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Resumo de Processos Grupais – NP2 1. Fundamentos históricos e epistemológicos das teorias sobre grupos Pluralidade de teorias (cada teórico com a sua visão/linha à técnicas, exemplo: grupo). S (sujeito que quer conhecer) – (método) O (mundo/objeto) à S-O. A relação da equação epistemológica se transforma mediante a teoria. Existe uma visão de homem e mundo. Histórico: falar de grupo é falar de homem moderno. Psicologia social com Psicologia organizacional, os grupos se encontram. O homem moderno é social (valoriza a convivência social, processos de socialização e identidade) e reflexivo (olha para si mesmo). Quando olha para si mesmo, passa pelo outro, que é o espelho de quem somos. Demanda psicossocial: está dentro do capitalismo industrial, focado na produtividade / tudo relacionado ao contexto. 2. Avaliação dos fenômenos da interação humana Interação humana: vínculo (P. Riviere), existência, papeis à cada um fala de uma maneira. Promoção de saúde através do trabalho em grupo. Hoje a ideia de grupo é muito mais vivencial, existencial. 3. Técnicas em abordagem vivencial -Período entre guerras, pós-guerra (2ª Guerra Mundial), houve um período de intensa mobilização existencial (estancar m pensamento reflexivo sobre o que é o homem). Resguarda questão ontológica (o que é o Ser?) e como lidar com o outro (algo estranho). A partir disso se constrói uma cultura de direitos humanos. -É no grupo que também nos estranhamos (somos semelhantes e, ao mesmo tempo, diferentes). -Psicologia social responde a mobilização existencial através dos grupos (através dos pequenos grupos). -Estados Unidos: modelo de produção capitalista industrial, discurso político ideológico da democracia. Divergência de ideias quando o capitalismo propõe produção em massa para consumo em massa (visando lucro/crescimento de estudos sobre massa), com a mais valia (riqueza no bolso de poucos), promovendo desigualdade econômica e social. Ao mesmo tempo, o discurso ideológico democrático propõe direitos, equidade, liberdade. -A ideia que sustenta o capitalismo é a ideologia neoliberal: ideia de que o indivíduo é responsável pelo seu sucesso, gerando culpabilização e naturalizando este processo (discurso de que a mudança é utópica). -A Psicologia social começa a fazer uma leitura da Psicologia como um todo e sabe que tem uma relação intrínseca com os fenômenos sócio históricos. -Psicologia social psicológica: leitura cognitiva para o social, com foco no indivíduo, imaginando que o grupo é um grande indivíduo (psicologização do grupo). Entendia como o indivíduo era afetado pelo grupo (ainda visão psicologizante). Não tem grande capacidade crítica do sistema, não o combate e nem as suas contradições. -Na Europa, a Psicologia social sociológica era mantida pelo marxismo dialético, fenomenologia e existencialismo. Não acata o sistema, questiona e diz que a divisão “indivíduo e grupo” não existe, pois somos seres sociais e psicológicos juntos, o tempo todo (dialético). É uma dinâmica nova que surge. Dependendo das forças que se instalam no grupo, o indivíduo pode ser completamente diferente em um, do que em outro. Passa-se a pensar o homem de outra forma, sem a ideia de uma personalidade/subjetividade pronta (eixo fechado), mas sim com forças que contribuem para que ele se comporte de determinada maneira. Não somos nada, mudamos constantemente. O método é dialético (Eu e Social, ao invés de Eu ou Social). -Auguste Comte (pai do positivismo e da Psicologia social) afirmava que as ciências necessitavam ter um objeto positivo e que a Psicologia jamais seria ciência. Quis fazer uma sociologia científica. Psicologia se pergunta se o indivíduo existe no social, é preciso pensar o vínculo (interação social). -Na Europa, os ancestrais da Psicologia social: Wundt (Psicologia experimental, 1879, 1º laboratório de Psicologia) constrói a Psicologia cultural, onde afirma que existem fenômenos coletivos muito complexos para irem ao laboratório. -Émile Durkheim: fenômenos sempre