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Aula 4 - Banco de jurisprudência
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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Aula 4 - Banco de jurisprudência
André Milhomem Araújo de Godoi
Pesquisa de Jurisprudência no STF
Aula 4 - Banco de jurisprudência
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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Sumário
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Introdução ...........................................................................3
1. Estrutura do banco de jurisprudência ..............................4
2. Composição do banco de jurisprudência .........................7
3. Acórdãos e decisões no mesmo sentido ........................10
4. Espelhos dos documentos .............................................14
4.1 Espelho dos acórdãos .............................................................14
4.2 Espelho das decisões monocráticas ........................................21
4.3 Espelho dos enunciados de súmula ........................................22
Considerações finais .........................................................23
Referências bibliográficas .................................................25
Aula 4 - Banco de jurisprudência
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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Introdução
 É hora de dar mais um passo na nossa caminhada pela pesquisa de jurisprudência!
 Nas aulas anteriores, você aprendeu os conceitos básicos relacionados aos 
acórdãos, às decisões monocráticas, aos enunciados de súmula e ao Informativo STF. 
Se pensarmos a pesquisa de jurisprudência como uma casa, esses conceitos representam 
sua fundação: a partir deles, é possível realizar buscas com segurança e firmeza.
 Agora que você já conhece os documentos (sabe o que procurar), chegou o 
momento de conhecer melhor o banco de jurisprudência (onde procurar). 
 O banco de jurisprudência é uma ampla base de dados que reúne, em um só lugar, 
todos os documentos de interesse para o pesquisador e a pesquisadora de jurisprudência. 
Trata-se da estrutura que torna possível realizar pesquisas textuais em milhares de 
documentos, de modo unificado e simultâneo.
 Ao final desta aula, você será capaz de identificar a forma como acórdãos, 
decisões monocráticas, enunciados de súmula e volumes do Informativo integram o 
banco de jurisprudência. Além disso, você conhecerá, em detalhes, todas as informações 
disponíveis nessa base de dados.
 Vamos em frente!
Aula 4 - Banco de jurisprudência
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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1. Estrutura do banco de jurisprudência
 Nas três primeiras aulas, você aprendeu a realizar consultas a documentos 
específicos, a partir dos dados de identificação individuais. Vamos recordar?
Acórdãos. O inteiro teor de um acórdão específico pode ser consultado pelo portal 
do STF: basta selecionar o menu “Jurisprudência” e escolher a opção “Inteiro 
Teor de Acórdãos”. De posse da classe e do número processuais, bem como 
do incidente processual ou recurso interno (quando existentes), você consegue 
facilmente ter acesso à íntegra do documento.
Decisões monocráticas. A consulta individualizada aos textos de decisões 
monocráticas é feita por meio da caixa de pesquisa rápida, disponível na página 
inicial do portal do STF: ela dá acesso à página de acompanhamento processual, 
na qual é possível encontrar a íntegra das decisões monocráticas, seja percorrendo 
os andamentos processuais, seja acionando o item “DJe”. Nessa busca, a data de 
publicação é uma informação essencial à identificação dos registros.
Enunciados de súmula. O portal do STF também permite consultar os textos dos 
enunciados sumulares: você abre o menu “Jurisprudência” e escolhe as opções 
“Súmulas” (para consultar os enunciados ordinários) ou “Súmulas Vinculantes” 
(para visualizar os enunciados vinculantes).
Informativo STF. Para consultar um volume específico do Informativo STF, o 
caminho é simples: no portal do STF, você seleciona o menu “Jurisprudência” e 
escolhe opção “Informativo STF”.
 Lembrou-se?
 Pois bem. Todos esses canais servem para buscar documentos específicos, ou 
seja, pressupõem que você, como pesquisador ou pesquisadora, saiba de antemão o 
que está procurando. 
 Frequentemente, no entanto, os dados de identificação dos documentos de 
interesse não são conhecidos por quem está pesquisando. Na realidade, em muitos 
casos, o objetivo da pesquisa de jurisprudência é justamente descobrir quais documentos 
satisfazem determinados critérios de busca.
 Vamos a um exemplo concreto.
 Imagine que você deseje conhecer a opinião do STF sobre alteração de prenome 
e sexo no registro civil de pessoas transgêneras. Como realizar esse tipo de pesquisa?
http://portal.stf.jus.br/
http://portal.stf.jus.br/
http://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/pesquisarInteiroTeor.asp
http://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/pesquisarInteiroTeor.asp
http://portal.stf.jus.br/
http://portal.stf.jus.br/
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaSumula 
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaSumulaVinculante
http://portal.stf.jus.br/
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF 
Aula 4 - Banco de jurisprudência
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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 Uma opção, utilizando os mecanismos de consulta que você já aprendeu, seria 
consultar individualmente todos os documentos já publicados pelo Tribunal e fazer a 
seleção, item a item, de quais deles interessam à sua busca. Nem um pouco prática essa 
solução, não é mesmo?
 O banco de jurisprudência do STF foi criado exatamente para facilitar esse tipo 
de pesquisa. Ao reunir e sistematizar acórdãos, decisões monocráticas, enunciados de 
súmula e volumes do Informativo em uma mesma base de dados, esse repositório torna 
possível pesquisar, em bloco e de uma só vez, milhares de documentos.
 Como isso funciona?
 Após sua publicação na imprensa oficial e no portal do STF, os documentos de 
jurisprudência são carregados na base de dados. 
 Nesse momento, os textos são decompostos, termo a termo, e incorporados ao 
índice invertido. O índice invertido nada mais é do que uma extensa lista que contém 
todos os termos existentes na base de dados e que correlaciona esses termos aos 
documentos em que eles ocorrem.
 Um exemplo: imagine que o STF tenha editado um enunciado de súmula fictício 
(de nº 1000) com o seguinte teor: “O Direito não socorre aos que dormem”. Após a 
publicação no Diário da Justiça, o enunciado será carregado no banco de jurisprudência 
de acordo com a seguinte lógica:
O documento será decomposto em partes menores: “O”, “Direito”, “não”, “socorre”, 
“aos”, “que” e “dormem”.
No índice invertido, a cada um desses termos, será acrescentada uma referência 
ao enunciado nº 1000.
