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Pós-colheita de raízes, tubérculos, rizomas, bulbos, frutas Exemplo de planta de colheita e beneficiamento móvel Onde beneficiar e classificar? Campo x unidades de beneficiamento O beneficiamento de frutas e hortaliças pode ser realizado diretamente em campo ou em unidades de beneficiamento estáticas ou móveis. Algumas hortaliças e frutas adaptam-se ao beneficiamento em campo, em especial aquelas mais sensíveis ao manuseio, como algumas frutas, folhosas e o morango. Outras podem ser beneficiadas tanto em campo, quanto em unidades de beneficiamento, dependendo do investimento disponível e da relação custo/beneficio. Recebimento Recebimento de pêssegos em esteira e batata-doce em tanques de água. Operação manual de descarregamento de limões. Descarga mecânica de pêssegos e automatizada para laranjas, respectivamente. Descarregamento de tomates por sistema basculante. Pontos de transferência Ilustração de um ponto de transferência, observando-se queda do produto. Placa de borracha esponjosa de 9,5 mm, utilizada para amortização de impacto em pontos de transferência. Seleção Seleção de tomates de mesa em linha de beneficiamento. Limpeza Etapa de lavagem de laranjas destinadas ao mercado fresco. Cerdas utilizadas para confecção de escovas. Da esquerda para direita: cerda de náilon Preto, náilon branco, crina de cavalo, fibra de coco e sisal. Escovas com cerdas onduladas (esquerda) e cerdas retas (direita). Rotação de escovas – 120 rpm Tempo de escovação – 20 segundos Aplicação de ceras No Brasil, a aplicação de ceras é comum para frutas destinadas à exportação, por exemplo: limão, laranja e manga. No caso especial do limão, a não aplicação de cera ocasiona altas perdas, principalmente de água. Em geral, a aplicação de cera se dá por meio de spray, e, após isto, o produto passa por um túnel de secagem. Uma importante recomendação durante a secagem é que os frutos permaneçam estáticos e não rotacionem, pois movimentações anteriores à secagem podem causar manchas. Classificação A classificação pode ser por: (1) Diâmetro: frutas, bulbos e tubérculos e hortaliças em geral; (2) Peso: frutas e algumas hortaliças, por exemplo, tomate; (3) Cor: frutas e outros órgãos cuja maturação é acompanhada de variações na cor. Atualmente já existem equipamentos que eletronicamente separam para defeitos internos, externos e teor de sólidos solúveis (Brix). Os equipamentos de classificação, grosso modo, podem ser divididos em sistemas mecânicos e eletrônicos. Os equipamentos de classificação mecânica em uso no Brasil, para frutas e hortaliças, classificam os produtos em tamanho mediante o uso de correia de lona furada, rolete transversal e longitudinal e taças ou bandejas. Os equipamentos com sistema eletrônico mais utilizados classificam por diâmetro, peso, cor e por eliminação de defeitos. Embalagens A embalagem é o instrumento de proteção, movimentação e exposição do produto. A instrução normativa conjunta SARC/ANVISA/INMETRO nº 009, de 12 de novembro de 2002, estabelece as exigências para as embalagens de frutas e hortaliças frescas. As embalagens podem ser descartáveis ou retornáveis. Se retornáveis, devem ser higienizadas a cada uso. Se descartáveis, devem ser recicláveis ou de incinerabilidade limpa. Devem adicionalmente apresentar medidas paletizáveis, isto é, o seu comprimento e a sua largura devem ser submúltiplos de 1m por 1,2 m, a medida do pelet padrão brasileiro (PBR). Devem também ser rotuladas, obedecendo à regulamentação do Governo Federal. Rotulagem Identidade do produto e identificação do produtor. O rótulo identifica o responsável pelo produto e a sua origem. Descreve o produto, utilizando as características estabelecidas pela norma de classificação. A rotulagem é obrigatória e regulamentada pelo Governo Federal. Informações que devem constar no rótulo: • Nome do cultivar da fruta ou hortaliça • Nome do produtor • Endereço – Bairro – Município – Estado - CEP • Grupo de formato • Grupo de coloração • Grupo de durabilidade • Subgrupo • Apresentação • Classe • Categoria • Data de embalagem • Peso líquido • Código EAN – O código de barras é opcional, mas é fundamental para a obtenção e dos dados do rótulo nos processos automatizados. Resfriamento Frutas e hortaliças, em geral, possuem alta taxa metabólica, o que causa rápida perda na qualidade caso o produto não seja rapidamente resfriado para temperatura adequada de armazenamento e transporte. Infelizmente, no Brasil, a grande maioria das frutas e hortaliças não são adequadamente refrigeradas, exceção feita aos produtos de exportação. O resfriamento pode ocorrer antes ou depois da classificação, sendo mais utilizada a refrigeração posterior. No Brasil, os sistemas de resfriamento utilizados têm sido por ar- forçado e por água fria. Carregamento Importante a distribuição dos equipamentos, para proporcionar um melhor funcionamento e fluxo dentro da unidade de beneficiamento. A transferência das embalagens com o produto pós-classificado pode ser realizada manualmente ou por meio do uso de “palleteiras”, equipamento acoplado na parte inferior de um “pallet” (dimensões 1,00 x 1, 20 m) para transporte desse até o interior do caminhão. “Pallet”utilizado para transporte de frutas e hortaliças Transporte O transporte do produto deve buscar manter a sua qualidade após a classificação. Condições de transporte inadequadas, sem a manutenção da cadeia do frio prejudicam a qualidade do produto final. Consumidor O consumidor está se tornando cada vez mais atento às condições que as frutas e hortaliças são produzidas e manuseadas. Para tanto, certificação de origem e qualidade tem sido utilizada para diversos sistemas de produção. Unidades de beneficiamento e classificação - “Fluxo de funcionamento” Fluxos adequado e não- adequado no beneficiamento de frutas e hortaliças. Classificação de frutas e hortaliças Sistema mecânico A classificação por equipamentos pode ser dividida em dois principais tipos