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Des Projetista de Elétrica (p souza) rA

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1- 1 - 
 
 
 
 
DESENHISTA 
PROJETISTA DE 
ELÉTRICA 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENHISTA PROJETISTA DE ELÉTRICA 
 
3 
© PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A. 
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19.2.1998. 
 
É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a produção de apostilas, sem 
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HIDALGA, Vanderley A. 
Desenhista Projetista de Elétrica / FAT – Fundação de Apoio à Tecnologia- São Paulo, 2006. 
 
156 p.:il. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A. 
 
Av. Almirante Barroso, 81 – 17º andar – Centro 
CEP: 20030-003 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil 
 
4 
 
IIIINDICENDICENDICENDICE 
 
 
 
Listas de figuras ........................................................................................................................ 07 
Listas de quadros ...................................................................................................................... 09 
1. Fundamentos de Elétrica - Conceitos Básicos ...................................................................... 10 
 1.1 Condutor e Isolante .................................................................................................... 10 
 1.2 Tensão e Corrente Elétrica ......................................................................................... 10 
 1.3 Resistência Elétrica .................................................................................................... 11 
 1.4 Potência Elétrica ......................................................................................................... 11 
 1.5 Fator de Potência ....................................................................................................... 13 
 1.5.1 Potência dissipada em uma resistência ......................................................... 14 
 1.6 Energia ........................................................................................................................ 14 
 1.7 Curto – Circuito ........................................................................................................... 15 
 1.8 Circuito Série .............................................................................................................. 16 
 1.9 Circuito Paralelo .......................................................................................................... 18 
 1.10 Circuito Misto ............................................................................................................ 19 
 1.11 Fusíveis ..................................................................................................................... 23 
 1.12 Transformador .......................................................................................................... 25 
 1.13 Diodo ......................................................................................................................... 30 
 1.14 Retificação ................................................................................................................ 31 
 1.15 Diodo Zener .............................................................................................................. 32 
 1.16 Transistor .................................................................................................................. 33 
 1.16.1 Polarização de Transistores ......................................................................... 34 
 1.17 SCR .......................................................................................................................... 40 
 1.18 DIAC ......................................................................................................................... 43 
 1.19 TRIAC ....................................................................................................................... 43 
 1.20 Indutor ....................................................................................................................... 46 
 1.20.1 Circuito RL Série ........................................................................................... 48 
 1.20.2 Circuito RL Paralelo ...................................................................................... 49 
 1.21 Capacitores ............................................................................................................... 50 
 
5 
 1.21.1 Circuito RC Série .......................................................................................... 52 
 1.21.2 Circuito RC Paralelo ...................................................................................... 54 
 1.22 Circuito RLC Série .................................................................................................... 55 
2. Projeto de Instalações Elétricas ............................................................................................. 58 
 2.1 Recomendações da NBR-5410 para o levantamento da carga de iluminação ......... 59 
 2.1.1 Condições para se estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz ...... 59 
 2.1.2 Condições para se estabelecer a potência mínima de iluminação ................ 59 
 2.2 Recomendações da NBR-5410 para o levantamento da carga de tomadas ............. 61 
 2.2.1 Condições para se estabelecer a quantidade mínima de TUG’s .................. 61 
 2.2.2 Condições para se estabelecer a potência mínima de TUG’s ....................... 62 
 2.2.3 Elementos Básicos para a Elaboração de Projetos Elétricos ........................ 66 
 2.2.3.1 Determinação dos Pontos de Iluminação............................................ 66
 2.2.4 Simbologia em Instalação Elétrica ................................................................... 66 
 2.2.4.1 Símbolos de Instalações Elétricas ....................................................... 67 
 2.2.4.2 Exemplo de Projeto de Instalação Elétrica ........................................... 69
 2.3 Tipo de fornecimento e tensão ................................................................................... 70 
 2.4 Cálculo da potência do circuito de distribuição .......................................................... 74 
 2.5 Cálculo da corrente do circuito de distribuição ........................................................... 76 
 2.6 Dimensionamento dos condutores dos circuitos ........................................................ 77 
3. Comando ............................................................................................................................... 85 
 3.1 Contatores .................................................................................................................. 85 
 3.2 Tipos de contatores .................................................................................................... 85 
 3.3 Principais elementos construtivos de um contator ..................................................... 86 
 3.3.1 Contatos dos contatores e pastilhas ............................................................... 87 
 3.4 Classificação dos contatos ......................................................................................... 87 
 3.5 Funcionamento de um contator .................................................................................. 89 
 3.6 Montagem dos contatores .......................................................................................... 90 
 3.7 Intertravamento de contatores.................................................................................... 90 
 3.8 Escolha do contator deve satisfazer quais condições? ............................................ 94 
 3.9 Defeitos e causas nos contatores .............................................................................. 95 
 3.9.1 Defeitos Mecânicos ......................................................................................... 98 
 3.9.2 Ricochete entre contatos ................................................................................ 98 
 
6 
 3.10 Relês ......................................................................................................................... 99 
 3.10.1 Tipos de relês ................................................................................................ 99 
 3.10.1.1 Relês Eletromagnético .................................................................... 99 
 3.10.1.2 Relês Térmicos ............................................................................... 100 
 3.10.1.3 Relês de Tempo .............................................................................. 102 
 3.10.2 Chave auxiliar tipo botoeira .......................................................................... 103 
 3.10.3 Sinalização luminosa .................................................................................... 104 
 3.10.3.1 Instalações de Sinalizadores .......................................................... 106 
 3.11 Diagrama de Comando ............................................................................................ 106 
 3.11.1 Tipos de Diagramas ...................................................................................... 106 
 3.11.2 Símbolos Literais ........................................................................................... 107 
 3.11.3 Identificação de bornes de bobinas e contatos ............................................ 110 
 3.11.4 Diagrama de circuitos de comando .............................................................. 110 
4. Subestação ............................................................................................................................ 115 
 4.1 Terminologia e Definições .......................................................................................... 115 
 4.2 Materiais e Equipamentos .......................................................................................... 117 
 4.2.1 Postes Padronizados ...................................................................................... 117 
 4.2.2 Condições Gerais para Fornecimento ............................................................ 119 
 4.3 Subestação Primária Simplificada .............................................................................. 122 
 4.3.1 Subestação Primária Simplificada de Instalação Interna ............................... 123 
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 129 
ANEXO 1 - SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE ....................................................... 130 
 
 
 
 
7 
 
LISTA DE FIGURASLISTA DE FIGURASLISTA DE FIGURASLISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 Circuito Série ........................................................................................................... 16 
Figura 2 Circuito Paralelo ..................................................................................................... 18 
Figura 3 Circuito Misto ......................................................................................................... 20 
Figura 4 Transformador ........................................................................................................ 26 
Figura 5 Diodo ...................................................................................................................... 30 
Figura 6 Polarização Direta ................................................................................................ 30 
Figura 7 Polarização Reversa ............................................................................................ 30 
Figura 8 Retificador de Meia Onda ...................................................................................... 31 
Figura 9 Retificador de Onda Completa .............................................................................. 31 
Figura 10 Diodo Zener ........................................................................................................ 32 
Figura 11 Transistor NPN ................................................................................................... 33 
Figura 12 Transistor PNP .................................................................................................... 33 
Figura 13 Polarização com Corrente de Base Constante ................................................... 34 
Figura 14 Polarização com Corrente de Emissor Constante .............................................. 36 
Figura 15 SCR .................................................................................................................... 37 
Figura 16 Exemplo 1 – SCR ............................................................................................... 41 
Figura 17 Exemplo 2 – SCR ............................................................................................... 42 
Figura 18 DIAC .................................................................................................................... 43 
Figura 19 TRIAC ................................................................................................................. 44 
Figura 20 Disparo do TRIAC .............................................................................................. 44 
Figura 21 Indutor ................................................................................................................ 46 
Figura 22 Circuito RL Série ................................................................................................. 48 
Figura 23 Circuito RL Paralelo ............................................................................................ 49 
Figura 24 Capacitores ........................................................................................................ 50 
Figura 25 Circuito RC Série ................................................................................................ 52 
Figura 26 RLC Série ........................................................................................................... 55 
Figura 27 Planta de Residência .......................................................................................... 58 
Figura 28 Projeto de Instalação Elétrica .............................................................................. 69 
Figura 29 Diagrama unifilar de intertravamento (1) .............................................................. 91 
 
8 
Figura 30 Diagrama unifilar de Intertravamento (2) ........................................................ ..... 92 
Figura 31 Diagrama de reversão de motor ........................................................................... 93 
Figura 32 Partida direta de um motor comandada por contador .......................................... 94 
Figura 33 Identificação por letras e números ...................................................................... 107 
Figura 34 Identificação por símbolos gráficos ..................................................................... 108 
Figura 35 Contator de Ligação em Estrela .......................................................................... 108 
Figura 36 Bornes ................................................................................................................ 110 
Figura 37 Diagrama de Comandos para ChaveReversora ............................................... 111 
Figura 38 Diagrama de Comandos para Estrela-Triângulo Automática ............................ 112 
Figura 39 Diagrama de Comandos para Chave Compensadora Automática .................... 113 
Figura 40 Diagrama de Comandos para Chave de Comutação Polar Automática ............ 114 
 
9 
 
LLLLISTA DE ISTA DE ISTA DE ISTA DE QUADROSQUADROSQUADROSQUADROS 
 
 
 
