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aula 4 o tecnólogo de automaçaõ industrial

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O TECNÓLOGO EM 
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Luciano Carstens 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula, serão abordados os seguintes temas relacionados ao estudo 
sobre automação industrial: a função dos sistemas CONFEA e CREA, as 
atribuições profissionais, o perfil do egresso e os principais campos de atuação 
profissional. 
TEMA 1 – CONFEA 
O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), instituído 
juntamente com os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia pelo 
Decreto n. 23.569, de 11 de dezembro de 1933, é a instância superior da 
fiscalização do exercício das profissões inseridas no Sistema CONFEA/CREA. 
Os CREAs são os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia. Trata-se 
de uma entidade autárquica, dotada de personalidade jurídica de direito público, 
que constitui serviço público federal, com sede e foro na cidade de Brasília (DF) 
e jurisdição em todo o território nacional. 
O sistema CONFEA/CREA verifica, fiscaliza, regulamenta e aperfeiçoa o 
exercício e as atividades da Engenharia, da Agronomia e das Geociências, com 
o objetivo de zelar pela defesa da sociedade e do desenvolvimento sustentável 
do país, com base nos princípios éticos profissionais. 
1.1 Objetivos do CONFEA 
Como dito anteriormente, o principal objetivo do CONFEA é zelar pela 
defesa da sociedade e do desenvolvimento sustentável do país, observados os 
princípios éticos profissionais. Para tanto, no desempenho de seu papel 
institucional, o Conselho Federal exerce ações: 
• regulamentadoras, baixando resoluções, decisões normativas e decisões 
plenárias para o cumprimento da legislação referente ao exercício e à 
fiscalização das profissões; 
• contenciosas, julgando em última instância as demandas instauradas nos 
CREAs; 
• promotoras de condição para o exercício, a fiscalização e o 
aperfeiçoamento das atividades profissionais, podendo ser exercidas 
isoladamente ou em parceria com os CREAs, com as entidades 
 
 
3 
representativas de profissionais e de instituições de ensino nele 
registradas, com órgãos públicos ou com a sociedade civil organizada; 
• informativas sobre questão de interesse público; 
• administrativas, visando: 
o gerir seus recursos e patrimônio; e 
o coordenar, supervisionar e controlar suas atividades e as atividades 
dos CREAs e da Mútua, observando, especificamente, o disposto na 
legislação federal, nas resoluções, nas decisões normativas e nas 
decisões proferidas por seu Plenário. 
Mais especificamente, entre as atribuições do CONFEA, estão: 
• baixar e fazer publicar resolução e decisão normativa; homologar ato 
normativo de CREA; 
• aprovar proposta de composição dos plenários do CONFEA e dos 
CREAs; 
• julgar, em última instância, matéria referente ao exercício das profissões 
inseridas no Sistema CONFEA/CREA e as infrações ao Código de Ética 
Profissional, bem como recurso sobre registro, decisão ou penalidade 
imposta pelos CREAs ou sobre decisão da diretoria-executiva da Mútua; 
• promover a unidade de ação entre os órgãos que integram o Sistema 
CONFEA/CREA e a Mútua; 
• supervisionar o funcionamento dos CREAs e da Mútua; dirimir dúvida, 
quando houver controvérsia sobre matéria no âmbito do CREA, desde que 
previamente analisada sob os aspectos técnicos e jurídicos; fixar e alterar 
as anuidades, emolumentos e taxas a pagar pelos profissionais e pessoas 
jurídicas; 
• registrar obras intelectuais de autoria de profissionais do Sistema 
CONFEA/CREA; 
• posicionar-se sobre matérias de caráter legislativo, normativo ou 
contencioso de interesse do Sistema CONFEA/CREA; 
• articular com instituições públicas e privadas sobre questões de interesse 
da sociedade e do Sistema CONFEA/CREA; 
• manter atualizadas as relações de títulos, cursos, instituições de ensino, 
entidades de classe, profissionais e pessoas jurídicas registrados nos 
 
 
4 
CREAs (todas as atribuições estão listadas nos arts. 27 da Lei n. 
5.194/1966 e 3º do Regimento do CONFEA). 
1.2 Histórico do Sistema CONFEA/CREA 
No diagrama a seguir, apresenta-se um breve histórico ao longo dos anos 
do sistema CONFEA, em uma linha do tempo. 
Figura 1 – Histórico do Sistema CONFEA 
 