de sistemas: mecânico e eletrônico. Existem vários princípios mecânicos de classificação Correia de lona furada No funcionamento do equipamento, os frutos entram na máquina e caem conforme a furação da lona, ou seja, os menores, os intermediários e depois os frutos maiores. Os furos de forma circular são indicados para frutos de forma arredondada, enquanto, para os frutos de forma esferoidal, o furo é definido segundo seu diâmetro ou comprimento, podendo ser elíptico. Existem também furações de forma hexagonal e quadrada, dependendo do tipo de produto. Classificador de lonas utilizado para classificação de tomate de mesa. Rolete longitudinal Classificador em roletes longitudinais separando limões. A classificação realizada utilizando-se o calibrador de correia e rolete no sentido longitudinal à máquina é de funcionamento simples e muito comum no Brasil, em especial para frutas cítricas. O mecanismo principal de classificação é composto de correia e rolete medidor. O rolo medidor é ajustado verticalmente para regular a altura (diâmetro) da saída lateral dos frutos menores no início da linha de classificação e, no final, dos maiores. A correia é inclinada para o lado do rolo e movimenta-se levando o produto até o rolete medidor, que por sua vez é rotativo, puxando assim o produto para a saída adequada ao seu diâmetro. Rolete transversal Roletes transversais utilizados na classificação de citros. O calibrador de rolete transversal é considerado por muitos produtores e técnicos, entre calibradores de sistema mecânico o mais eficiente na classificaçãodos produtos, pois possui um variador eletrônico de velocidade de rotação dos roletes, que possibilita mudar as condições de funcionamento do equipamento em função do tipo de fruta a calibrar e das suas condições. Esse mecanismo de variação de velocidade de translação dos conjuntos de roletes incrementa a capacidade da linha e, com o sistema de giro dos roletes, posiciona os frutos, girando em torno do seu diâmetro maior, o que possibilita a calibração sempre pelo diâmetro maior. Além de poder variar a velocidade de translação, a velocidade de giro também é variável, o que possibilita a adaptação a todo tipo de fruto. Taça ou bandeja Esse tipo de equipamento é utilizado para classificar mecanicamente os frutos por meio da pesagem, sendo indicado para produtos com formatos diferentes, como pêssego e abacate, entre outros. A classificação por peso pode ser realizada por meio de taça ou bandeja com transporte individual dos frutos ou em escala eletrônica com pesagem dos frutos em linha única. O calibrador de taça ou bandeja destinado a classificar os frutos mecanicamente, possui um sistema de classificação conhecido como “salto” para a pesagem do fruto. Nesse sistema, o fruto, após pesagem, é lançado da taça ou bandeja. Os equipamentos empregam um elemento medidor que impulsiona no lugar do salto. As taças ou bandejas são peças de um esticador de corrente, cujos elos fazem girar a estrutura de classificação do equipamento. Vista geral do classificador de bandejas Esteira de grades Utilizada principalmente para bulbos e tubérculos, consiste em esteiras constituídas de material metálico de diferentes diâmetros e formatos . Para tubérculos de batatas, o diâmetro da grade varia de acordo com o tamanho. Variações de 40 a 45 mm em grades de classificação para batata. Esteiras de grades utilizadas na classificação, em especial de tubérculos. Sistema eletrônico Os equipamentos com sistema eletrônico mais utilizados classificam por diâmetro, peso, cor e eliminação de defeitos. O sistema eletrônico possibilita a classificação dos frutos em vários critérios, como: peso – precisão de 1 g, diâmetro – precisão de 1 mm, cor, defeito, densidade e reconhecimento da forma. Aplicação de ceras em frutas e hortaliças Por que aplicar cera? As frutas e hortaliças são organismos vivos com 80-90% de água em peso. A cera normalmente aparece quando a fruta atinge dois terços do seu crescimento. Se ocorrer a perda dessa camada protetora natural, a água começa a permear e evaporar rapidamente, resultando num produto desidratado, sem aparência de fresco. Para se obter uma vida prolongada de frutas ou hortaliças, é fundamental a prevenção da perda da água, mantendo os elementos vitais dos alimentos próximos aos do momento que são colhidos. Assim, o recobrimento da superfície tem sido empregado extensivamente para reduzir a perda de água, a difusão de gases, a movimentação de óleos e gorduras, a perda de sabores e aromas. Além disso, as coberturas melhoram as propriedades estruturais e a aparência externa do produto, e podem incorporar pigmentos, aromatizantes e aditivos. A aplicação de ceras auxilia na redução das perdas pós-colheita, em especial quando realizada em conjunto com outras ações adequadas ao produto, como seleção de variedades, manuseio e beneficiamento cuidadoso, controle de doenças na pós-colheita, utilização de reguladores de crescimento, resfriamento, irradiação e operações de embalagens no armazenamento apropriadas. Filmes e coberturas Os filmes e coberturas comestíveis são aplicados em finas camadas de material sobre os alimentos, na forma de gel, por imersão ou pulverização. Após a evaporação do solvente, o depósito forma uma fina película sobre a superfície. As coberturas podem ser usadas em frutos e hortaliças, tanto in natura (inteiros) como minimamente processados, para melhorar ou substituir algumas funções realizadas pelas camadas da epiderme natural. As coberturas devem apresentar as seguintes características: serem de fácil mistura e aplicação, aderirem e serem estáveis na superfície do produto, serem razoavelmente transparentes, serem atóxicas, não terem sabor, não possuírem propriedades de textura que possam depreciar a qualidade do produto e não favorecerem o crescimento de microorganismos. Filmes e coberturas A maioria das cutículas dos frutos repele água, dificultando a aplicação uniforme das películas. Desse modo, é necessário o uso de