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Prévia do material em texto

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DOUTORA MARIA AUGUSTA SARAIVA
Danielly Nobre
Guilherme Teles
Jessica Rodrigues
Juliana Pires
ABUSO SEXUAL INFANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso
São Paulo
2019
	CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLóGICA PAULA SOUZA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DOUTORA MARIA AUGUSTA SARAIVA
	ABUSO SEXUAL INFANTIL
	Trabalho de Conclusão de Curso
	
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado na instituição Escola Técnica Estadual Doutora Maria Augusta Saraiva – mantida pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, como parte dos pré-requisitos para obtenção do Certificado de Técnico em Serviços Jurídicos. 
Sob orientação da professora Soraya Ap. Mariano Paz
	São Paulo
2019
PAULA, Danielly Maria Nobre de; BARROSO, Guilherme Teles; BASTOS, Jessica Rodrigues da Silva; VIEIRA, Juliana Pires.
Abuso Sexual Infantil.
São Paulo.
2019.
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Centro Estadual De Educação Tecnológica Paula Souza – Escola Técnica Estadual Doutora Maria Augusta Saraiva.
Orientadora: Soraya Ap. Mariano Paz
Área de concentração: Serviço Jurídico
1. Abuso Infantil. 2. Abuso Sexual. 3. Crianças
 
Trabalho De Conclusão De Curso – TCC
Nós, alunos abaixo assinados, regularmente matriculados no Curso Técnico em Serviços Jurídicos na ETEC Doutora Maria Augusta Saraiva Município São Paulo - SP declaramos ter pleno conhecimento dos Regulamentos para realização do Trabalho de Conclusão de Curso do Centro Paula Souza. Declaramos, ainda, que o trabalho apresentado é resultado do nosso próprio esforço e que não há cópia de obras literárias impressas ou eletrônicas. 
São Paulo, 24 de junho de 2019.
	NOME 
	R.G.
	Assinatura
	Danielly M. Nobre de Paula
	
	
	Guilherme Teles Barroso
	
	
	Jessica Rodrigues da Silva Bastos
	
	
	Juliana Pires Vieira
	
	
 Ciência do Professor Responsável
	NOME 
	R.G.
	Assinatura
	Soraya Ap. Mariano Paz
	
	
Trabalho De Conclusão De Curso – TCC
Nós alunos abaixo assinados, regularmente matriculados no Curso Técnico em Serviços Jurídicos, na qualidade de titulares dos direitos morais e patrimoniais de autores da Obra: ABUSO SEXUAL INFANTIL. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na ETEC Doutora Maria Augusta Saraiva, município de São Paulo, em 24/06/2019, autorizamos o Centro Paula Souza a reproduzir integral ou parcialmente o trabalho e/ou disponibilizá-lo em ambientes virtuais.
São Paulo, 24 de junho de 2019.
	NOME 
	R.G.
	Assinatura
	Danielly M. Nobre de Paula
	
	
	Guilherme Teles Barroso
	
	
	Jessica Rodrigues da Silva Bastos
	
	
	Juliana Pires Vieira
	
	
Ciência do Professor Responsável
	NOME
	R.G.
	Assinatura
	Soraya Ap. Mariano Paz
	
	
Banca Examinadora
Data: 24/06/2019
Nota: ______
______________________________________
Coordenador do Curso
______________________________________
Professor da Banca
______________________________________
Professor da Banca
______________________________________
Professor da Banca 
Nome:
Instituição: Etec Doutora Maria Augusta Saraiva
Cargo/Função: Professor
Considerações:
Nome:
Instituição: Etec Doutora Maria Augusta Saraiva
Cargo/Função: Professor
Considerações:
Nome:
Instituição: Etec Doutora Maria Augusta Saraiva
Cargo/Função: Professor
Considerações:
Dedicamos em primeiro lugar a Deus, aos nossos pais, orientadora e nossos professores por ter nos dado todo o apoio necessário para que chegássemos até aqui, que fizeram deste sonho uma realidade, nos proporcionando forças para que não desistíssemos de buscar nossos objetivos.
Agradecimentos
Agradecemos, primeiramente, a Deus, que nos deu energia e benefícios para que concluíssemos todo este trabalho.
Agradecemos aos nossos pais que nos incentivaram em todos os semestres deste curso.
Aos nossos colegas de classe que participaram de todas as aulas e palestras referentes ao tema.
Aos professores que sempre estiveram dispostos a ajudar e contribuir para um melhor aprendizado em especial a nossa professora e orientadora.
Agradecemos também a esta instituição por ter nos dado a chance e fornecido todas as ferramentas que permitiram que chegássemos ao final deste ciclo de maneira satisfatória.
“O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.”
Albert Einstein
Resumo
O presente trabalho tem como tema Abuso Sexual Infantil. Onde o objetivo é abordar o assunto como um caminho comunicativo para maior aprendizado, informando sobre os tipos existentes de abusos com as crianças, incluindo o verbal. O uso de diferentes linguagens auxilia e contribui para o desenvolvimento do trabalho. A escolha deste tema surgiu das necessidades de compreender, conhecer a importância e saber como lidar com o assunto tratado, tendo em vista a preocupação com as crianças, colocando as estatísticas atualizadas dos casos recentes. Pretende-se com esta iniciativa trazer o máximo de informações, tanto legislativa como na atualidade social. Destarte, este trabalho de conclusão de curso vem mostrar aos alunos a intensidade deplorável que é este caso. Abuso Sexual Infantil não é de forma alguma ignorável, pois ele além de ser altamente grave, é um crime com a pena – Reclusão, de 8 a 15 anos.
Palavras-Chaves: Abuso, infantil, crianças.
Abstract
The present work has as theme Child Sexual Abuse. Where the goal is to approach the subject as a communicative path for learning, informing about the existing types of abuse with kids, including verbal, and adding infanticide. The use of different languages ​​helps and contributes to the development of the work. The choice of this topic arose from the need to understand, know the importance and know how to deal with the subject matter, in view of the concern with kids, by putting the updated statistics of recent cases. This initiative intends to bring as much information as possible, both legislative as in social reality. Therefore, this course completion work will show students the deplorable intensity that this is case. Child Sexual Abuse is by no means skippable, because in addition to being highly serious, this is something worthwhile - confinement, from 8 to 15 years. 
