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O TECNÓLOGO EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL AULA 4 Prof. Luciano Carstens 2 CONVERSA INICIAL Nesta aula, serão abordados os seguintes temas relacionados ao estudo sobre automação industrial: a função dos sistemas CONFEA e CREA, as atribuições profissionais, o perfil do egresso e os principais campos de atuação profissional. TEMA 1 – CONFEA O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), instituído juntamente com os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia pelo Decreto n. 23.569, de 11 de dezembro de 1933, é a instância superior da fiscalização do exercício das profissões inseridas no Sistema CONFEA/CREA. Os CREAs são os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia. Trata-se de uma entidade autárquica, dotada de personalidade jurídica de direito público, que constitui serviço público federal, com sede e foro na cidade de Brasília (DF) e jurisdição em todo o território nacional. O sistema CONFEA/CREA verifica, fiscaliza, regulamenta e aperfeiçoa o exercício e as atividades da Engenharia, da Agronomia e das Geociências, com o objetivo de zelar pela defesa da sociedade e do desenvolvimento sustentável do país, com base nos princípios éticos profissionais. 1.1 Objetivos do CONFEA Como dito anteriormente, o principal objetivo do CONFEA é zelar pela defesa da sociedade e do desenvolvimento sustentável do país, observados os princípios éticos profissionais. Para tanto, no desempenho de seu papel institucional, o Conselho Federal exerce ações: • regulamentadoras, baixando resoluções, decisões normativas e decisões plenárias para o cumprimento da legislação referente ao exercício e à fiscalização das profissões; • contenciosas, julgando em última instância as demandas instauradas nos CREAs; • promotoras de condição para o exercício, a fiscalização e o aperfeiçoamento das atividades profissionais, podendo ser exercidas isoladamente ou em parceria com os CREAs, com as entidades 3 representativas de profissionais e de instituições de ensino nele registradas, com órgãos públicos ou com a sociedade civil organizada; • informativas sobre questão de interesse público; • administrativas, visando: o gerir seus recursos e patrimônio; e o coordenar, supervisionar e controlar suas atividades e as atividades dos CREAs e da Mútua, observando, especificamente, o disposto na legislação federal, nas resoluções, nas decisões normativas e nas decisões proferidas por seu Plenário. Mais especificamente, entre as atribuições do CONFEA, estão: • baixar e fazer publicar resolução e decisão normativa; homologar ato normativo de CREA; • aprovar proposta de composição dos plenários do CONFEA e dos CREAs; • julgar, em última instância, matéria referente ao exercício das profissões inseridas no Sistema CONFEA/CREA e as infrações ao Código de Ética Profissional, bem como recurso sobre registro, decisão ou penalidade imposta pelos CREAs ou sobre decisão da diretoria-executiva da Mútua; • promover a unidade de ação entre os órgãos que integram o Sistema CONFEA/CREA e a Mútua; • supervisionar o funcionamento dos CREAs e da Mútua; dirimir dúvida, quando houver controvérsia sobre matéria no âmbito do CREA, desde que previamente analisada sob os aspectos técnicos e jurídicos; fixar e alterar as anuidades, emolumentos e taxas a pagar pelos profissionais e pessoas jurídicas; • registrar obras intelectuais de autoria de profissionais do Sistema CONFEA/CREA; • posicionar-se sobre matérias de caráter legislativo, normativo ou contencioso de interesse do Sistema CONFEA/CREA; • articular com instituições públicas e privadas sobre questões de interesse da sociedade e do Sistema CONFEA/CREA; • manter atualizadas as relações de títulos, cursos, instituições de ensino, entidades de classe, profissionais e pessoas jurídicas registrados nos 4 CREAs (todas as atribuições estão listadas nos arts. 27 da Lei n. 5.194/1966 e 3º do Regimento do CONFEA). 