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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

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Sistema Tributário Nacional I
Apresentação
O Sistema Tributário Nacional é formado por um conjunto de normas, as quais regem a sistemática 
de arrecadação e de distribuição dos tributos nos entes federativos: União, Estados e Municípios. 
Cada um desses entes federativos, possui legislação tributária específica sobre os tributos que são 
de sua competência. 
Parece complicado, não é mesmo? Mas nesta unidade de aprendizagem você estudará o Sistema 
Tributário Nacional, a legislação tributária, os tributos e suas espécies, além do seus principais 
componentes. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir o que é o Sistema Tributário Nacional e seu funcionamento.•
Determinar o que é tributo e suas espécies.•
Reconhecer os principais componentes dos tributos.•
Desafio
A empresa Vende Mais é do ramo de comércio varejista de vestuário. Este é o seu primeiro ano de 
funcionamento, as vendas estão crescendo, com produtos nacionais e importados. Com o final do 
primeiro exercício social, os proprietários da Vende Mais desejam fazer um levantamento dos 
tributos pagos neste primeiro ano.
Vejamos as situações e os tributos declarados pagos pelos proprietários:
Você é o contador responsável pela empresa e os sócios pediram um levantamento dos tributos 
que foram pagos durante o ano. 
Desta forma, responda: 
a) Identifique o fato gerador dos tributos relacionados; 
b) Especifique a qual ente federativo pertence os tributos em cada ocorrência.
Em razão da relativa complexidade do sistema tributário brasileiro, poucas pessoas se debruçam 
sobre o tema. Um engano que administradores de empresas de todo porte cometem é tratar o 
recolhimento de tributos como um assunto para o contador ou o advogado da empresa. Os tributos 
ganharam tanta importância no dia a dia das empresas porque, antes, principalmente a partir da 
década de 80, a correção monetária decorrente da (hiper) inflação praticamente anulava o valor real 
do tributo recolhido. Com o Plano Real, em 1994, o quadro mudou pelo fim da (hiper) inflação. Esse 
fato exigiu a partir de então mais atenção dos administradores quanto ao capital de giro e as 
necessidades de planejamento.
 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/58a1091b63f1195317bba6d7e2fa56d0
Infográfico
O Código Tributário Nacional, no artigo 96, da Lei n° 5.172/1966 define legislação tributária como: 
"A legislação tributária compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as 
normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre os tributos e as relações jurídicas a eles 
pertinentes". 
Para melhor compreensão vejamos a pirâmide de Hans Kelsen com a hierarquia da legislação 
tributária, partindo da lei suprema, a Constituição Federal.
 
Conteúdo do livro
No trecho a seguir da obra Contabilidade tributária você irá encontrar no primeiro item 
embasamento teórico do Sistema Tributário Brasileiro, com sua origem e sua aplicação, e no 
segundo item explicações sobre os conceitos de lei, emendas à Constituição Federal, lei 
complementar e demais. No terceiro item são abordados o conceito de tributo e suas espécies, com 
as especificações dos tributos e as competências para cada ente federativo, no quarto item.
Boa leitura! 
CONTABILIDADE 
TRIBUTÁRIA 
Ramon Alberto Cunha de Faria
24
INTRODUÇÃO
O sistema tributário brasileiro é composto hoje pela União, Estados e 
Municípios, cada um destes entes federativos tem competência própria 
para legislar sobre seus tributos, aos quais foram determinados pela nossa 
Constituição Federal.
Há hierarquias em nossas legislações tributárias, e cada uma dessas 
hierarquias tem que ser observadas e obedecidas, sob pena de serem 
revogadas. 
Hoje em nosso sistema tributário, existem atualmente certa de mais de 90 
tributos. 
Analisaremos neste capítulo, os conceitos, a sistemática e a classificação das 
espécies dos tributos. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
Ao final desta unidade você deve apresentar os seguintes aprendizados:
• Identificar a origem e aplicação das normas tributárias vigentes no país.
• Compreender melhor as hierarquias das leis, decretos, portarias, resoluções, 
para fins da legislação tributária.
• Melhor compreensão dos conceitos de tributos, e quais suas competências
legislativas.
SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO – 
ORIGEM E APLICAÇÃO
A Constituição Federal de 1988 é o pilar e a essência do Sistema Tributário 
Nacional, dando as diretrizes para que os governantes se embasem no 
momento da cobrança e fiscalização dos tributos.
Em seus artigos 145 a 162 da Constituição Federal de 1988, encontram-se:
25
• Os princípios constitucionais tributários;
• As competências e limitações ao poder de tributar dos governantes;
• A forma de repartição das receitas tributárias entre a União, os Estados e
os Municípios.
A Lei nº 5.172/1966 – Atual Código Tributário Nacional (CTN) é a lei brasileira 
que norteia a aplicabilidade dos tributos, competências, prescrições, limites 
de cobrança de tributos, atuação dos agentes fazendários, direitos e deveres 
dos contribuintes.
O CTN veio através de um fenômeno chamado “teoria ou princípio da 
recepção” (art. 34 § 5 dos Atos das Disposições Constitucionais transitórias).
O CTN foi constituído em 25 de outubro de 1966, como lei ordinária, porém 
como vemos é antiga a nossa Constituição Federal 1988, e através da teoria 
da recepção, o mesmo foi absorvido.
Como vimos, o CTN antes da entrada de nossa Carta Magna, era considerado 
como “Lei Ordinária”, porém cumpre as funções de lei complementar ao 
qual exige nossa Constituição Federal (atual). Pois o CTN trata de matéria 
de prescrição, hipótese de incidência, alíquota, base de cálculo, conflitos de 
competências e limitações ao poder de tributar. Então por força do princípio da 
recepção e pelo CTN tratar de matérias que a Constituição Federal observou, 
que só seriam tratados por Lei Complementar, no momento em que o CTN 
foi absorvido, caracterizou-se o mesmo como lei complementar, e assim o é 
considerado nos dias atuais. 
Princípio da recepção: São todas as normas jurídicas que tinham 
suas vigências anteriores a um ordenamento constitucional 
e não entrem em conflito com este, pelo contrário, estará em 
consonância com o ordenamento constitucional vigente, serão 
absorvidas pelo sistema jurídico, permanecendo em vigor.
DICA
26
Vamos adentrar nos aspectos principais e norteadores do Sistema Tributário 
Brasileiro, aos qual o torna o mais seguro e confuso sistema de cobrança de 
tributos do mundo.
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Em matéria de legislação tributária devemos nos orientar como nos explicita 
o artigo 96 da Lei nº 5.172/1966 transcrito abaixo:
“Art. 96. A expressão ‘legislação tributária’ compreende as leis, os tratados 
e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares 
que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles 
pertinentes”.
Devemos nos atentar em matéria de legislação tributária sobre as hierarquias 
das leis ou atos normativos, sob pena de se uma interferir na outra a sua 
inconstitucionalidade. 
Constituição Federal: É a diretriz de todas as leis, é quem norteia os parâmetros 
de tributação. Dá embasamento as demais normas.
Lei Complementar: É a lei que estabelece matéria de hipótese de incidência, 
fato gerador, base de cálculo, alíquota e demais aspectos formais, 
estabelecendo obrigações acessórias e principais.
Lei Ordinária: É a complementação das normas constitucionais que não 
foram tratadas por lei complementar, decretos lei, resoluções e dentre outros 
atos normativos. Geralmente trata da instituição de tributos, de tributos 
municipais já criados pela C.F. de 1988, onde cada ente federativo municipal 
tem sua prerrogativa de criar tributos, e o criará através de lei ordinária.
Decretos lei: Regulamentama criação de tributos federais e estaduais, já 
instituídos pela C.F. de 1988, tem a função de regulamentação de outros atos 
normativos já expedidos.
Portarias, Resoluções, Instruções Normativas: São atos normativos que 
servem para resolver questões que por leis e decretos não podem ser 
resolvidas, tais como prazos para pagamentos de tributos, prazos para 
entregas de obrigações acessórias, layout de arquivos para entrega das 
obrigações acessórias, tais como DCTF, GIA, SPED CONTABIL e dentre outros. 
27
TRIBUTOS E SUAS ESPÉCIES
O CTN em seu artigo 3º estabelece: 
“Art. 3. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, moeda ou cujo valor 
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei 
e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
Como vemos o art. 3º do CTN vem a definir o conceito de tributo, e em seu 
artigo 5º define suas espécies, conforme veremos abaixo: 
“Art. 5. Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria”.