são explicados por fenômenos coletivos (exemplo: suicídio). -Grupo: ferramenta importante para psicólogos americanos (principalmente) para controle. -A maneira mais usual é entender como um conjunto de técnicas, mas não é apenas isso. -Dinâmica de grupo permite que a gente crie (mediante a demanda com a qual estamos trabalhando). -Dinâmica de grupo como 3 grandes dimensões: 1- Ideologia política (liderança democrática) -Psicólogo chamado para solução de problemas práticos. A que ou quem servimos? Equipe, produtividade, diretor? -Envolvimento com capitalismo, produtividade. -Liderança democrática: saúde no grupo (coparticipação). 2- Conjunto de técnicas 3- Campo de pesquisas -Indivíduo-grupo-social: grupo como mediação entre o psi e o social (para alguns autores, são processos quase dialéticos, ocorrem juntos, não dá para separar). -Quando o grupo consegue que os papeis transitem, é sinal de saúde. -Como foi estruturado. -Forma de organização, desempenho etc. -Principais teorias: teoria de campo, sociométrica, psicanalítica, interação. -Psicogrupo (existe em função da afetividade de seus membros, ex: família) e sociogrupo (existe para uma função/tarefa específica). -Forças psicológicas no campo: a) coesão: força de união. b) coerção: força de pressão. c) pressão social: questão social que afeta o indivíduo. d) atração ou repulsão. e) resistência a mudança: sinalizador de saúde no grupo (para P. Riviere, se o grupo é muito resistente, é doente). f) Interdependência. g) equilíbrio. -Grupo como ferramenta interdisciplinar (antropologia, ciências políticas, pedagogia, esporte, Psicologia etc) -Definição tradicional – 4 características: 1) foco em pesquisa empírica: passa pela teoria e pela prática. 2) interesse pelos fenômenos psicossociais: interdependência; além da história dos integrantes e da sociedade. 3) aplicabilidade potencial para aprimorar o trabalho. 4) relação com ciências sociais. -História da Psicologia de grupos: -1960: centro de Psicologia aplicada no Rio de Janeiro (psicodrama, entre outras técnicas). -1962: Psicologia reconhecida como ciência. -Obras de sensibilidade social. -Extensão para a prática psicológica. -Grupo? Cada teoria define de acordo com suas bases epistêmicas, mas de modo geral é um conjunto de pessoas: a) interdependentes e realização de objetivos. b) relação interpessoal autêntica. c) criação de vínculos e interação. d) forças recíprocas. -Processos de grupo – capitalismo e democracia. -Co-participação, meio de governo (controle?), depósito de confiança, buscar consenso, incremento de produtividade. Kurt Lewin -Kurt Lewin considerado precursor de dinâmicas de grupos. -Utiliza Gestalt para explicar grupos. -Abalo da Gestalt com a segunda guerra mundial (a maioria dos teóricos eram judeus e muitos foram para os Estados Unidos). -Trabalha com microgrupos. -O eletromagnetismo (causa e efeito, movimento de corpos) traz a ideia de campo de forças (atração e repulsão). -Kurt Lewin está na Gestalt e também na Psicologia Social. -Pesquisa-ação: tem por premissa criticar a pesquisa de gabinete, pois a situação artificial do laboratório não permite que as forças se exponham de maneira espontânea. Precisa ser em campo. -Trabalha com o coletivo. -Saindo do funcionalismo, em direção a Fenomenologia. Sujeito em paradigma de transição. Isso está na Gestalt e é trazido por Kurt Lewin. -Crítica a psicologia social, principalmente a psicológica, por desvitalizar o fenômeno do vivido (valorização do que se vive na relação). -É impossível falar sobre experimentação neutra. -O acontecimento é algo que se faz e supera a expectativa individual colocada naquilo. O grupo é um acontecimento. -Herda da Gestalt a concepção de forças de campo e a ideia relativista (não é a somatória de perspectivas individuais, a ideia de relativismo é que vamos agir de acordo com as forças estabelecidas no grupo, não é uma subjetividade fechada, estruturada, imutável). -Herda da Psicologia cognitiva a ideia de ser humano como ser perceptivo e com estrutura de aprendizagem. -Ogrupo