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Universidade Federal do Pará Parasitologia e Zoologia Zoologia Médica 1 “Lorem ipsum dolor sit amet, donec ornare vitae.” – Leo Venenatis ANUROS Sapos. Animais terrestres, reproduzem-se na água. Possuem pele rugosa e apresenta respiração cutânea e pulmonar ( q u a n d o a d u l t o s ) . F e r t i l i z a ç ã o extracorpórea. Alguns apresentam glândulas de veneno. Rãs. Pele lisa, mais esguios e adaptados a ambientes aquáticos. Não apresentam glândulas de veneno, apresentam disco timpânico. Podem apresentar membranas interdigitais Pererecas. Pele lisa, pernas longas e finas, discos adesivos nas pontas dos dedos. 2 Classificação dos acidentes com anurosClassificação dos acidentes com anuros Graus Sintomas Leve Irritação da mucosa oral Leve Sialorréia Moderado Irritação da mucosa oral Moderado Sialorréia Moderado DepressãoModerado Incoordenação motora Moderado Alterações cardíacas Grave Irritação da mucosa oral Grave Sialorréia Grave Depressão Grave Incoordenação motora Grave Alterações cardíacasGrave Convulsões Grave Edema pulmonar Grave Cianose Grave Morte Glândula de Veneno Discos adesivos Membrana timpânica SERPENTES Não apresentam esqueleto apendicular e é todo protegido por costelas. A maior parte apresentam olhos com pupilas em formato diferente em relação ao habitat (diurno, noturno, fossorial). Percebem o som como vibração, captam o odor com a língua e o levam ate o palato, onde é reconhecido no órgão de Jacobson e então processado no cérebro. Apresentam termorreceptores muito mais sensíveis que os demais animais, percebem variação de 0,1ºC As serpentes que apresentam fosseta lo rea l são cons ide radas v íbo ras verdadeiras e pertencem a famíl ia Viperidae Apresentam 4 dentições padrão: Áglifa, Opistóglifa, Proteróglifa, Solenóglifa Algumas apresentam dimorfismo sexual. Fêmeas apresentam um enforcamento da cauda abrupta no fim da cauda, os machos não apresenta e possui cauda uniforme. Na região da cloaca, “apertar” para exposição do hemipenis quando houver. Oviposição. Quando ovíparas as fêmeas protegem os ovos, mas não os chocam. Quando ovovivíparas não apresentam cuidados parentais. M e c a n i s m o s d e d e f e s a . F u g a , camuflagem, intimidação, venenos (20% das especies) 3 Apresentam guizo, são terrestres de áreas abertas, quentes e secas. Porte médio, são ovovivíparas e são solenóglifas. Em cada ecdise, um novo anel do guizo forma-se e com isso revelando quantas ecdises o animal realizou. Acidente crotálico. Veneno com ação neurotóxica e miotóxica. Aspectos clínicos. Ausência de dor local, sensação parestésica local, náuseas, sudorese, êmese. Complicações: Insuficiência respiratória, dificuldade de acomodação visual, mioglobubinária (urina cor de coca-cola). Gênero Crotalus - Cascavéis 4 Apresentam fosseta loreal e escama final diferenciada. Olhos com pupilas em fenda vertical. Solenóglifas, ovíparas e de grande porte Acidente laquético. Grande quantidade d e i n o c u l a ç ã o d e v e n e n o . Bioquimicamente apresenta frações semelhante a peçonha botrópica com fisiopatologia semelhante (proteolítica e coagulante) com intensa atividade hemorrágica. Aspectos clínicos: Dor e edema local, nec rose , êmese , d i a r r é i a , có l i ca abdominal. Gênero Lachesis - Surucucu 5 Possuem hábitos fossoriais. Caudas curtas e grossas (difere da falsa que é longa e fina). Possui cabeça arredondada com placas no dorso. Não apresentam fosseta loreal Acidente elapídico. Sem dor, sensação p a re s t é s i c a , a l t e r a ç õ e s v i s u a i s , insuficiência respiratória e morte. É o veneno mais forte das famílias brasileiras e age nas placas motoras. Falsa Coral - Gêneros Oxyrhopus, Apostolepis, Erytholamprus e Lampropeltis Apresentam cabeça mais pontiaguda que a verdadeira. Apresentam cauda mais fina e alongada que a verdadeira. O padrão de coloração não segue até as escamas ventrais. Família Elapidea, Gênero Micrurus - Coral verdadeira 6 São as mais envolvidas em ofidismo do que as demais. Chamadas também de Urutu, Catiara e Caiçara. Possuem cauda lisa, solenóglifas e ovovivípara. Vivem em diversos habitats e possuem por de médio a grande Acidente botrópico. Veneno com ação proteolítica (causa necrose) e coagulante (causa necrose por isquemia e possui fração hemorrágica (1% do veneno total). Causa dor e edema (principal sintoma). Hemorragia local e/ou sistêmica. Gênero Bothrops - Jararacas 7 Entomologia 2 “Lorem ipsum dolor sit amet, donec ornare vitae.” – Leo Venenatis CLASSE CHELICERATA, SUBORDEM ARACHNIDA 9 Ordem Escorpiones Espécies Tityus bahiensis, Tityus serrulatus, Tityus stigmurus, Tityus cambridgei Ordem Aranae Gênero Phoneutria, Latrodectus, Loxoceles Ordem Acari, Subordem Astigmata " Famílias Sarcoptidae, Gênero Sarcoptes, Notoedres " Famílias Psoroptidae, Gênero Psoroptes, Otodectes " Famílias Knemidocoptidae, Gênero Knedomicoptes Ordem Acari, Subordem Prostigmata, Família Demodicidae, Gênero Demodex Ordem Acari, Subordem Mesostigmata, Família Dermanyssidae, Gênero Dermanyssus Ordem Acari, Subordem Ixodida " Família Ixodidae " " Gêneros, Rhipicephalus, Amblyomma, Anocentor " Família Argasidae " " Gêneros Argas, Otobius, Ornithodoros Escorpião de campos e matas, possui corpo marrom com apêndices pardos Veneno: Tityusoxina (presente nos demais integrantes deus gênero) Estimulam canais de sódio e com isso potencia l izam o impulso nervoso, liberação de cotacolaminas e acetilcolina. Acidentes leves: dor moderada Acidentes moderados e graves: Dor sistêmica, edema agudo de pulmão, dor, eritrema discreto e sudorese. Tityus bahiensis 10 ORDEM ESCORPIONES Presença de serr i lhas no 3º e 4º segmentos caudais e espinho aculear Tityus serrulatus - Escorpião amarelo 11 ORDEM ESCORPIONES Ambientes quentes e úmidos, presente em terrenos arenosos Coloração parda e manchas escurecidas nas porções médias e laterais do corpo. Tityus stigmurus 12 ORDEM ESCORPIONES Principalmente na região amazônica e mato grosso Coloração castanho-escura; 8 a 10 cm de comprimento e manchas claras nas articulações. Tityus cambridgei - Escorpião negro 13 ORDEM ESCORPIONES Levanta os 2 primeiros pares de pernas; não pula Possui áreas claras nas articulações; região dorsal com manchas no abdômen. 8 ocelos → 2:4:2 Hábito noturno e não fazem teia simétrica Veneno: PHTX2 → Ação neurotóxica (estimula canais de Ca2+) Dor intensa no local da picada e irradia pela região. Em crianças/cão causa edema e eritema no local e pode causar ereção involuntária. Tratamento: soro anti-aracnídeo Gênero Phoneutria - Aranha armadeira 14 ORDEM ARANAE Latrodectus geometricus e Latrodectus curocaviensis Apresentam sempre mancha vermelha em formato de ampulheta Veneno anti-latrotoxina, o veneno possui ação neurotóxica. Vive em áreas de plantações, cupinzeiros, restos de obra Soro específico SALATR / 8 ocelos 4:4 Gênero Latrodectus - Aranha viuva-negra 15 ORDEM ARANAE Formas mais graves de araneísmo no Brasil, presente em todo o território e vive em fendas em barracos e possui em média 3cm Possui apenas 6 ocelos 2:2:2 e abdômen alongado com mais cerdas Veneno: esfingomielidase (Proteolítica, Hemolítica e Coagulante) Ac idente leve : dor semelhante a queimadura, ulceras de difícil cicatrização, sintomas podem se estender até 12 dias. Quadro clínico cutâneo visceral: icterícia, problemas renais graves, urina escura e até óbito. Tratamento: Quadro leve, observar por 72h, o quadro varia conforme a resposta do organismo ao veneno. Quado Sistêmico: SAAR ou Sodax + prednisona + vacina antitetânica Gênero Loxoceles - Aranha marrom 16 ORDEM ARANAE 17 Ácaros sem estima respiratórios (trocas gasosas pelo exoesqueleto), são pequenos de 0,2 a 1,2 mm de comprimento. Possuem as quelíceras em forma de pinça e não possuem olhos. ORDEM ACARI, SUBORDEMASTIGMATA Possuem distribuição mundial, ficam no tec ido cu tâneo e fo rma ga le r i as intra-epidérmica e a nutrem-se com a linfa e fluido celular do hospedeiro. A fenda anal é disposta na porção final e diferencia dos outros gêneros. Corpo globoso, patas c u r t a s ( c a r a c t e r í s t i c a d e á c a ro s escavadores). Ânus terminal. Ciclo biológico. Precisam da temperatura do hospedeiro para sobrevier e realizar o seu ciclo biológico. Ovo → Larva → Ninfas (tendem a ir para a superfície do hospedeiro e então passam para outro hospedeiro) → Adulto Cl ín ica : P rur ido in tenso (coce i ra excessiva), nem todas as espécies de sarna apresentam prurido. A sarda sarcóptica sempre apresenta coceira. F a s e a g u d a : m á c u l a s ( m a n c h a s avermelhadas na pele), pápulas (edema + máculas), pústula (pápulas + infecção bacter iana ) , e r i tematosas (p lacas vermelhas), vesículas. F a s e c r ô n i c a : h i p e r q u e r a t o s e , descamação, crosta, alopecia (queda dos pêlos), erosão (feridas) e úlcera Diagnóstico : Cl ínico, Laboratorial, Controle - Ideoctocidas 18 Gênero Sarcoptes, Sarcoptes scabiei Apresenta uma variação interespecífica, FAMÍLIA SARCOPTES Possuem patas maiores, não são escavadores, apresentam gnatossoma pontuado em forma de lápis, alimenta-se de linfa que brota ao realizar o ferimento, quelíceras em formato de tesoura, machos apresentam tuberosidades. Ovo → larva → ninfa → adulto, não escavam galerias, realizam ciclo em aproximadamente 3 semanas, adaptados com uma temperatura diferente do animal, com isso aguentam mais tempo fora do hospedeiro e podem sobreviver até 10 dias (fêmeas) e 34 dias (machos) em locais frios duram menos tempo. Só sobrevive de linfa. Nos cavalos a infestação é concentrada na base da crina. 