IMPOSTOS – Constituída mediante situação geradora (hipótese de incidência 
e fato gerador) mediante lei, ao qual se dará como fonte de receita tributária 
aos nossos governantes, e não é vinculativa a nenhum gasto, ou seja, todas 
as fontes de receitas tributárias mediante impostos, o governo irá gerencia-
los da melhor forma que entenderem, por não serem vinculativos a nenhuma 
conta, diferentes de como são as contribuições sociais e as taxas, que já são 
vinculativas plenamente ao custeio de determinado serviço.
TAXAS – São fontes de receitas públicas que estão plenamente vinculadas a 
utilização efetiva ou potencial por partes dos contribuintes na obtenção de 
serviços públicos, tais como: taxas de emolumentos, taxas de cartórios para 
se obter certidões de nascimento, casamento, óbito, e dentre outras taxas.
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA – São cobradas quando o contribuinte 
obtém benefícios por obras públicas, tais como a valorização de imóveis, cuja 
as obras os tenham beneficiados, através de pavimentação, arborização, 
esgotos pluviais, viadutos, túneis e dentre outras obras. 
TRIBUTOS FEDERAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS
TRIBUTOS FEDERAIS
• II - Imposto de Importação;
• IOF – Imposto sobre Operações Financeiras;
• IPI – Impostos sobre Produtos Industrializados;
28
• IRPJ – Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas;
• CSLL – Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido;
• PIS – Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do
Servidor Público;
• COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social;
• IRPF – Imposto de Renda da Pessoa Física;
• ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural;
• CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico;
• INSS – Instituto Nacional do Seguro Social;
• FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
TRIBUTOS ESTADUAIS
• ICMS – Impostos sobre Circulação de Mercadoria e Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Telecomunicações;
• ITCMD – Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação;
• IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores.
TRIBUTOS MUNICIPAIS
• ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza;
• ITBI – Imposto sobre a Transmissão de Bens Inter Vivos;
• IPTU – Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana.
São esses alguns dos impostos e as competências para que cada órgão 
governamental possa gerenciar seus gastos e projeções de receitas.
ELEMENTOS E CARACTERÍSTICAS DOS TRIBUTOS 
Obrigação tributária - nasce quando há uma relação jurídica entre 
um sujeito ativo (governo) e um sujeito passivo (contribuinte) 
mediante lei (fato gerador). Ao qual o Estado pode exigir do 
contribuinte uma prestação pecuniária.
29
Dentre as relações da obrigação tributária, encontram-se três elementos 
fundamentais :
A lei – cria as diretrizes e as condições de se criar, aumentar e cobrar 
(fiscalizar) o tributo. Já explicitamos esse assunto através do “princípio da 
legalidade estrita”.
O Objeto – estabelece quais obrigações os contribuintes devem cumprir. 
Dentre essas obrigações, podemos determinar duas, dentre elas:
• Obrigação acessória: é derivada de documentos a serem apresentados 
ao fisco, para que o mesmo comprove que o valor pago, está de acordo 
com a legislação em vigor. Dentre as obrigações acessórias temos, 
escrituração de livros fiscais, declaração de informes de rendimentos, 
declarações a serem entregues ao governo, tais como, DCTF, GIA, PER/
COMP, SPED CONTABIL, SPED FISCAL, EFD PIS/COFINS, e dentre tantas 
outras que o governo cria para aumentar cada vez mais o custo Brasil.
• Obrigação principal: consiste no efetivo pagamento em dinheiro do 
tributo devido, ou da multa imposta pelo pagamento em atraso, ou por 
atraso na entrega de algumas das declarações elencadas acima. 
Fato gerador – é a situação ou hipótese de incidência definida em lei que irá 
gerar a obrigação de se pagar o tributo. Como exemplo o fato gerador do Imposto 
de Renda é a aferição de rendas ou proventos de qualquer natureza, o fato 
gerador do ICMS é a circulação e a transferência de titularidade de determinada 
mercadoria, e o fato gerador do IPI é a industrialização de determinado bem. 
Esses são alguns exemplos didáticos do conceito de fato gerador. 
REFERÊNCIAS
BORGES, H. B. Planejamento tributário: IPI, ICMS, ISS e IR. 6.ed. rev. atual e 
ampl. São Paulo: Atlas, 2001.
BRASIL. Código Tributário Nacional: Lei nº 5.172/1966. Legislação 
complementar. 17.ed. São Paulo: Atlas, 1987.
Dica do professor
Existem diversos tipos de tributos que tanto as pessoas físicas quanto jurídicas estão obrigadas a 
pagar. Entre esses tipos de tributos estão os que incidem sobre a renda, sobre a venda e sobre o 
lucro. Cada um deles tem suas especificidades determinadas em legislação específica. 
No vídeo a seguir você compreenderá o conceito de tributo definido pelo Código Tributário 
Nacional, artigo 3° da Lei n° 5.172 de 25 de outubro de 1966. Esta lei dispõe sobre o Sistema 
Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, a Estados e a 
Municípios.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Exercícios
1) São impostos de competência da União: 
A) De importação de produtos estrangeiros, de exportação para o exterior de produtos nacionais 
ou nacionalizados, propriedade predial e territorial urbana, produtos industrializados, 
operações de crédito, transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos.
B) De importação de produtos estrangeiros, de exportação para o exterior de produtos nacionais 
ou nacionalizados, rendas e proventos de qualquer natureza, operações relativas à circulação 
de mercadoria e serviços de qualquer natureza e de propriedade predial e territorial urbana.
C) Operações relativas à circulação de mercadoria e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, de exportação para o exterior de produtos 
nacionais ou nacionalizados, rendas e proventos de qualquer natureza, produtos 
industrializados, operações de crédito.
D) Transmissão de causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos, propriedade de veículo 
automotores, operações relativas à circulação de mercadoria e sobre prestações de serviços 
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
E) De importação de produtos estrangeiros, de exportação para o exterior de produtos nacionais 
ou nacionalizados, rendas e proventos de qualquer natureza, produtos industrializados, 
operações de crédito, propriedade territorial rural, grandes fortunas.
2) A sequência correta decrescente de hierarquia da legislação tributária é: 
A) Constituição Federal, Emendas Constitucionais, Lei Complementar, Lei Delegada, Lei 
Ordinária, Medida Provisória, Decretos Legislativos e Resoluções.
B) Emendas Constitucionais, Constituição Federal, LeiComplementar, Lei Delegada, Lei 
Ordinária, Medida Provisória, Decretos Legislativos e Resoluções.
C) Constituição Federal, Emendas Constitucionais, Lei Delegada, Lei Complementar, Lei 
Ordinária, Medida Provisória, Decretos Legislativos e Resoluções.
D) Resoluções, Decretos Legislativos, Medida Provisória, Lei Delegada, Lei ordinária, Lei 
Complementar, Emendas Constitucionais, Constituição Federal.
E) Constituição Federal, Emendas Constitucionais, Lei Complementar, Lei Ordinária, Lei 
Delegada, Medida Provisória, Decretos Legislativos, Resoluções.
3) São componentes da obrigação tributária: 
A) Lei, sujeito ativo e sujeito passivo.
B) Lei, sujeito ativo e objeto.
C) Lei, sujeito passivo e objeto.
D) Lei, arrecadação e liquidação.
E) Lei, objeto e fato gerador.
4) Norma que trata das divergências de competência de tributo a cada ente federativo: 
A) Lei Delegada.
B) Lei Ordinária.
C) Constituição Federal.
D) Lei Complementar.
E) Medida Provisória.
5) A Contribuição de Melhoria ocorre quando há uma valorização do imóvel após uma obra 
pública. É de competência de qual (is) ente público: 
A) Estado e Município.
B) Apenas Município.
C) Apenas Estado.
D) União e Estado.
E) União, Estado e Município.
Na prática
Quando há a obrigação tributária, temos nessa relação o sujeito ativo (União, Estado ou Município) 
e o sujeito passivo o contribuinte.
Os cidadãos estão diversas vezes pagando impostos. Quando compram mercadorias, quando se 
alimentam, sobre seus salários, entre outras atividades. Esses impostos possuem alíquotas e bases 
de cálculo distintas.
Exemplo desse fato é quando os consumidores vão a uma loja comprar um par de sapatos. O 
comerciante que arcou com o Imposto sobre Circulação de Mercadoria e de Serviço de transportes 
interestaduais e intermunicipais (ICMS) irá transferir para o consumidor final essa despesa quando 
coloca o preço na mercadoria. O mesmo ocorre com o combustível.
Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e de Tributação no ano de 2016 os brasileiros 
tiveram 41,80% de comprometimento dos seus rendimentos para pagamento de impostos.