1.2 Histórico do Sistema CONFEA/CREA No diagrama a seguir, apresenta-se um breve histórico ao longo dos anos do sistema CONFEA, em uma linha do tempo. Figura 1 – Histórico do Sistema CONFEA Fonte: CONFEA, 2022. 1.3 Fiscalização O Sistema CONFEA/CREA tem como missão a fiscalização da prestação de serviços técnicos e a execução de obras relacionados à Engenharia e à Agronomia, com a participação de profissional habilitado. O CONFEA zela pelos interesses sociais e humanos de toda a sociedade e, com base nisso, regulamenta o exercício profissional, por instrumentos administrativos normativos. Enquanto Conselho Federal é a instância superior da fiscalização tendo como atribuição julgar em última instância os recursos sobre registros, decisões e penalidades impostas pelos Conselhos Regionais. Já o ato de verificação e fiscalização das atividades e das profissões reguladas pela Lei n. 5.194/1966 é de competência dos CREAs. Para cumprir essa função, os Regionais designam funcionários, denominados agentes fiscais, com atribuições para lavrar autos de infração em 5 conformidade com as disposições da lei. Os CREAs, visando à maior eficiência da fiscalização, possuem ainda a prerrogativa de criar câmaras especializadas por grupo ou modalidade profissional. Estes órgãos têm entre suas atribuições julgar e decidir em primeira instância, os assuntos de fiscalização e infração à legislação profissional. 1.4 Exercício Legal da Profissão O objetivo da fiscalização é verificar o exercício e as atividades das profissões reguladas pela Lei n. 5.194/1966, nos seus níveis superior e médio, de forma a assegurar a prestação de serviços técnicos ou execução de obras com participação de profissional habilitado e em observância aos princípios éticos, econômicos, tecnológicos e ambientais compatíveis com as necessidades da sociedade. Estão sujeitas à fiscalização as pessoas físicas — leigos ou profissionais — e as pessoas jurídicas que executam ou se constituam para executar serviços ou obras de Engenharia ou de Agronomia. De acordo com o art. 6º da Lei n. 5194/66, exerce ilegalmente a profissão: a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços, públicos ou privados, reservados aos profissionais de que trata esta Lei e que não possua registro nos Conselhos Regionais; b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições discriminadas em seu registro; c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou empresas executoras de obras e serviços sem sua real participação nos trabalhos delas; d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade; e e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa jurídica, exercer atribuições reservadas aos profissionais da Engenharia, e da Agronomia, com infringência do disposto no parágrafo único do art. 8º desta Lei. 6 Saiba mais Confira o manual de procedimentos para a verificação do exercício profissional. Disponível em: <http://transparencia.confea.org.br/wp- content/uploads/2017/05/Manual-de-Fiscaliza%C3%A7%C3%A3o.pdf>. Acesso em: 22 mar. 2022. 1.5 Ética profissional Estabelecido em 1971, o Código de Ética Profissional acompanha o cotidiano dos profissionais da Engenharia, da Agronomia e das Geociências, atendendo ao que preconiza a Lei n. 5.194/1966, quando define o caráter social das atividades abrangidas pelo Sistema CONFEA/CREA. A profissão é bem social da humanidade e o profissional é o agente capaz de exercê-la, tendo como objetivos maiores a preservação e o desenvolvimento harmônico do ser humano, de seu ambiente e de seus valores. (CONFEA/CREA, 1971) O Código de Ética Profissional recebeu sua última atualização em 2002, por meio da Resolução n. 1.002. A partir desse compilado de princípios éticos, o CONFEA propaga a éticaprofissional como caminho para alcançar a excelência das profissões, bem como a valorização do Código como principal instrumento para orientar a conduta dos profissionais. Saiba mais Confira o documento que apresenta todo o histórico do desenvolvimento do código de ética profissional. Disponível em: <https://www.confea.org.br/sites/default/files/uploads/etica_historico.pdf>. Acesso em: 22 mar. 2022. A seguir algumas curiosidades sobre o código de ética profissional. • O desenvolvimento sustentável deve ser prioridade no exercício profissional de engenheiros, agrônomos, geólogos, geógrafos e meteorologistas. 