não é uma somatória de psicologias individualizadas, mas um conjunto de relações em constante movimento. Vários sujeitos que experimentam as mesmas emoções e constroem uma coesão que permitam-lhe adotar o mesmo comportamento. A força de coesão precisa ser maior. -Forças de coesão: valência positiva. -Forças de dispersão: valência negativa. -O grupo está sempre em espaço de vida vivida. Em todo momento se interrelacionando. O grupo é um espaço de vida. Não são líderes, pertencem a linhas de força de outros grupos. Maiorias só existem com minorias e vice-versa. -Minoria psicológica: sujeitos que se encontram alheios a seus direitos. Estuda a minoria dos judeus (história de vida dele). -Coesão é um processo dinâmico. Sociodrama e psicodrama -Moreno morou em Viena, quando cursou medicina de 1909 a 1917. Se tornou adepto ao teatro do improviso. -Moreno - o teatro da espontaneidade. -Criador do psicodrama. -Universidade de Viena. -Movimento do teatro do improviso - passou por essas experiências de vivenciar papéis. -Dois pilares do psicodrama: espontaneidade e criatividade. Como o grupo pode promover a criatividade e espontaneidade. Tem influência do existencialismo. Espontaneidade e criatividade como forças vitais, saúde é dar vazão a elas, no grupo consegue fazer essa vazão, as duas aparecem. -Crítica à indústria e modernidade que criam bloqueios para a espontaneidade e criatividade. -Aprendemos esses itens quando crianças e perdemos com o tempo. A proposta é retomar isso, por isso ele começa como observador infantil. -Teatro de improviso: espontaneidade, sem roteiro, tem proposta, atores dramatizando temas cotidianos, outros ficam como ego auxiliar. Dramatização em cima de uma ideia/tema: inversão de papéis em psicologia. -Trabalha em hospital e tenta humanizar a psiquiatria, como Pichon. Nesse universo da loucura há vazão para a criatividade e a espontaneidade. -Nise da Silveira: arte terapia, museu do inconsciente. -1921: grande marco das expressões psicodramatistas. -Alto grau de catarse nos grupos de sociodrama e psicodrama, pois os papéis inflamam. -Sociometria: ciência que embasa o sociodrama e o psicodrama. -Teoria dos papéis sociais: em sociedade executamos máscaras sociais, normativo (segue padrão esperado) e roupagem individualizada (“persona” - máscaras para os gregos servia para se fazerem ouvir), papel social também tem que ser fazer ouvir, tem expectativa social de como a pessoa deve se portar. -“No princípio, era o grupo. No fim, era o indivíduo”. Essa frase de Moreno enaltece o espaço grupal e individual. Objetivo de conviver em grupo era o desafio do milênio, lidar com diferenças. -Passar da era da individualidade para a grupalidade. -Comunidade (década de 60): comunismo; valor da comunidade, grupo; estudo de grupos (terreno para falar de grupos pós Segunda Guerra Mundial, declaração dos direitos humanos). O grupo (existencialismo) -“Quando escolho, escolho também pelo outro” – Sartre. -Referência do outro; coexistencial; existimos a partir do outro. -Dinâmica de grupo baseada na relação de troca e reciprocidade, dialética (é igual porque é humana e é diferente porque tem desejos, rostos diferentes). Só é na relação com outro: interdependência. -Visão de homem: “a pedra é, o homem existe”. A pedra não muda a essência, o homem constrói a partir das relações, atualiza sua essência existindo, vivenciando. Essência configurada pela existência. Dois sentidos: Congruência e incongruência -(Congruência) Valor ético pensa de uma forma mas o comportamento, expressa de outra forma (incongruência). -(Incongruência) Não está conseguindo vazar a expressão de acordo com (congruência). -O jogo de impermanência deve ser olhado, assim como se só ocorre incongruência, pois é um problema. Visão de homem espontâneo -Força vital. -Nasce conosco, inato. -Espontaneidade, criatividade e sensibilidade. -Força de ação no mundo que te faz criar algo novo. Autenticidade, fazer algo novo, não seguir a manada. Adequação social por meio da congruência dos papéis sociais. Papéis sociais -A vida social reforça ou não a espontaneidade? -Significado teatral das máscaras, representa atitude pressuposta, mas ao mesmo tempo tem que aprender lidar com um estranho em si mesmo. Saúde no grupo -Assumir papel sem se mascarar, sinal de abertura para espontaneidade. -Personalidade: reunião dos papéis que representamos, é dinâmica, não é acabada. -Existe a possibilidade de algo novo acontecer, apesar de fazer todo dia a mesma coisa. -No grupo experiencia, usa teatro para isso. Tem momentos de aquecimento, execução e ego auxiliar. -Saúde coexistencial. Três formas de trabalho de Moreno: -Tratamento terapêutico, trabalho protagonismo, não ser vítima. 1. Psicodrama 2. Sociodrama 3. Psicodrama – terapia Grupo psicodramático -Catarse. -Conserva a cultura, quebrar papéis socialmente estipulados. -Metodologia de intervenção e investigação. Técnicas sociometricas: 1. Técnica do duplo 2. Técnica do espelho 3. Técnica da inversão de papéis Piaget -Piaget construiu epistemologia genética, desenvolvimento do ciclo vital. Tem obras que trabalham a formação da moral, que passa de encontro com o outro. Não trabalhou diretamente com os grupos, mas sua teoria auxiliou nesse estudo. -Com o grupo (instauração de princípios morais e éticos), desenvolve-se a inteligência e a consciência. -Do pensamento egocêntrico, passa a vivência com grupo e pensamento sociocêntrico. Bales -Se especializou em interação interpessoal em grupo. -Enfocou uma análise conceitual da interação (define o grupo como interação social) e a partir dela, deve-se observar 4 etapas: controle experimental (designação de tarefas, tomada de decisão pelo grupo e desempenho de atividades), administração de sentimentos (como se expressam de satisfação ou insatisfação, se aliviam as tensões), desenvolvimento de integração e adaptação (se os elementos procuram se adaptar aos fatores externos que influenciam o grupo). Festinger -Contribui com a teoria das atitudes (mudança de atitude, preconceito). -Viés da Psicologia social psicologizante. -O grupo leva as pessoas a assumirem posturas e convicções. -Dissonância (atitude que difere do grupo) ou consonância cognitiva (atitude que o grupo aceita, a tendência é manter) -Visão adaptativa. -Teoria da comparação social e facilitação social (Psicologia Social EUA). -Atitude: comportamento que mantém uma consonância e dura um tempo, que envolve crença, emoção e comportamento. Bion -Teoria da emocionalidade. -4 emoções básicas experimentadas no grupo: combatividade, fuga, parceria e dependência. Pichon Rivière -Fundador da escola psicanalítica Argentina. -Contesta a psiquiatria organicista da época. Diz que não é do sujeito, é das relações. -Grupo saudável é um grupo que altera os papéis. Se não altera, precisa de uma ressignificação. -Diz que Freud é o pai do romance familiar (complexo de Édipo). -Freud paralisa a estrutura psíquica (não sai da posição psicológica para a neurótica). Pichon dialetiza (põe em movimento), dizendo que a relação do grupo que se altera (em um grupo as relações podem ser psicóticas e em outro, neuróticas). -Os vínculos se forma. No processo de socialização. -Espiral: retoma modelos, passa pelas mesmas coisas, mas não é mais a mesma pessoa, as relações se alteram. Há a repetição, mas os vínculos não são mais os mesmos. Temos que passar por isso é compreender a mudança. -Aprendizagem criativa. -Grupo operativo tem tarefa em comum, precisa de participação criativa e crítica. São relações vinculares operando / em funcionamento. -Sofre influência da Psicologia social de Kurt Lewin (bode expiatório, líder/coordenador). -Grupo é um contexto onde se reconstrói e cria significados. -O sujeito tem que sair do grupo mobilizado. Grupo saudável estimula o círculo de criatividade. Se o grupo é doente, a relação é doente / cristalizado. -O papel do coordenador é essencial, observa as relações com seus co-pares, propõe estratégias operativas. Criatividade: descobrir o inverso que não havia visto.