Keywords: Abuse, childlike, kids
Sumário
1. Introdução	17
2. Capítulo I – Aspectos Jurídicos	19
2.1 – Abuso Intrafamiliar	20
2.2 – Abuso Extrafamiliar	23
2.2.1 – Casos sobre abuso sexual extrafamiliar:	24
2.2.2 – Pobreza e desigualdade social: as possíveis relações com as situações de abuso sexual extrafamiliar	26
3. Capítulo II – Legislação Brasileira	28
3.1 – Constituição Federal	29
3.2 – Código Penal	30
4. Capítulo III – Estatuto da Criança e do Adolescente	32
4.1 – Origem	32
4.2 – O que o ECA garante?	34
4.3 – Quais são os deveres dos Conselheiros Tutelares?	34
5. Capítulo IV – Declaração Universal dos Direitos Humanos.	35
5.1 – Origem	35
6. Capítulo V – Combate contra o abuso sexual infantil.	36
6.1 – 18 de maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes	37
6.2 – Medidas para Prevenir e Proteger a Criança	38
7. Considerações Finais	39
8. Referências	40
.
1. Introdução
Entre 2011 e 2017, o Brasil teve um aumento de 83% nas notificações gerais de violências sexuais contra crianças, foram notificados 184.524 casos de violência sexual. A maioria das violências é praticada mais de uma vez. Além desses números alarmantes, vale à pena também enfatizarmos que grande maioria das vítimas acabam sofrendo em silêncio. Quebrar o silêncio pode significar ajudar outras vítimas a terem força de lutar contra seus agressores e de relatar a realidade vivida.
Todas as crianças já nascem com direitos, que estão escritos em documentos importantes: as leis. Pode-se dizer que leis são regras que definem o que cada pessoa deve fazer para garantir queos direitos das crianças sejam respeitados e cumpridos. A lei diz, por exemplo, que toda criança deve ter os mesmos direitos dos adultos, e que deve receber atenção especial da família e de toda a sociedade, pois precisa crescer e se desenvolver de forma segura, saudável e feliz.
Abuso, violência e exploração sexual de crianças e adolescentes são enquadrados penalmente como corrupção de menores (art. 218) e atentado violento ao pudor (art.214), caracterizado por violência física ou grave ameaça. O abuso sexual de meninas e meninos e de adolescentes inclui a corrupção de menores, o atentado violento ao pudor e o estupro (art. 213). Com a Lei 8.072, de 25 de julho de 1990, o estupro e o atentado violento ao pudor passaram a ser considerados crimes hediondos e tiveram as penas aumentadas.
Sujeito de direito como uma criança ou jovem protegido integralmente pela lei e capaz de exercer direitos em nome próprio só passou a ser considerada efetivamente no Brasil a partir da vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em 1990. Onde a Lei nº 8.069 assegurando a proteção efetiva meninas e meninos brasileiros sob os cuidados de uma legislação específica. 
Sendo dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão Art.227.
Constituição de 1988 difundiu-se os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, defendiam seus direitos com intuito disso nasce a ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) que nos traz normas para garantir a proteção da criança e do adolescente.
O Estatuto da Criança e do Adolescente destaca que nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Acrescente-se que também no seu artigo 7o., disciplina que a criança e o adolescente têm direito à proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. O estatuto veio para acabar com a exploração infantil e garantir os direitos dos mesmos através da lei. Visto que, em determinadas épocas as crianças sofriam abuso sexual e eram obrigadas a casar com pessoas determinadas por seus pais, hoje ainda pode existir, porém, temos medidas que promovem o direito da criança.
2. Capítulo I – Aspectos Jurídicos
Abuso sexual infantil é todo envolvimento de uma criança em uma atividade sexual na qual não compreende completamente, já que não está preparada em termos de seu desenvolvimento. Não entendendo a situação, a criança, por conseguinte, torna-se incapaz de informar seu consentimento. São também aqueles atos que violam leis ou tabus sociais em uma determinada sociedade. O abuso sexual infantil é evidenciado pela atividade entre uma criança com um adulto ou entre uma criança com outra criança ou adolescente que pela idade ou nível de desenvolvimento está em uma relação de responsabilidade, confiança ou poder com a criança abusada. É qualquer ato que pretende gratificar ou satisfazer as necessidades sexuais de outra pessoa, incluindo indução ou coerção de uma criança para engajar-se em qualquer atividade sexual ilegal. Pode incluir também práticas com caráter de exploração, como uso de crianças em prostituição, o uso de crianças em atividades e materiais pornográficos, assim como quaisquer outras práticas sexuais.
Sendo assim a definição, não esclarece se todos estes atos, ou apenas alguns deles podem ser tidos como abuso sexual. Esta amplitude permite que se considere, como abuso sexual, até aqueles atos tidos como menos graves como a exibição sexual na presença de crianças. Qualquer ato sexual entre um adulto e uma criança reconhecido como abuso, mesmo que não haja intercurso sexual, é levar em conta que mesmo os menos graves podem acarretar uma carga de sofrimento para a criança, havendo graves danos psicológicos para a vítima.
Para tanto, a violência sexual contra crianças e adolescentes é uma violação de direitos humanos universais, de regras sociais e familiares das sociedades em que ocorre. É, portanto, uma ultrapassagem dos limites humanos, legais, culturais, sociais, físicos, psicológicos. Trata-se de uma transgressão e, nesse sentido, é um crime, ou seja, um ato delituoso, delinquente, criminoso e inumano da sexualidade da criança e do adolescente.
Atualmente o abuso sexual está sendo um tema de grande destaque, devido ao mesmo enfatizar a violência sexual contra crianças e adolescentes, um fenômeno complexo e de difícil enfrentamento, apesar deste fato ter ganhado certa visibilidade nos últimos tempos a sua compreensão e enfrentamento ainda precisa ganhar muito espaço.
Entre o ano de 2011 e 2017 o número de abuso sexual aumentou cada vez mais. No Brasil ouve o aumento de 83% em relação a violências sexuais contra crianças e adolescentes. No período foi notificado 184.524 casos de violência sexual, sendo 50.037 (31%) contra crianças e 83.068 (45,0%) contra adolescentes. 
