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estudo de caso - Direito Civil I



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Universidade Estácio de Sá. Curso de Direito. Turno noturno. Direito Civil-parte geral.
Grupo: 6
Ricardo mora em Curitiba/PR e recebe a triste notícia de que seu pai, que reside no Rio de Janeiro/RJ com sua mãe, com quem era casado, teve uma complicação de saúde repentina e faleceu. 
Para auxiliar nas providências e cuidar de sua mãe, Ricardo dirige até o Rio de Janeiro, mas uma forte chuva o impede de chegar a tempo de acompanhar as providências para o sepultamento. 
Passado todo o momento difícil e de tristeza, Ricardo, preocupado com sua mãe, decide levá-la para Curitiba/PR, para ter mais proximidade.
Sabendo da situação de morte do pai, um corretor da cidade busca Ricardo e lhe oferece um apartamento pelo dobro do valor de mercado, o que ele quase aceita se não fosse pela vontade da mãe de morar em uma casa e não em um apartamento.
Tendo encontrado a casa ideal, Ricardo aluga a casa que a mãe vivia no Rio de Janeiro a um terceiro, e com o valor do aluguel, aluga outra em Curitiba para mãe. Para tanto a imobiliária estabelece a condição de um fiador e seguro-incêndio.
Já com a casa no nome da mãe, Ricardo decide fazer uma reforma providenciando o reparo de telhado, que já estava envelhecido e com inúmeras goteiras, bem como a pintura e troca do piso da casa, a abertura de uma janela na área da cozinha para viabilizar a ventilação e, por fim, a realização de um projeto de jardinagem.
E, para lidar melhor com o luto e aproximar a família, Ricardo, que era filho único, a mãe e uma tia, decidem criar uma fundação com os bens do pai, que não havia deixado testamento. O objetivo da fundação será auxiliar mulheres da nova cidade a lidar com a morte repentina de cônjuges, orientando juridicamente e com questões de carreira.
Com base no caso hipotético acima, discutam entre o grupo e respondam no limite de 3000 caracteres:
1- Quem são as pessoas naturais e jurídicas que aparecem no caso?
Pessoas naturais: Ricardo, sua mãe, sua tia, terceiro inquilino da casa no RJ, fiador. Pessoas jurídicas: a fundação, a imobiliária, cidades de RJ e Curitiba (pessoas jurídicas de direito público). 
O corretor pode ser tanto PF, como PJ.
2- Quais fatos, atos e negócios jurídicos aparecem no caso?
Fato jurídico: morte do pai de Ricardo.
Atos jurídicos: fixar domicílio em Curitiba.
Negócios jurídicos: criação da fundação, aluguel da casa no RJ, aluguel da casa em Curitiba, contratação da reforma, projeto de jardinagem, sepultamento.
3- Quais bens aparecem no caso?
O direito à sucessão aberta (bens do pai), o apartamento oferecido pelo corretor, casa da família alugada no RJ, casa alugada em Curitiba, benfeitorias feitas na casa alugada em Curitiba, carro de Ricardo.
4- Ricardo foi impedido de chegar a tempo, classifiquem juridicamente essa situação.
Força maior, que é um acontecimento relacionado a fatos externos, independentes da vontade humana, que impedem o cumprimento das obrigações e, nesse caso, não produziu consequências jurídicas.
5- Qual é a relevância da morte para o direito civil?
A morte representa a extinção dos direitos da personalidade e também produz direito à sucessão. 
6- Qual é a classificação das reformas feitas por Ricardo na casa?
As reformas são benfeitorias, classificadas dentro do grupo de bens reciprocamente considerados como bens acessórios. Podem ser voluptuárias (projeto de jardinagem), úteis (abertura da janela na cozinha) e necessárias (reparo no telhado, pintura e troca do piso).
7- Ricardo e a mãe poderiam ter criado uma fundação? Como seria classificado o Negócio Jurídico?
Poderiam, caso a partilha dos bens já tivesse sido homologada. Caso contrário, os bens deixados pelo falecido estariam em estado de comunhão indivisível entre os herdeiros e não poderiam ser usufruídos. A criação de uma fundação pode ser classificada como um Negócio Jurídico do tipo Unilateral (manifestação de vontade de apenas uma parte).