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UFPA - Parasitologia Veterinária

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Universidade	Federal	do	Pará
Parasitologia e 
Zoologia
Zoologia Médica
1
“Lorem ipsum dolor sit 
amet, donec ornare vitae.”
– Leo Venenatis
ANUROS
Sapos. Animais terrestres, reproduzem-se 
na água. Possuem pele rugosa e 
apresenta respiração cutânea e pulmonar 
( q u a n d o a d u l t o s ) . F e r t i l i z a ç ã o 
extracorpórea. Alguns apresentam 
glândulas de veneno.
Rãs. Pele lisa, mais esguios e adaptados a 
ambientes aquáticos. Não apresentam 
glândulas de veneno, apresentam disco 
timpânico. Podem apresentar membranas 
interdigitais
Pererecas. Pele lisa, pernas longas e 
finas, discos adesivos nas pontas dos 
dedos.
2
Classificação dos acidentes com anurosClassificação dos acidentes com anuros
Graus Sintomas
Leve
Irritação da mucosa oral
Leve
Sialorréia
Moderado
Irritação da mucosa oral
Moderado
Sialorréia
Moderado DepressãoModerado
Incoordenação motora
Moderado
Alterações cardíacas
Grave
Irritação da mucosa oral
Grave
Sialorréia
Grave
Depressão
Grave
Incoordenação motora
Grave Alterações cardíacasGrave
Convulsões
Grave
Edema pulmonar
Grave
Cianose
Grave
Morte
Glândula de 
Veneno
Discos 
adesivos
Membrana 
timpânica
SERPENTES
Não apresentam esqueleto apendicular e é 
todo protegido por costelas. A maior parte 
apresentam olhos com pupilas em formato 
diferente em relação ao habitat (diurno, 
noturno, fossorial).
Percebem o som como vibração, captam 
o odor com a língua e o levam ate o 
palato, onde é reconhecido no órgão de 
Jacobson e então processado no cérebro. 
Apresentam termorreceptores muito mais 
sensíveis que os demais animais, 
percebem variação de 0,1ºC
As serpentes que apresentam fosseta 
lo rea l são cons ide radas v íbo ras 
verdadeiras e pertencem a famíl ia 
Viperidae
Apresentam 4 dentições padrão: Áglifa, 
Opistóglifa, Proteróglifa, Solenóglifa
Algumas apresentam dimorfismo sexual. 
Fêmeas apresentam um enforcamento da 
cauda abrupta no fim da cauda, os 
machos não apresenta e possui cauda 
uniforme. Na região da cloaca, “apertar” 
para exposição do hemipenis quando 
houver.
Oviposição. Quando ovíparas as fêmeas 
protegem os ovos, mas não os chocam. 
Quando ovovivíparas não apresentam 
cuidados parentais.
M e c a n i s m o s d e d e f e s a . F u g a , 
camuflagem, intimidação, venenos (20% 
das especies)
3
Apresentam guizo, são terrestres de áreas 
abertas, quentes e secas. Porte médio, 
são ovovivíparas e são solenóglifas.
Em cada ecdise, um novo anel do guizo 
forma-se e com isso revelando quantas 
ecdises o animal realizou.
Acidente crotálico. Veneno com ação 
neurotóxica e miotóxica.
Aspectos clínicos. Ausência de dor local, 
sensação parestésica local, náuseas, 
sudorese, êmese.
Complicações: Insuficiência respiratória, 
dificuldade de acomodação visual, 
mioglobubinária (urina cor de coca-cola).
Gênero Crotalus - Cascavéis
4
Apresentam fosseta loreal e escama final 
diferenciada. Olhos com pupilas em fenda 
vertical. Solenóglifas, ovíparas e de grande 
porte
Acidente laquético. Grande quantidade 
d e i n o c u l a ç ã o d e v e n e n o . 
Bioquimicamente apresenta frações 
semelhante a peçonha botrópica com 
fisiopatologia semelhante (proteolítica e 
coagulante) com intensa atividade 
hemorrágica.
Aspectos clínicos: Dor e edema local, 
nec rose , êmese , d i a r r é i a , có l i ca 
abdominal.
Gênero Lachesis - Surucucu
5
Possuem hábitos fossoriais. Caudas 
curtas e grossas (difere da falsa que é 
longa e fina). Possui cabeça arredondada 
com placas no dorso. Não apresentam 
fosseta loreal
Acidente elapídico. Sem dor, sensação 
p a re s t é s i c a , a l t e r a ç õ e s v i s u a i s , 
insuficiência respiratória e morte. É o 
veneno mais forte das famílias brasileiras e 
age nas placas motoras.
Falsa Coral - Gêneros Oxyrhopus, 
Apostolepis, Erytholamprus e Lampropeltis
Apresentam cabeça mais pontiaguda que 
a verdadeira. Apresentam cauda mais fina 
e alongada que a verdadeira. O padrão de 
coloração não segue até as escamas 
ventrais.
Família Elapidea, Gênero Micrurus - Coral verdadeira
6
São as mais envolvidas em ofidismo do 
que as demais. Chamadas também de 
Urutu, Catiara e Caiçara. Possuem cauda 
lisa, solenóglifas e ovovivípara. Vivem em 
diversos habitats e possuem por de médio 
a grande
Acidente botrópico. Veneno com ação 
proteolítica (causa necrose) e coagulante 
(causa necrose por isquemia e possui 
fração hemorrágica (1% do veneno total). 
Causa dor e edema (principal sintoma). 
Hemorragia local e/ou sistêmica.
Gênero Bothrops - Jararacas
7
Entomologia
2
“Lorem ipsum dolor sit 
amet, donec ornare vitae.”
– Leo Venenatis
CLASSE CHELICERATA, SUBORDEM ARACHNIDA
9
Ordem Escorpiones 

Espécies Tityus bahiensis, Tityus serrulatus, Tityus stigmurus, Tityus cambridgei
Ordem Aranae

Gênero Phoneutria, Latrodectus, Loxoceles 
Ordem Acari, Subordem Astigmata 

" Famílias Sarcoptidae, Gênero Sarcoptes, Notoedres

" Famílias Psoroptidae, Gênero Psoroptes, Otodectes

" Famílias Knemidocoptidae, Gênero Knedomicoptes

Ordem Acari, Subordem Prostigmata, Família Demodicidae, Gênero Demodex

Ordem Acari, Subordem Mesostigmata, Família Dermanyssidae, Gênero Dermanyssus

Ordem Acari, Subordem Ixodida 

" Família Ixodidae 

" " Gêneros, Rhipicephalus, Amblyomma, Anocentor

" Família Argasidae 

" " Gêneros Argas, Otobius, Ornithodoros

Escorpião de campos e matas, possui 
corpo marrom com apêndices pardos
Veneno: Tityusoxina (presente nos demais 
integrantes deus gênero)
Estimulam canais de sódio e com isso 
potencia l izam o impulso nervoso, 
liberação de cotacolaminas e acetilcolina.
Acidentes leves: dor moderada
Acidentes moderados e graves: Dor 
sistêmica, edema agudo de pulmão, dor, 
eritrema discreto e sudorese.
Tityus bahiensis
10
ORDEM ESCORPIONES
Presença de serr i lhas no 3º e 4º 
segmentos caudais e espinho aculear
Tityus serrulatus - Escorpião amarelo
11
ORDEM ESCORPIONES
Ambientes quentes e úmidos, presente em 
terrenos arenosos 
Coloração parda e manchas escurecidas 
nas porções médias e laterais do corpo.
Tityus stigmurus 
12
ORDEM ESCORPIONES
Principalmente na região amazônica e 
mato grosso
Coloração castanho-escura; 8 a 10 cm de 
comprimento e manchas claras nas 
articulações.
Tityus cambridgei - Escorpião negro
13
ORDEM ESCORPIONES
Levanta os 2 primeiros pares de pernas; 
não pula
Possui áreas claras nas articulações; 
região dorsal com manchas no abdômen. 
8 ocelos → 2:4:2
Hábito noturno e não fazem teia simétrica
Veneno: PHTX2 → Ação neurotóxica 
(estimula canais de Ca2+)
Dor intensa no local da picada e irradia 
pela região. Em crianças/cão causa 
edema e eritema no local e pode causar 
ereção involuntária.
Tratamento: soro anti-aracnídeo
Gênero Phoneutria - Aranha armadeira
14
ORDEM ARANAE
Latrodectus geometricus e Latrodectus 
curocaviensis
Apresentam sempre mancha vermelha em 
formato de ampulheta
Veneno anti-latrotoxina, o veneno possui 
ação neurotóxica.
Vive em áreas de plantações, cupinzeiros, 
restos de obra
Soro específico SALATR / 8 ocelos 4:4
Gênero Latrodectus - Aranha viuva-negra
15
ORDEM ARANAE
Formas mais graves de araneísmo no 
Brasil, presente em todo o território e vive 
em fendas em barracos e possui em 
média 3cm
Possui apenas 6 ocelos 2:2:2 e abdômen 
alongado com mais cerdas
Veneno: esfingomielidase (Proteolítica, 
Hemolítica e Coagulante)
Ac idente leve : dor semelhante a 
queimadura, ulceras de difícil cicatrização, 
sintomas podem se estender até 12 dias.
Quadro clínico cutâneo visceral: icterícia, 
problemas renais graves, urina escura e 
até óbito.
Tratamento: Quadro leve, observar por 
72h, o quadro varia conforme a resposta 
do organismo ao veneno. Quado 
Sistêmico: SAAR ou Sodax + prednisona 
+ vacina antitetânica
Gênero Loxoceles - Aranha marrom
16
ORDEM ARANAE
17
Ácaros sem estima respiratórios 