produtos que facilitem o espalhamento e adesão sem interferir nas propriedades principais das coberturas. As películas comestíveis devem ser reconhecidas como seguras à saúde do consumidor, estar de acordo com as boas práticas de fabricação e dentro das exigências especificadas pela legislação vigente. No caso das frutas e hortaliças cuja casca é consumida, como a maçã e o caqui, são utilizadas ceras comestíveis de origem vegetal como de carnaúba. Nos frutos cujas cascas não são utilizadas, como a laranja e manga, podem ser utilizadas ceras sintéticas. Tipos de coberturas Aditivos Para a formação de uma emulsão com boas características de espalhamento sobre os frutos, fixação, secagem e estabilidade, é necessário utilizar emulsificantes, plastificantes, estabilizantes entre outros componentes. Muitos compostos estão sendo pesquisados para melhorar as características das ceras, como a permeabilidade, brilho, resistência, flexibilidade e valor nutricional. Um exemplo são os plastificantes adicionados aos filmes comestíveis, que atuam como facilitadores de processo, pois reduzem a ligação interna do hidrogênio, enquanto aumentam o espaçamento intermolecular, gerando um filme menos frágil e mais flexível, aumentando a sua performance por reduzir as escamações e rachaduras, embora ocasionando uma maior permeabilidade à água. Aditivos Os plastificantes mais utilizados são os polióis, como o sorbitol e glicerol, mono, di ou oligos sacarídeos, lipídeos e o ácido oléico. Também são adicionados lipídeos e resinas às formulações para reduzir a liberação de gases e a perda de água, além de aumentar o brilho. Contudo, as frutas recobertas com resinas podem desenvolver uma cor esbranquiçada, devido à condensação, quando estocadas a frio e retirada a temperatura ambiente. Os emulsificantes e os estabilizantes mantêm as partículas lipídicas em suspensão fazendo que a emulsão fique estável e possa ser aplicada sem dificuldade. Normalmente, adiciona-se álcool para facilitar a dissolução das ceras na formação da emulsão e acelerar a secagem das coberturas após a aplicação. Muitos desses coadjuvantes não permanecem sobre o fruto após a aplicação, por serem voláteis. As emulsões em água são mais seguras do que ceras em solvente, pois estas apresentam alto teor de inflamáveis. Os compostos normalmente utilizados são a cera de carnaúba, a cera de cana-de-açúcar, as resinas de breu modificadas. Cera de carnaúba A cera de carnaúba é um produto natural extraído da carnaubeira (Copernifera Cerifera), espécie natural do nordeste brasileiro e tem sido aplicada sobre frutos e legumes desde a década de 1950. Esta cera possui uma estrutura lipídica complexa, cujo principal componente, segundo análises realizadas por Vandenburg e Wilder (1970), é éster de melissil ceronato (38-40%), seguido de diésteres p-hidroxicinâmico alifático (20-23%); ésteres hidroxi-alifático (12- 14%); álcoois mono-hídricos (10-12%); diésteres p-metoxicinamato alifático (5-7%) e demais combinações de hidrocarbonetos (5-7%). A cera de carnaúba é também conhecida como “Cera do Brasil” ou “Cera de Palma”. É uma cera dura, quebradiça fundindo-se entre 83 a 86ºC e solúvel em éter, benzina e aguarrás. Comercialmente, são encontradas com nomes fantasia e em diferentes concentraçõescomo: Citrosol, Meghwax, Cleantex, Carbin, Ceraflor, Fruit wax, Citrine, entre outros, e são classificadas de acordo com sua coloração ou pureza em: Tipo 1, de coloração amarelada-clara; Tipo 2, de coloração amarelo-laranja; Tipo 3, de coloração parda e a Tipo 4: parda tirante a negra. Ação do revestimento Fenômenos de transporte que se estabelecem entre superfícies frescas e o ambiente externo. Métodos e aplicação Existem quatro métodos principais de encerar frutas e vegetais: 1. Método da parafina líquida: as frutas e os vegetais são mergulhados na parafina quente. Alguns tipos de resinas são adicionados. A sua desvantagem é a camada espessa do material a ser usado. 2. Método de cera sólida: a cera é pressionada rapidamente contra escovas rotativas, sendo a eficiência menor. 3. Método spray: é aplicado spray da cera fundida sobre a fruta, que é polida mecanicamente. A cera é dissolvida em solvente. Um bom recobrimento depende de: pressão empregada, volume de cera usada, temperatura da cera, distância da fruta do spray e quantidade de bicos do spray. 4. Método de cera em emulsão spray ou mergulho : frutas e vegetais são lavados e secados. Só então é realizada a aplicação da emulsão de cera por spray ou mergulho. Os frutos recobertos pela cera são levados por esteira e secados num forno com ventilação a 400 °C, e depois selecionados por tamanho e embalados. Resultados de aplicação de ceras em frutas e hortaliças Em frutas Avaliou-se o efeito da aplicação de cera na qualidade de frutas (laranja pêra, limão, tangerina ponkan, caqui e manga) em alguns ensaios conduzidos em laboratório, na faculdade de Engenharia Agrícola-Unicamp, Campinas. Frutas foram selecionadas, para uniformidade de tamanho e cor, e em seguida, lavadas em água corrente, secadas com papel-toalha, numeradas e medidas. Para a aplicação de cera, as frutas eram dispostas sobre 3 escovas de náilon, que giravam a 100 rpm enquanto a cera era aplicada durante 30 segundos, por meio de um sistema composto por bomba hidráulica, tubulação e bico de aplicação com vazão de 4,4 litros por hora, e altura de aplicação de 25 cm (Fig. 2). Na seqüência, as frutas eram submetidas ao polimento por 30 segundos em escovas de náilon e secadas com um aquecedor elétrico durante 10 minutos. Após a aplicação da cera, é muito importante que o filme seja secado antes de qualquer manuseio, pois, caso contrário, a superfície torna- se opaca e pouca atrativa ao consumidor. A armazenagem das frutas foi em temperatura de 240C±1ºC durante 14 dias. Resultados de aplicação de ceras em frutas e hortaliças Em frutas Frutas foram selecionadas, para uniformidade de tamanho e cor, e em seguida, lavadas em água corrente, secadas com