Fonte: CONFEA, 2022. 
1.3 Fiscalização 
O Sistema CONFEA/CREA tem como missão a fiscalização da prestação 
de serviços técnicos e a execução de obras relacionados à Engenharia e à 
Agronomia, com a participação de profissional habilitado. 
O CONFEA zela pelos interesses sociais e humanos de toda a sociedade 
e, com base nisso, regulamenta o exercício profissional, por instrumentos 
administrativos normativos. Enquanto Conselho Federal é a instância superior 
da fiscalização tendo como atribuição julgar em última instância os recursos 
sobre registros, decisões e penalidades impostas pelos Conselhos Regionais. 
Já o ato de verificação e fiscalização das atividades e das profissões 
reguladas pela Lei n. 5.194/1966 é de competência dos CREAs. 
Para cumprir essa função, os Regionais designam funcionários, 
denominados agentes fiscais, com atribuições para lavrar autos de infração em 
 
 
5 
conformidade com as disposições da lei. Os CREAs, visando à maior eficiência 
da fiscalização, possuem ainda a prerrogativa de criar câmaras especializadas 
por grupo ou modalidade profissional. Estes órgãos têm entre suas atribuições 
julgar e decidir em primeira instância, os assuntos de fiscalização e infração à 
legislação profissional. 
1.4 Exercício Legal da Profissão 
O objetivo da fiscalização é verificar o exercício e as atividades das 
profissões reguladas pela Lei n. 5.194/1966, nos seus níveis superior e médio, 
de forma a assegurar a prestação de serviços técnicos ou execução de obras 
com participação de profissional habilitado e em observância aos princípios 
éticos, econômicos, tecnológicos e ambientais compatíveis com as 
necessidades da sociedade. 
Estão sujeitas à fiscalização as pessoas físicas — leigos ou profissionais 
— e as pessoas jurídicas que executam ou se constituam para executar serviços 
ou obras de Engenharia ou de Agronomia. 
De acordo com o art. 6º da Lei n. 5194/66, exerce ilegalmente a profissão: 
a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços, públicos 
ou privados, reservados aos profissionais de que trata esta Lei e que não 
possua registro nos Conselhos Regionais; 
b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições 
discriminadas em seu registro; 
c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações 
ou empresas executoras de obras e serviços sem sua real participação 
nos trabalhos delas; 
d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade; e 
e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa jurídica, 
exercer atribuições reservadas aos profissionais da Engenharia, e da 
Agronomia, com infringência do disposto no parágrafo único do art. 8º 
desta Lei. 
 
 
 
6 
Saiba mais 
Confira o manual de procedimentos para a verificação do exercício 
profissional. 
Disponível em: <http://transparencia.confea.org.br/wp-
content/uploads/2017/05/Manual-de-Fiscaliza%C3%A7%C3%A3o.pdf>. Acesso 
em: 22 mar. 2022. 
1.5 Ética profissional 
Estabelecido em 1971, o Código de Ética Profissional acompanha o 
cotidiano dos profissionais da Engenharia, da Agronomia e das Geociências, 
atendendo ao que preconiza a Lei n. 5.194/1966, quando define o caráter social 
das atividades abrangidas pelo Sistema CONFEA/CREA. 
A profissão é bem social da humanidade e o profissional é o agente 
capaz de exercê-la, tendo como objetivos maiores a preservação e o 
desenvolvimento harmônico do ser humano, de seu ambiente e de 
seus valores. (CONFEA/CREA, 1971) 
O Código de Ética Profissional recebeu sua última atualização em 2002, 
por meio da Resolução n. 1.002. A partir desse compilado de princípios éticos, o 
CONFEA propaga a éticaprofissional como caminho para alcançar a excelência 
das profissões, bem como a valorização do Código como principal instrumento 
para orientar a conduta dos profissionais. 
Saiba mais 
Confira o documento que apresenta todo o histórico do desenvolvimento 
do código de ética profissional. 
Disponível em: 
<https://www.confea.org.br/sites/default/files/uploads/etica_historico.pdf>. 
Acesso em: 22 mar. 2022. 
A seguir algumas curiosidades sobre o código de ética profissional. 
• O desenvolvimento sustentável deve ser prioridade no exercício 
profissional de engenheiros, agrônomos, geólogos, geógrafos e 
meteorologistas. 
 