O abuso sexual infantil não está relacionado apenas em contato físico entre o perpetrador e a vítima, pode ser um aliciamento, exploração sexual e até mesmo assédio verbal. Uma criança é incapaz de perceber tal forma de abuso sexual. Quando o agressor se envolve sexualmente com uma criança, ele está realizando um crime que pode ter reclusão de 8 a 15 anos. 
O abuso a maioria das vezes ocorre dentro de casa e os agressores são pessoas de convívio das vítimas, como também acontece casos fora da família, e por vez desconhecidos que abusam da vítima fazendo ofertas (como objetos de interesse, jogos, brinquedos, comida) e posteriormente ameaças.
Qualquer ação sexual pode prejudicar o bem-estar mental, emocional ou físico de uma criança. Os efeitos do abuso sexual podem incluir depressão, transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade, propensão a mais da vitimização na idade adulta, e lesão física em crianças, entre outros problemas.
Exemplos de abusos:
· Exibicionismo, ou expondo-se a um menor;
· Masturbação na presença de um menor ou forçando o menor a se masturbar;
· Produzir, possuir ou compartilhar imagens pornográficas ou filmes de crianças;
· Sexo (estupro) de qualquer tipo com menor, incluindo vaginal, oral ou anal;
· Tráfico sexual; entre outros.
2.1 – Abuso Intrafamiliar
Abuso sexual intrafamiliar é uma das formas de violência sexual em que as crianças e adolescentes são abatidos por adultos que tem laços parentais. Segundo Saffioti e Almeida (1995) o abuso sexual constitui uma forma de violência na qual o autor do abuso propõe à vítima atividades de natureza sexual, mediante uma conduta opressiva e sedutora, que denuncia a relação de poder entre agressor e vítima.
Desta forma, existe um processo de dominação psicológica e física, onde o autor tem a natureza extremamente violenta e dominadora. O abuso sexual se configura nas relações sociais que se caracterizam pelo exercício da força, forçando o silencio, segredos, cumplicidade e sedução. Presume-se que há um mau funcionamento em três níveis: o poder executado pelo grande (forte) sobre o pequeno (fraco); a confiança que o dependente tem diante do grande (protetor) e; o uso malfeitor da sexualidade, ou seja, violação do direto que todo indivíduo de propriedade sobre seu próprio corpo resumindo, imagina-se que o abuso sexual é considerado um jogo complexo, ato ou relação sexual que envolve desigualdade de relacionamento entre o agressor e a vítima.
Há um modo particular indireto ou direto de significação para cada envolvido. A vítima, enquanto criança/adolescente acata uma posição submissa e é incapaz de entender a total a natureza real desta relaçãono contexto de tantas outras que mantém com seus antecedentes e/ou pais. O autor do abuso utiliza a confiança e dependência do dominado e assim a fim submeter de sua sexualidade.
Habigzang, Koller, Azevedo e Machado (2005) afirmam que contém o abuso sexual intrafamiliar como incestuoso e apontam como relações incestuosas mesmo aquelas nas quais o adulto assume uma função de proteção, ainda que o vínculo não seja de consanguinidade. Anton (2005), assim como outros autores clássicos (Furniss, 1993), revelam as condições da organização familiar que permitem que a violência seja mantida: segredos, fronteiras mais fechadas, medos, submissões e não responsabilização por atos cometidos. Conforme ressalta Furniss (1993), a dinâmica familiar diante a situação de abuso apresenta inversão da hierarquia familiar entre pais e filhos. 
Diante desta situação, os cônjuges ficam incapacitados de admitir os problemas entre eles, bem como o casal parental é incapaz de assumir suas responsabilidades frente ao cuidado e proteção da criança. Entende-se com Sabourin (1997) que o incesto é a situação mais difícil de ser tratada com relação às várias condições de como ocorre o abuso sexual e por envolver muitos apelos e chantagens para se manter no silêncio e na obscuridade.
Ademais, a conservação da situação abusiva inclui a participação, mesmo que indireta e não exatamente cauteloso, de outros familiares, em especial da mãe. Não estamos em posição de acusação, mas de certificação perante a experiência e dados nacionais e regionais, que colocam o abuso sexual intrafamiliar no tempo em que o maior índice de ocorrências deste tipo de violência, no modo que o pai biológico abusa da filha.
O desrespeito desta averiguação considerando-se a necessidade do afastamento imediato do agressor do convívio com a vítima abusada, Sabourin (1997) ainda defende que o enfoque eficaz de intervenção, neste caso, é o da terapia familiar. Este também é o nosso ponto de vista no que diz sobre à ideia da intervenção para cessar esta violência e estimular a manifestação de atos protetivos da mãe em relação a seus filhos, bem como na ampliação da compreensão da dinâmica familiar deste tipo de violência, muitas vezes transgeracional.
Ferenczi, citado por Rosenfeld (1979), notou que muitas crianças pequenas que foram envolvidas sexualmente com adultos ficam confusas se tinha ou não acontecido tal ato, uma confusão que foi remetida a um peso enorme de sentimentos de desamparo acompanhados pela molestação. Tais confusões pode-se compreender não só em termos do desenvolvimento psicossexual e a coibição do que é traumatizante, mas também, em termos de fase da amplificação perceptiva da criança. 
Outra dificuldade de interpretação dos abusos sexuais em pesquisas realizadas é a falta de organização teórica e conceitual. O que seria o incesto? A resposta para essa pergunta é bastante inescrutável e não existe uma crítica única a respeito. Segundo Cohen (1993), a palavra incesta deriva do latim incestus, que significa impuro, manchado, não casto, ou seja, in – não encesto – puro.
Existem inúmeras interpretações quanto a definição do que é um comportamento incestuoso, e o fato é que, devido a complicação do tema, nenhuma delas mostra-se satisfatórias. Todavia, todas as interpretações têm em comum a objeção ao ato incestuoso.