(trocas gasosas pelo exoesqueleto), são 
pequenos de 0,2 a 1,2 mm de comprimento.
Possuem as quelíceras em forma de pinça e 
não possuem olhos.
ORDEM ACARI, SUBORDEMASTIGMATA
Possuem distribuição mundial, ficam no 
tec ido cu tâneo e fo rma ga le r i as 
intra-epidérmica e a nutrem-se com a linfa 
e fluido celular do hospedeiro. A fenda 
anal é disposta na porção final e diferencia 
dos outros gêneros. Corpo globoso, patas 
c u r t a s ( c a r a c t e r í s t i c a d e á c a ro s 
escavadores). Ânus terminal.
Ciclo biológico. Precisam da temperatura 
do hospedeiro para sobrevier e realizar o 
seu ciclo biológico. 
Ovo → Larva → Ninfas (tendem a ir para a 
superfície do hospedeiro e então passam 
para outro hospedeiro) → Adulto 
Cl ín ica : P rur ido in tenso (coce i ra 
excessiva), nem todas as espécies de 
sarna apresentam prurido. A sarda 
sarcóptica sempre apresenta coceira.
F a s e a g u d a : m á c u l a s ( m a n c h a s 
avermelhadas na pele), pápulas (edema + 
máculas), pústula (pápulas + infecção 
bacter iana ) , e r i tematosas (p lacas 
vermelhas), vesículas.
F a s e c r ô n i c a : h i p e r q u e r a t o s e , 
descamação, crosta, alopecia (queda dos 
pêlos), erosão (feridas) e úlcera
Diagnóstico : Cl ínico, Laboratorial, 
Controle - Ideoctocidas
18
Gênero Sarcoptes, Sarcoptes scabiei Apresenta uma variação interespecífica, 
FAMÍLIA SARCOPTES
Possuem patas maiores, não são 
escavadores, apresentam gnatossoma 
pontuado em forma de lápis, alimenta-se 
de linfa que brota ao realizar o ferimento, 
quelíceras em formato de tesoura, machos 
apresentam tuberosidades. 
Ovo → larva → ninfa → adulto, não 
escavam galerias, realizam ciclo em 
aproximadamente 3 semanas, adaptados 
com uma temperatura diferente do animal, 
com isso aguentam mais tempo fora do 
hospedeiro e podem sobreviver até 10 
dias (fêmeas) e 34 dias (machos) em locais 
frios duram menos tempo. Só sobrevive 
de linfa. Nos cavalos a infestação é 
concentrada na base da crina.
19
Gênero Psoroptes, Psoroptes equi (Equinos), Psoroptes ovis (peq. Ruminantes)
FAMÍLIA SARCOPTES
Parasita de aves. Causa eriçamento e 
descamação da pele, atinge patas, bicos e 
corpo (perda de penas)
Evolução lenta, pouco pruriginosas, 
crescimento anômalo das unhas, tarsos 
com hiperqueratose e espessado, 
deformação das patas pela necrose nos 
dedos e queda dos mesmos. 
Quando acomete a região do bico há um 
crescimento normal do bico e deformado; 
pouco prurido; lenta disseminação; áreas 
nuas; ácaros escavam a matriz do bico; 
pode atingir as patas e acarretar perda de 
falanges. É um sintoma patognomônico, 
ou seja, sinal clínico característico de uma 
enfermidade.
Ácaros de galeria, ciclo biológico igual ao 
sarcoptiformes. Knemidocoptes mutans e 
Knemidocoptes gallinae.
20
Gênero Knemidocoptes
FAMÍLIA SARCOPTES
Frequentemente encontrados no cão sem 
manifestar doença, são ácaros comensais, 
morfologia singular. Larvas com 3 pares de 
patas e adultos com 4 pares de patas. 
Vivem no folículo piloso ou na glândula 
sebácea associada ao folículo piloso. 
Quando o animal sofre um estresse ou 
está subnutrido, a queda do sistema 
imune faz com que aumente a quantidade 
de ácaros e o animal manifeste o quadro 
clínico. Com isso geram inflamações, 
a c o n t e c e a l o p e c i a e n o l o c a l , 
caracterizando o quadro clínico. 
Os ácaros ficam constantemente dentro 
da pele e passam pelo contato íntimo e 
duradouro. Condições hereditárias de 
susceptibilidade.
Fase escamosa. Reação seca. Fase 
pustular. Bactérias oportunistas do 
gênero Staphylococcus ocupam os locais 
de inflamação. 
Anamnese. Exame físico pelo exame 
parasitológico de pele (EPP) ou passa uma 
fita durex, espreme a pele e com isso 
captura o D. canis. 
21
Família Demodecidae, Gênero Demodex, Demodex canis
ORDEM ACARI, SUBORDEM PROSTIGMATA
Piolhinho, piolho de galinha, ácaro 
vermelho, pixilinga. 
Hospedeiros: galinha e outras espécies 
de aves domésticas e silvestres. São 
observados a olho nu, no meio ambientes 
estão agrupados.
Altamente esfoliativo, os adultos são 
hematófagos. Aparelho bucal adaptado 
(quel íceras com quelas [ lâminas]) . 
Sobrevivem sem alimento por longos 
períodos (10 semanas) e na ausência do 
hospedeiro ideal procuram mamíferos, 
inclusive o homem.
O hábito alimentar é noturno e durante o 
dia são encontrados nos ninhos e frestas 
de galinheiro. Quando em jejum, sentem a 
liberação de CO2 e procuram o animal 
mais próximo para o repasto. As larvas 
não se alimentam de sangue, linfas e 
adultos são hematófagos. Possuem ciclo 
completo de 7 dias. Aves perdem 
produção de ovos, emagrecem, óbito de 
aves em decorrência de anemia e o 
manejo é principalmente em galinhas 
caipiras devido ao manejo rústico.
O controle com acaricida nos animais e 
nos amb ien tes ( l oca l com ma io r 
concentração de ácaros), higiene e 
isolamento dos animais já infestados. 
Aquisição de animais livres de ácaros 
(quarentena).
22
Família Dermanyssidae, Gênero Dermanyssus, Dermanyssus gallinae
ORDEM ACARI, SUBORDEM MESOSTIGMATA
Possuem diferentes tamanhos de acordo 
com a fase evolutiva do carrapato, a 
fêmea possui escudo do tipo incompleto 
para capacidade de distender, macho 
possui escudo completo e se alimenta de 
pouco sangue quando adulto. Áreas 
porosas para captar luz, olhos laterais nos 
carrapatos. 
Larvas, ninfas e adultos são considerados 
parasitas, ovos não pois ficam no 
ambiente. Fêmeas morrem na oviposição. 
Quando a fêmea está ingurgitada de 
sangue, já fertilizada, é chamada de 
teleógina (ainda presa ao animal). Quando 
está no solo, chama-se de quenógena 
(apresenta geotropismo negativo), postura 
no ambiente. Ovos → larvas (captam 
hospedeiro na passagem 
deste) → ninfa → adulto. Monoxeno.
Fêmea cai e realiza oviposição, larvas → 
hospedeiro, fez o hematofagismo (cai ao 
solo, faz a ecdise), a ninfa sobe em outro 
hospedeiro, realiza o hematofagismo, cai 
ao solo, faz a ecdise, adulto sobe no 
hospedeiro, realiza o hematofagismo, 
fecundam-se e caem ao solo. Heteroxeno.
Ixodidae retiram grandes quantidades de 
sangue dos hospedeiros, real izam 
espoliação sanguínea, transmissão de 
patógenos (protozoários, bactérias e 
vírus), inoculação de toxinas com danos à 
pele e ao couro.
23
ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA IXODIDAE
Grupos Heteroxeno
Amblyomma spp., Rhipicephalus 
sanguineus (trioxenos, animais 
diferentes ou não). 
Grupos Monoxeno
R h i p i c e p h a l u s ( B o o p h i l u s ) 
microplus (carrapato do boi), 
Anocentor (Dermacentor) nitens 
(carrapato do pavilhão auricular do 
cavalo)
Boophilus e Dermacentor são 
considerados agora subgênero e 
são escritos entre parênteses.
Diferença entre as famílias de carrapato Ixodidae e ArgasidaeDiferença entre as famílias de carrapato Ixodidae e Argasidae
Ixodidae Argasidae
Escudo dorsal ausente Escudo dorsal presente
Pouco dimorfismo sexual Dimorfismo sexual acentuado
Gnatossoma ventral nas ninfas e 
adultos
Gnatossoma anterior em todos os 
estágios
Posturas de ovos parceladas Única postura dos ovos
Mais de um estádio ninfal Único estádio ninfal
Procuram o hospedeiro para 
repastos curtos
Fixam-se no hospedeiro por 
períodos prolongados
Carrapato marrom do cão de área urbana, 
Sem canídeo não tem R. sanguineus
Percebem o hospedeiro pelo palpo que 
capta CO2
Vetor biológico de: Babesia canis, Ehrlichia 
canis (parasita de leucócitos), Anaplasma 
platys (parasita plaquetas) e Hepatozoon 
canis quando ingeridos pelo cão. Os 
felinos ao se limparem frequentemente 
retiram esses parasitas ainda nas fases 
iniciais.
Controle é feito sobre o animal e no 
ambiente aspergir carrapaticida pela 
maioria dos carrapatos estarem no 
ambiente, ciclo heteroxeno.
24
ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA IXODIDAE
Espécie Rhipicephalus sanguineus
Importante pela ingestão de sangue, 
transmissão de agentes infecciosos 
(Babesia bovis, Babesia bigemina, 
Anaplasma marginale) causam a tristeza 
de parasitária bovina, causam danos ao 
couro do animal, custo ao combate destes 
animais e controle da tristeza parasitária 
bovina. Teleóginas representam 5% da 
população, 1% está visível no animal e 
95%estão no ambiente.
C o n t ro l e . C r u z a m e n t o d e r a ç a s 
resistentes, diagnóstico de resistência à 
acaricidas, controle ambiental, vacinas. 
Gado europeu é muito suscetível a 
carrapatos. Biocarrapticidograma e a 
resistência a acaricidas pelos carrapatos. 
Zebu e ácaros são asiáticos e convivem 
ha muitos anos.
Espécie Rhipicephalus (Boophilus) microplus
25
ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA IXODIDAE
Única geração por ano
Importância : irr itação, espoliação. 
Transmissão de agentes infecciosos como 
a febre maculosa (Rickettsia rickettsii) e a 
doença de Lyme (Borrelia burgdorferi).
Espécie Amblyomma cajannense
26
ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA IXODIDAE
27
A
Espécie Amblyomma ovale
28
ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA IXODIDAE
29
Carrapato do pavilhão auditivo de equinos
Espécie Anocentor (Dermacentor) nitens
30
ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA IXODIDAE
Parasitas de aves. Possuem hábito 
noturno, procuram o hospedeiro somente 
para a alimentação, se escondem em 
locais escuros, ciclos de vida semelhante 
ao ácaro (Demanyssus gallinae). Ciclo 
heteroxeno. Utiliza vários hospedeiros 
para completar o ciclo)
Adultos → Fêmeas: várias posturas → 
larvas eclodem → larvas se fixam no 
hospedeiro por 7 dias → desprendimento 
das ninfas → Adultos
Patogenia. Queda da produtividade 
devido ao estresse, espoliação sanguínea 
e transmissão de Borrelia anserina 
(espiroquetose aviária), ao se alimentar 
liberam água pelas glândulas coxais e aí 
veiculam a bactéria. 
Profilaxia . Real izar aspersão com 
acaricida de 1m para baixo, animais de 
solo. Duração do acaricida em ambientes 
abertos (1 dia), em ambiente sombreados 
(4 dias).
Espécie Argas miniatus
31
ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA ARGASIDAE
Carrapato de suínos. Alojam-se em tocas 
de animais silvestres, larvas não se 
alimentam. Em animais domésticos são 
associados a criações rústicas.
Patogenia. Dor e prurido, em suínos de 
p e l e c l a r a a p re s e n t a m m a n c h a s 
hemorrágicas na pele, diminuição no 
ganho de peso e transmissão de Borrelia 
sp. Como os suínos são criados soltos, os 
carrapatos podem estar em todos os 
lugares, tratamento realizado no animal 
por endectocitas, que são fármacos que 
matam o endo e ectoparasitas (meia vida 
de 3 a 4 semanas, injetável).
Espécie Ornithodoros spp
32
ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA ARGASIDAE
C a r r a p a t o e s p i n h o s o d a o re l h a , 
monoxeno, apenas larvas e ninfas se 
alimentam (hematofagia prolongada), 
localizam-se na orelha do hospedeiro, 
parasitam várias espécies de animais 
(porco, cavalos e bois), realizam posturas 
no solo.
Ciclo biológico. Ovos → Larva → Linfa 
(7M) → adulto
Patogenia. Dermatite, estresse, processo 
de infecção secundária, miíase
Controle. Focado nos hospedeiros, 
aplicação de endectocidas.
Espécie Otobius megnini
33
ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA ARGASIDAE
CLASSE INSECTA
34
Ordem Hemiptera 

