretende discutir o conceito da locução "processo eleitoral". O STF já a fixou as hipóteses em que a 
anterioridade eleitoral será aplicada. Se houver: criação de desequilíbrios entre os contendores, deformidades 
que afetem a normalidade do pleito, criação de fator de peturbação do pleito e interesse casuístico. A criação 
de verticalização de coligações acaba criando perturbação do pleito (letra A errada). A solidariedade sobre 
informações na prestação de contas não afeta o processo eleitoral (letra B errada). O estabelecimento de 
limites de horário para a realização de propaganda eleitoral não afeta o pleito (letra C errada). A proibição de 
distribuição de brindes já existe na legislaçaõ, norma neste sentido, não implicaria em qualquer alteração no 
processo eleitoral (letra E errada). Já há norma que veda o recebimento, por candidatos e partidos, de benesses 
oriundas de entidades beneficentes, religiosas, e organizações não-governamentais. Norma neste sentido não 
implicaria em qualquer alteração do processo eleitoral (letra D correta). 
 
Resposta: D 
 
12. (Consultor Legislativo/Câmara dos Deputados/2014/CESPE) 
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Acerca dos princípios do direito eleitoral, julgue os itens a seguir: Tido como princípio basilar do direito 
eleitoral, e inscrito no texto constitucional, o princípio da eficiência determina que o agente político ou 
administrador seja 100 % eficiente. 
a) Certo 
b) Errado 
 
Comentários: 
O princípio da eficiência não é princípio eleitoral, mas sim da Administração Pública e, significa que o a gestão 
pública e seus servidores devem ser o mais eficientes que puderem. 
 
Resposta: B 
 
13. (Consultor Legislativo/Câmara dos Deputados/2014/CESPE) 
Acerca dos princípios do direito eleitoral, julgue os itens a seguir: Entre os princípios norteadores do direito 
eleitoral brasileiro incluem-se o princípio da igualdade, o princípio do devido processo legal, o princípio da 
publicidade e o princípio da preclusão ou da eventualidade. 
a) Certo 
b) Errado 
 
Comentários: 
Os princípios da igualdade, do devido processo legal, da publicidade e da preclusão são todos princípios típicos 
do Direito Eleitoral. 
 
Resposta: A 
 
14. (Consultor Legislativo/Câmara dos Deputados/2014/CESPE) 
Acerca dos princípios do direito eleitoral, julgue os itens a seguir: Introduzida no texto constitucional por 
meio de emenda, a nova redação do dispositivo que consagra princípio da anualidade da lei eleitoral 
aperfeiçoou a redação do texto constitucional, ao igualar os conceitos de vigência ou aplicação e de 
eficácia. 
a) Certo 
b) Errado 
 
Comentários: 
A Constituição cuidou de estabelecer distinção entre vigência e eficácia da norma para fins do princípio da 
anterioridade eleitoral. A vigência da norma é imediata, ocorrendo logo após a publicação. A eficácia, por seu 
turno, só ocorrerá se faltar mais de um ano para o próximo pleito. 
 
Resposta: B 
 
15. (Consultor Legislativo/Câmara dos Deputados/2014/CESPE) 
Acerca dos princípios do direito eleitoral, julgue os itens a seguir: O princípio da anualidade da lei eleitoral 
foi consagrado no sistema jurídico brasileiro pela CF, cujo texto pertinente, originalmente, limitava-se a 
estabelecer que a lei que alterasse o processo eleitoral só entraria em vigor um ano após sua promulgação. 
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a) Certo 
b) Errado 
 
Comentários: 
A redação originaldo artigo 16 da CF determinava que "a lei que alterar o processo eleitoral só entrará em vigor 
um anos após sua promulgação". 
 
Resposta: A 
 
16. (Defensor Público/DPU/2017/CESPE) 
No texto constitucional, os direitos políticos estão vinculados ao exercício da soberania popular, restritos, 
portanto, aos direitos de votar e de ser votado. 
a) Certo 
b) Errado 
 
Comentários: 
Os direitos políticos possuem conceito mais elástico abrangendo, por exemplo, a participação em plebiscito e 
referendo e a possiiblidade de iniciativa popular. 
 
Resposta: B 
 
17. (Técnico Legislativo/Câmara de Taquatinga-SP/2016/VUNESP) 
A Constituição Federal de 1988 prevê que a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de 
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. Tal previsão 
constitucional é considerada uma pedra angular do direito eleitoral e conhecida como princípio da: 
a) anualidade eleitoral. 
b) periodicidade eleitoral. 
c) segurança jurídico-eleitoral. 
d) estrita legalidade eleitoral. 
 
Comentários: 
O princípio da periodiciadade refere-se à necessidade realização de eleições periodicamente (letra B errada). A 
segurança jurídica diz respeito ao respeito às normas, coisa julgada e direito adquirido (letra C errada). O 
princípio da estrita legalidade exige que normas eleitorais sejam criadas por processo legislativo, decorrendo 
apenas daí a criação de direitos e obrigações e sua restrição (letra D errada). O princípio que veda a aplicação 
da norma publicada a menos de um ano da eleição é o princípio da anualidade ou anterioridade eleitoral (letra 
C correta). 
 
Resposta: C 
 
18. (Assistente Legislativo/ Câmara de Nova Odessa-SP/2018/VUNESP) 
Se, hipoteticamente, tivesse sido sancionado, no dia 15 de maio de 2018, um projeto de lei que alterasse 
a Lei Federal nº 9.504/97, que estabelece as normas gerais para as eleições no Brasil, modificando, em 
larga medida, a disciplina da propaganda eleitoral, é correto dizer que a nova lei 
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a) não poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio da lisura das 
eleições. 
b) poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio da democracia. 
c) não poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio da anualidade 
eleitoral. 
d) poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio do aproveitamento 
do voto. 
e) não poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio federativo. 
 
Comentários: 
A questão trata da promulgação de lei em ano eleitoral, deste modo, a limitação constitucional a apta a impedir 
a plena validade da norma é temporal. O princípio da lisura das eleições tem por objetivo afastar todas as 
formas de fraude que deturpem os resultados de uma eleição (letra A está errada); o princípio da democracia 
refere-se a ampla e livre participação popular na escolha dos representantes através de eleições periódicas 
(letra B está errada); o princípio do aproveitamento do voto, diz respeito a proteção da escolha do eleitor, 
aproveitando-se a mínima manifestação apresentada pelo eleitor e preservando mandatos quando houver 
dúvida acerca da existência de ilícitos no processo eleitoral (letra D está errada); o princípio federativo diz 
respeito a divisão de competência entre os diferentes entes componentes da Federação (letra E está incorreta). 
O princípio da anualidade eleitoral determina que normas que alterem o processo eleitoral, só ser aplicadas 
para eleições que ocorram há pelo menos 1 ano de sua vigência (letra C está correta). 
 
