Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTUDO DIRIGIDO SOBRE O ARTIGO: FARMACODINÂMICA E FARMACOCINÉTICA NAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS GERIATRICAS. ORIENTAÇÕES: - Os alunos primeiro devem ler e compreender o artigo sobre interações medicamentosas - Em seguida responder as 3 questões, com auxílio do artigo científico - Enviar via portal até dia 27/04 Bons estudos a todos! Lessandra Aparecida de Aquino RA-20211540 Questões dissertativas 1) Na introdução o artigo explica de maneira clara as interações medicamentosas que ocorrem entre medicamentos. Sobre isso escreva: O que você compreendeu sobre interações medicamentosas e por que se tem um aumento na preocupação desses eventos em idosos? R: Interações medicamentosas são ocorrências em que dois ou mais medicamentos interagem entre si de forma a afetar o seu efeito no organismo. Isso pode acontecer quando os medicamentos são tomados ao mesmo tempo ou quando um medicamento interfere na forma como o corpo processa outro medicamento. Os idosos estão em maior risco de interações medicamentosas devido a vários fatores. Primeiramente, eles geralmente tomam mais medicamentos do que outras faixas etárias, o que aumenta as chances de interações. Além disso, os idosos podem ter problemas de saúde que tornam mais difícil para o corpo processar e eliminar os medicamentos, o que pode levar a níveis mais altos de medicamentos no corpo e aumentar o risco de interações. Por fim, os idosos muitas vezes têm múltiplas condições médicas, o que significa que podem precisar de vários medicamentos para tratar suas condições, aumentando ainda mais o risco de interações. As interações medicamentosas podem ter efeitos negativos graves na saúde do paciente, incluindo efeitos colaterais inesperados, redução da eficácia do medicamento, ou até mesmo toxicidade. Por essa razão, é importante que os profissionais de saúde, cuidadores e pacientes em geral estejam cientes das possíveis interações medicamentosas e tomem medidas para minimizar o risco de interações ao prescrever, administrar e tomar medicamentos. 2) Esse artigo é uma revisão de uma seleção de 29 artigos com diferentes temas, porém com a finalidade de chegar a uma explicação sobre interações medicamentosas em idosos. Assim nos resultados e discussão os autores relatam sobre a relação envelhecimento e interações medicamentosas. Baseado nesse tópico responda: Cite e explique a relação entre envelhecimento de 2 sistemas biológicos com as interações medicamentosas, analise a tabela e diga pelo menos uma interação de cada. R: Dois sistemas biológicos que sofrem alterações durante o envelhecimento e que estão relacionados com as interações medicamentosas são o sistema renal e o sistema hepático. O sistema renal é responsável pela eliminação de muitos medicamentos e seus metabólitos através da urina. Com o envelhecimento, ocorre uma diminuição na função renal, o que pode levar a uma redução na eliminação de medicamentos e aumento do risco de toxicidade. Já o sistema hepático é responsável pelo metabolismo de muitos medicamentos e suas interações podem ser resultado da competição por enzimas hepáticas. Com o envelhecimento, há uma redução no fluxo sanguíneo hepático e na função enzimática, o que pode aumentar o risco de interações medicamentosas. Interações medicamentosas; Medicamento Interage com Efeito Clínico Grau da interação Início de Ação Recomendação Amiodarona Diltiazem/ Verapamil Bradcardia, parada sinusal e ↓ débito cardíaco Grave Não especificado Considerar modificação da terapia. Monitorar aumento dos efeitos terapêuticos da Amiodarona e sinais de toxicidade. Ibuprofeno, Cetoprofeno, Meloxicam Paracetamol Pode aumentar o risco de efeitos colaterais gastrointestinais, como úlceras e sangramentos. Além disso, o paracetamol pode interferir no efeito analgésico dos AINEs. Moderado Imediato Recomenda-se evitar o uso concomitante desses medicamentos em idosos, principalmente aqueles com histórico de doenças gastrointestinais, como úlceras ou gastrite. Amitriptilina, Nortriptilina Paroxetina e Fluoxetina Aumento do risco de efeitos colaterais, como sedação, tontura, confusão, queda de pressão e arritmias cardíacas. Moderado a alto Imediato Evitar o uso conjunto de amitriptilina ou nortriptilina com paroxetina