Vejamos os dados do Instituto Brasileiro de planejamento e de tributação publicado no G1 – 
Economia.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Sistema tributário
No link abaixo você vai ver um vídeo que aborda o sistema tributário e a reforma tributária com 
seus efeitos e impactos.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Tributação e desenvolvimento
No link abaixo você vai ler um estudo sobre a relação entre as normas tributárias brasileiras e a 
teoria do desenvolvimento como liberdade.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Reforma tributária e a pandemia
No link abaixo você vai ler um estudo sobre a formação do sistema tributário no Brasil e os 
entraves que sofre o modelo atual, evidenciando a necessidade da reforma nesse sistema diante de 
um cenário de adversidades e da pandemia.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/cwR1GDKL0lY
http://ojs.unimar.br/index.php/revistaargumentum/article/view/1300
https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/18499
Sistema Tributário Nacional II
Apresentação
Além das normas que integram o Sistema Tributário Nacional, existem os Princípios Constitucionais 
Tributários. Estes superam o conjunto das normas que compõem a legislação tributária brasileira e 
devem ser seguidos quando da observância e do exercício do poder de tributar dos entes 
federativos.
Nesta unidade de aprendizagem você vai aprender sobre os Princípios Constitucionais Tributários 
dispostos na Constituição Federal de 1988, o conceito e a aplicação de cada um deles.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir o conceito de cada princípio. •
Identificar situações que ferem os princípios. •
Reconhecer as limitações quanto ao poder de tributar dos entes federativos. •
Desafio
No Sistema Tributário Nacional as normas devem observar a hierarquia das leis para que não 
violem a soberania delas. Além disso, devem observar os princípios constitucionais tributários. 
Vejamos a seguir algumas situações que apesar de serem hipotéticas, são usuais no dia a dia 
empresarial. 
A União criou o tributo sobre Produto Importado Supérfluo o (PIU) por meio da Instrução 
Normativa n° 1.390/16. 
O Estado de Santa Catarina instituiu o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de 
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação em 01/01/2016, passando a exigi-lo em 01/03/2016. 
A União alterou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras de 0,38% para 0,49% em 
01/02/2016 e passou a cobrar pelo imposto com a nova alíquota em 01/05/2016. 
O Estado de Santa Catarina instituiu o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação em 01/03/2016, passando a exigi-lo retroativamente em 01/01/2016. 
O Estado de Santa Catarina instituiu o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação em 01/01/2015 passando a exigi-lo em 01/01/2016 papel destinado exclusivamente 
à impressão de jornais, de periódicos e de livros.
 
Você foi recentemente contratado como gerente contábil da empresa e a direção lhe designou para 
que identifique se os princípios constitucionais tributários estão sendo violados nos exemplos 
anteriores e elabore uma justificativa para cada uma das situações expressas, pois atualmente a 
empresa possui unidades no estado de SC.
Infográfico
Os constituintes quando elaboraram a Constituição Federal de 1988 estabeleceram nos artigos n° 
150 a 152 os princípios constitucionais tributários. Princípios estes que são a fundamentação das 
demais normas legislativas tributárias.
No Infográfico a seguir você vai ver como é possível identificar um checklist dos princípios com um 
conceito básico de cada elemento de forma sintética.
Conteúdo do livro
O princípios de Igualdade Tributária e Isonomia que trata da igualdade de todos perante a lei, é um 
exemplo dos Princípios Constitucionais Tributários dispostos na Constituição Federal. Devem ser 
observados desde a criação do tributo, inclusive servindo como base teórica para a solução de 
conflitos relativos à cobrança ou não dos tributos.Desta forma estabelece os limites das ações do 
Estado em seu poder de tributar. 
No capítulo Sistema Tributário Nacional II da obra Contabilidade Tributária, você vai ver o que são 
os princípios que regem a forma de tributação no estado brasileiro.
Boa leitura.
CONTABILIDADE 
TRIBUTÁRIA
Conteúdo:
Ramon Alberto
Cunha de Faria
Pablo Rojas
Coordenador
F224c Faria, Ramon Alberto Cunha de.
Contabilidade tributária [recurso eletrônico] / Ramon Alberto Cunha de Faria 
coordenação: Pablo Rojas. – Porto Alegre : SAGAH, 2016.
Editado como livro impresso em 2016.
ISBN 978-85-69726-12-8
1. Contabilidade tributária. 2. Tributação. I. Título. 
CDU 657:336.221
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
© SAGAH EDUCAÇÃO S.A., 2016
Colaboraram nesta edição:
Coordenador técnico: Pablo Rojas
Capa e projeto gráfico: Equipe SAGAH
Imagem da capa: Shutterstock
Editoração: Kaka Silocchi
Reservados todos os direitos de publicação à
SAGAH EDUCAÇÃO S.A., uma empresa do GRUPO A EDUCAÇÃO S.A
Av. Jerônimo de Ornelas, 670 - Santana
90040-340 - Porto Alegre, RS
Fone: (51) 3027-7000 Fax: (51) 3027-7070
É proibida a duplicação deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer 
formas ou por quaisquer meios (eletrônicos, mecânicos,gravação, fotocópia, 
distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da empresa.
32
INTRODUÇÃO
Conhecendo os princípios constitucionais tributários dará embasamento 
para que se apure devidamente os tributos, até mesmo, será como um guia 
norteador para quem aplica diariamente as leis tributárias, são esses os 
pilares do direito tributário. Sempre que houver conflitos na seara tributária, 
teremos que nos apoiar e sopesar nos princípios constitucionais tributários. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
Ao final desta unidade você deve apresentar os seguintes aprendizados:
• Identificar alguns dos principais aspectos dos princípios constitucionais 
tributários, afim de aplica-los as normas de direito tributário;
• Através das aplicações dos princípios tributários, ter um embasamento para 
que se conheça a veracidade do pagamento de um tributo;
• Compreender os conceitos devidos princípios, para a obtenção de um 
entendimento aprimorada da legislação tributária.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
O sistema tributário brasileiro é um dos mais complexos do mundo, pois nossa 
Constituição Federal não se limitou a dissertar sobre os tributos em seus 
artigos. Trata-se da Constituição de um pais onde traz relevantes matérias da 
área tributária como nenhum outro país já fez.
Trazendo à sociedade todas as garantias e deveres no momento da geração e 
do pagamento de um determinado tributo. Pois como se sabe, a maior fonte 
de riqueza do governo brasileiro, vem dos tributos, fazendo com que se tenha 
um controle mais rígido, como assim o fez a Constituição Federal de 1.988.
A Lei Complementar nº 5.172/1966 é quem estabelece o Código Tributário 
Nacional, dando diretrizes à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios a competência e limitações de se criar tributos para cada um 
desses órgãos. 
33
Temos então por base essa lei como o conjunto de normas que regulamentam 
o Sistema Tributário Brasileiro. Ao qual traz em seu teor normas e regras que 
regulamentam a ordem do poder estatal de poder se criar um tributo e até 
mesmo o impedindo de se ir além, como no caso de se aumentar um tributo 
sem que a Lei assim o estabeleça.
Cada tributo que é criado obedece a princípios, aos quais o legislador estará 
sempre atento para que não corrompa a Constituição Federal e não ultrapasse 
o limite de confiscar o contribuinte com o uso indevido dos tributos. 
Os princípios são guias norteadores para limitação de tributar da União, dos 
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Fazendo seguir uma correta 
aplicação do uso do tributo como fonte gerada licita de tributos. 
Não permitindo que nossos representantes venham a usar o tributo em 
benefício de causa própria e também interferir erroneamente na economia 
do país, pois sabemos que o Governo no atual estado democrático de direito 
exige como fonte máxima de riqueza os tributos, pois sem eles o país não 
conseguiria arcar com seus gastos. Como bem demonstra nosso PIB – que 
representa 35,95% da fonte de riqueza do país hoje, de acordo com matéria 
publicada no jornal “Globo”. 
Citarei aqui alguns dos mais importantes princípios que o legislador devera 
obedecer no momento de se criar ou até mesmo aumentar um tributo, aos 
quais são:
• Princípio da Capacidade Contributiva: Princípio este que determina que 
cada contribuinte irá contribuir com tributos de acordo com sua capacidade 
financeira e econômica, sem que com isso infira no confisco fazendo com que 
o contribuinte seja prejudicado com a onerosidade do tributo, afetando seu 
patrimônio e fazendo com que se perca seu poder aquisitivo e até mesmo o 
prejudique em seus negócios. 
Vemos que este princípio veio a nortear a alíquota do tributo, a sua base de 
cálculo e até mesmo o valor que o fisco impõe em suas multas, que por vezes 
são absurdamente inviáveis.
• Princípio da anterioridade ou retroatividade: Determina que determinados 
tributos não possam ser criados com efeito retroativo, ou seja, não pode se 
criar imposto ou até mesmo aumentó-lo fazendo valer em data anterior ao de 
34
sua publicação, e nem mesmo ser instituído de imediato, causando surpresa 
desagradável a seu custo patrimonial. 
