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Sistema Neuroendócrino

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05/06/2023, 20:46 Sistema Neuroendócrino
https://ceadgraduacao.uvv.br/conteudo.php?aula=sistema-neuroendocrino&dcp=anatomia-humana&topico=4 1/20
Sistema Neuroendócrino
Anatomia Humana
1. Introdução ao sistema nervoso
Antes de iniciarmos o estudo do sistema nervoso, veremos um pouco sobre o tecido nervoso, para
depois estudarmos o sistema nervoso e suas estruturas.
O tecido nervoso é formado por dois tipos de células: os neurônios e a neuróglia. Estas células
formam um conjunto de redes e conexões, que serão responsáveis pela transmissão e
processamento central de todas as informações. São células muito especializadas, com capacidade
para realizar conexões intrincadas com outras células, além de funções exclusivas do sistema
nervoso, como percepção, pensamento, memória, controle da atividade muscular e regulação
endócrina. Devido à toda esta especialização, os neurônios perderam sua capacidade de realizar
divisões mitóticas (TORTORA, NIELSEN, 2017).
Os neurônios variam em tamanho e forma, mas todos possuem três estruturas principais: corpo
celular, dendritos e um axônio. No corpo celular, são encontrados núcleo e citoplasma, além de
cospúsculos de Nissl (responsável pela síntese proteica) e neurofibrilas (filamentos de proteínas
que dão sustentação para a célula) (VAN DE GRAAFF, 2003). 
Os dendritos são ramificações responsáveis pela recepção dos estímulos, conduzem os impulsos em
direção ao corpo celular. O axônio é outro tipo de ramificação que se estende do corpo celular até
outro neurônio, fibra muscular, ou célula glandular, podendo variar de milímetros a mais de um
metro (TORTORA, NIELSEN, 2017).
A neuróglia, ou células gliais, constituem a maioria do volume da parte central do sistema nervoso.
Não são mais consideradas apenas como células de suporte do sistema nervoso, mas desempenham
papel importante para seu funcionamento. De acordo com Tortora, Nielsen (2017) são quatro tipos
de células encontradas na neuróglia do sistema nervoso central (SNC):
Astrócitos: são as maiores, em forma de estrela e com função de suporte para os neurônios,
auxiliam na manutenção do ambiente químico necessário para a geração de impulsos nervosos. 
Oligodendrócitos: são menores que as anteriores, mas formam e mantém o revestimento
protetor ao redor dos axônios do SNC. 
Microglia: atuam como fagócitos, removendo fragmentos celulares, fagocitam micróbios e tecido
nervoso danificado. 
Células ependimárias: revestem os ventrículos do encéfalo e o canal central da medula espinhal,ventrículos 
sendo responsáveis pela produção e circulação do líquido céfaloraquidiano ou líquor
(provavelmente). 
Já no sistema nervoso periférico (SNP), as células da neuróglia �cam ao redor dos axônios e corpos celulares. São as células de
Schwann (formam a bainha de mielina em torno dos axônios e participam da regeneração axônica); e células satélites (que
05/06/2023, 20:46 Sistema Neuroendócrino
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circundam os corpos celulares, fornecem suporte estrutural e regulam as trocas de substâncias entre as células neuronais e o
líquido intersticial (TORTORA, NIELSEN, 2017).[span class=“EOP SCXW131691570 BCX0” data-ccp-props=“{
Os neurônios podem ser classi�cados de acordo com a região de sua inervação (VAN DE GRAAFF, 2003):[span data-ccp-props=“{
Neurônios e células da glia.
2. Organização e funções do sistema nervoso
O sistema nervoso consiste em uma rede intrincada de neurônios e neuróglia, sendo um dos
menores, mas o mais complexo de todos os sistemas do corpo humano. Para um maior
entendimento e facilidade no estudo, há uma classificação anatômica e uma classificação funcional
(TORTORA, NIELSEN, 2017). 
Na divisão anatômica, temos o sistema nervoso central (SNC), que é formado por encéfalo e
medula espinhal; e o sistema nervoso periférico (SNP), que é formado pelos nervos cranianos
(emergem principalmente na região do tronco encefálico), nervos espinhais (são nervos que
emergem da medula espinhal) e gânglios nervosos, que estão localizados fora do SNC (VAN DER
GRAAFF, 2003). 
O SNP funcionalmente ainda se divide em três componentes (TORTORA, NEILSEN, 2017): 
Sistema nervoso somático: formado por neurônios aferentes (sensitivos) e eferentes (motores)
que, a partir de um estímulo sensorial, realizam a função de contração muscular; é controlado de
forma consciente pelo indivíduo, depende da vontade do indivíduo. 