 
7 
• O profissional que aceitar trabalho para o qual não tenha qualificação 
pode sofrer processo ético. 
• O salário-mínimo profissional é uma garantia prevista no Código de Ética 
Profissional. 
• Todos os profissionais da Engenharia, Agronomia, Meteorologia, 
Geologia, Geografia e de áreas correlatas têm direito à proteção da 
propriedade intelectual sobre sua criação. 
• Cada CREA possui uma Comissão de Ética para julgar em primeira 
instância denúncias de infração do Código de Ética Profissional. 
• O Plenário do CONFEA funciona como última instância de julgamento de 
processos éticos. Denúncias devem ser feitas nos CREAs, que julgarão 
os casos antes de o tramitarem para o CONFEA. 
1.6 Os Eixos do Sistema CONFEA/CREA 
O funcionamento do sistema CONFEA/CREA, do qual o CONFEA é o 
órgão central, é orientado basicamente por quatro eixos temáticos. 
1. Formação Profissional: para o exercício das profissões abrangidas pelo 
sistema, é exigida uma dupla habilitação: a acadêmica, concedida pelas 
instituições de ensino, e a profissional, concedida pelos conselhos 
profissionais. 
2. Exercício Profissional: o exercício profissional efetivo, eficiente e eficaz 
desejado reflete-se, entre outros aspectos, na qualidade indispensável, de 
obras, serviços e produtos colocados à disposição da sociedade, onde 
zelar pelo bom exercício profissional é papel fundamental do sistema 
CONFEA. 
3. Organização do Sistema: a boa gestão das relações entre entidades, 
instituições de ensino e conselhos de fiscalização é condição 
indispensável para o alcance da eficiência, eficácia e efetividade do 
sistema profissional. A capilaridade alcançada pelos regionais permite 
maior proximidade com a sociedade, viabilizando o atingimento do 
objetivo maior do sistema que é a fiscalização. 
4. Integração Social e Profissional: a integração social diz respeito ao 
estreitamento das relações das organizações do sistema CONFEA/CREA 
com as organizações públicas e privadas do universo social. 
 
 
8 
1.7 Fóruns consultivos 
O CONFEA, assim como os CREAs, tem como instâncias consultivas as 
Coordenadorias Nacionais de Câmaras Especializadas em: 
• Agronomia; 
• Agrimensura; 
• Engenharia Civil; 
• Engenharia Elétrica; 
• Engenharia Florestal; 
• Engenharia Industrial; 
• Engenharia Química; 
• Segurança do Trabalho; 
• Geologia e Minas; e 
• Comissão de Ética. 
Também são fóruns consultivos do CONFEA. 
• Colégio de Presidentes: composto pelos presidentes regionais e que tem 
por objetivo buscar a unidade de ação preconizada no art. 24 da Lei n. 
5194/1966. 
• Colégio das Entidades Nacionais (CDEN): constituído pelas entidades 
nacionais representativas das profissões jurisdicionadas pelo sistema 
CONFEA. 
1.8 Profissões abrangidas pelo Sistema CONFEA 
Há poucos anos, os arquitetos, e mais recentemente os técnicos, 
formaram seus próprios conselhos profissionais e deixaram o sistema CONFEA. 
Atualmente, as profissões abrangidas no sistema CONFEA/CREA são: 
• engenheiro; 
• engenheiro agrônomo; 
• geólogo; 
• geógrafo; 
• meteorologista; e 
• tecnólogo. 
 
