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CONTABILIDADE DE RECEITAS, CONTINGENCIAS E GRUPOS EMPRESARIAS Prof: Everaldo Tadeu Villa de Camargo Praticar o conhecimento METODOLOGIA Apresentação dos conceitos Discussão em grupo para compreensão dos conceitos Apresentação de exemplos 15 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais COMPROMISSOS Participação proativa e não reativa Duvidas? Trazer para a discussão! Não existe pergunta desnecessária! Estamos juntos para compartilhar conhecimento! COMPROMISSOS Acionar modulo silencioso do celular Precisa atender? Pode fazer fora da sala de aula. Não há problemas! 16 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais DO QUE VAMOS TRATAR: • As receitas para as empresas O QUE VAMOS TRATAR • Ativos e passivos contingentes • Grupos empresariais • Investimentos em coligada e controlada • Demonstrações consolidadas NA CONTROLADORIA ONDE OCORRE O CONTROLE E REGISTRO DAS RECEITAS? 17 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais É uma atividade (departamento, área, etc) dotada de missão, objetivos e metas para sua própria atuação. MAMBRINI, BEUREN e COLAUTO (2002: pág. 6), E qual é sua missão? “otimizar os resultados econômicos da empresa, para garantir sua continuidade, por meio da integração dos esforços das diversas áreas”. MOSIMANN e FISH (1999: pág. 90 E porque? MISSÃO Zelar pela sobrevivência e continuidade da organização Promover, coordenar e integrar os esforços das partes que formam o todo organizacional Assegurar a eficácia e otimização do resultado econômico da organização Subsidiar processo de gestão Garantir informações adequadas ao processo decisório Monitorar os efeitos das decisões Colaborar para obtenção da eficácia das áreas Administrar as sinergias existentes entre as áreas Zelar pelo bom desempenho da organização Viabilizar a gestão econômica Criar condições para se exercer o controle Contribuir para o continuo aperfeiçoamento de processos internos Desenvolve relações com agentes de mercado O B J E T I V O S 18 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais OBJETO DE ESTUDO DA CONTROLADORIA ORGANIZAÇÕES MODELO ORGANIZACIONAL MODELO DE GESTÃO MODELO DE DECISÃO MODELO DE INFORMAÇÃO MODELO DE MENSURAÇÃO (IDENTIFICAÇÃO E ACUMULAÇÃO) ADAPTADO DE MARCIO BORINELLI RECEITAS 19 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais PARA O PATRIMONIO DAS ENTIDADES Normalmente, as receitas representam aumento no patrimônio Everaldo Camargo – Agosto/2015 DEFINIÇÕES CONCEITUAIS 20 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais DEFINIÇAO ACADÊMICA: (Iudícibus, 2004, p.168) “Receita é a expressão monetária, validada pelo mercado, do agregado de bens e serviços da entidade, em sentido amplo (em determinado período de tempo), e que provoca um acréscimo concomitante no ativo e no patrimônio líquido, considerado separadamente da diminuição do ativo (ou acréscimo do passivo) e do patrimônio líquido provocados pelo esforço de produzir receita”. DEFINIÇAO “TÉCNICA”: (CPC 30) “Receita é o ingresso bruto de benefícios econômicos durante o período observado no curso das atividades ordinárias da entidade que resultam no aumento do seu patrimônio líquido, exceto os aumentos de patrimônio líquido relacionados às contribuições dos proprietários. ”. 21 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 15 A questão primordial na contabilização da receita é determinar quando reconhecê-la. A receita deve ser reconhecida quando for provável que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade e esses benefícios possam ser confiavelmente mensurados. IMPORTANTE: 16 TIPOS DE RECEITAS PAGINA 41 PAGINA 50 PAGINA 15 E 104 PAGINA 9, 18, 37 E 42 Anexo PAGINA 17, 42 22 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais RECEITAS PRODUTOS E SERVIÇOS CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO CONTRATOS DE CONCESSÃO OUTRAS RECEITAS E GANHOS CPC APLICÁVEL CPC 30 CPC 17 ICPC 01 CPC 06,11,14,18,27,28,29,38, 39,40, CONTRATOS COM CLIENTES CPC 47 REVOGADOS 18 MÉTODO PARA IDENTIFICAÇÃO DA RECEITA 23 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais Determinar a substância do contrato Identificar os componente s do contrato Aplicar o critério mais adequado ao reconheciment o da receita Mensurar o valor da receita e registrar Divulgar 1º passo 2º passo 3º passo 4º passo 5º passo Analisar o contrato, ou seja, identificar os interesses, escopo, e clausulas contratuais e sua característica. Identificar os direitos e obrigações assumidas pela companhia. Aplicar o CPC mais adequado às condições contratuais frente às obrigações e direitos identificados no 2º passo. Utilizar a metodologia de mensuração adequada ao CPC e em de acordo com as condições contratuais para registro no patrimônio da empresa. Divulgar, adequadamente em nota explicativa especifica os critérios de reconhecimento e mensuração das receitas no patrimônio da companhia. 20 QUANDO SE OBSERVAR TRANSAÇÕES SEPARADAS 24 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 21 CONTRATO COM MULTIPLOS COMPONENTES Gera valor individual para o cliente? NÃO SIM Há Valor justo para itens não entregues? NÃO SIM A entrega do item ainda não efetivada é provável e sob responsabilidade do vendedor? Reconhecimento de receita separado por componente SIM NÃO UMA ÚNICA TRANSAÇÃO 22 MENSURAÇÃO E RECONHECIMENTO 25 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 23 MENSURAÇÃO – REGRA GERAL • A receita é calculada pelo valor justo para os itens recebidos ou a receber, ou seja: • Valor liquido dos impostos incidentes sobre as vendas, das devoluções e dos descontos incondicionais • No caso de venda a prazo e/ou parcelada deve ser o valor presente da receita CUIDADOS QUANDO • houver venda de produtos e serviços 24 QUANDO OCORRE O RECONHECIMENTO • Pela venda de produtos • Pela prestação de serviços • Pela utilização