7 • O profissional que aceitar trabalho para o qual não tenha qualificação pode sofrer processo ético. • O salário-mínimo profissional é uma garantia prevista no Código de Ética Profissional. • Todos os profissionais da Engenharia, Agronomia, Meteorologia, Geologia, Geografia e de áreas correlatas têm direito à proteção da propriedade intelectual sobre sua criação. • Cada CREA possui uma Comissão de Ética para julgar em primeira instância denúncias de infração do Código de Ética Profissional. • O Plenário do CONFEA funciona como última instância de julgamento de processos éticos. Denúncias devem ser feitas nos CREAs, que julgarão os casos antes de o tramitarem para o CONFEA. 1.6 Os Eixos do Sistema CONFEA/CREA O funcionamento do sistema CONFEA/CREA, do qual o CONFEA é o órgão central, é orientado basicamente por quatro eixos temáticos. 1. Formação Profissional: para o exercício das profissões abrangidas pelo sistema, é exigida uma dupla habilitação: a acadêmica, concedida pelas instituições de ensino, e a profissional, concedida pelos conselhos profissionais. 2. Exercício Profissional: o exercício profissional efetivo, eficiente e eficaz desejado reflete-se, entre outros aspectos, na qualidade indispensável, de obras, serviços e produtos colocados à disposição da sociedade, onde zelar pelo bom exercício profissional é papel fundamental do sistema CONFEA. 3. Organização do Sistema: a boa gestão das relações entre entidades, instituições de ensino e conselhos de fiscalização é condição indispensável para o alcance da eficiência, eficácia e efetividade do sistema profissional. A capilaridade alcançada pelos regionais permite maior proximidade com a sociedade, viabilizando o atingimento do objetivo maior do sistema que é a fiscalização. 4. Integração Social e Profissional: a integração social diz respeito ao estreitamento das relações das organizações do sistema CONFEA/CREA com as organizações públicas e privadas do universo social. 8 1.7 Fóruns consultivos O CONFEA, assim como os CREAs, tem como instâncias consultivas as Coordenadorias Nacionais de Câmaras Especializadas em: • Agronomia; • Agrimensura; • Engenharia Civil; • Engenharia Elétrica; • Engenharia Florestal; • Engenharia Industrial; • Engenharia Química; • Segurança do Trabalho; • Geologia e Minas; e • Comissão de Ética. Também são fóruns consultivos do CONFEA. • Colégio de Presidentes: composto pelos presidentes regionais e que tem por objetivo buscar a unidade de ação preconizada no art. 24 da Lei n. 5194/1966. • Colégio das Entidades Nacionais (CDEN): constituído pelas entidades nacionais representativas das profissões jurisdicionadas pelo sistema CONFEA. 1.8 Profissões abrangidas pelo Sistema CONFEA Há poucos anos, os arquitetos, e mais recentemente os técnicos, formaram seus próprios conselhos profissionais e deixaram o sistema CONFEA. Atualmente, as profissões abrangidas no sistema CONFEA/CREA são: • engenheiro; • engenheiro agrônomo; • geólogo; • geógrafo; • meteorologista; e • tecnólogo. 9 1.9 Dispositivos legais A seguir, listam-se alguns dispositivos legais que regulam o exercício profissional. • Lei n. 5194/1966: regula o exercício das profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo. Estabelece as competências do conselho federal e dos conselhos regionais de engenharia e agronomia. • Lei n. 6496/1977: institui a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), na prestação de serviços dos profissionais do sistema CONFEA e autoriza a criação de uma Mútua de assistência dos profissionais registrados nos CREAs, com o objetivo de oferecer a seus associados planos de benefícios sociais, previdenciários e assistenciais, de acordo com sua responsabilidade financeira. 