Sistema nervoso autônomo: possui componentes motores e sensitivos, sendo responsável pela
condução de estímulos viscerais para o SNC; manda informações do SNC para a musculatura lisa
das vísceras e a secreção hormonal pelas glândulas. Este sistema não está sob o controle consciente,
é involuntário. 
https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/03/aula_anahum_top09_img-768x529.jpg
05/06/2023, 20:46 Sistema Neuroendócrino
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Sistema nervoso entérico: também conhecido como “cérebro do intestino”, formado por uma
rede de neurônios localizados em toda a extensão do trato gastrointestinal (GI), possui neurônios
sensitivos (detectam alterações químicas no trato GI); e neurônios motores que controlam a
musculatura lisa do trato GI. Também é uma parte de controle involuntário. 
Funcionalmente, o sistema nervoso é responsável pela coordenação de tarefas complexas e
múltiplas, que estão agrupadas em três funções básicas: sensitiva (influxo), integrativa (controle) e
motora (efluxo) (TORTORA, NIELSEN, 2017): 
Função sensitiva: receptores sensitivos recebem informações internas (aumento da pressão
arterial) e externos (ambiente externo) transmitem a informação para o SNC via nervos espinhais e
cranianos. 
Função integrativa: o sistema nervoso processa a informação sensitiva, analisa, processa,
armazena parte dela e toma as decisões apropriadas frente ao estímulo recebido; é a percepção
consciente dos estímulos, que ocorre no encéfalo. 
Função motora: ao integrar a função sensitiva, ocorre uma estimulação motora apropriada, seja
uma contração muscular ou uma secreção glandular.
3. Transmissão de impulsos nervosos
3.1. Potencial de ação 
Os neurônios possuem as propriedades de irritabilidade e condutividade. Estão envolvidas com a
transmissão do impulso nervoso de um neurônio para outro. Irritabilidade é a capacidade que os
dendritos e corpos celulares possuem de responder ao estímulo, transformando-o em um impulso
nervoso. A capacidade de condutividade está relacionada a transmissão deste impulso nervoso ao
longo do axônio ou dendrito. Para que isso ocorra, a fibra nervosa precisa estar polarizada, ou seja,
a presença abundante de íons de sódio do lado de fora externo da membrana do axônio produz uma
diferença de carga elétrica chamada de potencial de repouso. Quando um estímulo adequado chega
à parte receptora do neurônio, a fibra polarizada se despolariza, gerando um potencial de ação
(impulso nervoso, que é o movimento de íons de sódio e potássio ao longo de uma fibra nervosa),
ocorrendo sucessivas trocas iônicas ao longo do axônio e o potencial de ação é transmitido em uma
única direção. Quando a membrana alcança a despolarização máxima, as concentrações de íons de
sódio e potássio se reestabelecem (repolarização) e ocorre o potencial de repouso, onde a fibra
nervosa estará apta a enviar outro impulso nervoso (VAN DE GRAAFF, 2003). 
A velocidade do potencial de ação dependerá do diâmetro da fibra nervosa; da condição geral do
neurônio, e se a fibra tiver mielina (alta velocidade-130m/s), ou se for amielínica, sem bainha de
mielina (diâmetros menores e com velocidade de 0,5m/s) (VAN DER GRAAFF, 2003).
3.2. Sinapses 
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O local de comunicação entre um neurônio e uma célula efetuadora ou outro neurônio recebe o
nome de sinapse. O neurônio pré-sinapticoé o que leva o estímulo em direção a uma sinapse e
neurônio pós-sinaptico conduz o estímulo para longe da sinapse. Os botões sinápticos são a porção
final do neurônio pré-sináptico, na extremidade do axônio, onde existem vesículas que contém
neurotransmissores químicos, dentre eles a acetilcolina é o mais comum. Quando o potencial de
ação chega ao botão sináptico, algumas vesículas liberam os neurotransmissores na fenda sináptica
e, dependendo do potencial de ação e da quantidade de neurotransmissor liberado, o neurônio pós-
sináptico se despolarizará e o impulso nervoso seguirá adiante (VAN DER GRAAF, 2003).
Região de sinapse no neurônio
Você sabia? 
A transmissão sináptica pode ser alterada ou afetada por drogas ou doenças. Alguns exemplos: a
cafeína é considerada um estimulante, aumentando a velocidade de transmissão do potencial de
ação através da sinapse. Na doença de Parkinson, ocorre a deteriorização dos neurônios do
encéfalo, que sintetizam o neurotransmissor dopamina; sua redução implica no surgimento dos
tremores de repouso dos indivíduos com esta doença. 