19 Gênero Psoroptes, Psoroptes equi (Equinos), Psoroptes ovis (peq. Ruminantes) FAMÍLIA SARCOPTES Parasita de aves. Causa eriçamento e descamação da pele, atinge patas, bicos e corpo (perda de penas) Evolução lenta, pouco pruriginosas, crescimento anômalo das unhas, tarsos com hiperqueratose e espessado, deformação das patas pela necrose nos dedos e queda dos mesmos. Quando acomete a região do bico há um crescimento normal do bico e deformado; pouco prurido; lenta disseminação; áreas nuas; ácaros escavam a matriz do bico; pode atingir as patas e acarretar perda de falanges. É um sintoma patognomônico, ou seja, sinal clínico característico de uma enfermidade. Ácaros de galeria, ciclo biológico igual ao sarcoptiformes. Knemidocoptes mutans e Knemidocoptes gallinae. 20 Gênero Knemidocoptes FAMÍLIA SARCOPTES Frequentemente encontrados no cão sem manifestar doença, são ácaros comensais, morfologia singular. Larvas com 3 pares de patas e adultos com 4 pares de patas. Vivem no folículo piloso ou na glândula sebácea associada ao folículo piloso. Quando o animal sofre um estresse ou está subnutrido, a queda do sistema imune faz com que aumente a quantidade de ácaros e o animal manifeste o quadro clínico. Com isso geram inflamações, a c o n t e c e a l o p e c i a e n o l o c a l , caracterizando o quadro clínico. Os ácaros ficam constantemente dentro da pele e passam pelo contato íntimo e duradouro. Condições hereditárias de susceptibilidade. Fase escamosa. Reação seca. Fase pustular. Bactérias oportunistas do gênero Staphylococcus ocupam os locais de inflamação. Anamnese. Exame físico pelo exame parasitológico de pele (EPP) ou passa uma fita durex, espreme a pele e com isso captura o D. canis. 21 Família Demodecidae, Gênero Demodex, Demodex canis ORDEM ACARI, SUBORDEM PROSTIGMATA Piolhinho, piolho de galinha, ácaro vermelho, pixilinga. Hospedeiros: galinha e outras espécies de aves domésticas e silvestres. São observados a olho nu, no meio ambientes estão agrupados. Altamente esfoliativo, os adultos são hematófagos. Aparelho bucal adaptado (quel íceras com quelas [ lâminas]) . Sobrevivem sem alimento por longos períodos (10 semanas) e na ausência do hospedeiro ideal procuram mamíferos, inclusive o homem. O hábito alimentar é noturno e durante o dia são encontrados nos ninhos e frestas de galinheiro. Quando em jejum, sentem a liberação de CO2 e procuram o animal mais próximo para o repasto. As larvas não se alimentam de sangue, linfas e adultos são hematófagos. Possuem ciclo completo de 7 dias. Aves perdem produção de ovos, emagrecem, óbito de aves em decorrência de anemia e o manejo é principalmente em galinhas caipiras devido ao manejo rústico. O controle com acaricida nos animais e nos amb ien tes ( l oca l com ma io r concentração de ácaros), higiene e isolamento dos animais já infestados. Aquisição de animais livres de ácaros (quarentena). 22 Família Dermanyssidae, Gênero Dermanyssus, Dermanyssus gallinae ORDEM ACARI, SUBORDEM MESOSTIGMATA Possuem diferentes tamanhos de acordo com a fase evolutiva do carrapato, a fêmea possui escudo do tipo incompleto para capacidade de distender, macho possui escudo completo e se alimenta de pouco sangue quando adulto. Áreas porosas para captar luz, olhos laterais nos carrapatos. Larvas, ninfas e adultos são considerados parasitas, ovos não pois ficam no ambiente. Fêmeas morrem na oviposição. Quando a fêmea está ingurgitada de sangue, já fertilizada, é chamada de teleógina (ainda presa ao animal). Quando está no solo, chama-se de quenógena (apresenta geotropismo negativo), postura no ambiente. Ovos → larvas (captam hospedeiro na passagem deste) → ninfa → adulto. Monoxeno. Fêmea cai e realiza oviposição, larvas → hospedeiro, fez o hematofagismo (cai ao solo, faz a ecdise), a ninfa sobe em outro hospedeiro, realiza o hematofagismo, cai ao solo, faz a ecdise, adulto sobe no hospedeiro, realiza o hematofagismo, fecundam-se e caem ao solo. Heteroxeno. Ixodidae retiram grandes quantidades de sangue dos hospedeiros, real izam espoliação sanguínea, transmissão de patógenos (protozoários, bactérias e vírus), inoculação de toxinas com danos à pele e ao couro. 23 ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA IXODIDAE Grupos Heteroxeno Amblyomma spp., Rhipicephalus sanguineus (trioxenos, animais diferentes ou não). Grupos Monoxeno R h i p i c e p h a l u s ( B o o p h i l u s ) microplus (carrapato do boi), Anocentor (Dermacentor) nitens (carrapato do pavilhão auricular do cavalo) Boophilus e Dermacentor são considerados agora subgênero e são escritos entre parênteses. Diferença entre as famílias de carrapato Ixodidae e ArgasidaeDiferença entre as famílias de carrapato Ixodidae e Argasidae Ixodidae Argasidae Escudo dorsal ausente Escudo dorsal presente Pouco dimorfismo sexual Dimorfismo sexual acentuado Gnatossoma ventral nas ninfas e adultos Gnatossoma anterior em todos os estágios Posturas de ovos parceladas Única postura dos ovos Mais de um estádio ninfal Único estádio ninfal Procuram o hospedeiro para repastos curtos Fixam-se no hospedeiro por períodos prolongados Carrapato marrom do cão de área urbana, Sem canídeo não tem R. sanguineus Percebem o hospedeiro pelo palpo que capta CO2 Vetor biológico de: Babesia canis, Ehrlichia canis (parasita de leucócitos), Anaplasma platys (parasita plaquetas) e Hepatozoon canis quando ingeridos pelo cão. Os felinos ao se limparem frequentemente retiram esses parasitas ainda nas fases iniciais. Controle é feito sobre o animal e no ambiente aspergir carrapaticida pela maioria dos carrapatos estarem no ambiente, ciclo heteroxeno. 24 ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA IXODIDAE Espécie Rhipicephalus sanguineus Importante pela ingestão de sangue, transmissão de agentes infecciosos (Babesia bovis, Babesia bigemina, Anaplasma marginale) causam a tristeza de parasitária bovina, causam danos ao couro do animal, custo ao combate destes animais e controle da tristeza parasitária bovina. Teleóginas representam 5% da população, 1% está visível no animal e 95%estão no ambiente. C o n t ro l e . C r u z a m e n t o d e r a ç a s resistentes, diagnóstico de resistência à acaricidas, controle ambiental, vacinas. Gado europeu é muito suscetível a carrapatos. Biocarrapticidograma e a resistência a acaricidas pelos carrapatos. Zebu e ácaros são asiáticos e convivem ha muitos anos. Espécie Rhipicephalus (Boophilus) microplus 25 ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA IXODIDAE Única geração por ano Importância : irr itação, espoliação. Transmissão de agentes infecciosos como a febre maculosa (Rickettsia rickettsii) e a doença de Lyme (Borrelia burgdorferi). Espécie Amblyomma cajannense 26 ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA IXODIDAE 27 A Espécie Amblyomma ovale 28 ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA IXODIDAE 29 Carrapato do pavilhão auditivo de equinos Espécie Anocentor (Dermacentor) nitens 30 ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA IXODIDAE Parasitas de aves. Possuem hábito noturno, procuram o hospedeiro somente para a alimentação, se escondem em locais escuros, ciclos de vida semelhante ao ácaro (Demanyssus gallinae). Ciclo heteroxeno. Utiliza vários hospedeiros para completar o ciclo) Adultos → Fêmeas: várias posturas → larvas eclodem → larvas se fixam no hospedeiro por 7 dias → desprendimento das ninfas → Adultos Patogenia. Queda da produtividade devido ao estresse, espoliação sanguínea e transmissão de Borrelia anserina (espiroquetose aviária), ao se alimentar liberam água pelas glândulas coxais e aí veiculam a bactéria. Profilaxia . Real izar aspersão com acaricida de 1m para baixo, animais de solo. Duração do acaricida em ambientes abertos (1 dia), em ambiente sombreados (4 dias). Espécie Argas miniatus 31 ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA ARGASIDAE Carrapato de suínos. Alojam-se em tocas de animais silvestres, larvas não se alimentam. Em animais domésticos são associados a criações rústicas. Patogenia. Dor e prurido, em suínos de p e l e c l a r a a p re s e n t a m m a n c h a s hemorrágicas na pele, diminuição no ganho de peso e transmissão de Borrelia sp. Como os suínos são criados soltos, os carrapatos podem estar em todos os lugares, tratamento realizado no animal por endectocitas, que são fármacos que matam o endo e ectoparasitas (meia vida de 3 a 4 semanas, injetável). Espécie Ornithodoros spp 32 ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA ARGASIDAE C a r r a p a t o e s p i n h o s o d a o re l h a , monoxeno, apenas larvas e ninfas se alimentam (hematofagia prolongada), localizam-se na orelha do hospedeiro, parasitam várias espécies de animais (porco, cavalos e bois), realizam posturas no solo. Ciclo biológico. Ovos → Larva → Linfa (7M) → adulto Patogenia. Dermatite, estresse, processo de infecção secundária, miíase Controle. Focado nos hospedeiros, aplicação de endectocidas. Espécie Otobius megnini 33 ORDEM ACARI, SUBORDEM IXODIDA, FAMÍLIA ARGASIDAE CLASSE INSECTA 34 Ordem Hemiptera " Subordem Heteroptera " Família Reduviidae " " Gênero Panstrongylus " " Gênero Triatoma " " Gênero Rhodnius Ordem Phthiraptera " Subordem Amblycera " " Família Menoponidae " " " Gênero Menopon " " Família Boopidae " " " Gênero Heterodoxus " " Família Philopteridae " " " Gênero Lipeurus " " " Gênero Goniodes " " " Gênero Goniocotes " " " Gênero Columbicola " " Família Trichodectidae " " " Gênero Trichodectes " " " Gênero Damalinia " " " Gênero Felicola " " Família Haemotopinidae " " Família Linognathidae " " Família Pediculidae " " " Gênero Pediculus " " " Gênero Phthirus Ordem Siphonaptera " " Pulex " " Xenopsylla " " Ctenocephalides felis felis " " Ctenocephalides canis " " Família Tungidae " " " Gênero Tunga Ordem Diptera " Subordem Brachycera " Família Tabanidae " " Gênero Chrysops " " Gênero Haematopota " " Gênero Tabanus " Família Muscidae " " Gênero Musca " " Gênero Stomoxys " " Gênero Haematobia " Família Fannia " Família Hipposcidae " " Gênero Melophagus " Família Calliphoridae " " Gênero Lucilia " " Gênero Calliphora " " Gênero Cochliomyia " " Gênero Chrysomyia " Família Sarcophagidae " Família Oestridae " Subfamília Cutebrinae " " Gênero Dermatobia " Subfamília Gasterophilinae " Gênero Gasterophilus Ordem Diptera " Subordem Nematocera " Família Culicidae " " Gênero Anopheles " " Gênero Culex " " Gênero Aedes " Família Ceratopogonidae " " Gênero Culicoides " Família Simulidae " Família Psychodidae " " Gênero Phlebotomus " " Gênero Lutzomyia Mosca do cavalo ou motuca ou mutuca ou butuca Morfologia. Olhos compostos que ocupam quase toda a cabeça, percebem movimento e luz. Peças bucais picadoras/sugadoras e lambedor. Podem veicular diversos microorganismos. Hábitos diurnos, somente as fêmeas são hematófagas. Baixa especificidade hematológica. Sete a nove estádios larvares. Longevidade das fêmeas de 1 a 2 meses. Gênero Chrysops spp. 35 SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA TABANIDAE Ciclo biológico: Período larval pode l eva r a té 3 anos , pupação de 2 semanas a 1 ano. Podem gerar quadros de anemia e serem vetores mecânicos de: Trypanosoma evansi, Trypanosoma vivax, Lentivirus - retroviridae (AIE), vírus da leucose bovina, Bactérias Brucella abortus, Anaplasma marginale. Gênero Haematopota 36 SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA TABANIDAE Tabanus spp. Cabeça semilunar, centro da asa hexagonal (célula discal). Coloração varia de cores de castanho a metálica. Hematopoda e Chrysops apresentam manchas nas asas. Geralmente Tabanus são maiores que Hematopoda spp. Larvas fusiforme com ambas as extremidades a longadas com a presença de pseudópodes e sifão respiratório adaptado ao ambiente aquático. Gênero Tabanus 37 SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA TABANIDAE Mosca doméstica. Cosmopolita, eclosão de 8 a 24h, ciclo de vida em média de 10 dias, longevidade dos adultos de 30 a 90 dias. Ovos → Larvas (L1, L2, L3) → pupação → Adulto alado. Identificação do adulto: cor acizentada e 4 faixas negras longitudinais no tórax, aparelho b u c a l d o t i p o l a m b e d o r, a b d ô m e n acizentado/amarelado. Identificação larva: amarela, ápoda e porção posterior afunilada, possuem peritrema fechado, botão espetacular e estigmas/espiráculo em formato de "m" para a troca gasosa. Carreadores de patógenos nas cerdas e podem causar disenteria, cólera, mastite bovina, cistos e oócitos de protozoários, ovos de moscas e helmintos. Causando infecções secundár ias. Hospedeiros intermediários de Habronema muscae e Draschia megastoma, parasitas do estômago de cavalos. Se alimenta de fezes, seiva, leite, frutas em decomposição e outros materiais dissolvidos ou solúveis. Além disso, aproveitam-se das secreções ao redor dos olhos, das narinas, da boca e do sangue que continua a fluir da picada de tabanídeos (mutucas). Gênero Musca, Espécie Musca domestica 38 SUBORDEM BRACHYCERA, Mosca do chifre Mosca do estábulo Mosca doméstica Espiráculos das larvas Mosca do estábulo . Importância: a infestação alta causam perda de peso corporal e perda da produção de leite. São vetores mecânicos do vírus da AIE (com a picada em vários organismos, passa o vírus pelo exterior da peça bucal), Trypanosoma evansi, Trypanosoma vivax, Anaplasma marginale, ovos de Dermatobia hominis. Vetor biológico de Habronema microstoma (helminto). É cosmopolita, longevidade 20 a 60 dias. Identificação dos ovos. Massas não aglutinadas no ambiente. Identificação das larvas: placa peritremal fechada e estigmas/espiráculos em formato de S. A nutrição das larvas é o esterco de aves. Identificação dos adultos (hematófago). Diferencia da Musca domestica por ter aparelho bucal picador/sugador, além de ter um abdômen menor comparado a um tabuleiro de xadrez. Gênero Stomoxys, Espécie Stomoxys calcitrans 39 Mosca do chifre Mosca do estábulo Mosca doméstica Placas peritremais das larvas SUBORDEM BRACHYCERA,Mosca do chifre (Horn fly). Cosmopolita, longevidade de 30 a 60 dias, busca hospedeiros noite-dia, fecham o ciclo de 10 a 14 dias. Palpos e aparelho bucal são do mesmo tamanho. Por causarem irritação geram perdas econômicas em gado de corte e de leite, desvalorização do couro, causam dermatites e transmissão de patógenos Habronema spp e Stephanofilaria spp. Controle integrado (animal + ambiente), ec topa ra t i c idas : o rgano fos fo rados , carbamato, piretróides, avermectinas. Armadilhas e iscas. Brincos. Controle biológico por fungos e besouro rola bosta. Coleta e tratamento do lixo e das fezes dos animais. Phaenicia → Nome que caiu em desuso Gênero Haematobia, Espécie Haematobia irritans 40 Mosca do chifre Mosca do estábulo Mosca doméstica Placas peritremais das larvas SUBORDEM BRACHYCERA, Como diferenciar dos demais gêneros? Luci l ia não possuem as três fa ixas longitudinais torácicas e possuem grandes quantidades de cerdas. As larvas podem causar pseudomiíase. Mosca lambedora também. Podem causar miíase nos demais mamíferos, preferem ovinos. A larva possui placa peritremal fechada com botão espiracular. Ciclo semelhante ao gênero Cochliomya. Gênero Lucilia 41 SUBORDEM BRACHYCERA, É única que exclusivamente causa miíase Morfologia. O indivíduo apresenta coloração metálica azulada ou esverdeada com três faixas negras no dorso do tórax, Larvas: espinhos por todo os segmentos larvares para contr ibui r na fixação, extremidade distal afunilada, estigma anterior no 3º segmento. Ciclo Biológico (dentro do hospedeiro vivo). As fêmeas vão ovipor em feridas pre-existentes, nas bordas. As larvas começam a se alimentar do líquido que sai do tecido, evoluem as fases e saem para pupar no ambiente. Dilaceram o tecido, são biontófagas. Baixa especificidade parasitária. Importância: Prejuízos de 180mi/ano no Brasil, compra de inseticidas, cada mosca gera até 2.800 ovos. Os adultos são lambedores e podem ser vetores mecânicos de microorganismos Grau de lesão vai da mutilação até o óbito. As pulgas (Tunga penetrans) podem causar coceira intensa e os cachorros se ferirem ao morder para coçar geram portas de entrada. Morfologia. Tons verde, amarelado. Laterais do abdômen com agrupamento de cerdas acizentada. Gênero Cochliomyia, Espécie Cochliomyia hominivorax 42 SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA CALLIPHORIDAE Larvas. Necrobiontófagas, geralmente associadas a C. hominivorax ou em cadáveres. As larvas tem espinhos em todo corpo. Larvas diferem por terem os troncos traqueais (comunicam os peritremas) poucos pigmentados. As fêmeas ovipõem em tecidos mortos de cadáveres ou de animais com tecido morto. Vivem em média de 30 a 45 dias. Causam miíase secundária. Os adultos podem ser vetores mecânicos. Gênero Cochliomyia, Espécie Cochliomya macellaria 43 SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA CALLIPHORIDAE Mosca lambedora, com faixas negras transversais nos segmentos abdominais. Adultos também são vetores mecânicos. Larvas são geralmente causadores do tipo secundário, porém uma vez rolou ser primário. Espécie introduzida do Brasil. Além disso, possuem a placa peritremal aberta com abertura estre i ta e sem botão espiracular. Possui importância forense por serem encontradas em cadáveres (Chrysomya megacephala, Chrysomya rufifacies). Gênero Chrysomya spp 44 SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA CALLIPHORIDAE Morfologia. Possuem coloração acizentada, são lambedoras, possuem 3 fa ixas transversais na região torácica (é semelhante a Musca domestica, porém difere na disposição das faixas transversais. Musca tem 4 faixas e Sarcophagidae tem 3 faixas. Causam miíase do tipo secundária, as larvas não tem espinhos e sim cerdas ao longo do corpo. As placas peritremais ficam no interior da larva. As fêmeas larvipõe, ou seja, ovovivíparas. Também são usadas na medicina forense. Família Sarcophagidae 45 SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA SARCOPHAGIDAE A penetração das larvas na pele ou nos tecidos subjacentes pode causar miíase. Após a maturação, as larvas emergem da pele do hospedeiro e completam o estádio de pupa no solo. A presença das larvas, apesar de causar certo dano, em geral não mata o animal hospedeiro, dando as estas moscas um carácter de verdadeiros parasitas. Os ovos são depositados diretamente sobre a pele do hospedeiro ou a larva eclode no hospedeiro intermediário e pode penetrar o hospedeiro definitivo. Família Oestridae 46 SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA OESTRIDAE Morfologia. Possui aparelho bucal atrofiado, não se alimentam ao virarem adultos e por isso vivem de 5 a 20 dias. Por isso captura outras moscas para ovipor além de ovipor em lesões ou sobre o tecido íntegro (as larvas conseguem perfurar a pele). Espinhos larvais em formato de punhal. Animais adaptados a ambientes florestais, com o desmatamento estão se adaptando aos ambientes rurais e perirurais. Região torácica acizentada, abdômen azul violáceo e manchas iridescentes (que brilham). Causam miíase do tipo furunculosa. Região anterior maior que o posterior. Mastigadora por ganchos orais. Ciclo biológico. Ocorre no tecido do hospedeiro e podem por ovos em outras moscas e até mosquitos. Causa prejuízos para a agropecuária, antes equinos eram refratários, agora não são mais. Controle e profilaxia. Capstar: Pulgicida que favorece a expulsão das larvas. Controle biológico com parasitas, formigas, fungos e bactérias. Limpar o local da lesão para evitar novas infestações. Todos os estágios de pupação são no ambiente. Gênero Dermatobia, Espécie Dermatobia hominis (Mosca de Berne ou ura) 47 SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA OESTRIDAE, SUBFAMÍLIA CUTEREBRINAE Desenvolvimento larval inicia na boca e