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Portfólio de Teoria Geral do Estado

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FACULDADE DE DIREITO -UFRGS
2015/2
 
Aluno: Carlos Eduardo Barboza Penha
Turma: A
Número do Cartão:00231333
Professor: Carlos Eduardo Dieder Reverbel
 			
Portfólio de Teoria Geral do Estado
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO:
 1-RESUMOS :
1.1-CONCEITO DE ESTADO PELAS 5 CAUSAS:
1.2-Thomas Ellwein - Unidade para fora, diversidade para dentro
1.3-SOUZA Jr,. Cezar Saldanha. Tribunal Constitucional como Poder. 
1.4-Dalmo de Abreu Dallari - Elementos da TGE (Introdução)
1.5-LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História: capítulo1 e 2: O Mundo Antigo, Grécia e Roma.
1.6-Max Weber - Economia e Sociedade, capítulo III, TIPOS DE DOMINAÇÃO:
1.7Hilário Franco Jr - Idade Média: O nascimento do Ocidente, capítulos 3 
1.8-FILME “THE QUEEN”:
1.9-Jellinek As doutrinas sobre a justificava do Estado
 
 1.10- Ataliba Nogueira - Qualquer capítulo do livro "O Estado é um meio e não um fim" Capitulo terceiro, Individualismo.
 
 1.11- MENEZES, Aderson de. Teoria Geral do Estado: capítulo IV: Evolução Histórica do Estado. 
 1.12-Carlos Reverbel - Jurisdição Constitucional na Ibero-América
 1.13-CONSTANT, Benjamin. Da Liberdade dos Antigos comparada a dos Modernos e fazer também quadro comparativo.
 
 2-LEIS,DECRETOS:
2.1-DECRETO-LEI Nº 2.639, DE 27 DE SETEMBRO DE 1940
2.2-PORTARIA Nº 1.886, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1994
2.3- DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO:
2.4-Pesquisa sobre IPSA e APSA
3-ANOTAÇÕES DE AULA:
3.1-Caderno escaneado 
4-ESQUEMAS DE AULA
5-REPORTAGENS RELACIONADAS A MATÉRIA: 
5.1- Primeiro Ministro perde o cargo em votação interna de sua coalizão 
5.2-Rainha Eleizabeth II bate recorde de permanência no trono da Inglaterra
5.3-Dilma supera FHC e atinge pior nível de aprovação em pesquisa
5.4-Impeachment ainda longe do consenso
5.5-O parlamentarismo funcionaria no Brasil?
5.6-Manobras adiam processo contra Eduardo Cunha pela sexta vez
1.1-CONCEITO DE ESTADO PELAS 5 CAUSAS:
O conceito de Estado segundo as cinco causas que são material, formal, final, eficiência e instrumental. O Estado sociedade que está inserida em um território delimitado por fronteiras, aonde dentro destas fronteiras o Estado é soberano com o poder coercitivo. O objetivo dele é trazer o bem comum a sociedade, onde o bem de todos é aquilo que todos têm em comum. O bem comum não deve ser confundido com todos chegando ao mesmo resultado, mas sim com todos competindo com iguais meios e chances para chegar ao resultado que cada um almeja. Assim podemos ver que todos dentro da sociedade têm o direito a dignidade, vemos que o Estado busca o melhor para a sociedade mesmo que em alguns casos tenha que a obriga-la, por exemplo através do “Nudge americano”, que pode proibir um habito não saudável da pessoa para tal não sofres consequências ruins de seus atos passados e também o Estado não irá precisar arcar com uma pessoa doente ou sobre peso que fica impedida de trabalhar por um motivo desse tipo.
Voltando as cinco causas mais especificamente, elas podem ser divididas em três projeções, são elas: fato(causa material e formal), valor(final, eficiente) sendo essas duas projeções feitas por Aristóteles, a terceira é a norma (instrumental) que foi criada por Santo Thomas de Aquino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2-Thomas Ellwein - Unidade para fora, diversidade para dentro:
O sistema federalista se estabeleceu primeiro nos Estados Unidos da América, os primeiros países europeus a utilizarem tal modelo foram Suíça e Alemanha.
A ideia inicial nesses países de federalismo era junção de sistemas ou estados autônomos em somente um Estado em comum, prescindindo das funções estatais. O melhor exemplo para explicar isso é os Estados Unidos, que no passado, quando eram colônia da Grã-bretanha, tinham seu território separados em 13 partes e eram conhecidos como 13 colônias ate a implantação do Federalismo.
A Alemanha nunca foi um país com o poder centralizado, nem no período nazista, pois para se conseguir centralizar o poder de um país demora muitos anos e o partido nazista não conseguiu o tempo necessário no poder para conseguir tal centralização. O atual federalismo alemão tem um poder político fortemente estruturado, sua base vem do século XIX, e as instituições estatais estão fortemente ligadas a esse modelo.
A história do Estado alemão na Idade Moderna que foi seguida pelo Estado Contemporâneo mostra que não havia um ponto de força em território alemão como existia na França por exemplo (Paris). Durante o século XVIII E XIX o território alemão era muito divido em pequenas “províncias” e não se conseguia imagina-las funcionando juntas. Nem o Reich alemão conseguiu juntar essas comunidades em geral, ele só conseguiu juntar alguns pequenos Estados que ele possuía maior influência. 
 Quando houve pressão de fora para dentro feita por Napoleão o Reich ruiu. Sobrou apenas 39 Estados alemães depois de Napoleão, esses Estados fizeram a Liga Alemã. A Liga Alemã nada mais era que uma Confederação de Estados, eles tinham o acordo de não estrarem em guerra entre si, porém ainda gozavam se certa autonomia apesar de dependerem dos 2 maiores Estados da Liga Prússia e Áustria. Dentro dos pequenos Estados foi havendo uma modernização da política, porém os cidadãos não participavam da politica. 
A unificação alemã foi feita pela Prússia, que reduziu o número de Estados Alemães.
A formação do II Reich serviu-se da ideia federalista feita em Paulskirche e assim se formou a base da constituição de 1870. Em 1919 na constituição de Weimar houve uma própria administração das finanças do Reich que deixou os assuntos do Reich na mão dos estados, dando mais força aos estados. Os estados executavam as leis do Reich e tinham direito a indicar um senador.
Pós segunda Guerra Mundial é criada dentro do federalismo a ideia de “balance power ” que seria os governadores de estado fazendo o contrapeso ao Primeiro-Ministro. Desse modo federação e estados dividiam as responsabilidades também. Os estados ficavam com funções como educação, polícia e administração pública.
A federação, os estados e os municípios formam, uma espécie de comunidade estreita de execução, que leva a bloqueios quando não se encontra um denominador comum, como pode levar ao caminho correto como uma boa distribuição populacional e de riquezas também.
Os estados fazem suas próprias tarefas, executam leis federais e participam da legislação na Federação. A Federação não pode simplesmente criar leis ela precisa estipular leis junto com os estados. Assim pode se dizer que o Federalismo alemão é do tipo Cooperativo pois possui uma certa centralização de poder só que mantem um bom nível de autonomia dos estados, um dos principais fatos de haver centralização que o único órgão legislativo sobre impostos era federativo, e os impostos eram divididos entre Federação e estados.
Por fim vemos que o Federalismo alemão contribui para uma heterogeneidade política, assim garante uma grande diversidade no país e impede que os maiores estados “engulam” os menores estados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3-SOUZA Jr,. Cezar Saldanha. Tribunal Constitucional como Poder. 
CAPITULO 1 – A SOLUÇÃO ORIGINÁRIA DO PODER NO SOCIAL
 A unidade política ocidental nasceu em lento processo histórico, de pelo menos cinco séculos a partir do desaparecimento do Império Romano. Constitui o bojo da civilização ocidental elementos culturais do império Romano, da cultura germânica e valores do cristianismo latino. Denominaremos essa unidade política de Reino Medieval Feudal – RMF.
Ao mesmo tempo, também se desenvolveram o Leste e o Islã, com dois tipos de Estado, respectivamente, o bizantino ou ortodoxo e o islâmico.
 Características fundamentais do Reino medieval são: Fragmentação territorial e social do poder político (feudos). Os senhores que recebiam esses feudos tornavam-se neles senhores quase onipotentes.Hierarquização da sociedade. Estrutura piramidal tecida em uma redede contratos, pactos, escritos e costumeiros, todos exprimindo relações de cunho pessoal.
Na base da pirâmide estavam os servos, que moravam por enfiteuse e trabalhavam nos feudos em troca de proteção dos senhores feudais (pacto de 1º grau). Os senhores feudais, por sua vez, se hierarquizavam dos pequenos vassalos aos grandes suseranos, atados por direitos e deveres recíprocos (pacto de 2º grau). Entre o rei e os suseranos também havia um pacto de 3º grau. O pacto de 4º grau aproximava rei e servos.
O Papado sonhava com um pacto de 5º grau com o rei, que teria, se bem sucedido, moldado um Império.
 O que poderiam denominar hoje de função administrativa cabia, no Reino Feudal, ao senhor. Incontrastavelmente, ele dirigia no seu feudo a vida coletiva para o bem comum. Não há falar ainda em administração unificada, concebida, planejada e executada a partir de um centro comum. À medida que iam brotando comunidades urbanas (burgos), essas comunidades vão se auto administrando pelas câmaras municipais.
No Reino Medieval a função de justiça de 1º grau também era local. Houve necessidade de criação das Cortes Reais, pelas quais o rei poderia reparar os agravos locais. O localismo do juízo de primeiro grau expressava-se também na instituição do júri (século XI, pelos normandos).
Nenhum órgão, nem pessoa exercia propriamente uma função legislativa. Não havia, tecnicamente, lei. O direito emanava espontaneamente, formava-se pela via de práticas, costumes e pactos que refletiam e reforçavam as diferenças e hierarquias sociais existentes.
 O rei provia sobre a parcialidade feudal,ele estava abaixo do direito da terra, e se encontrava subordinado ao consentimento da sociedade, por onde penetrava a influência da Igreja.
Era responsabilidade do rei medieval uma função executiva geral mínima: o comando das atividades da guerra e a direção das atividades fiscais. Admitia-se que o rei convocasse a nobreza e os representantes das comunas em Parlamentos ou Cortes para pedir a aprovação de despesas e tributos. Surgiam os Parlamentos, com funções que hoje denominamos orçamentária, financeira e tributária.
Por fim, e o mais importante, o rei era o fecho ou a chave da abóbada da ordem sociopolítica feudal. O fato da instituição régia naquela posição-chave pela mera força natural e invisível da auctoritas, a edificação se preservava ereta, estável e segura.
 No Reino Feudal, a esfera política não se destacava da esfera social. O público dependia muito das relações privadas. A monarquia feudal conheceu o máximo possível de descentralização (subsidiariedade) pois, no plano local, os que se envolviam na tomada de decisões eram os mesmos que sofriam seus efeitos. Nessa sociedade, cuidando-se dos interesses privados, cuidava-se também dos interesses públicos.
Nesse contexto de poder solvido na sociedade não há, propriamente, falar em divisão (distribuição) de poderes.
 