 E por que a técnica de índice invertido é importante? É simples: ela agiliza a 
realização de buscas textuais em grandes coleções de documentos. Isso acontece porque, 
em vez de percorrer a íntegra de cada um dos documentos, a ferramenta de busca 
consulta diretamente o índice invertido e identifica, rapidamente, quais documentos 
contêm os termos buscados.
 No exemplo, se você realizar uma busca no banco de jurisprudência pela palavra 
“Direito”, a ferramenta de pesquisa consultará o índice invertidoe verificará que esse 
termo está contido, dentre outros documentos, no enunciado de súmula nº 1000.
Aula 4 - Banco de jurisprudência
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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 A explicação ficou muito técnica? Não se preocupe! O importante aqui é apenas 
ter em mente que a grande vantagem do banco de jurisprudência é permitir a realização 
de buscas em milhares de documentos de forma ágil.
 Mas não é só. No momento em que são carregados no banco de jurisprudência, são 
agregados aos documentos uma série de metadados, isto é, de informações estruturadas 
que os complementam.
 Voltemos ao exemplo.
 Após a publicação do enunciado nº 1000, não apenas seu texto (conteúdo) 
é carregado na base de dados: várias informações complementares, como data de 
aprovação, referência legislativa ou precedente, são agregadas ao documento.
 No banco de jurisprudência, os metadados cumprem a função de enriquecer a 
busca: para além da pesquisa textual no conteúdo dos documentos, é possível utilizar 
essas informações complementares para agrupar e filtrar os documentos a partir de 
parâmetros específicos. Por exemplo: todos os enunciados aprovados entre 2000 e 2010; 
todos os acórdãos proferidos pelo Plenário do STF; todas as decisões monocráticas 
proferidas em processos da classe Ação Cível Originária (ACO); e assim por diante.
DOC 1
Ninguém pode ser juiz
em causa própria.
DOC 2
Ninguém é obrigado a 
produzir prova contra
si mesmo.
DOC 3
Ninguém é obrigado 
ao impossível.
Índice invertido
índice invertido
a - DOC 2
ao - DOC 3
causa - DOC 1
contra - DOC 2
é - DOC 3
em - DOC 1
impossível - DOC 3
juiz - DOC 1
mesmo - DOC 2
ninguém - DOC 1, DOC 2, DOC 3
obrigado - DOC 2, DOC 3
pode - DOC 1
produzir - DOC 2
própria - DOC 1
prova - DOC 2
ser - DOC 1
si - DOC 2
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Pesquisa de Jurisprudência no STF
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 Combinados, o índice invertido e os metadados tornam possível que você realize 
pesquisas de jurisprudência em vastas coleções de documentos, com grande precisão e 
de forma praticamente instantânea. Vamos combinar: bem mais prático do que consultar 
individualmente todos os documentos já publicados pelo Tribunal e fazer a seleção item 
a item, não é mesmo?
 Mais à frente, vamos estudar detalhadamente quais metadados (informações 
complementares) são agregadas aos documentos do banco de jurisprudência. Antes 
disso, porém, convém detalhar melhor quais documentos compõem a base de dados.
2. Composição do banco de jurisprudência
 Atualmente, os acórdãos do STF já nascem como documentos digitais e, logo 
após sua publicação no Diário da Justiça, são automaticamente carregados no banco 
de jurisprudência. Mas nem sempre foi assim.
 Instalado em 1891, o STF possui mais de 130 anos de atividade jurisdicional 
ininterrupta. Muito antes do surgimento da computação eletrônica, o Tribunal já 
desempenhava seu papel de guardião da Constituição e órgão de cúpula do Poder 
Judiciário nacional.
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Pesquisa de Jurisprudência no STF
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 Nos documentos de jurisprudência, a transição do papel para o mundo digital 
remonta a 1978, quando a Corte celebrou convênio com o Centro de Informática e 
Processamento de Dados do Senado Federal (PRODASEN) para criar uma base de dados 
dedicada à jurisprudência do STF (BRASIL, 1979, p. 38). 
 Veja a fotografia de terminal de vídeo IBM 3270 instalado no PRODASEN e em 
órgãos conveniados para consulta às bases de dados na década de 1970.
Fonte: Senado Federal
 Agora o modelo de estrutura de dados de acórdãos registrados nas bases de 
jurisprudência do PRODASEN na década de 1970.
Fonte: Senado Federal
 A fonte primária para construção dessa base de dados foi o Ementário de 
Jurisprudência do STF, coleção iniciada em julho de 1950 e composta pelos textos 
integrais dos acórdãos publicados a partir de então (BRASIL, 1951, p. 27). 
 Posteriormente, foram incorporados ao banco de jurisprudência também os 
documentos da Coletânea de Acórdãos (COLAC), organizada a partir de 1982 com foco 
nos acórdãos publicados entre 1936 e 1949, isto é, nos acórdãos anteriores à criação 
do Ementário (BRASIL, 1983, p. 181).
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/199813/revistainformaticajuridica.pdf?sequence=4&isAllowed=y 
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/180868/000352818.pdf?sequence=1&isAllowed=y 
Aula 4 - Banco de jurisprudência
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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 Essa breve digressão sobre a história do banco de jurisprudência é importante 
para deixar claras as potencialidades e limitações da base de dados quanto a pesquisas 
em períodos mais remotos. De modo geral, o banco possui uma abrangência bastante 
satisfatória em relação a acórdãos publicados após julho de 1950 (data da criação do 
Ementário). Já quanto aos acórdãos dos períodos anteriores, a base de dados não é 
exaustiva, isto é, contém apenas uma amostra das decisões colegiadas.
Imagem: Primeiros volumes do Ementário de Jurisprudência do STF.
 A digitalização dos antigos 
acórdãos do STF é fruto do trabalho de 
gerações de servidores que, ao longo 
dos anos e em diferentes contextos 
tecnológicos, têm se dedicado à 
digitação dos dados, ao escaneamento 
dos documentos, à ocerização dos 
textos e à contínua revisão do banco 
de jurisprudência. Nessa empreitada, o 
Tribunal conta com a sua contribuição: 
s e m p r e q u e v e r i f i c a r a l g u m a 
inconsistência nos dados, fique à vontade 
para enviar um alerta por meio da Central 
do Cidadão.