" Subordem Heteroptera 

" Família Reduviidae 

" " Gênero Panstrongylus

" " Gênero Triatoma 

" " Gênero Rhodnius
Ordem Phthiraptera 

" Subordem Amblycera 

" " Família Menoponidae 

" " " Gênero Menopon

" " Família Boopidae 

" " " Gênero Heterodoxus

" " Família Philopteridae 

" " " Gênero Lipeurus

" " " Gênero Goniodes 

" " " Gênero Goniocotes

" " " Gênero Columbicola

" " Família Trichodectidae 

" " " Gênero Trichodectes

" " " Gênero Damalinia

" " " Gênero Felicola

" " Família Haemotopinidae 

" " Família Linognathidae 

" " Família Pediculidae 

" " " Gênero Pediculus

" " " Gênero Phthirus 
Ordem Siphonaptera 

" " Pulex 

" " Xenopsylla 

" " Ctenocephalides felis felis

" " Ctenocephalides canis

" " Família Tungidae 

" " " Gênero Tunga
Ordem Diptera 

" Subordem Brachycera 

" Família Tabanidae 

" " Gênero Chrysops

" " Gênero Haematopota

" " Gênero Tabanus 

" Família Muscidae 

" " Gênero Musca 

" " Gênero Stomoxys

" " Gênero Haematobia

" Família Fannia 

" Família Hipposcidae 

" " Gênero Melophagus

" Família Calliphoridae 

" " Gênero Lucilia

" " Gênero Calliphora

" " Gênero Cochliomyia

" " Gênero Chrysomyia 

" Família Sarcophagidae 

" Família Oestridae 

" Subfamília Cutebrinae 

" " Gênero Dermatobia

" Subfamília Gasterophilinae 

" Gênero Gasterophilus 
Ordem Diptera 

" Subordem Nematocera 

" Família Culicidae 

" " Gênero Anopheles

" " Gênero Culex

" " Gênero Aedes

" Família Ceratopogonidae 

" " Gênero Culicoides

" Família Simulidae 

" Família Psychodidae 

" " Gênero Phlebotomus

" " Gênero Lutzomyia
Mosca do cavalo ou motuca ou mutuca ou 
butuca
Morfologia. Olhos compostos que ocupam 
quase toda a cabeça, percebem movimento 
e luz. Peças bucais picadoras/sugadoras e 
lambedor. 
Podem veicular diversos microorganismos. 
Hábitos diurnos, somente as fêmeas são 
hematófagas. 
Baixa especificidade hematológica. Sete a 
nove estádios larvares. 
Longevidade das fêmeas de 1 a 2 meses. 
Gênero Chrysops spp.
35
SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA TABANIDAE
Ciclo biológico: Período larval 
pode l eva r a té 3 anos , 
pupação de 2 semanas a 1 
ano.
Podem gerar quadros de 
anemia e serem vetores 
mecânicos de: Trypanosoma 
evansi, Trypanosoma vivax, 
Lentivirus - retroviridae (AIE), 
vírus da leucose bovina, 
Bactérias Brucella abortus, 
Anaplasma marginale.
Gênero Haematopota
36
SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA TABANIDAE
Tabanus spp. Cabeça semilunar, centro 
da asa hexagonal (célula discal). 
Coloração varia de cores de castanho a 
metálica.
Hematopoda e Chrysops apresentam 
manchas nas asas. Geralmente 
Tabanus são maiores que Hematopoda 
spp.
Larvas fusiforme com ambas as 
extremidades a longadas com a 
presença de pseudópodes e sifão 
respiratório adaptado ao ambiente 
aquático.
Gênero Tabanus
37
SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA TABANIDAE
Mosca doméstica. Cosmopolita, eclosão de 
8 a 24h, ciclo de vida em média de 10 dias, 
longevidade dos adultos de 30 a 90 dias. 
Ovos → Larvas (L1, L2, L3) → pupação → 
Adulto alado.
Identificação do adulto: cor acizentada e 4 
faixas negras longitudinais no tórax, aparelho 
b u c a l d o t i p o l a m b e d o r, a b d ô m e n 
acizentado/amarelado. 
Identificação larva: amarela, ápoda e 
porção posterior afunilada, possuem 
peritrema fechado, botão espetacular e 
estigmas/espiráculo em formato de "m" para 
a troca gasosa. 
Carreadores de patógenos nas cerdas e 
podem causar disenteria, cólera, mastite 
bovina, cistos e oócitos de protozoários, 
ovos de moscas e helmintos. Causando 
infecções secundár ias. Hospedeiros 
intermediários de Habronema muscae e 
Draschia megastoma, parasitas do estômago 
de cavalos. 
Se alimenta de fezes, seiva, leite, frutas em 
decomposição e outros materiais dissolvidos 
ou solúveis. Além disso, aproveitam-se das 
secreções ao redor dos olhos, das narinas, 
da boca e do sangue que continua a fluir da 
picada de tabanídeos (mutucas). 
Gênero Musca, Espécie Musca domestica
38
SUBORDEM BRACHYCERA,
Mosca do chifre
Mosca do estábulo
Mosca doméstica
Espiráculos das larvas
Mosca do estábulo . Importância: a 
infestação alta causam perda de peso 
corporal e perda da produção de leite. São 
vetores mecânicos do vírus da AIE (com a 
picada em vários organismos, passa o vírus 
pelo exterior da peça bucal), Trypanosoma 
evansi, Trypanosoma vivax, Anaplasma 
marginale, ovos de Dermatobia hominis. 
Vetor biológico de Habronema microstoma 
(helminto). É cosmopolita, longevidade 20 a 
60 dias.
Identificação dos ovos. Massas não 
aglutinadas no ambiente. 
Identificação das larvas: placa peritremal 
fechada e estigmas/espiráculos em formato 
de S. A nutrição das larvas é o esterco de 
aves.
Identificação dos adultos (hematófago). 
Diferencia da Musca domestica por ter 
aparelho bucal picador/sugador, além de ter 
um abdômen menor comparado a um 
tabuleiro de xadrez. 
Gênero Stomoxys, Espécie Stomoxys calcitrans
39
Mosca do chifre
Mosca do estábulo
Mosca doméstica
Placas peritremais das larvas
SUBORDEM BRACHYCERA,Mosca do chifre (Horn fly). Cosmopolita, 
longevidade de 30 a 60 dias, busca 
hospedeiros noite-dia, fecham o ciclo de 10 a 
14 dias. Palpos e aparelho bucal são do 
mesmo tamanho. Por causarem irritação 
geram perdas econômicas em gado de corte 
e de leite, desvalorização do couro, causam 
dermatites e transmissão de patógenos 
Habronema spp e Stephanofilaria spp.
Controle integrado (animal + ambiente), 
ec topa ra t i c idas : o rgano fos fo rados , 
carbamato, piretróides, avermectinas. 
Armadilhas e iscas. Brincos. Controle 
biológico por fungos e besouro rola bosta. 
Coleta e tratamento do lixo e das fezes dos 
animais. 
Phaenicia → Nome que caiu em desuso
Gênero Haematobia, Espécie Haematobia irritans
40
Mosca do chifre
Mosca do estábulo
Mosca doméstica
Placas peritremais das larvas
SUBORDEM BRACHYCERA,
Como diferenciar dos demais gêneros? 
Luci l ia não possuem as três fa ixas 
longitudinais torácicas e possuem grandes 
quantidades de cerdas. As larvas podem 
causar pseudomiíase. Mosca lambedora 
também.
Podem causar miíase nos demais mamíferos, 
preferem ovinos.
A larva possui placa peritremal fechada com 
botão espiracular. Ciclo semelhante ao 
gênero Cochliomya.
Gênero Lucilia
41
SUBORDEM BRACHYCERA,
 É única que exclusivamente causa miíase
Morfologia. O indivíduo apresenta coloração 
metálica azulada ou esverdeada com três 
faixas negras no dorso do tórax, 
Larvas: espinhos por todo os segmentos 
larvares para contr ibui r na fixação, 
extremidade distal afunilada, estigma anterior 
no 3º segmento.
Ciclo Biológico (dentro do hospedeiro 
vivo). As fêmeas vão ovipor em feridas 
pre-existentes, nas bordas. As larvas 
começam a se alimentar do líquido que sai 
do tecido, evoluem as fases e saem para 
pupar no ambiente. Dilaceram o tecido, são 
biontófagas. Baixa especificidade parasitária.
Importância: Prejuízos de 180mi/ano no 
Brasil, compra de inseticidas, cada mosca 
gera até 2.800 ovos. Os adultos são 
lambedores e podem ser vetores mecânicos 
de microorganismos
Grau de lesão vai da mutilação até o óbito. 
As pulgas (Tunga penetrans) podem causar 
coceira intensa e os cachorros se ferirem ao 
morder para coçar geram portas de entrada.
Morfologia. Tons verde, amarelado. Laterais 
do abdômen com agrupamento de cerdas 
acizentada.
Gênero Cochliomyia, Espécie Cochliomyia hominivorax 
42
SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA CALLIPHORIDAE
Larvas. Necrobiontófagas, geralmente 
associadas a C. hominivorax ou em 
cadáveres.
As larvas tem espinhos em todo corpo. 
Larvas diferem por terem os troncos 
traqueais (comunicam os peritremas) poucos 
pigmentados. As fêmeas ovipõem em 
tecidos mortos de cadáveres ou de animais 
com tecido morto. Vivem em média de 30 a 
45 dias. Causam miíase secundária. Os 
adultos podem ser vetores mecânicos.
Gênero Cochliomyia, Espécie Cochliomya macellaria
43
SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA CALLIPHORIDAE
Mosca lambedora, com faixas negras 
transversais nos segmentos abdominais. 
Adultos também são vetores mecânicos.
Larvas são geralmente causadores do tipo 
secundário, porém uma vez rolou ser 
primário. Espécie introduzida do Brasil. Além 
disso, possuem a placa peritremal aberta 
com abertura estre i ta e sem botão 
espiracular.
Possui importância forense por serem 
encontradas em cadáveres (Chrysomya 
megacephala, Chrysomya rufifacies).
Gênero Chrysomya spp
44
SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA CALLIPHORIDAE
Morfologia. Possuem coloração acizentada, 
são lambedoras, possuem 3 fa ixas 
transversais na região torácica (é semelhante 
a Musca domestica, porém difere na 
disposição das faixas transversais. Musca 
tem 4 faixas e Sarcophagidae tem 3 faixas.
Causam miíase do tipo secundária, as larvas 
não tem espinhos e sim cerdas ao longo do 
corpo. As placas peritremais ficam no interior 
da larva. As fêmeas larvipõe, ou seja, 
ovovivíparas. Também são usadas na 
medicina forense.
Família Sarcophagidae
45
SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA SARCOPHAGIDAE
A penetração das larvas na pele ou nos 
tecidos subjacentes pode causar miíase. 
Após a maturação, as larvas emergem da 
pele do hospedeiro e completam o 
estádio de pupa no solo. A presença das 
larvas, apesar de causar certo dano, em 
geral não mata o animal hospedeiro, 
dando as estas moscas um carácter de 
verdadeiros parasitas.
Os ovos são depositados diretamente 
sobre a pele do hospedeiro ou a larva 
eclode no hospedeiro intermediário e 
pode penetrar o hospedeiro definitivo.
Família Oestridae
46
SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA OESTRIDAE
Morfologia. Possui aparelho bucal atrofiado, 
não se alimentam ao virarem adultos e por 
isso vivem de 5 a 20 dias. Por isso captura 
outras moscas para ovipor além de ovipor 
em lesões ou sobre o tecido íntegro (as 
larvas conseguem perfurar a pele). Espinhos 
larvais em formato de punhal.
Animais adaptados a ambientes florestais, 
com o desmatamento estão se adaptando 
aos ambientes rurais e perirurais. 
Região torácica acizentada, abdômen azul 
violáceo e manchas iridescentes (que 
brilham). Causam miíase do tipo furunculosa. 
Região anterior maior que o posterior. 
Mastigadora por ganchos orais.
Ciclo biológico. Ocorre no tecido do 
hospedeiro e podem por ovos em outras 
moscas e até mosquitos. Causa prejuízos 
para a agropecuária, antes equinos eram 
refratários, agora não são mais.
Controle e profilaxia. Capstar: Pulgicida que 
favorece a expulsão das larvas. Controle 
biológico com parasitas, formigas, fungos e 
bactérias. Limpar o local da lesão para evitar 
novas infestações. Todos os estágios de 
pupação são no ambiente.
Gênero Dermatobia, Espécie Dermatobia hominis (Mosca de Berne ou ura)
47
SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA OESTRIDAE, 
SUBFAMÍLIA CUTEREBRINAE
Desenvolvimento larval inicia na boca e conclui 
o desenvolvimento no trato gastro intestinal. 
Pupam no ambiente até se desenvolverem os 
adultos alados se reproduzirem e ovipor nos 
hospedeiros. A migração da L1 causa irritação 
nos animais e com isso perda de peso. São em 
geral achados de necrose por não causarem 
morte dos animais.
Controle e profilaxia. Escovação para remoção 
dos ovos do pelo. Colocar os animais em locais 
sombreados durante atividade da mosca (12 as 
18h). Tratar os animais com inseticidas. Causam 
um zumbido semelhante a abelha e isso causa 
irritação pelo animal associar a ataque de 
abelha.
Gênero Gasterophilus, Espécies Gasterophilus intestinalis e Gasterophilus nasalis
48
SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA OESTRIDAE, 
SUBFAMÍLIA GASTEROPHILINAE
49
SUBORDEM NEMATOCERA, FAMÍLIA CULICIDAE
Importantes na transmissão da malária, os 
machos possuem antenas plumosas e 
f ê m e a s c o m a n t e n a s p i l o s a s