4. Sistema nervoso central: estruturas do
encéfalo
Sistema de proteção do encéfalo: as meninges e o líquor 
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O SNC está protegido pela caixa craniana e por membranas flexíveis que envolvem todo este
sistema. As membranas são chamadas de meninges e são em número de três: a mais externa, dura-
mater; a intermediária aracnóide, e a mais interna, que reveste diretamente o encéfalo, chamada de
pia-mater. O SNC é protegido também pelo líquido cerebroespinhal (LCS), também conhecido
como líquor. Este líquido circula no espaço subaracnóideo (entre a meninge aracnóide e a pia-
máter) e nas cavidades (ventrículos) do encéfalo (VAN DER GRAAFF) 
O LCS é incolor, transporta pequenos volumes de oxigênio, glicose e outras substâncias necessárias
para os neurônios e neuróglia. Sua função é proporcionar proteção mecânica, através da absorção
de choque (batidas) para o SNC, fornece ambiente químico adequado para uma sinalização
neuronal eficaz, além de local de troca de nutrientes e resíduos entre o sangue e o tecido nervoso
(TORTORA, NIELSEN, 2017). 
O SNC macroscopicamente é formado por substância cinzenta e substância branca. A substância
cinzenta é constituída por corpos de células ervosas e dendritos ou feixes de axônios amielínicos. A
substância branca é constituída de conjuntos de axônios, denominados tratos, que conduzem os
estímulos elétricos (VAN DER GRAAFF, 2003).
4.1. Encélafo 
Você sabia?
A meningite é a inflamação que atinge as meninges, causada por bactérias ou vírus. A forma mais
grave de meningite é a bacteriana, podendo ser fatal ou deixar sequelas motoras graves,
comprometendo o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças. Seus sinais característicos são
febre, cefaleia, rigidez na nuca, vômitos em jato, confusão, letargia.
Sistema de proteção do encéfalo: as meninges
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O encéfalo é formado por cérebro, cerebelo e tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo). O
cérebro é a porção mais superior do encéfalo, o telencéfalo, onde está o córtex cerebral, a
substância cinzenta do cérebro, responsável pela capacidade de ler, escrever, pensar, raciocinar,
memória, planejamento entre outras. É formado por dois hemisférios cerebrais e pelos núcleos da
base. Os hemisférios estão separados em duas metades, direita e esquerda, pela fissura
longitudinal. O córtex cerebral é caracterizado pela presença de sulcos (que são escavações entre os
giros) e giros, que são dobras formadas durante o desenvolvimento do SNC (VAN DER GRAAFF,
2003). 
Os hemisférios cerebrais são divididos em lobos por sulcos e são denominados de acordo com os
ossos do crânio que revestem a região. São eles: frontal, parietal, temporal, occipital e lobo da
ínsula, localizado mais profundamente e que não pode ser visualizado na superfície do cérebro
(VAN DER GRAAFF, 2003). 
Os lobos cerebrais 
O lobo frontal está localizado anteriormente em cada hemisfério, sendo separado do lobo parietal
pelo sulco central. No lobo frontal, o giro imediatamente anterior ao sulco central é chamado de
giro pré-central; é uma área motora, ou seja, coordena os impulsos eferentes motores somáticos.
No lobo frontal, está localizada a região motora da fala (área de Broca). Atrás do sulco central, já no
lobo parietal, existe o giro pós-central, chamado também de área somestésica, que recebe impulsos
de receptores cutâneos e musculares do corpo. O sulco lateral do cérebro separa o lobo frontal do
lobo temporal; o sulco parietoccipital separa o lobo parietal do lobo occipital (TORTORA,
NIELSEN, 2017). 
O lobo parietal, além de receber os estímulos somestésicos, está relacionado com a compreensão da
fala, na interpretação de objetos quando estão sendo manipulados e emoções. O lobo temporal está
relacionado com a função da audição, além da compreensão da linguagem, chamada área de
Wernick. O lobo occipital está relacionado com a visão e acredita-se que o lobo da ínsula está
relacionado com a memória (VAN DER GRAAFF, 2003). 
Os núcleos da base também pertencem ao cérebro e possuem três núcleos em cada hemisfério:
globo pálido, mais interno e putamen (mais próximo do córtex cerebral). O globo pálido e putamen
são chamados de núcleo lentiforme. O terceiro núcleo é o caudado e fica localizado mais
superiormente, ao lado dos ventrículos laterais. O claustro, outra porção dos núcleos da base,ventrículos 
constitui uma lâmina fina de substância cinzenta, lateralmente ao putamen, cuja função parece
estar relacionada com a atenção visual. Os núcleos da base estão associados a outras estruturas do
encéfalo e algumas doenças ou traumas físicos nesta região causam disfunções motoras, como
rigidez, tremor, alteração da cognição; controle do balanço dos braços durante a caminhada por
exemplo, é regulado pelos núcleos da base (VAN DER GRAAFF, 2003).