Quadro 1 TRIAC ........................................................................................................................ 45 
Quadro 2 Dependências e metragem de uma casa ................................................................. 60 
Quadro 3 Dependências, dimensões e potencial de iluminação .............................................. 60 
Quadro 4 Quantidade de TUGs ................................................................................................ 63 
Quadro 5 Dimensões de TUGs e TUEs e determinação de carga ........................................... 64 
Quadro 6 Dimensões e potência de TUGs e TUEs .................................................................. 64 
Quadro 7 Fatores de demanda para iluminação e tomadas de uso geral (TUGs) ................... 74 
Quadro 8 No de circuitos de TUEs ............................................................................................ 75 
Quadro 9 Dimensionamento – n.o circuitos .............................................................................. 78 
Quadro 10 Fatores de agrupamento ......................................................................................... 78 
Quadro 11 Número de circuitos (casa-exemplo)....................................................................... 78 
Quadro 12 Número do circuito x corrente x fator de agrupamento ........................................... 79 
Quadro 13 Número do circuito x corrente corrigida .................................................................. 79 
Quadro 14 Capacidade de condução de corrente .................................................................... 80 
Quadro 15 Número do circuito x seção adequada .................................................................... 80 
Quadro 16 Seção mínima de condutores.................................................................................. 81 
Quadro 17 Número do circuito x tipo.......................................................................................... 81 
Quadro 18 n.o do circuito x tipo x seção mínima ...................................................................... 81 
Quadro 19 n.o circuito x seção adequada x seção mínima ...................................................... 82 
Quadro 20 n.o do circuito x seção dos condutores ................................................................... 82 
Quadro 21 Potências atribuídas ................................................................................................ 83 
Quadro 22 Significado das cores de acordo com a norma VDE .............................................. 105 
Quadro 23 ABNT NBR 5280 ..................................................................................................... 109 
Quadro 24 Normas técnicas - ABNT ................................................................................... 120 
 
 
10 
 UNIDADE I 
 
 
 
Fundamentos de Elétrica - Conceitos Básicos 
 
 
1.1 Condutor e Isolante 
 
 
Cada material tem, dentre as suas propriedades, a capacidade de conduzir ou não a 
corrente elétrica. Esta capacidade está relacionada diretamente ao número de elétrons livres que os 
materiais possuem. Os materiais que possuem maior número de elétrons livres são chamados de 
condutores, e têm a facilidade de conduzir a corrente elétrica de um ponto ao outro. Os materiais 
que possuem baixo número de elétrons livres são chamados de isolantes. O materiais isolantes 
possuem uma capacidade de oposição à passagem da corrente elétrica. 
 
 
1.1.1.1.2222 Tensão e Corrente ElétricaTensão e Corrente ElétricaTensão e Corrente ElétricaTensão e Corrente Elétrica 
 
 
Os elétrons livres em um condutor estão em constante movimento, porém, de forma 
desordenada. Para que estes elétrons livres caminhem de forma ordenada é necessário que haja 
uma força que os empurre. A esta força é dado o nome de tensão elétrica, que é simbolizada pela 
letra (U). O movimento ordenado dos elétrons livres nos fios, provocado pela ação da tensão, forma 
uma corrente de elétrons livres que é chamada de corrente elétrica simbolizada pela letra (I). 
 
 
11 
1.3 Resistência Elétrica1.3 Resistência Elétrica1.3 Resistência Elétrica1.3 Resistência Elétrica 
 
 
A oposição que um determinado material oferece à passagem da corrente elétrica devido à 
sua característica é chamada de Resistência Elétrica,Resistência Elétrica,Resistência Elétrica,Resistência Elétrica, tem a sua representação dada pela letra 
grega ômega (Ώ) e a unidade é dada em Ohms. O componente que possui a característica de 
resistência elétrica é conhecido pelo nome de Resistor ElétricoResistor ElétricoResistor ElétricoResistor Elétrico e tem a sua representação gráfica 
mostrada abaixo e simbolizada pela letra R 
Símbolo: 
 
Os resistores podem ser fixos ou variáveis. Os resistores fixos são componentes cuja 
concepção não permite que sua resistência elétrica seja alterada. Estes componentes, 
normalmente, apresentam dois terminais. Já os resistores variáveis são aqueles cuja resistência 
elétrica pode ser alterada através de um eixo ou cursor. Estes componentes são conhecidos como 
reostato ou potenciômetro. 
 
ATIVIDADES DE FIXAÇÃOATIVIDADES DE FIXAÇÃOATIVIDADES DE FIXAÇÃOATIVIDADES DE FIXAÇÃO 
 
1 - Defina tensão, corrente e resistência elétrica. 
 
2 - Explique o que vem a ser resistores fixos e variáveis. 
 
3 - Desenhe os símbolos dos resistores. 
 
 
1.4 Potência Elétrica 
 
 
A tensão elétrica provoca o movimento dos elétrons livres em um condutor, de forma 
ordenada, dando origem à corrente elétrica. Esta corrente elétrica, ao circular pelo condutor, realiza 
 
12 
um determinado trabalho que pode ser de origem mecânica, térmica ou luminosa. No caso de um 
circuito com lâmpada incandescente, a passagem da corrente elétrica faz com que esta lâmpada se 
acenda e também produza calor. Estas intensidades de luz e calor são percebidas por nós (efeitos) 
e são chamadas de potência luminosa (luz) e potência térmica (calor), ou seja, é a transformação da 
potência elétrica em outras potências. 
Com esta explicação podemos concluir que a potência elétrica em um circuito é o resultado 
do produto da ação da tensão elétrica nele aplicado, e da intensidade da corrente elétrica que por 
ele circula. A essa potência dá-se o nome de potência aparentepotência aparentepotência aparentepotência aparente e sua unidade de medida é o volt-
ampère dado pelas letras (VAVAVAVA). A potência aparente é composta por duas outras parcelas: potência potência potência potência 
ativa ativa ativa ativa e potência reativa potência reativa potência reativa potência reativa. 
A potência ativa potência ativa potência ativa potência ativa é a parcela efetivamente transformada em outro tipo de potência, como a 
potência mecânica, a potência térmica ou a luminosa. A unidade de medida da potência ativa é o 
Watt, simbolizado pela letra (WWWW). 
Como exemplo de transformação de potência elétrica em outras potências, temos: 
� Potência Mecânica - liquidificador. 
� Potência Térmica - chuveiro. 
� Potência Luminosa - lâmpadas. 
A potência reativapotência reativapotência reativapotência reativa é a parcela transformada em campo magnético, necessária ao 
funcionamento de motores, transformadores e reatores. 
A unidade de medida da potência reativa é o Volt-ampére reativo e simbolizadopelas letras 
VarVarVarVar. 
Nos projetos de instalação elétrica, os cálculos efetuados são baseados na potência 
aparente e potência ativa. 
 
 
13 
1.5 Fator de Potência 
 
 
Como vimos, a potência ativa é uma parcela da potência aparente, portanto, ela representa 
uma porcentagem da potência aparente, que é transformada em outras potências como mecânica, 
térmica e luminosa. A esta porcentagem dá-se o nome de fator de potência. 
Nos projetos elétricos, aplica-se o fator de potência para transformar um valor de potência 
aparente em potência útil, utilizando uma regra simples: para circuitos de iluminação, o valor do fator 
de potência utilizado na transformação da potência aparente em potência útil é igual a 1,0 e para 
circuitos de tomadas de uso geral este fator de potência é igual a 0,8. 
Vejamos dois exemplos: 
• Potência de iluminação (aparente) = 700 VA 
• Fator de Potência a ser aplicado = 1,0 
• Potência Ativa de iluminação = 1,0 x 700 VA = 700 W 
 e 
• Potência de tomadas de uso geral = 7500 VA 
• Fator de Potência a ser aplicado = 0,8 
• Potência Ativa de tomadas de uso geral = 0,8 x 7500 VA = 6000 W 
 
 
14 
1.5.1 Potência dissipada em uma resistência 
 
 
Vimos que a potência é a relação entre a tensão e corrente, e como a tensão e a corrente 
têm relação com a resistência, pela lei de Ohm, podemos extrair algumas relações como as 
mostradas abaixo: 
(1) P = V . I e (2) V = R . I 
Deduzindo, podemos dizer que: 
P = R.I. I logo P = R I² 
Ou 
P = V. V/ R logo P = V² / R 
Complementando: 
Se : P = V . I 
1 W = 1 V . 1 A 
 
Exemplo:Exemplo:Exemplo:Exemplo: 
Calcule a potência dissipada em um resistor de 120 ohms, que é percorrido por uma 
corrente de 2 A. 
 P = R I² = 120 . (2)² = 480 W 
 
Para o exemplo anterior, qual seria a nova potência dissipada no resistor, quando este for 
submetido a uma tensão de 110V? 
 P = V² / R = (110)² / 120 = 100,83 W 
 
 
1.6 1.6 1.6 1.6 EEEEnergianergianergianergia 
 
 
A energia é representada pela parcela da potência ativa consumida em um determinado 
período de tempo e sua unidade é dada por Watt hora, representado pelas letras Wh. Como 
exemplo, podemos citar um banho de 2 horas em um chuveiro com potência de 4400 W. 
 
15 
Energia = Potência x Tempo 
Energia = 4400 W x 2 h 
Energia = 8800 Wh 
 
 
1.7 1.7 1.7 1.7 CCCCurto urto urto urto –––– CCCCircuitoircuitoircuitoircuito 
 
 
Em um circuito elétrico, com dois condutores que possuem potenciais (tensão) de valores 
diferentes, por exemplo, 0V e 110V, se ligarmos entre eles um condutor (com baixíssima resistência, 
ou resistência nula) provocamos uma passagem de corrente de elevada intensidade. A esta corrente 
damos o nome de corrente de curto-circuito e, ao fenômeno causado, de curto-circuito 
simplesmente. A corrente gerada em um curto-circuito é limitada apenas pela resistência do fio e 
pode atingir valores altos, que podem causar danos aos componentes da instalação. 
 
 
ATIVIDADES DE FIXAÇÃOATIVIDADES DE FIXAÇÃOATIVIDADES DE FIXAÇÃOATIVIDADES DE FIXAÇÃO 
 
1 - Explique o que vem a ser potência elétrica. 
 
 2 - A potência aparente é composta por duas parcelas, quais são? 
 
3 - Qual a unidade de potência ativa e em quais potências ela é transformada? 
 
4 - Explique o que vem a ser fator de potência. 
 
5 - Calcule a potência dissipada em um resistor de 330 ohms, que é percorrido por uma corrente de 
2A. 
 