CAPÍTULO 2 – A CONCENTRAÇÃO DO PODER
 Do século XV até parte do XVII, tomando como modelo a monarquia inglesa, o progresso geral da civilização foi produzindo um distanciamento crescente entre o que tomavam as decisões e os que sofriam os seus efeitos. Esse distanciamento minou a viabilidade e a legitimidade da ordem feudal. Houve um processo de nacionalização, uma nova ordem territorialmente maior, mais aberta, pluralista e politicamente mais centralizada.
Daí a necessidade da abertura de um espaço autônomo e transcendente frente aos interesses privados.
Construir o espaço público é o maior desafio que, em todos os tempos, confronta qualquer sociedade humana que aspire fundar e manter uma ordem política estável.
No Ocidente, a construção de uma esfera pública autônoma diante do privado foi a grande e definitiva contribuição do Estado Nacional Moderno. Aqui, a nacionalização da política coincidiu com a institucionalização da esfera pública.
 O Estado Burocrático Concentrado Nacional Moderno era burocrático: por ter o rei começado a organizar um corpo de funcionários pagos por ele para desempenhar as funções administrativas, que até então eram desempenhadas pelos senhores feudais.
Concentrado: por ter o poder político se tornado soberano (absoluto); por ter o rei, instituição maior da esfera pública, cumulado a totalidade das funções políticas (administrar, governar, julgar); por ter, a função de administrar, adquirido um cunho centralizado (Diário Oficial e administração das partes pelo centro).
Territorial: por ter o mando político mudado de objeto e cunho. De uma relação bilateral entre pessoas para uma relação objetiva e unilateral e coercitiva sobre um território alcançando tudo o que sobre ele se encontre: pessoas, bens e fatos.
Nacional: a população passou a formar uma unidade, uma nação, um coletivo moral, homogêneo e abstrato, imbuído de uma consciência (nacional) gerada pela exposição a uma autoridade. 
Moderno: aqui o elemento temporal no qual ganha vigência uma nova Idade da história.
 
O tipo de poder político que emerge com o Estado Nacional Moderno foi denominado de absoluto, de poder soberano, que não está subordinado a nenhum outro.
Esse poder, apesar de concentrado, não era destituído de limites. Histórica e concentradamente, o poder absoluto está contido por muitas barreiras: costumes, tradições, privilégios corporativos e territoriais, a influência da igreja, a inquisição.
As Leis Fundamentais do Reino visavam proteger a instituição régia da pessoa física do rei, que é “administrador”, não senhor ou proprietário da Coroa. 
 
O mais influente pensador da concentração de poder foi o jurista Jean Bodin, teorizador político e arquiteto da soberania. A soberania, para Bodin, é o traço essencial que distingue o estado das demais formas de associação humana. É o “supremo poder sobre cidadãos e súditos não limitado pelas leis”. A soberania caracteriza-se por ser perpétua, absoluta e concentrada. Para isso, era preciso um rei forte, para conservar a unidade da nação, superando a intolerância e a anarquia.
Thomas Hobbes, na Inglaterra, também defende uma soberania absoluta, indivisível e concentrada, com poder de promulgar e abolir as leis.
 
Bodin criou uma distinção fundamental para a evolução da divisão do poder: a soberania em sua essência (indivisível e absoluta) e a soberania em seu exercício (delegada e temporária). A partir de Bodin, passa-se a admitir a copossibilidade jurídica entre a unidade e indivisibilidade de um poder soberano nacional do Estado frente à pluralidade e divisibilidade do exercício das funções políticas contidas na soberania.
 No ENM, o poder da Coroa é soberano, uno, absoluto e indiviso e concentra pela menos cinco funções: função de autoridade de última instância, função de execução (administrativa), função de direção governamental, função judiciária e função deliberativa.
 
 CAPÍTULO 3 – A BIPARTIÇÃO DOS PODERES
 A divisão de poderes teve que esperar por duas consequências:Técnica da representação e a Institucionalização de uma esfera autônoma e abstrata de relações classicamente denominada de o público.
.A Inglaterra, que completou a transição à frente das demais sociedades europeias operou a institucionalização do público pela prática do King in Parliament. Instituído o público, rei e Parlamento conquistam a representação da sociedade.
O Parlamento nunca cessou de ser reunido, mas deixou um centro de iniciativas políticas e passou a integrar, subordinadamente, à Coroa.
Ascendendo ao trono a família escocesa dos Estuarts, a relação entre rei e Parlamento tornou-se difícil e conflituosa, até explodir em guerra civil e em revolução. A Revolução Gloriosa, 1688/9, sacramentou a vitória do Parlamento, que conquistou do rei, definitivamente, a função deliberativa legislativa, a primeira função política a sair das mãos da Coroa e a passar a um órgão coletivo autônomo de representação da sociedade.
A da sede da soberania, com a conquista da função legislativa pelo órgão de representação da nação, deu-se por Ato Parlamentar, o Bill of Right, verdadeiro pacto entre as forças sociais do Parlamento e os novos titulares da Coroa.Tirante a legislativa, as demais funções políticas permaneceram na esfera do poder do rei.
O teorizador da bipartição dos poderes foi John Locke. Está claro, no pensamento de Locke, que o poder Legislativo:
 É uma função, o direito de elaborar leis para dirigir a soberania da república.
Que deve ser posta nas mãos de pessoas devidamente reunidas em assembleia, a ser atribuída a um órgão de representação da sociedade, o Parlamento.
Já o outro poder que Locke tem em mente é o poder do rei, ou Executivo:
 Atribuído a um órgão unipessoal, o Príncipe.
Cumulando as seguintes funções: executiva (acompanhamento da aplicação das leis vigentes), federativas (tratar das políticas e relações internacionais) e prerrogativa (decidir as responsabilidades sociais mais elevadas da sociedade).
Locke afirma a supremacia do poder Legislativo sobre o poder do rei, ele também fala da falta que um juiz conhecido e isento faz no estado de natureza para a preservação da propriedade. Entretanto, ao tratar das funções e dos poderes, Locke não refere o Judiciário.
 Esse sistema é denominado executivismo arcaico, porque o sistema de governo mantém uma forte cumulação de funções, todas com caráter de execução.
Em princípio, essa segunda fase da divisão dos poderes não é compatível com a garantia da Supremacia do Direito, entretanto, a deficiência foi sentida e corrigida na primeira oportunidade possível.
 
CAPÍTULO 4 – A TRIPARTIÇÃO DOS PODERES
 Até o início do século XVIII, a função judicial na Inglaterra estava inserida no poder do rei. Foi o Ato de Estabelecimento de 12 de junho de 1701 que colheu a oportunidade para alterar a situação. Determinou, de modo explícito, que os magistrados concerva-se-iam em seus cargos não mais enquanto contassem com o beneplácito real, mas enquanto demonstrarem zelo no cumprimento dos seus deveres funcionais.
Os três poderes (do rei, Legislativo e Judiciário) partilham o mesmo espaço público no Parlamento. Em suma: não estão propriamente separados. O poder do rei conserva uma preeminência no fecho da organização política. Em suma: os poderes políticos não ocupam, exata e simetricamente, o mesmo plano.
 
A teoria clássica da tripartição dos poderes é do Barão de Montesquieu. Este, no livro XI “do Espírito das Leis”, deixa claro seu objetivo: desenhar as linhas fundamentais da organização política necessária à garantia da liberdade.
Montesquieu propõe um modelo institucional, uma receita juspolítica que viabilizasse a liberdade encontrável na Inglaterra. A doutrina de Montesquieu propões uma classificação ternária de órgãos sociais; uma classificação também ternária das funções políticas; uma alocação, a mais exclusiva e separada possível, para cada órgão social; uma mesmo plano horizontal e mecânico, no qual todos os poderes estariam em pé de igualdade em tudo e um espaço para o estabelecimento adicional de freios e contrapesos recíprocos. 
 
As instituições inglesas foram a matéria-prima para a elaboração da Constituição das comunidade inglesas independentes na América do Norte. Em lugar do rei, inventaram a figura do presidente.
O texto maior americano recebeu influência direta de Montesquieu e ajustou-se perfeitamente à tripartição dos poderes. A liderança dos EUA no Ocidente muito ajudou a difundir a teoria do velho Barão.
Com a independência da América Latina, a fórmula de Montesquieu acabará sendo consagrada formalmente pela quase totalidade dos estados do subcontinente e pela Constituição Brasileira de 1891.
 