 A palavra ocerização deriva da 
expressão inglesa Optical Character 
Recognition (OCR), traduzida 
como reconhecimento ótico de 
caracteres, em português. Ocerizar 
significa converter a imagem de 
um texto em um arquivo de texto 
digital, cujos caracteres podem 
ser armazenados e editados em 
um computador. A ocerização é 
uma técnica indispensável para a 
transposição de documentos do 
suporte papel para o meio digital.
 E quanto aos demais tipos de documentos (decisões monocráticas, Súmula e 
Informativo STF)? Qual é a abrangência do banco de jurisprudência?
http://portal.stf.jus.br/centraldocidadao/
http://portal.stf.jus.br/centraldocidadao/
Aula 4 - Banco de jurisprudência
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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 Bem. Todos os enunciados sumulares e todos os volumes do Informativo STF 
estão devidamente incorporados à base de dados. Quanto às decisões monocráticas, 
no entanto, é preciso fazer uma ressalva: o banco de jurisprudência é composto apenas 
por decisões monocráticas selecionadas. 
 Isso significa que a base de dados não armazena todas as decisões monocráticas 
proferidas pelos ministros da Corte. Nesse sentido, o banco de jurisprudência possui 
um escopo limitado: registrar apenas as principais decisões individuais do STF.
 Os critérios de seleção de decisões monocráticas para compor a base de dados 
variam no tempo. Atualmente, ficam de fora os despachos, isto é, os atos judiciais sem 
conteúdo decisório – como aqueles que abrem vista às partes para se manifestarem, por 
exemplo. Além disso, não integram o banco de jurisprudência as decisões que, apesar 
de apresentarem conteúdo decisório, consistam em textos padronizados já amplamente 
representados na base de dados, com centenas (às vezes milhares) de registros idênticos.
 Em termos temporais, a base de decisões monocráticas começa a ganhar volume 
a partirdos anos 2000 (especialmente após 2010), mas, ainda nos dias atuais, apenas 
cerca de um terço de todos os atos decisórios individuais publicados são selecionados 
para compor o banco de jurisprudência.
 Por isso, convém ter cautela ao consultar a base de decisões monocráticas: embora 
ela sirva bem ao propósito de conhecer as opiniões individuais dos ministros sobre as 
mais variadas questões jurídicas, esse repositório de dados não se pretende exaustivo.
3. Acórdãos e decisões no mesmo sentido
 Muito frequentemente, uma mesma questão jurídica é decidida pelo STF repetidas 
vezes, em diferentes processos. Pense, por exemplo, em causas que envolvam discussões 
sobre tributos, benefícios previdenciários ou remuneração de servidores públicos: em 
tais situações, é comum que a Corte aplique repetidamente uma mesma solução jurídica 
a diferentes feitos similares. 
 Do ponto de vista documental, a reiteração do mesmo entendimento em diversos 
processos tem como consequência a produção em série de acórdãos e decisões 
monocráticas com conteúdo muito semelhante: são os chamados documentos no mesmo 
sentido.
 Como medida de organização e sistematização, a base de dados confere aos 
documentos no mesmo sentido um tratamento especial. Sempre que um novo acórdão 
ou uma nova decisão monocrática são publicados, a Secretaria do Tribunal analisa o 
documento e avalia: o banco de jurisprudência já possui outro documento no mesmo 
sentido? 
Aula 4 - Banco de jurisprudência
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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 Em caso negativo (não há documento com teor similar), o acórdão ou a decisão 
monocrática são incluídos normalmente na base de dados. Em caso positivo (há 
documento semelhante), o acórdão ou a decisão monocrática não são incorporados 
ao banco de jurisprudência. Nessa segunda hipótese, os atos decisórios publicados 
anteriormente (chamados de principais) recebem uma anotação específica, que indica 
todos os documentos posteriores no mesmo sentido (denominados sucessivos).
 E para que serve a distinção entre acórdãos e decisões principais (que possuem 
registro autônomo no banco de jurisprudência) e acórdãos e decisões sucessivos (que 
recebem apenas uma anotação secundária, vinculada a um registro principal)?
 Para compreender o porquê da diferenciação entre documentos principais e 
sucessivos, imagine o seguinte cenário: você realiza uma consulta textual ao banco de 
jurisprudência e verifica a existência de 100 acórdãos que contêm as palavras-chave 
buscadas. Ao analisar os resultados individualmente, todavia, você verifica que se trata 
de acórdãos proferidos pelo mesmo órgão julgador, relatados pelo mesmo ministro, 
redigidos com textos praticamente idênticos e publicados numa mesma janela de tempo.
 Nesse contexto, a classificação dos documentos entre principais e sucessivos 
confere agilidade à pesquisa. Em vez de retornar 100 documentos iguais e forçar os 
pesquisadores e as pesquisadoras a consultá-los um por um até concluírem que se cuida 
de textos no mesmo sentido, o banco de jurisprudência antecipa esse trabalho e agrupa 
os documentos: no exemplo, apenas 1 documento é incorporado ao banco (acórdão 
principal), anotando-se nele a existência de outros 99 documentos no mesmo sentido 
(acórdãos sucessivos).
 Fez sentido para você?
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SAIBA MAIS
Critérios para agrupamento de acórdãos no mesmo sentido
 Ao longo da existência do banco de jurisprudência, percebe-se certa 
variação nos critérios de vinculação de acórdãos no mesmo sentido. Em anos mais 
recentes, a Secretaria do Tribunal tem se norteado pelos seguintes parâmetros:
Data de publicação. A data de publicação do acórdão sucessivo no Diário 
da Justiça deve ser igual ou posterior à data de publicação do acórdão 
principal.
Classe processual. A classe processual do acórdão sucessivo deve ser 
idêntica ou semelhante à do acórdão principal. Consideram-se semelhantes 
entre si, por exemplo, as seguintes classes processuais: 
Habeas Corpus (HC) e Recurso Ordinário em Habeas Corpus (RHC);
Mandado de Segurança (MS) e Recurso Ordinário em Mandado de 
Segurança (RMS);
Recurso Extraordinário (RE), Recurso Extraordinário com Agravo 
(ARE) e Agravo de Instrumento (AI);
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), Ação Declaratória 
de Constitucionalidade (ADC), Arguição de Descumprimento de 
Preceito Fundamental (ADPF) e Ação Direta de Inconstitucionalidade 
por Omissão (ADO); 
Suspensão de Tutela Antecipada (STA), Suspensão de Liminar (SL), 
Suspensão de Segurança (SS) e Suspensão de Tutela Provisória (STP).