16 
1.8 Circuito Série 
 
 
A interligação dos componentes em um circuito é o que caracteriza a sua configuração. No 
circuito denominado ‘série’, os componentes estão inseridos em uma seqüência de modo que a 
corrente elétrica (I) percorra todos os componentes do circuito com a mesma intensidade. Já a 
tensão aplicada (V) é dividida em cada componente (V1 e V2) de acordo com a sua resistência 
elétrica (R1 e R2). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Circuito Série 
 
Para obtermos os valores de corrente e tensão em um circuito série é necessário que 
efetuemos alguns cálculos de forma a utilizar a lei de Ohm. Sabemos que a tensão é dada pela 
multiplicação da intensidade da corrente (I) pelo valor da resistência (R); sabemos também que para 
conhecermos a corrente em um determinado componente, basta dividir a tensão aplicada nele pela 
sua resistência (I = V/R). Então, no circuito série acima, para saber a intensidade da corrente que 
circula pelos resistores, temos que dividir a tensão aplicada (V) pelo valor total das resistência do 
circuito. Porém, para obter o valor total da resistência do circuito, é necessário obter a resistência 
equivalente, como veremos a seguir. 
Para obter a resistência equivalente em um circuito série basta somar todos os valores de 
resistência de cada componente. No nosso exemplo, a resistência equivalente é dada pela 
expressão: 
Req = R + R2 
 
Para se obter o valor da tensão em cada componente é necessário saber a corrente que 
circula por ele e, também, a sua resistência. 
I 
V2 
V1 
 
17 
Com isso, podemos aplicar novamente a lei de Ohm (V = I . R). 
Para uma melhor compreensão, vamos exemplificar o nosso circuito. 
Obtendo o valor de corrente: 
I = V/Req 
Obtendo Req: 
Req = R1 + R2 
Portanto I = V / (R1 + R2) 
Agora, para obter cada valor de tensão, dividimos o valor de corrente (que no circuito série é 
a mesma em todo o circuito) por cada uma das resistências do componente. 
V1 = I . R1 
V2 = I . R2 
 
Exemplo:Exemplo:Exemplo:Exemplo: 
Para o circuito abaixo, determinar a corrente total, as tensões em cada uma das 
resistências, bem como suas potências, a potência total e a resistência equivalente. 
V1
12V
R1
10ohm
R22ohm
 10.000 V
+ -
 2.000 V
+
-
 1.000 A
+-
 
Req = R1 + R2 = 10 + 2 + 12 ohms 
I = V / Req = 12 / 12 = 1 A 
V1 = R1 . I = 10 . 1 = 10 V 
V2 = R2 . I = 2 . 1 = 2 V 
 
No resistor 1, temos: P1 = V1 . I 
 
18 
 P1 = 10 . 1 = 10 W 
 
No resistor 2, temos: P2 = V2 . I 
 P2 = 2 . 1 = 2 W 
 Pt = V . I = 12 .1 = 12 W 
confirmando 
 Pt = P1 + P2 = 10 + 2 = 12 W 
 
 
1.9 Circuito Paralelo 
 
R1 R2V1
 
 Figura 2 - Circuito Paralelo 
 
Nos circuitos de associação em paralelo, os componentes são dispostos de forma que a 
tensão é a mesma em todos eles e a corrente se divide, em função da resistência de cada 
componente. 
a) A tensão é a mesma em todos os resistores, pois estão ligados aos mesmos terminais. 
b) A corrente I, na associação, é igual a soma das correntes em cada resistor. 
I = I1 + I2 
c) A resistência equivalente será dada por: 
 1 / Req = 1 / R1 + 1 / R2 
ou 
Req = R1 . R2 
 R1 + R2 
 
V1 V1 
I1 I2 
 
19 
Exemplo: 
Calcule todas as correntes, bem como as potências em cada resistência, a potência total e a 
resistência equivalente. 
V1
8V
R1
10ohm
R2
2ohm 8.000 V
+
-
 0.800 A
+
-
 4.000 A
+
-
 
I1 = V / R1 = 8 / 10 = 0,8 A 
I2 = V / R2 = 8 / 2 = 4 A 
I = I1 + I2 = 0,8 + 4,0 = 4,8 A 
No resistor � : P1 = V. I1 = 8 . 0,8 = 6,4 W 
No resistor � : P2 = V. I2 = 8 . 4 = 32 W 
NOTANOTANOTANOTA----SE QUE: PT SE QUE: PT SE QUE: PT SE QUE: PT = V. I = V. I = V. I = V. I = = = = 8 . 4,88 . 4,88 . 4,88 . 4,8 ==== 38,4 W 38,4 W 38,4 W 38,4 W 
 
 
1.10 Circuito Misto 
 
 
O circuito misto trabalha com as associações ‘série’ e ‘paralelo em cada trecho do circuito. 
Devemos analisar sua ligação e utilizaras características específicas de cada caso, aplicando as 
regras de cada configuração de circuito para cada um dos trechos. Abaixo, exemplo de circuito 
misto. 
 
 
20 
 
 
 
 
 
Figura 3 - Circuito Misto 
 
Exemplo: 
V1
14V
R1
8ohm
R2
20ohm
R3
30ohm
 
 
Através do circuito acima calcule todas as potências. 
V1
14V
R1
8ohm
R2
20ohm
R3
30ohm
 0.700 A
+ -
 0.420 A
+ -
 0.280 A
+ -
 5.600 V
+ -
 8.400 V
+ -
 
Trecho 1 – compreende os resistores R2 e R3 em configuração paralela, portanto, será 
usada a regra para este tipo de circuito para obter um resistor equivalente R¹. 
R¹ = R2 . R3 = 20 . 30 = 600 = 12 ohms 
 R2 + R3 20 + 30 50 
Obtido o valor de R¹, verificaremos que o resistor R¹ ficará em configuração série com o 
resistor R1 e então poderemos obter o valor equivalente de um resistor que chamaremos de R2. 
 
21 
R2 = R¹ + R1 
R2 = 12 + 8 = 20 ohms 
 
Como o resistor equivalente R2 ficará em paralelo com a fonte, podemos calcular o valor da 
corrente que passará por este resistor. 
I1 = V / R2 = 14 / 20 = 0,7 A 
Como o resistor R1 estará em série com o circuito, a corrente calculada I1 circulará por ele, 
o que nos permite calcular o valor da queda de tensão sobre o resistor R1 e também sobre o resistor 
equivalente R¹. 
V1 = R1 . I1 = 8 . 0,7 = 5,6 V 
V2 = R¹ . I1 = 12 . 0,7 = 8,4 V 
 ou 
V2 = V - V1 = 14 - 5,6 = 8,4 V 
Com o valor da tensão sobre o resistor equivalente R¹ podemos calcular a corrente em cada 
um dos circuitos, pois os resistores R2 e R3 estão em paralelo, o que configura tensão igual nos 
dois resistores. 
I2 = V2 / R2 = 8,4 = 0,42 A 
I3 = V3 / R3 = 8,4 / 30 = 0,28 A 
ou 
I3 = I1 - I2 = 0,7 - 0,42 = 0,28 A 
Com os valores de corrente e tensão em cada um dos resistores, podemos calcular a 
potência em cada um dos resistores. 
Potência no resistor 1: P1 = V1 . I1 = 5,6 . 0,7 
 P1 = 3,92 W 
Potência no resistor 2: P2 = V2 . I2 = 8,4 .0,42 
 P2 = 3,528 W 
Potência no resistor 3: P3 = V3 . I3 = 8,4 . 0,28 
 P3 = 2,352 W 
Pt = P1 + P2 + P3 = 3,92 + 3,528 + 2,352 = 9,8 W 
 ou 
Pt = V . I = 14 . 0,7 = 9,8 W 
 
22 
 
ATIVIDADES DE FIXAÇÃOATIVIDADES DE FIXAÇÃOATIVIDADES DE FIXAÇÃOATIVIDADES DE FIXAÇÃO 
 
1 - No circuito a seguir, determine a tensão no resistor de 50 ohms e 20 ohms, sabendo-se que a 
corrente total (I) vale 50 mA. 
50ohm
200ohm
20ohm
60ohm
V
 
 
2 - No circuito abaixo determine todas as correntes, a tensão no resistor de 2700 ohms (2.7KOhm) 
bem como a potência no resistor de 1000 ohms (1KOhm). 
2.7kohm
1kohm
2.7kohm
4.7kohm
17V
 
I 
 
23 
1.11 1.11 1.11 1.11 FFFFusíveisusíveisusíveisusíveis 
 
 
Os fusíveis são dispositivos que protegem os circuitos elétricos contra danos causados por 
sobrecarga de corrente que podem provocar até incêndio. Funcionam como válvulas, cuja finalidade 
básica é cortar o fluxo de corrente elétrica toda vez que a quantidade de energia que trafega por um 
determinado circuito for excessiva e puder causar danos ao sistema. 
Os pequenos fusíveis usados em circuito eletrônico são geralmente simbolizados por: 
 
A principal característica de um fusível é a sua corrente nominal, isto é, o valor máximo de 
corrente que o mesmo suporta em regime contínuo, sem interromper o circuito. 
Os fusíveis são formados por um filamento projetado para suportar um determinado valor de 
corrente, que geralmente vem identificado no próprio corpo do fusível. 
Existem vários tipos de fusíveis e podemos citar alguns: 
• Fusíveis NH Fusíveis NH Fusíveis NH Fusíveis NH –––– são aplicados na proteção de sobrecorrente de curto circuito e sobrecarga 
em instalações elétricas industriais. 
• Fusíveis Diazed Fusíveis Diazed Fusíveis Diazed Fusíveis Diazed –––– são utilizados na proteção de curto circuito em instalações elétricas, 
residenciais, comerciais e industriais e que, quando instalados, permitem o seu manuseio 
sem riscos de toque acidental nas partes vivas da instalação elétrica. 
• Fusíveis Neuzed Fusíveis Neuzed Fusíveis Neuzed Fusíveis Neuzed –––– possuem tamanho reduzido e são aplicados na proteção de curto circuito 
em instalações típicas residenciais, comerciais e industriais. 
• Fusíveis Sitor Fusíveis Sitor Fusíveis Sitor Fusíveis Sitor –––– são fusíveis ultra-rápidos apropriados em instalações industriais para a 
proteção de semicondutores, tiristores e diodos. 
• Fusíveis Silized Fusíveis Silized Fusíveis Silized Fusíveis Silized –––– são utilizados na proteção contra curto circuito em semicondutores, estão 
adaptados às curvas de carga dos tiristores e diodos de potência, permitindo, quando da 
sua instalação, seu manuseio sem risco de toque acidental em partes vivas. 
• Fusíveis Minized Fusíveis Minized Fusíveis Minized Fusíveis Minized –––– compactos, mono, bi e tripolares, são utilizados na manobra e proteção 
de circuitos elétricos. 
 