papel-toalha, numeradas e medidas. Para a aplicação de cera, as frutas eram dispostas sobre 3 escovas de náilon, que giravam a 100 rpm enquanto a cera era aplicada durante 30 segundos, por meio de um sistema composto por bomba hidráulica, tubulação e bico de aplicação com vazão de 4,4 litros por hora, e altura de aplicação de 25 cm. Na seqüência, as frutas eram submetidas ao polimento por 30 segundos em escovas de náilon e secadas com um aquecedor elétrico durante 10 minutos. Após a aplicação da cera, é muito importante que o filme seja secado antes de qualquer manuseio, pois, caso contrário, a superfície torna-se opaca e pouca atrativa ao consumidor. A armazenagem das frutas foi em temperatura de 24 °C± 1ºC durante 14 dias. Equipamento para a aplicação de cera e polimento Em hortaliças A aplicação comercial de cera de carnaúba em tomate de mesa ocorre tanto no Brasil como em outros países, proporcionando uma melhor conservação na pós-colheita, com a redução na perda de massa e manutenção da aparência externa. Avaliou-se diferentes coberturas comestíveis sobre a qualidade pós- colheita do tomate de mesa, cultivar Débora, utilizando as seguintes coberturas: cera de carnaúba Fruit Wax H2 (18%), emulsão de resinas Fruit Wax M-AC (18%) e cera de carnaúba Megh Wax ECF-124 (18%). Após a limpeza e aplicação das ceras, os frutos foram armazenados a 12,5 °C e 25 °C e 90% de umidade relativa. O tratamento com Megh Wax ECF-124 proporcionou menor perda de massa e frutos mais firmes em ambas as temperaturas. A aplicação de cera contribui para uma diminuição na perda de massa e decréscimo no número de frutos descartados devido a danos físicos e podridões, sendo Megh Wax ECF-124 mais eficiente na manutenção da qualidade de tomates de mesa. UVA DE MESA CULTIVAR GRUPO SUB GRUPO COM SEMENTE SEM SEMENTE TINTA BRANCA ITÁLIA X X RUBI X X RED GLOBE X X BENITAKA X X PIRATININGA X X RIBIER X X PATRÍCIA X X CHRISTMAS ROSE X X RUIVA X X VÊNUS X X PERLETTE X X CENTENIAL X X FESTIVAL X X CATALUNHA X X Classificação em grupo e subgrupo das variedades mais comercializadas de uva fina Defeitos Graves Imatura Podridão Defeitos Graves Dano Profundo Defeitos Leves Presença de Substâncias Estranhas Dano Superficial Defeitos Leves Degrana Ausência de Pruína COLHEITA • Certificar que as frutas estejam no ponto certo de colheita; • A fruta pode sofrer uma pré-limpeza ainda na planta; • As ferramentas devem estar à mão e em perfeitas condições de uso; • A colheita deve ser realizada nas horas mais frescas do dia; PÓS-COLHEITA • Colheita e transporte ao galpão de embalagem; • Recepção no galpão de embalagem; • Seleção, classificação e pesagem; • Embalagem; • Armazenamento. RECEPÇÃO NO GALPÃO DE EMBALAGEM • Conservar a área ao redor do galpão limpa; • Executar limpezas diárias; • Os funcionários devem trabalhar com luvas, cabelos presos e roupas limpas e não fumar nas dependências do galpão. SELEÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PESAGEM • Procede-se a limpeza (seleção) dos cachos; • Classificação, segundo sua classe, cor e categoria. EMBALAGEM • A embalagem retornável deverá permitir a limpeza e desinfecção a cada utilização; • As caixas utilizadas na embalagem podem ser de madeira, papelão comum ou papelão parafinado; • Embalados individualmente em sacos de papel ou de plástico; • Disposição dos frutos nas caixas deve ser feita com bastante cuidado; • Não deve existir mais de uma camada de cachos; • Todas as embalagens deverão estar de acordo com as disposições das normas sanitárias. ARMAZENAMENTO • Devem passar por um pré-resfriamento antes que sejam armazenadas nas câmaras frigoríficas; • A temperatura ideal para esta conservação gira em torno de 0 °C a 3°C e a umidade relativa do ar deve estar perto de 90%. PÊSSEGO Classificação: • Grupos: De acordo com a cor da polpa do fruto. Polpa amarela Polpa branca • Classe ou calibre: de acordo com o maior diâmetro transversal do fruto. Calibre Diâmetro 0 25mm < 35 mm 1 35 mm < 45 mm 2 45 mm < 51 mm 3 51 mm < 56mm 4 56 mm < 61 mm 5 61 mm < 67mm 6 67 mm < 73 mm 7 73 mm < 80 mm 8 80 mm Tipos ou Categorias Defeitos Graves % Extra Categoria I Categoria II Imaturo 1 2 4 Desidratação 1 2 4 Congelamento 1 2 4 Alteração interna pelo frio 1 2 4 Dano profundo 1 2 4 Podridão 1 3 5 Queimada do sol 1 3 6 Lesão cicatrizada 1 3 6 Manchas 1 3 6 Passado 1 4 6 Caroço partido 2 2 3 Injúria mecânica 2 4 8 Total graves 3 6 10 Total leves 5 10 15 Total geral 5 12 20 DEFEITOS GRAVES • Caroço Partido • Congelamento DEFEITOS GRAVES • Dano profundo • Desidratação DEFEITOS GRAVES • Alteração interna pelo frio • Imaturo DEFEITOS GRAVES • Lesão cicatrizada • Manchas DEFEITOS GRAVES • Injúria Mecânica • Passado DEFEITOS GRAVES • Podridão • Queimado do Sol DEFEITOS LEVES • Deformação • Lesão cicatrizadaDEFEITOS LEVES • Manchas RÓTULO 22/04/2020 74 A classificação do pêssego deve ser feita de forma que se consiga a homogeneidade de formato, coloração, comprimento, diâmetro ou calibre, bem como, a identificação da qualidade pela caracterização e quantificação dos defeitos. 22/04/2020 75 22/04/2020 76 VARIEDADES CULTIVADAS DE MAÇÃ GALA GALA COLORIDA ROYAL GALA FUJI BELGOLDEN GRANNY SMITH A maçã será classificada em : • CLASSES OU CALIBRES: de acordo com o peso dos frutos (limites inferior e superior médios) expresso em gramas, a Maçã será enquadrada em uma das classes estabelecidas na Tabela 1, as quais correspondem ao nº de frutos na caixa modelo, com capacidade para conter 18 Kg do produto. Serão considerados da mesma classe os frutos que apresentarem 2 gramas, para mais ou para menos, em relação os limites especificados. Classes ou Calibres Peso Limite Inferior (em gramas) Peso Limite Superior (em gramas) 60 279 - 70 241 278 80 213 240 90 190 212 100 172 189 110 157 171 120 142 158 135 127 141 150 115 126 165 105 114 180 96 104 198 87 95 220 78 86 250 67 77 300 50 66 • CATEGORIAS: qualquer que seja a Classe ou Calibre a que pertença, a Maçã será classificada em 4 Categorias: Extra, Categoria 