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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES 
 
 
RETA FINAL – DELEGADO PARANÁ 
 
TURMA 3 - SEMANA 01 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE 
JURISPRUDÊNCIA 
 
SEMANA 02 
 
 
2 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 02/18 
 
3 
 
COMO UTILIZAR O MATERIAL 
 
O presente material de apoio deve ser lido semanalmente aos sábados. A ideia é que, 
por meio da leitura recorrente, o aluno fixe os principais entendimentos do STF e STJ. 
Em caso de dúvida sobre o teor do julgado, recomendamos que o aluno recorra ao site 
Dizer o Direito e estude o informativo na íntegra. 
 
Sumário 
Sumário ............................................................................................................................. 3 
SEMANA 02 ....................................................................................................................... 4 
12. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO ............................................................................... 4 
13. CRIME DE VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL (ART 184 DO CP) ................................ 11 
14. CRIME CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL ..................................................................... 11 
15. CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA ......................................................................... 15 
16. CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA ................................................................................ 16 
17. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................ 17 
17.1 Crimes Diversos .................................................................................................................. 18 
17.2 Descaminho ....................................................................................................................... 20 
17.3 Contrabando (Art. 334 A) .................................................................................................... 21 
17.4 Denunciação Caluniosa (Art.339) ......................................................................................... 22 
17.5 Conceito de Funcionário Público e Causa de Aumento do Art. 327§2° do CP ........................... 22 
18. OUTROS CRIMES DO CÓDIGO PENAL E LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS ............... 23 
19. CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (LEI 7.492/86) ..................... 24 
20. RACISMO (LEI 7.716/89) ........................................................................................... 24 
21. CRIMES NO ECA ........................................................................................................ 26 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 02/18 
 
4 
SEMANA 02 
 
12. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A competência para o julgamento do crime de estelionato, ainda que se tenha utilizado de 
imagens digitais adulteradas de passaporte válido de terceiro e documentos emitidos por 
órgão públicos federais, quando inexistente evidência de prejuízo a interesses, bens ou 
serviços da União, é da Justiça Estadual, devendo ser respeitada a regra de foro do domicílio 
da vítima no caso de o crime ser praticado mediante depósito, transferência de valores ou 
cheque sem provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado. 
STJ. CC 178.697-PR, Rel. Min. Laurita Vaz, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 22/06/2022, DJe 27/06/2022. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Em razão da novatio legis in mellius engendrada pela Lei n. 13.654/2018, o emprego de 
arma branca, embora não configure mais causa de aumento do crime de roubo, poderá ser 
utilizado como fundamento para a majoração da pena-base, quando as circunstâncias do 
caso concreto assim justificarem. 
 
STJ. REsp 1.921.190-MG, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 25/05/2022, DJe 26/05/2022. 
(Tema 1110). (Info 738). 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A causa de aumento prevista no § 1° do art. 155 do Código Penal (prática do crime de furto 
no período noturno) não incide no crime de furto na sua forma qualificada (§ 4°). 
Nota: Seguindo a técnica legislativa, para que considerasse aplicável a majorante no furto 
qualificado, deveria o legislador colocar o § 1º após a pena atribuída, o que não ocorreu. Se a 
qualificação do delito é apresentada em parágrafo posterior ao que trata da majorante, é 
porque o legislador afastou a incidência desta em relação aos crimes qualificados previstos 
no § 4º do art. 155 do CP. Nesse contexto, aderindo a uma interpretação sistemática sob o 
viés topográfico, em que se define a extensão interpretativa de um dispositivo legal levando-
se em conta sua localização no conjunto normativo, a aplicação da referida causa de aumento 
limitar-se-ia ao furto simples, não incidindo, pois, no furto qualificado. 
 É razoável admitir a possibilidade de, diante das circunstâncias fáticas, a prática do furto 
durante o período de repouso noturno ser levada em consideração na dosimetria da pena. 
Em outras palavras, se a incidência da majorante no furto qualificado mostra-se excessiva, 
poderá ser utilizada como circunstância judicial negativa na primeira fase da dosimetria (art. 
59 do CP) 
STJ. REsp 1.890.981-SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 25/05/2022 (Tema 1087). 
(Info 738). 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202101037573%27.REG.
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202100364019%27.REG.
http://www.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&cod_tema_inicial=1110&cod_tema_final=1110
https://processo.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp1890981
http://www.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&cod_tema_inicial=1087&cod_tema_final=1087
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 02/18 
 
5 
Mesmo sentido: REsp 1.979.989-RS, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 22/06/2022. (Tema 
1144) – Info 742. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
No crime de estelionato, não identificadas as hipóteses descritas no § 4º do art. 70 do CPP, 
a competência deve ser fixada no local onde o agente delituoso obteve, mediante fraude, 
em benefício próprio e de terceiros, os serviços custeados pela vítima. 
 