24 
Exemplo: 
 No circuito indicado F1, F2 e F3 são fusíveis, todos de 3A, isto é, suportam intensidade de 
correntes até 3A. Quais os fusíveis que queimarão na energização do circuito com a bateria de 25 V 
acionada? 
F1
F2 F3
R1
4ohm
R2
5ohm
R3
5ohm
V1
25V
 
R1
4ohm
R2
5ohm
R3
5ohm
V1
25V
 3.845 A
+
-
 1.923 A
+
-
 1.923 A
+
-
F1
F2 F3
 
 
25 
Req = 4 + 5 . 5 = 4 + (25 / 10) portanto Req= 6,5 ohmsReq= 6,5 ohmsReq= 6,5 ohmsReq= 6,5 ohms 
 5 + 5 
 
I = V / Req = 25 / 6,5 portanto I = 3,845I = 3,845I = 3,845I = 3,845 AAAA 
U1 = R1 . I = 4 . 3,85 portanto U1 = 15,38 VU1 = 15,38 VU1 = 15,38 VU1 = 15,38 V 
U2 = Req paralelo. I = 2,5 . 3,845 portanto U2 = 9,625 VU2 = 9,625 VU2 = 9,625 VU2 = 9,625 V 
I2 = U / R2 = 9,625 / 5 portanto I2 = 1,925 AI2 = 1,925 AI2 = 1,925 AI2 = 1,925 A 
I3 = U / R3 = 9,625 / 5 portanto I3 = 1,925 AI3 = 1,925 AI3 = 1,925 AI3 = 1,925 A 
Então teremos os seguintes valores passando pelos fusíveis: 
F1 3,85 A 
 
F2 1,925 A 
 
F3 1,925 A 
Como o valor nominal de todos os fusíveis é de 3 amperes, somente o fusível 1 irá queimar, 
pois a corrente neste trecho do circuito é superior ao valor nominal do fusível. 
 
ATIVATIVATIVATIVIDADE DE FIXAÇÃOIDADE DE FIXAÇÃOIDADE DE FIXAÇÃOIDADE DE FIXAÇÃO 
 
1 - Explique com suas palavras o que são fusíveis? 
 
2- Cite alguns tipos de fusíveis, explicando suas principais características. 
 
 
1.12 Transformador 
 
 
Transformador é um componente que modifica uma tensão alternada, aumentando-a ou 
diminuindo-a. O transformador é normalmente constituído por 2 bobinas isoladas eletricamente e 
enroladas em um mesmo núcleo de ferro. 
 
26 
Vp Vs
..
 
Figura 4 - Transformador 
 
A primeira bobina recebe a tensão a ser transformada (Vp) e é chamada de primário e a 
segunda bobina fornece a tensão com o valor transformado (Vs) e é conhecida como secundário. 
Em um transformador ideal, temos que as potências de entrada e saída são iguais: 
 Ps = Pp (1) 
Como sabemos, potência é dada pela multiplicação de tensão pela corrente, portanto 
podemos concluir que a multiplicação da tensão pela corrente do primário é igual a multiplicação da 
tensão pela corrente do secundário. 
Ps = Us . Is � potência do secundário (2) 
 Pp = Up . Ip � potência do primário (3) 
Substituindo (2) e (3) em (1) temos: 
Us Is = Up Ip 
Temos também, que a relação de espiras é diretamente proporcional à tensão,ou seja, 
quanto maior o número de espiras, maior será a tensão. 
Diante desta afirmação podemos elaborar a seguinte relação: 
 Up = Np e Logo temos: Is = Np . Ip 
 Us Ns Ns 
 
Exemplo: 
Um transformador ideal tem 250 espiras no enrolamento primário e 850 espiras no enrolamento 
secundário. Aplica-se uma tensâo de 10 V (eficaz) no primário, calcule: 
a) Tensão induzida no secundário. 
b) Corrente no primário e no secundário se um resistor de 110 ohms for ligado ao secundário. 
Resolução: Us = Ns / Np x Up 
Us = 850 / 250 x 10 
 
27 
 UsUsUsUs ==== 34 V34 V34 V34 V 
 
 Is = Us / R = 34 / 110 
IsIsIsIs = = = = 0,3090 A0,3090 A0,3090 A0,3090 A 
 
 Up . Ip = Us . Is 
 Ip = Us . Is / Up 
Ip = 34 . 0,3090 / 10 
 IpIpIpIp ==== 1,05 A1,05 A1,05 A1,05 A 
 
Exemplo de Cálculo de Transformadores MonofásicosExemplo de Cálculo de Transformadores MonofásicosExemplo de Cálculo de Transformadores MonofásicosExemplo de Cálculo de Transformadores Monofásicos 
 
D � Transformador Monofásico de 60 Hz (f = 60 Hz); 
A � P2 = 30 VA 
D � V1 = 110 V 
O � V2 = 15 + 15 V; 
S � I2 = 2 A; 
� P2 = V2 I2 = 15 . 2 = 30 V.A 
 Em geral o cálculo obedece à seguinte ordem: 
 
 
1) Potência Primária: P1 = 1,1 . P2 = 1,1 . 30 = P1 = 33 VA33 VA33 VA33 VA 
 
2) Corrente Primária: I1 = P1 / V1 = 33 / 110 
I1 I1 I1 I1 = = = = 0,3 A0,3 A0,3 A0,3 A 
 
3) Corrente Secundária: I2 I2 I2 I2 = = = = 2 A2 A2 A2 A 
 
Se admitirmos que, para uma potência secundária até 500 VA, teremos uma densidade de 
corrente de 3 . A / 100m² nos fios, então teremos: 
4) Seção Transversal do Fio Primário: S1 = I1 / d = 0,3 A / 3 A/mm² 
S1 S1 S1 S1 = 0,1 mm²= 0,1 mm²= 0,1 mm²= 0,1 mm² 
Aumento de 
10%, levar em 
consideração 
as perdas. 
 
28 
Buscando na tabela de fios esmaltados obtemos: Fio nº 26 AWG Fio nº 26 AWG Fio nº 26 AWG Fio nº 26 AWG 
 
5) Seção Transversal do Fio Secundário: S2 = I2 / d = 2 A / 3 A/mm² 
 S2 S2 S2 S2 ≅≅≅≅ 0,667 mm² 0,667 mm² 0,667 mm² 0,667 mm² 
Da Tabela de Fios obtemos: Fio nº 18 AWGFio nº 18 AWGFio nº 18 AWGFio nº 18 AWG 
 
6) Estimativa da Seção Magnética do Núcleo: 
 (Usando Lâminas Padronizadas) 
 
Transformador Sm (Seção Magnética) 
1 Primário e 
1 Secundário 
 
 7,5 . P2 
 f 
1 P E . 2 5 ou 
2 P E 1 5 
 
 7,5 . 1,25 . P2 
 f 
2 P E 2 5 
 7,5 . 1,5 . P2 
 f 
 
Sm = 7,5 . 1,25 . P2 = 7,5 . 1,25 . 30 = 5,929 cm² 
 F 60 
 
 
7) Estimativa da Seção Geométrica (S g): 
Sg = Sm . 1,1 = 1,1 . 5,929 : Sg Sg Sg Sg ≅≅≅≅ 6,522 cm 6,522 cm 6,522 cm 6,522 cm 
 
8) Estimativa do Carretel (Perna Central do Transformador): 
A = Sg = 6,522 
 
a a a a ≅≅≅≅ 2,55 cm 2,55 cm 2,55 cm 2,55 cm 
 
29 
9) Escolha do carretel: carretel com perna central quadrada de lado a = 2,9 cm. 
 
10) Cálculo da Seção Geométrica: Sg = a² = (2,9)² 
Sg = 8Sg = 8Sg = 8Sg = 8,41 cm²,41 cm²,41 cm²,41 cm² 
 
11) Cálculo da Seção Magnética: Sm = Sg = 8,41 / 1,1 
 Sm Sm Sm Sm ≅≅≅≅ 7,645 cm² 7,645 cm² 7,645 cm² 7,645 cm² 
 
12) Cálculo do n.º de espiras no primário: 
N1 = V1 . 10_____ 
 4,44 . Bm . Sm . f 
N1 = 110 . 10 
4,44 . 10 . 7,645 . 60 
N1 ≅ 540,1 
N1N1N1N1 adotado = 541 Espirasadotado = 541 Espirasadotado = 541 Espirasadotado = 541 Espiras 
 
Onde: 
N1 = nº de espiras no enrolamento primário; 
V1 = Tensão no Primário (Volts) (Eficaz); 
Bm = Indução máxima no ferro (Lâminas de ferro-silício); 
 6.000 Bm 14.000 (Gauss) para as nossas lâminas; 
B = 10.000 Gauss; 
Sm = Seção Magnética (cm²); 
f = Freqüência (Hz) da rede. 
 
13) Cálculo do nº de espiras no secundário: 
 V1 = N1 N2 = N1 . V2 = 541 . 15 ≅ 73,7 
 V2 N2 V1 110 
Aumentamos o resultado em 10%, a fim de compensar a queda de tensão nos 
enrolamentos: N2 = 1,1 . N2 N2 N2 N2 ≅≅≅≅ 82 espiras 82 espiras 82 espiras 82 espiras 
 
30 
1.13 Diodo 
 
 
O diodo é um dispositivo que, quando em polarização direta, permite a passagem de 
corrente, e em polarização reversa, impede a passagem de corrente. 
 