Forward e Buck (1989,) distingam a visão legal da visão psicológica. A definição legal trata o incesto como a relação sexual entre o sujeito com um grau auto de parentesco e que está proibida por algum código religioso ou civil. A abordagem psicológica deste fenômeno classifica-se o incesto como qualquer contato abertamente sexual entre pessoas que tenham um grau de parentesco, por consanguinidade ou por afinidade, ou que acreditam tê-lo. Esta definição inclui-se padrasto, madrasta, sogro, sogra, meio-irmão, avós e companheiros que morem junto com o pai ou a mãe, caso eles assumam a função de pais.
O Centro Nacional para crianças abusadas e negligenciadas, com sede nos Estados Unidos, chama o incesto de abuso sexual intrafamiliar, o qual é executado em uma criança por alguém do âmbito e não inclui somente a relação sexual, mas também, qualquer outra forma que tenha por finalidade encorajar a criança sexualmente ou usar ela para a estimulação sexual do abusador ou qualquer outra pessoa. 
2.2 – Abuso Extrafamiliar
O abuso sexual extrafamiliar é uma forma de violência sexual que ocorre por adultos sem laços parentais que vitimam crianças e adolescentes. 
Segundo Furniss (1993), a criança é vista pelo abusador como um instrumento de excitação, e não como uma pessoa. Outro aspecto relevante da conceituação de abuso sexual é o fato de não necessariamente ocorrer o contato físico-sexual. Segundo um relatório feito pelo Disque Denúncia (ABRAPIA, 2007), são categorizadas como formas abusivas as sugestões sexuais, são relatos que descrevem ocasiões nas quais são feitos comentários sexualmente provocante mostrando fotos ou vídeos pornográficos para criança ou para o adolescente. Consequentemente, a exibição da criança e do adolescente diante a situação que envolva voyeurismo, exibicionismo ou assédio verbal também é considerada forma sexual exorbitante. 
Sempre é supracitado àquelas crianças e adolescentes que vivem nas ruas, estão geralmente relacionadas à exploração sexual comercial, como observamos em materiais divulgados por programas governamentais de combate à exploração sexual.
Além do mais, são encontra-se afirmações que equiparam abuso extrafamiliar à exploração sexual comercial de crianças e adolescentes como se fossem o mesmo fenômeno. O abuso sexual extrafamiliar costumasse ocorrer em locais próximos da residência da vítima e é praticado por desconhecidos ou por pessoas pouco intima com a família da criança.  As vítimas que mais sofrem são as adolescentes, jovens e adultas do sexo feminino. Ao fazer pesquisas sobre o tema do abuso sexual extrafamiliar em diferentes bases de dados, pode-se afirmar a escassez de produção bibliográfica não apenas e língua portuguesa, mas também em outros idiomas. Para abranger o fenômeno do abuso sexual extrafamiliar, é proposto uma análise ecológica das interações familiares e sociais, por meio de uma Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano. O principal foco são os utensílios de risco e de proteção que levam à situação de vulnerabilidade psicossocial dessas vítimas.
2.2.1 – Casos sobre abuso sexual extrafamiliar: 
Caso 1: uma família formada por um casal e cinco filhos entre 13 anos e um ano e seis meses de idade. A mãe revela que sua mãe faleceu quando ela tinha quatro anos, e que viveu "jogada e rolando no mundo". Seu relato evidencia uma infância de muitas privações e de violência física. Aos 15 anos, engravidou de um rapaz, que não assumiu a filha; logo em seguida, casou-se com um primo, seu atual marido. O casal esteve desempregado, e recentemente o marido iniciou um trabalho como vigia noturno. No período em que ambos estavam desempregados, a mãe afirmou ter passado por dificuldades financeiras, e que, por vezes, não havia nenhum tipo de alimento para seus filhos, nem auxílio governamental para sobrevivência. Ela relata que pedia "dinheiro" para seu vizinho, cerca de R$2,00 para comprar carcaça de frango para fazer sopa. Sempre pedia para a filha, na época com 11 anos, levar o bilhete e trazer o dinheiro. O vizinho tinha mais de 70 anos e, de acordo com o relato dessa mãe, "era respeitado" na comunidade por ter condições financeiras melhores do que as dos demais moradores. Ela comenta que ele estaria envolvido com atos ilícitos, dos quais obtinha sua renda. Era constante essa prática de "ajudar" as vizinhas com dinheiro ou comida, principalmente as meninas, que iam em busca de doces, que ele sempre lhes oferecia quando o visitavam. A mãe eventualmente fazia limpeza ou lavava as roupas desse homem, atividades pelas quais era remunerada. A versão da mãe para a situação do abuso é a de que ela não sabia o que acontecia quando a filha ia buscar dinheiro ou doces. Revela que a meninacontou para a diretora da escola que esse homem invadiu seu quarto à noite e a levou para sua casa, onde ocorreu o abuso, mas a mãe, inicialmente, não acreditou, pois julgava a filha "mentirosa". Somente acreditou no relato da menina após outras denúncias contra esse homem.
Caso 2: uma família formada por casal e duas filhas. A mais velha é casada e tem um filho. A caçula tem 11 anos. A mãe cuida da casa e o pai tem uma oficina de conserto de carros. A infância da mãe foi marcada pela perda dos pais, privações econômicas e maus tratos por parte dos irmãos. Em relação ao abuso sexual contra sua filha de 11 anos, diz que "não aconteceu nada". Em sua compreensão, não houve abuso, "pois não chegaram a transar, tirar a virgindade dela". Os pais souberam da situação por um bilhete anônimo, deixado no portão da casa e descoberto por parentes. O bilhete dizia: "A. e L. cuidem da B. Tem alguém abusando dela, não deixem ela ir para a rua". A mãe alega não saber quem seria o abusador, pois a menina não quis lhe contar. A menina continuava saindo sozinha, e a mãe justifica: "Ninguém sabe lidar com isso, se a gente prender agora, ela vai reagir. Ela quer mostrar que tem mais poder que a gente...". Segundo informações prestadas pela menina, o abusador é um vizinho, mais velho, dono de uma mercearia, que oferecia doces em troca de situações de voyeurismo e exibicionismo. Além disso, cometia atos abusivos com intercurso sexual com outra menina na presença dessa criança.