Ministro Relator e Ministro Redator do acórdão. O Ministro Relator e o 
Ministro Redator do acórdão devem ser os mesmos no acórdão principal 
e no acórdão sucessivo.
Órgão julgador. Ambos os acórdãos (principal e sucessivo) devem ter sido 
proferidos pelo mesmo órgão julgador.
Resultado da votação. O resultado da decisão (por unanimidade, maioria 
ou empate) deve ser igual nos acórdãos principal e sucessivo.
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SAIBA MAIS
Teor semelhante. O teor da ementa e dos votos dos acórdãos sucessivo 
e principal deve ser praticamente idêntico. Admite-se que o acórdão 
principal seja mais abrangente do que o acórdão sucessivo, mas não o 
contrário. O agrupamento pode ser realizado quando o acórdão sucessivo 
apresentar informações que, embora não contidas no acórdão principal, 
não despertem interesse de pesquisa (por exemplo, informações específicas 
do caso concreto ou informações já amplamente retratadas no banco de 
jurisprudência).
 Como você pode perceber, ao realizar o agrupamento de acórdãos no 
mesmo sentido, a Secretaria do Tribunal combina critérios objetivos com uma 
avaliação individualizada sobre eventual interesse dos usuários na recuperação 
dos documentos.
 Atualmente, a atividade de agrupamento é realizada com o suporte de 
ferramenta tecnológica que, além de verificar o preenchimento dos parâmetros 
objetivos de vinculação, realiza a comparação entre os textos, a partir de modelo 
de representação vetorial de palavras (word embedding) construído por meio de 
redes neurais (neural networks).
 Precisa de um exemplo real para visualizar? Então compare o inteiro teor do 
Agravo Regimental no Mandado de Segurança (MS-AgR) nº 34.729 (acórdão principal) 
com a íntegra do Agravo Regimental no Mandado de Segurança (MS-AgR) nº 35.798 
(acórdão sucessivo). 
 Você percebe alguma diferença entre os textos? Ela é relevante para a pesquisa 
de jurisprudência? Esse mesmo acórdão principal possui um total de 100 acórdãos 
sucessivos, com teor praticamente idêntico. Quais seriam as consequências de incluir 
todos os documentos no banco de jurisprudência? Ao responder a essas perguntas, você 
compreenderá a importância do agrupamento de documentos no mesmo sentido.
 Antes de concluir este tópico, segue uma última observação sobre os documentos 
no mesmo sentido. Como acórdãos e decisões sucessivos não compõem o banco 
de jurisprudência, as pesquisas textuais realizadas na base de dados não recuperam 
informações contidas nesses documentos. Isso não impede, no entanto, que você 
tenha acesso à íntegra de acórdãos e decisões sucessivos: eles podem ser consultados 
normalmente através dos mecanismos de consulta individualizada que você já aprendeu 
nas aulas anteriores. Lembre-se disso! 
https://drive.google.com/file/d/1sfKd5CBzY0lY6d-0sjOoBN4fl0YzJUsx/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1fTEZeLAYbb08113-7C6xIqXL4p3oKoXR/view?usp=sharing
Aula 4 - Bancode jurisprudência
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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4. Espelhos dos documentos
 No início desta aula, você aprendeu que o banco de jurisprudência é composto 
não apenas pelos documentos em si (dados), mas também por uma série de informações 
estruturadas que os complementam (metadados). Agora, chegou o momento de retomar 
e aprofundar essa ideia!
 No banco de jurisprudência, dados e metadados não estão soltos, dispersos. Pelo 
contrário: eles são consultados e apresentados aos pesquisadores de forma concatenada. 
O conjunto de dados e metadados relativos a um mesmo documento é chamado de 
espelho.
 Os espelhos dos documentos são o ponto de partida de qualquer pesquisa à 
base de dados. Você já deve ter ouvido este antigo princípio jurídico: o que não está 
nos autos não está no mundo. Pois bem. Na pesquisa de jurisprudência, vale o mesmo 
raciocínio: o que não está no espelho não está no banco! Conhecer a estrutura dos 
espelhos, portanto, é fundamental para realizar pesquisas eficazes na base de dados.
 Cada tipo de documento (acórdão, decisão monocrática, enunciado de súmula 
e volume de informativo) possui uma estrutura própria de espelho, adequada a sua 
natureza. A seguir, você vai conhecer melhor essas estruturas, a partir de exemplos 
concretos. Vamos lá?
4.1 Espelho dos acórdãos
 Comparativamente, o espelho dos acórdãos é a estrutura mais complexa da 
base de dados. Ao conhecê-lo, você aprenderá conceitos que também serão úteis à 
compreensão da estrutura dos espelhos dos demais documentos.
 Um exemplo simples, mas suficientemente didático para conhecer a estrutura do 
espelho dos acórdãos pode ser encontrado no Recurso Extraordinário (RE) nº 601.720. 
Nesse julgamento, o STF discutiu a incidência de IPTU sobre bem público cedido a pessoa 
jurídica de direito privado. A íntegra do espelho pode ser consultada aqui, mas, para 
facilitar o entendimento, convém decompor a análise campo a campo.
 O primeiro elemento do espelho dos acórdãos 
é o cabeçalho de identificação, que indica a classe e 
o número processuais, o recurso interno ou incidente 
processual (quando houver), bem como o Estado ou 
país de origem do feito. 
RE 601720 / RJ - RIO DE JANEIRO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a): Min. EDSON FACHIN
Redator(a) do acórdão: Min. MARCO AURÉLIO
Julgamento: 19/04/2017 Publicação: 05/09/2017
Órgão julgador: Tribunal Pleno
https://drive.google.com/file/d/18sq64SRtFjRme0aNjhDi3yclOkgA7bxb/view
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 Também no cabeçalho de identificação, você encontra os nomes do Ministro 
Relator, do Ministro Redator do acórdão (quando houver) e do Ministro Revisor (quando 
houver). Nesse campo, é registrado ainda o órgão colegiado responsável pelo julgamento, 
assim como as datas de conclusão do julgamento e de publicação do acórdão no Diário 
da Justiça.