 
9 
1.9 Dispositivos legais 
A seguir, listam-se alguns dispositivos legais que regulam o exercício 
profissional. 
• Lei n. 5194/1966: regula o exercício das profissões de engenheiro, 
arquiteto e engenheiro-agrônomo. Estabelece as competências do 
conselho federal e dos conselhos regionais de engenharia e agronomia. 
• Lei n. 6496/1977: institui a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), 
na prestação de serviços dos profissionais do sistema CONFEA e autoriza 
a criação de uma Mútua de assistência dos profissionais registrados nos 
CREAs, com o objetivo de oferecer a seus associados planos de 
benefícios sociais, previdenciários e assistenciais, de acordo com sua 
responsabilidade financeira. 
1.10 O sistema em números 
O gráfico a seguir mostra um pouco de como está a distribuição dos 
profissionais regulados pelo sistema CONFEA em relação à população 
brasileira. 
Figura 2 – Profissionais do Sistema CONFEA em relação à população 
 
Fonte: CONFEA, 2018. 
 
 
10 
Na figura a seguir, há mais alguns dados estatísticos sobre os trabalhos 
realizados pelo sistema. 
Figura 3 – Estatísticas de atuação do sistema CONFEA 
 
Fonte: CONFEA, 2018. 
TEMA 2 – O SISTEMA CREA 
CREA é a sigla para Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, 
existindo um por Estado no país. Essas entidades existem para dar orientações 
precisas e fiscalizar os profissionais das diversas áreas tecnológicas e da 
agronomia. 
2.1 Como eram organizados os CREAs 
Em 1934, o país era dividido em 8 CREAs, que poderiam contemplar mais 
de um Estado, conforme disposto no mapa. 
Em 1992, esse número chegou a 22. Em seguida, cada unidade da 
federação passou a contar com seu próprio Conselho Regional. 
 
 
 
11 
Figura 5 – Divisão regional dos CREAs, em 1934 
 
Fonte: CONFEA, 2018. 
2.2 A função dos CREAs no sistema CONFEA 
A principal função é fiscalizar com base nas normas e orientações 
emanadas do CONFEA, bem com o constante em leis e decretos, o exercício 
profissional e julgar os processos em primeira e segunda instâncias. 
Como pode ser visto anteriormente, os CREAs são distribuídos em todos 
os Estados da federação brasileira mais o Distrito Federal. Neles, cada Estado 
possui seu presidente eleito pelos profissionais e seus conselheiros indicados 
pelas entidades de representação, de forma a constituírem as câmaras técnicas 
especializadas. 
2.3 Taxas de anuidade e ART 
No Brasil, para que um profissional graduado seja certificado, ele precisa 
pagar a taxa de anuidade para o Conselho Regional a cuja jurisdição pertence. 
Ou seja, ele só poderá exercer legalmente se manter o seu registro ativo e pagar 
em dia as suas anuidades e taxas de ART, quando for o caso. 
A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) é o documento que 
define, para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pelo desenvolvimento de 
atividade técnica no âmbito das profissões abrangidas pelo Sistema 
CONFEA/CREA. A Lei n. 6.496/77 estabeleceu sua obrigatoriedade em todo 
contrato para execução de obra ou prestação de serviço de Engenharia, 
 
 
12 
Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, bem como para o desempenho 
de cargo ou função para a qual sejam necessários habilitação legal e 
conhecimentos técnicos nas profissões abrangidas pelo Sistema 
CONFEA/CREA. 
Para o profissional, o registro da ART garante a formalização do 
respectivo acervo técnico, que possui fundamental importância no mercado de 
trabalho para comprovação de sua capacidade técnico-profissional. Para a 
sociedade, a ART serve como um instrumento de defesa, pois formaliza o 
compromisso do profissional com a qualidade dos serviços prestados. 
A ART deve ser registrada pelo profissional antes do início da atividade 
técnica (conforme os dados do contrato escrito ou verbal), no CREA em cuja 
região será realizada a atividade. 
2.4 O tecnólogo e sua Câmara Técnica especializada 
O Tecnólogo em Automação Industrial faz parte da Câmara Especializada 
de Engenharia Elétrica (CEEE). A Câmara abrange, dentre outros, os seguintes 
títulos profissionais: Engenheiro Eletricista; Engenheiro em Eletrônica; 
Engenheiro de Telecomunicações; Engenheiro de Controle e Automação;Engenheiro de Computação; além de Tecnólogos das áreas de Eletrotécnica; 
Eletrônica; Telecomunicações; Automação Industrial; e Informática Industrial. 
TEMA 3 – ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS 
Conforme estabelecido pela Resolução n. 313/1986 do CONFEA: 
Art. 3º - As atribuições dos Tecnólogos, em suas diversas modalidades, 
para efeito do exercício profissional, e da sua fiscalização, respeitados 
os limites de sua formação, consistem em: 
1) elaboração de orçamento; 
2) padronização, mensuração e controle de qualidade; 
3) condução de trabalho técnico; 
4) condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou 
manutenção; 
5) execução de instalação, montagem e reparo; 
6) operação e manutenção de equipamento e instalação; 
7) execução de desenho técnico. 
 