-Precisa da participação criativa e crítica. Leia mais 0 MAI20165 Resumo da aula de PG (05/05) Postado em Processos Grupais Pichon Rivière -Fundador da escola psicanalítica Argentina. -Contesta a psiquiatria organicista da época. Diz que não é do sujeito, é das relações. -Grupo saudável é um grupo que altera os papéis. Se não altera, precisa de uma ressignificação. -Diz que Freud é o pai do romance familiar (complexo de Édipo). -Freud paralisa a estrutura psíquica (não sai da posição psicológica para a neurótica). Pichon dialetiza (põe em movimento), dizendo que a relação do grupo que se altera (em um grupo as relações podem ser psicóticas e em outro, neuróticas). -Os vínculos se forma. No processo de socialização. -Espiral: retoma modelos, passa pelas mesmas coisas, mas não é mais a mesma pessoa, as relações se alteram. Há a repetição, mas os vínculos não são mais os mesmos. Temos que passar por isso é compreender a mudança. -Aprendizagem criativa. -Grupo operativo tem tarefa em comum, precisa de participação criativa e crítica. São relações vinculares operando / em funcionamento. -Sofre influência da Psicologia social de Kurt Lewin (bode expiatório, líder/coordenador). -Grupo é um contexto onde se reconstrói e cria significados. -O sujeito tem que sair do grupo mobilizado. Grupo saudável estimula o círculo de criatividade. Se o grupo é doente, a relação é doente / cristalizado. -O papel do coordenador é essencial, observa as relações com seus co-pares, propõe estratégias operativas. Criatividade: descobrir o inverso que não havia visto. -Precisa da participação criativa e crítica. Leia mais 2 ABR20169 RESUMÃO: Processos Grupais Postado em Processos Grupais Resumo de Processos Grupais – NP1 1. Fundamentos históricos e epistemológicos das teorias sobre grupos Pluralidade de teorias (cada teórico com a sua visão/linha à técnicas, exemplo: grupo). S (sujeito que quer conhecer) – (método) O (mundo/objeto) à S-O. A relação da equação epistemológica se transforma mediante a teoria. Existe uma visão de homem e mundo. Histórico: falar de grupo é falar de homem moderno. Psicologia social com Psicologia organizacional, os grupos se encontram. O homem moderno é social (valoriza a convivência social, processos de socialização e identidade) e reflexivo (olha para si mesmo). Quando olha para si mesmo, passa pelo outro, que é o espelho de quem somos. Demanda psicossocial: está dentro do capitalismo industrial, focado na produtividade / tudo relacionado ao contexto. 2. Avaliação dos fenômenos da interação humana Interação humana: vínculo (P. Riviere), existência, papeis à cada um fala de uma maneira. Promoção de saúde através do trabalho em grupo. Hoje a ideia de grupo é muito mais vivencial, existencial. 3. Técnicas em abordagem vivencial -Período entre guerras, pós-guerra (2ª Guerra Mundial), houve um período de intensa mobilização existencial (estancar m pensamento reflexivo sobre o que é o homem). Resguarda questão ontológica (o que é o Ser?) e como lidar com o outro (algo estranho). A partir disso se constrói uma cultura de direitos humanos. -É no grupo que também nos estranhamos (somos semelhantes e, ao mesmo tempo, diferentes). -Psicologia social responde a mobilização existencial através dos grupos (através dos pequenos grupos). -Estados Unidos: modelo de produção capitalista industrial, discurso político ideológico da democracia. Divergência de ideias quando o capitalismo propõe produção em massa para consumo em massa (visando lucro/crescimento de estudos sobre massa), com a mais valia (riqueza no bolso de poucos), promovendo desigualdade econômica e social. Ao mesmo tempo, o discurso ideológico democrático propõe direitos, equidade, liberdade. -A ideia que sustenta o capitalismo é a ideologia neoliberal: ideia de que o indivíduo é responsável pelo seu sucesso, gerando culpabilização e naturalizando este processo (discurso de que a mudança é utópica). -A Psicologia social começa a fazer uma leitura da Psicologia como um todo e sabe que tem uma relação intrínseca com os fenômenos sócio históricos. -Psicologia social psicológica: leitura cognitiva para o