A condição que viabilizou a supremacia do Direito sobre o público foi a tripartição dos poderes, especialmente, a independência dos juízes frente ao Poder Executivo e Poder Legislativo. A terceira fase da História da divisão de poderes conforma mais um sistema de governo, o presidencialismo.
 
A aplicação do desenvolvimento científico e técnico na atividade econômica, com a introdução da máquina, acelera a criação de riqueza e intensifica a emigração dos espao rural para o urbano. Começa a aparecer o operariado. Problemas radicalmente novos passam a afetar a vida coletiva. O poder público carecia de meios para enfrenta-los. Necessidades nunca antes sentidas passaram a reclamara ações do poder público. Principiava a surgir uma nova função pública: a governamental. Governar é desgastar-se, e esse desgaste não poderia ser suportado por uma autoridade hereditária e vitalícia. A primeira alternativa à crise da tripartição foi tornar eletiva e temporária a chefia de Estado, ou seja, republicanizar Montesquieu. Entretanto, se a eletividade e a temporariedade resolvem parte do problema, a essência da questão continua intocada: como cumular a chefia do Estado (que requer imparcialidade) coma a função de governo moderna (poder político capaz de comandar uma maioria político-ideológica)?
A resposta a essa pergunta deu continuidade a divisão de poderes.
 
 
 CAPÍTULO 5 – A TETRAPARTIÇÃO DOS PODERES
 Para preservar a instituição monárquica frente à nova realidade sociopolítica transferiu-se a função de governo para uma instituição pública nova. Essa solução se deu no Reino Unido, de forma lenta e segura.
 Houve apego à razão prática na condução das decisões políticas que foram conformando gradualmente a evolução das instituições.
A existência de um governo institucionalmente independente do rei consolidou-se apenas a partir da primeira reforma eleitoral, o Reform Act, em 1832, surgindo junto com o sistema de partidos. O desenvolvimento dos partidos significou que, dali para frente, a escolha do Governo e do Primeiro Ministro dependeria do eleitorado e não mais do soberano.
 A teoria da tetrapartição dos poderes foi formulada em 1814, por Benjamin Constant. Para ele, o poder ministerial apresentava dois sentidos. Enquanto função política, é o feixe de atividade s de mando relativas à governação da sociedade. Enquanto poder político, o poder ministerial é o novo órgão que passa a exercer com autonomia a função ministerial.
Constant pretendia, com a tetrapartição, a institucionalização definitiva de um regime liberal e também uma fórmula constitucional que pudesse unir todos os franceses.
 A obra de Consta inspirou-se na experiência do Reino Unido, ma, diferente da obra de Montesquieu, a teoria de Constant adiantou-se a evolução da sociedade inglesa. A substância de sua tese, exposta em 1814, só veio a ganhar plenitude no próprio país inspirador em 1832. 
A tetrapartição dos poderes é uma fase central e decisiva na história dos poderes.
A influência da tetrapartição não se limitou ao território europeu. O nosso Brasil, quando passa de um Estado burocrático tradicional para um estado institucionalmente Liberal, entre 1822 e 1824, o fez por meio da tetrapartição de poderes. O Brasil saltou direto da concentração de poderes para a tetrapartição. A tetrapartição abriu espaços institucionais novos para outras garantias à supremacia do Direito. A ideia chave era acrescentar, às funções do chefe de Estado, uma atribuição expressa de defender a própria ordem constitucional.
Quanto ao sistema de governe correspondente a tetrapartição, cristalizou-se a denominação de parlamentarismo “clássico”, “de quadros”, “elitista”, para diferenciá-lo do parlamentarismo pelos partidos de massa no século XX.
 
 
CAPÍTULO 6 – A PENTAPARTIÇÃO DOS PODERES
O Estado liberal sobreviveu até a primeira guerra mundial. As conquistas liberais clássicas permitiram avanços técnico-científicos, geração de riqueza e prosperidade econômica até então nunca vista. Grandes desigualdades sociais abriram espaço às doutrinas socialistas e ao ensino social cristão. Ganham força partidos populares, que lutam por transformações políticas e sociais.
A Grande Guerra precipitou os fatos políticos e as rupturas institucionais. O Estado, para o novo século, deveria atender a três grandes objetivos: preservar as conquistas valiosas do Estado Liberal, harmonizar essa herança com as novas e prementes exigências de igualdade, compatibilizar essa constelação harmonizada de valores com um processo político legitimamente democrático.
Para essa gigantescatarefa, pela primeira vez na História, são convocados professores universitários e cientistas especializados. 
É na Alemanha, na Constituição de Weimar, que se modelou a nova unidade política ocidental, consagrada com a denominação de estado Social.
Como construir uma ordem político-constitucional capaz de ser aceita por todas as forças, por todos os partidos e por todos os segmentos sociais numa sociedade cruamente pluralista, dividida em ideologias tão diferentes?
A resposta encontrada pode ser dividida em dois pontos:Reafirmação da separação entre Estado e Governo.Além disso Institucionalizou a imparcialidade da Administração Pública, de modo que os órgãos administrativos pudesse guardar autonomia frente ao endereço ideológico dos governos. A técnica racionalizada que aí se adotou foi erigir o conjunto dos órgãos da Administração em poder político novo: o Poder Administrativo, o quinto poder político.
 
“Ao governo, como poder governamental ou político, compete indicar a direção, inspirar o pensamento geral e imprimir o impulso a todo o funcionalismo administrativo, tanto nas relações internacionais como nas internas.
A missão da administração, pelo contrário, é, por assim dizer, toda material ou mecânica; compete-lhe organizar os meios práticos, e pô-los em ação, para a realização do pensamento governamental.”
Assim, não deve imprimir nos serviços públicos, um impulso contrário ou diverso daquele que o governo lhe quer dar; não pode ter um pensamento, uma vontade, que não sejam do governo.
Administrar é função de serviço, é cuidar de interesse de que não se é propriamente dono.
Materialmente, a função administrativa envolve o acompanhamento da execução das leis, o apoio necessário para o andamento da justiça, a operação contínua da máquina do poder público, o assessoramento do governo do dia e a concretização das políticas públicas por ele formuladas e determinadas. A administração se subordina aos poderes políticos que serve.
Entretanto, a função administrativa se aperfeiçoa em uma forma própria, dotada de traços definidores de sua essência: permanência, profissionalidade, tecnicidade, imparcialidade, apartidariedade. 
 
O fundamento doutrinário veio da sociologia, do professor Max Weber. Ele pretende descobrir os motivos sociológicos pelos quais a sociedade obedece espontaneamente à autoridade. Três seriam esses motivos: dois irracionais e um racional.
O primeiro motivo opera no plano da vontade: na força do hábito social, que, com o tempo, se cristaliza em costume - a legitimidade tradicional.
O segundo motivo opera no plano da sensibilidade: na força das paixões coletivas que são despertadas na sociedade por qualidades misteriosas e indefiníveis do líder e que atraem a adesão das massas – a legitimidade carismática.
O terceiro motivo opera no plano da racionalidade: a capacidade das sociedades amadurecidas de compreender, avaliar e tomar decisões inteligentes – a legitimidade racional.
A legitimidade racional legal é também burocrática. Se a Constituição e as leis se tornam elemento chave da legitimidade racional, passa a ser crucial que a ordem jurídica fique isenta de manipulações político-partidárias.
Weber afirma que burocratização, socialização e democratização são inseparáveis.
Weber aponta caminhos à evolução ocidental nas seguintes linhas:Não cabe à burocracia administrativa substituir os governos.Há que consolidar a burocracia como poder independente na sua função de execução do direito e das políticas públicas. Nada do que foi referido diminuiu a importância do poder Judiciário, na defesa da ordem jurídica.
 A pentapartição permitiu um aprimoramento das garantias à supremacia do Direito em pelo menos dois aspectos.
No plano teórico, a racionalização formal da organização constitucional e da estruturação política produziu a Teoria Contemporânea da Constituição. Começa a surgir um verdadeiro direito Constitucional coroando um ordenamento jurídico representado na metáfora de uma pirâmide.
No plano concreto, a separação melhor definida entre Administração, Governo e chefia de Estado ampliou o escopo do controle jurídico dos atos administrativos ao facilitar a distinção entre eles e os atos políticos estrito senso, menos suscetíveis ao crivo do Direito.
 Para fundar filosoficamente o edifício político constitucional do Estado Democrático e Social era necessário repensar a ciência, a política e o direito. Para Kant, os valores seriam sempre juízos exclusivamente subjetivos do agente, e portanto, imprestáveis para embasar objetivamente uma ordem juspolítica aceitável por todos.
Weber e Kelsen se lançaram, então, ao projeto de amarrar a aceitabilidade universal da ordem político constitucional a critérios puramente racionais, lógico-formais. A pentapartição de poderes justifica sua validade teórica em postulados da razão teórica, vazios de qualquer conteúdo material valorativo e que, só por isso, poderiam ser aceitos por todas as posições ideológicas. 
Essa “axio-aspiração” acarretou uma séria consequência colateral: oferecer oportunidades às ideologias inimigas da democracia para se valerem do instrumental do Estado Social, com o objetivo último de derrubá-la, visando a implantação de um regime totalitário.
O nacional-socialismo foi o primeiro movimento a recorrer a esse uso alternativo do direito para impor seus objetivos ideológicos e antidemocráticos.
A ausência de valores afirmativos que habilitasse a autodefesa do regime democrático, foi a primeira das causas do inverno totalitário que cobriu a Europa no século passado.
Por tudo isso, a geração do segundo pós-guerra dispôs-se a reconstruir a ordem política democrática, revisou a fundamentação filosófica do regime a fim de abri-lo a um núcleo de valores mínimos reconhecidos e institucionalizados por consenso.
 