 Logo abaixo do cabeçalho de identificação, 
encontra-se o campo Publicação, no qual se 
especificam o número do Diário da Justiça em 
que o acórdão foi publicado, bem como as datas 
de divulgação e de publicação desse Diário. 
 Caso o inteiro teor do acórdão componha o Ementário de Jurisprudência ou 
a Coletânea de Acórdãos do STF, também são registrados o volume e a página do 
documento nessas coleções. Quando a íntegra do acórdão tiver sido publicada na Revista 
Trimestral de Jurisprudência (RTJ) ou em outros repositórios de jurisprudência, como 
o Apenso ao Diário da Justiça (ADJ), a informação também é consignada. Em todos 
esses casos, o formato adotado segue padrões específicos. Por exemplo: “EMENT VOL-
00559-02 PP-00594” (Ementário); “COLAC VOL-00964-01 PP-00068” (Coletânea de 
Acórdãos); “RTJ VOL-00030-01 PP-00433” (Revista Trimestral de Jurisprudência); “ADJ 
21-11-1963 PP-01193” (Apenso ao Diário da Justiça).
 Ainda no campo “Publicação”, você encontra (quando for o caso) o registro de que 
os autos do processo são eletrônicos, bem como a anotação de que, no acórdão, houve 
julgamento do mérito de questão com repercussão geral reconhecida. O exemplo do 
Recurso Extraordinário (RE) nº 601.720 ilustra ambas as situações.
 O espelho também é composto pelo 
campo Partes. Nele são indicados os nomes das 
partes processuais e de terceiros intervenientes 
ou interessados, além dos nomes dos respectivos 
procuradores judiciais.
 Um elemento central do espelho dos acórdãos é o campo Ementa. Como vimos 
anteriormente, a ementa consiste em uma espécie de resumo oficial do julgado, redigido 
por um dos ministros da Corte. Assim, cabe à ementa o relevante papel de condensar os 
principais fundamentos jurídicos em que se apoia a decisão tomada pelo órgão colegiado.
Publicação
PROCESSO ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO
DJe-200 DIVULG 04-09-2017 PUBLIC 05-09-2017
Partes
RECTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 
ADV.(A/S) : ELIANA DA COSTA LOURENÇO 
RECDO.(A/S) : BARRAFOR VEÍCULOS LTDA 
ADV.(A/S) : ANDRE FURTADO 
AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS TRANSPORTES FERROVIÁRIOS - ANTF 
ADV.(A/S) : SACHA CALMON NAVARRO COELHO 
AM. CURIAE. : MUNICIPIO DE SAO PAULO 
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO 
AM. CURIAE. : DISTRITO FEDERAL 
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL 
AM. CURIAE. : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS SECRETARIAS DE FINANÇAS DAS 
CAPITAIS BRASILEIRA - ABRASF 
ADV.(A/S) : GABRIELA WATSON E OUTRO(A/S)
Ementa
IPTU – BEM PÚBLICO – CESSÃO – PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO. 
Incide o imposto Predial e Territorial Urbano considerado bem público cedido a 
pessoa jurídica de direito privado, sendo esta a devedora.
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 Outro componente do espelho que merece destaque é o campo Decisão: ele 
replica, de forma literal, as conclusões do órgão colegiado, tal qual consignadas na ata 
da sessão.
 No campo Decisão, você encontra o resultado do julgamento, descobre se 
a decisão foi tomada por unanimidade, maioria ou empate e identifica os ministros 
vencedores e vencidos.
 Nos acórdãos relacionados à sistemática da repercussão geral, o espelho conta 
ainda com os campos Tema e Tese. Como vimos em outro momento, o tema reflete a 
questão jurídica discutida no processo, ao passo que a tese sintetiza o entendimento 
do STF sobre essa mesma questão.
 Todos os dados do espelho mencionados até aqui são incluídos no banco de 
jurisprudência logo após a publicação dos acórdãos e são extraídos diretamente dos 
próprios documentos ou de outros sistemas internos da Corte, sem maior intervenção 
da Secretaria do Tribunal.
Decisão
Após o voto do Ministro Edson Fachin (Relator), que negava provimento ao 
recurso extraordinário, pediu vista dos autos o Ministro Marco Aurélio. Falaram, 
pelo recorrente, Município do Rio de Janeiro, o Dr. Rodrigo Brandão; pela 
recorrida, Barrafor Veículos Ltda., o Dr. André Furtado, e, pelo amicus curiae 
Associação Nacional dos Transportes Ferroviários - ANTF, o Dr. Tiago Conde 
Teixeira. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 04.02.2016. 
Decisão: O Tribunal, por maioria, apreciando o tema 437 da repercussão geral, 
conheceu do recurso e a ele deu provimento, vencidos os Ministros Edson 
Fachin (Relator) e Celso de Mello. Em seguida, o Tribunal deliberou fixar a tese 
da repercussão geral em assentada posterior. Redator para o acórdão o Ministro 
Marco Aurélio. Ausentes, justificadamente, os Ministros Dias Toffoli e Gilmar 
Mendes. Presidência da Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 6.4.2017. Decisão: O 
Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Ministro Marco Aurélio, que 
redigirá o acórdão, fixoutese nos seguintes termos: “Incide o IPTU, considerado 
imóvel de pessoa jurídica de direito público cedido a pessoa jurídica de direito 
privado, devedora do tributo”. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso 
de Mello e Gilmar Mendes, e, neste julgamento, o Ministro Ricardo Lewandowski. 
Presidiu o julgamento a Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 19.4.2017.
Tema
437 - Reconhecimento de imunidade tributária recíproca a empresa privada 
ocupante de bem público.
Tese
Incide o IPTU, considerado imóvel de pessoa jurídica de direito público cedido a 
pessoa jurídica de direito privado, devedora do tributo.
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 Em seguida ao carregamento desses dados básicos, a Secretaria da Corte passa à 
análise detida do inteiro teor de cada um dos acórdãos publicados. Essa atividade tem 
dois objetivos: a) agrupar acórdãos no mesmo sentido; e b) agregar aos espelhos dos 
acórdãos informações complementares que facilitem a pesquisa de jurisprudência.