Resposta: C 
 
19. (Analista Técnico Legislativo/Câmara de Valinhos-SP/2017/VUNESP) 
Assinale a alternativa que corretamente discorre sobre os princípios do direito eleitoral. 
a) Os magistrados e os membros do Ministério Público Eleitoral são investidos na função eleitoral pelo prazo 
improrrogável de 4 (quatro) anos, por força do princípio da periodicidade da investidura das funções eleitorais. 
b) O princípio da lisura das eleições ou da isonomia de oportunidades está calcado na ideia de cidadania, de 
origem popular do poder e no combate à influência do poder econômico ou político nas eleições. 
c) Pelo princípio da anterioridade eleitoral, a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua 
publicação, mas não surtirá efeitos na eleição que ocorra até 90 (noventa) dias da data de sua vigência. 
d) O princípio da responsabilidade solidária consubstancia-se na responsabilidade solidária entre o candidato, 
o tesoureiro e o partido político, pela veracidade das informações financeiras e contábeis da campanha 
constantes das prestações de contas. 
e) O princípio da anualidade eleitoral determina que os partidos políticos prestem contas anualmente dos 
gastos efetuados com os valores recebidos a título de participação no Fundo Partidário. 
 
Comentários: 
O princípio periodicidade da investidura limita o prazo do exercício das funções eleitorais a um biênio, podendo 
haver uma recondução (letra A está errada); O princípio da anterioridade ou anualidade eleitoral determina 
que normas que alterem o processo eleitoral, só ser aplicadas para eleições que ocorram há pelo menos 1 ano 
de sua vigência (letra C e E estão erradas); O princípio da responsabilidade solidária anota que os candidatos e 
partidos políticos são responsáveis em conjunto pelas propagandas eleitorais que realizam (letra D está errada). 
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O princípio da lisura das eleições tem por objetivo afastar todas as formas de fraude que deturpem os resultados 
de uma eleição, preservando a vontade popular (letra B está correta). 
 
Resposta: B 
 
20. (Juiz de Direito Substituto/TJ-MG/2018/CONSULPLAN) 
Avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: 
I. “É absoluta, plena ou de eficácia total, e de aplicabilidade imediata, sem quaisquer exceções, o princípio 
da anualidade ou anterioridade da lei eleitoral.” 
PORQUE 
II. “O princípio foi pensado pelo constituinte com o propósito de impedir mudanças repentinas, de última 
hora, no processo de escolha dos agentes políticos que emergem das eleições.” 
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. 
a) A segunda afirmativa é falsa e a primeira verdadeira. 
b) A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira. 
c) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
d) As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira. 
 
Comentários: 
O princípio da anualidade ou anterioridade eleitoral dependerá de outra norma para ser aplicável (item I 
incorreto). O princípio objetiva dotar de estabilidade e segurança o processo eleitoral afastando casuísmos 
(item II correto). 
 
Resposta: B 
 
21. (Analista Legislativo/Prefeitura de Balneário Camboriú-SC/2015/FEPESE) 
Assinale a alternativa que indica corretamente o princípio eleitoral em que a lei que alterar o processo 
eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da 
data de sua vigência. 
a) Princípio da legalidade eleitoral 
b) Princípio da celeridade eleitoral 
c) Princípio da anualidade eleitoral 
d) Princípio da democracia representativa 
e) Princípio da irrecorribilidade das decisões eleitorais 
 
Comentários: 
O princípioda legalidade eleitoral exige que normas eleitorais sejam criadas por processo legislativo, 
decorrendo apenas daí a criação de direitos e obrigações e sua restrição (letra A errada). O princípio da 
celeridade eleitoral cuida para que as decisões em processos eleitorais sejam rápidas a fim de que tenham 
aplicabilidade e não se tornem inexequíveis, por exemplo, pelo fim de um mandato eletivo (letra B errada). O 
princípio da democracia representaitiva refere-se ao modelo de escolha de representantes políticos pelo povo 
(letra D errada). O princípio da irrecorribilidade das decisões eleitorais refere-se ao âmbito porcessual e aos 
limites à interposição de recursos (letra E errada). O princípio que veda a aplicação da norma publicada a menos 
de um ano da eleição é o princípio da anualidade ou anterioridade eleitoral (letra C correta). 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/consulplan-2018-tj-mg-juiz-de-direito-substituto
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tj-mg
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/consulplan
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-balneario-camboriu-sc
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fepese
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Resposta: C 
 
22. (Técnico Judiciário/TRE-AC/2015/AOCP) 
Em relação à legislação eleitoral, assinale a alternativa correta. 
a) O Código Eleitoral é a legislação central do regime jurídico eleitoral, sendo as demais legislações acessórias 
naquilo em que ele for omisso. 
b) A Lei que alterar o processo eleitoral deve respeitar a regra da anualidade eleitoral. 
c) É inaplicável, dentro do sistema processual eleitoral, qualquer disposição do código de processo civil, em 
razão da sua incompatibilidade com o que dispõe o código eleitoral. 
d) A cada eleição, será publicada, pelo Tribunal Superior Eleitoral, Lei específica dispondo a respeito do pleito 
a ser realizado. 
e) Além das disposições constitucionais, somente Lei complementar pode dispor acerca de matéria eleitoral. 
 
Comentários: 
O Código Eleitoral é bastante importante, mas outras normas possuem igual valor e relevância na seara 
eleitoral, como, por exemplo, a Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar nº 64/90) (letra A errada). O Código 
de Processo Civil é utilizado de forma supletiva, complementando a legislação eleitoral no que couber (letra C 
errada). A cada eleição o TSE publica resoluções que disciplinarão o pleito (letra D errada). Lei ordinária pode, 
perfeitamente tratar de matéria eleitoral vide a Lei das Eleições (Lei nº 9,504/97) e a Lei Orgânica dos Partidos 
Políticos (Lei nº 9,096/95) (letra E errada). Todas as regras que alterem o processo eleitoral devem submeter-
se às diretrizes constitucionais do princípio da anualidade ou anterioridade eleitoral (letra B correta). 
 
Resposta: B 
 
23. (Juiz de Direito/ TJ-PR/2012/UFPR) 
No que consiste o princípio da anualidade eleitoral? 
a) As leis eleitorais têm validade de apenas 01 ano a partir de sua publicação, razão pela qual existem as 
Resoluções do TSE a cada eleição. 
b) As leis eleitorais valem apenas para o ano da eleição para a qual foram editadas e publicadas e são 
complementadas pelas Resoluções do TSE. 
c) As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral somente entram em vigor 01 ano depois da eleição para a 
qual foi publicada. 
d) As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral entram em vigor na data de sua publicação e não se aplicam 
à eleição que ocorra até 01 ano da data de sua vigência. 
 
Comentários: 
As leis eleitorais têm validade indeterminada (letra A e B erradas). A lei eleitoral que altera o processo eleitoral 
vige a partir de sua publicação (letra C errada). As leis eleitorais não se aplicam às eleições que ocorram até 1 
anos da sua vigência (letra D correta). 
 