Este desagradavel princípio veio a limitar que nossos governantes não nos 
surpreendam com aumento e criação de tributos e façam com que custos dos 
produtos se elevem repentinamente, sem um devido planejamento tributário. 
• Princípio da seletividade: Deve-se ter em mente o legislador que o tributo 
será gradual, sua alíquota será proporcional à necessidade de uso, como 
é o caso de tributos que incidam sobre energia elétrica, que é de grande 
necessidade para a população, devendo então ser aplicada a menor alíquota. 
Porém em dias atuais não é o que vemos – o ICMS sobre Energia Elétrica 
sofre sua maior alíquota que é de 25% - ferindo totalmente este princípio. 
Para fácil compreensão deste princípio, entendamos o seguinte quando mais 
necessário o bem, menor a alíquota, e quanto mais supérfluo maior será sua 
alíquota, como é o caso de brinquedos, perfumes, e artigos de luxos. 
Sabemos que na prática este princípio é o menos aplicado, porém não 
podemos esquecer que este assunto quem trata é nossa carta magna, e 
incorrer erroneamente nisso é desacatar nossa constituição, devendo o 
legislador readequar a lei em seus devidos parâmetros.
• Princípio do não confisco: O fiscal não poderá usar o tributo como uma 
punição ao contribuinte, sob pena de estar cometendo abuso de autoridade, 
e inviabilidade da economia do país, fazendo com que se trave a atividade 
financeira de determinada entidade e essa venha até por vezes falir ou se 
endividar com o montante do valor injusto imposto.
Não Confisco: É um Ato pelo qual o fisco tributa o contribuinte 
de um modo oneroso e ilegal, maior do que se pode contribuir, 
afetando diretamente seu patrimônio, e fazendo com que o tributo 
se reverta num mal desnecessário, como é o caso de multas que 
podem chegar até 200% do valor do imposto devido.
DICA
35
• Princípio da não cumulatividade: Principio este que tributaristas consideram 
como um dos mais importantes, pois fazem com que impostos não tenham 
efeitos em cascata, ou seja, não deixa que se tenha uma alta carga tributária 
em produtos e serviços, tributando-os excessivamente. Seria injusto para as 
empresas, contribuintes e nós cidadãos se as empresas que comprassem das 
industrias e não pudessem se creditar dos impostos na compra dos produtos 
e serviços, gerando assim uma altíssima carga tributária.
Essa sistemática de crédito (na entrada do produto) e (débito na saída do 
produto) faz com que se torne justo a tributação dos impostos sobre consumo, 
tais como o ICMS, IPI, PIS e COFINS.
Analisando está sistemática, vemos que o princípio da não cumulatividade 
nos resguarda da tributação em cascata e um aumento excessivo e expressivo 
da carga tributária.
• Princípio da legalidade estrita: Exigir ou aumentar tributo sem que a lei o 
estabeleça.
• Princípio da irretroatividade: Norteia que não se poderá criar ou aumentar 
tributos fazendo valer em períodos anteriores ao da publicação da lei. 
• Princípio da anterioridade nonagésimal: O imposto que tem por base 
períodos anuais ou trimestrais, não poderão ser majorados ou criados no 
mesmo exercício, e se o forem terá de obedecer o prazo de noventa dias, 
desde que dentro deste prazo não recaia para o ano seguinte. 
• Princípio da Isonomia: Faz com que contribuintes em situações iguais 
sofram tributação de maneiras diferentes. Este princípio faz valer o direito 
constitucional (em matéria tributária) de que todos serão iguais perante a lei. 
• Princípio da uniformidade geográfica – A tributação da União Federal 
não poderá criar desigualdades e até mesmo distorções entre seus entes 
federativos, (Estados, e nem mesmo os estados com os municípios, como 
vemos hoje, nas chamadas guerras fiscais).
• Princípio da competência tributária: Cada ente federativo, como a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípiosnão poderão invadir a área 
de outro ente federado, cada um tem sua competência de se criar tributo 
sem interferir no âmbito de outro. Se assim o fizessem (como hoje o fazem) 
veríamos estados criando leis de ICMS diferentemente de outro estado, 
36
fazendo distorcer a legislação tributária. Vemos hoje estados criando 
benefícios fiscais para atrair mais empresas, porém estes estados que criam 
benefícios ilegais, sem o consentimento dos demais, fazem com que outros 
percam oportunidades de investimento. 
• Princípio da tipologia tributária: Os impostos e as taxas não podem incidir 
sobre a mesma incidência e a mesma base de cálculo, são esses fatores que 
os distinguem. Se assim não o fosse seriam inconstitucionais um dos devidos 
tributos.
• Princípio da liberdade de tráfego: É vedado aos Estados coibir e estabelecer 
limitações ao direito de ir e vir de pessoas e bens por meio de tributos, 
ressalvados o direito de se cobrar pedágios, pela utilização e conservação de 
vias públicas. Direito constitucional de ir e vir. 
• Princípio da transparência dos impostos: Um dos pilares da democracia é 
a transparência das informações para a sociedade em geral, e não estaria 
fora deste parâmetro a apresentação do gerenciamento dos tributos pelos 
nossos governantes. Dando a nós a visão de como está sendo gerenciado 
nosso patrimônio. Infelizmente no Brasil esta lei somente veio tardiamente, 
em meados do ano de 2013, mas em si já é um enorme avanço.
• Princípio das Imunidades tributarias: É vedado a União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios instituírem impostos sobre: Templos de 
qualquer culto; Livros, jornais e periódicos; Patrimônio, renda ou serviços, 
um dos outros; Partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades 
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e assistência social 
sem fins lucrativos, sempre obedecendo as normas e regras estabelecidas 
em nossa Constituição Federal de 1988.
Como vemos o Sistema Tributário Nacional não iria prosperar sem os devidos 
princípios constitucionais expostos acima. Pois sem eles nossos governantes 
poderiam criar e majorar tributos a regalia, prejudicando excessivamente o bolso 
da população brasileira e até mesmo limitando o poder da iniciativa privada. 
Estes princípios vêm resguardar nossos direitos e deveres para com o 
fisco e demais órgãos reguladores de cobrança e fiscalização dos tributos. 
Dando competência e limitações aos governantes no momento de se criar e 
aumentar tributos. 
37
Quando uma temática tributária sobe ao judiciário, quer pela falta de 
regulamentação, ou pela má interpretação da legislação, nossos Juízes, 
sempre apontam os princípios constitucionais tributários para fazerem uma 
ponderação em seus julgamentos.
REFERÊNCIAS
ATALIBA, G. Hipótese de incidência tributária. 5.ed. São Paulo: Malheiros, 
1997.
ÁVILA, H. Teoria dos princípios: da definição à aplicação dos princípios 
jurídicos. 13.ed., revista e ampliada. São Paulo: Malheiros, 2012. p. 85-141.
BORGES, H. B. Planejamento tributário: IPI, ICMS, ISS e IR. 6.ed. rev., atual. e 
ampl. São Paulo: Atlas, 2001.
BRASIL. Código Tributário Nacional: Lei nº 5.172/1966, legislação 
complementar. 17.ed. São Paulo: Atlas, 1987.
CARRAZZA, R. A. Curso de direito constitucional tributário. 19.ed. 2 Tiragem. 
São Paulo: Malheiros, 2003.
 
Dica do professor
Compreender as distinções sobre Imunidade, Isenção e Não Incidencia tributária é fator 
preponderante para a gestão empresarial. Muitas vezes saber como se aplica cada uma destas 
ocorrências tributárias relaciona-se com o resultado operacional de uma organização. 
Na Dica do Professor você vai ver uma síntese sobre estas ocorrências tributárias. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/0ce5314df2ead3ec0e6420f09453a94e
Exercícios
1) São exceções ao princípio da anterioridade clássica os seguintes impostos: 
A) Imposto sobre importação, exportação, produtos industrializados e operações financeiras.
B) Impostos sobre produtos industrializados e operações financeiras. 
C) Imposto sobre importação, exportação e Imposto de Renda. 
D) ICMS, Imposto de Renda, IPVA. 
E) Imposto sobre importação, exportação e operações financeiras. 
2) Observe os conceitos a seguir e julgue os itens corretos: 
I - É possível exigir ou alterar a alíquota de Imposto de Renda por meio de instrução 
normativa. 
II - O teto máximo de arrecadação do Imposto de Renda em Tocantins é de 9%. 
III - O princípio da anterioridade tributária não permite a cobrança de tributos no exercício 
porterior ao estabelecido. 
IV - Os sindicatos dos trabalhadores pagam tributos assim como os partidos políticos. 
A) Apenas afirmativa I está correta. 