 
13 
Parágrafo único - Compete, ainda, aos Tecnólogos em suas diversas 
modalidades, sob a supervisão e direção de Engenheiros, Arquitetos 
ou Engenheiros Agrônomos: 
1) execução de obra e serviço técnico; 
2) fiscalização de obra e serviço técnico; 
3) produção técnica especializada. 
Art. 4º - Quando enquadradas, exclusivamente, no desempenho das 
atividades referidas no Art. 3º e seu parágrafo único, poderão os 
Tecnólogos exercer as seguintes atividades: 
1) vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico; 
2) desempenho de cargo e função técnica; 
3) ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação 
técnica, extensão. 
Parágrafo único - O Tecnólogo poderá responsabilizar-se, 
tecnicamente, por pessoa jurídica, desde que o objetivo social desta 
seja compatível com suas atribuições. 
Art. 5º - Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além 
daquelas que lhe competem, pelas características do seu currículo 
escolar, consideradas em cada caso apenas as disciplinas que 
contribuem para a graduação profissional, salvo outras que lhe sejam 
acrescidas em curso de pós-graduação, na mesma modalidade. 
TEMA 4 – PERFIL DO EGRESSO 
A constante modernização de processos industriais faz com que haja a 
necessidade de profissionais que sejam capazes de acompanhar estas 
mudanças e avaliar quais serão seus impactos nos mais variados aspectos. 
Atualmente, e cada vez mais, a automatização de processos será fundamental 
na vida das pessoas. Para que estes processos sejam realizados com agilidade 
e precisão, os profissionais envolvidos devem conhecer as ferramentas 
necessárias para isso, como robôs industriais e controladores programáveis. 
Assim, a importância da Automação Industrial se dá exatamente neste contexto. 
O maior objetivo do Tecnólogo em Automação é saber lidar com situações que 
exijam conhecimentos específicos na área de automação, preservando e 
promovendo a qualidade de processos automatizados, visando o bem-estar de 
funcionários, pessoas e de todos à sua volta. 
O egresso em um curso de tecnólogo em automação industrial estará apto 
a desempenhar as atividades descritas a seguir: 
 
 
14 
• instalação e supervisão de sistemas elétricos e mecânicos (comerciais e 
industriais); 
• execução da manutenção de instalações elétricas e sistemas 
eletroeletrônicos; 
• coordenação e supervisão da manutenção de máquinas e equipamentos 
industriais; 
• execução da manutenção industrial em sistemas de ventilação, 
refrigeração, vapor, ar-comprimido e hidráulicos; 
• identificação, localização e correção de defeitos e falhas em instalações 
industriais; 
• interpretação de circuitos elétricos, eletroeletrônicos, hidráulicos e 
pneumáticos; 
• aplicação dos princípios de automação industrial; 
• aplicação da legislação e das normas técnicas referentes à manutenção, 
à saúde e segurança no trabalho, à qualidade e ao meio-ambiente; 
• leitura, interpretação e execução da manutenção básica de circuitos 
hidráulicos e pneumáticos; 
• leitura e interpretação de projetos, catálogos, tabelas e manuais técnicos; 
• interpretação e execução de ensaios e testes correlatos à manutenção 
industrial; 
• operação de equipamentos, instrumentos, máquinas e ferramentas 
correlatas à manutenção industrial; 
• elaboração de croquis e desenhos técnicos; 
• utilização de softwares específicos; 
• conhecimento e aplicação das técnicas metalúrgicas na manutenção 
industrial; 
• gestão da manutenção industrial, abrangendo: o planejamento da 
manutenção (manutenção corretiva, preventiva e preditiva), implantação 
de sistemas de manutenção, o controle de custos de manutenção, a 
análise de confiabilidade e disponibilidade de equipamentos; 
• gerenciamento e treinamento de equipes de trabalho; 
• planejamento de layout em ambientes industriais; 
• implantação de técnicas de controle de qualidade na manutenção; 
• desenvolvimento de atividades de apoio aos setores de engenharia; 
 