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4.2. Diencéfalo 
É a região logo abaixo do telencéfalo, envolvido pelo telencéfalo e logo acima do mesencéfalo. O
terceiro ventrículo está localizado no diencéfalo, medianamente. Possui várias estruturas, que
veremos a seguir. 
4.2.1 Tálamo 
O tálamo é um órgão par. Ocupa cerca de 80% do diencéfalo, sendo uma metade no hemisfério
direito e outra metade no esquerdo. É formado por substância cinzenta, organizada em núcleos, e
suas metades estão conectadas pela aderência intertalâmica. A função principal do tálamo é ser
uma “estação de retransmissão” dos impulsos sensitivos (exceção feita ao olfato) que se dirigem
para a região sensitiva do córtex cerebral. Contribui também para a regulação das atividades
autônomas e para a manutenção da consciência. As vias que levam os impulsos sensoriais ao córtex
cerebral passam pela cápsula interna, que é uma faixa de substância branca situada lateralmente ao
tálamo (TORTORA, NIELSEN, 2017). 
Divisões do cérebro humano
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4.2.2 Hipotálamo 
O hipotálamo é uma pequena região localizada logo abaixo do tálamo, composta por vários núcleos,
divididos em região mamilar (área hipotalâmica posterior), relacionada com a sensação do olfato;
região tuberal (área hipotalâmica intermédia), que conecta a hipófise ao hipotálamo; região
supraóptica (área hipotalâmicarostral) e a região pré-óptica (área hipotalâmica) participa de
atividades autônomas (TORTORA, NIELSEN 2017). 
Está relacionado com o controle de atividades corporais, sendo um importante regulador da
homeostasia e também chegam até ele impulsos de receptores visuais, gustatórios e olfatórios. São
funções importantes do hipotálamo (VAN DE GRAAFF, 2003): 
regulação cardiovascular: pela ação do hipotálamo pode ocorrer aceleração ou desaceleração
autônoma dos batimentos cardíacos; aumento da pressão arterial; 
regulação da temperatura corpórea; 
regulação da água e do equilíbrio eletrolítico: centro da sede; 
regulação da fome e controle da atividade gastrointestinal: monitoramento dos níveis de
glicose, ácidos gordurosos e aminoácidos no sangue, centro da fome; 
regulação do sono e vigília; 
resposta sexual: responsável pela percepção de estímulos na região das genitais; 
emoções: raiva, medo, dor e prazer. 
Diencéfalo-  as estruturas em vermelho representam o diencéfalo.
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controle de funções endócrinas: produz neurossecretores químicos que estimulam a hipófise a
liberar vários hormônios. 
 
4.2.3 Epitálamo 
É a porção posterior do diencéfalo, formando o teto do terceiro ventrículo. Sua estrutura mais
importante é a glândula pineal, parte do sistema endócrino, responsável pela secreção da
melatonina, considerada um estimulante do sono (VAN DER GRAAFF, 2003). 
 
4.2.4 Hipófise 
Está localizada à frente do diencéfalo, fixada ao hipotálamo pelo infundíbulo, apoiada sobre a sela
turca ou sela túrcica do osso esfenóide. Possui função endócrina e veremos junto com o sistema
endócrino.
4.2.5 Sistema límbico 
Próximo ao tronco encefálico superiormente, e contornando o corpo caloso, encontra-se o sistema
límbico, também denominado de encéfalo emocional. É formado pelas seguintes estruturas: lobo
límbico, que inclui o giro do cíngulo, giro parahipocampal e hipocampo; giro denteado; tonsila;
núcleos septais, corpos mamilares, núcleo anterior e núcleo lateral do tálamo, bulbos olfatórios e
fórnix (TORTORA, NEILSEN, 2017). 
Em associação com outras partes do cérebro, atua como importante região relacionada com a
memória. Uma lesão nesta região implica em comprometimento da memória. A região do
hipocampo parece ser a única, entre as estruturas do SNC, capaz de apresentar mitose celular,
portanto, alguns aspectos da memória podem desenvolver novos neurônios, mesmo em idosos
(TORTORA, NIELSEN, 2017).
Corte sagital mediano do cérebro.