B) Apenas a afirmativa II está correta. 
C) As afirmativas I e II estão corretas. 
D) As afirmativas III e IV estão corretas. 
E) Nenhuma das afirmativas está correta. 
Observe os conceitos a seguir e julgue os itens corretos: 
I - Quanto ao princípio da seletividade, um produto sendo de maior necessidade básica 
deverá ter maior imposto e quanto menor necessidade menor imposto. 
3) 
II - O Fisco pode punir o contribuinte em multa com até 200% sobre o valor conforme 
princípio do não confisco. 
III - Cabe a União arbitrar nos Estados quanto à cobrança de ICMS. 
IV - É vedado a cobrança de pedágios nas vias. 
A) Apenas a afirmativa I está correta. 
B) Apenas a afirmativa II está correta. 
C) As afirmativas III e IV estão corretas. 
D) Todas as afirmativas estão corretas. 
E) Nenhuma afirmativa está correta. 
4) Leia o conceito a seguir. 
"É vedado aos Estados cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início 
da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado." Artigo 150 da Constituição 
Federal de 1988. 
Este conceito refere-se ao seguinte princípio: 
A) Legalidade. 
B) Irretroatividade. 
C) Isonomia. 
D) Anterioridade. 
E) Transparência dos impostos. 
5) São imunes às seguintes atividades: 
I - Templos. 
II - Livros jornais e perióricos. 
III - Patrimônio, Renda ou Serviços uns dos outros. 
IV - Partidos políticos.
A) Apenas as afirmativas I e II. 
B) Apenas as afirmativas I e III. 
C) As afirmativas I, II e III. 
D) Apenas as afirmativas I e IV. 
E) Todas as afirmativas estão corretas. 
Na prática
Diariamente, assistimos, lemos ou somos informados por diferentes canais de comunicação sobre 
noticias de ordem tributária. 
Interessante é notar se os entes públicos observam os princípios constitucionais tributários.
Na Prática você vai ver como ocorre esta aplicação num caso de isenção.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/f13dc614-4e54-46e8-8817-d16ec140cbe6/e1a97151-99b9-44ed-8274-4025676b31ef.png
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Saber Direito - Princípios Constitucionais Tributários
Assista o vídeo Saber Direito – Princípios Constitucionais Tributários O objetivo deste vídeo é 
apresentar os principais conceitos relativos a Legislação Tributária
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
REFLEXÕES SOBRE OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
TRIBUTÁRIOS
Leia o artigo REFLEXÕES SOBRE OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS O objetivo 
deste artigo é apresentar as limitações impostas aos entes federativos.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
AS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
Leia o artigo para entender mais sobre AS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/M7LkxQxDBVI
https://apmaju.org.br/uploads/ckeditor/attachments/2/ARTIGO_REFLEXOES_TRIBUT_RIOS.pdfhttps://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/25259/5/TRABALHO%20DE%20CONCLUSA%CC%83O%20DE%20CURSO%20-%20DEFINITIVO%2018.05.2022%20%281%29.pdf
Aspectos Contábeis do Sistema Tributário 
Brasileiro
Apresentação
Em razão da importância da representatividade e do impacto dos tributos nas atividades 
operacionais de uma empresa, torna-se fundamental o conhecimento sobre a contabilidade 
tributária. Além da forma como se pode atuar para obter os melhores resultados possíveis sob a 
ótica do planejamento tributário, cumprindo a legislação e garantindo a competitividade e a 
sustentabilidade da organização.
Nesta unidade de aprendizagem você vai aprender sobre como que a contabilidade tributária 
exerce como atividade, a metodologia da contabilidade, o planejamento tributário, além de 
comentar sobre a elisão e a evasão fiscal.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar atividades e funções da contabilidade tributária.•
Descrever os principais aspectos de um planejamento tributário.•
Reconhecer as diferenças e as peculiaridades dos atos de elisão e de evasão fiscal.•
Desafio
No atual contexto organizacional da família Silva, os primos William e Yuri são sócios de duas 
farmácias conhecidas como Farmácia W e Farmácia Y, respectivamente. 
A Farmácia W é proprietária de um imóvel avaliado em R$ 850.000,00. 
A Farmácia Y tinha a intenção de adquirir o imóvel e possuía em suas aplicações financeiras o valor 
suficiente para a aquisição, e assim firmou-se contrato de compra e venda entre ambas. 
No entanto, por perceberem que teriam que pagar o ITBI (Imposto Municipal sobre a Transmissão 
de Bens Imóveis), resolveram cancelar o contrato. Como as empresas não queriam se sujeitar à 
incidência do ITBI, resolveram deixar de lado a compra e a venda do imóvel e realizaram uma fusão. 
A Farmácia W se uniu com a Farmácia Y, surgindo a empresa Farmácias WY. 
Com o passar de algumas semanas, as duas empresas realizaram uma cisão, voltando à situação em 
que estavam anteriormente: Farmácia W e Farmácia Y. 
Cabe ressaltar que o imóvel passou a ser da Farmácia Y, e a Farmácia W passou a ter R$ 
850.000,00 em seu caixa, uma vez que em operações societárias a transferência de imóveis é 
isenta de pagamento do ITBI. 
Diante dessas informações, você como o gestor contábil das empresas, avalia as transações 
ocorridas na empresa? Trata-se de uma elisão ou uma evasão fiscal? Apresente argumentos para 
justificar sua resposta.
Infográfico
Diante da alta carga tributária que impacta significativamente a saúde financeira das empresas, é 
necessário encontrar alternativas de ação. 
Assim, as organizações agem para buscar benefícios, como a redução da carga tributária, sendo que 
há duas formas de atuação: a elisão fiscal, modo lícito de atuação antes da realização do fato 
gerador e a evasão fiscal, meio ilícito em que se age após a incidência do fato gerador.
No Infográfico a seguir você vai ver como se evidencia tal diferença.
Conteúdo do livro
O planejamento tributário é uma ferramenta que envolve organização e estudo de meios lícitos 
para atuar na complexa contabilidade tributária, envolvendo conhecimentos tanto da metodologia 
contábil, como da legislação tributária. 
Frente a esse ambiente, que muitas vezes causa insegurança para empresários e profissionais da 
área, é indispensável reconhecer a licitude das ações ou atos tributários com o objetivo de evitar 
erros que podem acarretar multas e sanções. 
No capítulo Aspectos Contábeis do Sistema Tributário Brasileiro da obra Contabilidade Tributária, 
você vai ver como o planejamento tributário é importante para que a organização tenha boas 
práticas legais.
Bons estudos.
CONTABILIDADE 
TRIBUTÁRIA
Conteúdo:
Ramon Alberto
Cunha de Faria
Pablo Rojas
Coordenador
F224c Faria, Ramon Alberto Cunha de.
Contabilidade tributária [recurso eletrônico] / Ramon Alberto Cunha de Faria 
coordenação: Pablo Rojas. – Porto Alegre : SAGAH, 2016.
Editado como livro impresso em 2016.
ISBN 978-85-69726-12-8
1. Contabilidade tributária. 2. Tributação. I. Título. 
CDU 657:336.221
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
© SAGAH EDUCAÇÃO S.A., 2016
Colaboraram nesta edição:
Coordenador técnico: Pablo Rojas
Capa e projeto gráfico: Equipe SAGAH
Imagem da capa: Shutterstock
Editoração: Kaka Silocchi
Reservados todos os direitos de publicação à
SAGAH EDUCAÇÃO S.A., uma empresa do GRUPO A EDUCAÇÃO S.A
Av. Jerônimo de Ornelas, 670 - Santana
90040-340 - Porto Alegre, RS
Fone: (51) 3027-7000 Fax: (51) 3027-7070
É proibida a duplicação deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer 
formas ou por quaisquer meios (eletrônicos, mecânicos, gravação, fotocópia, 
distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da empresa.
40
INTRODUÇÃO
A contabilidade tributária é o ramo que estuda a teoria e as aplica pela 
prática dos princípios e normas da legislação tributária, visando sempre 
pelo gerenciamento das apurações dos tributos incidentes sobre as diversas 
atividades de diversos segmentos de empresa, e também as auxiliando nas 
gerações de diversas obrigações acessórias que o governo às impõe, para que 
não sejam passíveis de sofrerem sanções e penalidades fiscais.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
Ao final desta unidade você deve apresentar os seguintes aprendizados:
• Compreender adequadamente o instituto e estudo da contabilidade voltada 
a área tributária;
• Entender como funciona um planejamento tributário, obedecendo os preceitos 
e normas tributárias, sempre também obedecendo os postulados contábeis;
• Entender os mecanismos que levam ao motivo de que é necessário 
gerenciamento nos resultados contábeis para área tributária, pois estes 
darão as medidas para uma saúde financeira tributária para as empresas.