CAPÍTULO 7 – A HEXAPARTIÇÃO DOS PODERES
 A Constituição foi percebida diferentemente ao longo da História do Ocidente. Na primeira fase, a Constituição é o entrançamento de pactos, costumes e modos de acomodação a conflitos e dominações. Na segunda fase, a Constituição já é direito, porém, embora direito, carece de força normativa própria, de instrumentação, de uma jurisdição que assegure sua eficácia jurídica. Ela era simplesmente a lei da vida em sentido estrito, não um sobredireito, não a lei suprema de todo o ordenamento jurídico. Na segunda década do século XX, começa a delinear-se uma terceira fase. A Constituição, sem deixar de ser a lei reguladora da vida política, deveria aspirar agora à elevada condição de:Repositório das normas jurídicas supremas.Fundamento de validade de todo o ordenamento jurídico.Cabeça de capítulo de todos os ramos do direito.Paradigma para a conformação de todas as normas infraconstitucionais. A imaginação criadora acabou encontrando os meios institucionais para conferir ao Direito Constitucional força normativa. A peça chave específica que faltava veio denominar-se Tribunal Constitucional
 O constitucionalismo do segundo pós-guerra introduziu profundas alterações para enfrentar cinco grandes desafios,eles são adequada, razoável e equilibrada composição das duas perenes funções do direito constitucional: de um lado, instrumentar o eficaz funcionamento dos poderes públicos na realização de seus fins e, de outro, limitar os poderes públicos frente à sociedade e aos indivíduos para que não abusem nem violem os direito fundamentais.É possível ao direito constitucional preservar os valores fundamentais da democracia com o inexorável e volver histórico que traz justo a evolução dos próprios valores ou pelo menos de sua compreensão? A supremacia da Constituição importa uma prevalência última dos valores supremos da razoabilidade jurídica radicados na dignidade perene da pessoa, suscetíveis a um processo de descoberta e concretização ao longo da história dos povos.Como compatibilizar a assunção expressa dos valores ligados à dignidade da pessoa humana com o princípio fundamental do respeito ao pluralismo ideológico e político? Valores transcendentes e pluralismo democrático são plenamente conciliáveis,desde que os valore sejam abertos ao universal da pessoa humana e o pluralismo democrático reconheça limites legítimos e razoáveis.Imperativo de colocar, antes e acima de qualquer outra exigência da ordem jurídica, a proteção da dignidade existencial da pessoa humana.Trata do difícil discernimento dos limites da lei, quando, em nome de alguma necessidade ditada pelo bem comum, há que limitar o âmbito de exercício de alguma liberdade.
O Tribunal Constitucional foi a instituição inventada no século XX para atender os desafios da nova fase do constitucionalismo. Ele é, ao mesmo tempo, causa e consequência do diálogo entre o direito constitucional e os valores éticos do convívio sociopolítico.
Sem uma jurisdição constitucional, não há falar em supremacia do Direito, menos ainda em controle de constitucionalidade, nem em verdadeiro direito constitucional. Sem Constituição escrita, rígida e com técnicas de controle de constitucionalidade não há como proteger a dignidade da pessoa humana. Só um Tribunal Constitucional tem condições de garantir o pluralismo político e delinear seus limites legítimos diante dos valores do regime democrático. O equilíbrio entre governabilidade e separação de poderes é uma das questões centrais do constitucionalismo e está ligado às relações entre o poder deliberante e o poder governamental.
 Hans Kelsen é o idealizador do Tribunal Constitucional. A Constituição como o conjunto normativo supremo e um Tribunal Constitucional para garantir essa supremacia são os dois corolários principais da visão piramidal e escalonada de Kelsen do o ordenamento jurídico.
O Tribunal Constitucional, além de fundar a supremacia jurídica da Constituição, objetivaria: em prol da federação, garantir a autonomia das entidades membros e a harmonia de suas relações recíprocas; e, em prol da democracia, à proteção eficaz da minoria contra a maioria avassaladora, cujo domínio só é suportável na medida em que se exerce juridicamente.
O Tribunal Constitucional é visto hoje como um poder político do Estado, o Poder Corrector.
As competências do Tribunal Constitucional integram-se em funções, pensáveis em três perspectivas:Instrumental: sua função é de natureza jurisdicional. O Tribunal carece de iniciativa própria e só se manifesta por instância de legitimados.Formal: a forma do produto final de sua atividade é Legislativa. O Tribunal Constitucional cria direito.Material onde insere-se no que estamos denominando de função política de última instância, ou de nível fundamental, na qual se incluem as competências do chefe de Estado. Atua em: renovar o consenso político que sustenta a ordem democrática, atualizar o poder constituinte, arbitrar conflitos entre poderes e proteger os direitos fundamentais da pessoa.
A hexapartição dos poderes é apresentava por Bruce Ackerman como o agenciamento mais adequado, à luz de três critérios: legitimidade democrática, especialização das funções políticas e salvaguarda dos direitos fundamentais.
 O Tribunal Constitucional é incompatível com sistemas de governo executivistas, os quais adotam, no máximo, uma tripartição dos poderes. Isso porque para que exista o Tribunal e preciso uma área neutra onde se pudesse construir um consenso em torno dos valores fundamentais do regime democrático. O papel mais importante do Tribunal é defender e renovar essa área de consenso. Além disso, um governo executivista se chocaria com Tribunal no que se refere a função de última instância. 
O Tribunal Constitucional coroa uma evolução histórica da divisão dos poderes. Ele atua como fecho de abóbada para a proteção e concreção da Constituição.
A hexapartição dos poderes é o projeto mais moderno, mais eficiente e equilibrado que a arquitetura constitucional poderia oferecer aos Estados que, como o Brasil, não conseguem vencer a crise institucional endêmica que os corrompe.
 
 
 
 
 
 
1.4- Dalmo de Abreu Dallari - Elementos da TGE (Introdução)
Busca conhecer os problemas do Estado para corrigi-los, assim transformando o Estado par algo melhor.
O livro fala que o conceito de Estado se da no século XIX, apesar de já haver um forte esboço sobre esse assunto, feito por grandes pensadores como por exemplo Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, Santo Thomas de Aquino e Maquiavel. Maquiavel teve parte de sua obra modificada da realidade, seu real enfoque era o objetivo dos fatos políticos. Num segundo momento, pode se dizer que vieram os autores da ideia de “contrato social” como Thomas Hobbes e Locke .
No século XIX veio Jellinek, considerado o pai da Teoria Geral do Estado, ele foi muito influenciado por Gerber. No Brasil temos maior influência das teorias norte-americanas.
A política é fundamental para o funcionamento de um Estado, a política é a busca de influenciar na divisão de poderes entre os Estados e dentro de um Estado, um autor que elucida muito bem esse assunto é Max Weber na obra “A política como Vocação”.
Outro autor importante que fala sobre o Estado é Alexandre Gropalli, ele diz que o Estado tem 3 doutrinas: Sociológica - que busca a evolução do Estado. Jurídica - que busca a organização e personificação do Estado. Justificativa-fundamentos e objetivos.
No final da introdução com as informações expostas nelas podemos chegar a conclusão que o Estado está em constante mudança.
 
 	
 