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5. Tronco encefálico
O tronco encefálico é formado por três estruturas: mesencéfalo, ponte e bulbo. Conecta a ponte ao
diencéfalo e, nesta região, existe o aqueduto cerebral, que faz a conexão do terceiro ventrículo com
o quarto ventrículo. No mesencéfalo, estão várias estruturas: pedúnculos cerebrais (conexão da
medula com o córtex cerebral); colículos superiores (visão); colículos inferiores (audição);
substância negra (neurônios dopaminérgicos) (TORTORA, NIELSEN, 2017).
A ponte, localizada logo abaixo do mesencéfalo, é constituída por fibras brancas que estão dispostas
de forma transversal e longitudinal. Ao longo da ponte, estão diversos núcleos de nervos cranianos,
que serão estudados mais profundamente no último tópico da matéria.
O bulbo, última estrutura do tronco encefálico, possui núcleos importantes que controlam as
funções viscerais: centro cardíaco (impulsos aceleradores e inibidores dos batimentos cardíacos
passam por esta região); centro vasomotor (provoca a constrição da parede das arteríolas, elevando
a pressão arterial) e, por último, o centro respiratório, que controla a frequência e profundidade da
respiração; junto com a ponte, produz a respiração rítmica (VAN DER GRAAFF, 2003).
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Tronco encefálico.
6. Medula espinhal
A medula espinhal tem o formato oval, achatada na porção ântero-superior, estendendo-se no
adulto do bulbo ou medula oblonga até aproximadamente a segunda vértebra lombar (L2). No seu
trajeto, na região entre a quarta vértebra cervical e a 1ª vértebra torácica, a intumescência
cervical, uma região mais alargada, de onde saem e entram os nervos que irão para os membros
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superiores. Na região compreendida entre a nona vértebra torácica (T9) e a décima segunda
vértebra torácica (T12), está localizada a intumescência lombar, por onde saem e entram os
nervos que seguem para os membros inferiores (TORTORA, NIELSEN, 2017).
Logo após à intumescência lombar, a medula afunila e forma uma estrutura de forma cônica,
chamada de cone medular, terminando na região do disco intervertebral entre a primeira e segunda
vértebra lombar (L1 - L2). A partir do cone, inicia o filamento terminal, que é uma extensão da
meninge pia-mater, ancorando a medula espinhal ao cóccix (VAN DER GRAAFF, 2003).
Vendo a medula espinhal em um corte transversal, vocês podem verificar que, ao contrário do
encéfalo, na medula, a substância branca está na periferia e a substância cinzenta, na parte interna,
com a forma de “H” ou de borboleta, onde estão localizados os corpos celulares neuronais,
formando grupos funcionais denominados de núcleos (TORTORA, NIELSEN, 2017).
A substância cinzenta, em cada lado da medula, é dividida em regiões denominadas cornos, sendo
os núcleos motores somáticos localizados na parte dos cornos anteriores; os cornos laterais da
substância cinzenta, presente apenas nas regiões torácicas, lombar e sacral, são responsáveis pelos
núcleos autônomos. Na porção posterior da substância cinzenta, estão os axônios, corpos celulares
de interneurônios e de neurônios sensitivos aferentes (VAN DER GRAAFF, 2003).
A substância branca também apresenta divisões, sendo cada região chamada de funículos; assim,
temos os funículos anteriores, laterais e posteriores, formados por feixes de neurônios que podem
se estender por longos trajetos e são denominados de tratos. Os tratos que conduzem os impulsos
nervosos para o encéfalo são denominados de tratos ascendentes (ou sensitivos). Os tratos que
conduzem os estímulos do encéfalo para longe do encéfalo são denominados de tratos descendentes
(ou motores) (VAN DER GRAAFF, 2003).
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Medula espinhal
Você sabia?
Na medula espinhal, os neurônios são separados em feixes que formam os tratos. Os tratos
conhecidos como tratos córtico espinhais são particularmente importantes para a realização dos
movimentos voluntários e fazem interações complexas entre o córtex motor e as aferências
sensitivas.
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7. Sistema nervoso periférico
O sistema nervoso periférico é formado por todo tecido nervoso que está situado fora do SNC.
Forma uma via de condução dos impulsos entre as diferentes regiões do corpo e o SNC. Os nervos
periféricos são divididos em nervos cranianos e nervos espinhais. Os nervos cranianos localizam-se
no crânio e são responsáveis porsensações especializadas, como veremos no último tópico da
matéria.
Os nervos espinhais emergem da medula espinhal e apresentam, em sua formação, uma raiz
espinhal posterior e uma raiz espinhal anterior, sendo, portanto, considerados nervos mistos. Na
raiz posterior, está presente um gânglio espinhal (sensitivo), que possui corpos celulares de
neurônios sensitivos. A raiz anterior é composta por neurônios motores e a raiz posterior por
neurônios sensitivos (VAN DER GRAAFF, 2003).