Caso 3: uma família formada por um casal (mãe e padrasto) e duas filhas. A mãe está desempregada, mas, na época, trabalhava como auxiliar de serviços gerais. O padrasto também está desempregado e faz trabalhos eventuais. A infância da mãe foi marcada por uma disciplina severa e o comportamento rígido dos seus pais. Quando uma das filhas tinha 13 anos, começou a sair de casa, sem dizer para onde ia, e a família passava alguns dias sem notícias. A mãe sabia do seu envolvimento com drogas e até recebeu ameaças de morte da filha por parte das pessoas com quem ela andava. A menina "falou por cima e deu sinais" sobre um "amigo" mais velho (de 40 a 50 anos), que a ajudava. A menina visitava o frequentemente; certo dia, ele lhe ofereceu drogas; segundo a mãe, "... ele só passava a mão no corpo dela". Depois desse episódio, a menina voltou para a casa desse homem para buscar os documentos que ela havia esquecido, quando o Conselho Tutelar fez uma averiguação, pois o homem sofrera outras denúncias por estupro. O Conselho Tutelar abrigou a menina como medida de proteção. A mãe acredita que o abuso ocorreu por que a filha "tinha uma cabeça muito fraca ... ela me mentiu, eu não podia fazer mais nada".
A vista desses casos pesquisados, mostram três perspectivas de análise dos resultados relevantes para este estudo e resultam em questionamentos: (A situação de pobreza em que vivem as famílias brasileiras é um possível fator de risco para o abuso sexual extrafamiliar?) O processo de transição entre o ambiente familiar e a exposição a situações de risco pode facilitar o abuso sexual e, consequentemente, a exploração comercial?) Quais as percepções, crenças e sentidos atribuídos pelas cuidadoras (mães) em relação ao abuso vivenciado por suas filhas?
2.2.2 – Pobreza e desigualdade social: as possíveis relações com as situações de abuso sexual extrafamiliar
O primeiro argumento é: a situação de pobreza em que certas famílias brasileiras vivem pode tornar-se fator de risco para o abuso sexual extrafamiliar? Muitos autores detectam que pobreza e miséria são importantes fatores de risco universal e que a privação econômica é uma das principais fontes de risco sociocultural para o desenvolvimento humano. Todavia, é preciso implementar o conhecimento científico sobre os fatores de risco que se apresentam nesses contextos, ou seja, é necessário observar e compreender as ameaças sociais e as adversidades que permeiam a vida e o cotidiano das comunidades de baixa renda. Cabe realçar que esses fatores são processuais, dinâmicos e subjetivos, pois o que seria risco na condição de pobreza para um indivíduo, grupo familiar ou comunidade, pode ser percebido como desafiador e mobilizador de recursos para outros.
Em relação ao abuso sexual extrafamiliar em famílias de nível socioeconômico baixo, De Antoni e Koller (2001) analisaram que muitas crianças envolvidas nessa prática abusiva e suas famílias sobrevivem da relação de troca do corpo da criança ou adolescente por bens materiais de primeira necessidade, como por exemplo comida, moradia etc., e não, especificamente, por um embolso em dinheiro. A constatação da miserabilidade econômica e afetiva à qual está exposta a essa população provocam a violência. No caso 1, essa situação é visível quando a menina vai à casa do abusador levar bilhetes pedindo dinheiro para comprar "carcaça de frango", talvez o único alimento para uma família composta por sete pessoas. Observa-se a questão do poder financeiro do abusador sobre a condição desfavorecida das vítimas, como nos casos 2 e 3.
Dessa maneira, o olhar ecológico possibilita ver as diversas formas de manifestação da violência que podem desencadear o abuso extrafamiliar. Talvez uma delas seja a violência estrutural. De acordo com Minayo (1990, p.290), a violência estrutural é "aquela que nasce no próprio sistema social, criando as desigualdades e suas consequências, como a fome, o desemprego e todos os problemas sociais com que convive a classe trabalhadora". É uma das formas mais expressivas de violência social e seu entendimento requer um pensamento com foco nos macrossistemas (Bronfenbrenner, 1996), sem deixar de lado as demais dimensões contextuais de influência no desenvolvimento humano. Ao se tratar da questão macros sistêmicos, percebe-se que formas atuais de expressão de violência se enquadram "nos sistemas econômicos, culturais e políticos abusivos que conduzem à opressão de grupos, classes, nações e indivíduos aos quais são negadas as conquistas da sociedade, tornando-os mais vulneráveis que outros ao sofrimento e à morte" (Minayo, 1994, p.8). Isso significa pensar nos valores, nas crenças, nas práticas e nas tradições que reiteram e reprimem oportunidades de bem-estar e de qualidade de vida a todos aqueles que constituam os sistemas sociais em uma comunidade.
É possível pensar, também, na esteira do raciocínio ecológico e sistêmico, nas expressões de violência estrutural micros sistêmica, que ocorrem por meio das consequências observadas no cotidiano de muitas famílias, que são: a obrigação de viver com salários grotescos ou sem renda fixa, o abandono das crianças pela incapacidade de sustentá-las, a situação de afastamento das crianças das escolas por falta de escolas ou de condições de enviá-las ao estabelecimento de ensino, a falta de cuidados adequados de saúde, terá falta de asseio básico na comunidade e a perda progressiva dos direitos sociais e civis adquiridos (Minayo, 1994). Diante dos casos analisados, temos essas situações descritas nos relatos de duas famílias, que vivem em situação de pobreza. São famílias que não sabem controlar e monitorar os filhos, e a rua passa a ser o local de sobrevivência delas.
 Essas formas de viver constituem-se "ambientes socialmente tóxicos", que anunciam as privações sociais e culturais às quais essas populações de baixa renda estão submetidas, muitas vezes, por ciclos de gerações. Esses autores referem-se à pobreza e aos riscos socioculturais como ameaças ao desenvolvimento de crianças e adolescentes, exemplificados como "falta de comida, de afeto, de professores carinhosos, de um bom atendimento médico e de valores compreensivos com progresso intelectual e competência social".