1, Categoria 2 e Categoria 3, de acordo com os tamanhos e intensidade de defeitos estabelecidos na Tabela 2. Para o enquadramento da Maçã em Categorias, os defeitos serão considerados de acordo com a natureza, causa, nº e tamanho dos mesmos. Não será permitida a mistura de cultivares. O peso do fruto também limita a Categoria. Para Categoria Extra, o peso mínimo do fruto é de 105 gramas e para as demais Categorias, o limite mínimo é de 50 gramas. Defeitos Extra Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3 Cor = mínimo da área do fruto. - para cultivares vermelhas - para cultivares rajadas e mistas > 75 % > 60 % > 50 % > 40 % > 25 % > 20 % 15 % 10 % Russeting = máximo da área, considerando a cavidade peduncular. < 10 % < 20 % < 40 % < 70 % Bitter Pit, cortiça = área atingida 0 0 < 10 mm² < 50 mm² Lesão cicatrizada leve. < 10 mm² < 30 mm² < 2 cm² < 10 cm² Lesão cicatrizada grave < 0 mm² < 10 mm² < 30 mm² < 5 cm² Dano de geada = área atingida 0 0 < 10% da área < 30% da área Mancha de sarna = área atingida total 0 < 5 mm² < 20 mm² < 150 mm² Mancha de doenças (glomerela e Botryosphaeria) 0 < 3 mm² < 10 mm² < 50 mm² Mancha de doenças (fuligem e sujeira de mosca), Mancha de fitotoxidez, Mancha de Cochonilha e outras 0 < 3 mm² < 10 mm² < 50 mm² Fuligem (% da área) 0 < 5 % < 10 % < 15 % Danos mecânicos < 0,5 cm² < 1,0 cm² < 2,0 cm² < 5,0 cm² Queimadura de sol (% da área) 0 < 10 % < 20 % + de 20 % Rachadura peduncular 0 < 1,0 cm < 2,0 cm < 3,0 cm Lesão aberta (área ou comprimento) 0 < 5 mm² ou 0,5 cm < 20 mm² ou 1,0 cm < 70 mm² ou 2,0 cm Fora de Categoria: Será classificado como Fora de Categoria o lote de Maçã que apresentar os percentuais de ocorrência de defeitos nos frutos excedendo os limites máximos de tolerâncias estabelecidos na Tabela 3. Tolerâncias máximas permitidas de categoria, em percentual, dentro de cada uma delas. Categorias das Frutas Categoria lote Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3 Industrial Totais Extra 07 03 00 00 10 Categoria 1 10 03 02 15 Categoria 2 17 03 20 Categoria 3 10 10 • Os limites aceitáveis de maturação estão baseados na firmeza da polpa, medida com o penetrômetro com ponta de 7/16. O resultado é expresso em lbs/pol², conforme especificado na Tabela 4, sendo que será tolerado até 5% os números de frutas que ultrapassarem os limites estabelecidos, para cada cultivar. Cultivares Resistência de Polpa Mínima (lbs/pol²) Resistência de Polpa Máxima (lbs/pol²) Fuji e mutações 10 19 Gala e mutações 9 19 Golden e mutações 9 18 Melrose, Granny Smith, Starkrinson, Red Delicious, Jonared, Jonagold e outras 9 18 • Não será permitida a comercialização da Maçã classificada como Fora de Categoria, para consumo in natura, devendo ser previamente rebeneficiada, repassada, desdobrada ou recomposta, e reclassificada para enquadramento em Categoria, antes da comercialização. • A Maçã classificada como Fora de Categoria poderá ser destinada à industrialização. Desclassificação: Será desclassificada a Maçã que apresentar uma ou mais das características abaixo, sendo proibida a sua comercialização para a alimentação humana: • Mau estado de conservação; • Aspecto generalizado de mofo ou fermentação; • Resíduos de produtos fitossanitários, teor de micotoxinas e outros contaminantes nocivos à saúde humana; • Odor estranho de qualquer natureza, impróprio ao produto. Roteiro de Classificação: • Coletar a amostra de acordo com o previsto na Tabela abaixo. • Das embalagens coletadas ao acaso, serão analisados todos os frutos. Número de embalagens que compõem o lote Número mínimo de embalagens a retirar 001 a 010 01 unidade 011 a 100 02 unidades 101 a 300 04 unidades 301 a 500 05 unidades 501 a 10.000 1% do lote Mais de 10.000 raiz quadrada do número de embalagens que compõem o lote • Da amostra a ser analisada, serão retirados no mínimo 2 frutos de cada caixa para verificação de possíveis defeitos internos e resistência da polpa do fruto. • Para a Maçã comercializada a granel, utiliza-se 100 frutos coletados aleatoriamente do lote, os quais comporão a amostra de trabalho. Quando o lote for inferior a 100 frutos, o próprio lote constituir-se-á na amostra de trabalho. • Para a determinação da Classe, pesar os frutos. • Para o enquadramento em Categoria, observar a tolerância máxima estabelecida na Tabela 3. O lote que não atender as especificações, será considerado Fora de Categoria. Programa de Qualidade de Classificação ABPM O objetivo, é oferecer ao mercado um produto (maçã), com garantia de que foi produzido, armazenado e classificado de acordo com padrões de aceitação internacional. A adesão ao Programa, pelos Associados da ABPM, é voluntária. O "Selo" será aderido às caixas e, opcionalmente, poderá ser aderido às maçãs. O Produtor/Associado que manifestar interesse no uso do "Selo", será avaliado tecnicamente, de acordo com os seguintes itens, constantes do "Formulário de Avaliação": área de produção, área de frigorífico, classificação e embalagem. Uma vez aprovado o pedido de adesão, o Associado assina o Termo de Compromisso, com força de contrato. Este, obriga o participante a cumprir as normas, abre as portas à fiscalização sem aviso prévio e, se cometer infrações, sujeita-o às penalidades previstas. Vantagens em adquirir produto com o Selo: • Garantia de que o produto é homogêneo e que foi produzido, embalado e classificado, seguindo normas que respeitam o meio ambiente e a saúde do consumidor. • Evita que nas fases de comercialização, a categoria seja alterada, mudando simplesmente o carimbo de indicação da qualidade. • Permite , ao comprador, comparações de preços com maior segurança, uma vez que independente da marca, a qualidade do produto selado é sempre a mesma. PACKING HOUSE De forma a manter o mais elevado grau de qualidade às frutas e oferecer aos consumidores a segurança de estarem adquirindo produtos dignos de sua confiança, faz-se uso de um sistema de automação industrial que permite o rastreamento da fruta desde sua origem, até o