O QUE A CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA 
EXERCE COMO ATIVIDADE?
Umas das primordiais funções e atividades da contabilidade tributária são:
• Escrituração dos documentos fiscais, através das Notas Fiscais que hoje 
são praticamente todas eletrônicas, independente dos estados (Nota Fiscais 
de Venda) ou dos municípios (Notas Fiscais de Serviços Prestados), que serão 
transcritos em livros fiscais, para que se possa determinar o montante devido 
de tributos que a empresa terá de recolher dentro do prazo, geralmente 
sempre um mês após a competência da nota fiscal (emissão da NF).
• Exatidão na base de cálculo ou resultado tributável, no lucro de um 
determinado período fiscal, a até mesmo obtenção de um possível 
prejuízo, que na frente se devidamente registrado e controlado (através 
41
da contabilidade) irá gerar um benefício fiscal para a empresa, como poder 
abater um percentual do valor de prejuízos de anos anteriores do lucro 
tributável do exercício para fins de cálculo do Imposto de Renda Pessoa 
Jurídica, diminuindo assim seu imposto a recolher. Nesse âmbito, paremos 
para refletir o quão importante se torna o papel da contabilidade, pois sem 
ela, não teríamos condições e ferramentas para controlar corretamente o uso 
do prejuízo fiscal para obter essa vantagem de deduzir o devido valor de um 
determinado tributo. Se a empresa não tiver um rígido controle, certamente 
estará pagando mais tributos do que deveria somente nesse único detalhe.
• Contabilização das provisões dos tributos, em obediências ao princípio 
(contábil) da competência, pois alguns dos tributos tem em suas apurações 
períodos trimestrais e até mesmo anuais, e como a contabilidade é um sistema 
responsável por prestar informações, é seu dever também provisionar os 
devidos valores dos tributos, para que a empresa possa organizar seu fluxo 
de caixa para o devido pagamento quando chegar a data. 
• Embasamento e orientação fiscal para as empresas que possuem filiais, 
controladas, coligadas e de demais grupos. Estas orientações são de vital 
importância, pois a localização da empresa, pode mudar sua carga tributária, 
dependendo do municípios onde o ISS (impostosobre serviço) tem uma 
alíquota reduzida, ou até mesmo em outro estado, onde o ICMS (Imposto 
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) poderá ter sua alíquota também 
reduzida, ou algum outro benefício fiscal relacionado.
• Emissão e gerenciamento de guias de tributos para o departamento de 
contas a pagar, o acompanhamento do pagamento destes, para que a 
empresa não venha futuramente a receber comunicados de penhoras de 
bens por falta de pagamento de tributos.
CONTABILIDADE - METODOLOGIA
Para que possamos entender a contabilidade voltada a área tributária, 
primeiramente se faz necessário um estudo prévio da metodologia contábil. 
A contabilidade é a ciência que visa a interpretar, compreender e aplicar os fatos 
empresariais e assim gerar informações para que gestores e administradores 
de seus negócios possam ter diretrizes e saber quais rumos tomarem, ou seja 
42
é um indicador de tomadas de decisões e até mesmo de soluções. 
A contabilidade tem um dos seus pilares fundamentais na teoria chamada 
“método das partidas dobradas”, consiste em um sistema padronizado 
e utilizado por empresas e demais entidades para registrar transações 
financeiras. Esse método consiste em controlar e registrar as origens e as 
aplicações de recursos, onde para cada transação à no mínimo duas contas 
a serem contabilizadas, uma a débito e outra a crédito em igual valor para 
ambas as contas.
Método das partidas dobradas: Foi escrito e desenvolvido por Luca 
Pacioli em seu livro chamado “Summa de Arithmetica, Geometria, 
Proportioni et Proportionalità em 1494”.
DICA
DÉBITO – É o lançamento contábil que identifica para quais contas foram os 
recursos, “as aplicações derivadas das origens dos recursos” (toda entrada de 
recurso debita-se em determinada conta).
CRÉDITO – É o lançamento contábil que identifica a origem ou a procedência 
dos recursos (toda saída de recursos, seja ele financeiros ou patrimonial, 
credita-se determinada conta).
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 
Diante de um sistema tributário complexo, burocrático, e aliado a isso a alta 
carga tributária, chegando em média a 37% do PIB (Produto Interno Bruto), 
as empresas necessitam como forma de gestão, de um planejamento no 
momento de se pagar um determinado tributo.
No entanto na seara tributária o planejamento é considerado por vezes 
43
ilícito, devido ao fisco se manifestar na posição de que o contribuinte que visa 
diminuir os seus tributos em seus planejamentos, já o visa na intenção. 
 
O planejamento tributário consiste em organizar as operações mercadológicas 
da empresa, através de ferramenta e mecanismos de forma estrutural 
e jurídica, capaz de antever e até mesmo evitar a hipótese de incidência 
tributária, ou podendo modificá-la através da materialidade ou de lapso 
temporal, fazendo com que tal medida de hipótese de incidência venha a ser 
mais benéfica em tempos propícios. Esta medida trata de um comportamento 
técnico formal, como explícita Humberto Bonavides, que visa a reduzir, adiar 
ou até mesmo excluir os respectivos encargos tributários.
Vemos então que o planejamento tributário, consistem em estudar 
determinadas alternativas lícitas tributárias, para que a empresa possa se 
precaver, postergar e até mesmo diminuir seus tributos, antes da ocorrência 
do fato gerador.
No entanto, o fisco não analisa desta maneira o planejamento tributário, 
dizendo que isto se faria por meio de ato ilícito, através da sonegação fiscal. 
A respeito disso vou tratar de dois pilares de diferenciação de planejamento 
tributário lícito (elisão fiscal) e o ilícito (evasão fiscal).
ELISÃO FISCAL
Elisão fiscal é um ato formal e jurídico, totalmente lícito, para que o 
contribuinte possa reduzir a carga tributária, através de um ato para antever 
o fato gerador, podendo ser feito através da própria legislação, e também de 
lacunas na legislação. 
Planejamento tributário feito através da própria legislação: São benefícios 
fiscais concedidos (mediante lei), a determinados ramos de atividades 
empresariais, que possibilita a empresa optar por essa ou outra escolha que 
visa a reduzir sua carga tributária, em prol de um ato vinculado.
Cito um exemplo do benefício fiscal concedido sobre os Juros sobre o Capital 
Próprio (JCP), em que o governo permite as empresas remunerarem seus 
sócios através desta sistemática, ao invés de distribuir “dividendos”. Ao optar 
44
pela remuneração de seus sócios / investidores através dos JCP, a empresa 
pode computar este pagamento como despesa do próprio exercício, e deduzi-
la do lucro para fins de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica.
“Lei nº 9.249 de 26 de dezembro de 1995 – artigo 9º: A pessoa jurídica poderá 
deduzir para efeitos de apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados 
individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do 
capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados a 
variação pro rata dia da Taxa de Juros a Longo Prazo – TJLP”.
Esta é uma das formas lícita onde podemos planejar qual a melhor maneira 
de se obter uma carga tributária menos elevada, e dentro da lei. 
Planejamento tributário realizado através de lacunas na legislação fiscal: 
São interpretações na legislação tributária ao qual visam a beneficiar o 
contribuinte, devido a lei estar obscura ou má redigida, pois quem faz a lei 
não tem a mesma visão de quem as aplica. 
Cito o exemplo do início, término, interrupção e demais aspectos de contagens 
do prazo prescricional e decadencial, sendo deles surtidos os efeitos a 
partir da constituição federal delegando a matéria para ser tratada em lei 
complementar, que por sua vez não a tratou como deveria, sendo objeto 
de soluções de consultas, pareceres normativos, e também de doutrinas 
e jurisprudências, fazendo com que os contribuintes optem pela melhor 
interpretação.
Vemos então, para que não se tenha uma interpretação divergente daquela 
dada pelo fisco, tem o legislador que ser preciso em sua redação legislativa, 
caso não o tenha, não pode o contribuinte ser julgado como sonegador de 
imposto por interpretar de maneira diversa. Esse é um ponto importantíssimo 
que irá nos precaver de sofrer sanções fiscais.
EVASÃO FISCAL
É o ato ou ação ilícita de se evitar, protelar, reduzir determinado tributo após 
a ocorrência do fato gerador. 
O conceito de “evasão fiscal” não está disciplinado em lei, porem o seu teor 
45
está contido na lei nº 8.137/1990 – Lei de crime contra a ordem tributária, 
econômica e contra as relações de consumo, em seu artigo 1ª que diz, 
constitui crime contra a ordem tributária (...)
I - Omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo 
operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
III - Falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou 
qualquer outro documento relativo à operação tributável;
IV - Elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou 
deva saber falso ou inexato;
V - Negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento 
equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, 
efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.
Vemos então que o conceito de evasão está sem dúvida totalmente 
equivocado com a interpretação de planejamento tributário.
REFERÊNCIAS
BORGES, H.B. Gerencia de impostos: IPI, ICMS e ISS. 3.ed. São Paulo: Atlas, 
2000. p. 55.
ROCHA, V. de O. (coord.). O planejamento tributário e a lei complementar 
104. 1ª reimp. São Paulo: Dialética, 2002. p. 15.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Dica do professor
O planejamento tributário é uma ferramenta que permite a empresa antever a incidência tributária. 
É um mecanismo indispensável para a realização de uma gestãotributária eficaz, pois desta forma 
você poderá implementar o planejamento tributário?
Na Dica do Professor você irá conhecer algumas importantes dicas para realizar esse planejamento.
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Exercícios
1) Qual dos itens não pode ser considerado uma das principais atividades da contabilidade 
tributária? 
A) Contabilização de provisões de tributos.
B) Pagamento de guias de tributos.
C) Orientações tributárias para as filiais e as coligadas da empresa.
D) Transcrição em livros fiscais de informações das notas fiscais.
E) Apuração correta na base de cálculo ou de resultado tributável.
2) Sobre metodologia contábil e planejamento tributário, assinale a alternativa correta. 
A) O planejamento tributário é considerado lícito pelo fisco.
B) O método das partidas dobradas é um sistema que deve ser personalizado a cada organização 
devido a particularidades de cada uma.
C) De modo lícito não é possível evitar a hipótese de incidência tributária.
D) O planejamento tributário permite que as empresas possam reduzir seus tributos após a 
ocorrência do fato gerador.
E) O objetivo principal do método das partidas dobradas é o registro das origens e das 
aplicações de recursos.
3) A respeito de evasão fiscal, marque a alternativa correta: 
A) A evasão fiscal é uma ferramenta encontrada pelas empresas para obter vantagens fiscais 
antes da ocorrência do fato gerador.
B) O fornecimento de documentação inexata ao fisco não pode ser considerado ato de evasão 
fiscal.
C) O seu conceito está disciplinado na Lei n.o 8.137/1990.
D) A Lei n.o 8.137/1990 não trata da falsificação de notas fiscais.
E) Quando a empresa se nega a fornecer informações ao fisco pode estar cometendo o crime de 
evasão fiscal.
4) Entre as alternativas, assinale a que não pode ser considerada como um facilitador para a 
realização do planejamento tributário em uma organização: 
A) Realizar uma análise considerando não apenas a relação custo-benefício, como também o 
levantamento de riscos.
B) Obter da contabilidade informações e relatórios fidedignos sobre a realidade da empresa.
C) Desenvolver um diagnóstico fiscal considerando como foco a empresa, mesmo que faça parte 
de um grupo de organizações.
D) Realizar simulações considerando três cenários: pessimista, otimista e conservador.
E) Possuir na empresa uma equipe de profissionais com diversas formações e conhecimentos na 
área tributária e fiscal.
5) Em relação ao tema elisão fiscal, assinale a assertiva incorreta: 
A) Uma das diferenças entre elisão fiscal e evasão fiscal reside no fato de que a primeira é um 
ato lícito, e a segunda, ilícito.
B) A elisão fiscal pode ser considerada sinônimo de planejamento tributário.
C) A elisão fiscal só pode ser realizada com base no que consta na legislação.
D) Um exemplo de elisão fiscal é o benefício fiscal concedido sobre os juros sobre o capital 
próprio.
E) Há situações de interpretações divergentes entre o fisco e o legislador.
Na prática
Quando uma organização planeja antecipadamente suas ações tributárias, ela consegue identificar 
os ganhos possíveis na redução tributária de seus negócios.
Na Prática você vai ver como ocorre esta situação quando uma organização planeja uma alteração 
na forma de mensurar sua carga tributária nos regimes de tributação em uso.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Planejamento tributário pode reduzir tributos das empresas
Assista o vídeo Planejamento tributário – como pode reduzir os tributos das empresas O objetivo 
deste vídeo é apresentar os principais regimes tributários.
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Elisão, evasão e elusão fiscal
Leia o artigo Elisão, Evasão e Elusão Fiscal O objetivo deste artigo é apresentar o conceito, 
divergências e críticas ao artigo 116, parágrafo único, do CTN.
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O preço da sonegação
O objetivo deste artigo é apresentar o conceito e consequências da sonegação fiscal.
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https://jus.com.br/artigos/27969/elisao-evasao-e-elusao-fiscal
http://www.portaltributario.com.br/artigos/precodasonegacao.htm
Tributos Diretos e Indiretos
Apresentação
Os tributos, que podem ser classificados como impostos, taxas e contribuições em geral , exercem 
papel fundamental para a gestão pública, pois por meio deles são obtidas receitas necessárias para 
que o Estado cumpra o seu papel social.
Nesse contexto, as organizações precisam estar atentas às legislações nos diversos âmbitos 
(federal, estadual e municipal) para que possam efetivamente gerir tributos e não meramente 
realizar seus pagamentos. Reconhecer as distintas espécies de tributos é o primeiro passo para 
melhor entender o tema em questão.
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai aprender sobre os tributos diretos e indiretos e as 
diferenças entre os contribuintes.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Classificar os tributos.•
Identificar os elementos que caracterizam se o tributo é direto ou indireto.•
Reconhecer as diferenças entre contribuinte de fato e contribuinte de direito.•
Desafio
João é estudante de Contabilidade e conseguiu o emprego que há tempos almejava em um 
escritório contábil. Com uma nova situação de independência financeira, resolveu sair da casa de 
seus pais e alugar um apartamento com um amigo. 
Durante o período de férias, em janeiro, foi viajar com a namorada, ficando o amigo, com quem 
divide seu apartamento, responsável pelo pagamento das contas do imóvel locado. Quando João 
retornou, em fevereiro, percebeu que seu amigo não havia pago o Imposto Predial e Territorial 
Urbano (IPTU) do imóvel. 
Informou-lhe que não havia quitado o imposto, pois acreditava que não seria de responsabilidade 
deles, uma vez que são meros inquilinos e não proprietários do imóvel. 
Em dúvida, João foi consultar o contrato de locação, identificando que havia uma cláusula 
contratual prevendo a obrigação de pagamento do IPTU por parte dos inquilinos. 
Se estivesse na situação de João, como você o orientaria? Pagaria ou não o imposto? Dê 
embasamento a sua resposta com referências no entendimento sobre tributos.
Infográfico
A diferença entre os tributos indiretos e diretos está no seu objeto , ou seja a base de referência 
para ser estimado. Além disso, apresenta a relação que há no pagamento de tributos diretos em 
que o contribuinte realiza o recolhimento, em contrapartida aos tributos indiretos, em que o 
recolhimento é de responsabilidade das empresas que produzem, revendem e prestam serviços, 
mas o responsável por arcar com esses dispêndios são os consumidores dos respectivos bens e 
serviços.
No Infográfico a seguir você verá a distinção entre ambos.
Os impostos são arrecadados pelo governo para que ele possa realizar a prestação de serviços, é o 
cumprimento de suas obrigações para com a sociedade. É uma parte da riqueza das pessoas físicas 
e jurídicas que o governo retira, de forma coercitiva. Os diversos tipos de impostos que existem 
podem ser separados em diretos e indiretos. Podem ser da esfera municipal, estadual ou federal, ou 
ainda, de competência do Distrito Federal.
 
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Os tributos, além de serem diversos, representam grandes dispêndios tanto para organizações 
como para pessoas físicas, ocasionando uma série de dúvidas e confusões no momento de seu 
pagamento. Compreender como se classificam, sua origem e propósito e sua base de referência são 
atitudes facilitadoras para poder gerir a chamada administração tributária.
No capítulo Tributos Diretos e Indiretos da obra Contabilidade Tributária, você vai entender a 
relação que existe entre estas classificações de tributos e sua aplicabilidade.
Boa leitura.
CONTABILIDADE 
TRIBUTÁRIA
Ramon Alberto Cunha de Faria
F224c Faria, Ramon Alberto Cunha de.
Contabilidade tributária [recurso eletrônico] / Ramon Alberto Cunha de Faria 
coordenação: Pablo Rojas. – Porto Alegre : SAGAH, 2016.
Editado como livro impresso em 2016.