de ativos de terceiros (contratos de concessão) • Utilização de ativos que geram juros, royalties e dividendos IMPORTANTE PARA O RECONHECIMENTO • Deve existir a probabilidade de entrada de recursos • A receita reconhecida pode e deve ser medida de forma adequada • Os custos incorridos ou mesmo a incorrer são e podem ser medidos de forma adequada 26 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 25 CRITERIO PARA O RECONHECIMETO DE RECEITAS CONDIÇÃO GERAL Receita pode ser mensurada com segurança Benefícios econômicos futuros prováveis Custo pode ser mensurado com segurança CONDIÇÃO ESPECÍFICA Riscos e benefícios significativos relativos à propriedade do bem foram devidamente transferidos O vendedor não mantém envolvimento gerencial nem controle efetivo 26 PRODUTOS 27 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 27 TRANSFERENCIA DO RISCO E PROPRIEDADE • Transferência do título de propriedade ou entrega de produtos – Venda de produtos industrializados; • Termos de embarque; • Obrigações de performance (instalação e inspeção); • Obrigações anormais de garantia; • Recebimento da receita fica vinculado (pendente) ao cliente vender o produto: • Direito de retorno; • Venda com compromisso de recompra (opções de recompra e garantia do valor residual; 28 Reconhecer quando da realização da entrega, porém observar se: � a instalação for simples; � inspeção por preço determinado; Aguardar para reconhecer a receita caso exista incerteza quanto: � Embarque foi formalmente aceito; � Produtos foram entregues; � Terminou o prazo de devolução; INSTALAÇÃO E/OU INSPEÇÃO DIREITO DE DEVOLUÇÃO VENDAS COM CONDIÇÕES QUANDO ESTÃO SUJEITAS A: 28 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 29 FATURADO E NÃO EMBARCADO (bill and hold sales) • Receita deve ser reconhecida quando a propriedadeé transferida para o comprador: • A entrega é provável • Produto em mãos, identificado e pronto para entrega; • Comprador confirma o acordo e as condições de entrega; • Condições de pagamento são usuais; CPC 30 – Apêndice 1 30 Se a experiência indicar que a maioria das vendas é consumada quando: • valor significativo foi recebido • produto em mãos, identificado e pronto para entrega RECONHECER QUANDO O PRODUTO FOR ENTREGUE VENDAS PARA ENTREGA COM PAGAMENTO FUTURO (Layaway Sales) POREM OBSERVAR: 29 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 31 SERVIÇOS 32 CRITÉRIO ESPECIFICO Receita é reconhecida somente quando as despesas forem reconhecidas Resultado pode ser estimado com segurança Resultado não pode ser estimado com segurança Receita reconhecida de acordo com a fase (método completo) RECONHECIMENTO DE RECEITA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 30 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 33 Fase de finalização medido com segurança � Aprovação dos serviços � Serviços executados para o total de serviços � Custos incorridos para o total de custos RECONHECIMENTO DE RECEITA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Usualmente nos casos em que as partes concordam: � Direitos obrigatórios de cada parte � Itens a serem trocados � Termos do acordo Processo interno de budget e relatório efetivo são necessários. 34 JUROS, ROYALTIES, DIVIDENDOS 31 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 35 REALIZAÇÃO PROVAVEL CONDIÇÕES MENSURAÇÃO COM SEGURANÇA JUROS Registra no período de competência utilizando a taxa efetiva de juros ROYALTIES Registra no período de competência considerando a essência do contrato assinado DIVIDENDOS Registra quando o direito de recebimento for estabelecido 36 OUTRAS RECEITAS 32 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 37 PRINCIPAL x AGENTE 38 AGENTEPRINCIPAL X Presta serviços em troca de recebimento de comissão ou honorário; As receitas serão os valores das comissões OBS: Não deve adicionar outros valores Presta serviços em troca de recebimento do valor total dos serviços e/ou produtos; As receitas serão os valores brutos cobrados do cliente final; 33 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais CPC – 47 / IFRS 15 CONTRATOS COM CLIENTES • Apresenta modelo único para obrigações de desempenho que devem ser atendidas ou alcançadas: - ao longo do tempo - em um momento especifico - com foco no controle, isto é, quando ocorre a transferência de um produto • Deve ser aplicado a partir de 01/01/2017. Mais provável 2018 • É a primeira norma que será aplicada, simultaneamente, pelos países que já adotam as IFRS e também pelos EUA. 34 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais Falta de orientação em muitas áreas e diversidade na prática (incluindo divulgações). ATÉ 31/12/17 Aplicável a todos os contratos com clientes. Fornece um modelo único para todos os contratos dentro do escopo. Preenche muitos “gaps” existentes anteriores (por exemplo, contratos de elementos múltiplos, divulgações aprimoradas). A PARTIR DE 01/01/2018 Orientação espalhada em muitas normas como: CPC 17 (R1) – Contratos de construção CPC 30 (R1) - Receitas CPC 46 – Mensuração do valor justo IFRIC 13 – Programas de fidelidade de clientes IFRIC 15 – Contratos de construção do setor imobiliário Diversos critérios de reconhecimento de receita dependendo do tipo de transação. IASB e US FASB TRABALHARAM JUNTOS DESDE 2008 NESTE PROJETO OBJETIVO ESCOPO PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DEFINIÇÕES - CHAVE Estabelecer os principios que permitem às entidades reportarem informações úteis aos usuarios das demonstrações financeiras sobre a natureza, montante, época e incerteza da receita e fluxos de Caixa originados de contratos com clientes. Receitas de contratos com clientes: � Vendas de produtos � Prestação de serviços (incluso contratos de construção) � Licenciamento de propriedade intelectual � Troca de ativos não monetários além daqueles fora do escopo Reconhecimento de receita de forma