 
 
 
Figura 5 – Diodo 
 
D1
R1
V1
 
Figura 6 - Polarização Direta 
 
D1
R1
V1
 
Figura 7 - Polarização Reversa 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
1.14 Retificação 
 
 
Os circuitos retificadores possuem a característica de transformar uma forma de onda 
senoidal em uma forma de onda semi-senoidal e, juntamente com os filtros, podem transformar uma 
senoide em um sinal de característica contínua, ou quase contínua. 
Os circuitos retificadores são classificados em dois tipos: 
• Meia Onda 
• Onda Completa. 
D1
R1
T1
V1
..
 
Figura 8 - Retificador de Meia Onda 
 
Este circuito tem a característica de transformar uma senoide em um sinal de meia senoide, 
onde a parte negativa de uma senoide fica bloqueada no circuito, ou seja, fica em zero, só 
permitindo que a parte positiva seja idêntica a da senoide. 
 
D1
R1T1
V1
D2
 
Figura 9 - Retificador de Onda Completa 
 
 
32 
 
O circuito retificador de onda completa permite que a parte positiva da senoide seja 
transferida para a saída e a parte negativa da senoide seja invertida e transferida para a saída com 
características positivas, desta forma o sinal ficará com duas semi-senoides na parte positiva e 
nenhum sinal na parte negativa. 
 
 
1.15 Diodo Zener 
 
 
Este componente é fabricado para trabalhar em polarização reversa, ou seja, ao contrário do 
diodo comum, o diodo Zener permite a passagem da corrente. O Diodo Zener apresenta uma 
característica de tensão constante para uma faixa de corrente, esta propriedade é chamada de 
efeito zener. Verificamos que, trabalhando na região reversa, com corrente maior que Izmáx, a 
tensão sobre o diodo Vz irá permanecer praticamente constante, isto permite que o diodo Zener 
seja utilizado para situações onde seja necessário uma tensão constante. 
Dz
 
 Figura 10 - Diodo Zener 
 
O diodo tem as seguintes especificações: 
Tensão Zener: (Vz) 
Potência Máxima: Pzmax = Vz . Izmax 
Para fins e projeto na prática, usamos: Izmin = Izmax /10 
Exemplo : 
Determine os parâmetros para um zener com Vz = 6,5 V e Pzmax = 420 mw 
 Iz = Pzmax / Vz = 420 . 10-3 / 6,5 
IzIzIzIz = = = = 64,62 . 1064,62 . 1064,62 . 1064,62 . 10----3333 A A A A 
Iz = Izmax / 10 = 64,62 . 10-3 / 10 
IzIzIzIzminminminmin = = = = 6,46 . 106,46 . 106,46 . 106,46 . 10----3333 A AA A 
 
33 
1.16 Transistor 
 
 
É um dispositivo semicondutor de três terminais, no qual uma pequena corrente em um 
terminal pode controlar uma corrente muito maior que flui entre o segundo e o terceiro terminal. 
Disto, resulta que o transistor pode funcionar tanto como amplificador (de corrente), quanto como 
interruptores (chaves). Este componente é formado por junções (positiva e negativa), que podem ser 
dispostas de duas formas Negativa – Positiva – Negativa, que são chamadas de NPN, ou Positiva – 
Negativa – Positiva, chamadas de PNP. 
BC548
 
Figura 11 Transistor NPN 
 
 
BC558
 
 Figura 12- Transistor PNP 
 
34 
 
1.16.1 Polarização de Transistores 
 
 
Os transistores são polarizados de forma a obter em sua base (junção do meio) uma certa 
corrente, que fará com que permita a condução de corrente entre as outras duas junções coletor e 
emissor (junções da extremidade) e que possui algumas características que iremos verificar. 
 
RB RC
V1
 
Figura 13 - Polarização com Corrente de Base Constante 
 
No circuito acima, o resistor RB representa o resistor ligado à base do transistor e o resistor 
RC, o resistor ligado ao coletor do transistor. Observe que nesta configuração o emissor do 
transistor está diretamente ligado à fonte, não possuindo qualquer resistor entre eles. Para estudar 
as tensões, correntes e resistências aplicadas, lançamos mão da análise de malhas, avaliando, 
neste caso, três malhas. A primeira compreendida entre RB e a junção base – coletor; a segunda, 
compreendida entre RC, fonte e a junção coletor – emissor; e a terceira, compreendida entre fonte, 
RB e a junção base – emissor. 
Além disto, cada transistor possui uma característica própria, chamada de ganho, que é 
simbolizada pela letra grega Beta (β), e está diretamente ligada com as correntes de base e coletor. 
Com estes parâmetros podemos tirar algumas equações para análise do transistor.: 
 
35 
Escrevendo as equações de malha, teremos: 
 V1 = Rb Ib + VBE 
 e 
 V1 = Rc Ic + VCE 
Sabendo-se que β será o ganho de corrente na configuração emissor comum e será dado 
por: 
β = Ic / Ib 
Exemplo 
RB RC
V1
 
Através do circuito, pede-se: 
a) a corrente de base; 
b) a resistência de base; 
c) a resistência do coletor, sendo dado: 
VBE = 0,7 V V1 = 12 V 
Β = 100 V VCE = V1 / 3 
 IC = 12 m A 
Solução: 
a) Corrente de Base: 
IB = IC / β = 0,012 / 100 
IBIBIBIB ==== 0,00012 A0,00012 A0,00012 A0,00012 A 
b) Resistência de Base: 
RB = V1 - VBE = 12 - 0,7 = 111,99988 
 IB 0,00012 0,00012 
RBRBRBRB ==== 99.999 ohms99.999 ohms99.999 ohms99.999 ohms 
 
36 
c) Resistência do Coletor: 
RC = V1 - VCE 
 IC 
E 
VCE = V1 / 3 ou = 12 / 3 portanto VCE = 4 V VCE = 4 V VCE = 4 V VCE = 4 V 
RC = 12 - 4 = 8 
 0,012 0,012 
 
RC =RC =RC =RC = 666,67 ohms666,67 ohms666,67 ohms666,67 ohms 
 
RB RC
V2
RE
 
Figura 14 - Polarização com Corrente de Emissor Constante 
 
Das equações de malhas temos que: 
Rb Ib = V2 - VBE - VRE , 
Rc Ic = V2 - VCE - VRE sabendo que: 
IE = IB + IC e VRE = RE IE 
Exemplo: 
Em relação ao circuito abaixo, pede-se: 
a) corrente de base; 
b) a resistência de base; 
c) a resistência do coletor; 
d) a corrente do emissor. 
e) a resistência de emissor. 
 
37 
Sendo dado: 
VBE = 0,7 V V2 = 13 V VRE = V2 / 9 
 
β = 100 VCE = V2 / 3 Ic = 25 m A 
 
Solução: 
a) A Corrente de Base: 
IB = Ic/ β = 0,025 / 100 IB = IB = IB = IB = 0,00025 A 0,00025 A 0,00025 A 0,00025 A 
 
b) A Resistência de Base: 
RB = V2 - VBE - VRE sendo VRE = V2 / 9 
 IBE 
VRE = 13 / 9 = VRE = 1,44 VVRE = 1,44 VVRE = 1,44 VVRE = 1,44 V com isso 
RB = 13 - 0,7 1,44 = 10,86 / 0,00025 
 0,00025 
RBRBRBRB ==== 43440 ohms43440 ohms43440 ohms43440 ohms 
 
c) A Resistência de Coletor: 
RC = V2 - VCE - VRE 
 Ic 
Sendo: VCE = V2 / 3 = 13 / 3 VCE = 4,33 VVCE = 4,33 VVCE = 4,33 VVCE = 4,33 V e 
VRE = V2 / 9 = 13 / 9 VRE = 1,44 VVRE = 1,44 VVRE = 1,44 VVRE = 1,44 V 
com isso, temos: 
RC = 13 - 4,33 1,44 RCRCRCRC = 289,2 ohms= 289,2 ohms= 289,2 ohms= 289,2 ohms 
 0,025 
 
d) A Corrente de Emissor: 
IE = IB + IC 
IE = 0,00025 + 0,025 
IEIEIEIE ==== 0,02525 A0,02525 A0,02525 A0,02525 A 
 
38 
 
e) Corrente de Emissor: 
RE = VRE / Ie = 1,44 / 0,02525 
RERERERE ==== 57,029 ohms57,029 ohms57,029 ohms57,029 ohms 
 
ATIVIDADES ATIVIDADES ATIVIDADES ATIVIDADES DE FIXAÇÃODE FIXAÇÃODE FIXAÇÃODE FIXAÇÃO 
 
1) Explique o que vem a ser um diodo e desenhe seu símbolo. 
2) Em relação ao diodo desenhe os seguintes circuitos: 
 a) Polarização Direta. 
b) Polarização Reversa. 
3) Quais os símbolos dos Transistores NPN e PNP? (Desenhe). 
4) O que é um Transistor? 
5) Dado o circuito abaixo, calcule: 
 a) a corrente de base; 
 b) a resistência de base; 
 c) a resistência do coletor, com: 
VBE = 0,7 V V3 = 15 V β = 100 
VCE = V3 / 4 IC = 17 mA 
RB RC
V3
15V
 
 
39 
 
6) Pede-se: 
 a) a corrente de base; 
 b) a resistência de base; 
 c) a resistência de coletor; 
 d) a corrente de emissor; 
 e) a resistência de emissor. 
 Sendo dado: 
RB RC
V5
RE
 
 
 VBE = 0,7 V V5 = 16 V 
 Β = 100 VCE = V5 / 5 
 IC = 30 m A VRE = V5 / 9 
 
 
40 
1.17 SCR 
 
 
Para se entender o funcionamento do SCR faremos um paralelo com o diodo. No diodo, 
quando a tensão vai ficando positiva, a junção entra em condução e a corrente aumenta. O diodo, 
quando polarizado diretamente, tem características equivalentes a um curto-circuito. 
No SCR, a tensão positiva não modifica a característica de condução, ou seja, ele continua 
sendo um circuito aberto que não permite a passagem da corrente. Este circuito se tornará um curto 
circuito, ou seja, conduzirá corrente, somente quando for aplicado um pulso no seu terceiro pino, 
que é chamado de gatilho. 
O grande mérito do SCR é que é possível controlar o seu disparo enquanto o diodo não. 
D1
2N1599
 
Figura 15 - SCR 
 
A curva real de um SCR trabalha em três regiões: de polarização reversa, de polarização 
direta com bloqueio e de polarização direta em condução. 
Polarização ReversaPolarização ReversaPolarização ReversaPolarização Reversa – Trabalha-se em VAK < 0 (tensão entre Anodo e Catodo), não há 
condução. Nos SCRs de baixa corrente, a corrente reversa é da ordem de dezenas a centenas de 
microamper. 
Polarização Direta em BloqueioPolarização Direta em BloqueioPolarização Direta em BloqueioPolarização Direta em Bloqueio – Temos várias curvas paramétricas pela corrente de 
gatilho. Sendo IG = 0, o SCR continua bloqueado, desde que a tensão seja inferior a VBO 
(breakover voltage ou tensão de disparo). Com VAR = VBO , o SCR dispara e a corrente aumenta. 
Polarização Direta em ConduçãoPolarização Direta em ConduçãoPolarização Direta em ConduçãoPolarização Direta em Condução – A corrente de anodo tem que atingir um valor mínimo de 
disparo IL (latching current ou corrente de disparo), para que o SCR continue emcondução. Se esse 
valor não for atingido, após o disparo, o SCR retorna ao estado de bloqueio. 
 