Paugan (1999) diferencia a pobreza de exclusão social ao focar que o fenômeno da pobreza geralmente despacha as questões relativas a populações com dificuldades de sobrevivência devido à baixa renda ou à renda insuficiente. Segundo o autor, o termo "exclusão" mostra-se mais adequado para enfatizar processos com múltiplas causas, dentre as quais é sublinhadoo desemprego como um dos fatores desencadeantes dos sentimentos de "desqualificação social". É muito comum ver que a perda do emprego nas famílias pobres é associada a outras perdas (do casamento, dos bens materiais etc.), e que ela causa isolamento e sensação de vergonha. O desemprego é uma forma de violência estrutural, que pode, portanto, ser a causa de outras tantas formas de violência social e interpessoal.
O trabalho antropológico de Sarti (1996) afirma que, na condição de pobreza, "a noção de ser trabalhador dá ao pobre uma dimensão positiva e que "o trabalho é o instrumento que viabiliza a vida familiar". Portanto, o trabalho dimensionado pela empregabilidade constitui um elemento de honra, com rendimento moral, e que entrelaça as relações familiares e fortalece o sistema moral. Compreender como se processam as relações familiares em casos prolongados de desemprego de responsáveis adultos em famílias de baixa renda pode contribuir para entender a violência interpessoal como reflexo, ou a intensificação da violência estrutural (Minayo & Souza, 1999). Em duas das famílias pesquisadas, observa-se a desqualificação profissional dos cuidadores e a submissão a subempregos ou ao desemprego. Considerando-se que esse fator seria o ecossistema de crianças e adolescentes na ótica da ecologia do desenvolvimento humano, temos a constatação teórica dessas implicações na vida familiar.
3. Capítulo II – Legislação Brasileira
Todas as crianças já nascem com direitos, que estão escritos em documentos importantes: as leis. Pode-se dizer que leis são regras que definem o que cada pessoa deve fazer para garantir que os direitos das crianças sejam respeitados e cumpridos.
A lei diz, por exemplo, que toda criança deve ter os mesmos direitos dos adultos, e que deve receber atenção especial da família e de toda a sociedade, pois precisa crescer e se desenvolver de forma segura, saudável e feliz.
Abuso, violência e exploração sexual de crianças e adolescentes são enquadrados penalmente como corrupção de menores (art. 218) e atentado violento ao pudor (art. 214), caracterizado por violência física ou grave ameaça.
O abuso sexual de meninas e meninos e de adolescentes inclui a corrupção de menores, o atentado violento ao pudor e o estupro (art. 213).
Com a Lei 8.072, de 25 de julho de 1990, o estupro e o atentado violento ao pudor passaram a ser considerados crimes hediondos e tiveram as penas aumentadas.
Os autores de crimes hediondos não têm direito a fiança, indulto ou diminuição de pena por bom comportamento.
Os crimes são classificados como hediondos sempre que se revestem de excepcional gravidade, evidenciam insensibilidade ao sofrimento físico ou moral da vítima ou a condições especiais das mesmas (crianças, deficientes físicos, idosos).
3.1 – Constituição Federal
Art. 227:
 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§ 4.º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.
3.2 – Código Penal
Estupro 
Art. 213:
"Constranger à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça."
Por conjunção carnal entende-se a penetração do pênis na vagina, completa ou não, com ou sem ejaculação. Assim, o estupro é um crime que só pode ser praticado por um homem contra uma mulher, incluídas nesse caso meninas e adolescentes.
Pena: reclusão, de seis a dez anos.
Atentado violento ao pudor
Art. 214:
"Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso1 diverso da conjunção carnal."
Pena: reclusão, de seis a dez anos.
Sedução 
Art. 217:
"Seduzir mulher virgem, menor de dezoito anos e maior de catorze, e ter com ela conjunção carnal2, aproveitando-se de sua inexperiência ou justificável confiança."
Pena: reclusão, de dois a quatro anos.
Estupro de Vulnerável
Art. 217-A:
Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Corrupção de menores
Art. 218:
"Corromper ou facilitar a corrupção de pessoa maior de catorze e menor de dezoito anos, com ela praticando ato de libidinagem, ou induzindo-a a praticá-lo ou presenciá-lo."
Pena: reclusão, de um a quatro anos.
Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente 
Art. 218-A:
  Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.”(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009).
 Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável
Art. 218-B:
  Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pornografia 
Art. 234:
"Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio ou distribuição ou de qualquer exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno."
Pena: detenção, de seis meses a dois anos ou multa.
4. Capítulo III – Estatuto da Criança e do Adolescente
A Lei nº 8.069, conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), foi criada em 13 de julho de 1990. A norma que dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. O ECA é o documento que traz a Doutrina da Proteção Integral dos Direitos da Criança, que coloca a criança e ao adolescente como sujeitos de direito com proteção e garantias específicas.
4.1 – Origem 
Na década de 70, surgiu o Código de Menores, uma lei de proteção aos menores — ao menos em teoria. De acordo com seu primeiro artigo, ele dispunha sobre assistência, proteção e vigilância a menores de até 18 anos em situação irregular.
Fruto de uma época autoritária, visto que estávamos em plena Ditadura Militar, não demonstrava preocupação em compreender e atender à criança e ao adolescente. De acordo com o entendimento da época, o “menor em situação irregular é aquele que se encontrava abandonado materialmente, vítima de maus-tratos, em perigo moral, desassistido juridicamente, com desvio de conduta ou o autor da infração penal”.
Vê-se que não há diferenciação entre o menor infrator e o menor em situação de abuso, o que uniformiza o afastamento deles da sociedade. Em outras palavras, o Código de Menores objetivava apenas a punição dos menores infratores.
O ECA tem elaborada muitas leis que defende a proteção da criança e do adolescente, com uma extensa quantidade de parágrafos e incisos. É bastante famosa no mundo inteiro, pela amplitude de seus preceitos e pela forma como protege nossas crianças
Sendo considerada criança para a leis até 12 anos incompleto, ou seja, 12 anos e 11 meses. A partir de 12 anos completo até os 18 anos considera adolescente. O artigo 1° é fundamental pois da proteção quem a lei ira proteger. 
No parágrafo único também ressalta que Pessoas até 18 e os 21 anos de idade aplica o ECA, isso acontece no código penal, ou seja, pessoas até os 21 anos de idade é considerada dependendo do acontecimento ocorrido.