Noturnos e/ou crepusculares.
Reproduzem em água limpa e parcialmente 
sombreadas de represas e remansos, 
substrato úmido (poças, impressão de 
pegada de animais) Acasalamento nos 
enxames e são ovíparas Quatro estádios 
l a r v a r e s / l a r v a s a q u á t i c a s / 
mastigador-raspador 
Ovos viáveis por até 3 anos e em forma de 
bote.
A m b i e n t e s r u r a i s e p e r i r u r a i s

Quando em repouso ou em hematofagia, 
estão a 45º de inclinação. No momento do 
repasto, podem defecar devido ao intestino 
pequeno. Manchas escuras nas asas. Larvas 
apresentam trombetas respiratórias, quando 
se sentem ameaçadas descem na água e 
depois retornam a superfície. Anopheles 
darlingi, muito vinculado a transmissão de 
malária. Com a adaptação, preferem sangue 
humano, antropofilia. Transmissores de 
Wuchereria bancrofti, filarídeo da elefantíase. 
Fêmeas hematófagos, antropof í l icas 
(preferência pelos humanos ) e noturnas. São 
ovíparas e seus os ovos resistem até a 450 
50
Subfamília Anophelinae, Gênero Anopheles
SUBORDEM NEMATOCERA, FAMÍLIA CULICIDAE
dias . Sempre para le los no repasto 
sanguíneo, sem manchas nas asas.
Criadouros: água parada e rica em matéria 
orgânica; recipientes artificiais. 
Holometábolos: quatro estádios larvados, 
os palpos da fêmeas sempre muito menor 
que a probóscide.
Ovos em formatode jangada, trombetas 
respiratória cilíndrica nas pupas. 
C a u s a m I r r i t a ç ã o a o r e a l i z a r o 
hematofagismo. Podem veicular agentes 
etiológicos da malária aviária, filariose aviária, 
fil a r iose bancro f t i ana , d i rofila r iose , 
encefalites, varíola aviária e o Zika vírus. 
51
Gênero Culex, Espécie Culex quinquefasciatus
SUBORDEM NEMATOCERA, FAMÍLIA CULICIDAE, SUBFAMÍLIA 
CULICINAE
Vetores de doenças como dengue, zika, 
ch ikungunya e feb re amare la . São 
cosmopolitas, introduzida no Brasil na época 
dos escravos. Erradicada em 1955 e 
reintroduzidas em 1967 - Belém e São Luis.
Criadouros. Pneus e veículos contribuem 
para a dispersão da espécie, ovos viáveis por 
a t é 1 a n o . F ê m e a s h e m a t ó f a g a s / 
antropofílicas/vorazes. Hábitos matutinos ou 
crepusculares (diurno). Ovíparas, pode 
ocorrer única fecundação. Ciclo em média 10 
dias. Transmissão transovariana, ovos já 
infectados com os vírus.
Identificação. Aedes aegypti. Conjunto de 
manchas na região torácica, formato de lira. 
DIrofilariose, encefalites, peste suína 
Identificação. Aedes albopictus. Introduzida 
no Brasil em 1986 proveniente do Japão, 
vivem em ambientes rurais e silvestres. Uma 
só faixa na região torácica. 
52
Subfamília Culicinae, Gênero Aedes, Espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus
SUBORDEM NEMATOCERA, FAMÍLIA CULICIDAE, SUBFAMÍLIA 
CULICINAE
Morfologia. Manchas nas asas, possuem 
aparelho picador/sugador e asas largas. 
Quatro estádios larvais, pupas com formato 
de vírgula, são vetores mecânicos de 
arboviroses como: Oropouche, oncocercose 
em bovino, bubalinos e equinos, podem 
causam dermatite alérgica ao realizar o 
hematofagismo.
53
Gênero Culicoides
SUBORDEM NEMATOCERA, FAMÍLIA CERATOPOGONIDAE
Hábitos diurnos, fêmeas hematófagas 
Holometábolos. Se reproduzem em 
ambientes de água corrente. Asas sem 
manchas e que diferenciam de Culicoides
Morfologia. Apresentam mesonodo bem 
desenvolvido (formato de corcova), 
antenas tem formato de chocalho, com 
vários segmentos estreitos. Grande 
quantidade de cerdas na porção final do 
abdômen. 
Larvas: Apresentam escovas orais bem 
desenvolvidas para filtração da água, 
fixam-se fortemente ao substrato por 
estarem em água corrente e possuem 
apêndice digitiforme (semelhante ao 
movimento de lagartas). São mastigadoras 
e se alimentam de matéria orgânica e de 
plâncton presente na água
Pupa: Utilizam bolhas de ar para subir à 
superfície. 54
Gênero Simulium 
SUBORDEM NEMATOCERA, FAMÍLIA SIMULIIDAE
Transmissores da leishmaniose, conhecidos 
como mosquito-palha, birigui, tatuíra. 
Morfologia. Asas sempre eretas. Cinco 
segmentos de palpo, somente as fêmeas são 
hematófagas durante a noite e pela manhã 
cedo. Se alimentam de sangue de diferentes 
mamíferos e apresenta 4 estados larvares. 
Olhos bem enegrecidos e com a cabeça com 
ângulo de 90º. Machos diferenciam das 
espécies por possuir estrutura exposta de 
reprodução.
Veiculam vírus causadores de arboviroses, 
sendo o mais importante na transmissão de 
Leishmania (humanos e outros animais).
55
Gênero Lutzomyia
SUBORDEM NEMATOCERA, FAMÍLIA PSYCHODIDAE
Representação dos estágios de Lutzomyia. A. Macho adulto com aparelho reprodutor 
exposto. B. Fêmea adulta sem aparelho reprodutor exposto. C. Larva. D. Pupa
A p r e s e n t a m o a p a r e l h o b u c a l 
picador-sugador do tipo curvo (seta), para 
obtenção de néctar das plantas, os 
t r i a tomíneos que são hemató fagos 
apresentam aparelho bucal picador-sugador 
do tipo reto (a seguir). 
Observar para não confundir com as demais 
espécies da subfamília Triatominae que são 
todos hematófagos e de importância médica 
e médica veterinária.
56
Reduviidae não hematófago
ORDEM HEMIPTERA, FAMÍLIA REDUVIIDAE
Apresentam a inserção das antenas bem 
próxima aos olhos compostos e possuem a 
cabeça com formato hexagonal.
57
Gênero Panstrongylus
ORDEM HEMIPTERA, FAMÍLIA REDUVIIDAE
Apresentam a inserção das antenas bem 
próxima aos olhos compostos e possuem a 
cabeça com formato hexagonal.
58
Gênero Triatoma
ORDEM HEMIPTERA, FAMÍLIA REDUVIIDAE
Cabeça ovalar e antena inserida na região 
distal da cabeça próximo ao rostro.
59
Gênero Rhodnius
ORDEM HEMIPTERA, FAMÍLIA REDUVIIDAE
Medem de dois a quatro milímetros, 
possuem cabeça grande e arredondada na 
região dorsal. Há a presença de ocelos 
pequenos ou ausentes, aparelho bucal 
mastigador, antenas com quatro a cinco 
segmentos. 
Mesonoto e metanoto separados (separação 
do segundo e terceiro segmento torácico).
Os hábitos alimentares são a alimentação de 
pêlos ou sangue. Ao se alimentarem também 
das células epiteliais podem causar lesão na 
pele e ocasionalmente ingerir sangue. 
São invertebrados parasitas de aves e por 
isso possuem um par de garra por tarso, 
possuem dois grupamentos de pequenas 
cerdas em um dos segmentos abdominais na 
região ventral (círculos).
Muito comum encontrar coinfestação, em 
aves a coinfestação pode ser de 5 grupos 
diferentes.
Denominado de “piolho da haste”. Espécie 
pequena (2 mm de comprimento) de 
coloração amarelo-pálida. Palpos pequenos 
e antenas com 4 segmentos localizadas em 
sulcos na cabeça 
Abdômen com cobertura de cerdas esparsas 
pequenas ou de tamanho médio.