conclui o desenvolvimento no trato gastro intestinal. Pupam no ambiente até se desenvolverem os adultos alados se reproduzirem e ovipor nos hospedeiros. A migração da L1 causa irritação nos animais e com isso perda de peso. São em geral achados de necrose por não causarem morte dos animais. Controle e profilaxia. Escovação para remoção dos ovos do pelo. Colocar os animais em locais sombreados durante atividade da mosca (12 as 18h). Tratar os animais com inseticidas. Causam um zumbido semelhante a abelha e isso causa irritação pelo animal associar a ataque de abelha. Gênero Gasterophilus, Espécies Gasterophilus intestinalis e Gasterophilus nasalis 48 SUBORDEM BRACHYCERA, FAMÍLIA OESTRIDAE, SUBFAMÍLIA GASTEROPHILINAE 49 SUBORDEM NEMATOCERA, FAMÍLIA CULICIDAE Importantes na transmissão da malária, os machos possuem antenas plumosas e f ê m e a s c o m a n t e n a s p i l o s a s Noturnos e/ou crepusculares. Reproduzem em água limpa e parcialmente sombreadas de represas e remansos, substrato úmido (poças, impressão de pegada de animais) Acasalamento nos enxames e são ovíparas Quatro estádios l a r v a r e s / l a r v a s a q u á t i c a s / mastigador-raspador Ovos viáveis por até 3 anos e em forma de bote. A m b i e n t e s r u r a i s e p e r i r u r a i s Quando em repouso ou em hematofagia, estão a 45º de inclinação. No momento do repasto, podem defecar devido ao intestino pequeno. Manchas escuras nas asas. Larvas apresentam trombetas respiratórias, quando se sentem ameaçadas descem na água e depois retornam a superfície. Anopheles darlingi, muito vinculado a transmissão de malária. Com a adaptação, preferem sangue humano, antropofilia. Transmissores de Wuchereria bancrofti, filarídeo da elefantíase. Fêmeas hematófagos, antropof í l icas (preferência pelos humanos ) e noturnas. São ovíparas e seus os ovos resistem até a 450 50 Subfamília Anophelinae, Gênero Anopheles SUBORDEM NEMATOCERA, FAMÍLIA CULICIDAE dias . Sempre para le los no repasto sanguíneo, sem manchas nas asas. Criadouros: água parada e rica em matéria orgânica; recipientes artificiais. Holometábolos: quatro estádios larvados, os palpos da fêmeas sempre muito menor que a probóscide. Ovos em formatode jangada, trombetas respiratória cilíndrica nas pupas. C a u s a m I r r i t a ç ã o a o r e a l i z a r o hematofagismo. Podem veicular agentes etiológicos da malária aviária, filariose aviária, fil a r iose bancro f t i ana , d i rofila r iose , encefalites, varíola aviária e o Zika vírus. 51 Gênero Culex, Espécie Culex quinquefasciatus SUBORDEM NEMATOCERA, FAMÍLIA CULICIDAE, SUBFAMÍLIA CULICINAE Vetores de doenças como dengue, zika, ch ikungunya e feb re amare la . São cosmopolitas, introduzida no Brasil na época dos escravos. Erradicada em 1955 e reintroduzidas em 1967 - Belém e São Luis. Criadouros. Pneus e veículos contribuem para a dispersão da espécie, ovos viáveis por a t é 1 a n o . F ê m e a s h e m a t ó f a g a s / antropofílicas/vorazes. Hábitos matutinos ou crepusculares (diurno). Ovíparas, pode ocorrer única fecundação. Ciclo em média 10 dias. Transmissão transovariana, ovos já infectados com os vírus. Identificação. Aedes aegypti. Conjunto de manchas na região torácica, formato de lira. DIrofilariose, encefalites, peste suína Identificação. Aedes albopictus. Introduzida no Brasil em 1986 proveniente do Japão, vivem em ambientes rurais e silvestres. Uma só faixa na região torácica. 52 Subfamília Culicinae, Gênero Aedes, Espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus SUBORDEM NEMATOCERA, FAMÍLIA CULICIDAE, SUBFAMÍLIA CULICINAE Morfologia. Manchas nas asas, possuem aparelho picador/sugador e asas largas. Quatro estádios larvais, pupas com formato de vírgula, são vetores mecânicos de arboviroses como: Oropouche, oncocercose em bovino, bubalinos e equinos, podem causam dermatite alérgica ao realizar o hematofagismo. 53 Gênero Culicoides SUBORDEM NEMATOCERA, FAMÍLIA CERATOPOGONIDAE Hábitos diurnos, fêmeas hematófagas Holometábolos. Se reproduzem em ambientes de água corrente. Asas sem manchas e que diferenciam de Culicoides Morfologia. Apresentam mesonodo bem desenvolvido (formato de corcova), antenas tem formato de chocalho, com vários segmentos estreitos. Grande quantidade de cerdas na porção final do abdômen. Larvas: Apresentam escovas orais bem desenvolvidas para filtração da água, fixam-se fortemente ao substrato por estarem em água corrente e possuem apêndice digitiforme (semelhante ao movimento de lagartas). São mastigadoras e se alimentam de matéria orgânica e de plâncton presente na água Pupa: Utilizam bolhas de ar para subir à superfície. 54 Gênero Simulium SUBORDEM NEMATOCERA, FAMÍLIA SIMULIIDAE Transmissores da leishmaniose, conhecidos como mosquito-palha, birigui, tatuíra. Morfologia. Asas sempre eretas. Cinco segmentos de palpo, somente as fêmeas são hematófagas durante a noite e pela manhã cedo. Se alimentam de sangue de diferentes mamíferos e apresenta 4 estados larvares. Olhos bem enegrecidos e com a cabeça com ângulo de 90º. Machos diferenciam das espécies por possuir estrutura exposta de reprodução. Veiculam vírus causadores de arboviroses, sendo o mais importante na transmissão de Leishmania (humanos e outros animais). 55 Gênero Lutzomyia SUBORDEM NEMATOCERA, FAMÍLIA PSYCHODIDAE Representação dos estágios de Lutzomyia. A. Macho adulto com aparelho reprodutor exposto. B. Fêmea adulta sem aparelho reprodutor exposto. C. Larva. D. Pupa A p r e s e n t a m o a p a r e l h o b u c a l picador-sugador do tipo curvo (seta), para obtenção de néctar das plantas, os t r i a tomíneos que são hemató fagos apresentam aparelho bucal picador-sugador do tipo reto (a seguir). Observar para não confundir com as demais espécies da subfamília Triatominae que são todos hematófagos e de importância médica e médica veterinária. 56 Reduviidae não hematófago ORDEM HEMIPTERA, FAMÍLIA REDUVIIDAE Apresentam a inserção das antenas bem próxima aos olhos compostos e possuem a cabeça com formato hexagonal. 57 Gênero Panstrongylus ORDEM HEMIPTERA, FAMÍLIA REDUVIIDAE Apresentam a inserção das antenas bem próxima aos olhos compostos e possuem a cabeça com formato hexagonal. 58 Gênero Triatoma ORDEM HEMIPTERA, FAMÍLIA REDUVIIDAE Cabeça ovalar e antena inserida na região distal da cabeça próximo ao rostro. 59 Gênero Rhodnius ORDEM HEMIPTERA, FAMÍLIA REDUVIIDAE Medem de dois a quatro milímetros, possuem cabeça grande e arredondada na região dorsal. Há a presença de ocelos pequenos ou ausentes, aparelho bucal mastigador, antenas com quatro a cinco segmentos. Mesonoto e metanoto separados (separação do segundo e terceiro segmento torácico). Os hábitos alimentares são a alimentação de pêlos ou sangue. Ao se alimentarem também das células epiteliais podem causar lesão na pele e ocasionalmente ingerir sangue. São invertebrados parasitas de aves e por isso possuem um par de garra por tarso, possuem dois grupamentos de pequenas cerdas em um dos segmentos abdominais na região ventral (círculos). Muito comum encontrar coinfestação, em aves a coinfestação pode ser de 5 grupos diferentes. Denominado de “piolho da haste”. Espécie pequena (2 mm de comprimento) de coloração amarelo-pálida. Palpos pequenos e antenas com 4 segmentos localizadas em sulcos na cabeça Abdômen com cobertura de cerdas esparsas pequenas ou de tamanho médio. 60 Gênero Menopon ORDEM PHTHIRAPTERA, SUBORDEM AMBLYCERA FAMÍLIA MENOPONIDAE Hospedeiros originais: cangurus, cães, outros carnívoros na Australia e agora são espécies cosmopolitas. Semelhante a Menacanthus, porém possui um par de garra por tarso por ser parasita de mamíferos, diferente de Menacanthus que só tem uma garra por tarso por ser parasita de aves. Cabeça subtriangular, processos espinhosos ventrais, densa cobertura de cerdas. Causam dermatite e prurido Processos pós-palpais (setas) crescendo imediatamente atrás dos palpos maxilares (cabeça de seta). 61 Gênero Heterodoxus, Espécie Heterodoxus spiniger SUBORDEM AMBLYCERA, FAMÍLIA BOOPIDAE Morfologia. Corpo alongado, cabeça bem desenvolvida e muitas vezes mais larga que a região torácica. Na região distal da cabeça tem uma região arredondada (ou côncava). Primeiro par de patas é menor que o segundo, que é menor que o terceiro. Presença de placa esternal, mais escura na região do tórax. Diferenciar machos e fêmeas, os machos possuem o primeiro segmento antenal é mais largo e comprido que os demais, além disso apresenta um pequeno apêndice no fim da antena. As fêmeas apresentam uma antena filiforme tradicional 62 Gênero Lipeurus SUBORDEM ISCHNOCERA, FAMÍLIA PHILOPTERIDAE Principalmente em criações rústicas de galinhas, é um dos maiores piolhos de aves, considerado grande. Cabeça bem desenvolvida, por pertencer ao gênero Goniodes. Apresentam processos angulares laterais bem evidentes na lateral da cabeça (círculo) e possui cerdas. Primeiro par de pernas menor que o segundo, que é menor que a terceira (semelhante ao Liperus spp). Machos sempre menores que a fêmea e possuem peças reprodutivas expostas. Antenas com cinco segmentos, Abdômen largo e arredondado. 63 Gênero Goniodes SUBORDEM ISCHNOCERA, FAMÍLIA PHILOPTERIDAE Menores piolhos de aves. Cabeça quase circular, apresenta duas longas cerdas na margem posterior. Antenas com 5 segmentos. 64 Gênero Goniocotes SUBORDEM ISCHNOCERA, FAMÍLIA PHILOPTERIDAE Mais comum em pombos, corpo alongado e castanha. Cabeça subtriangular (ponta do triângulo (parte distal) é arredonda). Primeiro par de patas menor que o segundo, menor que o terceiro. Apresentam o primeiro segmento antenal mais desenvolvido nos machos em relação a fêmeas que possuem antenas tradicionais filiformes. E um par de apêndices na região distal na cabeça. 