São 31 pares de nervos espinhais, agrupados de acordo com a região vertebral a qual emergem: são
8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. A principal função da medula espinhal é
a propagação dos impulsos nervosos e integração de informação, auxiliando na manutenção da
homeostasia (TORTORA, NIELSEN, 2017).
Arco reflexo
8. Sistema endócrino
Agora, vamos entender um pouco sobre o sistema endócrino, que está intimamente relacionado
com o sistema nervoso.
O sistema endócrino associado ao sistema nervoso é responsável pela coordenação das funções de
todos os sistemas do corpo humano. A ação do sistema endócrino é realizada mediante a liberação
de substâncias produzidas pelas glândulas, chamadas de hormônios. Estes hormônios são liberados
inicialmente no líquido intersticial e, depois, entram na corrente sanguínea via capilares; a partir
daí, é distribuído para todas as células-alvo do corpo (TORTORA, NIELSEN, 2017).
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Os hormônios são substâncias químicas com função reguladora, secretada pelas glândulas, com
efeitos muito intensos, mesmo que em pequenas quantidades. Existem cerca de 50 hormônios
circulantes pelo corpo; as células possuem receptores que respondem a um hormônio específico,
através de receptores hormonais na membrana celular. Desta forma, apesar do hormônio circular
em todo o corpo, ele somente afetará as células-alvo (VAN DE GRAAFF, 2003).
A ação dos hormônios é regular ou diminuir o metabolismo das células-alvo e esse mecanismo é
intimamente equilibrado. O controle sobre a quantidade de hormônio a ser liberado se dá por um
sistema de retroalimentação negativa, ou feedback negativo, e por impulsos neurais autônomos
(VAN DE GRAAFF, 2003).
A retroalimentação negativa é um mecanismo que mantém o estado de liberação de hormônios pela
glândula, até que chegue mensagem para ela de que os níveis de hormônios já estão presentes,
gerando estímulos para que a glândula, então, iniba a liberação de hormônios, até que os níveis
sanguíneos estejam baixos novamente, gerando o estímulo para sua liberação novamente. Os
impulsos neurais são liberados através do sistema nervoso autônomo, que faz com que as glândulas
endócrinas liberem seus hormônios (VAN DE GRAAFF, 2003).
Nosso corpo apresenta glândulas endócrinas e glândulas exócrinas. As glândulas exócrinas
secretam seus produtos (suor, óleo, muco, sucos digestivos) e necessitam de um ducto para
conduzir estas secreções para a região alvo. As glândulas endócrinas secretam seus produtos no
líquido intersticial e se difundem através dos capilares sanguíneos; assim, são distribuídos para
todo o corpo (TORTORA, NIELSEN, 2017).
As glândulas endócrinas estão distribuídas pelo corpo, sendo que hipófise, hipotálamo e glândula
pineal estão localizadas na região craniana. As glândulas tireóide e paratireóides estão localizadas
no pescoço. As glândulas suprarrenais e o pâncreas estão no interior da cavidade abdominal, as
gônodas (ovários) femininas na região pélvica e as gônodas masculinas (testículos) estão
localizadas fora do corpo, no escroto (VAN DER GRAAFF, 2003).
Sistema endócrino e suas relações com glândulas e órgãos.
8.1. Hipotálamo e hipófise
O hipotálamo é uma pequena região localizada inferiormente ao tálamo, no encéfalo, e que realiza a
conexão entre o sistema nervoso e o endócrino. Esta região recebe influxos de várias regiões do
encéfalo, dos órgãos internos e retina, sistema límbico entre outros. Ela coordena a ação da
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hipófise, que por muito tempo foi considerada a glândula mais importante e que controlaria todas
as outras glândulas (TORTORA, NIELSEN, 2017).
No hipotálamo e hipófise, são produzidos hormônios responsáveis pela regulação do crescimento,
desenvolvimento, metabolismo e homeostasia. A hipófise está localizada abaixo do hipotálamo,
fixado através do infundíbulo, apoiada sobre a cela turca do osso esfenóide (VAN DER GRAAFF,
2003). Funcionalmente, a hipófise é dividida em adeno-hipófise (localizada na região anterior) e
neuro-hipófise (na região posterior). A neuro-hipófise não secreta hormônios, ela armazena e
libera apenas dois hormônios: a ocitocina (OT- que auxilia no trabalho de parto, provoca as
contrações uterinas e o reflexo da eliminação do leite) e o hormônio antidiurético (ADH) ou
vasopressina, que reduz a quantidade de água excretada pelos rins; em altas concentrações,
provoca a vasoconstrição). Eles serão armazenados em vesículas e liberados pela ação do sistema
nervoso via neuro-hipófise (VAN DER GRAAFF, 2003).