Nota: Lei n. 14.155/2021, que acrescentou o § 4º do art. 70 do Código de Processo Penal - 
CPP com o seguinte teor: "nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão 
de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento 
frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do 
domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela 
prevenção". 
Todavia, a inovação legislativa disciplinou a competência do delito de estelionato em 
situações específicas descritas pelo legislador, as quais não ocorrem no caso concreto, 
porquanto os autos não noticiam a ocorrência transferências bancárias ou depósitos 
efetuados pela empresa vítima e tampouco de cheque emitido sem suficiente provisão de 
fundos. 
 
STJ. CC 185.983-DF, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 11/05/2022, DJe 13/05/2022. 
(Info 736). 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O crime de estelionato praticado por meio de saque de cheque fraudado compete ao Juízo 
do local da agência bancária da vítima. 
Nota: a hipótese em análise não foi expressamente prevista na nova legislação, visto que não 
se trata decheque emitido sem provisão de fundos ou com pagamento frustrado, mas de 
tentativa de saque de cártula falsa, em prejuízo de correntista. Sobre o tema, destaque-se 
que: (...) 3. Há que se diferenciar a situação em que o estelionato ocorre por meio do saque 
(ou compensação) de cheque clonado, adulterado ou falsificado, da hipótese em que a 
própria vítima, iludida por um ardil, voluntariamente, efetua depósitos e/ou transferências 
de valores para a conta corrente de estelionatário. Quando se está diante de estelionato 
cometido por meio de cheques adulterados ou falsificados, a obtenção da vantagem ilícita 
ocorre no momento em que o cheque é sacado, pois é nesse momento que o dinheiro sai 
efetivamente da disponibilidade da entidade financeira sacada para, em seguida, entrar na 
esfera de disposição do estelionatário. Em tais casos, entende-se que o local da obtenção da 
vantagem ilícita é aquele em que se situa a agência bancária onde foi sacado o cheque 
adulterado, seja dizer, onde a vítima possui conta bancária. (....) (AgRg no CC 171.632/SC, Rel. 
. .
 . 
. .
 . 
. .
 . 
. 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202200124499%27.REG.
http://www.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&cod_tema_inicial=1144&cod_tema_final=1144
http://www.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&cod_tema_inicial=1144&cod_tema_final=1144
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202200372140%27.REG.
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 02/18 
 
6 
Ministro Reynaldo Sores da Fonseca, Terceira Seção, DJe 16/06/2020). Assim, aplica-se o 
entendimento pela competência do Juízo do local do eventual prejuízo, que ocorre com a 
autorização para o saque do numerário no local da agência bancária da vítima. 
 
STJ. 3ª Seção. CC 182.977-PR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 09/03/2022 (Info 728). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Adotando-se a teoria objetivo-formal, o rompimento de cadeado e destruição de fechadura 
da porta da casa da vítima, com o intuito de, mediante uso de arma de fogo, efetuar 
subtração patrimonial da residência, configuram meros atos preparatórios que impedem a 
condenação por tentativa de roubo circunstanciado. 
 