65 Gênero Columbicola SUBORDEM ISCHNOCERA, FAMÍLIA PHILOPTERIDAE Cabeça bem desenvolvida porque é Ischnocera, cabeça globosa, antenas com três segmentos, presença de placas pleurais, antenas são livres porque são Ischnocera. Presença de cerdas nos segmentos abdominais e possui áreas mais escurecidas nestes segmentos(placas pleurais). Uma única garra por tarso. Piolhos podem sobreviver até 72h fora do corpo do animal, então evitar as mesmas peças de montaria num dia para o outro sem higienizar. Tanto machos quanto fêmeas apresentam antenas filiformes tradicionais. 66 Gênero Damalinia SUBORDEM ISCHNOCERA, FAMÍLIA TRICHODECTIDAE Cabeça bem desenvolvida porque é Ischnocera, antenas com três segmentos, presença de placas pleurais, antenas são livres porque são Ischnocera. Presença de cerdas nos segmentos abdominais e possui áreas mais escurecidas nestes segmentos (placas pleurais). Uma única garra por tarso. Piolhos podem sobreviver até 72h fora do corpo do animal, então evitar as mesmas peças de montaria num dia para o outro sem higienizar. Tanto machos quanto fêmeas apresentam antenas filiformes tradicionais. 67 Gênero Felicola SUBORDEM ISCHNOCERA, FAMÍLIA TRICHODECTIDAE Parasita de canídeos domésticos e silvestres. Causa quadros de estresse e subnutrição, intensa irritação e lesões auto-infligidas (pelo prurido). Morfologia. Possui a cabeça mais larga que comprida (subretangular) com primeiro segmento maior. Abdômen oval: grandes cerdas transversal na região ventral. Geralmente castanho-claro. Tratamento: Pó, líquido, shampoo a base de piretróides, carbamatos, fipronil, selamectina. 68 Gênero Trichodectes, Espécie Trichodectes canis SUBORDEM ISCHNOCERA, FAMÍLIA TRICHODECTIDAE Presença de ângulos temporais, sem grandes diferenças entre os pares de patas, possuem uma única garra articulada, esporão tibial. Haematopinus tuberculatus se localizam na região da cabeça, na porção periocular. As fêmeas migram para a região da vassoura da cauda para ovipor e realizar hematofagismo. 69 Gênero Haematopinus, Espécie Haematopinus tuberculatus SUBORDEM ANOPLURA, FAMÍLIA HAEMATOPINIDAE Regiões de temperaturas mais amenas Antenas livres por serem Anoplura e tem 5 segmentos antenais Placas esternais podem estar ou não presentes, mas quando presentes não são muito delimitadas. Possuem as primeiras patas menores que as segundas que são menores que as terceiras. 70 Família Linognathidae SUBORDEM ANOPLURA, FAMÍLIA LINOGNATHIDAE Ocelos na região atrás da orelha, cabeça hexagonal, placa esternal não utilizada para identificação da espécie. Possuem esporão tibial. Envolvidos na transmissão de Rickettsia e Borrelia spp. 71 SUBORDEM ANOPLURA, FAMÍLIA PEDICULIDAE Gênero Pediculus, Espécies Pediculus humanus (Pediculus humanus capitis e Pediculus humanus humanus) Possuem metapódios com possível função sensorial Piolho mais conhecido como chato. 72 Gênero Phthirus, Espécie Phthirus pubis SUBORDEM ANOPLURA, FAMÍLIA PEDICULIDAE Possuem cerdas enrijecidas (ctenídeos) na parte de baixo da cabeça (gena) (1) e no pronoto (2) com os mesmos tamanhos, essa é a característica diferencial de C. canis que possui o primeiro ctenídeo genicular menor que os demais. Possui a cabeça achatada e o corpo com coloração castanha. Antenas atrás dos ocelos (3). São artrópodes que causam dermatite alérgica a picada de pulgas (DAP). Algumas pulgas podem albergar Leishmania e quando são ingeridas pelo animal, podem veicular o agente infeccioso. Prevenção e tratamento no animal e no ambiente com vassoura de fogo ou inseticidas. 73 1 2 3 Gênero Ctenocephalides, Espécie Ctenocephalides felis felis ORDEM SIPHONAPTERA, FAMÍLIA PULICIDAE Possuem cerdas enrijecidas (ctenídeos) na parte de baixo da cabeça (gena) e em C. canis o primeiro ctenídeo é menor que os demais (1) e somente no pronoto que os ctenídeos possuem o mesmo tamanhos (2). Outra característica pra diferenciar é a cabeça mais arredonda que C. felis felis e o corpo com coloração castanha. Antenas atrás dos ocelos (3). Também causam dermatite alérgica a picada de pulgas (DAP). Prevenção e tratamento no animal e no ambiente com vassoura de fogo ou inseticidas. Três estádios larvares. 74 Ctenocephalides canis 1 2 3 ORDEM SIPHONAPTERA, FAMÍLIA PULICIDAE Ampla distribuição, apenas as fêmeas são capazes de penetrar, os machos não são penetrantes. Conhecidos como bicho-de-pé. Larva com dois estádios, se alimentam de matéria orgânica do ambiente. Ausência de ctenídeos. Cabeça angulosa na fronte. Segmentos torácicos muito curvos. Peças bucais com lacínias serrilhadas (ajuda na dilaceração para penetração), palpos maxilares com grande número de cerdas. Quando as fêmeas ovipõem, elas morrem. 75 Gênero Tunga, Espécie Tunga penetrans ORDEM SIPHONAPTERA, FAMÍLIA TUNGIDAE Protozoologia 3 “Primeiros animais descobertos” – Autor desconhecido Trypanosoma Cruzi REINO PROTOZOA 1.Eucariotos, possuem núcleos delimitados por carioteca. 2.Citóstoma (análogo a cavidade bucal para absorção de nutrientes). Movimentação: Existem protozoários ciliados, outros não possuem estruturas de movimentação evidente e se locomovem pela contração da célula, alguns possuem pseudópodes, outros terão flagelo, e outros terão flagelo + membrana ondulante. Podem ser aeróbios ou anaeróbios, troca os nutrientes pela membrana plasmática e citóstoma. Parasitemia. Quantidade de parasitas na corrente sanguínea. (Hemoparasita ou aquele que realiza parte do seu ciclo reprodutivo no tecido sanguíneo) Gametotonia: Reprodução sexuada, f a b r i c a ç ã o d e g a m e t ó c i t o s . O s protozoários que não apresentam essa fase não possuem muita variabilidade genética. Após essa fase pode ocorrer a maturação para a vida l ivre ou esporogonia. As vezes, como ocorre em Eimeria, ocorrem ambas as fases, assexuada e sexuada em um mesmo hospedeiro enquanto em outros como Plasmodium, ocorre a fase assexuada nos hospedeiros vertebrados e assexuada nos invertebrados. E s q u i z o g o n i a o u M e r o g o n i a : Reprodução assexuada, onde ocorre divisão nuclear sucessiva dentro de um trofozoíta e quando maduro, cada núc leo adqu i re uma porção do citoplasma, de modo que o agora chamado de esquizonte/meronte fica preenchido com grande quantidade de protozoários alongados denominados de merozoítas. Por fim, o meronte se rompe e libera merozoítas individuais. Trofozoítas, forma individualizada que vai se nutrir para posteriormente se dividir. Esporogônia: contém esporozoítas, também assexuada. É um estágio infectante de alguns protozoários. Oocisto: forma de resistência, originária de um processo sexuado (como um pequeno ovo resistente). Cisto: forma de resistência originária de um processo assexuada. A diferença entre Esquizonte e Esporogônia, ambas são assexuadas, diferenciam no local onde está sendo essa divisão, vários tecidos merogônia. Quando atinge a g l â n d u l a s a l i v a r d o p a r a s i t a : esporogônia. 77 (Proto - primeiro; zoo - animal) FAMÍLIA GIARDIIDAE Agente etiológico da Giardíase, distribuição mundial, considerado pela Organização mundial de Saúde (OMS) uma zoonose. Contaminação pela ingestão do cisto, posteriormente acontece desencistamento e a liberação de dois trofozoítos e a posterior divisão binária, residem no intestino onde dão or igem a novos c is tos que são eliminados nas fezes e retornam ao a m b i e n t e . N ã o s ã o p a r a s i t a s intracelulares obrigatórios, vivem sobre as microvilosidades e formam uma camada como barreira mecânica que impede a absorção dos nutrientes e águas, ainda após o tratamento pode ocorrer retração permanente das microvilosidades. Diagnóst i co . O h i s tó r i co é fundamental para conhecer o quadro clínico, informações como idade (animais jovens são mais propícios), episódios de diarréia. O exame parasitológico das fezes com a coleta direta através de sonda (quando material fecal não estiver disponível) e testes sorológicos como ELISA, imunofluorescência, coleta de DNA das fezes para biologia molecular. Ainda é possível realizar distensão de fezes na lâmina e corar com hematoxilina férrica, Giemsa ouTrichrômio. 78 Filo Fornicata, Classe Metamonadea, Ordem Giardiida Gênero Giardia, Espécies Giardia intestinalis (G. lamblia e G. duodenalis) Tr a t a m e n t o e P r e v e n ç ã o . Secnidazol, Tinidazol, Abendazol, Metronidazol, Associado com: Febante, Pirantel, Praziquantel, Nitazoxanida, Febendazole e Ivermectina. Prevenção feita com vacinação (cautela ao uso desnecessário quando animal não está em situação de risco). Controle e profilaxia. Cloração e luz ultravioletas, aquecimento da água a 60ºC, saneamento básico, educação sanitária, higienização de alimentos, água filtrada, higienização do ambiente com desinfetantes à base de amônia quaternária e cloro. Controle da população de insetos que são vetores mecânicos (moscas lambedoras). 79 FAMÍLIA TRICHOMONADIDAE Causa doença venérea em bovinos, entretanto foram encontrados em outros animais como bubalinos, prepúcio, e p i d í d i m o , c e r v í d e o s e g a t o s domésticos. Nos bovinos localizam-se no pênis (trofozoítas), prepúcio, epidídimo e vasos deferentes, em vacas na vagina, útero e feto (causador de aborto). Animais mais velhos são mais susceptíveis, mais restrito a montas naturais em propriedades mais simples, o avanço das técnicas de reprodução eliminou drasticamente a infecção. Os trofozoítas possuem 4 flagelos, além dos flagelos como estrutura locomotora tem a membrana ondulante em todo o corpo do t rofozoí ta (constituído de um dos flagelos), vários microtúbulos formam o axóstilo e e s p i n h o a x ó s t i l o . C o m p l e x o quinetassomal para produção de energia . Estruturas a lvo para o diagnóstico. Estudos recentes mostram a forma cística além da trofozoíta, ainda com poucas informações. V i a s d e t r a n s m i s s ã o . Cobrição/monta, foi relatado presença no sêmen e sobrevive ao congelamento, os exames ginecológico nas vacas podem veicular mecanicamente, somente a fêmea adoece, os machos veiculam o parasita. 