social, com foco no indivíduo, imaginando que o grupo é um grande indivíduo (psicologização do grupo). Entendia como o indivíduo era afetado pelo grupo (ainda visão psicologizante). Não tem grande capacidade crítica do sistema, não o combate e nem as suas contradições. -Na Europa, a Psicologia social sociológica era mantida pelo marxismo dialético, fenomenologia e existencialismo. Não acata o sistema, questiona e diz que a divisão “indivíduo e grupo” não existe, pois somos seres sociais e psicológicos juntos, o tempo todo (dialético). É uma dinâmica nova que surge. Dependendo das forças que se instalam no grupo, o indivíduo pode ser completamente diferente em um, do que em outro. Passa-se a pensar o homem de outra forma, sem a ideia de uma personalidade/subjetividade pronta (eixo fechado), mas sim com forças que contribuem para que ele se comporte de determinada maneira. Não somos nada, mudamos constantemente. O método é dialético (Eu e Social, ao invés de Eu ou Social). -Auguste Comte (pai do positivismo e da Psicologia social) afirmava que as ciências necessitavam ter um objeto positivo e que a Psicologia jamais seria ciência. Quis fazer uma sociologia científica. Psicologia se pergunta se o indivíduo existe no social, é preciso pensar o vínculo (interação social). -Na Europa, os ancestrais da Psicologia social: Wundt (Psicologia experimental, 1879, 1º laboratório de Psicologia) constrói a Psicologia cultural, onde afirma que existem fenômenos coletivos muito complexos para irem ao laboratório. -Émile Durkheim: fenômenos sempre são explicados por fenômenos coletivos (exemplo: suicídio). -Grupo: ferramenta importante para psicólogos americanos (principalmente) para controle. -A maneira mais usual é entender como um conjunto de técnicas, mas não é apenas isso. -Dinâmica de grupo permite que a gente crie (mediante a demanda com a qual estamos trabalhando). -Dinâmica de grupo como 3 grandes dimensões: 1- Ideologia política (liderança democrática) -Psicólogo chamado para solução de problemas práticos. A que ou quem servimos? Equipe, produtividade, diretor? -Envolvimento com capitalismo, produtividade. -Liderança democrática: saúde no grupo (coparticipação). 2- Conjunto de técnicas 3- Campo de pesquisas -Indivíduo-grupo-social: grupo como mediação entre o psi e o social (para alguns autores, são processos quase dialéticos, ocorrem juntos, não dá para separar). -Quando o grupo consegue que os papeis transitem, é sinal de saúde. -Como foi estruturado. -Forma de organização, desempenho etc. -Principais teorias: teoria de campo, sociométrica, psicanalítica, interação. -Psicogrupo (existe em função da afetividade de seus membros, ex: família) e sociogrupo (existe para uma função/tarefa específica). -Forças psicológicas no campo: a) coesão: força de união. b) coerção: força de pressão. c) pressão social: questão social que afeta o indivíduo. d) atração ou repulsão. e) resistência a mudança: sinalizador de saúde no grupo (para P. Riviere, se o grupo é muito resistente, é doente). f) Interdependência. g) equilíbrio. -Grupo como ferramenta interdisciplinar (antropologia, ciências políticas, pedagogia, esporte, Psicologia etc) -Definição tradicional – 4 características: 1) foco em pesquisa empírica: passa pela teoria e pela prática. 2) interesse pelos fenômenos psicossociais: interdependência; além da história dos integrantes e da sociedade. 3) aplicabilidade potencial para aprimorar o trabalho. 