Nota: Existem algumas teorias que buscam definir em que momento se dá a passagem dos 
atos preparatórios para os atos executórios. 
Veja como o tema é tratado por Jamil Chaim Alves (Manual de Direito Penal. Salvador: 
Juspodivm, 2020, p. 370-371): a) Teoria subjetiva Leva em consideração a vontade criminosa, 
o plano interno do autor. Logo, não há distinção entre atos preparatórios e atos executórias. 
Uma vez detectada a vontade de praticar a infração, é possível a punição. b) Teoria da 
hostilidade ao bem jurídico Atos executórios são aqueles que atacam o bem jurídico, 
retirando-o do “estado de paz”. Era defendida por Nelson Hungria. c) Teoria objetivo-formal 
ou lógico-formal Atos executórios são aqueles que iniciam a realização do núcleo do tipo 
penal (denomina-se “formal” porque parâmetro é a lei, ou seja, a prática do verbo nuclear 
descrito no tipo). Era defendida por Frederico Marques. d) Teoria objetivo-material Atos 
executórias são aqueles que iniciam a realização do núcleo do tipo penal e também os 
imediatamente anteriores, de acordo com a visão de um terceiro observador. e) Teoria 
objetivo-individual A tentativa começa com a atividade do autor que, segundo o seu plano 
concretamente delitivo, se aproxima da realização. A origem dessa teoria remonta a Hans 
Welzel. 
Em que momento se consuma o crime de roubo? 
Existem quatro teorias sobre o tema: 
1ª) Contrectacio: segundo esta teoria, a consumação se dá pelo simples contato entre o 
agente e a coisa alheia. Se tocou, já consumou. 
2ª) Apprehensio (amotio): a consumação ocorre no momento em que a coisa subtraída passa 
para o poder do agente, ainda que por breve espaço de tempo, mesmo que o sujeito seja logo 
perseguido pela polícia ou pela vítima. Quando se diz que a coisa passou para o poder do 
agente, isso significa que houve a inversão da posse. Por isso, ela é também conhecida como 
teoria da inversão da posse. Vale ressaltar que, para esta corrente, o crime se consuma 
mesmo que o agente não fique com a posse mansa e pacífica. A coisa é retirada da esfera de 
disponibilidade da vítima (inversão da posse), mas não é necessário que saia da esfera de 
vigilância da vítima (não se exige que o agente tenha posse desvigiada do bem). 
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 02/18 
 
7 
3ª) Ablatio: a consumação ocorre quando a coisa, além de apreendida, é transportada de um 
lugar para outro. 
4ª) Ilatio: a consumação só ocorre quando a coisa é levada ao local desejado pelo ladrão para 
tê-la a salvo. 
 
Súmula 582-STJ: Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante 
emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à 
perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse 
mansa e pacífica ou desvigiada. 
STJ. 5ª Turma. AREsp 974.254-TO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 21/09/2021 (Info 711). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Nos crimes de estelionato, quando praticados mediante depósito, por emissão de cheques 
sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou 
por meio da transferência de valores, a competência será definida pelo local do domicílio 
da vítima, em razão da superveniência de Lei nº 14.155/2021, ainda que os fatos tenham 
sido anteriores à nova lei. 
 
STJ. 3ª Seção. CC 180.832-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 25/08/2021 (Info 706). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A reincidência específica tratada no art. 44, § 3º, do Código Penal somente se aplica quando 
forem idênticos, e não apenas de mesma espécie, os crimes praticados. 
Nota: MUDANÇA DE ENTENDIMENTO 
O que se entende por reincidente específico para os fins do § 3º do art. 44? É o indivíduo que 
cometeu um novo crime doloso idêntico. • se o condenado tiver praticado um novo crime 
doloso idêntico: não terá direito à substituição. Ex: João foi condenado por furto simples. 
Depois, foi novamente condenado por furto simples. Não terá direito à substituição porque a 
reincidência se operou em virtude da prática do mesmo crime. • se o condenado tiver 
praticado um novo crime doloso da mesma espécie (mas que não seja idêntico): pode ter 
direito à substituição. Ex: Pedro foi condenado por furto simples (art. 155, caput). Depois, foi 
novamente condenado, mas agora por furto qualificado (art. 155, § 4º). Em tese, o juiz 
poderia conceder a substituição porque o furto simples e o furto qualificado são crimes da 
“mesma espécie”, mas não são o “mesmo crime”. 
STJ. 3ª Seção. AREsp 1.716.664-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 25/08/2021 (Info 706). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Retroatividade da representação no crime de estelionato: 
Nota: Em 09.06.2020 - O STJ entendeu que a retroatividade da representação do crime de 
estelionato deve se restringir à fase policial, já que a representação tem natureza de 
CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE e não condição de prosseguibilidade (HC 573.093). 
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 02/18 
 
8 
04.08.2020 - A decisão do STJ foi no sentido de que, por ser lei mais benéfica e de conteúdo 
normativo penal, deve retroagir atingindo também as ações penais (HC 583.837-SC). “A 
retroatividade da representação prevista § 5º do art. 171 alcança todos os processos em 
curso.” STJ. 6ª Turma. HC 583.837/SC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgadoem 04/08/2020 
(Info 677). 
 