60
Gênero Menopon
ORDEM PHTHIRAPTERA, SUBORDEM AMBLYCERA FAMÍLIA MENOPONIDAE
Hospedeiros originais: cangurus, cães, 
outros carnívoros na Australia e agora são 
espécies cosmopolitas. Semelhante a 
Menacanthus, porém possui um par de garra 
por tarso por ser parasita de mamíferos, 
diferente de Menacanthus que só tem uma 
garra por tarso por ser parasita de aves.
Cabeça subtriangular, processos espinhosos 
ventrais, densa cobertura de cerdas. Causam 
dermatite e prurido
Processos pós-palpais (setas) crescendo 
imediatamente atrás dos palpos maxilares 
(cabeça de seta).
61
Gênero Heterodoxus, Espécie Heterodoxus spiniger
SUBORDEM AMBLYCERA, FAMÍLIA BOOPIDAE
Morfologia. Corpo alongado, cabeça bem 
desenvolvida e muitas vezes mais larga que a 
região torácica. Na região distal da cabeça 
tem uma região arredondada (ou côncava). 
Primeiro par de patas é menor que o 
segundo, que é menor que o terceiro. 
Presença de placa esternal, mais escura na 
região do tórax. Diferenciar machos e 
fêmeas, os machos possuem o primeiro 
segmento antenal é mais largo e comprido 
que os demais, além disso apresenta um 
pequeno apêndice no fim da antena. As 
fêmeas apresentam uma antena filiforme 
tradicional
62
Gênero Lipeurus
SUBORDEM ISCHNOCERA, FAMÍLIA PHILOPTERIDAE
Principalmente em criações rústicas de 
galinhas, é um dos maiores piolhos de aves, 
considerado grande. 
Cabeça bem desenvolvida, por pertencer ao 
gênero Goniodes. Apresentam processos 
angulares laterais bem evidentes na lateral da 
cabeça (círculo) e possui cerdas. Primeiro par 
de pernas menor que o segundo, que é 
menor que a terceira (semelhante ao Liperus 
spp).
Machos sempre menores que a fêmea e 
possuem peças reprodutivas expostas. 
Antenas com cinco segmentos, Abdômen 
largo e arredondado.
63
Gênero Goniodes
SUBORDEM ISCHNOCERA, FAMÍLIA PHILOPTERIDAE
Menores piolhos de aves. 
Cabeça quase circular, apresenta duas 
longas cerdas na margem posterior. 
Antenas com 5 segmentos.
64
Gênero Goniocotes
SUBORDEM ISCHNOCERA, FAMÍLIA PHILOPTERIDAE
Mais comum em pombos, corpo alongado e 
castanha. Cabeça subtriangular (ponta do 
triângulo (parte distal) é arredonda). Primeiro 
par de patas menor que o segundo, menor 
que o terceiro.
Apresentam o primeiro segmento antenal 
mais desenvolvido nos machos em relação a 
fêmeas que possuem antenas tradicionais 
filiformes. E um par de apêndices na região 
distal na cabeça.
65
Gênero Columbicola
SUBORDEM ISCHNOCERA, FAMÍLIA PHILOPTERIDAE
Cabeça bem desenvolvida porque é 
Ischnocera, cabeça globosa, antenas com 
três segmentos, presença de placas pleurais, 
antenas são livres porque são Ischnocera. 
Presença de cerdas nos segmentos 
abdominais e possui áreas mais escurecidas 
nestes segmentos(placas pleurais). Uma 
única garra por tarso. 
Piolhos podem sobreviver até 72h fora do 
corpo do animal, então evitar as mesmas 
peças de montaria num dia para o outro sem 
higienizar.
Tanto machos quanto fêmeas apresentam 
antenas filiformes tradicionais.
66
Gênero Damalinia
SUBORDEM ISCHNOCERA, FAMÍLIA TRICHODECTIDAE
Cabeça bem desenvolvida porque é 
Ischnocera, antenas com três segmentos, 
presença de placas pleurais, antenas são 
livres porque são Ischnocera. 
Presença de cerdas nos segmentos 
abdominais e possui áreas mais escurecidas 
nestes segmentos (placas pleurais). Uma 
única garra por tarso. 
Piolhos podem sobreviver até 72h fora do 
corpo do animal, então evitar as mesmas 
peças de montaria num dia para o outro sem 
higienizar.
Tanto machos quanto fêmeas apresentam 
antenas filiformes tradicionais.
67
Gênero Felicola
SUBORDEM ISCHNOCERA, FAMÍLIA TRICHODECTIDAE
Parasita de canídeos domésticos e silvestres. 
Causa quadros de estresse e subnutrição, 
intensa irritação e lesões auto-infligidas (pelo 
prurido).
Morfologia. Possui a cabeça mais larga que 
comprida (subretangular) com primeiro 
segmento maior. Abdômen oval: grandes 
cerdas transversal na região ventral. 
Geralmente castanho-claro.
Tratamento: Pó, líquido, shampoo a base de 
piretróides, carbamatos, fipronil, selamectina.
68
Gênero Trichodectes, Espécie Trichodectes canis
SUBORDEM ISCHNOCERA, FAMÍLIA TRICHODECTIDAE
Presença de ângulos temporais, sem 
grandes diferenças entre os pares de patas, 
possuem uma única garra articulada, 
esporão tibial. 
Haematopinus tuberculatus se localizam na 
região da cabeça, na porção periocular. As 
fêmeas migram para a região da vassoura da 
cauda para ovipor e realizar hematofagismo.
69
Gênero Haematopinus, Espécie Haematopinus tuberculatus
SUBORDEM ANOPLURA, FAMÍLIA HAEMATOPINIDAE
Regiões de temperaturas mais amenas
Antenas livres por serem Anoplura e tem 5 
segmentos antenais
Placas esternais podem estar ou não 
presentes, mas quando presentes não são 
muito delimitadas.
Possuem as primeiras patas menores que as 
segundas que são menores que as terceiras.
70
Família Linognathidae
SUBORDEM ANOPLURA, FAMÍLIA LINOGNATHIDAE
Ocelos na região atrás da orelha, cabeça 
hexagonal, placa esternal não utilizada para 
identificação da espécie. Possuem esporão 
tibial.
Envolvidos na transmissão de Rickettsia e 
Borrelia spp.
71
SUBORDEM ANOPLURA, FAMÍLIA PEDICULIDAE
Gênero Pediculus, Espécies Pediculus humanus (Pediculus humanus capitis e 
Pediculus humanus humanus)
Possuem metapódios com possível função 
sensorial
Piolho mais conhecido como chato.
72
Gênero Phthirus, Espécie Phthirus pubis
SUBORDEM ANOPLURA, FAMÍLIA PEDICULIDAE
Possuem cerdas enrijecidas (ctenídeos) na 
parte de baixo da cabeça (gena) (1) e no 
pronoto (2) com os mesmos tamanhos, essa 
é a característica diferencial de C. canis que 
possui o primeiro ctenídeo genicular menor 
que os demais.
Possui a cabeça achatada e o corpo com 
coloração castanha. Antenas atrás dos 
ocelos (3). 
São artrópodes que causam dermatite 
alérgica a picada de pulgas (DAP). Algumas 
pulgas podem albergar Leishmania e quando 
são ingeridas pelo animal, podem veicular o 
agente infeccioso. 
Prevenção e tratamento no animal e no 
ambiente com vassoura de fogo ou 
inseticidas.
73
1
2
3
Gênero Ctenocephalides, Espécie Ctenocephalides felis felis
ORDEM SIPHONAPTERA, FAMÍLIA PULICIDAE
Possuem cerdas enrijecidas (ctenídeos) na 
parte de baixo da cabeça (gena) e em C. 
canis o primeiro ctenídeo é menor que os 
demais (1) e somente no pronoto que os 
ctenídeos possuem o mesmo tamanhos (2). 
Outra característica pra diferenciar é a 
cabeça mais arredonda que C. felis felis e o 
corpo com coloração castanha. 
Antenas atrás dos ocelos (3). Também 
causam dermatite alérgica a picada de 
pulgas (DAP).
Prevenção e tratamento no animal e no 
ambiente com vassoura de fogo ou 
inseticidas.
Três estádios larvares.
74
Ctenocephalides canis
1
2
3
ORDEM SIPHONAPTERA, FAMÍLIA PULICIDAE
Ampla distribuição, apenas as fêmeas são 
capazes de penetrar, os machos não são 
penetrantes.
Conhecidos como bicho-de-pé.
Larva com dois estádios, se alimentam de 
matéria orgânica do ambiente. 
Ausência de ctenídeos. Cabeça angulosa na 
fronte. Segmentos torácicos muito curvos. 
Peças bucais com lacínias serrilhadas (ajuda 
na dilaceração para penetração), palpos 
maxilares com grande número de cerdas.
Quando as fêmeas ovipõem, elas morrem.
75
Gênero Tunga, Espécie Tunga penetrans
ORDEM SIPHONAPTERA, FAMÍLIA TUNGIDAE
Protozoologia
3
“Primeiros animais 
descobertos”
– Autor desconhecido
Trypanosoma Cruzi
REINO PROTOZOA 
1.Eucariotos, possuem núcleos 
delimitados por carioteca.
2.Citóstoma (análogo a cavidade bucal 
para absorção de nutrientes).
Movimentação: Existem protozoários 
ciliados, outros não possuem estruturas 
de movimentação evidente e se 
locomovem pela contração da célula, 
alguns possuem pseudópodes, outros 
terão flagelo, e outros terão flagelo + 
membrana ondulante. Podem ser 
aeróbios ou anaeróbios, troca os 
nutrientes pela membrana plasmática e 
citóstoma.
Parasitemia. Quantidade de parasitas 
na corrente sanguínea. (Hemoparasita 
ou aquele que realiza parte do seu ciclo 
reprodutivo no tecido sanguíneo)
Gametotonia: Reprodução sexuada, 
f a b r i c a ç ã o d e g a m e t ó c i t o s . O s 
protozoários que não apresentam essa 
fase não possuem muita variabilidade 
genética. Após essa fase pode ocorrer a 
maturação para a vida l ivre ou 
esporogonia. As vezes, como ocorre em 
Eimeria, ocorrem ambas as fases, 
assexuada e sexuada em um mesmo 
hospedeiro enquanto em outros como 
Plasmodium, ocorre a fase assexuada nos 
hospedeiros vertebrados e assexuada 
nos invertebrados.
E s q u i z o g o n i a o u M e r o g o n i a : 
Reprodução assexuada, onde ocorre 
divisão nuclear sucessiva dentro de um 
trofozoíta e quando maduro, cada 
núc leo adqu i re uma porção do 
citoplasma, de modo que o agora 
chamado de esquizonte/meronte fica 
preenchido com grande quantidade de 
protozoários alongados denominados de 
merozoítas. Por fim, o meronte se 
rompe e libera merozoítas individuais.
Trofozoítas, forma individualizada que 
vai se nutrir para posteriormente se 
dividir. 
Esporogônia: contém esporozoítas, 
também assexuada. É um estágio 
infectante de alguns protozoários. 
Oocisto: forma de resistência, originária 
de um processo sexuado (como um 
pequeno ovo resistente). 
Cisto: forma de resistência originária de 
um processo assexuada. A diferença 
entre Esquizonte e Esporogônia, ambas 
são assexuadas, diferenciam no local 
onde está sendo essa divisão, vários 
tecidos merogônia. Quando atinge a 
g l â n d u l a s a l i v a r d o p a r a s i t a : 
esporogônia.
77
(Proto - primeiro; zoo - animal)
FAMÍLIA GIARDIIDAE
Agente etiológico da Giardíase, 
distribuição mundial, considerado pela 
Organização mundial de Saúde (OMS) 
uma zoonose. Contaminação pela 
ingestão do cisto, posteriormente 
acontece desencistamento e a liberação 
de dois trofozoítos e a posterior divisão 
binária, residem no intestino onde dão 
or igem a novos c is tos que são 
eliminados nas fezes e retornam ao 
a m b i e n t e . N ã o s ã o p a r a s i t a s 
intracelulares obrigatórios, vivem sobre 
as microvilosidades e formam uma 
camada como barreira mecânica que 
impede a absorção dos nutrientes e 
águas, ainda após o tratamento pode 
ocorrer retração permanente das 
microvilosidades.
Diagnóst i co . O h i s tó r i co é 
fundamental para conhecer o quadro 
clínico, informações como idade 
(animais jovens são mais propícios), 
episódios de diarréia. O exame 
parasitológico das fezes com a coleta 
direta através de sonda (quando 
material fecal não estiver disponível) e 
testes sorológicos como ELISA, 
imunofluorescência, coleta de DNA das 
fezes para biologia molecular. Ainda é 
possível realizar distensão de fezes na 
lâmina e corar com hematoxilina férrica, 
Giemsa ouTrichrômio.
78
Filo Fornicata, Classe Metamonadea, Ordem Giardiida
Gênero Giardia, Espécies Giardia intestinalis (G. lamblia e G. duodenalis)
Tr a t a m e n t o e P r e v e n ç ã o . 
Secnidazol, Tinidazol, Abendazol, 
Metronidazol, Associado com: Febante, 
Pirantel, Praziquantel, Nitazoxanida, 
Febendazole e Ivermectina. Prevenção 
feita com vacinação (cautela ao uso 
desnecessário quando animal não está 
em situação de risco).
Controle e profilaxia. Cloração e 
luz ultravioletas, aquecimento da água a 
60ºC, saneamento básico, educação 
sanitária, higienização de alimentos, 
água filtrada, higienização do ambiente 
com desinfetantes à base de amônia 
quaternária e cloro. Controle da 
população de insetos que são vetores 
mecânicos (moscas lambedoras).
79
FAMÍLIA TRICHOMONADIDAE
Causa doença venérea em bovinos, 
entretanto foram encontrados em outros 
animais como bubalinos, prepúcio, 
e p i d í d i m o , c e r v í d e o s e g a t o s 
domésticos. Nos bovinos localizam-se 
no pênis (trofozoítas), prepúcio, 
epidídimo e vasos deferentes, em vacas 
na vagina, útero e feto (causador de 
aborto). Animais mais velhos são mais 
susceptíveis, mais restrito a montas 
naturais em propriedades mais simples, 
o avanço das técnicas de reprodução 
eliminou drasticamente a infecção.
Os trofozoítas possuem 4 flagelos, 
além dos flagelos como estrutura 
locomotora tem a membrana ondulante 