41 
Exemplo 1: 
O SCR atuando como chave para ligar e desligar uma lâmpada. 
TIC 116B
CH1
CH2
R1 200ohm
120V / 100W
R2 1100ohm
120 V
 
Figura 16 - Exemplo 1 - SCR 
 
No circuito acima, podemos observar que, mesmo com a chave CH2 fechada, se a chave 
CH1 não estiver fechada, não haverá condução de corrente, pois é a chave CH1 que permite o 
pulso para disparar o SCR (corrente de gatilho). Quando a chave CH1 é fechada, uma corrente irá 
circular pelo circuito compreendido entre os resistores R1 e R2, o que permitirá uma queda de 
tensão sobre R2, com isso o gatilho é disparado e o SCR passa a conduzir, nos seus terminais 
Anodo e Catodo. Após o acionamento do SCR, este somente deixará de conduzir, quando a 
corrente for retirada dos seus terminais, Anodo e Catodo, ou seja, no circuito acima, somente 
quando CH2 for desligada. 
 
42 
Exemplo 2: 
SCR como retificador de meia-onda. 
TIC 116B
CH1
R1 200ohm
120V / 100W
R2 950ohm
120 V
D1
 
Figura 17 - Exemplo 2 - SCR 
 
Características do TIC 116 B. 
IGT = 20 mA VAK = 6,0 V 
Calcule a tensão da rede em que o disparo ocorre. 
 
Solução: 
A lâmpada estará apagada com CH1 aberta. O SCR TIC 116 B precisa de 20 mA de 
corrente de gatilho para disparar, sendo VAK = 6 VCC. A junção gatilho-catodo não deixa de ser 
um diodo que aparece em paralelo com o resistor de 950 ohms. Dando prosseguimento, no início do 
semi-ciclo positivo, a junção gatilho-catodo curto-circuita o resistor de 950 ohms e a tensão da rede 
chega a um valor suficiente para o disparo do SCR, que, com isso, energiza a lâmpada que 
acenderá. 
 
43 
A tensão da rede será dada por: 
Vrede = IG . R1 = 20 . 10-3 . 200 
Vrede = 0,02 . 200 = 4 V 
 
 
1.18 DIAC 
 
 
O DIAC (Diode Alternative Current) é uma chave bidirecional que dispara por tensão. Este 
dispositivo pode ser usado como controle de disparo para acionar o TRIAC 
A tensão de disparo dos DIACs ocorre entre 20 e 40 V. 
 
Figura 18 - DIAC 
 
 
1.19 TRIAC 
 
 
TRIAC significa TRI (Triode ou triodo, de três terminais) e AC (Alternate Current ou corrente 
alternada). O TRIAC é um triodo que permite o controle de corrente alternada. 
O TRIAC é, fundamentalmente, um DIAC com um terminal de porta para controlar as 
condições do disparo em ambos os sentidos. A corrente de porta pode controlar a ação do 
dispositivo em qualquer sentido. O DIAC é, basicamente, uma associação paralelo inversa de 2 
terminais em camadas semicondutoras que permite o disparo em qualquer sentido. Temos como 
exemplo o DIMMER (Regulador de Luminosidade). 
 
44 
 
 Figura 19 - TRIAC 
 
Exemplo: 
Vamos observar o disparo do TRIAC nos seguintes quadrantes. 
R1
25ohm
VG
6V
11V
10V / 6W
 50%
47 ohm
R2
 
Figura 20 – Disparo do TRIAC 
 
Solução: 
Para observarmos o disparo do TRIAC é necessário conhecer o valor de R2 e as 
características do TRIAC que são apresentadas a seguir: 
 
 
45 
 
Tensão da FonteTensão da FonteTensão da FonteTensão da Fonte 
(V)(V)(V)(V) 
Tensão de GateTensão de GateTensão de GateTensão de Gate 
(V)(V)(V)(V) 
QuadranteQuadranteQuadranteQuadrante 
(mA)(mA)(mA)(mA) 
IIIIGTM GTM GTM GTM TípicoTípicoTípicoTípico 
(mA)(mA)(mA)(mA) 
IIIIGTM GTM GTM GTM MáximoMáximoMáximoMáximo 
(mA)(mA)(mA)(mA) 
+ 12 + 5 I + 15 + 50 
+ 12 - 5 II - 25 - 50 
- 12 - 5 III - 30 - 50 
- 12 + 5 IV + 75 
Tensão da Fonte 
(V) 
Tensão de Gate 
(V) 
Quadrante 
(V) 
VGAI Típico 
(V) 
VGAI Máximo 
(V) 
+ 12 + 5 I + 0,9 + 2,5 
+ 12 - 5 II - 1,2 - 2,5 
- 12 - 5 III - 1,2 - 2,5 
- 12 + 5 IV + 1,2 
ITRMS = 8 A @ TC = 85ºC TC = 85 ºC 
R1 = 10 Ω . tp(g) ≥ 20 µs 
Tensões medidas em relação ao terminal A1 (MT1) 
 
 Quadro 1 - TRIAC 
 
Observe que no primeiro quadrante temos: 
VGAI = 2,5 V 
IG = VG - VGAI = 6 – 2,5 
 R1 + R2 25 + R2 
A corrente que garante o disparo é 50 mA retirado da tabela. 
50 . 10-3 = 3,5 0,05 . 25 + 0,05 R2 = 3,5 
 25 + R2 
1,25 + 0,05 R2 = 3,5 
R2 = 2,25 / 0,05 
R2 R2 R2 R2 = 45,0 ohms= 45,0 ohms= 45,0 ohms= 45,0 ohms 
Para os quadrantes I e II, a corrente mínima é a mesma, portanto o resultado será o mesmo. 
 
46 
No IV quadrante, a corrente mínima que garante o disparo é 75 mA. 
75 . 10-3 = 6 - 1,2 
25 + R2 
 
0,075 . 25 + 0,075 R2 = 4,8 
 1,875 + 0,075 R2 = 4,8 
 R2 = 2,925 / 0,075 
 R2 R2 R2 R2 = 39 ohms = 39 ohms = 39 ohms = 39 ohms 
 
 
1.20 Indutor 
 
 
Indutor é um componente, no qual a energia elétrica é armazenada no campo magnético 
criado pelas correntes que circulam por ele, ou seja, indutor ou bobina. É um fio enrolado em forma 
de hélice sobre um núcleo. 
 
 
Figura 21 - Indutor 
 
A indutância de uma bobina é uma medida da quantidade de energia que pode ser 
armazenada em um campo magnético. 
Toda bobina possui uma indutância. A indutância depende das dimensões da bobina 
(número de espirais, comprimentos e diâmetro do núcleo) e do material de que é feito o núcleo. 
A unidade de indutância é chamada de Henry (H), a reatância indutiva será dada por: 
XL = ω . L = 2 π . F. L 
onde: 
 
47 
L = indutância da bobina em Henry 
F = freqüência da c. a em Hertz 
XL = reatância da bobina em ohms 
 
Sabe-se ainda que a impedância do circuito será dada por: Ζ = VG / I 
 
Exemplo: 
1) Uma bobina tem 0,2 H de indutância, sendo ligada a uma tensão de 110 V, 60 Hz. Calcule: 
a) reatância da bobina 
b) valor eficaz da corrente no circuito. 
Resolução 
 a) XL = 2 π F L = 2 π . 60 . 0,2 
 XL = 75,36 ohms 
 
 b) IF = VEF / XL = 110 / 75,36 = IF = 1,459 AIF = 1,459 AIF = 1,459 AIF = 1,459 A 
 
2) Em que freqüência, uma bobina de indutância de 30 mH terá reatância de 200 ohms? 
Resolução 
 L = 30 mH = 30 / 1000 = 0,03 H 
 XL = 200 ohms 
 XL = 2 π F L 
 F = XL = 200 = 200 
 2 π L 2 π . 0,03 0,1884 
 F = 1061,57 HertzF = 1061,57 HertzF = 1061,57 HertzF = 1061,57 Hertz 
 
 
 
48 
1.20.1 Circuito RL Série 
 
 
Neste circuito temos dois tipos de oposição: a oferecida pela resistência e a oposição da f . e 
. m. de auto-indução (reatância indutiva). 
L
R
 
Figura 22 - Circuito RL Série 
 
Neste circuito temos: 
 
VR = R I isto V = V2² + V2² 
 R L 
 
VL = XL . L XL = 2 π . F . L 
 
Z = R2² + XL2² 
 
Exemplo: 
 Calcule a tensão que deve ser aplicada a uma bobina, a fim de produzir uma corrente de 
6 A, se a resistência da bobina é 7 ohms e a sua reatância indutiva é 9 ohms. Determine o valor da 
indutância para uma freqüência de 60 Hz. Calcule a impedância do circuito. 
Solução 
 VR = R . I = 7 . 6 VR = 42 VVR = 42 VVR = 42 VVR = 42 V 
 VL = XL . I = 9 . 6 VL = 54 VVL = 54 VVL = 54 VVL = 54 V 
 