Resposta: D 
 
24. (Técnico Judiciário/ TRE-SC/2011/PONTUA) 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/aocp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2014-camara-dos-deputados-analista-legislativo-consultor-legislativo-area-i
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/pontua
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Assinale a alternativa INCORRETA: 
a) O Direito Eleitoral é ramo do direito privado. 
b) É objeto do Direito Eleitoral a disciplina do registro de candidatos. 
c) O Direito Eleitoral disciplina o processo para escolha dos governantes. 
d) Compete privativamente à União legislar sobre Direito Eleitoral. 
 
Comentários: 
O Direito Eleitoral é ramo do Direito Público (letra A errada). O objeto do Direito Eleitoral é a regulamentação 
do processo eleitoral, estando dentro deste ambiente o estudo e regulação dos registros de candidatura (letra 
B certa). O processo de escolha dos governantes é disciplinado pelo Direito Constitucional apoiado pelo Direito 
Eleitoral (letra C correta). Segundo o artigo 22, I da CF, compete privativamente à União legislar sobre Direito 
Eleitoral (letra D correta). 
 
Resposta: A 
 
25. (Promotor de Justiça/MPE-MS/2011/MPE-MS) 
Recentemente o Supremo Tribunal Federal decidiu pela não aplicação da Lei da Ficha Limpa, referente aos 
candidatos considerados fichas sujas, e que foram eleitos no processo eleitoral de 2010. Não obstante 
tratar-se de decisão judicial recente, qual seria o principal embasamento jurídico para impedir a aplicação 
da Lei Complementar nº 135/2010, nas eleições para presidente, federal e estadual de 2010. Assinale a 
alternativa INCORRETA: 
a) Por conta do processo eleitoral já ter sido deflagrado, e não haveria tempo de os partidos escolherem outros 
candidatos, considerados ficha limpa, desrespeitando, assim, o procedimento estabelecido na Lei nº 9.504/97; 
b) Ofensa aos princípios individuais da segurança jurídica (CF, art. 5º, caput); 
c) Ofensa ao princípio do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV); 
d) Ofensa ao princípio da anterioridade eleitoral, disposto no art. 16 da Constituição Federal; 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
Comentários: 
O motivo ensejador da decisão do STF foi a aplicação do princípio da anterioridade eleitoral (letra C correta). 
 
Resposta: D 
 
26. (Consultor Legislativo/AL-RO/2018/FGV) 
Antônio, como advogado, sustentou, em um processo judicial, que as normas da Lei nº 4.737/65 (Código 
Eleitoral) sobre (I) o recurso sobre a expedição de diploma, estatuindo os requisitos a serem observados, 
(II) o processo eleitoral, (III) a organização e (IV) a competência dos órgãos da Justiça Eleitoral, somente 
poderiam ser alteradas por lei complementar. 
À luz da sistemática vigente, é correto afirmar que Antônio está equivocado 
a) pois prevalece nessa seara o princípio da paridade das fontes. 
b) apenas em relação à temática descrita em III, a qual pode ser alterada por lei ordinária. 
c) apenas em relação às temáticas descritas em I e II, as quais podem ser alteradas por lei ordinária. 
d) apenas em relação às temáticas descritas em I, II e III, as quais podem ser alteradas por lei ordinária. 
e) apenas em relação às temáticas descritas em II, III e IV, as quais podem ser alteradas por lei ordinária. 
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Comentários: 
A Constituição de 1988 determina que Lei Complementar disporá sobre a organização e competência dos 
órgãos componentes da Justiça Eleitoral (artigo 121), para estas matérias o Código Eleitoral foi recepcionado 
como Lei Complementar, para os demais temas que dele constam a norma foi recepcionada como Lei Ordinária 
(letra C está correta). 
 
Resposta: C 
 
27. (Procurador/AssembleiaLegislativa de Alagoas/2015/CS-UFG) 
Ao julgar o Recurso Extraordinário Eleitoral n. 633.703, em 23 de março de 2011, o Supremo Tribunal 
Federal entendeu que a Lei Complementar n. 135/2010 (Lei da Ficha Limpa) não deveria ser aplicada às 
eleições de 2010 por desrespeitar o art. 16 da Constituição Federal de 1988. Considerando o princípio da 
anualidade, 
a) a emenda constitucional que altera o processo eleitoral possui aplicação imediata. 
b) a lei que altera o processo eleitoral, assim que publicada, ingressa imediatamente no ordenamento jurídico 
pátrio, inocorrendo a vacatio legis. 
c) a lei que altera o processo eleitoral entra em vigor um ano após sua publicação, não tendo efeito no período 
da vacatio legis. 
d) a incidência da anualidade em relação à lei que altere o processo eleitoral dependerá de ponderação no caso 
concreto, por tratar-se de um princípio. 
 
Comentários: 
A palavra “lei” representará todas as espécies legislativas (A letra A está errada); A vigência é imediata (A letra 
C está errada); A anualidade aplica-se a todas as normas, não cabendo ponderação de valores ou análise caso 
a caso (A letra D está errada). No princípio da anterioridade eleitoral a lei ingressa no ordenamento jurídico logo 
que publicada e possui vigência imediata, contudo, só pode ser aplicada às eleições que ocorram, no mínimo, 1 
ano após a sua publicação (A letra B está correta). 
 
Resposta: B 
 
28. (Promotor de Justiça/MPE-PB/2011/ MPE-PB) 
Pelo princípio da antinomia ou anualidade eleitoral, é correto afirmar: 
a) Toda lei que alterar o processo eleitoral tem vigência imediata à data de sua publicação. 
b) Aplica-se a vacatio legis à norma que disciplinar o processo eleitoral. 
c) Aplica-se em relação às resoluções normativas sobre o registro de candidatos. 
d) Aplica-se, apenas, às resoluções normativas referentes a propaganda eleitoral. 
e) (Abstenção de resposta - Seção VIII, item 11, do Edital do Concurso). 
 
Comentários: 
Não cabe vacatio legis para lei eleitoral disciplinadora do processo eleitoral, ela tem vigência imediata (letra B 
está errada); O princípio da anterioridade não se aplica às Resoluções normativas do TSE (As letras C e D estão 
erradas). Lei eleitoral tem vigência imediata e eficácia diferida (A letra A está correta). 
 