que retrate a transferência dos produtos e serviços aos clientes por um montante que reflita o quanto a entidade espera ter direito em troca por aqueles bens ou serviços � Contrato � Obrigação de desempenho 35 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 43 COMO APLICAR A NORMA? PROCESSO DE DECISÃO O contrato está plenamente no alcance de outras normas? Aplicar essas outras normas SIM NÃO O contrato está parcialmente no alcance de outras normas? SIM Essa norma possui uma orientação especifica aplicável? NÃO Aplicar a norma sobre o reconhecimento de receitas Primeiramento, aplicar a outra norma e em seguir para o residual…. NÃO SIM FONTE: KPMG 36 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais PRINCIPIO FUNDAMENTAL DA NORMA O princípio fundamental da norma é: “que uma entidade reconheça a receita para representar a transferência de bens ou serviços prometidos aos clientes em um montante que venha refletir a contrapartida de que a entidade espera ter o direito em troca desses bens ou serviços.” Uma entidade reconhece a receita de acordo com esse princípio fundamental aplicando as etapas a saber: 37 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais Identificar o contrato Identificar as obrigações de desempenho Determinar o preço da transação Alocar o preço da transação Reconhecer a receita FLUXOGRAMA APLICAÇÃO MODELO DE 5 ETAPAS 38 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais ETAPA 1 Identificar o contrato com o cliente ETAPA 2 Identificar as obrigações de desempenho estabelecidas no contrato ETAPA 4 Alocar o preço da transação às obrigações de desempenho no contrato ETAPA 3 Determinar o preço da transação ETAPA 5 Reconhecer a receita no momento em que for cumprida a obrigaç]ão de desempenho Contrato ou contratos combinados Preço da transção para o contrato Obrigação de desempenho 1 Obrigação de desempenho 2 Alocar o preço da transação à obrigação desempenho 1 Alocar o preço da transação à obrigação desempenho 1 Reconhecer a Receita Reconhecer a receita FONTE: KPMG ETAPA 1 IDENTIFICAR O CONTRATO COM O CLIENTE 39 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais � Contrato � acordo entre duas ou mais partes que cria direitos e obrigações aplicáveis. � Os requisitos da norma devem ser aplicados a cada contrato que foi acordado com o cliente e atende aos critérios especificados. � Em alguns casos, a norma exige que a entidade contabilize dois ou mais contratos como se fosse um único com o cliente � Também prevê requisitos para a contabilização de modificações contratuais. � Um contrato não existe se cada parte tiver o direito de unilateralmente cancelá-lo quando ainda não tiver sido executado sem compensar a outra parte. � O contrato é não executado se: (a) a entidade ainda não tenha transferido quaisquer bens ou serviços prometidos para o cliente; e (b) a entidade ainda não recebeu, e ainda não tem direito a receber, qualquer contraprestação em troca de bens ou serviços prometidos. 40 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais ETAPA 2 IDENTIFICAR AS OBRIGAÇÕES DE DESEMPENHO DO CONTRATO OBRIGAÇÃO DE DESEMPENHO Promessa no contrato com um cliente para transferir: � Um bem ou serviços que é distinto ou � Uma serie de bens ou serviços distintos SEPARADAMENTE IDENTIFICAVEL Serviços significativos de Integração não fornecidos Os bens e serviços não modificam/customizam significativamente otros bens/serviços prometidos Não é altamente dependente de, ou inter-relacionado com, outros bens e serviços prometidos do contrato DISTINTO = Cliente pode se beneficiar dos bens/serviços + Quando puder segregar de outras promesas identificaveis do contrato 41 Contabilidade deReceitas, Contingências e Grupos Empresariais � Contrato inclui promessas para transferir bens ou serviços à um cliente. � Se esses bens ou serviços são distintos, as promessas são obrigações de desempenho e são contabilizados separadamente. � Um produto ou serviço é distinto se o cliente pode se beneficiar do produto ou serviço isoladamente ou em conjunto com outros recursos que estão prontamente disponíveis para o cliente e a promessa da entidade para transferir o produto ou serviço ao cliente é identificável separadamente de outras promessas no contrato � É fundamental identificar as obrigações de desempenho contratadas. Dentro de um único contrato (ou pacote de contratos combinados) a obrigação de desempenho pode se resumir a entrega de um único produto ou serviço. � Critérios de distinção: 1. O cliente pode se beneficiar do bem o serviço por conta própria ou juntamente com outros recurso que estão prontamente disponíveis para ele. 2. A promessa da entidade de transferir o bem ou serviço para o cliente é identificável separadamente de outras promessas do contrato. 42 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais � Contratos com várias obrigações de desempenho tais como: construção; software; terceirização; combos; dentre outros � Exemplo: A Empresa “A” vende um equipamento para “B” com a instalação incluída. Neste contrato há dois itens distintos: - o equipamento e o serviço de instalação. Portanto, são duas obrigações separadas de desempenho. ETAPA 3 DETERMINAÇÃO DO PREÇO DA TRANSAÇÃO 43 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais � O preço da transação pode ser um montante fixo, mas às vezes pode incluir um montante variável ou uma contraprestação que não seja dinheiro. � O preço da transação também é ajustado pelos efeitos do valor temporal do dinheiro se o contrato inclui um significativo componente de financiamento e por qualquer montante a pagar ao cliente. � Se a contraprestação for variável, uma entidade estima que o valor da contraprestação a que terão direito em troca de produtos ou serviços prometidos. � A quantidade estimada da contraprestação variável será incluída no preço da transação apenas na medida em