ou fluoxetina em idosos. Clorfeniramina, Clorfeniramina, Dexclorfeniramina Loratadina A Clorfeniramina e a Dexclorfeniramina são dois medicamentos do mesmo grupo (anti-histamínicos) e, quando administrados juntos, podem aumentar o risco de efeitos colaterais em idosos quando combinados com a Loratadina Alto 30-60 minutos Evitar o uso concomitante de Clorfeniramina e Dexclorfeniramina com Loratadina em idosos. Alprazolam, Clonazepam, Diazepam Dipirona O uso de dipirona com benzodiazepínicos, como o Alprazolam, Clonazepam e Diazepam, pode aumentar o efeito sedativo e hipnótico desses medicamentos, podendo causar sonolência, tontura e dificuldade de coordenação motora em idosos, que são mais sensíveis aos efeitos dessas drogas. Moderado 1-2 horas Evitar a combinação de dipirona com benzodiazepínicos em idosos, sempre que possível. Se for necessário o uso desses medicamentos em conjunto, é importante monitorar cuidadosamente os idosos quanto a possíveis efeitos colaterais e ajustar as doses, se necessário. Também é importante considerar outras opções de tratamento para controlar a dor ou a ansiedade em idosos, que apresentam maior risco de efeitos colaterais e interações medicamentosas. Clonidina, Metildopa Diuréticos Tiazídicos Aumento do efeito anti- hipertensivo e risco de hipotensão ortostática e desequilíbrio eletrolítico Moderado Cerca de 1 a 2 horas após a administração Monitorar de perto a pressão arterial e os níveis de eletrólitos, especialmente nas primeiras semanas de tratamento. Além disso, é importante reduzir a dose de Clonidina ou Metildopa para diminuir o risco de hipotensão ortostática. Omeprazol Diazepam/ Clonazepam/ Midazolam Prolonga o efeito sedativo e ataxia Moderada Não especificado Monitorar a terapia. Nifedipino Paracetamol A coadministração de Nifedipino e paracetamol pode aumentar o risco de hepatotoxicidade (lesão hepática). Moderado a alto Imediato ou tardio Recomenda-se evitar o uso concomitante ou monitorar a função hepática durante o tratamento. Metformina Clonazepam A interação entre a metformina e o clonazepam pode resultar em efeitos colaterais indesejáveis, tais como sonolência excessiva, tonturas, fraqueza muscular, confusão mental, e até mesmo problemas respiratórios graves. Moderado a alto Pode variar de acordo com as características individuais do paciente e a dose dos medicamentos envolvidos. A recomendação é que os pacientes idosos que precisam tomar metformina para tratar a diabetes tipo 2 evitem o uso de clonazepam e outros benzodiazepínicos 3) Quais complicações que podem ocorrer em relação as interações medicamentosas em idosos? Com a leitura final do artigo, como o farmacêutico pode se posicionar para reduzir esses eventos? R: As interações medicamentosas em idosos podem levar a complicações graves de saúde, como aumento do risco de quedas, insuficiência renal, arritmias cardíacas, sangramento gastrointestinal, entre outras. Isso acontece porque, com o envelhecimento, ocorrem alterações fisiológicas e farmacocinéticas que podem afetar a absorção, distribuição, metabolismo e eliminação dos medicamentos, aumentando o risco de efeitos colaterais e interações medicamentosas. O farmacêutico desempenha um papel fundamental na identificaçãoe prevenção de interações medicamentosas em idosos. Para reduzir esses eventos, ele pode: Realizar uma revisão da medicação do paciente, identificando possíveis interações medicamentosas e recomendando ajustes de doses, horários de administração ou substituição de medicamentos; Orientar o paciente sobre a importância de informar todos os medicamentos que está utilizando, incluindo os de venda livre e fitoterápicos; Monitorar regularmente os pacientes em uso de medicamentos que apresentam maior risco de interações, como anticoagulantes, hipoglicemiantes, antidepressivos e anti- hipertensivos; Comunicar ao médico responsável pelo paciente sobre possíveis interações medicamentosas identificadas e recomendações de ajustes na medicação; Estimular a adesão ao tratamento, verificando a efetividade e segurança da medicação prescrita. O farmacêutico pode se posicionar como um profissional de saúde integrante da equipe multidisciplinar, contribuindo para a promoção da saúde e prevenção de complicações relacionadas ao uso de medicamentos em idosos.
Compartilhar