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Resposta: A 
 
29. Promotor de Justiça/MPE-PA/2014/FCC) 
Situada no capítulo da Constituição Federal dedicado aos direitos políticos, a anterioridade da lei eleitoral 
desempenha função normativa de caráter estruturante da ordem jurídica eleitoral. Tem por finalidade 
assegurar estabilidade e segurança ao processo eleitoral, inibindo modificações legislativas casuísticas 
que, ante a proximidade do pleito, alterem os seus parâmetros de forma a promover desequilíbrio entre 
partidos e candidatos. Nesse sentido, o princípio constitucional da anterioridade da lei eleitoral 
a) não obsta a aplicação às subsequentes eleições gerais (para Presidente, Governador, Senador, Deputado 
Federal e Deputado Estadual) de Emenda Constitucional que, em vigor apenas há oito meses da realização do 
pleito, imponha aos partidos políticos dever de coerência na definição dos critérios que orientam suas 
coligações eleitorais, de forma que prevaleça a obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito 
nacional, estadual e distrital. 
b) impede a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há oito meses da realização do pleito, 
estabeleça a responsabilidade solidária do candidato com o administrador da campanha pela veracidade das 
informações financeiras e contábeis apresentadas à Justiça Eleitoral, exigindo que ambos subscrevam a 
respectiva prestação de contas. 
c) impede a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há onze meses da realização do pleito, 
limite, durante a campanha eleitoral, ao horário compreendido entre as 8 (oito) e as 24 (vinte e quatro) horas a 
realização de comícios e a utilização de aparelhagem de sonorização fixa. 
d) não obsta a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há oito meses da realização do 
pleito, determine a proibição a partidos e candidatos de receber doação em dinheiro ou estimável em dinheiro 
procedente de entidades beneficentes e religiosas, bem como de organizações não-governamentais que 
recebam recursos públicos. 
e) impede a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há oito meses da realização do pleito, 
determine a proibição de doações em dinheiro, bem como de troféus, prêmios, ajudas de qualquer espécie 
feitas por candidato, entre o registro e a eleição, a pessoas físicas ou jurídicas. 
 
Comentários: 
O princípio da anterioridade veda a aplicabilidade de normas que modifiquem o processo eleitoral. Vejamos 
cada item: regras relacionadas a coligações referem-se a processo eleitoral e submetem-se ao princípio (A letra 
A está errada); regras relacionadas à prestação de contas não se referem ao processo eleitoral e não se 
submetem ao princípio (A letra B está errada); regras relacionadas à propaganda não se referem ao processo 
eleitoral e não se submetem ao princípio (A letra C está errada); regras relacionadas à condutas vedadas não se 
referem ao processo eleitoral e não se submetem ao princípio (A letra E está errada). Regras relacionadas ao 
financiamento de partidos e campanhas não se referem ao processo eleitoral e não se submetem ao princípio 
(A letra D está correta). 
 
Resposta: B 
 
Fim de aula! Aguardo a sua presença em nosso próximo encontro! 
Saudações, 
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LISTA DE QUESTÕES 
 
1. (Técnico Judiciário/TRE-RO/2013/FCC) 
Não se incluem, dentre as fontes do Direito Eleitoral as: 
a) Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral. 
b) decisões jurisprudenciais. 
c) leis estaduais. 
d) normas da Constituição Federal. 
e) leis federais. 
 
 
2. (Técnico Judiciário/TRE-RO/2013/FCC) 
Legislar sobre Direito Eleitoral é competência: 
a) privativa da União. 
b) exclusiva da União, permitida a delegação para os Estados e para o Distrito Federal mediante autorização 
expressa do Senado Federal. 
c) comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
d) concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal. 
e) comum da União, dos Estados e do Distrito Federal, apenas. 
 
 
3. (Técnico Judiciário/TRE-BA/2003/FCC) 
Na Teoria Geral do Direito Eleitoral, tecnicamente, sufrágio é o: 
a) documento oficial onde se assinala a escolha de um candidato. 
b) instrumento por meio do qual se escolhe um candidato. 
c) modo de externar à Justiça Eleitoral a preferência por um candidato. 
d) poder ou direito de se escolher um candidato. 
e) ato de digitar na urna eletrônica o número do candidato escolhido. 
 
 
4. (Analista Judiciário/TRE-RN/2011/FCC) 
A Emenda Constitucional no 45, de 2004, inseriu, no inciso LXXVIII do artigo 5o da Constituição Federal, 
norma expressa assegurando a razoável duração do processo, tanto no âmbito judicial quanto 
administrativo, bem como estipulou ao legislador ordinário a obrigação de prever os meios que garantam 
a celeridade de sua tramitação. No âmbito eleitoral, tal princípio tem relevância destacada, especialmente 
no processo que possa resultar em perda do mandato eletivo. Sob tal premissa, a Lei no 12.034/09 trouxe 
importante inovação, qual seja a: 
a) fixação de um critério objetivo para a conformação do princípio da duração razoável do processo, 
considerando como tal o lapso temporal máximo de 1 ano, contado da apresentação do processo à Justiça 
Eleitoral. 
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b) previsão de prazos mais curtos de tramitação para cada fase processual, os quais são diminuídos pela metade 
em relação aos demais processos eleitorais. 
c) irrecorribilidade das decisões interlocutórias e o recebimento dos recursos apenas no efeito devolutivo. 
d) relativização do princípio da motivação das decisões judiciais, permitindo aos juízes eleitorais a adoção de 
fundamentação sucinta e a dispensa do relatório no julgamento dos feitos. 
e) adoção de procedimento sumaríssimo de instrução e julgamento, exigindo a concentração da produção das 
provas em um único ato e a lavratura da sentença pelo juiz no prazo máximo de 5 dias após a audiência. 
 
 
5. (Técnico Judiciário/TRE-SP/2017/FCC) 
Acerca das fontes de Direito Eleitoral, 
a) função normativa da Justiça Eleitoral autoriza que sejam editadas Resoluções Normativas pelo Tribunal 
Superior Eleitoral com a finalidade de criar direitos e estabelecer sanções, possibilitando a revogação de leis 
anteriores que disponham sobre o mesmo objeto da Resolução Normativa. 
b) as normas eleitorais devem ser interpretadas em conjunto com o restante do sistema normativo brasileiro, 
admitindo-se a celebração de termos de ajustamento de conduta, previstos na Lei nº 7.346/85, que disciplina a 
Ação Civil Pública, desde que os partidos políticos transijam, exclusivamente, sobre as prerrogativas que lhes 
sejam asseguradas. 
c) o Código Eleitoral define a organização e a competência da Justiça Eleitoral, podendo ser aplicado apesar de 
a Constituição Federal prever a necessidade de lei complementar para tanto. 
d) as Resoluções Normativas do TSE, as respostas às Consultas e as decisões do Tribunal Superior Eleitoral são 
fontes de Direito Eleitoral de natureza exclusivamente jurisdicional e aplicáveis apenas ao caso concreto dos 
quais emanam. 
e) o Código Eleitoral, a Lei de Inelegibilidades, a Lei dos Partidos Políticos, a Lei das Eleições, as Resoluções 
Normativas do TSE e as respostas a Consultas são fontes de Direito Eleitoral de mesma estatura, hierarquia e 
abrangência, podendo ser revogadas umas pelas outras. 
 