1.10 O sistema em números O gráfico a seguir mostra um pouco de como está a distribuição dos profissionais regulados pelo sistema CONFEA em relação à população brasileira. Figura 2 – Profissionais do Sistema CONFEA em relação à população Fonte: CONFEA, 2018. 10 Na figura a seguir, há mais alguns dados estatísticos sobre os trabalhos realizados pelo sistema. Figura 3 – Estatísticas de atuação do sistema CONFEA Fonte: CONFEA, 2018. TEMA 2 – O SISTEMA CREA CREA é a sigla para Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, existindo um por Estado no país. Essas entidades existem para dar orientações precisas e fiscalizar os profissionais das diversas áreas tecnológicas e da agronomia. 2.1 Como eram organizados os CREAs Em 1934, o país era dividido em 8 CREAs, que poderiam contemplar mais de um Estado, conforme disposto no mapa. Em 1992, esse número chegou a 22. Em seguida, cada unidade da federação passou a contar com seu próprio Conselho Regional. 11 Figura 5 – Divisão regional dos CREAs, em 1934 Fonte: CONFEA, 2018. 2.2 A função dos CREAs no sistema CONFEA A principal função é fiscalizar com base nas normas e orientações emanadas do CONFEA, bem com o constante em leis e decretos, o exercício profissional e julgar os processos em primeira e segunda instâncias. Como pode ser visto anteriormente, os CREAs são distribuídos em todos os Estados da federação brasileira mais o Distrito Federal. Neles, cada Estado possui seu presidente eleito pelos profissionais e seus conselheiros indicados pelas entidades de representação, de forma a constituírem as câmaras técnicas especializadas. 2.3 Taxas de anuidade e ART No Brasil, para que um profissional graduado seja certificado, ele precisa pagar a taxa de anuidade para o Conselho Regional a cuja jurisdição pertence. Ou seja, ele só poderá exercer legalmente se manter o seu registro ativo e pagar em dia as suas anuidades e taxas de ART, quando for o caso. A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) é o documento que define, para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pelo desenvolvimento de atividade técnica no âmbito das profissões abrangidas pelo Sistema CONFEA/CREA. A Lei n. 6.496/77 estabeleceu sua obrigatoriedade em todo contrato para execução de obra ou prestação de serviço de Engenharia, 12 Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, bem como para o desempenho de cargo ou função para a qual sejam necessários habilitação legal e conhecimentos técnicos nas profissões abrangidas pelo Sistema CONFEA/CREA. Para o profissional, o registro da ART garante a formalização do respectivo acervo técnico, que possui fundamental importância no mercado de trabalho para comprovação de sua capacidade técnico-profissional. Para a sociedade, a ART serve como um instrumento de defesa, pois formaliza o compromisso do profissional com a qualidade dos serviços prestados. A ART deve ser registrada pelo profissional antes do início da atividade técnica (conforme os dados do contrato escrito ou verbal), no CREA em cuja região será realizada a atividade. 2.4 O tecnólogo e sua Câmara Técnica especializada O Tecnólogo em Automação Industrial faz parte da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica (CEEE). A Câmara abrange, dentre outros, os seguintes títulos profissionais: Engenheiro Eletricista; Engenheiro em Eletrônica; Engenheiro de Telecomunicações; Engenheiro de Controle e Automação;Engenheiro de Computação; além de Tecnólogos das áreas de Eletrotécnica; Eletrônica; Telecomunicações; Automação Industrial; e Informática Industrial. TEMA 3 – ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS Conforme estabelecido pela Resolução n. 313/1986 do CONFEA: Art. 3º - As atribuições dos Tecnólogos, em suas diversas modalidades, para efeito do exercício profissional, e da sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em: 1) elaboração de orçamento; 2) padronização, mensuração e controle de qualidade; 3) condução de trabalho técnico; 4) condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção; 5) execução de instalação, montagem e reparo; 6) operação e manutenção de equipamento e instalação; 7) execução de desenho técnico. 