80 Filo Parabasalia, Classe Trichomonadea, Ordem Trichomonadida Gênero Tritrichomonas, Espécie Tritrichomonas foetus Sinais clínicos em vacas. Vaginite de grau variado, placentite com descolamento de membranas, aborto em até cinco meses, desregularização do ciclo estral, redução de 20 a 40% de prenhez, retenção do feto com possível p e r d a d e f ê m e a s , r e c u p e r a ç ã o espontânea com descanso da fêmea Parasitismo nos cotilédones, causa necrose e as trocas gasosas e de nutrientes não ocorrem mais (o mesmo vale para Toxoplasma gondii). Diagnóstico. Histórico clínico, lavados vaginais e prepuciais, método OB e envio ao lab. Exame direto e utilização de meio de cultura (Lactopep (peptona + leite em pó + antibiótico), Dimond, Rieck modificado (leite em pó + antibióticos). Provas sorológicas do muco vaginal, PCR. Utilização de touros de alto valor em fêmeas virgens e coleta nas fêmeas. Tratamento. Alto custo e muitas vezes não eficaz, em touros: unguento de flavina e solução de acriflavina ou de tripoflavina. Dimetridazol via oral por cinco dias e custo de US$ 125/animal. Vacinas e recuperação espontânea. Profilaxia. Submeter o touro a vários exames antes da estação de monta, não utilizar o touro livre em vacas poss ive lmente infectados , isolamento de vacas que abortaram e descarte de animais, repouso sexual das fêmeas por, no mínimo, três ciclos reprodutivos, descarte periódicos de touros velhos (acima de 5 anos), u t i l i z a ç ã o d e v a c a s v i r g e n s e acompanhamento laboratorial. 81 Veterinary protozoology! 119 Tritrichomonas muris Description: !e body is pyriform, 12–20 "m long, and there are three anterior #agella, which arise from a conspicuous blepharo- plast. !e undulating membrane is prominent and extends the length of the body in ribbon$like folds bounded by a thick mar- ginal %lament, which extends beyond the body as a free trailing found in the caecum and colon of virtually every species of mam- mals and birds, and also in reptiles, amphibians, %sh and inverte- brates. Speci%c identi%cation and host–parasite relationships of many species remains unclear and several species are thought to be synonymous. Tritrichomonas in cattle is an important venereal disease causing infertility and abortion. Tritrichomonas Members of this genus have three anterior #agella and a posterior #agellum and lack a pelta. Life cycle: !e trichomonads reproduce by longitudinal binary %s- sion. No sexual stages are known and there are no cysts. Tritrichomonas species Species Hosts Site Tritrichomonas eberthi (syn. Trichomonas eberthi) Chicken, turkey Caeca Tritrichomonas foetus (syn. Trichomonas foetus) Cattle Cat Prepuce, uterus Small intestine Tritrichomonas muris (syn. Trichomonas criceti) Mouse, rat, vole Large intestine Tritrichomonas suis (syn. Trichomonas suis) (considered synonymous with T. foetus) Pig Nasal passages, stomach, caecum, colon Tritrichomonas enteris (syn. Trichomonas enteris) Cattle, zebu Caecum, colon Tritrichomonas minuta Rat, mouse, hamster Large intestine Tritrichomonas wenyoni (syn. Trichomitus wenyoni) Rat, mouse, hamster, monkey Large intestine Tritrichomonas caviae Guinea pig Caecum Tritrichomonas eberthi Description: !e body is elongate, 8–14 by 4–7 "m, with vac- ulolated cytoplasm and three anterior #agella. !e undulating membrane is prominent and extends the full length of the body. !e posterior #agellum extends about half the length of the body beyond the undulating membrane (Fig. 2.9). An accessory %lament is present. !e blepharoplast is composed of four granules; the axo- style is massive and hyaline, and its anterior end is broadened to form a capitulum and a ring of chromatin granules is present at the point that the axostyle emerges from the body. !e parabasal body is shaped like a #attened rod and is of variable length. Tritrichomonas foetus Description: !e organism is pear$shaped, approximately 10–25 "m long and 3–15 "m wide and has a single nucleus and four #agella, each arising from a basal body situated at the anterior rounded end. !ree of the #agella are free anteriorly, while the fourth extends backwards to form an undulating membrane along the length of the organism and then continues posteriorly as a free #agellum (Fig. 2.10). !e axostyle, a hyaline rod with a skeletal function, extends the length of the cell and usually projects posteriorly. !e costa is prominent but there is no pelta. Fig. 2.9 Tritrichomonas eberthi. Fig. 2.10 Tritrichomonas foetus. Undulating membrane Axostyle Free flagella Axóstilo Membrana ondulante Flagelos livres FAMÍLIA TRYPANOSOMATIDAE Ordem Trypanosomatida, Gênero Trypanosoma (T. cruzi, T. evansi, T vivax) S e ç ã o S t e r c o r a r i a (fezes do artrópode portador) Descoberto no Brasil por Dr. Carlos Ribeiro de Chagas, que foi chamado para acompanhar a construção da estrada de ferro e tratar das pessoas doentes. Nos intervalos pesquisava sangue dos saguis da região quando encontrou um protozoário que então foi chamado de Trypanosoma minasense. Após relato de insetos hematófagos chamados de barbeiros, no local onde ocorria a doença , v isual izou protozoár ios flagelados em comum entre primatas não humanos, insetos e dos doentes da região e enviou ao Instituto Oswaldo Cruz para análise e posteriormente publicação. Distribuição geográfica ocorre do sul do EUA até a argentina, doença endêmica das Américas e que hoje ocorrem em outros locais. Incidência de uma doença é caracterizadas por novos casos relatados constantemente. Doença de Chagas aguda é doença de notificação obrigatória e pode ser transmitida por transfusão, congênita (de mãe para 82 Filo Euglenozoa, Classe Kinetoplasta, Ordem Trypanosomatida Gênero Trypanosoma, Espécie Trypanosoma cruzi filho), oral, acidente laboratorial, transplante, manipulação de carne de caça (Marsupia is - D i d e l p h i s marsupialis e Philander opossum)e ficam localizados nas glândulas anais (liberadoras de odor). Possui dois tipos de hospedeiros: Mamíferos - mais de 180 espécies (tripomastigota e amastigota) Tr i a t o m í n e o s - 3 e s p é c i e s (epimastigota e tripomastigota metacíclica). Sem a relação de hospedeiros definitivos e intermediários no caso de T. cruzi e Leishmania. Amastigota não apresenta flagelos e nem membrana ondulante, possui estrutura ovóide (arredondada), o flagelo está escondido no interior de uma bolsa flagelada, cinetoplasto em forma discóide. As formas tripomastigotas possuem flagelos livres, alongado, o flagelo livre anterior ao núcleo, “puxa” a forma tripomastigota, forma infectante para o hemíptera. A forma tripomastigota metacíclica é a forma liberada pelo triatomíneo e é infectante para o mamífero, passa rápido por essa fase e é difícil ser diagnosticada. Epimastigota possui flagelo lateralizado, membrana ondulante pouco desenvolvida, presente no sistema digestivo do hemíptera, cinetoplasto anterior ao núcleo. Localizados nas frestas das casas, seja de pau-a-pique seja de a l v e n a r i a e m c o n d o m í n i o s luxuosos. Marsupiais e roedores são o elo entre o ciclo doméstico e peridomésticos devido a serem sinantrópicas (adaptadas ao ambiente modificado pelo ser humano). O comportamento das três espécies difere das demais de mamíferos por 83 Formas metacíclicas (estão no final do ciclo) Didelphis marsupialis estes animais possuírem formas epimastigotas em suas glândulas anais (libera odores). Fase aguda. Reação inflamatória no local, febre de intensidade variável, mal-estar, hepatoesplenomegalia, miocardite e meningoencefal i te . Notificação obrigatória pelo SINAN (http://portalsinan.saude.gov.br). Fase crônica . Lesões cardíacas, c a r d i o m e g a l i a e a r r i t m i a s , comprometimento do trato digestivo com megaesôfago e megacólon. Diagnóstico - Fase aguda. Histórico, microhematócrino (Woo), exame direto/xenodiagnóstico, esfregaço sanguíneo, hemocultura em meio NNN e LT, s o r o l o g i a ( I g M e I g G ) , eletrocardiograma e PCR. Diagnóstico - Fase crônica. Sorologia, x e n o d i a g n ó s t i c o , h e m o c u l t u r a , eletrocardiograma, raio X (buscar síndrome dos megas) e PCR. 84 Ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi (simplificado). Fonte: infográfico: Nevício Ribeiro, ICICT/Fiocruz.Ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi (simplificado). Fonte: infográfico: Nevício Ribeiro, ICICT/Fiocruz http://portalsinan.saude.gov.br http://portalsinan.saude.gov.br Tratamento. Fase aguda. Benzonidazol (ministério da saúde), nifurtimox. Por s e r uma doença de no t ificação obrigatória, o tratamento é gratuito pelo SUS. Tratamento. Fase crônica . Sem t r a t a m e n t o e s p e c í fic o , u s o d e medicamentos como cardiotônicos, d i u r é t i c o s , a n t i - i n fla m a t ó r i o s , vasodilatadores, entre outros, dietas. “Miocardite chagástica em caninos no estado do Rio Grande do Sul”. Estudo com relato de caso de tripanossomíase em cães. O u t r o s r e l a t o s d e c a s o s : c a r d i o m e g a l i a , m e g a e s ô f a g o e megacólon. Controle e Profilaxia . Estudos e p i d e m i o l ó g i c o s d e v e t o r e s e reservatórios em áreas endêmicas, melhoria nas habitações, cuidado com a ingestão de alimentos, controle das espéc ies . contro le vetor ia l com inseticidas, controle de doadores de sangue, teste de diagnóstico com alta sensibi l idade e especificidade e tratamento dos pacientes humanos. T. cruzi sobrevive no açaí em temperatura ambiente, sobrevive até 12h a 5ºC, a pasteurização do açaí mata T. cruzi, implementação de boas práticas de higiene, boas práticas de manufatura e a aproximação entre as instituições de pesquisa e produtores de aça í : contribuições para a solução deste problema. Morfologia. Corpo arredondado ou semelhante a folha, possuem um único flagelo oriundo de um cinetossoma ou grânulo basal, alguns gêneros possuem membrana ondulante e o flagelo está na margem externa. Membros do gênero Trypanossoma são heteroxenos e durante os ciclos evolutivos passam pelos estágios de amastigota, promastigota, epimastigota e tripomastigota. Na forma amastigota o corpo é arredondado e o flagelo emerge através de um amplo reservatório em formato de funil. Na forma promastigota o cinetoplasto situa-se em uma parte ainda mais interior do corpo e não há membrana ondulante. Epimastigota possui o cinetoplasto posterior ao núcleo e a 85 membrana ondulante inicia a partir daí. A forma tripomastigota possui o cinetoplasto próximo da extremidade posterior e o flagelo forma margem com a memb r an a ond u l an te q ue s e estabelece ao longo da lateral do corpo até a extremidade anterior. C i c l o e v o l u t i v o . A s f o r m a s tripomastigotas penetram nas células do sistema reticuloendotelial, dos músculos e, especialmente do coração onde formam amastigotas arredondados. Multiplicam-se por divisão binária formando ninhos que posteriormente desenvolvem-se em tripomastigota e penetram novamente na corrente sanguínea e podem ser ingeridos pelo inseto triatomíneo. Ao chegarem no intestino do invertebrado vetor, se desenvolvem e epimastigota metacíclica e podem ser excretados nas fezes durante o repasto, devido ao ferimento exposto retornam para a circulação sanguínea do mamífero. 86 Não possuem potencial zoonótico. Atinge bovinos (são mais sensíveis) e causa extremo emagrecimento, transmissão espécies artrópodes (vetores mecânicos) e objetos como agulhas e aparelhos cirúrgicos (fômites) e transmissão t r a n s p l a c e n t á r i a . O u t r o s hospedeiros são afetadas como bubalinos, pequenos ruminantes, equídeos, capivaras e cervídeos. Somente a forma tripomastigota é a única encontrada nesta espécie. Realiza divisão binária na corrente sanguínea (assim como T. evansi). Parasitemia mais fácil de ser encon t rada que T. c ruz i . Possu i cinetoplasto menor que T. Cruzi. Moscas hematófagas contaminam as suas peças bucais ao realizar o hematofagismo e a o r e a l i z a r u m n o v o hematofagismo repassa o protozoário. Uma vez formada a população, o hospedeiro está pronto para ser um reservatório. Apenas moscas como os Tabanídeos e Stomoxys sp podem veicular. A passagem do paras i ta no hospedeiro torna-o mais patogênico que parasitas que passam direto de hospedeiro a hospedeiro. Essa é a principal hipótese de porque a infecção na África é mais intensa que nas Américas. No Brasil, as infecções são geralmente mais crônicas. Sinais clínicos. Anemia (hemólise pelo contato de T. vivax com os eritrócitos), perda de peso progressiva, febre, abortamento e morte. Pode ocorrer infecções em linfonodos e compromete e imunidade do animal. Quando o animal apresenta comprometimento neurológico não responde mais ao tratamento. 87 Gênero Trypanosoma, Espécie Trypanosoma vivax, Seção salivaria Tripomastigota nunca é intracelular Filo Euglenozoa, Classe Kinetoplasta, Ordem Trypanosomatida Diagnóstico . Distensão sanguínea (esfregaço sanguíneo), método de Woo, a s p i r a d o d e l i n f o n o d o , m é t o d o s sorológicos, biologia molecular. Tratamento e controle. Aceturato de diminazene, cloreto de isometamidum. Brometo de homidium. Cloreto ou sulfato de quinapiramine. Controle de artrópodes vetores com drogas pour-on e armadilhas impregnadas com inseticidas. Controle sanitário do ambiente. Ciclo evolutivo. O desenvolvimento no inseto vetor acontece apenas na probóscide. Os tripanossomas absorvidos tornam-se epimastigotas e depois em tr ipomast igotas novamente, agora metac íc l icos que passam para a hipofaringe e infectam novos hospedeiros quando as moscas hematófagas se a l i m e n t a m . 116 Part 1: General parasitology includingtaxonomy, diagnosis, antiparasitics vector. Some forms are transmitted mechanically by tabanid vec- tors or by contact. Trypanosoma brucei Description: Trypanosoma brucei is pleomorphic in form and rang- es from long and slender, up to 42 !m (average 29 !m), to short and stumpy, 12–26 !m (mean 18 !m), the two forms o"en being present in the same blood sample. #e undulating membrane is conspicu- ous, the kinetoplast is small and subterminal and the posterior end is pointed. In the slender form the kinetoplast is up to 4 !m from the posterior end, which is usually drawn out, tapering almost to a point, and has a well$developed free %agellum; in the stumpy form the %a- gellum is either short or absent and the posterior end is broad and rounded with the kinetoplast almost terminal. Intermediate forms average 23 !m long and have a blunt posterior end and moderately long %agellum (Fig. 2.6). A fourth form with a posterior nucleus may be seen in laboratory animals. In fresh un&xed blood &lms, the or- ganism moves rapidly within small areas of the microscope &eld. large kinetoplast is terminal and the posterior end is broad and rounded. A short free %agellum is present (Fig. 2.4). In fresh blood &lms, T. vivax moves rapidly across the microscope &eld. Life cycle: Development in the insect vector takes place only in the proboscis. #e trypanosomes turn &rst into the epimastigote form and then the metacyclic infective trypanosomes, which pass to the hypopharynx and infect new hosts when the tsetse %ies bite and feed. SUBGENUS NANNOMONAS #ese are small forms usually without a free %agellum and a typi- cally marginal medium$sized kinetoplast. Development in the tsetse %y vector occurs in the midgut and proboscis. Trypanosoma congolense Description: Trypanosoma congolense is small, monomorphic in form and 8–20 !m long. #e undulating membrane is inconspicu- ous, the medium$sized kinetoplast is marginal and the posterior end is blunt. #ere is no free %agellum (Fig. 2.5). In fresh blood &lms the organism moves sluggishly, o"en apparently attached to red cells. Life cycle: #e trypanosomes divide by longitudinal binary &ssion in the vertebrate host. A"er ingestion by the tsetse %y they develop in the midgut as long tryptomastigotes without a free %agellum. #ey attach &rst to the wall of the proboscis and multiply there for a time before passing to the hypopharynx where they develop into metacyclic infective tryptomastigotes similar in appearance to the blood forms. #ese are injected into the vertebrate when the %y bites. Development to the infective stage in Glossina takes from 15 to well over 20 days at 23–34°C. SUBGENUS TRYPANOZOON #ese are pleomorphic (slender to stumpy) forms with or without a free %agellum and with a small subterminal kinetoplast. Devel- opment occurs in the midgut and salivary glands of the tsetse %y Fig. 2.4 Trypanosoma vivax is monomorphic and has a short %agellum and terminal kinetoplast. Red blood cells Fig. 2.5 Trypanosoma congolense is monomorphic and possesses a marginal kinetoplast. Red blood cells Red blood cells Red blood cells b c a Fig. 2.6 Trypanosoma brucei is pleomorphic, showing (a) long slender, (b) short stumpy and (c) intermediate forms. 88 Não possuem potencial zoonótico, realiza divisão binária na corrente sanguínea (assim como T. evansi). Também vetorado m e c a n i c a m e n t e . A p e n a s f o r m a s tripomastigotas que não tem cinetoplasto (forma de diagnóstico diferencial das demais). Surra ou mal-das-cadeiras nos equinos e prejuízos de capivaras, surto maior no pantanal. Animal apresenta paresia (dificuldade de movimentação). Hospedeiros como equinos, cães e capivaras são os mais suscetíveis. Moscas e morcegos (Desmodus rotundus) são vetores mecânicos. Os cães podem se infectar pela alimentação de carcaças infectadas. Ciclo biológico muito semelhante a T. vivax com a particularidade de possibilidade de avançar para os tecidos intersticiais e com isso causar problemas neurológicos. Sinais clínicos. Anemia (depressão da medula óssea), fraqueza progressiva, perda da condição física, conjuntivite, aumento de linfonodos, hemorragia nas conjuntivas, rolamento semelhante a cólica equina devido aos problemas neurológicos. “ S u r t o s d e t r i p a n o s s o m í a s e p o r Trypanosoma evansi em equinos no Rio Grande do Sul: aspectos epidemiológicos, clínicos, hematológicos e patológicos.” Diagnóstico. Qualquer salivaria não se mantém em hemocultivos, transmissão experimental em roedores, esfregaço sanguíneo, imunohistoquímica, pesquisa d e D N A e e m o u t r o s p o s s í v e i s hospedeiros. Tratamento. Aceturato de diminazene. Evitar criações de diversas espécies juntas. 