49 
LR
I 
 IR 
VG 
 V = VR2² + VL2² = 42² + 54² 
 
V = 4680 V = 68,41 VV = 68,41 VV = 68,41 VV = 68,41 V 
 
 XL = 2 π F L 
 
 9 = 2 π . 60 . L 9 = 376,98 L 
 
9 / 376,98 = L L = 0,02238 HL = 0,02238 HL = 0,02238 HL = 0,02238 H 
 
 
 Z = R2² + XL2² = 72²+ 92² 
 
 Z = 130 
 
Z = 11,40 ohmsZ = 11,40 ohmsZ = 11,40 ohmsZ = 11,40 ohms 
 
 
1.20.2 Circuito RL Paralelo 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 23 - Circuito RL Paralelo 
 
Neste circuito a impedância será calculada da seguinte forma: 
Z = R . XL 
 R2² + XL2² 
Sabendo-se que a tensão da fonte será dada por: VG = Z . I 
 
50 
Exemplo : 
Determine a tensão aplicada em um circuito RL paralelo que consome uma corrente de 
11 mA, sendo R = 1,3 K ohms e XL = 1,7 ohms. 
Solução 
 R = 1,3 K ohms = 1300 ohms 
 
 XL = 1,7 K ohms = 1700 ohms 
 
 Z = R . XL = 1300 . 1700 
 R2² + XL2² (1300) 2² + (1700) 2² 
 
Z = ___ 2210000 = 2210000 
 (1690000) + (2890000) 4580000 
 
Z = 2210000 Z = Z = Z = Z = 1032,671032,671032,671032,67 Ω 
2140,093 
 
 
1.21 Capacitores 
 
 
São dispositivos que armazenam energia elétrica na forma de campo elétrico, gerado pelas 
cargas armazenadas em suas armaduras. 
C
 
Figura 24 - Capacitores 
 
51 
Reatância capacitiva (Xc) é a oposição que um capacitor oferece ao fluxo de corrente 
alternada, é medida em ohms, com isso: 
 Xc = 1 
 2 π F.C 
C em Faraday 
F em Hertz 
Xc em Ohms 
 
Exemplos: 
1) Determine a reatância de um capacitor de 6 µF (micro Faraday) nas freqüências de 62 Hz e 
380 Hz. 
Solução 
 F = 62 Hz Xc = 1 = 1 
 2 π F C 2 π . 62 . 6 . 10¯6 
 Xc = 1 = 1000 
 2,336 . 10¯³ 2,336 
 
 Xc = 428,082 ohmsXc = 428,082 ohmsXc = 428,082 ohmsXc = 428,082 ohms 
 e 
 F = 380 Hz Xc = 1 
 2 π . 380 . 6 . 10¯6 
 
 Xc = 1000000 Xc = 69,81 ohmsXc = 69,81 ohmsXc = 69,81 ohmsXc = 69,81 ohms 
 14325,24 
 
2) Em relação à questão anterior o capacitor de 6 µF é ligado a uma tensão de 110 V /62 Hz. 
Determine a intensidade da corrente no circuito? 
 Xc = 428,082 ohms 
 
 I = V / Xc 110 / 428,082 
 I I I I = = = = 0,256 A0,256 A0,256 A0,256 A 
 
 
52 
3) Em que freqüência um capacitor de 200 nano Faraday apresenta uma reatância de 200 Ohms? 
 Xc = 1 
 6,28 . F C 
 Xc . 6,28 . F . C = 1 
 
 F = 1 = 1 
 6,28 Xc . C 6,28 . 200 . 200 . 10¯ 9 
 
 F = 10 7 F = 3980,89 HzF = 3980,89 HzF = 3980,89 HzF = 3980,89 Hz 
 2512 
 
 
1.21.1 Circuito RC Série 
 
 
Do circuito RC Série, teremos as seguintes equações para determinar VR e VC. 
VG
R
C
 
Figura 25 - Circuito RC Série 
 
Z = R2² + Xc2² VR = RI 
 
I = VG / Z Vc = Xc . I 
 
Xc = 1 VG = VR² + Vc² 
 2 π F . C 
 
53 
VG
10V
R
50ohm
Xc = 4ohm
 100Hz 
Exemplo: 
Dado o circuito abaixo, calcule: 
a) Impedância; 
b) Corrente; 
c) Tensão no resistor; 
d) Tensão no capacitor; 
e) Capacitância. 
 
 
 
 
 
 
 
a) Z = R2² + Xc2² = 52² + 42² = 25 + 16 
 
 
 Z = 41 Z = 6,403 Z = 6,403 Z = 6,403 Z = 6,403 ohms ohms ohms ohms 
 
b) I = VG / Z = 10 / 6,403 I = I = I = I = 1,56 A1,56 A1,56 A1,56 A 
 
c) VR = RI = 5 . 1,56 VR = 7,8 VVR = 7,8 VVR = 7,8 VVR = 7,8 V 
 
d) VC = Xc . I = 4 . 1,56 VC = 6,24 VVC = 6,24 VVC = 6,24 VVC = 6,24 V 
 
e) XC = 1 XC . 2 π F C = 1 
 2 ( F C 
 C = 1 = 1 
 2 ( Xc .F. π) 2 .3,14 . 4 . 100 
 
 C = 0.000398 F 
 
54 
1.21.2 Circuito RC Paralelo 
 
 
Fazendo agora o circuito paralelo temos: 
Z = Xc . R 
Xc2 + R2 
 
I = VG / Z 
 
Xc = 1 I = IR2² + IC2² 
 2 .3,14 . F . C 
Através do circuito, calcule: 
a) a reatância capacitiva; 
b) a impedância. 
 
Solução 
 a) Xc = 1 = 1 
 2 π . F. C 2 π . 60 . 11 . 10-6 
 
 Xc = 1000000 = 1000000 
 2 π . 60 . 11 4144,8 
 
 Xc = Xc = Xc = Xc = 241241241241,266 ohms,266 ohms,266 ohms,266 ohms 
 
 b) Z = Xc . R = 241,266 . 170 
 Xc2² + R2² (241,266) 2² + (170) 2² 
 
 Z = 41082,2 = 41082,2 
 58.209,282 + 28.900 87109,282 
 
 Z = Z = Z = Z = 295,14 ohms295,14 ohms295,14 ohms295,14 ohms 
 
55 
1.22 Circuito RLC Série 
 
 
A figura a seguir mostra um circuito série de Resistor, Indutor e Capacitor onde faremos as 
seguintes considerações: 
VG
R
C
L
 
Figura 26 - RLC Série 
 
Sabemos que neste circuito temos a reatância indutiva (XL), reatância capacitiva (Xc) e a 
resistência (R). Com isso podemos escrever: 
 
Z = R2² + (XL - Xc) 2² 
 
Temos aí um circuito puramente resistivo, uma vez que a reatância capacitiva se anula com 
a reatância indutiva, a partir deste conceito a tensão aplicada e a corrente estão em fase este 
processo é chamado de ressonância. 
A ressonância ocorre em uma freqüência Fo na qual XL = XC com isso teremos: 
 FO = 1 
 2 π LC 
ainda: XL = 2 π . F . L 
 Xc = 1 
 2 π F C 
 VG = VR2² + (VL - VC) 2² 
 
56 
ATIVIDADES DE FIXAÇÃOATIVIDADES DE FIXAÇÃOATIVIDADES DE FIXAÇÃOATIVIDADES DE FIXAÇÃO 
 
1) Dado o circuito, calcule: 
a) Freqüência de ressonância. 
 b) Valor da corrente na freqüência de ressonância. 
VG
15V
R
160ohm
C
100nF
L
1.2mH
 
Solução 
 a) FO = 1 = 1___________ 
 2 π LC 2 π 1,2 . 10¯³ . 100 . 10¯ 9 
 
 FO = 1 = 1 FO = 503,77 HzFO = 503,77 HzFO = 503,77 HzFO = 503,77 Hz 
 2 π 0,00000000012 0,001985 
 
 b) XL = 2 π FO L = 6,28 . 503,77 . 1,2 . 10¯³ 
 
 XL XL XL XL = 3,796 ohms= 3,796 ohms= 3,796 ohms= 3,796 ohms 
 
 Z = R2² + (XL - XC) 2² 
 
 
 Z = 1602² + (3,796 - 326,08) 2² 
 
57 
 Xc = 1 = 1 = 10 6 
 2 π FO C 2 π . 503,77 . 100. 10-9 3153,67 
 Xc Xc Xc Xc = 316,08= 316,08= 316,08= 316,08 
 
 Z = 1602² + (-312,29) 2² 
 
 Z = 25600 + 97525,85 Z = 350 ohms Z = 350 ohms Z = 350 ohms Z = 350 ohms 
 
 I = V / Z = 15 / 350 I = 0,042 A ouI I I I = = = = 42 mA 42 mA 42 mA 42 mA 
 
 
 
 
 
 
58 
 
UNIDADE II 
 
 
 
Projeto de Instalações Elétricas 
 
 
Para apresentar os cálculos de uma instalação elétrica, vamos usar a planta de uma casa 
como exemplo e nos basear na norma de instalações elétrica de baixa tensão NBR5410, que indica 
regras mínimas de segurança e qualidade para instalações elétricas abaixo de 1000 Vac ou 1500 
Vdc 
 
 
Figura 27 - Planta de Residência 
 
59 
2.1 Recomendações da NBR-5410 para o levantamento da carga de 
iluminação 
 
 
Vamos iniciar nossos cálculos fazendo um levantamento de cargas de iluminação. A 
NBR5410 estabelece algumas regras mínimas de carga atribuída, que servirão para definir a 
potência total instalada. 
 
 
2.1.1 Condições para se estabelecer a quantidade mínima de 
pontos de luz 
 
 
• prever, pelo menos, um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor de parede. 
• arandelas no banheiro devem estar distantes, no mínimo, 60 cm do limite do boxe. 
 