13 Parágrafo único - Compete, ainda, aos Tecnólogos em suas diversas modalidades, sob a supervisão e direção de Engenheiros, Arquitetos ou Engenheiros Agrônomos: 1) execução de obra e serviço técnico; 2) fiscalização de obra e serviço técnico; 3) produção técnica especializada. Art. 4º - Quando enquadradas, exclusivamente, no desempenho das atividades referidas no Art. 3º e seu parágrafo único, poderão os Tecnólogos exercer as seguintes atividades: 1) vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico; 2) desempenho de cargo e função técnica; 3) ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica, extensão. Parágrafo único - O Tecnólogo poderá responsabilizar-se, tecnicamente, por pessoa jurídica, desde que o objetivo social desta seja compatível com suas atribuições. Art. 5º - Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que lhe competem, pelas características do seu currículo escolar, consideradas em cada caso apenas as disciplinas que contribuem para a graduação profissional, salvo outras que lhe sejam acrescidas em curso de pós-graduação, na mesma modalidade. TEMA 4 – PERFIL DO EGRESSO A constante modernização de processos industriais faz com que haja a necessidade de profissionais que sejam capazes de acompanhar estas mudanças e avaliar quais serão seus impactos nos mais variados aspectos. Atualmente, e cada vez mais, a automatização de processos será fundamental na vida das pessoas. Para que estes processos sejam realizados com agilidade e precisão, os profissionais envolvidos devem conhecer as ferramentas necessárias para isso, como robôs industriais e controladores programáveis. Assim, a importância da Automação Industrial se dá exatamente neste contexto. O maior objetivo do Tecnólogo em Automação é saber lidar com situações que exijam conhecimentos específicos na área de automação, preservando e promovendo a qualidade de processos automatizados, visando o bem-estar de funcionários, pessoas e de todos à sua volta. O egresso em um curso de tecnólogo em automação industrial estará apto a desempenhar as atividades descritas a seguir: 14 • instalação e supervisão de sistemas elétricos e mecânicos (comerciais e industriais); • execução da manutenção de instalações elétricas e sistemas eletroeletrônicos; • coordenação e supervisão da manutenção de máquinas e equipamentos industriais; • execução da manutenção industrial em sistemas de ventilação, refrigeração, vapor, ar-comprimido e hidráulicos; • identificação, localização e correção de defeitos e falhas em instalações industriais; • interpretação de circuitos elétricos, eletroeletrônicos, hidráulicos e pneumáticos; • aplicação dos princípios de automação industrial; • aplicação da legislação e das normas técnicas referentes à manutenção, à saúde e segurança no trabalho, à qualidade e ao meio-ambiente; • leitura, interpretação e execução da manutenção básica de circuitos hidráulicos e pneumáticos; • leitura e interpretação de projetos, catálogos, tabelas e manuais técnicos; • interpretação e execução de ensaios e testes correlatos à manutenção industrial; • operação de equipamentos, instrumentos, máquinas e ferramentas correlatas à manutenção industrial; • elaboração de croquis e desenhos técnicos; • utilização de softwares específicos; • conhecimento e aplicação das técnicas metalúrgicas na manutenção industrial; • gestão da manutenção industrial, abrangendo: o planejamento da manutenção (manutenção corretiva, preventiva e preditiva), implantação de sistemas de manutenção, o controle de custos de manutenção, a análise de confiabilidade e disponibilidade