 
6. (Analista Judiciário-Área Judiciária/TRE-SE/2007/FCC) 
É certo que no sistema eleitoral brasileiro: 
a) o sufrágio não é universal, é indireto e o voto só é obrigatório para Presidente da República. 
b) adotar-se-á o princípio da representação proporcional para o Senado Federal. 
c) a eleição para a Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas obedecerá o princípio majoritário. 
d) o eleitor, no caso de comprovado e justificado impedimento, poderá votar por procuração. 
e) nas eleições presidenciais, a circunscrição será o País; nas eleições federais e estaduais, o Estado; e nas 
municipais, o respectivo Município. 
 
 
7. (Promotor de Justiça Substituto/MPE-PI/2019/CESPE) 
O princípio que sustenta a ideia de que o intérprete da norma deve manter a aplicação da lei estritamente 
vinculada às limitações por ela impostas a candidatos e eleitores é o da: 
a) vedação da restrição de direitos políticos. 
b) democracia partidária. 
c) responsabilidade solidária. 
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d) periodicidade da investidura. 
e) celeridade da justiça eleitoral. 
 
 
8. (Promotor de Justiça/MPE-RR/2017/CESPE) 
O princípio constitucional da anualidade ou da anterioridade da lei eleitoral 
a) não abrange resoluções do TSE que tenham caráter regulamentar. 
b) não repercute sobre decisões do TSE em casos concretos decididos durante o processo eleitoral e que 
venham a alterar a jurisprudência consolidada. 
c) estabelece período de vacatio legis para a entrada em vigor das leis eleitorais. 
d) tem aplicabilidade imediata e eficácia contida conforme a data do processo eleitoral. 
 
 
9. (Juiz de Direito Substituto/TJ-DFT/2014/CESPE) 
Assinale a opção correta no que diz respeito aos princípios do direito eleitoral. 
a) O termo poliarquia é usado tanto para designar uma democracia representativa moderna como para 
distinguir esse tipo de regime daqueles não democráticos. 
b) A democracia direta é caracterizada pelo voto de igual valor de todos os eleitores e pela provisoriedade da 
ocupação de mandatos de representação. 
c) O sufrágio universal e o voto direto e secreto são as formas de exercício da soberania popular estabelecidas 
no texto constitucional, mas podem ser abolidos a qualquer tempo por deliberação dos senadores. 
d) Considera-se indireto o voto que é dado a uma sigla partidária, possibilidade existente em sistemas eleitorais 
que contemplam a existência de uma lista preordenada de candidatos. 
e) Por força do princípio da anualidade eleitoral, todas as regras eleitorais demandam aprovação com 
anterioridade de pelo menos um ano para que possam vigorar nas eleições seguintes. 
 
 
10. (Analista Judiciário/TRE-MT/2005/CESPE) 
Acerca dos princípios pertinentes ao direito eleitoral e aos direitos políticos de que trata a Constituição 
Federal, assinale a opção correta. 
a) O exercício da soberania popular restringe-se ao sufrágio universal, com valor igual para todos. 
b) O alistamento e o voto são facultativos para quem tem mais de 16 anos de idade e menos de 18 anos de 
idade. 
c) O exercício dos direitos políticos não guarda relação com a elegibilidade. 
d) Para ser candidato a prefeito de capital, é necessário ter 30 anos de idade, ou mais. 
e) Os maiores de 70 anos de idade, em gozo de boas condições de saúde, são obrigados a alistar-se e a votar. 
 
 
11. (Promotor de Justiça/MPE-PA/2014/CESPE) 
Situada no capítulo da Constituição Federal dedicado aos direitos políticos, a anterioridade da lei eleitoral 
desempenha função normativa de caráter estruturante da ordem jurídica eleitoral. Tem por finalidade 
assegurar estabilidade e segurança ao processo eleitoral, inibindo modificações legislativas casuísticas 
que, ante a proximidade do pleito, alterem os seus parâmetros de forma a promover desequilíbrio entre 
partidos e candidatos. Nesse sentido, o princípio constitucional da anterioridade da lei eleitoral 
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a) não obsta a aplicação às subsequentes eleições gerais (para Presidente, Governador, Senador, Deputado 
Federal e Deputado Estadual) de Emenda Constitucional que, em vigor apenas há oito meses da realização do 
pleito, imponha aos partidos políticos dever de coerência na definição dos critérios que orientam suas 
coligações eleitorais, de forma que prevaleça a obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito 
nacional, estadual e distrital. 
b) impede a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há oito meses da realização do pleito, 
estabeleça a responsabilidade solidária do candidato com o administrador da campanha pela veracidade das 
informações financeiras e contábeis apresentadas à Justiça Eleitoral, exigindo que ambos subscrevam a 
respectiva prestação de contas. 
c) impede a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há onze meses da realização do pleito, 
limite, durante a campanha eleitoral, ao horário compreendido entre as 8 (oito) e as 24 (vinte e quatro) horas a 
realização de comícios e a utilização de aparelhagem de sonorização fixa. 
d) não obsta a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há oito meses da realização do 
pleito, determine a proibição a partidos e candidatos de receber doação em dinheiro ou estimável em dinheiro 
procedente de entidades beneficentes ereligiosas, bem como de organizações não-governamentais que 
recebam recursos públicos. 
e) impede a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há oito meses da realização do pleito, 
determine a proibição de doações em dinheiro, bem como de troféus, prêmios, ajudas de qualquer espécie 
feitas por candidato, entre o registro e a eleição, a pessoas físicas ou jurídicas. 
 
 
12. (Consultor Legislativo/Câmara dos Deputados/2014/CESPE) 
Acerca dos princípios do direito eleitoral, julgue os itens a seguir: Tido como princípio basilar do direito 
eleitoral, e inscrito no texto constitucional, o princípio da eficiência determina que o agente político ou 
administrador seja 100 % eficiente. 
a) Certo 
b) Errado 
 
 
13. (Consultor Legislativo/Câmara dos Deputados/2014/CESPE) 
Acerca dos princípios do direito eleitoral, julgue os itens a seguir: Entre os princípios norteadores do direito 
eleitoral brasileiro incluem-se o princípio da igualdade, o princípio do devido processo legal, o princípio da 
publicidade e o princípio da preclusão ou da eventualidade. 
a) Certo 
b) Errado 
 
 
14. (Consultor Legislativo/Câmara dos Deputados/2014/CESPE) 
Acerca dos princípios do direito eleitoral, julgue os itens a seguir: Introduzida no texto constitucional por 
meio de emenda, a nova redação do dispositivo que consagra princípio da anualidade da lei eleitoral 
aperfeiçoou a redação do texto constitucional, ao igualar os conceitos de vigência ou aplicação e de 
eficácia. 
a) Certo 
b) Errado 
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15. (Consultor Legislativo/Câmara dos Deputados/2014/CESPE) 
Acerca dos princípios do direito eleitoral, julgue os itens a seguir: O princípio da anualidade da lei eleitoral 
foi consagrado no sistema jurídico brasileiro pela CF, cujo texto pertinente, originalmente, limitava-se a 
estabelecer que a lei que alterasse o processo eleitoral só entraria em vigor um ano após sua promulgação. 
a) Certo 
b) Errado 
 
 
16. (Defensor Público/DPU/2017/CESPE) 
No texto constitucional, os direitos políticos estão vinculados ao exercício da soberania popular, restritos, 
portanto, aos direitos de votar e de ser votado. 
a) Certo 
b) Errado 
 
 
17. (Técnico Legislativo/Câmara de Taquatinga-SP/2016/VUNESP) 
A Constituição Federal de 1988 prevê que a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de 
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. Tal previsão 
constitucional é considerada uma pedra angular do direito eleitoral e conhecida como princípio da: 
a) anualidade eleitoral. 
b) periodicidade eleitoral. 
c) segurança jurídico-eleitoral. 
d) estrita legalidade eleitoral. 
 