 
 1.5-LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História: capítulo1 e 2: O Mundo Antigo, Grécia e Roma.
A história é dividida em episódios e grandes feitos. Ela também é muito usada em época na crise, para procurar algum sinal, se errou ver aonde foi, para não cometer o erro de novo. Caso tenha acertado buscar seguir esse caminho. Porém nem sempre a evolução, o progresso, acontece como planejado.
No novo Estado o centro das atenções agora é a vida política do Estado, tanto interna quanto externa.
O conceito de direito é conjunto de regras e leis, o de normas técnicas é norma de caráter cientifico. As instituições eram influentes e determinantes na vida jurídica. 
O mundo antigo era divido entre campo e cidade, os dois possuíam subdivisões.
A cidade detém a escrita, faz o censo, cobra tributos, ela é um “cofre” onde poucos tem chave. Quem tem a chave é a corte que tem como função trazer a paz tanto interna quanto externa em troca de tributos. O rei é que possui os poderes jurídicos.
O campo é bem diferente das cidades a começar pelo fato de o campo ter a sua própria justiça, presidida por anciãos, sem burocracia, com regras do dia a dia.
A Grécia foi quem fez a ruptura como o mundo antigo, para ser mais preciso foi em Atenas que a tradição jurídica foi deixada de lado, lá foi criada a ideia de que os mesmos que criaram as leis, podem revogar as mesmas leis.
A Grécia sempre se mostrava a frente do seu tempo, como no caso dos escravos. Os escravos não ficavam só no campo, eles faziam vários trabalhos que também eram feitos por homens livres, e eles não se vestiam diferentes (homens livres dos escravos). Outro caso que chamava a atenção é o divórcio. Foi um dos primeiros países a acabar com a escravidão por dividas, Lei de Sólon.
O sistema jurídico grego era feito por filósofos visto que não existiam escolas jurídicas. A justiça era feita por leigos, que possuíam um grande conhecimento filosófico e jurídico.
O sistema de resolução dos casos jurídicos na Grécia era assim:
2 órgãos: Grandes tribunais (formada pela elite) e as assembleias (formada pelo povo).
 Nos tribunais qualquer um podia se auto defender ou por alguém para fazer a sua defesa, mas não poderia pagar quem o defendesse. Eram aceitas evidencias empíricas (provas, testemunhas) e provas artificias (discurso).
As denúncias poderiam ser feitas por qualquer um, porém caso não consiga provar a culpa do réu, o acusador era punido com multa e perda dos direitos políticos.
As leis pararam de ser consideradas divinas, os contratos ganharam grande força em especial no comercio. As leis escritas foram um processo revolucionário. A evolução das leis trouxe: Autonomia para o filho homem mais velho, mulher continuapresa a família, mas com o direito de ir e vir. O povo ganhou mais poder com a Assembleia Legislativa. A lei de Dracon trouxe o fim da “solidariedade”, fim das disputas de clãs, fim do derramamento de sangue.
 1.6-Max Weber - Economia e Sociedade, capítulo III, TIPOS DE DOMINAÇÃO:
Dominação é a probabilidade de encontrar obediência para ordens especificas de um certo grupo de pessoas, a obediência pode vir por diferentes meios e métodos, de forma consciente ou inconsciente, por dinheiro ou por ideologia. As dominações são de diferentes tipos, por exemplo, a por motivo puramente material é instável, porém todas as dominações procuram algo em comum, a legitimidade.
Nem toda a pretensão convencional, é relação de dominação, exemplo é o trabalhador assalariado, seu chefe não é seu “senhor”. Porém pode se dizer que há profissões com mais ou menos liberdade, por exemplo o militar tem que seguir as normas da profissão a risca, logo é um trabalhador que tem que fazer coisas sem ser necessariamente voluntario. O único caso que há dominação absoluta é no caso dos escravos. Para haver dominação tem de ter obediência imediata.
A obediência de um indivíduo ou de um grupo inteiro geralmente se deve a uma questão de oportunidade, exercida na prática por interesse material próprio ou aceita como inevitável, ela funciona como uma espécie de norma.
Há 3 tipos puros de dominação legitima:
Racional- baseada na crença na legitimidade das ordens estatutárias, e dos representantes dela.
Tradicional- baseada na crença cotidiana e nas tradições, e quem por intermédio das tradições tem poder de mando.
Carismático- baseada na veneração extra cotidiana da santidade, por alguém de caráter exemplar, onde as pessoas cumprem suas ordens.
Também há a dominação baseada em estatutos, essa é de ordem impessoal, respeita uma hierarquia interna e possuía uma legalidade formal. Na pratica não a nenhuma dominação pura.
O tipo mais puro de dominação legal é a que possui um quadro administrativo burocrático. Somente i dirigente da associação possui posição de senhor, em virtude de apropriação, eleição ou por sucessão. Nesse tipo de sistema há hierarquia e divisão de funções. A administração puramente burocrática, do ponto de vista formal, é considerada a forma mais racional de exercício de dominação, nela se alcança o máximo rendimento em virtude da precisão, rigor e confiabilidade. Esse tipo de dominação é inevitável para haver dominação das massas. O sistema burocrático é de uma natureza quase inevitável, independentemente de ser um sistema socialista ou capitalista, pode-se dizer que a administração burocrática significa dominação em virtude do conhecimento, já do ponto de vista social a dominação burocrática significa em geral, a tendência de buscar os profissionais mais qualificados, também deve haver uma dominação da impessoalidade formalista (sem demonstração de sentimentos).
A dominação tradicional ocorre quando sua legitimidade repousa na crença na santidade das ordens e poderes senhoriais na santidade de ordens e poderes senhoriais tradicionais que sempre existiram.
O dominador é um senhor pessoal, que possui servidores, onde a associação é formada por companheiros tradicionais.Não a estatutos mas sim pessoas que indicam outras, as normas são legitimadas de dois modos:pela tradição e pelo livre arbítrio do senhor.
 A dominação nesse caso está determinada por aquilo que habitualmente o senhor(e seu quadro administrativo) podem permitir-se fazer diante da obediência tradicional dos súditos, sem provocar resistência.só são aceitas “novas” normas caso já fossem vigentes no passado ou em virtude do dom de “sabedoria”.
As pessoas com cargos administrativos não são escolhidos por sua competência e sim por sua amizade com o Senhor.
Os primeiros tipos de administração tradicional ,não possuem um quadro administrativo, os mais velhos são quem tomavam as decisões e tem uma estrutura patriarcal.
Dominação estamental é aquela forma de dominação em que determinados poderes de mando e as correspondentes oportunidades econômicas estão apropriados pelo quadro administrativo,essa dominação pode ser feita por uma categoria de pessoas com determinada características, ou por um único individuo.Tal dominação tem por característica limitação da livre seleção do quadro administrativo pelo senhor, apropriação dos meios materiais de administração. 
No patrimonialismo puro,há separação total entre os administradores e os meios de administração, no patrimonialismo estamental a situação é exatamente inversa: o administrador está de posse de todos os meios de administração,ou quase todos.
O servidor patrimonial pode ter seu sustento através de:
Sobras do banquete do senhor,esmolas dado pelo senhor, por terras funcionais,por oportunidades apropriadas de rendas e por feudos.
A dominação patrimonial,estamental, possuem poderes de mando e direitos senhorias e econômicos.
Denominamos divisão estamental de poderes a situação em que associações do estamentalmente privilegiados, em virtude da apropriação de poderes de mando, criam,em cada caso, por compromisso com o senhor, estatutos políticos ou administrativos.
A dominação tradicional costuma atuar sobre as formas de gestão econômica,primeiramente de forma muito geral, mediante ao fortalecimento de ideias tradicionais,a dominação gerontocrática e a patriarcal pura atuam com mais força nesse sentido, visto que não possuem um quadro administrativo particular do senhor,e eles necessitam manter sua legitimidade.O patrimonialismo normal inibe a economia racional não apenas por sua política financeira mas também pela peculiaridade geral de sua administração como pela dificuldade que o tradicionalismo traz a existência de estatutos formalmente racionais e com duração confiável e a ausência de um quadro de funcionários com qualificação profissional formal.
A dominação carismática vem em virtude da qual se atribuem poderes ou qualidades sobre-humanas a uma pessoa que ganha status de ‘líder”,graças ao seu comportamento ético,estético ou outra qualidade qualquer.
Os lideres carismáticos são reconhecidos pelos dominados,consolidado em virtude de provas ou “milagres”. Mas só carisma não traz legitimidade a sua dominação, tem de ser um bom líder. A associação de dominação comunidade é uma relação comunitária de caráter emocional.O quadro administrativo do senhor carismático não é um grupo de “funcionários profissionais” ,ele busca qualidades carismáticas, os cargos são por nomeação.
O carisma puro é alheio à economia, ele busca receitas através de mecenas ou mendicância é quase uma atitude antieconômica.
Apesar de tudo o carisma foi uma grande força revolucionária do passado que possui forte vinculo com á tradição. 
 