A adeno-hipófise produz vários hormônios e são regulados por hormônios liberadores e inibidores
vindos do hipotálamo. Na tabela abaixo, encontramos os hormônios produzidos pela adeno-
hipófise (VAN DER GRAAFF, 2003):
Hormônios Ação principal
Hormônio do crescimento
(HGH)
Regula a taxa de crescimento das células do corpo, promove a atividade
mitótica.
Hormônio tireotró�co (TSH) Regula a atividade hormonal da tireóide.
Hormônio
adrrenocorticotró�co (ACTH)
Promove o funcionamento normal do córtex da glândula suprarrenal.
Hormônio folículo
estimulante (FSH)
Nos homens: estimula os testículos a produzirem o esperma. Nas mulheres,
regula mensalmente o desenvolvimento do folículo e o óvulo, além do estímulo
da secreção do hormônio estrógeno.
Hormônio luteinizante (LH) Nas mulheres, atua junto com FSH na ovulação e na formação do corpo
amarelo e produção do hormônio progesterona. Nos homens, estimula a
produção e liberação nos testículos do hormônio testosterona.
Prolactina Auxilia outros hormônios a iniciar e manter a produção de leite pelas glândulas
mamárias após o parto.
Hormônio estimulante do
melanócito (MSH)
Sua ação ainda é desconhecida, mas sua secreção é estimulada e inibida por
ação do hipotálamo.
8.2. Glândula pineal e timo
Esta glândula encontra-se fixada na região do teto do terceiro ventrículo no encéfalo, na linha
mediana. É uma parte do epitálamo, região do diencéfalo. Sua função ainda é desconhecida, mas
sabe-se que é responsável pela produção do hormônio melatonina. Este hormônio atua como
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regulador do relógio biológico do corpo, controlado pelo núcleo supraquiasmático do hipotálamo.
Regula o estado de sono/vigília, dependente da luz. Durante o sono, é quando ocorre a maior taxa
de liberação deste hormônio, diminuindo antes do despertar. Atualmente, é reconhecida sua ação
antioxidante, como protetor relativo contra os radicais livres do oxigênio (TORTORA, NIELSEN,
2017).
O timo é um órgão bilobado posicionada na região do mediastino, atrás do manúbrio do osso
esterno. A principal função do timo está associada com o sistema linfático, na manutenção
imunológica e produção de linfócitos T.
8.3. Glândulas tireóide e paratireóides
A glândula tireóide está localizada na região inferior à laringe e tem o formato de uma borboleta.
Apresenta uma divisão em dois lobos, à direita e à esquerda, unidos por uma massa de tecido
denominada istmo (TORTORA, NIELSEN, 2017).
A funçãoda tireóide é a secreção de dois hormônios principais: tiroxina (T4) e a triiodotironina
(T3). Eles atuam aumentando a taxa de metabolismo da síntese de proteínas. Também regulam o
crescimento e a maturação sexual, além de agirem no sistema nervoso. A calcitonina regula a
homeostasia do cálcio (TORTORA, NIELSEN, 2017).
Na face posterior da tireóide, encontramos as glândulas paratireóides, em número de quatro, sendo
duas em cada lobo da tireóide, com função de secreção do hormônio paratireóideo (paratormônio –
PTH); tem ação de regulador da calcitonina e aumento da concentração de cálcio no sangue (VAN
DER GRAAFF, 2003).
Relação hipotálamo- hipófise.
8.4. Pâncreas
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O pâncreas exerce a função de glândula endócrina e exócrina, como vimos anteriormente no tópico
do sistema digestório. A função endócrina do pâncreas é produzir e secretar os hormônios glucagon
e insulina, realizada pelas células alfa das ilhotas pancreáticas. O glucagon tem a função de
estimular o fígado a realizar a conversão do glicogênio em glicose, elevando, assim, o nível de
glicose no sangue. Caso haja uma produção contínua de glucagon, ocorrerá a hiperglicemia, o
aumento de glicose no sangue (VANDER GRAAFF, 2003).
A insulina faz fisiologicamente a oposição ao glucagon, ou seja, provoca a diminuição de glicose no
sangue causada pela movimentação da glicose através das membranas celulares. Além desta função,
a insulina estimula as células musculares e do fígado na conversão da glicose em glicogênio, auxilia
na síntese de proteínas e gorduras (VAN DER GRAAFF, 2003).
Leia um pouco mais sobre a diabetes melittus.
Você sabia?