consumidor final, proporcionando condições de detectar problemas com as frutas antes mesmo delas deixarem o setor industrial. RECEPÇÃO Após ser colhida e acondicionada em caixotes especiais, chamados de Bins, a fruta recebe, ainda no pomar, uma etiqueta contendo informações sobre o local da colheita. Estes bins são então transportados para o setor de packing house onde sofrem a avaliação do nosso controle de qualidade para então serem armazenados em câmaras frias. RECEPÇÃOARMAZENAMENTO Quando a temperatura cai abaixo de 0,5 ºC, ocorre o congelamento dos tecidos orgânicos ocasionando a morte do fruto. Desta forma a temperatura ideal para a conservação da maçã situa-se na faixa de 0,8 ºC a 1,4 ºC. O armazenamento pode ser feito de duas formas distintas por atmosfera normal ou atmosfera controlada: ARMAZENAMENTO Em sistemas de atmosfera controlada, as frutas são resfriadas próximas a 0º C, semelhante ao que ocorre com a atmosfera normal, contudo o oxigênio é retirado do interior da câmara fria, o que faz a maçã entrar em um estado semelhante à animação suspensa, onde ela não executa as reações químicas, mantendo as suas características originais por mais tempo. ARMAZENAMENTO ARMAZENAMENTO CLASSIFICAÇÃO EMBALAGEM RASTREABILIDADE EMBALAGENS maleta.asp ABACAXI INTRODUÇÃO • O abacaxi, segundo historiadores teve sua origem no nordeste brasileiro, atualmente é produzido no mundo inteiro. • Depois da banana e manga é a terceira fruta tropical mais importante comercialmente na América. • Produção: – Mundo - 12 milhões ton; – Brasil(2º) – 1,56 milhões ton; • 70% Consumido “in natura”; • 30% Processado: – 80% - fatias enlatadas; – 20% - polpa (sucos...). Processamento COLHEITA TRANSPORTE RECEPÇÃO LAVAGEM BANHO POR IMERSÃO BANHO POR ASPERSÃO SELEÇÃO PREPARO PRENSAGEM COLHEITA • Manual com uso de luvas; • Produção todo o ano, através de indução do florecimento; • Produção média de 25 mil frutos/ha. TRANSPORTE • Tenta-se minimizar vibrações das frutas, para evitar cortes e machucaduras. • Transporte a longa distância, é usado uma camada de palha no fundo do caminhão e entre os abacaxis. RECEPÇÃO Caixas plásticas, disponíveis no mercado. • Pesadas; • Selecionadas quanto ao seu ponto de maturação; • Frutas sem condição de despolpamento devem ser dispensadas neste momento. LAVAGEM • Deve ser feita em duas etapas: – Banho por imersão; frutos são submetidos à imersão em água com elevadas concentrações de cloro, por determinado tempo. As concentrações de cloro variam de 10 a 70 ppm, e o tempo de imersão de 20 a 30 minutos. – Aspersão (ou jateamento de água); é a etapa da lavagem para remoção das impurezas remanescentes, além da retirada do excesso de cloro, feito com água tratada ( 5 a 1 0 ppm). Através de bicos, é pulverizada água tratada em quantidades ideais. SELEÇÃO • Após a operação de lavagem, a seleção é uma etapa muito importante, pois é ela a responsável pela classificação final da fruta que será processada. Nesta seção as frutas são expostas sobre mesas ou esteiras apropriadas, onde são avaliadas quanto à maturação, firmeza, machucaduras, defeitos causados por fungos, roedores e insetos. São retiradas todas as frutas que venham comprometer a qualidade do produto final. PREPARO • Alguns frutos exigem uma preparação prévia ao despolpamento (descasque); • Preparo deve ser feito em uma mesa de aço inoxidável para que atenda às normas do Ministério da Agricultura, além de permitir o preparo dos frutos de forma cômoda; • Após o preparo, os frutos são levados ao despolpamento ou prensagem. PRENSAGEM • Os frutos são prensados através de sistema de rosca sem fim, contra peneira cônica com furos de 0,8 mm, obtendo-se então polpa já refinada; • Serão prensados frutos com significativa quantidade de polpa; • A Prensa Helicoidal é um equipamento ideal para o despolpamento do abacaxi, por vários motivos: – Pequena incorporação de ar à polpa; – O abacaxi quando despolpado em processo centrífugo, incorpora ar a sua polpa; – No processo centrífugo, a quantidade de polpa extraída é aproximadamente metade da extraída na prensa. MANGA CUIDADOS NA COLHEITA • Colher os frutos ainda verdes • Manuseio de tesouras • Transporte imediato em caixotes • Transporte Campo x Armazém de forma lenta INSPEÇÃO, LAVAGEM E SELEÇÃO • Principais lesões dos frutos • Limpeza do local de trabalho • Lavagem dos frutos • Seleção dos frutos (in natura x derivados) TRATAMENTO DE PÓS-COLHEITA • Imersão dos frutos em uma solução antipatogênica • Solução em temperatura de 52 ºC • Tempo de imersão de 5 minutos javascript:; SECAGEM • Ventiladores • Temperatura ambiente • Escovação • Polimento javascript:; CLASSIFICAÇÃO • Por tamanho • Por peso • Caixas uniformizadas por unidades • Classificação das caixas por qualidade javascript:; ARMAZENAMENTO • Controle de maturação • Ação do etileno de 1 à 3 dias • Frutas prontas para o consumo de 4 à 6 dias • Temperatura ótima para armazenamento de manga 12 ºC javascript:; MELÃO – PÓS-COLHEITA Colheita; Transporte ao galpão de embalagem; Limpeza; Seleção e classificação; Etiquetagem e embalagem; Tratamento pós-colheita; Armazenamento e transporte COLHEITA Transporte Limpeza Seleção e classificação Etiquetagem e embalagem Tratamento pós-colheita BANANAS INTRODUÇÃO • A banana é a fruta mais cultivada e consumida no Brasil e uma das mais importantes do mundo, sendo base da economia de alguns países • um dos principais produtores mundiais, apesar de apresentar elevadas perdas após a colheita, devido a falta de organização e tecnologias apropriadas de armazenamento, transporte e comercialização • cerca de 6 milhões de toneladas de bananas produzidas no Brasil são perdidas em pós-colheita (40 a 50%) INCONVENIENTES DA PÓS- COLHEITA • A fruta madura é bastante suscetível a danos físicos durante o transporte e comercialização, devido aos constantes manuseios do cacho antes do despencamento, e das frutas nas embalagens; • As bananas maduras deterioram-se rapidamente, devido ao ataque de fungos que podem instalar-se