 
18. (Assistente Legislativo/ Câmara de Nova Odessa-SP/2018/VUNESP) 
Se, hipoteticamente, tivesse sido sancionado, no dia 15 de maio de 2018, um projeto de lei que alterasse 
a Lei Federal nº 9.504/97, que estabelece as normas gerais para as eleições no Brasil, modificando, em 
larga medida, a disciplina da propaganda eleitoral, é correto dizer que a nova lei 
a) não poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio da lisura das 
eleições. 
b) poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio da democracia. 
c) não poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio da anualidade 
eleitoral. 
d) poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio do aproveitamento 
do voto. 
e) não poderia ser aplicada às eleições de outubro de 2018, em razão da incidência do princípio federativo. 
 
 
19. (Analista Técnico Legislativo/Câmara de Valinhos-SP/2017/VUNESP) 
Assinale a alternativa que corretamente discorre sobre os princípios do direito eleitoral. 
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a) Os magistrados e os membros do Ministério Público Eleitoral são investidos na função eleitoral pelo prazo 
improrrogável de 4 (quatro) anos, por força do princípio da periodicidade da investidura das funções eleitorais. 
b) O princípio da lisura das eleições ou da isonomia de oportunidades está calcado na ideia de cidadania, de 
origem popular do poder e no combate à influência do poder econômico ou político nas eleições. 
c) Pelo princípio da anterioridade eleitoral, a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua 
publicação, mas não surtirá efeitos na eleição que ocorra até 90 (noventa) dias da data de sua vigência. 
d) O princípio da responsabilidade solidária consubstancia-se na responsabilidade solidária entre o candidato, 
o tesoureiro e o partido político, pela veracidade das informações financeiras e contábeis da campanha 
constantes das prestações de contas. 
e) O princípio da anualidade eleitoral determina que os partidos políticos prestem contas anualmente dos 
gastos efetuados com os valores recebidos a título de participação no Fundo Partidário. 
 
 
20. (Juiz de Direito Substituto/TJ-MG/2018/CONSULPLAN) 
Avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: 
I. “É absoluta, plena ou de eficácia total, e de aplicabilidade imediata, sem quaisquer exceções, o princípio 
da anualidade ou anterioridade da lei eleitoral.” 
PORQUE 
II. “O princípio foi pensado pelo constituinte com o propósito de impedir mudanças repentinas, de última 
hora, no processo de escolha dos agentes políticos que emergem das eleições.” 
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. 
a) A segunda afirmativa é falsa e a primeira verdadeira. 
b) A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira. 
c) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
d) As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira. 
 
 
 
21. (Analista Legislativo/Prefeitura de Balneário Camboriú-SC/2015/FEPESE) 
Assinale a alternativa que indica corretamente o princípio eleitoral em que a lei que alterar o processo 
eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da 
data de sua vigência. 
a) Princípio da legalidade eleitoral 
b) Princípio da celeridade eleitoral 
c) Princípio da anualidade eleitoral 
d) Princípio da democracia representativa 
e) Princípio da irrecorribilidade das decisões eleitorais 
 
 
22. (Técnico Judiciário/TRE-AC/2015/AOCP) 
Em relação à legislação eleitoral, assinale a alternativa correta. 
a) O Código Eleitoral é a legislação central do regime jurídico eleitoral, sendo as demais legislações acessórias 
naquilo em que ele for omisso. 
b) A Lei que alterar o processo eleitoral deve respeitar a regra da anualidade eleitoral. 
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https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/consulplan
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c) É inaplicável, dentro do sistema processual eleitoral, qualquer disposição do código de processo civil, em 
razão da sua incompatibilidade com o que dispõe o código eleitoral. 
d) A cada eleição, será publicada, pelo Tribunal Superior Eleitoral, Lei específica dispondo a respeito do pleito 
a ser realizado. 
e) Além das disposições constitucionais, somente Lei complementar pode dispor acerca de matéria eleitoral. 
 
 
23. (Juiz de Direito/ TJ-PR/2012/UFPR) 
No que consiste o princípio da anualidade eleitoral? 
a) As leis eleitorais têm validade de apenas 01 ano a partir de sua publicação, razão pela qual existem as 
Resoluções do TSE a cada eleição. 
b) As leis eleitorais valem apenas para o ano da eleição para a qual foram editadas e publicadas e são 
complementadas pelas Resoluções do TSE. 
c) As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral somente entram em vigor 01 ano depois da eleição para a 
qual foi publicada. 
d) As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral entram em vigor na data de sua publicação e não se aplicam 
à eleição que ocorra até 01 ano da data de sua vigência. 
 
 
24. (Técnico Judiciário/ TRE-SC/2011/PONTUA) 
Assinale a alternativa INCORRETA: 
a) O Direito Eleitoral é ramo do direito privado. 
b) É objeto do Direito Eleitoral a disciplina do registro de candidatos. 
c) O Direito Eleitoral disciplina o processo para escolha dos governantes. 
d) Compete privativamente à União legislar sobre Direito Eleitoral. 
 