 
2.1.2 Condições para se estabelecer a potência mínima de 
iluminação 
 
 
A carga de iluminação carga de iluminação carga de iluminação carga de iluminação é feita em função da área doárea doárea doárea do cômodo cômodo cômodo cômodo da residência. 
 
 - atribuir um mínimo de 100 VA 
 
 - atribuir um mínimo de 100 VA para os primeiros 
6m² acrescido de 60 VA para cada aumento de 4 m² 
inteiros. 
 
Para área igual ou 
inferior a 6 m² 
Para área igual ou 
superior a 6 m² 
 
60 
 
DependênciasDependênciasDependênciasDependências MetragemMetragemMetragemMetragem 
Dormitório 1 3,20 x 3,20 
Sala 3,00 x 3,00 
Banheiro 2,10 x 1,70 
Copa 3,00 x 3,20 
Dormitório 2 3,20 x 3,20 
Cozinha 3,00 x 3,50 
Hall 1,80 x 1,00 
Área de Serviço 3,20 x 3,00 x 1,65 
 
Quadro 2 Dependências e respectivas metragens 
 
 
DEPENDÊNCIADEPENDÊNCIADEPENDÊNCIADEPENDÊNCIA DIMENSÕESDIMENSÕESDIMENSÕESDIMENSÕES 
ÁreaÁreaÁreaÁrea (m²) (m²) (m²) (m²) 
 
POTÊNCIA DE ILUMINAÇÃO (VA)POTÊNCIA DE ILUMINAÇÃO (VA)POTÊNCIA DE ILUMINAÇÃO (VA)POTÊNCIA DE ILUMINAÇÃO (VA) 
Sala A = 3 x 3 = 9 m2 ² 9 m2² = 6 m2² + 3 m2² 
| 
100 VA 
 
Copa A = 3 x 3,20 = 9,6 m2² 9,6 m2² = 6 m2² + 3,6 m2² 
| 
100 VA 
100 VA 
Cozinha A = 3 x 3,50 = 10,5 m2² 10,5 m2² = 6 m2+ 4 m2+ 0,5m2² 
 | | 
 100 VA 60 VA 
 
160 VA 
Dormitório 1 A = 3,20 x 3,2 = 10,24 m2² 10,24 m² = 6 m2+ 4 m2+ 0,24 m2² 
 | | 
 100 VA 60 VA 
160 VA 
Dormitório 2 A = 3,20 x 3,2 = 10,24 m2² 10,24 m2²= 6 m2+ 4 m2+ 0,24 m2² 
 | | 
 100 VA 60 VA 
160 VA 
Banheiro A = 2,10 x 1,70 = 3,57 m2² 3,57 m2² = 100 VA 100 VA 
Hall A = 1,80 x 1,00 = 1,80 m2² 180 m2² = 100 VA 100 VA 
Área de Serviço A = [ (3,2 + 3,0).1,65] ÷÷ 2 = 
5,11m2 
5,11 m2² = 100 VA 100 VA 
 
Quadro 3 Dependências, dimensões e potencial de iluminação de uma casa 
 
 
61 
2.2 Recomendações da NBR-5410 para o levantamento da carga de 
tomadas 
 
 
A NBR5410 também estabelece condições mínimas para a definição do número de tomadas 
de uso geral e também as potências atribuídas a ela. 
• Tomadas de Uso Geral (TUG’s)Tomadas de Uso Geral (TUG’s)Tomadas de Uso Geral (TUG’s)Tomadas de Uso Geral (TUG’s) 
 Não se destinam à ligação de equipamentos específicos e nelas são sempre ligados: 
- aparelhos móveis 
ou 
- aparelhos portáteis 
 
 
2.2.1 Condições para se estabelecer a quantidade mínima de 
tomadas de uso geral (TUG’s) 
 
 
 
 - no mínimo uma tomada. 
 
 
 
- no mínimo uma tomada para cada 5 m2 ou fração 
 de perímetro, espaçadas tão uniformemente 
 quanto possível. 
 
 
 - uma tomada para cada 3,5 m2 ou fração de 
 perímetro, independente da área. 
 
dependências 
com área igual ou 
inferior a 6m2 
dependências 
com mais de 6 m2² 
 
cozinhas, copas 
 
62 
banheiros, cozinhas, 
copas, copas-
cozinhas, áreas de 
serviço, lavanderias e 
 
demais cômodos ou 
dependências. 
 
 
 
 - pelo menos uma tomada. 
 
 
 
 
 - no mínimo uma tomada junto ao lavatório com 
 uma distância mínima de 60 cm do limite do 
 boxe. 
 
 
2.2.2 Condições para se estabelecer a potência mínima de TUG’s 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
subsolos, varandas, 
garagens ou sótãos 
banheiros 
- atribuir, no mínimo, 600 VA 
por tomada até 3 tomadas. 
 - atribuir 100 VA para os 
excedentes. 
- atribuir, no mínimo, 100 VA 
por tomada. 
 
63 
 
DIMENSÕESDIMENSÕESDIMENSÕESDIMENSÕES 
 
QUANTIDADEQUANTIDADEQUANTIDADEQUANTIDADE 
 
DEPENDÊNCIADEPENDÊNCIADEPENDÊNCIADEPENDÊNCIA 
Área 
(m(m(m(m2²)²)²)²) 
Perímetro 
(m)(m)(m)(m) 
TUG’s TUE’s 
Sala 
 9,0 9,0 9,0 9,0 3 x 2 + 3 x 2 = 123 x 2 + 3 x 2 = 123 x 2 + 3 x 2 = 123 x 2 + 3 x 2 = 12 5 + 5 + 2 5 + 5 + 2 5 + 5 + 2 5 + 5 + 2 
( 1 + 1 + 1 ) = 3 
 
 - 
Copa 
 9,6 9,6 9,6 9,6 3 x 2 + 3,2 x 2 =3 x 2 + 3,2 x 2 =3 x 2 + 3,2 x 2 =3 x 2 + 3,2 x 2 = 12,4 12,4 12,4 12,4 3,5 + 3,5 + 3,5 + 1,93,5 + 3,5 + 3,5 + 1,93,5 + 3,5 + 3,5 + 1,93,5 + 3,5 + 3,5 + 1,9 
(1 + 1 + 1 + 1=4 
 
 - 
Cozinha 
10,510,510,510,5 3 x 2 + 3,5 x 2 = 133 x 2 + 3,5 x 2 = 133 x 2 + 3,5 x 2 = 133 x 2 + 3,5 x 2 = 13 3,5 + 3,5 + 3,5 + 3,53,5 + 3,5 + 3,5 + 3,53,5 + 3,5 + 3,5 + 3,53,5 + 3,5 + 3,5 + 3,5 
(1 + 1 + 1 + 1=4 
 
 1 
Quarto 1 
10,2410,2410,2410,24 3,2 x 2 + 3,2 x 2 = 12,83,2 x 2 + 3,2 x 2 = 12,83,2 x 2 + 3,2 x 2 = 12,83,2 x 2 + 3,2 x 2 = 12,8 5 + 5 + 2,8 5 + 5 + 2,8 5 + 5 + 2,8 5 + 5 + 2,8 
(1 + 1 + 1) = 3 
 
 - 
Quarto 2 
11110,240,240,240,24 3,2 x 2 + 3,2 x 2 + 10,243,2 x 2 + 3,2 x 2 + 10,243,2 x 2 + 3,2 x 2 + 10,243,2 x 2 + 3,2 x 2 + 10,24 5 + 5 + 2,85 + 5 + 2,85 + 5 + 2,85 + 5 + 2,8 
(1 + 1 + 1) = 3 
 
 - 
Banheiro 
 3,57 3,57 3,57 3,57 1111 1 1 1 1 
Hall 
 1,80 1,80 1,80 1,80 1111 ---- 
Área de Serviço 
 5,11 5,11 5,11 5,11 
Obs.: Área Inferior a Obs.: Área Inferior a Obs.: Área Inferior a Obs.: Área Inferior a 
6m6m6m6m2222²: não interessa o ²: não interessa o ²: não interessa o ²: não interessa o 
perímetro.perímetro.perímetro.perímetro. 
2222 ---- 
 
Quadro 4 - Quantidade de TUGs 
 
64 
Prevendo as cargas de tomadas de uso geral e específico: 
DimensõesDimensõesDimensõesDimensões QuantidadeQuantidadeQuantidadeQuantidade Previsão de CargaPrevisão de CargaPrevisão de CargaPrevisão de Carga 
 
DEPENDÊNCIADEPENDÊNCIADEPENDÊNCIADEPENDÊNCIA 
 Área 
 (m (m (m (m2²)²)²)²) 
Perímetro 
 (m) (m) (m) (m) 
 TUG’s 
 TUE’s TUE’s TUE’s TUE’s TUG’s TUG’s TUG’s TUG’s TUE’s TUE’s TUE’s TUE’s 
Sala 
 9,09,09,09,0 12 12 12 12 3333 
- 3 x 100 VA - 
Copa 
 9,69,69,69,6 12,412,412,412,4 4444 
- 3 x 600 
1 x 100 
 
 - 
Cozinha 
 10,510,510,510,5 13 13 13 13 4444 
1 3 x 600 
1 x 100 
1 x 3500 W 
Dormitório 1 
10,2410,2410,2410,24 12,812,812,812,8 3333 
- 3 x 100 VA - 
Dormitório 2 
10,2410,2410,2410,24 12,812,812,812,8 3333 
- 3 x 100 VA - 
Banho 
 3,57 3,57 3,57 3,57 ---- 1111 
1 1 x 600 VA 1 x 4400 W 
Hall 
 1,801,801,801,80 ---- 1111 
- 1 x 100 VA - 
Área de Serviço 
 5,11 5,11 5,11 5,11 ---- 2222 
- 2 x 600 VA - 
 
Quadro 5 - Dimensões de TUGs e TUEs e determinação de carga 
 
 Dimensões 
 TUG’s TUG’s TUG’s TUG’s TUE’sTUE’sTUE’sTUE’s 
DEPENDÊNCIADEPENDÊNCIADEPENDÊNCIADEPENDÊNCIA 
ÁreaÁreaÁreaÁrea 
 (m (m (m (m2²)²)²)²)

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