em todo o corpo do t rofozoí ta 
(constituído de um dos flagelos), vários 
microtúbulos formam o axóstilo e 
e s p i n h o a x ó s t i l o . C o m p l e x o 
quinetassomal para produção de 
energia . Estruturas a lvo para o 
diagnóstico. Estudos recentes mostram 
a forma cística além da trofozoíta, ainda 
com poucas informações.
V i a s d e t r a n s m i s s ã o . 
Cobrição/monta, foi relatado presença 
no sêmen e sobrevive ao congelamento, 
os exames ginecológico nas vacas podem 
veicular mecanicamente, somente a 
fêmea adoece, os machos veiculam o 
parasita.
80
Filo Parabasalia, Classe Trichomonadea, Ordem Trichomonadida
Gênero Tritrichomonas, Espécie Tritrichomonas foetus 
Sinais clínicos em vacas. Vaginite 
de grau variado, placentite com 
descolamento de membranas, aborto em 
até cinco meses, desregularização do 
ciclo estral, redução de 20 a 40% de 
prenhez, retenção do feto com possível 
p e r d a d e f ê m e a s , r e c u p e r a ç ã o 
espontânea com descanso da fêmea 
Parasitismo nos cotilédones, causa 
necrose e as trocas gasosas e de 
nutrientes não ocorrem mais (o mesmo 
vale para Toxoplasma gondii).
Diagnóstico. Histórico clínico, 
lavados vaginais e prepuciais, método 
OB e envio ao lab. Exame direto e 
utilização de meio de cultura (Lactopep 
(peptona + leite em pó + antibiótico), 
Dimond, Rieck modificado (leite em pó 
+ antibióticos). Provas sorológicas do 
muco vaginal, PCR. Utilização de touros 
de alto valor em fêmeas virgens e coleta 
nas fêmeas.
Tratamento. Alto custo e muitas 
vezes não eficaz, em touros: unguento 
de flavina e solução de acriflavina ou de 
tripoflavina. Dimetridazol via oral por 
cinco dias e custo de US$ 125/animal. 
Vacinas e recuperação espontânea. 
Profilaxia. Submeter o touro a 
vários exames antes da estação de 
monta, não utilizar o touro livre em 
vacas poss ive lmente infectados , 
isolamento de vacas que abortaram e 
descarte de animais, repouso sexual das 
fêmeas por, no mínimo, três ciclos 
reprodutivos, descarte periódicos de 
touros velhos (acima de 5 anos), 
u t i l i z a ç ã o d e v a c a s v i r g e n s e 
acompanhamento laboratorial.
81
Veterinary protozoology! 119
Tritrichomonas muris
Description: !e body is pyriform, 12–20 "m long, and there are 
three anterior #agella, which arise from a conspicuous blepharo-
plast. !e undulating membrane is prominent and extends the 
length of the body in ribbon$like folds bounded by a thick mar-
ginal %lament, which extends beyond the body as a free trailing 
found in the caecum and colon of virtually every species of mam-
mals and birds, and also in reptiles, amphibians, %sh and inverte-
brates. Speci%c identi%cation and host–parasite relationships of 
many species remains unclear and several species are thought to 
be synonymous.
Tritrichomonas in cattle is an important venereal disease causing 
infertility and abortion.
Tritrichomonas
Members of this genus have three anterior #agella and a posterior 
#agellum and lack a pelta.
Life cycle: !e trichomonads reproduce by longitudinal binary %s-
sion. No sexual stages are known and there are no cysts.
Tritrichomonas species
Species Hosts Site
Tritrichomonas eberthi
(syn. Trichomonas eberthi)
Chicken, turkey Caeca
Tritrichomonas foetus
(syn. Trichomonas foetus)
Cattle
Cat
Prepuce, uterus
Small intestine
Tritrichomonas muris
(syn. Trichomonas criceti)
Mouse, rat, vole Large intestine
Tritrichomonas suis
(syn. Trichomonas suis)
(considered synonymous 
with T. foetus)
Pig Nasal passages, 
stomach, caecum, 
colon
Tritrichomonas enteris
(syn. Trichomonas enteris)
Cattle, zebu Caecum, colon
Tritrichomonas minuta Rat, mouse, hamster Large intestine
Tritrichomonas wenyoni
(syn. Trichomitus wenyoni)
Rat, mouse, hamster, 
monkey
Large intestine
Tritrichomonas caviae Guinea pig Caecum
Tritrichomonas eberthi
Description: !e body is elongate, 8–14 by 4–7 "m, with vac-
ulolated cytoplasm and three anterior #agella. !e undulating 
membrane is prominent and extends the full length of the body. 
!e posterior #agellum extends about half the length of the body 
beyond the undulating membrane (Fig. 2.9). An accessory %lament 
is present. !e blepharoplast is composed of four granules; the axo-
style is massive and hyaline, and its anterior end is broadened to 
form a capitulum and a ring of chromatin granules is present at the 
point that the axostyle emerges from the body. !e parabasal body 
is shaped like a #attened rod and is of variable length.
Tritrichomonas foetus
Description: !e organism is pear$shaped, approximately 10–25 "m 
long and 3–15 "m wide and has a single nucleus and four #agella, 
each arising from a basal body situated at the anterior rounded end. 
!ree of the #agella are free anteriorly, while the fourth extends 
backwards to form an undulating membrane along the length of 
the organism and then continues posteriorly as a free #agellum 
(Fig. 2.10). !e axostyle, a hyaline rod with a skeletal function, 
extends the length of the cell and usually projects posteriorly. !e 
costa is prominent but there is no pelta.
Fig. 2.9 Tritrichomonas eberthi.
Fig. 2.10 Tritrichomonas foetus.
Undulating membrane
Axostyle
Free flagella
Axóstilo
Membrana ondulante
Flagelos livres
FAMÍLIA TRYPANOSOMATIDAE
Ordem Trypanosomatida, Gênero 
Trypanosoma (T. cruzi, T. evansi, T vivax)
S e ç ã o S t e r c o r a r i a 
(fezes do artrópode portador)
Descoberto no Brasil por Dr. Carlos 
Ribeiro de Chagas, que foi chamado 
para acompanhar a construção da 
estrada de ferro e tratar das pessoas 
doentes. Nos intervalos pesquisava 
sangue dos saguis da região quando 
encontrou um protozoário que então foi 
chamado de Trypanosoma minasense. Após 
relato de insetos hematófagos chamados 
de barbeiros, no local onde ocorria a 
doença , v isual izou protozoár ios 
flagelados em comum entre primatas 
não humanos, insetos e dos doentes da 
região e enviou ao Instituto Oswaldo 
Cruz para análise e posteriormente 
publicação. 
Distribuição geográfica ocorre do sul do 
EUA até a argentina, doença endêmica 
das Américas e que hoje ocorrem em 
outros locais. Incidência de uma doença 
é caracterizadas por novos casos 
relatados constantemente. Doença de 
Chagas aguda é doença de notificação 
obrigatória e pode ser transmitida por 
transfusão, congênita (de mãe para 
82
Filo Euglenozoa, Classe Kinetoplasta, Ordem Trypanosomatida
Gênero Trypanosoma, Espécie Trypanosoma cruzi 
filho), oral, acidente laboratorial, 
transplante, manipulação de carne de 
caça (Marsupia is - D i d e l p h i s 
marsupialis e Philander opossum)e 
ficam localizados nas glândulas 
anais (liberadoras de odor).
Possui dois tipos de hospedeiros: 
Mamíferos - mais de 180 espécies 
(tripomastigota e amastigota)
Tr i a t o m í n e o s - 3 e s p é c i e s 
(epimastigota e tripomastigota 
metacíclica). 
Sem a relação de hospedeiros 
definitivos e intermediários no caso de T. 
cruzi e Leishmania.
Amastigota não apresenta flagelos e 
nem membrana ondulante, possui 
estrutura ovóide (arredondada), o 
flagelo está escondido no interior de 
uma bolsa flagelada, cinetoplasto em 
forma discóide. 
As formas tripomastigotas possuem 
flagelos livres, alongado, o flagelo livre 
anterior ao núcleo, “puxa” a forma 
tripomastigota, forma infectante para o 
hemíptera. A forma tripomastigota 
metacíclica é a forma liberada pelo 
triatomíneo e é infectante para o 
mamífero, passa rápido por essa fase e 
é difícil ser diagnosticada.
Epimastigota possui flagelo 
lateralizado, membrana ondulante 
pouco desenvolvida, presente no 
sistema digestivo do hemíptera, 
cinetoplasto anterior ao núcleo.
Localizados nas frestas das casas, 
seja de pau-a-pique seja de 
a l v e n a r i a e m c o n d o m í n i o s 
luxuosos.
Marsupiais e roedores são o elo entre o 
ciclo doméstico e peridomésticos devido 
a serem sinantrópicas (adaptadas ao 
ambiente modificado pelo ser humano). 
O comportamento das três espécies 
difere das demais de mamíferos por 
83
Formas
metacíclicas 
(estão no 
final do ciclo)
Didelphis marsupialis
estes animais possuírem formas 
epimastigotas em suas glândulas anais 
(libera odores). 
Fase aguda. Reação inflamatória no 
local, febre de intensidade variável, 
mal-estar, hepatoesplenomegalia, 
miocardite e meningoencefal i te . 
Notificação obrigatória pelo SINAN 
(http://portalsinan.saude.gov.br).
Fase crônica . Lesões cardíacas, 
c a r d i o m e g a l i a e a r r i t m i a s , 
comprometimento do trato digestivo 
com megaesôfago e megacólon.
Diagnóstico - Fase aguda. Histórico, 
microhematócrino (Woo), exame 
direto/xenodiagnóstico, esfregaço 
sanguíneo, hemocultura em meio NNN 
e LT, s o r o l o g i a ( I g M e I g G ) , 
eletrocardiograma e PCR.
Diagnóstico - Fase crônica. Sorologia, 
x e n o d i a g n ó s t i c o , h e m o c u l t u r a , 
eletrocardiograma, raio X (buscar 
síndrome dos megas) e PCR.
84
Ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi (simplificado). Fonte: infográfico: Nevício Ribeiro, ICICT/Fiocruz.Ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi (simplificado). Fonte: infográfico: Nevício Ribeiro, ICICT/Fiocruz
http://portalsinan.saude.gov.br
http://portalsinan.saude.gov.br
Tratamento. Fase aguda. Benzonidazol 
(ministério da saúde), nifurtimox. Por 
s e r uma doença de no t ificação 
obrigatória, o tratamento é gratuito pelo 
SUS.
Tratamento. Fase crônica . Sem 
t r a t a m e n t o e s p e c í fic o , u s o d e 
medicamentos como cardiotônicos, 
d i u r é t i c o s , a n t i - i n fla m a t ó r i o s , 
vasodilatadores, entre outros, dietas.
“Miocardite chagástica em caninos no estado 
do Rio Grande do Sul”. Estudo com relato 
de caso de tripanossomíase em cães.
O u t r o s r e l a t o s d e c a s o s : 
c a r d i o m e g a l i a , m e g a e s ô f a g o e 
megacólon.
Controle e Profilaxia . Estudos 
e p i d e m i o l ó g i c o s d e v e t o r e s e 
reservatórios em áreas endêmicas, 
melhoria nas habitações, cuidado com a 
ingestão de alimentos, controle das 
espéc ies . contro le vetor ia l com 
inseticidas, controle de doadores de 
sangue, teste de diagnóstico com alta 
sensibi l idade e especificidade e 
tratamento dos pacientes humanos. T. 
cruzi sobrevive no açaí em temperatura 
ambiente, sobrevive até 12h a 5ºC, a 
pasteurização do açaí mata T. cruzi, 
implementação de boas práticas de 
higiene, boas práticas de manufatura e a 
aproximação entre as instituições de 
pesquisa e produtores de aça í : 
contribuições para a solução deste 
problema.
Morfologia. Corpo arredondado ou 
semelhante a folha, possuem um único 
flagelo oriundo de um cinetossoma ou 
grânulo basal, alguns gêneros possuem 
membrana ondulante e o flagelo está na 
margem externa. Membros do gênero 
Trypanossoma são heteroxenos e durante 
os ciclos evolutivos passam pelos 
estágios de amastigota, promastigota, 
epimastigota e tripomastigota. Na forma 
amastigota o corpo é arredondado e o 
flagelo emerge através de um amplo 
reservatório em formato de funil. Na 
forma promastigota o cinetoplasto 
situa-se em uma parte ainda mais 
interior do corpo e não há membrana 
ondulante. Epimastigota possui o 
cinetoplasto posterior ao núcleo e a 
85
membrana ondulante inicia a partir daí. 
A forma tripomastigota possui o 
cinetoplasto próximo da extremidade 
posterior e o flagelo forma margem com 
a memb r an a ond u l an te q ue s e 
estabelece ao longo da lateral do corpo 
até a extremidade anterior.
C i c l o e v o l u t i v o . A s f o r m a s 
tripomastigotas penetram nas células do 
sistema reticuloendotelial, dos músculos 
e, especialmente do coração onde 
formam amastigotas arredondados. 
Multiplicam-se por divisão binária 
formando ninhos que posteriormente 
desenvolvem-se em tripomastigota e 
penetram novamente na corrente 
sanguínea e podem ser ingeridos pelo 
inseto triatomíneo. Ao chegarem no 
intestino do invertebrado vetor, se 
desenvolvem e epimastigota metacíclica 
e podem ser excretados nas fezes 
durante o repasto, devido ao ferimento 
exposto retornam para a circulação 
sanguínea do mamífero.
 