que é altamente provável que uma reversão significativa no valor da receita acumulada reconhecida não ocorrerá quando uma incerteza associada com a contraprestação variável é posteriormente resolvida. � O preço da transação pode incluir montantes fixos, variáveis ou ambos. � Poderá conter um componente financeiro um diferimento ou antecipação relevante da contraprestação em relação ao cumprimento da obrigação de desempenho pela entidade vendedora. � A contraprestação variável leva em conta: descontos, créditos, concessões de preço, devoluções, bônus, outros incentivos comerciais. � Considerar as incertezas durante um longo intervalo de tempo; grau de experiência com contratos semelhantes; a existência de fatores fora do controle e uma alta probabilidade de que não haverá uma reversão significativa de receita. � A norma apresenta dois métodos para determinação do preço da transação: Método do valor esperado e o método do valor mais provável. 44 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais � Método do valor esperado: somatório dos montantes possíveis de receber ponderados pelas respectivas probabilidades. Este método será bastante útil em cenários em que há um grande número de contratos com características semelhantes. � Método do valor mais provável : única quantia mais provável em uma gama de possíveis valores em consideração. O valor mais provável pode ser uma estimativa adequada do valor da contraprestação variável se o contrato tem apenas dois resultados possíveis (por exemplo, uma entidade pode ter um prêmio de desempenho ou não) ETAPA 3 DETERMINAÇÃO DO PREÇO DA TRANSAÇÃO EXEMPLOS 45 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 1 - Uma indústria de roupas vende determinada peça por R$ 200,00, porem define quantidade mínimas de 1.000 peças por lote. Com objetivo de evitar devoluções, garante aos clientes descontos em função de defeitos de confecção, devidamente comprovados. Faz controle estatístico dos defeitos bem como dos descontos concedidos e tem o histórico a seguir: - Para 65% dos pedidos o desconto é de 0%, portanto o preço é de R$ 200,00; - Para 20% dos pedidos o desconto é de 10%, portanto o preço é de R$ 180,00; - Para 10% dos pedidos o desconto é de 20%, portanto o preço é de R$ 160,00; - Para 5% dos pedidos o desconto é de 30%, portanto o preço é de R$ 140,00; � Método do valor esperado: ou seja, a estimativa de preço (contrapartida) esperada pelo direito de receber caixa ou equivalentes de caixa é: � 65% dos pedidos terá preço de R$ 200,00 = R$ 200,00 x 65% = R$ 130,00 � 20% dos pedidos terá preço de R$ 180,00 = R$ 180,00 x 20% = R$ 36,00 � 10% dos pedidos terá preço de R$ 160,00 = R$ 160,00 x 10% = R$ 16,00 � 5% dos pedidos terá preço de R$ 140,00 = R$ 140,00 x 5% = R$ 7,00 � VALOR ESPERADO........................................................................ R$ 189,00 � Valor de registro das receitas (pela emissão das NFs).............. R$ 200,00 � Obrigação de reembolso (passivo)..............................................(R$ 11,00) � Receita Reconhecida (preço da transação)..................................R$ 189,00 46 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 2 – Uma empresa de consultoria contábil fecha um contrato com um cliente tendo como objetivo recompor toda a contabilidade dos últimos 5 exercícios pelo valor de R$ 500.000,00. O cliente aceita clausula de bonificação considerando que caso não haja nenhuma ressalva dada pelo auditor que fará o processo de revisão, a empresa terá uma bonificação de 20% sobre o preço contratado. Considerando-se que em trabalhos similares realizados anteriormente pela empresa esta foi bonificada em todas as oportunidades é provável que o mesmo ocorra neste contrato. Aplicando-se o método do valor provável, a estimativa da contrapartida que se espera ter direito (preço da transação) é R$ 600.000.00. 3 – Uma empresa qualquer assina contratos de venda de mercadorias entregando (transfere) a seus clientes 1.000 unidades do produto ao preço a vista de R$ 100,00 por unidade transferida. No mesmo contrato há clausula garantindo aos clientes o direito de devolução dos produtos pelo prazo de 30 dias a contar da data da compra dos produtos bem como o valor pago será reembolsado ao cliente. Considerando os controles estatísticos da empresa vendedora, há indicação de que as devoluções não superam a 5% do total dos produtos vendidos (transferidos). Dessa maneira o valor reconhecido como receita será: � Valor de registro das receitas (pela emissão das NFs).............. R$ 100.000,00 � Obrigação de reembolso (passivo)..............................................(R$ 5.000,00 � Receita Reconhecida (preço da transação)..................................R$ 95.000,00 47 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais ETAPA 4 ALOCAR O PREÇO DA TRANSAÇÃO ÀS OBRIGAÇÕES DE DESEMPENHO DO CONTRATO � Uma entidade, tipicamente, aloca o preço da transação para cada obrigação de desempenho em função dos preços isolados/individualizados de venda de cada produto ou serviço distinto prometido no contrato. � Se um preço de venda isolado/individualizado não é observável, uma entidade o estima. � Às vezes, o preço da transação inclui um desconto ou uma contraprestação variável que diz respeito inteiramente a uma parte do contrato. � Os requisitos especificam quando uma entidade aloca o desconto ou contraprestação variável para uma ou mais, mas não todas, obrigações de desempenho (ou produtos ou serviços distintos) do contrato. 