 Uma vez verificada a necessidade de agrupamento de documentos no mesmo 
sentido (conforme os critérios que vimos acima), a Secretaria do Tribunal preenche 
o campo Acórdãos no mesmo sentido do acórdão principal com uma lista de todos 
os acórdãos sucessivos a ele relacionados. Confira um excerto do espelho do Agravo 
Regimental no Mandado de Segurança (MS-AgR) nº 34.729 mencionado quando 
apresentamos o conceito de documentos no mesmo sentido.
 Após o agrupamento de acórdãos no mesmo sentido, a Secretaria do Tribunal 
passa à catalogação das referências legislativas, jurisprudenciais e doutrinárias contidas 
na ementa e nos votos.
 No campo Legislação, são registrados todos os atos normativos mencionados 
pelos ministros: atos primários (como a Constituição Federal, as leis ordinárias, as 
leis complementares e as medidas provisórias, por exemplo) ou secundários (como as 
portarias, os decretos, as instruções normativas e os regimentos internos, por exemplo), 
de todos os âmbitos federativos (federal, estadual ou municipal) e Poderes da República 
(Legislativo, Executivo e Judiciário), além de normas imperiais e da legislação internacional 
(convenções, tratados, acordos etc.) internalizada pelo Estado brasileiro. O campo 
Legislação abriga ainda os enunciados sumulares referidos nos acórdãos.
Legislação
LEG-FED CF ANO-1988
 ART-00001 INC-00004 ART-00018 ART-00022 
 INC-00001 ART-00102 INC-00003 LET-A 
 ART-00150 INC-00006 LET-A PAR-00002 
 PAR-00003 ART-00156 INC-00001 ART-00170 
 INC-00004 ART-00173 PAR-00002
 CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Acórdãos no mesmo sentido
MS 35077 AgR-segundo PROCESSO ELETRÔNICO
 JULG-12-04-2019 UF-DF TURMA-02 MIN-EDSON FACHIN N.PÁG-023
 DJe-086 DIVULG 25-04-2019 PUBLIC 26-04-2019
https://drive.google.com/file/d/1HO5W1S_DubfyoPPSYs9NEN53eoQTHjic/view
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 No campo Doutrina, toda a bibliografia invocada pelos ministros como base para 
seus votos é catalogada pela Secretaria do Tribunal, desde que haja menção, pelo menos, 
ao nome e ao autor da obra citada. Tanto quanto possível e dentro das limitações de dados 
fornecidos nos textos, a Secretaria da Corte formata as citações doutrinárias de acordo 
com as diretrizes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para referências 
bibliográficas (NBR 6023). 
 Todos os precedentes citados 
(acórdãos e decisões monocráticas, do 
STF e de outros Tribunais brasileiros) são 
registrados no campo Observação.
 Ao fazê-lo, a Secretaria do Tribunal 
agrupa os precedentes de acordo com 
o contexto em que foram referenciados 
e atribui a cada um desses grupos um 
conjunto de palavras-chave que descrevem 
as circunstâncias das citações.
 O campo Observação é, aliás, 
polivalente. Nele também são catalogadas 
as normas e decisões estrangeiras aludidas 
pelos ministros. 
Doutrina
BARRETO, Aires Fernandino. Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana 
(IPTU). In: BARRETO, Aires Fernandino; BOTTALLO, Eduardo (Coord.). Curso de iniciação 
em direito tributário. São Paulo: Dialética, 2004. p. 174-175.
CEZAROTTI, Guilherme. A imunidade dos imóveis de propriedade da União na posse ou 
domínio direto de concessionárias de serviço público. Revista Dialética de Direito Tributário, 
São Paulo, n. 123, p. 28-37, mar. 2006. p. 36.
FERREIRA, Pinto. Comentários à Constituição brasileira. São Paulo: Saraiva, 1992. v. 5. p. 
358. 
GANDRA, Ives. Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva, 1990. v. 6. p. 
201-202.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 
1090.
RIBEIRO, Ricardo Lodi. Tributos: teoria geral e espécies. Niterói: Impetus, 2013. p. 304.
SCHOUERI, Luis Eduardo. Imunidade tributária recíproca e cobrança de tarifas. In: Direito: 
teoria e experiência: estudos em homenagem a Eros Roberto Grau. São Paulo: Malheiros, 
2013. v. 2. p. 1428-1429.
Observação
- Acórdão(s) citado(s):
(IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA, PACTO FEDERATIVO)
RE 363412 AgR (2ªT). 
(IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA, INFRAERO)
ARE 638315 RG. 
(IPTU, POSSE, BEM PÚBLICO, CONCESSÃO, USO)
RE 253394 (1ªT), RE 265749 (2ªT). 
(IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA, CODESP)
RE 253472 (TP). 
(IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA, EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADE ECONÔMICA)
RE 434251 (TP). 
(IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA, IPTU, IMÓVEL DA UNIÃO)
RE 265749 (2ªT), RE 451152 (2ªT), RE 318185 AgR (2ªT), AI 458856 AgR (1ªT), RE 599417 
AgR (2ªT). 
(IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA, PARTICULAR, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO 
PÚBLICO, CONCESSÃO, DELEGAÇÃO)
ADI 3089 (TP). 
(IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA, SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA, EMPRESA 
PÚBLICA)
RE 580264 (TP). 
- Decisões estrangeiras citadas: Caso McCulloch vs. Maryland, de 1819, Caso Buffington vs. 
Day, Caso United States vs. Baltimore and Ohio Railroad Co., Caso Pollock vs. Farmers’ 
Loan & Trust Co., Caso Helvering vs. Power, Caso Allen vs. Regents of University System of 
Georgia, Caso Helvering vs. Gerhardt, Caso Graves vs. ex. re. O’Keefe, da Suprema Corte 
americana.
Número de páginas: 74.
Análise: 24/01/2018, AMA.
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 Além disso, esse campo abriga uma série de anotações pontuais que podem ser 
úteis aos pesquisadores e às pesquisadoras: ele registra, por exemplo, a informação 
de que embargos de declaração opostos ao acórdão foram acolhidos com efeitos 
modificativos e noticia a desconstituição posterior do julgado em decorrência de ação 
rescisória ou revisão criminal. Fique de olho nesse campo! 