A diabetes melittus é provocada pela incapacidade do pâncreas em produzir ou utilizar a insulina,
sendo a quarta causa de morte por doença nos Estados Unidos. Seus sinais principais são: poliúria,
que é a produção excessiva de urina pela incapacidade do rim de reabsorver a água; polidpsia,
presença de sede excessiva e polifagia, ingestão excessiva de alimentos.
8.5. Glândulas suprarrenais
As glândulas suprarrenais estão localizadas nos polos superiores de cada rim, de forma piramidal
achatada, e funcionam separadamente. O córtex suprarrenal é a maior porção da glândula, mais
externa e a medula da suprarrenal é a porção mais interna (VAN DER GRAAFF, 2003).
Na região do córtex da suprarrenal, são produzidos os hormônios mineralocorticóides
(responsáveis pela regulação de eletrólitos no organismo; exemplo: aldosterona); os
glicocorticóides (responsáveis pela produção de hormônios que influenciam o metabolismo de
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minerais sódio e potássio; exemplo: cortisol) e os gonadocorticóides (responsáveis pela
produção de hormônios andrógenos em pouca quantidade, apresentam efeitos masculinizantes)
(TORTORA, NIELSEN, 2017).
A região da medula da suprarrenal é considerada um gânglio simpático modificado, da divisão
autônoma do sistema nervoso. Esta região possui células denominadas cromafins, que produzem os
hormônios epinefrina e noraepinefrina, com efeitos simpatomiméticos, ou seja, seus efeitos
reproduzem a mesma resposta que a parte simpática do sistema nervoso autônomo e, portanto,
produzem resposta de luta-fuga, ajudam a suportar o estresse (TORTORA, NIELSEN, 2017).
8.6. Ovários e testículos
As gônadas femininas, os ovários, estão localizadas na cavidade pélvica e produzem os hormônios
sexuais femininos: estrogênio e progesterona. Estes hormônios regulam o ciclo reprodutivo
feminino, mantêm a gravidez e preparam as mamas para a lactação. Outro hormônio produzido
pelos ovários é a inibina, cuja ação inibe a secreção do FSH produzido pela adeno-hipófise. Na
gravidez, produzem também a relaxina, hormônio responsável pela flexibilidade da sínfise púbica
na gravidez e que ajuda a dilatar o colo do útero no momento do parto (TORTORA, NIELSEN,
2017).
As gônadas masculinas, os testículos, estão localizados no escroto e são responsáveis pela produção
do hormônio masculino testosterona. A função da testosterona é estimular a migração dos
testículos antes do nascimento, regular a produção de espermatozóides e estimular o
desenvolvimento das características secundárias masculinas, como o crescimento de barba.
Também produz a inibina, que inibe a secreção de FSH pela adeno-hipófise (VAN DER GRAAFF,
2003).
Você sabia?
A forma infantil do hipotireoidismo é conhecida como cretinismo. Seus sintomas clínicos são
crescimento raquítico, características faciais espessadas, desenvolvimento anormal dos ossos,
retardo mental, baixa temperatura corporal e letargia geral. Se diagnosticado precocemente pode
ser tratado de forma eficaz com administração de tiroxina.
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9. Conclusão
Chegamos ao final do Tópico. Nele, entendemos um pouco mais sobre o sistema nervoso, a forma
como ele comanda o sistema endócrino e os efeitos dos hormônios sobre o desenvolvimento
humano. Leiam as sugestões apresentadas assim como os vídeos: eles auxiliarão no melhor
aproveitamento da disciplina.
10. Referência
MOORE, Keith L; DALLEY, Arthur F; AGUR, A.M.R. Anatomia orientada para a clínica. 7ed. 
Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2017.1104p.
VAN DE GRAAFF, Kent M. Anatomia humana. 6. ed. Barueri, SP: Manole, 2003. xx, 840 p.
You Tube. (2018, Out, 13). NutriDiversidade. Sistema nervoso: Potencial de ação, Impulso Nervoso,
Despolarização, Repolarização, Refratário. 2min16. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=s8_nSoO4CJA > Acesso em 24/07/2020.
You Tube. (2016, Abr, 20).Diário de um estudante. Anatomia e fisiologia- impulso nervoso.
2min16. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=z3L7WG8xWjc> Acesso em
10/12/2018.
You Tube. (2017, Mai, 09). Neurofuncional. Arco reflexo fásico e tônico. 5min03. Disponível
em: < https://www.youtube.com/watch?v=XrFHTFfI5DE> Acesso em 10/12/2018.
You Tube. (2017, Mar, 10). Minutos Psíquicos. Hormônios. 4min58. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=OAtZQll0gM4>. Acesso em 10/12/2018.

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