48 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais ETAPA 5 RECONHECER RECEITA QUANDO (OU COMO) A ENTIDADE SATIFAZ UMA OBRIGAÇÃO DE DESEMPENHO �Uma entidade reconhece a receita quando (ou como) satisfaz uma obrigação de desempenho através da transferência de um produto ou serviço prometido a um cliente (que é quando o cliente obtém o controle do produto ou serviço). � O montante das receitas reconhecido é o montante destinado à obrigação de desempenho satisfeita. � A obrigação de desempenho pode ser satisfeita em um ponto no tempo (tipicamente de promessas de transferir mercadorias a um cliente) ou ao longo do tempo (tipicamente de promessas para transferir serviços para um cliente). � Para obrigações de desempenho satisfeitas ao longo do tempo, uma entidade reconhece a receita ao longo do tempo, selecionando um método adequado para medir o progresso da entidade até a satisfação completa da obrigação de desempenho. 49 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais QUANDO O CONTROLE É TRANSFERIDO AO LONGO DO TEMPO Critérios: 1 - O cliente recebe e consome simultaneamente os benefícios fornecidos pelo desempenho da entidade. Exemplo: Serviços de rotina ou recorrentes: segurança, limpeza. 2 - O desempenho da entidade cria ou aprimora um ativo que o cliente controla conforme o ativo é criado ou aprimorado. Exemplo: Construir uma edificação no terreno do cliente. 3 - O desempenho da entidade não cria um ativo com uso alternativo para a entidade e a entidade tem o direito executável de exigir o pagamento pela execução concluída até o momento. Exemplo: Construir um ativo especializado que só o cliente pode usar, ou construir um ativo a pedido de um cliente. Se um ou mais destes critérios for atendido, a entidade reconhece a receita ao longo do tempo, utilizando o método que melhor reflita o seu desempenho (unidades produzidos, custos incorridos ou horas trabalhadas). 50 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais IMPACTOS ESPERADOS EM ALGUMAS ATIVIDADES VENDA DE PRODUTOS DE CONSUMO � Identificar se a transferência de controle ocorre no ponto de embarque ou ponto de entrega do produto. � A norma determina que se a transferência ocorrer no ponto de embarque parte do preço da transação deverá ser direcionado para um serviço distinto de cobertura de transporte e riscos. 51 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais MÍDIA As empresas de mídia podem oferecer pacotes de produtos e serviços aos seus clientes. Exemplo: i - Campanha publicitária multimídia pode incluir mais do que um tipo de mídia. Ii - quando um jornal tem uma assinatura que inclui acesso tanto ao conteúdo impresso quanto ao digital. Para esse tipo de cenário as entidades deverão avaliar se os bens e serviços prestados representam obrigações de desempenho separadas ou se devem ser contabilizadas como uma obrigação desempenho única. Se concluir que certos produtos ou serviços devam ser contabilizados separadamente, devem olhar para o preço de venda independente e separar a quantidade relevante do preço de transação para cada bem ou serviço distintos. IMOBILIARIO Forte discussão sobre o momento da transferência do CONTROLE: ao longo do tempo ou no momento que a obrigação de desempenho for cumprida. TECNOLOGIA Na identificação das obrigações de desempenho, por exemplo, softwares: será necessário considerar se quaisquer serviços subsequentes, tais como serviços de consultoria para personalização / instalação, suporte ao cliente ou upgrades, representam elementos distintos para os quais a receita deve ser atribuída separadamente. 52 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais TELECOMUNICAÇÕES Na identificação das obrigações de desempenho, por exemplo, combos: será necessário atribuir o preço de transação para cada produto ou serviço incluso no contrato e reconhecer a receita no momento ou ao longo do tempo. Modificação de contratos, por exemplo, aumentar ou diminuir minutos ou adicionar ou excluir serviços. A norma indica que estes ajustes sejam prospectivos. REFLEXÕES 53 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais � Norma global para um importante indicador financeiro; � Conhecer, previamente, o conteúdo da norma passa a ser importante no processo de identificação de medidas que atenuem eventuais impactos na sua aplicação; � O cumprimento das obrigações de desempenho pode alterar o planejamento tributário, metas de bonificação e comissões de remunerações variáveis, outros incentivos relacionados e até o pagamento de dividendos; � Necessidade de revisão de clausulas contratuais em contratos com clientes. Por exemplo: indicação do momento da entrega de um bem ou serviço; � Revisão de processos contábeis e adequação dos controles internos visando a documentação necessário e pertinente à aplicação da norma; � Adequação dos processos sistêmicos corporativos para acesso a informações necessárias à gestão, inclusive, para divulgação. 54 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 82 Provisões, Passivos e Ativos Contingentes 55 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais PASSIVOS � São obrigações presentes (atuais) que se originam de eventos passados, cuja liquidação se espera resultar em uma saída de recursos da entidade. CONTAS À PAGAR São passivos de prazos ou valores incertos. Se diferenciam de outros passivos pela incerteza ligada ao seu valor e/ou prazo para pagamento. São passivos por obrigações já existentes e registrados no período pelo principio da competência onde não há grau de incerteza relevante. São passivos para os quais há compromisso sobre o vencimento ou o valor que tenham sido faturados ou formalmente acordados com o fornecedor PROVISÕES POR COMPETENCIA PROVISÕES CONTINGÊNCIAS � é uma eventualidade, um acaso, um acontecimento que tem como fundamento a incerteza de que pode ou não acontecer. (duvidoso, possível). ATIVOS CONTINGENTES Uma possível obrigação que se origina de evento passado e a ser confirmado por eventos futuros, que não estão inteiramente sob o controle da empresa; ou Uma obrigação presente originada por eventos passados: • Cuja expectativa de saída dos benefícios econômicos não seja provável; ou • Que não podem ser mensurados com confiabilidade. Possíveis ativos decorrentes de evento passado e a ser confirmado por eventos futuros, que não estão inteiramente sob o controle da empresa. PASSIVOS CONTINGENTES 56 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 85 TIPOS DE PASSIVOS...... • Os “com nome e sobrenome”..... • Os bastardos............................ • Os qualificados......................... 86 OBRIGAÇOES LEGAIS E CONSTRUTIVAS 57 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 87 OBRIGAÇÕES LEGAIS São aquelas definidas: • em Lei; • em contratos formais e legais; OBRIGAÇÕES CONSTRUTIVAS São: • Práticas passadas adotadas; • Políticas publicadas; • Normas específicas atuais; • Indicação para outras partes de que certas responsabilidades são aceitas e a criação de uma expectativa válida de que eles serão dispensados do pagamento. 88 CONDIÇÕES E CRITÉRIOS PARA RECONHECIMENTO 58 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais PROVISÕES PASSIVAS O que perguntar: � É uma obrigação presente, resultante de um evento passado? � Imposta legalmente ou por hábito? � O desembolso de benefícios econômicos é provável? � Pode ser estimada com confiabilidade? 90 CRITÉRIOS PASSIVOS SAIDA DE BENEFICIOS ECONÔMICOS REMOTOPOSSIVELPROVAVEL PASSIVO Reconhece PASSIVO CONTINGENTE Divulga ESTIMATIVA É POSSIVEL A MENSURAÇÃO NÃO É POSSIVEL A MENSURAÇÃO PASSIVO CONTINGENTE Divulga PASSIVO CONTINGENTE Nada a fazer PASSIVO CONTINGENTE Divulga PASSIVO CONTINGENTE Nada a fazer EXCETO CPC 15 (R1) Reconhece 59 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 91 CRITÉRIOS ATIVOS ENTRADA DE BENEFICIOS ECONÔMICOS NÃO PROVAVEL (Possível ou Remoto PROVAVEL (maisprovável que não) VIRTUALMENTE CERTO ATIVO Reconhece ATIVO CONTINGENTE Divulga apenas ATIVO CONTINGENTE Não divulga 92 JULGAMENTO REQUERIDO PELA ADMINISTRAÇÃO DIRETRIZES POSSIVEIS (exemplo): � Virtualmente certo...........................................> ou = 90% � Provável (mais provável que improvável).......> 50% � Possível...........................................................< ou = 50% � Remota............................................................< ou = 10% 60 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 93 REVERSÃO DE PROVISÕES 94 PELA UTILIZAÇÃO PELA REVISÃO DAS ESTIMATIVAS − Somente para desembolsos para os quais uma provisão foi inicialmente reconhecida; − Como resultado, desembolsos não o afetarão; − Se a saída de benefícios econômicos não for mais provável; − Reversão afetará o resultado; 61 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 95 COMO SE DARÁ A MENSURAÇÃO? 96 � Pela melhor estimativa; � Risco inerente a incertezas � Desconto a valor presente obrigatório, quando o efeito for relevante; � Reembolsos previstos (</= provisão) devem ser reconhecidos como um ativo separado, se virtualmente certo; � Ganhos previstos na baixa de ativos não devem ser reconhecidos como uma redução da provisão. 62 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 97 COMO SE APLICA O CONCEITO? 98 NÃO SE DEVE RECONHECER PROVISÃO PARA: - Prejuízos operacionais futuros; - Risco de moeda; - Riscos políticos; - Manutenção e reformas de ativos próprios; - Projetos gerais de reestruturação; - Riscos gerais do negócio; 63 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 99 COMO SE APLICA EM CONTRATOS ONEROSOS? 100 QUANDO UM CONTRATO É CONSIDERADO ONEROSO? CUSTOS INVEVITÁVEIS BENEFÍCIO ECONÔMICO IMPORTANTE: Se o contrato pode ser finalizado sem pagamento de multas, então este não é oneroso! > 64 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 101 APLICAÇÃO DE PROVISÕES EM CONTRATOS ONEROSOS: � A obrigação onerosa presente no contrato deve ser reconhecida como uma provisão. � Mensuração entre o menor valor entre: − Os custos de execução; ou − Qualquer compensação ou penalidade decorrente do não-cumprimento. � Primeiro considerar adicional redução no valor recuperável dos ativos direcionados para o contrato oneroso. 102 COMO SE APLICA PARA CUSTOS DE REESTRUTURAÇÃO? 65 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 103 APLICAÇÃO DE PROVISÕES PARA CUSTOS DE REESTRUTURAÇÃO: � As provisões de reestruturação devem estar suportadas por contrato de venda com um compromisso firme ou um plano formal detalhado; � É imperativo que a empresa tenha assumido compromisso firme, seja começando a executar o plano, seja anunciando suas características para aqueles que serão afetados; � Tempo: início/fim com baixíssima probabilidade que ocorram mudanças significativas; � Uma decisão tomada pela diretoria não é suficiente! 104 DETALHES DE UM PLANO DE REESTRUTURAÇÃO: � Identifica-lo por negócio ou parte do negócio envolvido; � Definir/indicar as principais localizações envolvidas na reestruturação; � Indicar a localização, função e quantidade aproximada de funcionários que serão compensados pela rescisão contratual; � Período e época da implementação; � Custos associados à reestruturação e não às atividades operacionais da empresa; 66 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais 105 QUANDO CONSTITUIR A PROVISÃO PARA REESTRUTURAÇÃO: � Custos de reestruturação a serem provisionados; − Aqueles custos inevitáveis à reestruturação; − Aqueles não associados a atividades contínuas � Não devem ser constituídos: − Custos para reter ou para transferência de empregados; − Marketing; ou − Investimento em novo sistema e rede de distribuição. 