1.7- Hilário Franco Jr - Idade Média: O nascimento do Ocidente, capítulos 3 
Por muito tempo a História Política gozou de enorme prestígio, porém foi visto que ela era contada apenas pela parte rica da sociedade e deixava de lado a parte mais humilde da sociedade.O primeiro passo na direção dessa Nova História Política foi dado
em 1924 por Marc Bloch com uma obra pioneira chamada Os reis taumaturgos,.O segundo passo veio em 1971 por meio de um artigo no qual Jacques Le Goff, depois desse segundo passo a História Política não se preocupava mais em descrever ,reinados e batalhas e sim por ênfase em dois principais campos de estudo, o papel do imaginário na política e as relações entre nação e Estado.
os historiadores passaram a ver a política como a forma básica de organização de qualquer grupo humano, como o instrumento minimizador dos conflito da sociedade.
Nas sociedades arcaicas a realeza não era uma instituição política, mas uma manifestação do divino.Na Idade Média o monarca, sem ser deus ou sequer sacerdote,como nas civilizações da Antiguidade, tinha inquestionável caráter sagrado,esse era um dos motivos que levava a igreja ter tanto poder na antiguidade o fato de o poder politico ser dado para quem tinha poderes misticos.
Nação e Estado
Até oséculo X, “nação” tinha conotação apenas étnica, na Alta Idade Média cada pessoa era regida pelos costumes de seu povo independentemente do lugar em que estivesse. A partir do século XII a submissão aos costumes locais, foi quando a palavra “nação” passou a ter caráter geográfico e também político.
 Certos trabalhos encontram traços de nacionalismo já na Primeira Idade Média. Mas parece exagerado interpretar os regionalismos presentes na crise do Império Romano como sendo nacionalismo, não a um consenso de quando começou o nacionalismo.
Na época Medieval era comum usar o termo corpo politico, que pode ser interpretado como comunidade política é um corpo do qual o rei é a cabeça, o Senado o coração, os juízes e governadores de províncias os olhos, ouvidos e língua,
os guerreiros as mãos,os arrecadadores de impostos e fiscais o ventre e o
intestino, os camponeses os pés. 
Sobre a política medieval permite dizer que sua linha de rumo foi a formação do Estado-nação, embora ao mesmo tempo tenha-se mantido forte o poder de atração dos ideais universalistas do Império e da Igreja.
A fragmentação da Primeira Idade Média ocorreu graças as crises internas no Império Romano que tiveram seu golpe final dado pela invasão barbará, com o fim do Império Romano se formou pequenos Estados de estrutura politica patriarcal.
Apenas o reino franco do século VIII, na figura de Carlos Magno era capaz de reunificar os Estados em um único Império, esse império ficaria conhecido como carolíngio, eles foram os primeiros bárbaros a se converterem ao cristianismo e transformaram em lei o antigo costume dos cristãos de entregar o dízimo à Igreja, e tomaram para si o império bizantino quando ele não havia um Imperador no trono.
A organização administrativa do Império Carolíngio,era excessivamente personalizada. O território estava dividido em centenas de condados, de extensão variável, cada um deles dirigido por um conde, nomeado pelo imperador. O conde representava o poder central em tudo, publicando as leis e zelando pela sua execução, estabelecendo impostos, dirigindo trabalhos públicos, distribuindo justiça, alistando e comandando os contingentes militares, recebendo os juramentos de fidelidade dirigidos ao imperador. Em troca recebia uma porcentagem das taxas de justiça e sobretudo terras entregues pelo soberano.
O Império Carolíngio ruiu por não ter unidade orgânica, assentando-se sobre dois princípios contraditórios: o universalismo das tradições romana e cristã e o particularismo tribal germânico. A diversidade étnica era insuficientemente soldada pela autoridade real.Carlos Magno ainda tentou unir a si todos os súditos importantes,para evitar a desfragmentação do Império,fazendo um vínculo que manteria o predomínio imperial. A relação vassálica implicava,porém, a entrega por parte do soberano de terras e privilégios políticos que na verdade o enfraqueciam.A economia era essencialmente agrária, ao ceder terras para os nobres o imperador precisava conquistar novas áreas, mas para tanto dependia do serviço
militar daqueles mesmos elementos.Assim surgia um círculo vicioso difícil de ser quebrado.
Outro problema do Império foi a fusão do poder temporal e do poder espiritual na figura do imperador. No seu papel militar, ele deveria ser um chefe guerreiro e obtentor de pilhagens; no seu papel religioso, pela tradição cristã, ele deveria ser o mantenedor da paz e da justiça,logo a junção desses poderes não era ideal.Além disso ainda havia ataques externos como dos vikings que diminuíram cada vez mais a credibilidade e o poder do Imperador.
Sobre os poderes universalistas do império:
Apenas o papa poderia coroar um imperador, mas não estava interessado na existência de um que fosse forte, pois ele próprio tinha pretensões universalistas, considerando-se o legítimo herdeiro do Império Romano.A Igreja, por sua vez, tornou-se claramente uma personalidade política desde que se corporificou com a Doação de Pepino.
Ao promover a unção de Pepino, em 751, a Igreja justificara o
poder monárquico. Em parte isso ocorrera por circunstâncias, já que o
papa necessitava do apoio franco contra os lombardos. Em grande parte
porque o próprio clero não escapava ao enraizamento da sacralidade real
na psicologia coletiva. Expressando esse sentimento, São Patrício afirmava no século V que um bom rei representa para seu povo “tempo favorável, mar calmo, colheitas abundantes e árvores carregadas de frutas”.Apesar de aceitar a sacralidade monárquica, a Igreja velava para que tal poder não se tornasse excessivo. 
Nessa época o espirito de suserania e vassalagem imperavam,um modelo contratualista de relações politico econômicas.O feudalismo, do ponto de vista político, representava uma pulverização do poder que respondia melhor às necessidades de uma sociedade saída do fracasso de uma tentativa unitária (Império Carolíngio) e pressionada por inimigos externos como vikings.O detentor da terra desempenhava ali o papel de Estado, taxando e julgando.
O surgimento da comuna veio para contrapor os feudos,negava os
princípios feudo-clericais. Realmente, “comuna” significava uma associação igualitária, que quebrava as hierarquias, e era por isso uma “conjuração”contra o exercício dos poderes senhoriais.As comunas também eram conhecidas como Cidades-estado,era uma região mais urbanizada do Ocidente(apesar de nem todas serem urbanas), onde as lutas entre Império e Igreja tinham criado um vácuo de poder preenchido pelas associações burguesas.
O regime político dessas comunas foi o consulado, com um grupo de funcionários (cônsules) eleitos defendo poderes executivos e judiciais. Para controlá-lo, havia uma assembléia inicialmente formada por todos
os cidadãos e depois por um certo número deles escolhido por eleição ou sorteio.
As comunas rurais eram formadas por associações de moradores contra o seu senhor.O espírito era o mesmo das comunas urbanas, mudavam os objetivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.8-FILME “THE QUEEN”:
 
A Rainha é um drama biográfico lançado em 2007, dirigido por Stephen Frears e que concorreu ao Oscar em 6 categorias diferentes.
Esse filme se passa na Inglaterra no ano de 1997, ano em que Tony Blair se torna o Primeiro-Ministro da Inglaterra e a Princesa Diane morre em um acidente de carro.
Tony Blair é o 11¨ Primeiro-Ministro da Rainha Elizabeth II e possuía uma ideia de anti monarquista, mas com o passar do tempo e o convívio com a Rainha mudou sua concepção, ele percebeu a Importância de ter um Chefe de Estado no caso a Rainha separado de um Chefe de Governo que era ele mesmo, o Primeiro-Ministro.
O filme se foca mais na Morte da Princesa Diane e a comoção nacional e internacional que ocorreu com tal fato. Essa comoção não era partilhada e nem compreendida pelos monarcas já que viam a Princesa como uma má mãe e uma esposa infiel. Apesar da Rainha Elizabeth II não querer prestar homenagens a Diane, a pressão popular por algum ato de pesar por parte da Coroa Britânica é tão forte que a Rainha sede e faz um discurso de homenagem a Princesa Diane.
Nesse filme pode ser visto a separação de Chefe de Governo e Chefe de Estado em um governo parlamentarista, vemos a aceitação do Chefe de Governo por parte da população, no caso em questão é a Coroa Inglesa, que no auge de sua rejeição perante seus súditos ainda possuía 75% de aprovação, um verdadeiro oposto do sistema presidencialista que soma as funções de Chefe de Governo e Chefe de Estado em apenas uma figura, que em momentos de crise chega a mais de 90% de rejeição pela população local.	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.9-Texto do Jellinek As doutrinas sobre a justificava do Estado
 