89 Filo Euglenozoa, Classe Kinetoplasta, Ordem Trypanosomatida, Família Trypanosomatidae Gênero Trypanosoma, Espécie Trypanosoma evansi, Seção salivaria C o m p l e x o L e i s h m a n i a d o n o v a n i (Leishmaniose visceral) Complexo Le ishmania braz i l iens is (Leishmaniose cutânea ou mucocutâneas) C o m p l e x o L e i s h m a n i a m e x i c a n a (Leishmaniose cutânea) Apresentam forma amastigota (mamíferos) e promastigota (Lutzomyia). Ausência de membrana ondulante, aspecto lanceolado (semelhante a lança), cinetoplasto discóide e posterior ao núcleo). Intracelular obrigatória por não possuir flagelo. Doença de notificação obrigatória com tratamento gratuito pelo SUS. 118 Part 1: General parasitology including taxonomy, diagnosis, antiparasitics Leishmania species Species Hosts Site Vector Leishmania donovani complex Leishmania infantum (syn. Leishmania chagasi) Human, dog, fox, wild canids, rodents Skin, liver, spleen Sand!ies (Phlebotomus spp., Lutzomyia spp.) Leishmania tropica complex Leishmania major Leishmania aethiopica Human, dog, hyrax Skin Sand!ies (Phlebotomus spp.) Leishmani peruviana Dog, human Skin Sand!ies (Lutzomyia spp.) PHYLUM PARABASALIA ! CLASS TRICHOMONADEA ! ORDER Members of the families Trichomonadidae, Dientamoebidae and Monocercomonadidae occur predominantly in the gastrointestinal tract of vertebrates. While many are considered to be commensals, some may be important causes of enteritis and diarrhoea. FAMILY TRICHOMONADIDAE ! "e family Trichomonadidae (‘trichomonads’) includes a number of genera of medical and veterinary interest: Tritrichomonas, Trich- omonas, Tetratrichomonas, Trichomitus and Pentatrichomonas. Trichomonads have three to #ve $agella, of which one is usually recurrent and attached to an undulating membrane, and have been body. Multiplication in the mammalian host is typically intracellu- lar, primarily in the amastigote form and secondarily in the epimas- tigote form. Known vectors are reduviid bugs. Trypanosoma cruzi Description: Trypanosomes are monomorphic, 16–20 %m long, with a pointed posterior end and a curved stumpy body and a nar- row undulating membrane with a trailing $agellum. "e kineto- plast is large and subterminal, causing the body to bulge around it. Amastigotes are 1.5–4 %m in diameter and occur in groups. Life cycle: Tryptomastigote forms enter cells of the reticuloendo- thelial system, muscles and especially the heart, where they form rounded amastigotes. "ese multiply by binary #ssion, forming groups of parasites that turn into tryptomastigote forms and which re&enter the blood. "e vectors of T. cruzi are kissing bugs (Reduviidae) and, once ingested, the tryptomastigotes pass to the midgut where they turn into amastigote forms. "ese multiply by binary #ssion and turn into either metacyclic tryptomastigote or epimastigote forms. Epimastigote forms multiply further and extend into the rectum, where they turn into metacyclic trypto- mastigotes, which pass out in the faeces. Infective tryptomasti- gotes can actively penetrate the mucous membrane or skin of the #nal host. Leishmania ! Leishmania are ovoid organisms within the macrophage and pos- sess a rod&shapedkinetoplast associated with a rudimentary $agel- lum. "e parasites are found as the amastigote stage in cells of the vertebrate host and as the promastigote stage in the intestine of the sand$y. In the vertebrate host Leishmania is found in the macrophages and other cells of the reticuloendothelial system in the skin, spleen, liver, bone marrow, lymph nodes and mucosa. It may also be found in leucocytes in the blood. Life cycle: A'er ingestion by a sand$y, the leishmanial, or amas- tigote, form transforms in the insect gut into a promastigote form in which the kinetoplast is situated at the posterior end of the body (Fig. 2.8a). "ese divide repeatedly by binary #ssion, migrate to the proboscis, and when the insect subsequently feeds are inocu- lated into a new host. Once within a macrophage the promastigote reverts to the amastigote form (Fig. 2.8b) and again starts to divide. Leishmania occur primarily in mammals, although 10 species have been described in Old World lizards. "ey cause disease in human, dogs and various rodents. Leishmania have a heteroxenous life cycle, and are transmitted by sand$ies of the genus Phlebotomus in the Old World and Lutzomyia in the New World. Hypopylaria are primitive species found in Old World lizards, which become infected following ingestion of sand$ies. Develop- ment occurs in the sand$y hindgut. Peripylaria develop in both the hindgut and foregut of sand$ies and infect both lizards and mammals. Transmission in mammals is by bite of sand$ies. Suprapylaria develop in the sand$y midgut and foregut and occur only in mammals, with transmission by sand$y bite. Fig. 2.8 Leishmania: (a) promastigote form; (b) amastigote form. (a) (b) Flagellum Kinetoplast 90 GÊNERO LEISHMANIA Filo Euglenozoa, Classe Kinetoplasta, Ordem Trypanosomatida, Família Trypanosomatidae Causadora de leishmania visceral, leishmaníase ou calazar. Nas Américas recebe o nome de Leishmania infantum (Leishmania chagasi, Leishmania infantum chagasi). Doença considerada crônica. Os cães são denominados sent inelas epidemiológico por adoecerem primeiro que os seres humanos. Hospedeiros. homem, cão, raposa do campo (Lycalopex vetulus) O grande problema dos canídeos é que além de visceralizar, leishmania fica em grande quantidade na pele e facilita a transmissão para o flebotomíneo vetor. Picada da fêmea de Lutzomya longipalpis (principal transmissora) e Lutzomyia cruzi. Ciclo Biológico. Parasita de linfócitos (especialmente neutrófilos). Inoculação pelo regurgitamento do inseto que leva as formas promastigotas que entram pela fenda aberta no hematofagismo. Penetra no c i top lasma e mod ifica-se em amastigota, divide-se por fissão binária. Crescem até a lise da célula, até serem fagocitadas por outras células ou serem c a p t u r a d a s p e l o m o s q u i t o n o hematofagismo. Forma in fectante do mosqu i to : promastigota Morfologia de Leishmania infantum CICLO Formas amastigotas ficam localizadas em fígado (Hepatoesplenomegalia), baço e linfonodo. Os pacientes entram em óbito devido a hemorragia causada pelo rompimento de células do fígado e baço. Diagnóstico. Histórico, aspirados da medula óssea, linfonodos, baço; meio de cultura, biopsia, imprint e análises Complexo Leishmania donovani 91 histológicas; métodos sorológicos: ELISA, RIFI, imunocromatografia. PCR e variáveis. Diretrizes do ministério da saúde. Diagnóstico e tratamento dos seres humanos, diagnóstico e eutanásia dos animais positivos, estudo de controle dos flebotomíneos e estudos epidemiológicos. Estudos recentes. “The fist record in the Americas of an autochthonous case of Leishmania (Leishmania) infantum chagasi in a domestic cat (Felis catus) from Cotia County, São Paulo State, Brazil.” “Ocorrence of Leishmania (Leishmania) chagasi in a domestic cat (Felis catus) in Andradina, São Paulo, Brasil: case report” “Leishmania (Leishmania) infantum chagasi em canídeos silvestres mantidos em cativeiro, no Estado de Mato Grosso.” Tratamento. Virbac, o Milteforan™ (princípio ativo Miltefosina) via oral, 1ml por quilo por 22 dias consecutivos. A vacina Leish-tec® para ser eficiente deve ser aplicada em cães soronegativos e assintomático a partir dos 4 meses de idade, 3 doses no intervalo de 21 dias com vacinação anual dos animais a partir de 12 meses após a 1ª fase. Morfologia de Leishmania infantum CICLO 92 Complexo Leishmania braziliensis Causadora de leishmania tegumentar visceral ou mucocutâneas chamada de úlcera de Baurú. Principais espécies: Leishmania brasil iensis, Leishmania panamensis, Leishmania guyanensis, Leishmania peruviana. Hospedeiro. Homem, paca, cutia, rato, cães, gatos, equinos, marsupiais. Os pr inc ipa is ve tores são Lutzomyia intermedia, Lutzomyia pessoai, Lutzomyia wellcomei. Ciclo biológico. Reservatório silvestre → Lutzomyia spp → Leishmania spp L. peruviana e L. panamensis são menos ulcerativas que L. brasiliensis. Complexo Leishmania amazonenses Causadora de lesões cutâneas. Principais espécies: Leishmania amazonensis, Leishmania mexicana, Leishmania pifani. Lesões causam bolhas como queimaduras e estão repletas de formas amastigotas. Medem 3,2µm, são muito maiores que L. brasiliensis e é usado como diagnóstico diferencial. Descrito inicialmente na amazônia, entretanto disseminada no país todo. Hospedeiros. Cães, gatos, roedores, marsupiais. Vetor. Lutzomyia flaviscutellata L. amazonensis também afeta gatos “Feline leishmaniasis due to Leishmania (Leishmania) amazonensis in Mato Grosso do Sul State, Brazil.” 93 Controle das leishmanias. Estimular o diagnóstico precoce de casos humanos junto à rede básica de saúde; garantir o tratamento de casos humanos; implantar a vigilância epidemiológicas dessas enfermidades à nível municipal; examinar os cães e eutanasiar aqueles infectados por L. infantum em áreas de transmissão; Manter a vigilância entomológica em caráter permanente. FAMÍLIA BABESIIDAE Morfologia. Apresentam citóstomo pra obtenção de nutrientes (invaginação da membrana) e complexo apical (organelas e estruturas) que orientam quanto a direção, aderência e penetração nas células hospedeiras (eritrócitos). Podem ser pequenos ou grandes, a referência para esse tamanho se dá pelo diâmetro da Babesia ser menor que o raio do eritrócito (pequenos babesídeos) e serem maiores que o raio (grandes babesideos). São parasitas de mamíferos e aves, transmitidos pela picada do carrapato (Rhipicephalus [Boophilus] microplus) que é o hospedeiro definitivo, mamíferos e aves são o hospedeiro intermediário. Das diversas espécies causadoras da babesiose, destacam-se duas B. bovis (pequeno babesídeo) e B. Bigemina (grande babesídeo) que podem causar lesões cerebrais em bovinos. Pode ocorrer coinfecções. Transmissão. Pode ser inoculativa, transplacentária, moscas hematófagas, transmissão mecânica pelo uso de agulhas e transovariana. Esporozoíta é a forma infectante para o hospedeiro vertebrado e trofozoíta é a forma infectante para o invertebrado (origina merozoítos e gametas). Sintomas. Febre, anemia pela hemólise dos eritrócitos, icterícia, hemoglobinúria, esp lenomega l ia , congestão re ta l , alterações neurológicas (B. bovis), se não cuidado pode levar a morte. 94 Filo Apicomplexa, Classe Aconoidasida, Ordem Piroplasmorida Gênero Babesia Babesia caballi (babesídeo grande) causa doenças nos equinos e é transmitido pelo Dermacentor nitens (Anocentor nitens). Babesia canis (Europa), Babesia rossi (Asia e Á f r ica ) , Babes ia voge l i (B ras i l ) transmitido por Rhipicephalus sanguineus, Babesia gibsoni. Tratamento. Tetraciclina. Acetato de diminazeno. Controle.
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