67 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais GRUPOS EMPRESARIAIS 108 Conjunto de empresas com subordinação a único controle societário que pode ser emanado de uma “holding company” ou mesmo de uma outra “companhia operadora” . Ação direcionada pelo objetivo estratégico dos investidores e de estratégia societária. EXEMPLO FONTE: http://ri.randon.com.br/randon/web/conteudo_pt.asp?idioma=0&conta=28&tipo=12731 68 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais Estratégia societária: Diversas empresas com CNPJs distintos, porem mesmo controlador. FONTE:http://ri.randon.com.br/randon/web/conteudo_pt.asp?idioma=0&conta=28&tipo=12734 69 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais ESTRATÉGIA SOCIETARIA SIGNIFICA COMPETITIVIDADE 70 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais DIFERENTES NIVEIS DE COMPETITIVIDADE SISTÊMICO . Econômicos . Político Institucionais . Internacionais . Sociais . Fisico-naturais . Culturais . Tecnológicos . Infra-estruturais ESTRUTURAL . Região . Setor . Cadeias produtivas EMPRESARIAL . Gestão . Empreendedorismo . Teoria do negócio . Societário ESTRATEGIA SOCIETARIA Definição estratégica da estrutura jurídica societária da empresa: LTDA? S/A fechada? S/A aberta? OUTRA?OU OU OU 71 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais ESTRATEGIA SOCIETARIA • O que pode ser impactado por essa decisão? – Governança corporativa – Estrutura organizacional – Captação de novos recursos – Gestão de processos do negocio – Ampliação de mercados – Otimização tributaria – ........... Coligada e Controlada Definições trazidas pela Instrução CVM 247/96; Art. 243 da Lei 6.404/76 e CPC 18 (R2) 72 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais SOCIEDADE COLIGADA CVM Instrução 247/96 – Consideram-se coligadas as sociedades quando uma participa com 10% (dez por cento) ou mais do capital social da outra, sem controlá-la. Deliberação 692/12 – aprova o CPC 18 (R2). CPC 18 (R2)- Coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa. (*) Art. 243 Lei 6.404/76 – sociedades quando uma participa, com 10% (dez por cento) ou mais, do capital da outra, sem controlá-la. MP 449/08 - São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. Lei 11.941/09 - São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. 73 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais (*) Influencia Significativa segundo o CPC 18 (R2) Investidor mantém direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), 20% ou mais do poder de voto da investida. Nesse caso presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. Se o investidor detém, direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos de 20% do poder de voto da investida, presume-se que ele não tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. (**) Influencia Significativa segundo a Lei das S.A Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la. 74 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais SOCIEDADE CONTROLADA CVM Instrução 247/96 – sociedade na qual a investidora, diretamente ou indiretamente, seja titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente: a) preponderância nas deliberações sociais; e b) o poder de eleger ou destituir a maioria dos administradores. A subsidiaria integral. CPC 18 (R2)- Não está definido de maneira clara e objetiva Art. 243 Lei 6.404/76 – Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitosde sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. 75 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA A manutenção direta ou indireta (por meio de controladas, por exemplo), de 20% ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor detém, direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos de 20% do poder de voto da investida, presume-se que ele não tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor não necessariamente impede que um investidor tenha influência significativa sobre ela. 76 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por uma ou mais das seguintes formas: • representação no conselho de administração ou na diretoria da investida; • participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras distribuições; • operações materiais entre o investidor e a investida; • intercâmbio de diretores ou gerentes; • fornecimento de informação técnica essencial. METODOS DE CONTABILIZAÇÃO DE INVESTIMENTOS 77 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais OUTRO INFLUENCIA SIGNIFICATIVA CONTROLE CONJUNTO CONTROLE QUATRO POSSIBILIDADES PODE SER 15, 35 e/ou 36 Consolidação 19 18 Consolidação proporcional Equivalência patrimonial 35 e/ou 36 Valor real QUATRO POSSIBILIDADES CPC APLICÁVEL CONTROLE CONTROLE CONJUNTO INFLUENCIA SIGNIFICATIVA OUTRO REGRA CONTÁBIL A SER APLICADA 78 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais NÍVEIS DE INFLUÊNCIA SOBRE UM INVESTIMENTO CPC 18, 19, 35 e 36 N IV E L D E P R O P R IE D A D E 100 % 20 % 50 % 0 % N ÍV E L D E IN F L U Ê N C IA CONTROLE INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA CONTROLE CONJUNTO INFLUÊNCIA LIMITADA/NENHUMA 79 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais CONTROLE, INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA E JOINT VENTURES CONTROLE • Suposição refutável: mais de metade do poder de voto • Controle também existe se: – Poder sobre mais da metade dos direitos de voto em virtude de acordo com outros investidores – Poder para reger políticas financeiras e operacionais segundo um estatuto ou acordo – Poder para nomear/afastar a maioria dos diretores – Poder para dar maioria dos votos em reuniões da diretoria ou outro órgão regente • Direitos de voto potencial incluídos • Modelo de controle de fato (escolha de política contábil) É o poder de governar as políticas financeiras e operacionais da entidade de forma a obter benefícios de suas atividades. 