ISBN 978-85-69726-12-8
1. Contabilidade tributária. 2. Tributação. I. Título. 
CDU 657:336.221
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
© SAGAH EDUCAÇÃO S.A., 2016
Colaboraram nesta edição:
Coordenador técnico: Pablo Rojas
Capa e projeto gráfico: Equipe SAGAH
Imagem da capa: Shutterstock
Editoração: Kaka Silocchi
Reservados todos os direitos de publicação à
SAGAH EDUCAÇÃO S.A., uma empresa do GRUPO A EDUCAÇÃO S.A
Av. Jerônimo de Ornelas, 670 - Santana
90040-340 - Porto Alegre, RS
Fone: (51) 3027-7000 Fax: (51) 3027-7070
É proibida a duplicação deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer 
formas ou por quaisquer meios (eletrônicos, mecânicos, gravação, fotocópia, 
distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da empresa.
76
INTRODUÇÃO
Os tributos indiretos são os que oneram diretamente a população brasileira, 
pois são repassados pelas indústrias, comércios e serviços, os valores aos 
consumidores finais.
Para entendermos melhor este instituto, temos que ter conceitos de 
contribuinte de fato, contribuinte de direito e conhecer um pouco mais sobre 
os tributos.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
Ao final desta unidade você deve apresentar os seguintes aprendizados:
• Compreender a classificação dos tributos;
• Identificar os elementos que caracterizam se o tributo é direto ou indireto;
• Saber diferenciar os conceitos de tributos sobre a renda e sobre o consumo.
CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS 
Antes de analisarmos e conceituarmos os tributos indiretos, vale ressaltar 
o conceito de tributos diretos.
TRIBUTOS DIRETOS
Os tributos diretos incidem diretamente sobre o patrimônio e a 
renda dos “Contribuintes de fato”, não há a possibilidade de repassar a 
outrem o ônus tributário.
Um exemplo de tributo direto e que não pode ser repassado, é o imposto 
de renda pessoa física, ao qual é de única e exclusiva 
responsabilidade do contribuinte de fato. O IPTU também é um tributo 
direto pelo qual o contribuinte de fato não consegue repassar o ônus 
tributário.
77
Contribuinte de fato
Os Contribuintes de Fato, são os que realmente arcam com o tributo, 
pessoa que arca com o ônus tributário sem poder repassa-lo a outrem.
Contribuinte de direito
Os Contribuintes de Direito, são as pessoas que ficam incumbidas através de 
lei pelo recolhimento do tributo, porem irão repassar os devidos valores no 
momento da venda ou prestação de serviços na emissão do documento fiscal.
TRIBUTOS INDIRETOS
Os tributos indiretos têm a característica de a carga tributária recair sobre 
o contribuinte de direito, e o mesmo o transfere para outro, que no caso 
é designado ao contribuinte de fato, aquele que realmente arca com o 
ônus tributário.
Os tributos indiretos recaem sobre a produção, revenda e prestação 
de serviços, ou seja, recai sobre o consumo de bens e serviços, e há 
possibilidade e direito de repassar o valor dos tributos à terceiros.
No Brasil os tributos sobre o consumo de bens e serviços lideram o 
ranking de arrecadação, pois acarretam um efeito em cadeia, pois os 
preços são pagos indissociáveis com os produtos. Então no momento 
da compra de determinado bem ou serviço, o consumidor final não 
repara no valor pago desses tributos.
De acordo com uma pesquisa realiza pela empresa KPMG Tax 
Advisors, aponta que em 2008 a carga tributária chegou a 35,80% do PIB 
brasileiro, que foi de 1,034 trilhões, e o percentual de arrecadação dos 
tributos indiretos fora de quase 50% em relação com as demais categorias, 
somando um valor de mais de 500 bilhões, conforme quadro abaixo:
78
Base Incidência Arrecadação % Federal Estadual Municipal
Bens e consumo 500.637 48,40% 258.582 220.083 21.972
Renda 212.056 20.50% 212.056 0 0
Folha salários 233.023 22,53% 209.595 17.810 5.618
Propriedade 35.679 3,45% 417 18.673 16.499
Trans. Financ. 21.146 2,04% 21.146 0 0
Outros 31.856 3,08% 18.339 10.075 3.442
TOTAL 1.034.397 100% 720.134 266.731 47.531
* Em bilhões (R$)
Fonte: KPMG Tax Advisors
Embora a pesquisa demonstrada seja embasada no ano de 2008, a mesma 
não possui desproporcionalidades em relação aos percentuais, que é o mais 
importante para fins de ilustração. O montante da arrecadação sim, este 
vem crescendo e batendo recordes a cada ano, mas o intuito é de mostrar o 
quão grande é o percentual de arrecadação dos tributos incidentes sobre o 
consumo de bens e serviços no Brasil.
79
REFERÊNCIAS
BRASIL. Código Tributário Nacional: Lei nº 5.172/1966. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5172.htm. Acesso em 
05/01/2016.
_________.Código Tributário Nacional: Lei nº 5.172/1966. Legislação 
complementar. 17 ed. São Paulo: Atlas, 1987.
 
Dica do professor
Como existe uma mescla de tributos em nossa legislação que torna complexa o entendimento 
sobre a área tributária das organizações. Torna-se importante o entendimento sobre os conceitos e 
relação entre os tributos diretos e indiretos. 
Na Dica do Professor você vai ver como esta relação ocorre nas organizações.
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Exercícios
1) Sobre o tema tributos diretos e indiretos, assinale a alternativa CORRETA: 
A) São considerados tributos diretos aqueles que a cada etapa seus valores são repassados aos 
preços.
B) O IPVA, imposto indireto, encontra-se no topo do ranking nacional atual de arrecadação.
C) Um exemplo de imposto indireto é o ITR (Imposto sobre Propriedade Territorial Rural).
D) Os tributos diretos estão relacionados diretamente com o patrimônio e com a renda.
E) Os tributos diretos vinculam-se com a produção.
2) A respeito dos tipos de contribuintes, assinale a resposta CORRETA: 
A) O contribuinte responsável por suportar o ônus tributário é o contribuinte de direito.
B) Não há situações em que o contribuinte de fato e de direito configuram uma única pessoa.
C) A pessoa designada perante lei pelo recolhimento do tributo é o contribuinte de direito.
D) Quem realiza o pagamento dos tributos indiretos ao fisco é o contribuinte de direito.
E) Os contribuintes de fato têm a prerrogativa de repassar o pagamento de tributos a outrem.
3) Responda a alternativa CORRETA sobre tributos diretos: 
A) Há possibilidade de transferência, de modo automático e individualizado, do ônus financeiro 
da carga fiscal.
B) São tributos que incidem definitivamente sobre o contribuinte.
C) O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) pode ser considerado um exemplo.
D) As obrigações podem ser objetivo de repercussão.
E) A contribuição social sobre o lucro líquido não pode ser considerada um tributo direto, pois se 
relaciona à produção.
4) Dentre as alternativas sobre informações dos elementos que compõem o tributo, assinale a 
resposta CORRETA: 
A) Prestação pecuniária ou em valor que se possa exprimir: significa dizer que o tributo deve ser 
pago somente em moeda corrente.
B) Compulsória: refere-se à possibilidade de se pagar o tributo.
C) Atos ilícitos são tributados, sem prejuízo das sanções sobre esses atos
D) Cobradamediante atividade administrativa plenamente vinculada, a cobrança de tributos pela 
Administração Pública se dá através de fato gerador por agente com poder discricionário.
E) Instituído em lei: pode-se entender que para haver tributo deve existir previsão legal 
especificadamente no Código Civil.
5) A partir das informações sobre a teoria e a prática de tributos diretos e indiretos, marque a 
alternativa CORRETA: 
A) Impostos podem ser sinônimos de tributos indiretos.
B) Os tributos diretos oneram diretamente os consumidores finais.
C) O fisco pode ser considerado como sujeito passivo na relação tributária.
D) Os tributos são igualmente arrecadados por União, Estados e Municípios.
E) O fato de o pagamento do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor) ocorrer 
de forma direta e seu ônus tributário não poder ser repassado a outro contribuinte o 
caracteriza como um tributo direto.
Na prática
A complexidade da legislação tributária como desenvolvido nesta unidade de aprendizagem , sob a 
ótica da classificação dos tributos e a diferenciação de tributos diretos e indiretos, nos leva a 
ponderar sobre como deve ser a administração tributária de uma organização.
Veja na prática como ocorre o gerenciamento das fontes de divisas do governo federal, por meio 
dos tributos que são da responsabilidade da União.
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Classificação dos tributos em espécie
No artigo de hoje, vamos relembrar a classificação dos tributos em espécie, quais sejam: impostos, 
taxas, contribuição de melhoria, empréstimos compulsórios e as contribuições especiais.
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BRASIL. Código Tributário Nacional: Lei n.o 5.172/1966.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://turivius.com/portal/classificacao-dos-tributos-em-especie/
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5172.htm

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