4) relação com ciências sociais. -História da Psicologia de grupos: -1960: centro de Psicologia aplicada no Rio de Janeiro (psicodrama, entre outras técnicas). -1962: Psicologia reconhecida como ciência. -Obras de sensibilidade social. -Extensão para a prática psicológica. -Grupo? Cada teoria define de acordo com suas bases epistêmicas, mas de modo geral é um conjunto de pessoas: a) interdependentes e realização de objetivos. b) relação interpessoal autêntica.c) criação de vínculos e interação. d) forças recíprocas. -Processos de grupo – capitalismo e democracia. -Co-participação, meio de governo (controle?), depósito de confiança, buscar consenso, incremento de produtividade. Kurt Lewin -Kurt Lewin considerado precursor de dinâmicas de grupos. -Utiliza Gestalt para explicar grupos. -Abalo da Gestalt com a segunda guerra mundial (a maioria dos teóricos eram judeus e muitos foram para os Estados Unidos). -Trabalha com microgrupos. -O eletromagnetismo (causa e efeito, movimento de corpos) traz a ideia de campo de forças (atração e repulsão). -Kurt Lewin está na Gestalt e também na Psicologia Social. -Pesquisa-ação: tem por premissa criticar a pesquisa de gabinete, pois a situação artificial do laboratório não permite que as forças se exponham de maneira espontânea. Precisa ser em campo. -Trabalha com o coletivo. -Saindo do funcionalismo, em direção a Fenomenologia. Sujeito em paradigma de transição. Isso está na Gestalt e é trazido por Kurt Lewin. -Crítica a psicologia social, principalmente a psicológica, por desvitalizar o fenômeno do vivido (valorização do que se vive na relação). -É impossível falar sobre experimentação neutra. -O acontecimento é algo que se faz e supera a expectativa individual colocada naquilo. O grupo é um acontecimento. -Herda da Gestalt a concepção de forças de campo e a ideia relativista (não é a somatória de perspectivas individuais, a ideia de relativismo é que vamos agir de acordo com as forças estabelecidas no grupo, não é uma subjetividade fechada, estruturada, imutável). -Herda da Psicologia cognitiva a ideia de ser humano como ser perceptivo e com estrutura de aprendizagem. -O grupo não é uma somatória de psicologias individualizadas, mas um conjunto de relações em constante movimento. Vários sujeitos que experimentam as mesmas emoções e constroem uma coesão que permitam-lhe adotar o mesmo comportamento. A força de coesão precisa ser maior. -Forças de coesão: valência positiva. -Forças de dispersão: valência negativa. -O grupo está sempre em espaço de vida vivida. Em todo momento se interrelacionando. O grupo é um espaço de vida. Não são líderes, pertencem a linhas de força de outros grupos. Maiorias só existem com minorias e vice-versa. -Minoria psicológica: sujeitos que se encontram alheios a seus direitos. Estuda a minoria dos judeus (história de vida dele). -Coesão é um processo dinâmico. Sociodrama e psicodrama -Moreno morou em Viena, quando cursou medicina de 1909 a 1917. Se tornou adepto ao teatro do improviso. -Moreno - o teatro da espontaneidade. -Criador do psicodrama. -Universidade de Viena. -Movimento do teatro do improviso - passou por essas experiências de vivenciar papéis. -Dois pilares do psicodrama: espontaneidade e criatividade. Como o grupo pode promover a criatividade e espontaneidade. Tem influência do existencialismo. Espontaneidade e criatividade como forças vitais, saúde é dar vazão a elas, no grupo consegue fazer essa vazão, as duas aparecem. -Crítica à indústria e modernidade que criam bloqueios para a espontaneidade e criatividade. -Aprendemos esses itens quando crianças e perdemos com o tempo. A proposta é retomar isso, por isso ele começa como observador infantil. -Teatro de improviso: espontaneidade, sem roteiro, tem proposta, atores dramatizando temas cotidianos, outros ficam como ego auxiliar. Dramatização em cima de uma ideia/tema: inversão de papéis em psicologia. -Trabalha em hospital e tenta humanizar a psiquiatria, como Pichon. Nesse universo da loucura há vazão para a criatividade e a espontaneidade. -Nise da Silveira: arte terapia, museu do inconsciente. -1921: grande marco das expressões psicodramatistas. -Alto grau de catarse nos grupos de sociodrama e psicodrama, pois os papéis inflamam. -Sociometria: ciência que embasa o sociodrama e o psicodrama. -Teoria dos papéis sociais: em sociedade executamos máscaras sociais, normativo (segue padrão esperado) e roupagem individualizada (“persona” - máscaras para os gregos servia para se fazerem ouvir), papel social também tem que ser fazer ouvir, tem expectativa social de como a pessoa deve se portar. -“No princípio, era o grupo. No fim, era