86
Não possuem potencial zoonótico. Atinge 
bovinos (são mais sensíveis) e causa 
extremo emagrecimento, transmissão 
espécies artrópodes (vetores mecânicos) e 
objetos como agulhas e aparelhos 
cirúrgicos (fômites) e transmissão 
t r a n s p l a c e n t á r i a . O u t r o s 
hospedeiros são afetadas como 
bubalinos, pequenos ruminantes, 
equídeos, capivaras e cervídeos.
Somente a forma tripomastigota é a única 
encontrada nesta espécie. Realiza divisão 
binária na corrente sanguínea (assim como 
T. evansi). Parasitemia mais fácil de ser 
encon t rada que T. c ruz i . Possu i 
cinetoplasto menor que T. Cruzi.
Moscas hematófagas contaminam as suas 
peças bucais ao realizar o hematofagismo 
e a o r e a l i z a r u m n o v o 
hematofagismo repassa 
o protozoário. 
Uma vez formada a população, o 
hospedeiro está pronto para ser um 
reservatório. Apenas moscas como os 
Tabanídeos e Stomoxys sp podem 
veicular.
A passagem do paras i ta no 
hospedeiro torna-o mais patogênico 
que parasitas que passam direto de 
hospedeiro a hospedeiro. Essa é a 
principal hipótese de porque a infecção na 
África é mais intensa que nas Américas. 
No Brasil, as infecções são geralmente 
mais crônicas. 
Sinais clínicos. Anemia (hemólise pelo 
contato de T. vivax com os eritrócitos), 
perda de peso progressiva, febre, 
abortamento e morte. Pode ocorrer 
infecções em linfonodos e compromete e 
imunidade do animal. Quando o animal 
apresenta comprometimento neurológico 
não responde mais ao tratamento.
87
Gênero Trypanosoma, Espécie Trypanosoma vivax, Seção salivaria
Tripomastigota 
nunca é 
intracelular
Filo Euglenozoa, Classe Kinetoplasta, Ordem Trypanosomatida
Diagnóstico . Distensão sanguínea 
(esfregaço sanguíneo), método de Woo, 
a s p i r a d o d e l i n f o n o d o , m é t o d o s 
sorológicos, biologia molecular.
Tratamento e controle. Aceturato de 
diminazene, cloreto de isometamidum. 
Brometo de homidium. Cloreto ou sulfato 
de quinapiramine. Controle de artrópodes 
vetores com drogas pour-on e armadilhas 
impregnadas com inseticidas. Controle 
sanitário do ambiente.
Ciclo evolutivo. O desenvolvimento no 
inseto vetor acontece apenas na 
probóscide. Os tripanossomas absorvidos 
tornam-se epimastigotas e depois em 
tr ipomast igotas novamente, agora 
metac íc l icos que passam para a 
hipofaringe e infectam novos hospedeiros 
quando as moscas hematófagas se 
a l i m e n t a m .
116 Part 1: General parasitology includingtaxonomy, diagnosis, antiparasitics
vector. Some forms are transmitted mechanically by tabanid vec-
tors or by contact.
Trypanosoma brucei
Description: Trypanosoma brucei is pleomorphic in form and rang-
es from long and slender, up to 42 !m (average 29 !m), to short and 
stumpy, 12–26 !m (mean 18 !m), the two forms o"en being present 
in the same blood sample. #e undulating membrane is conspicu-
ous, the kinetoplast is small and subterminal and the posterior end 
is pointed. In the slender form the kinetoplast is up to 4 !m from the 
posterior end, which is usually drawn out, tapering almost to a point, 
and has a well$developed free %agellum; in the stumpy form the %a-
gellum is either short or absent and the posterior end is broad and 
rounded with the kinetoplast almost terminal. Intermediate forms 
average 23 !m long and have a blunt posterior end and moderately 
long %agellum (Fig. 2.6). A fourth form with a posterior nucleus may 
be seen in laboratory animals. In fresh un&xed blood &lms, the or-
ganism moves rapidly within small areas of the microscope &eld.
large kinetoplast is terminal and the posterior end is broad and 
rounded. A short free %agellum is present (Fig. 2.4). In fresh blood 
&lms, T. vivax moves rapidly across the microscope &eld.
Life cycle: Development in the insect vector takes place only in 
the proboscis. #e trypanosomes turn &rst into the epimastigote 
form and then the metacyclic infective trypanosomes, which pass 
to the hypopharynx and infect new hosts when the tsetse %ies bite 
and feed.
SUBGENUS NANNOMONAS
#ese are small forms usually without a free %agellum and a typi-
cally marginal medium$sized kinetoplast. Development in the 
tsetse %y vector occurs in the midgut and proboscis.
Trypanosoma congolense
Description: Trypanosoma congolense is small, monomorphic in 
form and 8–20 !m long. #e undulating membrane is inconspicu-
ous, the medium$sized kinetoplast is marginal and the posterior end 
is blunt. #ere is no free %agellum (Fig. 2.5). In fresh blood &lms the 
organism moves sluggishly, o"en apparently attached to red cells.
Life cycle: #e trypanosomes divide by longitudinal binary &ssion 
in the vertebrate host. A"er ingestion by the tsetse %y they develop 
in the midgut as long tryptomastigotes without a free %agellum. 
#ey attach &rst to the wall of the proboscis and multiply there for 
a time before passing to the hypopharynx where they develop into 
metacyclic infective tryptomastigotes similar in appearance to the 
blood forms. #ese are injected into the vertebrate when the %y 
bites. Development to the infective stage in Glossina takes from 15 
to well over 20 days at 23–34°C.
SUBGENUS TRYPANOZOON
#ese are pleomorphic (slender to stumpy) forms with or without 
a free %agellum and with a small subterminal kinetoplast. Devel-
opment occurs in the midgut and salivary glands of the tsetse %y 
Fig. 2.4 Trypanosoma vivax is monomorphic and has a short %agellum and 
terminal kinetoplast.
Red blood cells
Fig. 2.5 Trypanosoma congolense is monomorphic and possesses a 
marginal kinetoplast.
Red blood cells
Red blood cells
Red blood cells
b
c
a
Fig. 2.6 Trypanosoma brucei is pleomorphic, showing (a) long slender, (b) 
short stumpy and (c) intermediate forms.
88
Não possuem potencial zoonótico, realiza 
divisão binária na corrente sanguínea 
(assim como T. evansi). Também vetorado 
m e c a n i c a m e n t e . A p e n a s f o r m a s 
tripomastigotas que não tem cinetoplasto 
(forma de diagnóstico diferencial das 
demais).
Surra ou mal-das-cadeiras nos equinos e 
prejuízos de capivaras, surto maior no 
pantanal. Animal apresenta paresia 
(dificuldade de movimentação). 
Hospedeiros como equinos, cães e 
capivaras são os mais suscetíveis. Moscas 
e morcegos (Desmodus rotundus) são 
vetores mecânicos. Os cães podem se 
infectar pela alimentação de carcaças 
infectadas.
Ciclo biológico muito semelhante a T. vivax 
com a particularidade de possibilidade de 
avançar para os tecidos intersticiais e com 
isso causar problemas neurológicos.
Sinais clínicos. Anemia (depressão da 
medula óssea), fraqueza progressiva, 
perda da condição física, conjuntivite, 
aumento de linfonodos, hemorragia nas 
conjuntivas, rolamento semelhante a 
cólica equina devido aos problemas 
neurológicos.
“ S u r t o s d e t r i p a n o s s o m í a s e p o r 
Trypanosoma evansi em equinos no Rio 
Grande do Sul: aspectos epidemiológicos, 
clínicos, hematológicos e patológicos.” 
Diagnóstico. Qualquer salivaria não se 
mantém em hemocultivos, transmissão 
experimental em roedores, esfregaço 
sanguíneo, imunohistoquímica, pesquisa 
d e D N A e e m o u t r o s p o s s í v e i s 
hospedeiros.
Tratamento. Aceturato de diminazene. 
Evitar criações de diversas espécies 
juntas.
89
Filo Euglenozoa, Classe Kinetoplasta, Ordem Trypanosomatida, Família Trypanosomatidae
Gênero Trypanosoma, Espécie Trypanosoma evansi, Seção salivaria 
C o m p l e x o L e i s h m a n i a d o n o v a n i 
(Leishmaniose visceral)
Complexo Le ishmania braz i l iens is 
(Leishmaniose cutânea ou mucocutâneas)
C o m p l e x o L e i s h m a n i a m e x i c a n a 
(Leishmaniose cutânea)
Apresentam forma amastigota (mamíferos) 
e promastigota (Lutzomyia). 
Ausência de membrana ondulante, 
aspecto lanceolado (semelhante a lança), 
cinetoplasto discóide e posterior ao 
núcleo). 
Intracelular obrigatória por não possuir 
flagelo. Doença de notificação obrigatória 
com tratamento gratuito pelo SUS.
118 Part 1: General parasitology including taxonomy, diagnosis, antiparasitics
Leishmania species
Species Hosts Site Vector
Leishmania donovani complex
Leishmania infantum
(syn. Leishmania chagasi)
Human, dog, 
fox, wild 
canids, rodents
Skin, liver, 
spleen
Sand!ies 
(Phlebotomus spp., 
Lutzomyia spp.)
Leishmania tropica complex
Leishmania major
Leishmania aethiopica
Human, dog, 
hyrax
Skin Sand!ies 
(Phlebotomus spp.)
Leishmani peruviana Dog, human Skin Sand!ies 
(Lutzomyia spp.)
PHYLUM PARABASALIA !
CLASS TRICHOMONADEA !
ORDER
Members of the families Trichomonadidae, Dientamoebidae and 
Monocercomonadidae occur predominantly in the gastrointestinal 
tract of vertebrates. While many are considered to be commensals, 
some may be important causes of enteritis and diarrhoea.
FAMILY TRICHOMONADIDAE !
"e family Trichomonadidae (‘trichomonads’) includes a number 
of genera of medical and veterinary interest: Tritrichomonas, Trich-
omonas, Tetratrichomonas, Trichomitus and Pentatrichomonas. 
Trichomonads have three to #ve $agella, of which one is usually 
recurrent and attached to an undulating membrane, and have been 
body. Multiplication in the mammalian host is typically intracellu-
lar, primarily in the amastigote form and secondarily in the epimas-
tigote form. Known vectors are reduviid bugs.
Trypanosoma cruzi
Description: Trypanosomes are monomorphic, 16–20 %m long, 
with a pointed posterior end and a curved stumpy body and a nar-
row undulating membrane with a trailing $agellum. "e kineto-
plast is large and subterminal, causing the body to bulge around it. 
Amastigotes are 1.5–4 %m in diameter and occur in groups.
Life cycle: Tryptomastigote forms enter cells of the reticuloendo-
thelial system, muscles and especially the heart, where they form 
rounded amastigotes. "ese multiply by binary #ssion, forming 
groups of parasites that turn into tryptomastigote forms and 
which re&enter the blood. "e vectors of T. cruzi are kissing bugs 
(Reduviidae) and, once ingested, the tryptomastigotes pass to the 
midgut where they turn into amastigote forms. "ese multiply 
by binary #ssion and turn into either metacyclic tryptomastigote 
or epimastigote forms. Epimastigote forms multiply further and 
extend into the rectum, where they turn into metacyclic trypto-
mastigotes, which pass out in the faeces. Infective tryptomasti-
gotes can actively penetrate the mucous membrane or skin of the 
#nal host.
Leishmania !
Leishmania are ovoid organisms within the macrophage and pos-
sess a rod&shapedkinetoplast associated with a rudimentary $agel-
lum. "e parasites are found as the amastigote stage in cells of the 
vertebrate host and as the promastigote stage in the intestine of the 
sand$y.
In the vertebrate host Leishmania is found in the macrophages 
and other cells of the reticuloendothelial system in the skin, spleen, 
liver, bone marrow, lymph nodes and mucosa. It may also be found 
in leucocytes in the blood.
Life cycle: A'er ingestion by a sand$y, the leishmanial, or amas-
tigote, form transforms in the insect gut into a promastigote form 
in which the kinetoplast is situated at the posterior end of the body 
(Fig. 2.8a). "ese divide repeatedly by binary #ssion, migrate to 
the proboscis, and when the insect subsequently feeds are inocu-
lated into a new host. Once within a macrophage the promastigote 
reverts to the amastigote form (Fig. 2.8b) and again starts to divide.
Leishmania occur primarily in mammals, although 10 species 
have been described in Old World lizards. "ey cause disease in 
human, dogs and various rodents. Leishmania have a heteroxenous 
life cycle, and are transmitted by sand$ies of the genus Phlebotomus 
in the Old World and Lutzomyia in the New World.
Hypopylaria are primitive species found in Old World lizards, 
which become infected following ingestion of sand$ies. Develop-
ment occurs in the sand$y hindgut.
Peripylaria develop in both the hindgut and foregut of sand$ies 
and infect both lizards and mammals. Transmission in mammals is 
by bite of sand$ies.
Suprapylaria develop in the sand$y midgut and foregut and occur 
only in mammals, with transmission by sand$y bite.
Fig. 2.8 Leishmania: (a) promastigote form; (b) amastigote form.
(a)
(b)
Flagellum
Kinetoplast
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GÊNERO LEISHMANIA
Filo Euglenozoa, Classe Kinetoplasta, Ordem Trypanosomatida, Família Trypanosomatidae
Causadora de leishmania visceral, 
leishmaníase ou calazar. Nas Américas 
recebe o nome de Leishmania infantum 
(Leishmania chagasi, Leishmania infantum 
chagasi). Doença considerada crônica. Os 
cães são denominados sent inelas 
epidemiológico por adoecerem primeiro 
que os seres humanos. 
Hospedeiros. homem, cão, raposa do 
campo (Lycalopex vetulus) O grande 
problema dos canídeos é que além de 
visceralizar, leishmania fica em grande 
quantidade na pele e facilita a transmissão 
para o flebotomíneo vetor. Picada da 
fêmea de Lutzomya longipalpis (principal 
transmissora) e Lutzomyia cruzi.
Ciclo Biológico. Parasita de linfócitos 
(especialmente neutrófilos). Inoculação 
pelo regurgitamento do inseto que leva as 
formas promastigotas que entram pela 
fenda aberta no hematofagismo. Penetra 
no c i top lasma e mod ifica-se em 
amastigota, divide-se por fissão binária. 
Crescem até a lise da célula, até serem 
fagocitadas por outras células ou serem 
c a p t u r a d a s p e l o m o s q u i t o n o 
hematofagismo.
Forma in fectante do mosqu i to : 
promastigota
 