 
25. (Promotor de Justiça/MPE-MS/2011/MPE-MS) 
Recentemente o Supremo Tribunal Federal decidiu pela não aplicação da Lei da Ficha Limpa, referente aos 
candidatos considerados fichas sujas, e que foram eleitos no processo eleitoral de 2010. Não obstante 
tratar-se de decisão judicial recente, qual seria o principal embasamento jurídico para impedir a aplicação 
da Lei Complementar nº 135/2010, nas eleições para presidente, federal e estadual de 2010. Assinale a 
alternativa INCORRETA: 
a) Por conta do processo eleitoral já ter sido deflagrado, e não haveria tempo de os partidos escolherem outros 
candidatos, considerados ficha limpa, desrespeitando, assim, o procedimento estabelecido na Lei nº 9.504/97; 
b) Ofensa aos princípios individuais da segurança jurídica (CF, art. 5º, caput); 
c) Ofensa ao princípio do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV); 
d) Ofensa ao princípio da anterioridade eleitoral, disposto no art. 16 da Constituição Federal; 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
 
26. (Consultor Legislativo/AL-RO/2018/FGV) 
Antônio, como advogado, sustentou, em um processo judicial, que as normas da Lei nº 4.737/65 (Código 
Eleitoral) sobre (I) o recurso sobre a expedição de diploma, estatuindo os requisitos a serem observados, 
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https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/pontua
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(II) o processo eleitoral, (III) a organização e (IV) a competência dos órgãos da Justiça Eleitoral, somente 
poderiam ser alteradas por lei complementar. 
À luz da sistemática vigente, é correto afirmar que Antônio está equivocado 
a) pois prevalece nessa seara o princípio da paridade das fontes. 
b) apenas em relação à temática descrita em III, a qual pode ser alterada por lei ordinária. 
c) apenas em relação às temáticas descritas em I e II, as quais podem ser alteradas por lei ordinária. 
d) apenas em relação às temáticas descritas em I, II e III, as quais podem ser alteradas por lei ordinária. 
e) apenas em relação às temáticas descritas em II, III e IV, as quais podem ser alteradas por lei ordinária. 
 
 
27. (Procurador/Assembleia Legislativa de Alagoas/2015/CS-UFG) 
Ao julgar o Recurso Extraordinário Eleitoral n. 633.703, em 23 de março de 2011, o Supremo Tribunal 
Federal entendeu que a Lei Complementar n. 135/2010 (Lei da Ficha Limpa) não deveria ser aplicada às 
eleições de 2010 por desrespeitar o art. 16 da Constituição Federal de 1988. Considerando o princípio da 
anualidade, 
a) a emenda constitucional que altera o processo eleitoral possui aplicação imediata. 
b) a lei que altera o processo eleitoral, assim que publicada, ingressa imediatamente no ordenamento jurídico 
pátrio, inocorrendo a vacatio legis. 
c) a lei que altera o processo eleitoral entra em vigor um ano após sua publicação, não tendo efeito no período 
da vacatio legis. 
d) a incidência da anualidade em relação à lei que altere o processo eleitoral dependerá de ponderação no caso 
concreto, por tratar-se de um princípio. 
 
 
28. (Promotor de Justiça/MPE-PB/2011/ MPE-PB) 
Pelo princípio da antinomia ou anualidade eleitoral, é correto afirmar: 
a) Toda lei que alterar o processo eleitoral tem vigência imediata à data de sua publicação. 
b) Aplica-se a vacatio legis à norma que disciplinar o processo eleitoral. 
c) Aplica-se em relação às resoluções normativas sobre o registro de candidatos. 
d) Aplica-se, apenas, às resoluções normativas referentes a propaganda eleitoral. 
e) (Abstenção de resposta - Seção VIII, item 11, do Edital do Concurso). 
 
 
29. Promotor de Justiça/MPE-PA/2014/FCC) 
Situada no capítulo da Constituição Federal dedicado aos direitos políticos, a anterioridade da lei eleitoral 
desempenha função normativa de caráter estruturante da ordem jurídica eleitoral. Tem por finalidade 
assegurar estabilidade e segurança ao processo eleitoral, inibindo modificações legislativas casuísticas 
que, ante a proximidade do pleito, alterem os seus parâmetros de forma a promover desequilíbrio entre 
partidos e candidatos. Nesse sentido, o princípio constitucional da anterioridade da lei eleitoral 
a) não obsta a aplicação às subsequentes eleições gerais (para Presidente, Governador, Senador, Deputado 
Federal e Deputado Estadual) de Emenda Constitucional que, em vigor apenas há oito meses da realização do 
pleito, imponha aos partidos políticos dever de coerência na definição dos critérios que orientam suas 
coligações eleitorais, de forma que prevaleça a obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito 
nacional, estadual e distrital. 
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b) impede a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há oito meses da realização do pleito, 
estabeleça a responsabilidade solidária do candidato com o administrador da campanha pela veracidade das 
informações financeiras e contábeis apresentadas à Justiça Eleitoral, exigindo que ambos subscrevam a 
respectiva prestação de contas. 
c) impede a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há onze meses da realização do pleito, 
limite, durante a campanha eleitoral, ao horário compreendido entre as 8 (oito) e as 24 (vinte e quatro) horas a 
realização de comícios e a utilização de aparelhagem de sonorização fixa. 
d) não obsta a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há oito meses da realização do 
pleito, determine a proibição a partidos e candidatos de receber doação em dinheiro ou estimável em dinheiro 
procedente de entidades beneficentes e religiosas, bem como de organizações não-governamentais que 
recebam recursos públicos. 
e) impede a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há oito meses da realização do pleito, 
determine a proibição de doações em dinheiro, bem como de troféus, prêmios, ajudas de qualquer espécie 
feitas por candidato, entreo registro e a eleição, a pessoas físicas ou jurídicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
1. C 
2. A 
3. D 
4. A 
5. C 
6. E 
7. A 
8. A 
9. A 
10. B 
11. D 
12. B 
13. A 
14. B 
15. A 
16. B 
17. C 
18. C 
19. B 
20. B 
21. C 
22. B 
23. D 
24. A 
25. D 
26. C 
27. B 
28. A 
29. B 
 
 
 
 
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RESUMO DIRECIONADO 
1- PANORAMA CONCEITUAL DO DIREITO ELEITORAL 
 
 
 
2- CONCEITOS ESSENCIAIS DE DIREITO ELEITORAL 
2.1 Sufrágio, Voto e Escrutínios 
 
 
• Ramo do Direito que se destina a organizar os direitos políticos e
as eleições
Conceito
• Regulamentação do processo eleitoral
Objeto
•Garantir a correção e legitimidade do exercício do sufrágio
Objetivo
Sufrágio 
censitário = 
baseado na 
renda
Sufrágio 
capacitário = 
baseado na 
escolaridade
Sufrágio racial 
= baseado na 
raça
Sufrágio por 
gênero
Sufrágio etário 
= baseado na 
idade
Sufrágio 
universal = 
baseado na 
participação de 
todos
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2.2 Democracia 
 
 
 
2.3 Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular 
 
 
 
 
 
DEMOCRACIA Direta - escolhas e decisões realizadas
diretamente pela população reunida em
assembleia
Semidireta - as decisões são tomadas 
pelos representantes eleitos, mas em alguns 
casos, também, diretamente pelo povo
Indireta- povo cede as decisões aos 
representantes que elege
Sendo a consulta 
prévia ao ato 
haverá plebiscito
Sendo a consulta 
realizada após o 
ato haverá 
referendo
Assinatura de 
1% do eleitorado 
nacional
Distribuídos 
por 5 
Estados 
Mínimo de 0,3% 
do eleitorado de 
cada UF
Tramitação inicia 
na Câmara dos 
Deputados
belan
Typewriter
PRÉVIA À LEI
belan
Typewriter
POSTERIOR À LEI
belan
Typewriter
ex: estatuto do desarmamento 2005
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3- FONTES DO DIREITO ELEITORAL 
3.1 Fontes Materiais 
 