A importância para o ECA é também zelar muito pela proteção da criança e do adolescente não permitindoabuso EXTRAFAMILIAR e INTERFAMILIAR. Para que a família sempre possa ser um acolhimento. A Constituição Federal estabeleceu a família, a sociedade e o Estado como responsáveis pela formação e estruturação dos indivíduos, conforme dispõe o artigo 227 da Constituição Federal
É o reconhecimento das crianças e dos adolescentes como sujeitos de direitos protegidos pela lei. A importância do ECA deriva exatamente disso: reafirmar a proteção de pessoas que vivem em períodos de intenso desenvolvimento psicológico, físico, moral e social.
No entanto, veio para colocar a Constituição em prática. Essa prática, conforme nossa Lei Maior, dá-se pelo Estado, por meio da promoção de programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, sendo também admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas
O Art. 3° do Estatuto da Criança e do Adolescente também diz que ao nascer a criança já goza de todos esses seus direitos, e que necessitam assim ter a proteção da família.
4.2 – O que o ECA garante?
Sempre bom priorizar, todas as decisões que diz respeito ao menor devem levar em conta seu interesse superior. Ao Estado, cabe garantir que a criança ou o adolescente tenham os cuidados adequados quando pais ou responsáveis não são capazes de realizá-los;
Princípio da Prioridade Absoluta: contido na norma constitucional (artigo 227), ele estabelece que os direitos das crianças e dos adolescentes devem ser tutelados com absoluta prioridade.
Considerando esses princípios, o ECA tenta garantir aos menores os direitos fundamentais que todo sujeito possui: vida, saúde, liberdade, respeito, dignidade, convivência familiar e comunitária, educação, cultura, esporte, lazer, profissionalização e proteção no trabalho. Enfim, tudo para que possam exercer a cidadania plena.
§ 4.º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.
4.3 – Quais são os deveres dos Conselheiros Tutelares?
Conforme dispõe o artigo 131 do ECA, Conselho Tutelar é o órgão que possui o dever de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Para que isso seja possível, são funções dos conselheiros, dentre outras:
Atender as crianças e adolescentes cujos direitos foram ameaçados ou violados, bem como os menores que praticaram ato infracional;
Atender e aconselhar os pais ou responsável (encaminhar para serviços de apoio à família, cursos de orientação, tratamentos psicológicos);
Promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes.
5. Capítulo IV – Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Declaração Universal dos Diretos Humanos renomeada sempre como DUDH, estabelece igualdade para que possamos ser uma sociedade democrática. O documento define os direitos básicos do ser humano
É um documento marco da História dos direitos humanos, O DUDH é uns dos documentos mais traduzidos com recorde mundiais de livros, disponíveis em todos os níveis educacionais. Também declara que a infância possa ter direito de cuidados e assistência especiais. Todas as crianças devem ser educadas de acordo dos ideais proclamados nas cartas das nações unidas, especialmente com espirito de paz dignidade, tolerância liberdade igualdade e solidariedade.
Uma declaração muito extensa que também prevê mais de 30 artigos que estão declarados os direitos básicos para a promoção de uma vida digna para todos os habitantes do mundo independentemente de nacionalidade, cor, sexo e orientação sexual, política e religiosa. Ela é constituída de princípios que têm a função de orientar o comportamento dos indivíduos e a criação de leis relativas aos direitos humanos.
 O responsável pela criação da carta é a (ONU) Organização das Nações Unidas no qual foi desenvolvida com as representações e participações de pessoas de diversas nações.
Tendo a importância de mostrar que todos os membros a família têm o direito e o reconhecimento sob ter a dignidade. 
Considerando todos os membros da família tem o direito é o reconhecimento sob poder ter a dignidade e que seus direitos são inalienáveis é o fundamento da liberdade. Assim ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre Nações. Povos das Nações unidas reafirmaram na carta e decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida, e qualidade mais ampla. Então por fim os estados se comprometeram a cooperação com as Nações unido sendo o direito respeito universal aos direitos e liberdade fundamental.
5.1 – Origem 
O surgimento da DUDH, ocorrida em 10 de dezembro de 1948, ano em que se acabava a segunda guerra mundial, a ONU na ocasião composta por 58 Estados-membros, entre eles o Brasil – instituiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos, para uma nova organização para tentar evitar que gerações futuras chegassem ao nível de degradação. 
A Declaração serve de orientação para a conduta dos cidadãos e dos governantes, é constituída de princípios que têm a função de orientar o comportamento dos indivíduos e a criação de leis relativas aos direitos humanos.
O conceito do documento também se relaciona com ideais de liberdade de pensamento, liberdade de expressão e igualdade de todos perante a lei. A ONU também adotou a Declaração com o objetivo de evitar guerras e conflitos entre os países, além de fortalecer a proteção aos direitos humanitários.
O DUDH também declara em alguns de seus artigos que o Estado deve assegurar ao máximo a sobrevivência e o desenvolvimento da criança, e que assim que a criança for privada ilegalmente de algum ou de todos os elementos que configuram sua identidade logo após o Estrado deve prestar assistência à proteção adequada visando restabelecerem rapidamente a sua identidade. 
6. Capítulo V – Combate contra o abuso sexual infantil.
Por ser um assunto íntimo, “vexatório” o abuso sexual infantil acaba sendo exterminado pela sociedade. Afinal, somos uma sociedade que oferece possibilidades de crescimento e de futuro. Nesse sentido, as escolas e demais instituições de atenção à infância e à adolescência podem contribuir de várias maneiras, como palestras, conselhos e demais oportunidades no qual a criança possa se expressar.
Muitos dos educadores, ou seja, professores da área já entende e tem o olhar mais ampliado para esses tipos de acontecimentos no qual a criança não se sente segura e tendo vergonha ao contar. Muitos dos profissionais já sabem identificar o abuso das seguintes formas:
· Oferecendo informações às crianças para que elas consigam entender quando estão sendo expostas a uma situação perigosa ou que possa se configurar como abuso sexual;
· Sensibilizando os familiares ou os responsáveis pela educação das crianças, demonstrando o quanto é importante desenvolver maneiras de fortalecer o seu filho contra o abuso sexual, com uma relação de confiança;
· Diminuir as desigualdades sociais e a pobreza também é uma forma de combater o abuso sexual infantil e a violência contra a criança, oferecendo a eles esses mais oportunidades e evitando que eles tenham de conviver durante anos em lares sem estrutura e que não oferecem suporte adequado às suas necessidades.