 
15 
• assessoria em vendas, compras e controle de materiais elétricos e 
mecânicos; 
• especificação de componentes, equipamentos elétricos e mecânicos; 
• elaboração de orçamento; e 
• desenvolver ações voltadas para o empreendedorismo. 
TEMA 5 – CAMPO DE ATUAÇÃO 
O profissional poderá atuar em inúmeros segmentos, destacando-se os 
diversos setores industriais, como metalúrgico, de máquinas e equipamentos, 
automóveis, químico e petroquímico, de bebidas, de papel e celulose etc. 
Ele projeta e gerencia a instalação e o uso de sistemas automatizados 
nos processos industriais. Pode trabalhar, ainda, com automação comercial, 
desenvolvendo sistemas de segurança ou de gerenciamento. 
O egresso em um curso superior de tecnologia em automação industrial 
poderá atuar em empresas especializadas em automação industrial, empresas 
de planejamento voltadas à automação industrial, desenvolvimento de projetos 
e assistência técnica, indústrias com processos automatizados, indústrias com 
setores de manutenção de processos contínuos, institutos e centros de 
pesquisa; instituições de ensino, mediante formação requerida pela legislação 
vigente; empresas industriais de ramos como montadores de automóveis, 
alimentícia e de bebidas, têxteis, refinarias, metalúrgica, de elevadores, 
siderúrgica, química e farmacêutica, são algumas das possibilidades de atuação 
para o egresso do curso. 
FINALIZANDO 
Nesta aula, fomos capazes de compreender sobre a atuação profissional 
do egresso do Curso de Tecnologia em Automação Industrial, as funções do 
sistema CONFEA/CREA, as atribuições profissionais e o mercado de trabalho 
do egresso. 
 
 
 
16 
REFERÊNCIAS 
ALMEIRA, P. S. de. Indústria 4.0: princípios básicos, aplicabilidade e 
implantação na área Industrial. Érica, 2019. 
BP GLOBAL. Statistical Review of World Energy | Energy economics | Home. bp 
global. Disponível em: <https://www.bp.com/en/global/corporate/energy-
economics/statistical-review-of-world-energy.html>. Acesso em: 22 mar. 2022. 
CONFEA - CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. 
Disponível em: <https://www.confea.org.br/>. Acesso em: 22 mar. 2022. 
COSTA, R. Projeções indicam aceleração do envelhecimento dos brasileiros até 
2100. Ipea.gov.br. Disponível em: 
<https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id
=38577&catid=10&Itemid=9>. Acesso em: 22 mar. 2022. 
LAMB, F. Automação Industrial na Prática. AMGH, 2015. 
LITERATE and illiterate world population. Our World in Data. Disponível em: 
<https://ourworldindata.org/grapher/literate-and-illiterate-world-
population?country=~OWID_WRL>. Acesso em: 22 mar. 2022. 
NATALE, F. Automação Industrial. 10. ed. Érica, 2006. 
ROMANO, M. Entenda tudo sobre a integração na indústria 4.0 e conheça 
as integrações horizontal e vertical. Logique Sistemas, 2017. 
SCHWAB, K. A Quarta Revolução Industrial. 1. ed. Edipro, 2018. 
SILVEIRA, C. B. O que é a automação industrial? Citisystems. Disponível em: 
<https://www.citisystems.com.br/o-que-e-automacao-industrial/>. Acesso em: 22 
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SILVEIRA, P. R; SANTOS, W. E. Automação e Controle Discreto. Érica, 2009. 
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em: <https://www.totvs.com/blog/gestao-industrial/sistemas-flexiveis-de-
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WORLD BANK GROUP. Global Action Urgently Needed to Halt Historic Threats 
to Poverty Reduction. World Bank. Disponível em: 
 
 
17 
<https://www.worldbank.org/en/news/feature/2020/10/07/global-action-urgently-
needed-to-halt-historic-threats-to-poverty-reduction>. Acesso em: 22 mar. 2022.

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