nos frutos antes ou após a colheita; • Em condições naturais, existe desuniformidade no amadurecimento de bananas após a colheita. • Após a colheita, o produto é geralmente manuseado de forma rudimentar, o que lhe acarreta injúrias físicas, as quais, posteriormente, resultam em rápida deterioração. • CONTROLE: Para contornar ou minimizar estes problemas, é comum a colheita da frutas ainda verdes, porém fisiologicamente maduras, seguida pelo amadurecimento controlado (também chamado de climatização) em recintos apropriados. • Os cuidados com o transporte, embalagens e nos tratamentos pós-colheita também podem ser influenciados pelo estágio de maturação da fruta no momento da colheita • A maturação fisiológica corresponde àquela em que a fruto atingiu seu tamanho e peso máximo, porém ainda não possui características visíveis e de sabor desejáveis de consumo. TRANSPORTE DAS FRUTAS PARA O GALPÃO • Uma das principais causas das perdas de qualidade após a colheita decorre de danos mecânicos sofridos pela fruta, principalmente entre a fase do transporte e o embalamento. • Os cachos devem ser colocados ao lado do carreador, sobre folhas de bananeira, ou direto sobre a carreta ou caminhão, com cada cacho sendo envolvido pelas bainhas das folhas da bananeira, plásticos ou espumas • Quando as bananas são embaladas no próprio local de colheita, e transportadas por caminhões em estradas mal conservadas e percurso acima de 20km, as perdas alcançam 7%, contra 18% de perdas observadas no transporte em cachos. TRATAMENTOS A) DEPENCAMENTO: • Este procedimento é importante para tornar uniforme o posterior amadurecimento da fruta. • pode ser realizado no campo, como para frutas destinadas para o mercado interno. • Neste caso, o cacho é dividido e as pencas são colocadas em caixas tipo torito, com capacidade para 22-23kg ou 27-28kg, sendo transportadas em seguida. B) LAVAGEM: • É realizado tratamento químico, o que melhora a aparência da fruta e a protegeem pós-colheita. • Utiliza-se tanques com 300ml de detergente e 200 a 500g de sulfato de alumínio para cada 1000 litros de água onde permanecem por 10 minutos. • Retirada dos restos florais e da seiva (látex). CLASSIFICAÇÃO • Após os tratamentos anteriormente relacionados, as pencas ou buquês são colocadas em mesas ou estrados, para escorrer o excesso de água. • A banana é classificada por Grupo, Classe e Categoria. Classificação por grupo: • levando em consideração a coloração da casca do fruto · Grupo I (Cavendish): Nanica, Nanicão, Grand naine, Valery, Lacatan e Poyo (Congo). Grupo II: Prata e Maçã. Totalmente Verde Verde com traços amarelos Mais verde que amarelo Mais amarelo que verde Amarelo com as pontas verdes Totalmente amarelo Amarelo com áreas marrons Classificação por classe: • que refere-se a forma de apresentação de comprimento e diâmetro dos frutos. Classe Forma de apresentação Número de frutos 1 Dedo 1 ou 2 2 Buquê 3 a 8 3 Penca mais de 8 Subclasse I Comprimento do fruto (mm) 12 menor que 129 13 130 a 159 16 160 a 189 19 190 a 229 23 230 a 259 26 maior que 260 Subclasse II Diâmetro do fruto (mm) 27 menor que 28 28 28 a 31 32 32 a 35 36 36 a 39 40 maior que 39 Classificação por categoria: • Esta classificação leva em conta a qualidade da fruta, principalmente a presença de defeitos. Categoria Extra Cat I Cat II Cat III Defeitos graves Amassados 0% 1% 5% 20% Dano profundo 0% 1% 5% 20% Queimado do sol 0% 2% 5% 20% Podridão 0% 1% 2% 10% Lesões severas de Tripes 0% 5% 10% 20% Lesão/mancha 0% 5% 10% 20% Imaturo 0% 1% 5% 10% Total de Defeitos Graves 0% 5% 10% 20% Total de Defeitos Leves 0% 10% 20% 100% Total Geral 5% 10% 20% 100% Conforme Limites de Lesão/Mancha (Defeito Leve - 0,5cm2 Defeito Grave - 1,5cm2). ** Acima de 10% não poderá ser reclassificado. Defeitos Graves Amassado Dano Profundo Queimado pelo sol Lesão de Tripes Podridão Lesão/Mancha Defeitos Leves Lesão/Mancha Restos Florais Desenvolvimento diferenciado Alterações na coloração da casca Embalamento • Antes do embalamento das frutas, as pencas ou buquês podem ser submetidos a uma desinfecção, através de um tratamento, por pulverização ou imersão. • A embalagem a ser utilizada depende do destino e forma de comercialização da fruta. • O uso de embalagens para cachos é obrigatório no caso de exportação, devendo estes serem acondicionados em sacos de polietileno ou palhão, com tamanhos suficientes para envolver o produto. • As pencas ou buquês são normalmente acondicionadas em caixas tipo torito(22 e 28Kg), ou em caixas de papelão , quando as frutas são destinadas para o mercado interno. PARA SABER MAIS SOBRE O ASSUNTO CONSULTE AS REFERÊNCIAS ABAIXO • AWAD, M. Fisiologia pós-colheita de frutos. São Paulo: Nobel, 1993. 114p. • E.J.; DANTAS, J.L.L.; SOARES FILHO, W.S. et al. Banana para exportação: aspectos técnicos da produção. Brasília: FRUPEX, 1995. p. 87-97. • BLEINROTH, E.W. Maturação da banana. Campinas: ITAL/Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, 1972. 18p. (ITAL. Instruções Práticas, 3). Beneficiamento de Açaí Apresentação • O açaizeiro é encontrado nas margens dos rios e pântanos do norte brasileiro; • Surge de brotações espontâneas e disseminação de sementes realizadas por animais silvestres, especialmente aves. Grande energético por ter alto valor calorífico; Rico em Cálcio, Ferro, Fósforo e fibras; Contém substâncias denominados antocianinas, facilitadores da circulação sanguínea. Propriedades Colheita • Corte manual dos cachos; • Pré-selecionamento dos frutos; • Transporte rápido devido à alta perecibilidade; • Tempo máximo para o beneficiamento de 24 horas. Processamento • Seleção rigorosa; • Higienização dos frutos com solução de hipoclorito de sódio; • Retirada do agente; • Separação da polpa ; • Embalagem e congelamento do produto; • Estocagem à -15º C. Utilização da polpa • Fabricação do popular “vinho de açaí”; • Confecção de sucos e sobremesas; • Consumo após o almoço com adição de farinha de tapioca e porção de açúcar; • Desidratada ou