 Antes de concluir esse breve passeio pelo espelho dos acórdãos, não podemos 
deixar de tratar do campo Indexação. Ao realizar suas pesquisas, você já reparou no 
conjunto de palavras substantivadas, grafadas em caixa alta e localizadas logo abaixo 
das ementas? Já se perguntou o que elas são e para que elas servem? Então, chegou a 
hora de descobrir!
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 Para compreender a função do campo Indexação, consulte brevemente o inteiro 
teor do Recurso Extraordinário (RE) nº 601.720 (nosso exemplo). Repare no tamanho 
da ementa (4 linhas) e o compare ao tamanho da íntegra do documento (74 páginas). 
Observe ainda a extensão dos votos escritos (p. 6-14, 32-41 e 55-68) e a quantidade 
de intervençõesorais que foram transcritas. 
 Agora responda a duas perguntas. Na sua opinião, a ementa reflete todas as 
questões discutidas e decididas nesse acórdão? Os fundamentos, princípios, teorias, 
institutos e conceitos jurídicos referidos pelos ministros ao longo do acórdão estão 
suficientemente descritos na ementa? Provavelmente, sua resposta para ambas as 
perguntas é negativa. E aqui entra em cena o campo Indexação.
 Após a publicação do acórdão, a Secretaria do Tribunal analisa o inteiro teor 
do documento e o compara à ementa. Sempre que identifica matéria juridicamente 
relevante, de possível interesse para a pesquisa de jurisprudência, mas não explicitada 
na ementa, a Secretaria da Corte indexa essa matéria.
 A indexação é elaborada por meio da concatenação de termos descritivos extraídos 
de um vocabulário jurídico controlado construído pela Corte para fins de padronização – 
o Tesauro do STF. Por meio dessas palavras-chave, a indexação complementa a ementa, 
registrando, de forma sintética, princípios, teorias, institutos e conceitos jurídicos 
discutidos durante o julgamento. A indexação é organizada por ministro e por tipo de 
manifestação (voto vencido, fundamentação complementar, fundamentação diversa, 
ressalva de entendimento, obiter dictum, preliminar, questão de ordem etc.). 
 Agora voltemos ao nosso exemplo.
 No julgamento do Recurso Extraordinário (RE) nº 601.720, o Ministro Edson 
Fachin ficou vencido. No entendimento do ministro, o IPTU não incide sobre “toda 
e qualquer posse” (p. 29), mas apenas sobre a “posse com animus domini” (p. 29). Em 
sua opinião, não figuram como contribuintes desse imposto os “meros detentores de 
terras públicas, isto é, desprovidos de posse ad usucapionem” (p. 11). Nesse contexto, o 
ministro registra que “o particular concessionário de uso de bem público” (p. 13) detém 
posse “precária e desdobrada” (p. 13), razão pela qual não pode ser eleito como sujeito 
passivo da obrigação tributária.
 Releia a ementa do acórdão. Alguma dessas ideias foi explicitada na ementa? 
Agora observe a indexação. Como todas essas ideias foram documentadas? 
 Criou-se um tópico “VOTO VENCIDO” especificamente para o “MIN. 
EDSON FACHIN”. Na parte final desse tópico, foram registradas duas sequências de 
palavras-chave: 
https://drive.google.com/file/d/1w5i_I81heKV-yX2VDrKVyLLi-mst6wXS/view
https://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/tesauro/pesquisa.asp
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“IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA (IPTU), 
POSSUIDOR, USUCAPIÃO, ANIMUS DOMINI; DETENTOR, TERRA PÚBLICA”
“CONCESSÃO, USO, BEM PÚBLICO, DESDOBRAMENTO, POSSE, CARÁTER 
PRECÁRIO”.
 Mesmo que você não conheça a fundo o direito tributário, é possível perceber 
como nesse caso a indexação complementou a ementa, incorporando ao espelho do 
acórdão ideias que podem ser de interesse para os pesquisadores e as pesquisadoras 
de jurisprudência. 
 Conseguiu compreender o sentido da indexação? Então podemos prosseguir: 
vamos conhecer a estrutura dos espelhos dos demais documentos do banco de 
jurisprudência.
4.2 Espelho das decisões monocráticas
 Agora que você já conhece a estrutura do espelho dos acórdãos, fica fácil entender 
a estrutura dos demais espelhos da base de dados.
 O espelho das decisões monocráticas guarda muita semelhança com o espelho 
dos acórdãos. As diferenças decorrem, em grande medida, do fato de que certos 
tipos de dados dos acórdãos são incompatíveis com as decisões monocráticas: não 
há como transpor para os atos individuais dos ministros do STF informações próprias 
de julgamentos colegiados, como órgão julgador ou Ministro Redator do acórdão, por 
exemplo.
 Além disso, a atividade de catalogação de dados executada pela Secretaria do 
Tribunal tem escopo mais limitado nas decisões monocráticas: apenas a legislação citada 
é anotada no espelho; a bibliografia e a jurisprudência referenciadas nesses documentos 
não são catalogadas.
 Que tal conferir o espelho da Reclamação (Rcl) nº 18.836, publicada no Diário da 
Justiça de 20/02/2015, para visualizar as semelhanças e diferenças entre os espelhos 
dos acórdãos e das decisões monocráticas? Perceba que, nas decisões monocráticas, 
o agrupamento de documentos no mesmo sentido também é realizado: para esse fim, 
existe o campo “Decisões no mesmo sentido”.
https://drive.google.com/file/d/19g_H03slLdfARq0fAJjY80FH_CoigTIO/view?usp=sharing 
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4.3 Espelho dos enunciados de súmula
 O espelho dos enunciados de súmula é bem mais conciso do que os espelhos de 
acórdãos e decisões monocráticas. Confira, a seguir, o espelho do enunciado vinculante 
nº 57.
 Além do texto do enunciado, o espelho indica o número sequencial a ele atribuído 
e explicita, quando for o caso, sua natureza vinculante.
 Em campos autônomos, o espelho registra a data da sessão plenária em que o 
enunciado foi aprovado e informa os dados de publicação do documento na imprensa 
oficial.