O Estado pode ser visto de duas formas diferentes, histórica que leva em conta os fatos já conhecidos e o segundo ponto é o filosófico.
O ponto de vista filosófico foi perdendo força depois do século XIX, então o ponto de vista histórico ganhou força, mas não o suficiente para ver o Estado como algo fundamental para o homem, por isso foi mostrado outros cincopontos para provar a necessidade do Estado. Esses pontos são: Religiosa, física, jurídica, moral e psicológica. 
O ponto de vista religioso no seu começo foi visto como se Estado e religião caminhassem juntos, que Deus fosse o criador do Estado. Era contada a história das duas espadas, religiosa e terrena. A religiosa ficava sobre tutela do Papa e a terrena do imperador. Este assunto foi abordado por Santo Agostinho e Rousseau. Rousseau não concordava que o Estado era uma criação divina, dizia que Deus não criou tudo pois caso tivesse criado todas as coisas boas também teria criado as ruins.Com o passar do tempo as pessoas foram se ficando com o pensamento semelhante a Rousseau sobre este assunto.
O ponto de vista físico: Os sofistas viam o Estado como um órgão para a explorar o povo. O Estado não busca o bem da maioria e sim de uma minoria detentoras de riquezas, logo ele seria um dos grandes responsáveis pelas lutas de classes. Além disso é visto que quem esta no poder dele não quer abdicar, não importando os modos de permanecer com ele em suas mãos. Quem defendia esse modo de agir do Estado tentava se embasar no contrato social visto que o Estado tinha que manter o controle para não virar uma anarquia onde a lei do mais forte prevalecesse.
Ponto de vista ética e psicológica: o homem só é homem se vive em sociedade, em um Estado, caso não viva em sociedade ele seria mais um animal. Todo o convívio em grupo tem de ter normas e esse é um dos motivos para o sistema jurídico ser tão importante. Um pensador que tratava sobre esse assunto era Hegel que diz que o Estado que nos da concepção de moral.
Ponto de vista Jurídico: Este diz que o Estado tem de ser baseado no direito. Sendo três formas do direito a se destacar, o direito de família, propriedade e o contratual.
 O direito de família era dito como patriarcal. O Estado nada mais era que uma junção de famílias que viviam em certa harmonia graças ao contrato social.
O direito a propriedade é um dos motivos pelo qual o Estado existe pois ele protege e da legitimidade a uma propriedade ter um dono e suas terras não podem ser tomadas por intermédio da força.
O teoria do contrato é provavelmente a mais importante, segundo Platão os homens começaram a se juntar para se proteger contra a injustiça. Através dos contratos que se foi dando mais poder a certas pessoas exemplos como senhores feudais a imperadores.
Thomas Hobbes falava que saímos de um Estado natural no qual o pensamento egoísta predominava e a lei do mais forte falava mais alto e íamos para um Estado absoluto. Nesse Estado absoluto regido por um contrato aonde apenas um tem privilégios mas todos estão de certa forma protegidos perante a uma lei.
Rousseau diz que todo homem nasceu livre, toma como ponto de partida Locke que diz que é inseparável da natureza do homem o direito a liberdade, mas que muitas vezes abre mão desde direito para viver em comunidade. O Estado tem um caráter social muito forte.
3.Evolução sistemática da doutrina da justificação
O Estado tem o poder de coerção visto que em uma comunidade é necessário manter a ordem e por esses o poder coercitivo é necessário, mas esse argumento não é aceito por parte da sociedade, como por exemplo os anarquistas e niilistas.
O direito é um dos poderes do estado que tem como função limitar e regular a ação do indivíduo, ele também deve ser respeitado por todos
O Estado é necessário para a vida em comunidade, até mesmo em diferentes ideologias como por exemplo a socialista seria necessário o Estado para organizar quem faria o que e fiscalizar se alguém está tentando ter mais do que deveria ter. 
Ao final do capitulo podemos ver que o Estado é necessário hoje e no amanhã também, apesar de alguns grandes nomes não concordarem com o Estado, como Marx e Engels. O passado do Estado não pode ser esquecido para não cometermos os mesmos erros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.10- Ataliba Nogueira - Qualquer capítulo do livro "O Estado é um meio e não um fim" Capitulo terceiro, Individualismo.
A ideia de preeminência de pessoa humana em face do Estado trouxe teorias acerca do fim da sociedade politica que não importassem completo desconhecimento do individuo.Esse pensamento leva uma ideia de limitação do Estado a uma missão exclusivamente jurídica, que teria como missão editar lei e reprimir quem a transgredisse.O estado não interferiria na vida social.O Estado teria como fim propiciar igual liberdade de todos e proibir ações que não permitem a coexistência da igual liberdade de todos, a liberdade é defendida por 3 motivos :econômico, igualdade do individuo e na luta pela vida.
O individualismo,como teoria politica, principiou a desenvolver no domínio econômico,foi uma reação ao absolutismo do Estado.
A intervenção do Estado na economia foi desastrosa,visto que é artificial, e o domínio econômico assim como o politico esta sujeito a um conjunto de leis.O Estado age como uma empresa de seguro que recebe uma contribuição através da cobrança do imposto.
Com uma tarefa tão pequena, a operosidade legislativa do Estado fica reduzida ao minimo,isso é ruim pois isso castiga o reduzido numero de pessoas que lutam contra a propriedade privada.
A ordem natural,cuja a manutenção é importante ser conservada consiste principalmente no seguinte:propriedade privada em todas as suas formas, na instrução universal e nos trabalhos públicos. 
Na Inglaterra pensadores como Adan Smith e David Ricardo sustentam a mesma teoria dos fisiocratas,quanto a existência de certas leis naturais,pelas quais as pessoas buscam o melhor para si,precisando de alguém do Estado para que as pessoas não desrespeitem a lei enquanto estão na busca de seus objetivos.
O não intervencionismo de Adan Smith não era absoluto.Bastiat pregava uma ideia de deixar os homens trabalharem sempre em busca de algo melhor e mais qualificado.
Kant filósofo alemã distingue direito natural do positivo, sendo o primeiro vindo de uma regra absoluta.
Toda a ação oposta a uma liberdade é contraria ao direito, é ato injusto.Kant fala qie a autoridade deve ser valida a simples ordem externa e aos casos de conflito no exercício exterior das liberdades humana.
 No campo do direito publico, Kant avisa sobre os perigos do individualismo e de um liberalismo radical.
Humboldt segue a linha kantiana, o Estado não deve se ocupar com o bem estar dos cidadãos e também não deve limitar a liberdade deles,salve os casos em que a medida requerida sirva para a eficaz proteção jurídica contra inimigos internos e externos, o Estado deve propiciar a livre expansão das forças individuais.Seu fim é a proteção jurídica do cidadão.
Spencer fala que a ação do Estado deve ser proporcional em que os instintos altruístas hajam predominado sobre os instintos egoístas o que só se realiza,quando o egoismo individual se haja transformado em altruísmo social.Ele acredita piamente nos principio darwinista da luta pela vida, tem uma visão otimista que a autoridade será reduzida ao minimo e a liberdade elevada ao máximo.Estará tão bem disposta para a disciplina social humana,para a vida em sociedade,que não haverá mais coerção exterior pois não será mais necessária.
A base de sua teoria politica vem da teoria da evolução e seleção natural, a busca da sobrevivência.Tem uma ideia contraria a Hobbes e Rousseau quando o assunto é o Estado,vê o Estado como fim ultimo, uma reunião de tribos, onde haverá uma competição interna, que só os mais capacitados venceram.Prega a não intervenção do Estado, o Estado não deve intervir a não ser em casos que a proteção dos direitos e da liberdades individuais forem violados. 
Essas teorias que limitam muito o poder do Estado e sustentam a ilimitação da liberdade individual ficaram conhecidas como teorias individualistas.
Apesar de possuir vários admiradores a teoria individualista nunca foi posta na prática.No final das contas o laissez faire tinha sido apenas uma reação contra a vigência de leis caducas.O Estado é necessário, pois a ele compete o dever de fomentar a riqueza,acultura, o comercio,a industria a prosperidade nacional,a industria,transporte publico, a prosperidade nacional, assim vemos que a ideia de Estado como apenas tutelar o direito não é boa.Afinal enquanto o homem luta por desejos indivudiais tem de ter alguém, ou alguma coisa para cuidar dos interesses gerais.
O Estado não é obra do arbítrio humano,nem o produto mecânico de cego processo evolutivo, mas sim exigência da natureza humana e consequência da ordem mora, é uma união de varias famílias cooperando para bem estar comum. 
A família tem grande importante no Estado, pois é dela que vem a primeira interação social de um novo ser humano.
A ideia de individualismo esta na plena independência do ser racional.O direito vale do mesmo jeito para todas as pessoas.
Um problema do individualismo é que ele é destruidor da moralidade publica.Pois com essa visão o Estado não deve fazer nada por pessoas necessitadas seja sua necessidade de auxilio seja financeira ou em virtude de uma epidemia ou catástrofe natural.Estado seria um simples guarda da ordem , da tranquilidade publica.
O individualismo deve ser rejeitado pois conduz para a mais absoluta indiferença para com tudo, como religião,bons costumes e moralidade pública.
Alguns dos motivos expostos mostram que a motivos de ordem moral, politico e econômico que são contra o individualismo.
A teoria do livre cambio não só acabou com entraves anteriormente opostos ao desenvolvimento do comercio e da industria como também o maior progresso no ramo econômico, dando ensejo ao aparecimento e aplicação de numerosos inventos.Essa revolução econômica trouxe mudanças a sociedade,nem todas boas.
O Estado nem sequer deve ser um simples espectador,nem se satisfazer com a só garantia que ofereça à liberdade e segurança individual,abandonando tudo mais ao acaso.Ele deve intervir a favor dos direitos das classes mais debeis e impedir que sejam arruinada se tragadas pelo livre jogo da concorrência.Vemos casos de crianças,pessoas idosas e mulheres trabalhando por baixíssima remuneração, e por muitas horas diárias em busca de um lucro absurdo de quem detém os meios de produção, isso é a politica individualista na pratica.
Foi a legislação que começou a por fim a pratica socialistas através da legislação do trabalho(as CLTS brasileira),afinal o direito a liberdade não é apenas o de ir e vir mas ter uma jornada de trabalho com um tempo determinado e não absurdo.O Estado deve trabalhar para a evolução de todos.
 
1.11-MENEZES, Aderson de. Teoria Geral do Estado: capítulo IV: Evolução Histórica do Estado.
1 .História e Tipos Estatais
​Os tipos estatais, são transformados com o passar do tempo, têm uma especie de renovação 
, isso acaba se refletindo­ as suas características em diferentes
épocas e em diferentes locais. Não se pode arrumar, em ordem
cronológica esses acontecimentos, na verdade, a estatal do contemporâneo ou a ser estruturado e posto em funcionamento pode ser semelhante a outro já conhecido na antiguidade, da mesma que o tipo estatal do futuro poderá ser idêntico ou parecido com o então praticado em épocas anteriores como na Idade Média, igualmente como o tipo estatal do passado pode ressurgir na Era Moderna.
 
2.O Estado Oriental
​As civilizações que são consideradas as mais antigas, tanto as do oriente propriamente dito como as primeiras do Mediterrâneo: chineses, indus, persas, assírios, hebreus, egípcios etc.
O chamado Estado oriental ainda é o berço e como tal, mal delineado em sua fisionomia política, em que prevalece absoluta diferenciação de castas, da qual surge, pelo predomínio da classe mais alta, uma especie teocracia, que se mostra com a presença, da autoridade divina, no simbolo de governo dos homens. Não há, nessa fase da Idade Antiga, uma concepção positiva de Estado.
As condições gerais em que se desenvolvem os impérios orientais constituiriam um obstáculo para a criação de um sistema de filosofia política. O aspecto simples,que era predominantemente rural a sua economia,as superstições dos dogmas rígidos de sua religião;a separação das classes sociais em um sistema de castas; sua regulação nímia e meticulosa da vida contribuíram para apresentar as instituições como se fossem sagradas e imutáveis, e impediram uma investigação sobre sua origem ou natureza. A vida social do oriente foi diferenciada, sem uma base estrutural. 
A família, a religião, o Estado, a organização industrial formaram um conjunto bem confuso. Sem diferenciação aparente. Como decorrência de tal fato,a filosofia, das doutrinas econômicas. A influência dominante foi religiosa e as ideias que prevaleceram foram criadas, sustentadas e destruídas pelos sacerdotes. O Estado, em sua forma geral no mundo orienta,l foi a de uma autocracia ou monarquia despótica, tendo por sanção de sua autoridade a religião ou a conquista; que a unidade desse Estado se baseava no culto aos deuses comuns, que sua contribuição ao Oriente, ao pensamente político está determinada pela ideia do império, embora sem um organização administrativa, e que, afinal, os povos orientais que desenvolvem sistemas políticos são os os chineses e os hebreus e os hindus. Além disso, o Estado se caracterizava como Teocrático. Na China, a virtude constituía ali o fim do Estado, cujos governantes se inspiravam em um ideal elevado de humanidade e reputação moral. A Índia ,se caracterizou por ­ ter criado um sistema filósofo, sendo de pouca duração o governo, pois as revoluções dentro do próprio governo eram muito frequentes. 
Pensando na Pérsia, o governo era estabelecido pelo próprio Ormuz, de quem o
monarca era servidor como seu descendente, unindo­se os dois poderes, espiritual
e temporal, em sua autoridade ilimitada. Quanto à Assíria, sabe­se que seus reis,
terríveis e implacáveis, se intitulavam vigários dos deuses, destinados a suprimir a
impiedade. De Israel, os judeus sustentaram também uma concepção teocrática do
Estado, tiveram a ideia de um só Deus. Ainda que não formassem um Estado
soberano, os hebreu tiveram consciência mais forte de sua unidade nacional. O
Egito conhece no faraó não apenas um magistrado,mas a rigor, uma divindade, um
descendente divino, um Deus na Terra.
 