 
 
Morfologia de Leishmania 
infantum 
 
 
CICLO 
Formas amastigotas ficam localizadas em 
fígado (Hepatoesplenomegalia), baço e 
linfonodo. Os pacientes entram em óbito 
devido a hemorragia causada pelo 
rompimento de células do fígado e baço.
Diagnóstico. Histórico, aspirados da 
medula óssea, linfonodos, baço; meio de 
cultura, biopsia, imprint e análises 
Complexo Leishmania donovani
91
histológicas; métodos sorológicos: ELISA, 
RIFI, imunocromatografia. PCR e variáveis.
Diretrizes do ministério da saúde. 
Diagnóstico e tratamento dos seres 
humanos, diagnóstico e eutanásia dos 
animais positivos, estudo de controle dos 
flebotomíneos e estudos epidemiológicos.
Estudos recentes.
“The fist record in the Americas of an 
autochthonous case of Leishmania 
(Leishmania) infantum chagasi in a 
domestic cat (Felis catus) from Cotia 
County, São Paulo State, Brazil.”
“Ocorrence of Leishmania (Leishmania) 
chagasi in a domestic cat (Felis catus) in 
Andradina, São Paulo, Brasil: case report”
“Leishmania (Leishmania) infantum chagasi 
em canídeos silvestres mantidos em 
cativeiro, no Estado de Mato Grosso.”
Tratamento. Virbac, o Milteforan™ 
(princípio ativo Miltefosina) via oral, 1ml 
por quilo por 22 dias consecutivos.
A vacina Leish-tec® para ser eficiente 
deve ser aplicada em cães soronegativos 
e assintomático a partir dos 4 meses de 
idade, 3 doses no intervalo de 21 dias com 
vacinação anual dos animais a partir de 12 
meses após a 1ª fase.
 
 
 
Morfologia de Leishmania 
infantum 
 
 
CICLO 
92
Complexo Leishmania braziliensis
Causadora de leishmania tegumentar 
visceral ou mucocutâneas chamada de 
úlcera de Baurú. Principais espécies: 
Leishmania brasil iensis, Leishmania 
panamensis, Leishmania guyanensis, 
Leishmania peruviana.
Hospedeiro. Homem, paca, cutia, rato, 
cães, gatos, equinos, marsupiais. Os 
pr inc ipa is ve tores são Lutzomyia 
intermedia, Lutzomyia pessoai, Lutzomyia 
wellcomei.
Ciclo biológico. Reservatório silvestre → 
Lutzomyia spp → Leishmania spp
L. peruviana e L. panamensis são menos 
ulcerativas que L. brasiliensis.
Complexo Leishmania amazonenses
Causadora de lesões cutâneas. Principais 
espécies: Leishmania amazonensis, 
Leishmania mexicana, Leishmania pifani. 
Lesões causam bolhas como queimaduras 
e estão repletas de formas amastigotas. 
Medem 3,2µm, são muito maiores que L. 
brasiliensis e é usado como diagnóstico 
diferencial. Descrito inicialmente na 
amazônia, entretanto disseminada no país 
todo. 
Hospedeiros. Cães, gatos, roedores, 
marsupiais. Vetor. Lutzomyia flaviscutellata 
L. amazonensis também afeta gatos
“Feline leishmaniasis due to Leishmania 
(Leishmania) amazonensis in Mato Grosso 
do Sul State, Brazil.”
93
Controle das leishmanias. Estimular o diagnóstico precoce de casos humanos junto à 
rede básica de saúde; garantir o tratamento de casos humanos; implantar a vigilância 
epidemiológicas dessas enfermidades à nível municipal; examinar os cães e eutanasiar 
aqueles infectados por L. infantum em áreas de transmissão; Manter a vigilância 
entomológica em caráter permanente.
FAMÍLIA BABESIIDAE
Morfologia. Apresentam citóstomo pra 
obtenção de nutrientes (invaginação da 
membrana) e complexo apical (organelas 
e estruturas) que orientam quanto a 
direção, aderência e penetração nas 
células hospedeiras (eritrócitos). Podem 
ser pequenos ou grandes, a referência 
para esse tamanho se dá pelo diâmetro da 
Babesia ser menor que o raio do eritrócito 
(pequenos babesídeos) e serem maiores 
que o raio (grandes babesideos).
São parasitas de mamíferos e aves, 
transmitidos pela picada do carrapato 
(Rhipicephalus [Boophilus] microplus) que 
é o hospedeiro definitivo, mamíferos e 
aves são o hospedeiro intermediário. 
Das diversas espécies causadoras da 
babesiose, destacam-se duas B. bovis 
(pequeno babesídeo) e B. Bigemina 
(grande babesídeo) que podem causar 
lesões cerebrais em bovinos. Pode ocorrer 
coinfecções.
Transmissão. Pode ser inoculativa, 
transplacentária, moscas hematófagas, 
transmissão mecânica pelo uso de 
agulhas e transovariana.
Esporozoíta é a forma infectante para o 
hospedeiro vertebrado e trofozoíta é a 
forma infectante para o invertebrado 
(origina merozoítos e gametas). 
Sintomas. Febre, anemia pela hemólise 
dos eritrócitos, icterícia, hemoglobinúria, 
esp lenomega l ia , congestão re ta l , 
alterações neurológicas (B. bovis), se não 
cuidado pode levar a morte.
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Filo Apicomplexa, Classe Aconoidasida, Ordem Piroplasmorida
Gênero Babesia
Babesia caballi (babesídeo grande) causa 
doenças nos equinos e é transmitido pelo 
Dermacentor nitens (Anocentor nitens).
Babesia canis (Europa), Babesia rossi (Asia 
e Á f r ica ) , Babes ia voge l i (B ras i l ) 
transmitido por Rhipicephalus sanguineus, 
Babesia gibsoni.
Tratamento. Tetraciclina. Acetato de 
diminazeno. 
Controle.

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