80 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA - COLIGADAS • Suposição refutável: 20% ou mais do poder de voto • Indicadores – Representação no conselho de administração – Participação no processo de elaboração de políticas – Transações materiais entre investidor e investida – Intercâmbio do pessoal gerencial – Fornecimento de informações técnicas essenciais • Direitos de voto potencial incluídos O poder de participar nas decisões financeiras e operacionais da investida, sem controlar de forma individual ou conjunta essas políticas. JOINT VENTURE Acordo contratual (associação econômica) pelo qual duas ou mais partes (empresas) assumem uma atividade econômica sujeita ao controle conjunto, normalmente por um período especifico e muitas vezes por tempo limitado. Controle Conjunto: é o compartilhamento do controle, contratualmente estabelecido, sobre uma atividade econômica e que existe somente quando as decisões estratégicas, financeiras e operacionais relativas à atividade exigirem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle Podem controlar conjuntamente operações, ativos e/ou empresas 81 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais ACORDO CONTRATUAL Deve apresentar evidencias como: • Contrato entre empreendedores • Atas de discussões entre empreendedores • Incorporada no contrato social (estatuto) • Normalmente por escrito Estabelece controle conjunto Unilateralmente apenas um único empreendedor não pode controlar as atividades da Joint Venture CONTABILIZAÇÃO DE CONTROLADAS 82 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais Elaborar processo de consolidação de todas as controladas do grupo para apresentação das demonstrações financeiras. Necessário satisfazer todas as seguintes condições para estar isenta de preparar DFs consolidadas: – A empresa é uma controlada integral ou uma controlada não integral e nenhum proprietário faz objeção – Não existem títulos de dívida ou instrumentos em ação de capital negociados em um mercado público – Não está no processo de apresentar suas DFs a uma organização reguladora para emitir qualquer classe de instrumentos – A matriz definitiva ou qualquer matriz intermediária da matriz produz DFs consolidadas que cumprem a CPC e estão disponíveis para uso público. REGRA GERAL ISENÇÕES EXEMPLO DE CONSOLIDAÇÃO 83 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais Um grupo qualquer é constituído por 3 empresas. A empresa ALFA e duas controladas a empresa BETA e GAMA. Houve uma operação de empréstimo entre as empresas sendo que BETA tomou empréstimo com ALFA no total de $ 100. Como deveriam ser apresentadas a demonstrações financeiras das empresas e a demonstração financeira consolidado? SITUAÇÃO PATRIMONIAL EM 31/12/X0 O P.L. NAS D.F. CONSOLIDADASEMPRE SERÁ IGUAL AO P.L. DA CONTROLADORA VALORES EM $$ mil ATIVOS . Caixa e bancos . Valores à receber com terceiros . Valores à receber intercompanhias . Investimentos em controladas PASSIVOS . Emprestimos intercompanhias . Emprestimos com terceiros . Patrimonio Liquido ALFA 880 100 0 100 680 880 100 780 BETA 600 50 550 0 0 600 100 100 400 GAMA 280 30 250 0 0 280 0 280 TOTAL 1.760 180 800 100 680 1760 100 200 1.460 AJUSTES -780 0 0 -100 -680 -780 -100 -680 GRUPO 980 180 800 0 0 980 0 200 780 84 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais VIA DE REGRA O QUE DEVE SER ELIMINADO! – Compras e vendas entre companhias – Dividendos entre companhias – Juros entre companhias – Impostos de renda – Empréstimos entre companhias – Recebíveis/pagáveis entre companhias – Ações em controladas/ reservas pré- aquisição – Impostos diferidos DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS BALANÇO PATRIMONIAL 85 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais CONTABILIZAÇÃO DE COLIGADAS Exceto quando: – a investida está classificada como detida para venda (CPC 31) – a isenção se aplicar (matriz que também tem um investimento em uma coligada, mas não apresenta DFs consolidadas); ou – todos os seguintes se aplicam • o investidor é uma controlada integral, ou uma controlada não-integral e nenhum proprietário faz objeção • não existem títulos de dívida ou instrumentos de ações no capital negociados em um mercado público • não está no processo de apresentar suas DFs a uma organização reguladora para emitir qualquer classe de instrumentos • a matriz definitiva ou qualquer matriz intermediária da matriz produz DFs consolidadas que cumprem a CPC e estão disponíveis para uso público DEVE SER APLICADO O MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 86 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais EQUIVALENCIA PATRIMONIAL O fundo de comércio está incluído no valor contábil do investimento, não é mostrado separadamente e não é amortizado CUSTO INICIAL DA AQUISIÇÃO+/- PARTICPAÇÃO EM LUCROS/PREJUIZOS - DISTRIBUIÇÕES RECEBIDAS +/- PARTICPAÇÃO NAS MUDANÇAS DIRETAS NO PATRIMÔNIO = VALOR CONTÁBIL 87 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais EXEMPLO DA APLICAÇÃO DO MEP Em 01 de janeiro de 20x1 a companhia SILVA & Co adquiri 40% da TEIXEIRA & Co com ágio equivalente a 30% do valor pago. O valor real dos ativos líquidos identificáveis de TEIXEIRA & Co é de $ 100.000. No encerramento do exercício de 20x1 TEIXEIRA & Co apresentou resultado líquido de $ 30.000. O estatuto social de TEIXEIRA & Co determina a obrigatoriedade de distribuir dividendos equivalente a 20% do lucro liquido. Apresentar a posição da conta do investimento de SILVA & Co em 31 de dezembro de 20x1. 88 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais CUSTO INICIAL DA AQUISIÇÃO +/- PARTICPAÇÃO EM LUCROS/PREJUIZOS - DISTRIBUIÇÕES RECEBIDAS +/- PARTICPAÇÃO NAS MUDANÇAS DIRETAS NO PATRIMÔNIO = VALOR CONTÁBIL 52.000 12.000 - 1 – Registrar o custo de inicial da aquisição – 40% dos ativos líquidos mais o ágio pago 2 – Calcular e registrar a participação nos lucros de TEIXEIRA & Co – 40% de $ 30.000 3 – Calcular e registrar a distribuição do dividendo declarado de TEIXIRA & Co – 40% de (20% de $ 30.000) 2.400 61.600 PRATICANDO O CONHECIMENTO ESTUDO DE CASO 89 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais Eddie Cantor SÃO NECESSÁRIOS 20 ANOS PARA SE CONSEGUIR SUCESSO DA NOITE PARA O DIA. OBRIGADO 90 Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos Empresariais
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