As fontes materiais são os fatores sociais, históricos, humanísticos e políticos que influenciam no 
surgimento de normas jurídicas. As fontes materiais são, portanto, as influências na formação e construção da 
disciplina eleitoral. 
3.2 Fontes Formais 
 
As fontes formais os mecanismos que introduzem uma norma no meio jurídico dotando-lhe de eficácia 
jurídica e social. Nesse cenário, podem ser dividias em fontes formais diretas e indiretas. 
As fontes formais diretas são aquelas que inovam na cena jurídica, fazendo com que surjam novas normas 
de Direito Eleitoral. Os exemplos mais notáveis de fontes formais diretas são: a Constituição Federal, o Código 
Eleitoral, a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97), a Lei Orgânica dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95), a Lei das 
Inelegibilidades (Lei Complementar nº 64/90). Além disso, as Consultas, Resoluções e Súmulas do TSE. 
 As fontes formais indiretas são as normas das demais disciplinas jurídicas que tangenciam a matéria 
eleitoral (Código Penal, Código de Processo Civil e Código de Processo Penal, por exemplo), a jurisprudência e os 
princípios de Direito Eleitoral. 
3.3 Fontes Informais 
As fontes informais que têm função supletiva ajudando a dar integridade ao sistema de normas, fazendo 
a junção entre diferentes dispositivos e preenchendo as lacunas eventualmente existentes. Assim, podem ser 
apontadas como fontes informais a doutrina e os costumes. 
 
 
Fontes do 
Direito 
Eleitoral
Formais:
diretas: 
Constituição, 
leis eleitorais, 
resoluções 
indiretas: leis 
não eleitorais, 
jurisprudência 
e princípios
Materiais: 
influências na 
formação da 
disciplina
Informais: 
doutrina e 
costumes
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4- PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL 
4.1 Princípio da Anterioridade Eleitoral 
 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando 
à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. 
 
4.2 Princípio da Moralidade Eleitoral 
 
Art. 14. [...] § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua 
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato 
considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência 
do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou 
indireta. 
Lei de 
03/10/2019
Eleição em 
04/10/2020
Aplicável
Lei de 
04/10/2019
Eleição em 
04/10/2020
Não aplicável
Lei de 
05/10/2019
Eleição em 
04/10/2020
Não aplicável
PROCESSO 
ELEITORAL:
ALISTAMENTO VOTAÇÃO
APURAÇÃO DIPLOMAÇÃO
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4.3 Princípio da Liberdade do Voto 
 
O cidadão é livre para escolher seus candidatos, não devendo sofrer quaisquer pressões neste processo, 
guiando-se apenas pelos seus valores pessoais durante a decisão. 
 
4.4 Princípio da Primazia da Vontade do Eleitor 
 
No processo eleitoral deve-se dar prioridade ao desejo do eleitor expresso através do voto, preservando-
o sempre. Assim, as fraude eleitorais devem ser duramente coibidas, pois têm por escopo solapar a vontade do 
cidadão, alterando o resultado natural de uma eleição. 
4.5 Princípio do In Dubio Pro Sufraggi 
 
Em caso de dúvida quanto à regularidade de um determinado processo eleitoral deve-se privilegiar a 
vontade popular apresentada pelos eleitores e preservar os mandatos eletivos. Em decorrência deste princípio, a 
jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral proíbe, por exemplo, que haja cassação de mandato eletivo com base 
no depoimento de uma única testemunha. 
moralidade 
pública
probidade
vida 
pregressa 
do 
candidato
proteção 
contra 
abuso de 
poder 
econômico
proteção 
contra o 
abuso de 
autoridade
belan
Typewriter
Ex bolsonaro questiona a regularidade das eleições por urna eletrônica.
belan
Highlight
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4.6 Princípio da Democracia Partidária 
 
4.8 Princípio da Razoável Duração do Processo e Perda do Mandato Eletivo 
 
A Constituição de 1988 introduziu no ordenamento jurídico brasileiro o princípio da razoável duração do 
processo (artigo 5º, LXXVII), o que por via transversa resultou na consolidação do princípio da celeridade 
processual. 
Art. 97-A. Nos termos do inciso LXXVIII do art. 5° da Constituição Federal, considera-se duração 
razoável do processo que possa resultar em perda do mandato eletivo o período máximo de 1 (um) 
ano, contado da sua apresentação à Justiça Eleitoral. 
§1° A duração do processo de que trata o caput abrange a tramitação em todas as instâncias da 
Justiça Eleitoral. 
 
 
• Criação de 
uma 
democracia 
partidária
proteção dos 
partidos 
políticos
•Mandatos 
peretencem 
aos partidos 
políticos
fidelidade 
partidária
• Candidato 
deve estar 
filiado
vedação de 
candidatura 
avulsa
	1- PANORAMA CONCEITUAL DO DIREITO ELEITORAL
	2- CONCEITOS ESSENCIAIS DE DIREITO ELEITORAL
	2.1 Sufrágio, Voto e Escrutínios
	2.2 Democracia
	2.3 Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular
	3- FONTES DO DIREITO ELEITORAL
	3.1 Fontes Materiais
	3.2 Fontes Formais
	3.3 Fontes Informais
	4- PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL
	4.1 Princípioda Anterioridade Eleitoral
	4.2 Princípio da Moralidade Eleitoral
	4.3 Princípio da Liberdade do Voto
	4.4 Princípio da Primazia da Vontade do Eleitor
	4.5 Princípio do In Dubio Pro Sufraggi
	4.6 Princípio da Responsabilidade Solidária
	4.7 Princípio da Democracia Partidária
	4.8 Princípio da Razoável Duração do Processo e Perda do Mandato Eletivo
	QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR
	LISTA DE QUESTÕES
	GABARITO
	RESUMO DIRECIONADO
	1- PANORAMA CONCEITUAL DO DIREITO ELEITORAL (1)
	2- CONCEITOS ESSENCIAIS DE DIREITO ELEITORAL (1)
	2.1 Sufrágio, Voto e Escrutínios
	2.2 Democracia
	2.3 Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular
	3- FONTES DO DIREITO ELEITORAL (1)
	3.1 Fontes Materiais
	3.2 Fontes Formais
	3.3 Fontes Informais
	4- PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL (1)
	4.1 Princípio da Anterioridade Eleitoral
	4.2 Princípio da Moralidade Eleitoral
	4.3 Princípio da Liberdade do Voto
	4.4 Princípio da Primazia da Vontade do Eleitor
	4.5 Princípio do In Dubio Pro Sufraggi
	4.6 Princípio da Democracia Partidária
	4.8 Princípio da Razoável Duração do Processo e Perda do Mandato Eletivo

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