concentrada e mantida à 40ºC; • Associada com granola, leite, acerola e mel. Sintomas de deterioração • Mau cheiro; • Gosto azedo; • Adquire cor marrom. Economia • Baseada no extrativismo; • Atividade aliada a retirada do palmito; • Busca atender o mercado regional; • Ascensão das exportações para EUA e Comunidade Européia. Colheita de café Colheita manual Seleção de grãos com peneira Colheita manual do café Colheita manual Colheita mecanizada de café • Colheita mecânica Colheita vista da cabine da máquina Grãos colhidos em sacolões Máquinas para colheita de café • Características da colheita manual de café • • Requer muita mão de obra. • Processo demorado. • Não danifica a planta. • Possibilidade de selecionar os grãos com um grau de amadurecimento desejado. Colheita mecânica • Requer pouca mão de obra. • Processo rápido. • Causa certo dano a planta. • Requer padronização das plantas. • Alto custo das máquinas. PREPARO E SECAGEM • Dois tipos de preparo: Via seca: O café colhido é conduzido aos terreiros ou aos secadores para secagem. Via úmida : Onde o café é despolpado em equipamentos especiais, degomado e seco, sendo este um processo que requer maior demanda de trabalho. Beneficiamento • Conjunto de operações que retira do café em coco seco a casca e elimina as impurezas em diferentes tamanhos. • A retirada da casca é feita por uma peça cilíndrica giratória que atrita os grãos.Em seguida o grão é moído e embalado. O que não se deve fazer com o café. • Misturar grãos verdes com grãos maduros. • Misturar grãos deteriorados com grãos sadios. • Não ultrapassar o limite mínimo de umidade de 12%. • Guardar em local úmido e pouco arejado. • Guarda-lo em embalagens com mau cheiro. C:/Meus documentos/Joacir Marcelo/cacau.html http://www.grapiunamente.hpg.ig.com.br/frutos3.htm http://www.grapiunamente.hpg.ig.com.br/frutos3.htm cacau • Nome científico:(Theobroma cacao) • Familia : Esterculáceas • Árvore de porte que chega a 4 metros de altura. • Nativa das regiões tropicais da América Central e do Sul, inclusive o Brasil (Pará e Amazonas). • O produto final de principal importância é o chocolate. Introdução • Os frutos do cacaueiro são colhidos bem maduros, para que os elementos presentes em sua composição estejamplenamente elaborados • Após a colheita os frutos ficam em repouso de dois ou três dias, sendo a seguir partidos, e as sementes, depois de extraídas e selecionadas , vão para os cochos de fermentação. • Nas diversas fases da industrialização do cacau, as sementes, depois de limpas, são tostadas a uma temperatura entre 135 à 176 ºC para se apurar sua cor, aroma e a seguir partidas e descascadas Processos de transformação sofrido pelo fruto e sementes de cacau • Quebra mecânica ou manual • Despolpamento • Fermentação • Secagem • Limpeza • Classificação Processo de transformação sofrido pelo fruto e sementes Despolpadeira • Produção em Kg/h 50 à 450 200 à 1000 400 á 2000 • Motor elétrico 1Cv 2Cv 4Cv • Comprimento 900mm 1000mm 1400mm • Largura 325mm 460mm 460mm • Altura 1000mm 1400mm 1400mm • Peso 55Kg 110Kg 170Kg Processo O processo de temperagem é realizado por uma coluna vertical onde são instalados raspadores especiais que geram alto poder de cisalhamento, para acelerar a cristalização da massa. Distribuição homogênea dos cristais estáveis, controle automático da capacidade, resultando em nível constante de temperagem. Temperadeira possui um reservatório aquecido por água quente, e um compressor de refrigeração para resfriamento do chocolate DOSADOR VOLUMÉTRICO Os dosadores volumétricos são responsáveis pela quantidade de ingredientes sólidos na mistura com o xarope, a quantidade de dosadores depende do numero de ingredientes a ser depositado na massa. MISTURADOR CONTINUO O equipamento têm a finalidade de misturar ingredientes sólidos com líquidos. A mistura é realizada através de um agitador construído em forma helicoidal instalado no interior do cilindro e acionado por motoredutor, o que mantém a mistura contínua e uniforme . CORTADOR LONGITUDINAL O cortador longitudinal é composto por facas circulares distribuídas uniformemente na largura do tapete e a quantidade de facas vai depender da largura do produto final. MESA EXTENSORA A mesa extensora tem a função de separar os cordões cortados pelo Cortador ROLO FORMADOR O rolo formador de manta , combina aquecimento (resfriamento) e dimensionador sem pressão, produzindo uma manta sem fim de produtos de confeitaria , mantendo os pesos específicos e a espessura desejada da manta. CILINDRO CALIBRADOR O cilindro calibrador é responsável pela espessura e acabamento definitivo da manta sem fim. Formadora A formadora trabalha com um cilindro formador (moldador) especial para a confecção de centros de bombons, em formatos lisos ou em relevos Se destingue principalmente pela formação de produtos com medidas e pesos exatos. Produção para produtos de 10g a 3 m/min. Formadora Linha de Cobertura é uma máquina automática para processamento de chocolates. Formação de interiores de bombons; Temperagem de chocolate; Cobertura de Bombons, biscoitos, wafes, bolos, etc; Fluxograma da fabricação de chocolate em barra Variedades de Palmito: • Pupunha • Juçara • Açaí Características do Palmito da Pupunha • Rusticidade; • Precocidade; • Produção não extrativista; • Não oxidante; • Cor amarelada; • Maior teor de açúcar ; • Possibilidade de consumo in natura. Fluxo da industrialização do palmito Recebimento Análise química Determinação das curvas de acidificação Descascamento Mesa de corte e lavagem Pesagem dos recipientes Envase e acondicionamento Salmoura Fechamento Pasteurização, Resfriamento e Quarentena Armazenagem e Expedição Fluxograma de processamento Recebimento Análise Química Determinação das curvas de acidificação Descascamento Mesa de corte Descarte Pesagem dos recipientes Lavagem Envase Acondicionamento Resfriamento Salmoura Pasteurização Fechamento Quarentena Rotulagem Armazenagem Expedição
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