o indivíduo”. Essa frase de Moreno enaltece o espaço grupal e individual. Objetivo de conviver em grupo era o desafio do milênio, lidar com diferenças. -Passar da era da individualidade para a grupalidade. -Comunidade (década de 60): comunismo; valor da comunidade, grupo; estudo de grupos (terreno para falar de grupos pós Segunda Guerra Mundial, declaração dos direitos humanos). O grupo (existencialismo) -“Quando escolho, escolho também pelo outro” – Sartre. -Referência do outro; coexistencial; existimos a partir do outro. -Dinâmica de grupo baseada na relação de troca e reciprocidade, dialética (é igual porque é humana e é diferente porque tem desejos, rostos diferentes). Só é na relação com outro: interdependência. -Visão de homem: “a pedra é, o homem existe”. A pedra não muda a essência, o homem constrói a partir das relações, atualiza sua essência existindo, vivenciando. Essência configurada pela existência. Dois sentidos: Congruência e incongruência -(Congruência) Valor ético pensa de uma forma mas o comportamento, expressa de outra forma (incongruência). -(Incongruência) Não está conseguindo vazar a expressão de acordo com (congruência). -O jogo de impermanência deve ser olhado, assim como se só ocorre incongruência, pois é um problema. Visão de homem espontâneo -Força vital. -Nasce conosco, inato. -Espontaneidade, criatividade e sensibilidade. -Força de ação no mundo que te faz criar algo novo. Autenticidade, fazer algo novo, não seguir a manada. Adequação social por meio da congruência dos papéis sociais. Papéis sociais -A vida social reforça ou não a espontaneidade? -Significado teatral das máscaras, representa atitude pressuposta, mas ao mesmo tempo tem que aprender lidar com um estranho em si mesmo. Saúde no grupo -Assumir papel sem se mascarar, sinal de abertura para espontaneidade. -Personalidade: reunião dos papéis que representamos, é dinâmica, não é acabada. -Existe a possibilidade de algo novo acontecer, apesar de fazer todo dia a mesma coisa. -No grupo experiencia, usa teatro para isso. Tem momentos de aquecimento, execução e ego auxiliar. -Saúde coexistencial. Três formas de trabalho de Moreno: -Tratamento terapêutico, trabalho protagonismo, não ser vítima. 1. Psicodrama 2. Sociodrama 3. Psicodrama – terapia Grupo psicodramático -Catarse. -Conserva a cultura, quebrar papéis socialmente estipulados. -Metodologia de intervenção e investigação. Técnicas sociometricas: 1. Técnica do duplo 2. Técnica do espelho 3. Técnica da inversão de papéis Piaget -Piaget construiu epistemologia genética, desenvolvimento do ciclo vital. Tem obras que trabalham a formação da moral, que passa de encontro com o outro. Não trabalhou diretamente com os grupos, mas sua teoria auxiliou nesse estudo. -Com o grupo (instauração de princípios morais e éticos), desenvolve-se a inteligência e a consciência. -Do pensamento egocêntrico, passa a vivência com grupo e pensamento sociocêntrico. Bales -Se especializou em interação interpessoal em grupo. -Enfocou uma análise conceitual da interação (define o grupo como interação social) e a partir dela, deve-se observar 4 etapas: controle experimental (designação de tarefas, tomada de decisão pelo grupo e desempenho de atividades), administração de sentimentos (como se expressam de satisfação ou insatisfação, se aliviam as tensões), desenvolvimento de integração e adaptação (se os elementos procuram se adaptar aos fatores externos que influenciam o grupo). Festinger -Contribui com a teoria das atitudes (mudança de atitude, preconceito). -Viés da Psicologia social psicologizante. -O grupo leva as pessoas a assumirem posturas e convicções. -Dissonância (atitude que difere do grupo) ou consonância cognitiva (atitude que o grupo aceita, a tendência é manter) -Visão adaptativa. -Teoria da comparação social e facilitação social (Psicologia SocialEUA). -Atitude: comportamento que mantém uma consonância e dura um tempo, que envolve crença, emoção e comportamento. Bion -Teoria da emocionalidade.
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