Nesse ponto, a sociedade também pode ajudar, conhecendo o trabalho de instituições sociais que buscam mudar a realidade de várias crianças, dando a elas novas oportunidades educacionais e também maior infraestrutura para que possam se desenvolver de forma segura. 
Após ser descoberto o acontecimento do abuso existe algumas indicações para que possa mostrar segura as nossas crianças:
· Não criticar nem duvidar do que ela/ele esteja faltando;
· Incentivar a criança a falar sobre o ocorrido, mas não o obrigue;
· Fale sempre em ambiente isolado para que a conversa não sofra interrupções nem seja constrangedora;
· Evitar tratar do assunto com aqueles que não poderão ajudar;
· Denuncie e procure ajuda de um profissional;
· Converse de um jeito simples e claro para que a criançaentenda o que você está querendo dizer;
· Não os trate com piedade e sim com compreensão;
· Não desconsiderar os sentimentos da criança.
· Reconhecer que se trata de uma situação difícil e esclareça à criança que a culpa não é dela/dele;
6.1 – 18 de maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Esta data foi escolhida logo após um acontecimento cruel, em 18 de maio de 1973, uma menina de apenas 8 anos de Vitória (ES) foi sequestrada, violentada e morta cruelmente. Seu corpo foi encontrado 6 (seis) dias depois carbonizado. O crime chocou o país, mas os agressores jovens de classe média alta nunca tiveram a punição que mereciam. E o caso foi arquivado após 20 anos.
Após tamanha crueldade o dia 18 de maio foi instituída como o Dia internacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.
6.2 – Medidas para Prevenir e Proteger a Criança.
· Cuide de seu filho: dê a ele toda a atenção que puder;
· Saiba sempre onde eles estão, com quem estão e o que estão fazendo;
· Ensine-os a não aceitar convites, dinheiro, comida e favores de estranhos, especialmente em troca de carinho;
· Sempre os acompanhe em consultas médicas;
· Converse com seus filhos: crie um ambiente familiar tranquilo;
· Conheça seus amigos, principalmente os mais velhos;
· Supervisione o uso da internet (Facebook, Twitter, chats, etc.); e
· Oriente seus filhos a não responderem e-mails de desconhecidos, muito menos enviarem fotos ou fornecerem dados (nome, idade, telefone, endereço, etc.), ou, ainda, informarem suas senhas da internet a outras pessoas, por mais amigas que sejam.
Como diz o ditado: O seguro morreu de velho.
7. Considerações Finais
Para finalizar, apresentam-se as considerações finais a respeito do abuso sexual infantil, ressaltando a importância existente deste assunto na sociedade. A expectativa ao término desta monografia é de ampliar a compreensão e o conhecimento do leitor sobre os abomináveis tipos de abusos. Porém, ainda caminha-se a passos lentos, pois muitas pessoas não dão a importância necessária.
Este trabalho busca oferecer, ainda que de forma sucinta, um apoio às crianças e adolescentes a partir de uma visão que entrega os fatos acontecidos no dia-a-dia. Neste estudo iniciou-se uma reflexão sobre como existem, apesar dos avanços na sociedade, abusos de diferentes tipos para cada caso, o que levou à conclusão de que não há lugar seguro, nem mesmo o próprio lar. 
Através disso pode-se dizer que existe leis rígidas e certas sobre este assunto delicado e nada prazeroso. Sendo assim, a prática que deveríamos exercer ao saber ou ver casos como os citados ao longo do desenvolvimento do trabalho é apenas e somente tomar a providência de acionar a justiça para que, sem mais delongas, acabe de fato com o sofrimento da criança/adolescente. 
8. Referências
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/01/brasil-avanca-em-combate-a-abuso-infantil-mas-ainda-tem-falhas.shtml
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/01/16/abuso-sexual-de-criancas-onde-o-brasil-e-o-mundo-estao-acertando-e-no-que-tem-de-melhorar-segundo-relatorio.ghtm
https://www.infoescola.com/direito/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm 
https://jus.com.br/artigos/59368/criancas-e-adolescentes-como-sujeitos-de-direito
https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/declaracao/
https://www.unidosparaosdireitoshumanos.com.pt/what-are-human-rights/universal-declaration-of-human-rights/articles-01-10.html
http://www.turminha.mpf.mp.br/direitos-das-criancas/18-de-maio/copy_of_a-lei-garante-a-protecao-contra-o-abuso-e-a-exploracao-sexual
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-700X2010000100005
https://www.resumoescolar.com.br/geografia/resumo-da-declaracao-universal-dos-direitos-humanos/
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/declaracao-universal-de-direitos-humanos-esquematizada-para-concurso/
http://www.dhnet.org.br/direitos/deconu/textos/integra.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/declaracao-universal-dos-direitos-humanos.htm
https://www.significados.com.br/declaracao-universal-dos-direitos-humanos/
http://www.turminha.mpf.mp.br/direitos-das-criancas/18-de-maio/copy_of_a-lei-garante-a-protecao-contra-o-abuso-e-a-exploracao-sexual
https://professorclebercouto.jusbrasil.com.br/artigos/211483569/pedofilia-no-estatuto-da-crianca-e-adolescente-art-241-e-e-sua-interpretacao-constitucional
https://www.jusbrasil.com.br/busca?q=Art.+241+do+Estatuto+da+Crian%C3%A7a+e+do+Adolescente+-+Lei+8069%2F90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
http://www.sbponline.org.br/2017/05/vamos-combater-o-abuso-sexual-de-criancas-e-adolescentes
www.childfundbrasil.org.br/blog/prevencao-ao-abuso-sexual-infantil-como-proteger-os-seus-filhos/ 
http://www.sbponline.org.br/2017/05/vamos-combater-o-abuso-sexual-de-criancas-e-adolescentes 
https://jus.com.br/
https://juridicocerto.com
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