de equipamentos; • gerenciamento e treinamento de equipes de trabalho; • planejamento de layout em ambientes industriais; • implantação de técnicas de controle de qualidade na manutenção; • desenvolvimento de atividades de apoio aos setores de engenharia; 15 • assessoria em vendas, compras e controle de materiais elétricos e mecânicos; • especificação de componentes, equipamentos elétricos e mecânicos; • elaboração de orçamento; e • desenvolver ações voltadas para o empreendedorismo. TEMA 5 – CAMPO DE ATUAÇÃO O profissional poderá atuar em inúmeros segmentos, destacando-se os diversos setores industriais, como metalúrgico, de máquinas e equipamentos, automóveis, químico e petroquímico, de bebidas, de papel e celulose etc. Ele projeta e gerencia a instalação e o uso de sistemas automatizados nos processos industriais. Pode trabalhar, ainda, com automação comercial, desenvolvendo sistemas de segurança ou de gerenciamento. O egresso em um curso superior de tecnologia em automação industrial poderá atuar em empresas especializadas em automação industrial, empresas de planejamento voltadas à automação industrial, desenvolvimento de projetos e assistência técnica, indústrias com processos automatizados, indústrias com setores de manutenção de processos contínuos, institutos e centros de pesquisa; instituições de ensino, mediante formação requerida pela legislação vigente; empresas industriais de ramos como montadores de automóveis, alimentícia e de bebidas, têxteis, refinarias, metalúrgica, de elevadores, siderúrgica, química e farmacêutica, são algumas das possibilidades de atuação para o egresso do curso. FINALIZANDO Nesta aula, fomos capazes de compreender sobre a atuação profissional do egresso do Curso de Tecnologia em Automação Industrial, as funções do sistema CONFEA/CREA, as atribuições profissionais e o mercado de trabalho do egresso. 16 REFERÊNCIAS ALMEIRA, P. S. de. Indústria 4.0: princípios básicos, aplicabilidade e implantação na área Industrial. Érica, 2019. BP GLOBAL. Statistical Review of World Energy | Energy economics | Home. bp global. Disponível em: <https://www.bp.com/en/global/corporate/energy- economics/statistical-review-of-world-energy.html>. Acesso em: 22 mar. 2022. CONFEA - CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Disponível em: <https://www.confea.org.br/>. Acesso em: 22 mar. 2022. COSTA, R. Projeções indicam aceleração do envelhecimento dos brasileiros até 2100. Ipea.gov.br. Disponível em: <https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id =38577&catid=10&Itemid=9>. Acesso em: 22 mar. 2022. LAMB, F. Automação Industrial na Prática. AMGH, 2015. LITERATE and illiterate world population. Our World in Data. Disponível em: <https://ourworldindata.org/grapher/literate-and-illiterate-world- population?country=~OWID_WRL>. Acesso em: 22 mar. 2022. NATALE, F. Automação Industrial. 10. ed. Érica, 2006. ROMANO, M. Entenda tudo sobre a integração na indústria 4.0 e conheça as integrações horizontal e vertical. Logique Sistemas, 2017. SCHWAB, K. A Quarta Revolução Industrial. 1. ed. Edipro, 2018. SILVEIRA, C. B. O que é a automação industrial? Citisystems. Disponível em: <https://www.citisystems.com.br/o-que-e-automacao-industrial/>. Acesso em: 22 mar. 2022. SILVEIRA, P. R; SANTOS, W. E. Automação e Controle Discreto. Érica, 2009. SISTEMAS flexíveis de manufatura:conheça os benefícios. TOTVS. Disponível em: <https://www.totvs.com/blog/gestao-industrial/sistemas-flexiveis-de- manufatura/#:~:text=Os%20sistemas%20flex%C3%ADveis%20de%20manufat ura,nos%20processos%20dentro%20da%20ind%C3%BAstria>. Acesso em: 22 mar. 2022. WORLD BANK GROUP. Global Action Urgently Needed to Halt Historic Threats to Poverty Reduction. World Bank. Disponível em: 17 <https://www.worldbank.org/en/news/feature/2020/10/07/global-action-urgently- needed-to-halt-historic-threats-to-poverty-reduction>. Acesso em: 22 mar. 2022.
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