3. O Estado Grego
​O Estado Grego,não é um Estado unitário,mas sim diversos Estados helênicos, formados cada um por uma noção de coletividade fixada em cada cidade daquele mundo, que estava integrado por varias outras cidades, distribuídas por todo o território grego.Essas cidades tinham muitos traços em comum como as
mesmas instituições, religiosas e sociais, e viviam de forma independente, as vezes havia 
um processo de alianças temporárias entre elas.
 Haviam colônias que se fizeram independentes da metrópole. A Cidade­ Estado, pois a polis, de onde deriva a palavra política, é a base política na Grécia. O Estado Grego é confinado a cada cidade, é como uma comunidade urbana, com manifesta unidade interior.
As polis estruturavam toda as ideias sobre politica,economia e sociedade elas possuíam de certa forma uma vida própria.
As polis eram legítimas autarquias, elas eram auto suficientes. Possuíam uma ideia de que o universo era produto da razão humana e aceitavam que forças da natureza eram suscetíveis de uma interpretação sistemática e ordenada. Entretanto, a moral, o direito a política e a economia ainda se misturavam, ate mesmo com a religião.Apesar que a religião pertencer à esfera de consciência individual, ainda se confundia com a atividade
do Estado.
O Estado Grego não parava de fazer evoluções no seu funcionamento.Através
da sociedade política pode o homem cumprir a sua destinação, atingir aos seus objetivos
finais. O Estado intervem em tudo quanto, fomentando os interesses humanos,
pode ser entendido como função pública e acaba por absorver quase integralmente
o indivíduo, que fora dele não encontra nem liberdade nem segurança. Como a
população era de pequeno porte­ e por esse motivo a maioria das pessoas deveria se conhecer mutuamente .Assim os habitantes podem celebrar assembleias em praça pública, pela ativa participaçãodo povo.
O pensamento político é o que leva à democracia, visto como se o governo grego
contribuiu para a formação de uma teoria de direitos políticos, não o fez para a de
uma doutrina de direitos civis. Todavia , na Grécia, as divindades
não possuíam mais o caráter divino para as autoridades, e as instituições políticas, à luz que guia a inteligência humana,evoluem e conseguem novas vitorias, que ajudam a dar brilho para tal civilização.
Os sistemas governamentais de Esparta e Atenas, sem dúvidanenhuma foram os que mais mostraram, manteriam se contra as invasões persa, a unidade nacional, para
depois causarem por rivalidade recíprocas a ruína grega do Peloponeso.
Atenas, em seu auge máximo, era governada pela assembleia do povo,
como órgão supremo que fazia as leis principais e revia as decisões em geral; pelo
senado de quinhentos membros sorteados entre todos os cidadãos, cuja tarefa era
votar certas leis menos importantes e fiscalizar os atos administrativos,
principalmente os relacionados com o tesouro; pelo arcontado, composto de nove
arcontes , que exerciam funções executivas. 
No auge de Esparta,ela era governada por uma assembleia composta de
todos os cidadãos, por um senado de vinte e oito membros vitalícios, por dois reis
iguais em autoridade e por um conselho de cinco éforos, eleitos anualmente. Os
éforos representavam, em princípio, como que um freio entre o poder dos reis e o
senado, mas foram adquirindo, gradualmente, verdadeira supremacia política.
4. O Estado Romano
​ O Estado romano começou pelas civitas, formada por famílias e tribos
que o constituíram. O governo residia numa assembleia de paters famílias,
ao ponto mesmo de manter­se sempre aos senadores romanos o tratamento usual
de paters. 
As gens eram cidades, para fazer parte delas era preciso pertencer a uma família, que compreendia duas classes de pessoas: os patrícios e os clientes, os primeiros de raça nobre, livres de nascimento e descendentes de um pater, os segundos eram meros servidores de cada grupo familiar, não podendo jamais tornar­se proprietários. Além disso, havia outra classe composta pelos plebeus.
Na era republicana, um complicado sistema de distribuição de funções, por
meio de órgãos múltiplos e colegiados, assegurava a liberdade e defendia os
romanos dos excessos da tirania. Em vez da autoridade militar e civil do rei, eram
eleitos, pelo comício das centúrias, todos os anos, dois cônsules, um dos quais cônsul togatus ­ era o presidente do senado, enquanto o outro ­ cônsul armatus comandava o exército. Para limitar a autoridade dos cônsules, foram instituídasdiversas magistraturas.
Separa­se a ética da política; institui­se uma teoria abstrata do Estado, distinto da sociedade em geral; desenvolve­se a personalidade legal do Estado, em molde de soberania política e como poder criador da lei; distingue­se o Estado dos indivíduos: cada um tem direitos e deveres diferentes, pois ainda que seja o Estado considerado fonte de todos os direitos, a autoridade política procede, em última análise, do povo. As primeiras leis romanas não excedem um conjunto de práticas religiosas, normas consuetudinárias e conhecimentos populares, cuja primeira codificação é a Lei das XII Tábuas. Converte­se então em um corpo geral de jurisprudência, em consonância com o governo do Estado universal e debaixo de um sentido de liberdade tão aberta que serve de base, durante séculos, à jurisprudência de todos os Estados.
Em decorrência disso, deve concluir­se que, na verdade, os romanos se avantajaram aos gregos em dois pontos essenciais:tentam diferenciar o direito da moral, circunscrevendo o poder do Estado a assegurar a ordem jurídica, com a intuição da liberdade individual e da propriedade privada, esboçam o conceito da nação. visto que o Estado ultrapassou as fronteiras urbanas e até se destinava a absorver o mundo inteiro, com o direito de cidadania estendido, ao fim, a quantos habitantes o império.
 5. O Estado Medieval
Possuíram os teutos assembleias populares, tal como uma assembleia composta por todos os homens livres e que elegia o chefe da tribo, o qual desapareceu quando se concentraram em monarquias centralizadas. Existiam nos cantões assembleias representativas locais( a primeira era nacional que resolviam questões de caráter regional e serviam sobretudo de organismos judiciais. O feudalismo como laço de coesão dos vínculos políticos para sustentar a ordem social então abalada, é um sistema de dependência territorial nas relações entre os homens, associado na prática, à autoridade política e à influencia religiosa. Os homens punham­se de baixo da proteção dos próprios, ficando,em troca, ligados ao solo e sujeitos a prestação de serviços. Os homens, via de regra cumpriam serviços de caráter feudal, realizavam oficios de cavaleiros e acorriam aos tribunais.Numa palavra:eram vassalos em lugar de cidadãos. As relações entre os vassalos e os senhores ficavam definidas pela existência de um contrato, expresso ou tácito, em que se obrigavam à defesa e ao acatamento da Lei, de onde se derivavam direitos e deveres recíprocos. 
6. O Estado Absoluto
O absolutismo monárquico, caracterizado pela concentração de poderes do Estado na pessoa dos soberanos, representava a conjunção das opiniões e das vontades para fins comuns, pela coexistência pacífica e coletiva, pela independência e engrandecimento das nações das nações e pela coexistência das nações e pela segurança universal.
O Estado absoluto, que constitui uma reação montada sobre o triunfo dos reis depois de um período de agitação nas consciências e nos homens, tem seu centro na ideia de soberania, como poder supremo e único, instalado no interior de cada organização política.
O absolutismo estatal, paradoxalmente aliado às revoluções inglesas do século XVII e norte americana e francesa do século XVIII, muito concorreu para a formação das nacionalidades hodiernas, principalmente as europeias. Imperaram realmente reis absolutos , com poderes ilimitados,de cuja linha de conduta é dada como paradigma Luís XIV, simbolizando a monarquia, em sua uni personalidade exagerada, na célebre frase ‘’ o estado sou eu ‘’, que apenas lhe é atribuída…
Os soberanos foram menos absolutos do que se imagina: dependiam da própria legislação, por eles mantida ou criada; eram instrumentos da tradição, curvavam­se diante das resistências legítimas, que derivavam de leis e costumes. 
7. O Estado Constitucional
Através do aparecimento do estado constitucional, cujas linhas mestras são a limitação da autoridade estatal pelo delineamento de poderes perfeitamente configurados e a declaração dos direitos do homem, devidamente assegurados e garantidos, ambas as características disciplinadas por um documento sócio jurídico político, geralmente escrito, que se chama a Constituição.
Um Estado de Direito, ainda que juridicamente imperfeito em hipóteses concretas, mas regulado pelos preceitos da Constituição que lhe inocula vida e lhe norteia a atividade.
A soberania do povo, exercida por meio de seus delegados­ regime representativo; a delimitação da autoridade dos poderes públicos, que encontram na constituição e nas Leis o espaço dentro do qual a sua ação se pode desenvolver regime de legalidade; a divisão do governo em ramos distintos, confiados a órgãos independentes e harmônicos entre si, por forma que a atividade de um crie para os outros um sistema de limitações, necessário à garantia das liberdades públicas regime constitucional : a liberdade e a igualdade política dos indivíduos. Governo e administração; alheação do Estado do terreno das ideias e práticas puramente morais e religiosas dos indivíduos. A carta magna de de 215, o Estado constitucional ali vingou plena e vigorosamente após a revolução de 1648, em que Oliver Cromwell decapitou Carlos I e instaurou a república, notadamente mais tarde com outra revolução e a declaração de direitos ­ Bill of Rights ­ de 1688. Isso ocorria no século XVII. Cem anos depois, houve outra declaração de direitos nos Estados Unidos, em 1 776. Já em 1 789, venho

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