 A referência legislativa e os precedentes considerados pelo STF quando da 
aprovação do enunciado são igualmente catalogados, em campos próprios.
 No campo Observação, são registradas pela Secretaria do Tribunal informações 
adicionais que possam interessar à pesquisa de jurisprudência. No exemplo, 
anotou-se a notícia de que o enunciado vinculante nº 57 teve origem na Proposta de 
Súmula Vinculante nº 132.
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 Com essas informações, encerramos nosso passeio pelos espelhos dos documentos 
do banco de jurisprudência. Você conhecia todos os campos disponíveis na base de 
dados? Fez alguma descoberta interessante ao longo da aula? Então não pare por 
aqui: nas suas próximas pesquisas, dedique um tempo para observar a variedade de 
informações contidas nos espelhos! Garanto que você vai continuar se surpreendendo 
com as potencialidades do banco. 
 Como última observação, fica o seguinte registro: os únicos metadados disponíveis 
para o Informativo STF são o número e a data final do período de referência.
Considerações finais
 Nesta aula, você conheceu a função, a composição e a estrutura do banco de 
jurisprudência do STF. Agora você já reconhece o potencial (e os limites) dessa base de 
dados como instrumento de pesquisa de jurisprudência. Que tal recordar os pontos de 
destaque da unidade?
Ao reunir e sistematizar acórdãos, decisões monocráticas, enunciados de súmula e 
volumes do Informativo em uma mesma base de dados, o banco de jurisprudência 
torna possível pesquisar, em bloco e de uma só vez, milhares de documentos.
A fonte primária para construção da base de dados foi o Ementário de Jurisprudência 
do STF, coleção de acórdãos iniciada em julho de 1950. Posteriormente, foram 
incorporados os documentos da Coletânea de Acórdãos (COLAC), organizada 
com foco nos acórdãos do período de 1936 a 1949.
Todos os enunciados sumulares e todos os volumes do Informativo STF estão 
devidamente incorporados à base de dados. Quanto às decisões monocráticas, 
o banco de jurisprudência é composto apenas por documentos selecionados.
A base de decisões monocráticas começa a ganhar volume a partir dos anos 2000, 
mas, ainda nos dias atuais, apenas cerca de um terço de todos os atos decisórios 
individuais são selecionados para compor o banco de jurisprudência.
Como medida de organização e sistematização, a base de dados agrupa os 
documentos no mesmo sentido: os documentos publicados anteriormente(principais) recebem uma anotação específica, que indica todos os documentos 
similares publicados em momento posterior (sucessivos).
Como acórdãos e decisões sucessivos não compõem o banco de jurisprudência, 
as pesquisas textuais realizadas na base de dados não recuperam informações 
contidas nesses documentos. Para acessá-los, você deve recorrer aos mecanismos 
de consulta individualizada disponíveis no portal do STF.
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Quando um documento é incluído no banco de jurisprudência, uma série de 
metadados são agregados a ele. Essas informações complementares permitem 
que os documentos sejam reunidos e filtrados a partir de parâmetros específicos.
Dados e metadados são consultados e apresentados aos pesquisadores de forma 
concatenada: o conjunto de dados e metadados relativos a um mesmo documento 
é chamado de espelho. Cada tipo de documento possui uma estrutura própria 
de espelho, adequada a sua natureza.
Após a publicação dos documentos, cabe à Secretaria do STF agrupar documentos 
no mesmo sentido e complementar os dados disponíveis nos espelhos. Nos 
acórdãos, por exemplo, compete à Secretaria catalogar a jurisprudência, a 
legislação e a bibliografia citadas, bem como elaborar a indexação de assuntos. 
 Conhecer a base de dados faz toda a diferença ao realizar pesquisas de 
jurisprudência. Tenho certeza de que, com as informações desta aula, você terá mais 
segurança ao realizar suas próximas consultas, pois saberá exatamente o que esperar 
do banco de jurisprudência.
 Na próxima aula, daremos mais um passo adiante: você terá uma visão geral sobre 
o funcionamento da página de pesquisa de jurisprudência. Afinal de contas, agora que 
você já domina os principais conceitos relacionados à busca e já conhece a estrutura da 
base de dados, é hora de aprender a utilizar a ferramenta de consulta ao banco! 
 Até breve!
Aula 4 - Banco de jurisprudência
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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25
Referências bibliográficas
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Relatório do ano de 1950. Terceira parte: parte 
administrativa. Rio de Janeiro: Supremo Tribunal Federal, 1951. p. 27. Disponível em: 
https://bibliotecadigital.stf.jus.br/xmlui/handle/123456789/828. Acesso em: 3 abr. 
2021.
BRASIL, Supremo Tribunal Federal. Relatório dos trabalhos realizados no exercício 
de 1978 e apresentado pelo Ministro Thompson Flores, Presidente do Supremo 
Tribunal Federal. Brasília: Supremo Tribunal Federal, 1979. Disponível em: https://
bibliotecadigital.stf.jus.br/xmlui/handle/123456789/861. Acesso em: 3 abr. 2021. 
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Relatório dos trabalhos realizados no exercício 
de 1982, apresentado pelo Ministro Xavier de Albuquerque, Presidente do Supremo 
Tribunal Federal. Brasília: Supremo Tribunal Federal, 1983. p. 181. Disponível em: 
https://bibliotecadigital.stf.jus.br/xmlui/handle/123456789/1810. Acesso em: 3 abr. 
2021.
https://bibliotecadigital.stf.jus.br/xmlui/handle/123456789/828
https://bibliotecadigital.stf.jus.br/xmlui/handle/123456789/861
https://bibliotecadigital.stf.jus.br/xmlui/handle/123456789/861
https://bibliotecadigital.stf.jus.br/xmlui/handle/123456789/1810
Aula 4 - Banco de jurisprudência
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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	Introdução
	1. Estrutura do banco de jurisprudência
	2. Composição do banco de jurisprudência
	3. Acórdãos e decisões no mesmo sentido
	4. Espelhos dos documentos
	4.1 Espelho dos acórdãos
	4.2 Espelho das decisões monocráticas
	4.3 Espelho dos enunciados de súmula
	Considerações finais
	Referências

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