14.09.2020 - Entretanto, a 5a Turma do STJ decidiu no sentido anterior, posicionamento 
REITERADO no dia 21.09.20: pela irretroatividade. 
14.10.2020 - No mesmo sentido, a 1ª Turma do STF reconheceu não ser cabível a aplicação 
retroativa do parágrafo 5º do artigo 171 do CP, uma vez que no momento do oferecimento 
da denúncia a ação era incondicionada e não se exigia representação (HC 187.341/SP). 
Em 24.03.2021 , a 3a Seção do STJ decidiu: A retroatividade da representação no crime de 
estelionato não alcança aqueles processos cuja denúncia já foi oferecida. 
Ocorre que, em 22.06.2021, a 2ª Turma do STF decidiu que a alteração promovida pela Lei 
nº 13.964/2019, que introduziu o § 5º ao art. 171 do Código Penal, ao condicionar o 
exercício da pretensão punitiva do Estado à representação da pessoa ofendida, DEVE SER 
APLICADA DE FORMA RETROATIVA A ABRANGER TANTO AS AÇÕES PENAIS NÃO INICIADAS 
QUANTO AS AÇÕES PENAIS EM CURSO ATÉ O TRÂNSITO EM JULGADO. STF. 2ª Turma. HC 
180421 AgR/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 22/6/2021 (Info 1023). 
 
Divergência: STF. 2ª Turma. HC 180421 AgR/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 22/6/2021 (Info 1023) X STJ. 3ª Seção. HC 
610.201/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/03/2021. (Info 691) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O art. 4º da Lei nº 13.654/2018, que revogou o inciso I do § 2º do art. 157 do CP, não 
possui vício de inconstitucionalidade formal . 
 
Nota: não é possível o controle jurisdicional em relação à interpretação de normas 
regimentais das Casas Legislativas, sendo vedado ao Poder Judiciário, substituindo-se ao 
próprio Legislativo, dizer qual o verdadeiro significado da previsão regimental, por tratar-
se de assunto interna corporis, sob pena de ostensivo desrespeito à Separação de Poderes, 
por intromissão política do Judiciário no Legislativo. Tese fixada pelo STF: “Em respeito ao 
princípio da separação dos poderes, previsto no art. 2º da Constituição Federal, quando 
não caracterizado o desrespeito às normas constitucionais pertinentes ao processo 
legislativo, é defeso ao Poder Judiciário exercer o controle jurisdicional em relação à 
interpretação do sentido e do alcance de normas meramente regimentais das Casas 
Legislativas, por se tratar de matéria ‘interna corporis’.” 
STF. Plenário. RE 1297884/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 11/6/2021 (Repercussão Geral – Tema 1120) (Info 1021). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 02/18 
 
9 
Para a configuração da circunstância majorante do § 1º do art. 155 do Código Penal, basta 
que a conduta delitiva tenha sido praticada durante o repouso noturno, dada a maior 
precariedade da vigilância e a defesa do patrimônio durante tal período e, por consectário, 
a maior probabilidade de êxito na empreitada criminosa, sendo irrelevante o fato das 
vítimas não estarem dormindo no momento do crime, ou, ainda, que tenha ocorrido em 
estabelecimento comercial ou em via pública, dado que a lei não faz referência ao local do 
crime. 
Nota: A Terceira Seção acolheu a proposta de afetação dos REsps 1.979.989/RS e 
1.979.998/RS ao rito dos recursos repetitivos, a fim de uniformizar o entendimento a respeito 
da seguinte controvérsia: definir se, para a configuração da circunstância majorante do § 1º 
do art. 155 do Código Penal, basta que a conduta delitiva tenha sido praticada durante o 
repouso noturno. Definir se há relevância no fato das vítimas estarem ou não dormindo no 
momento do crime, ou a sua ocorrência em estabelecimento comercial ou em via pública. 
STJ. 5ª Turma. AgRg-AREsp 1.746.597-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 17/11/2020. 
Mesmo sentido: STJ. 6ª Turma. AgRg nos EDcl no REsp 1849490/MS, Rel. Min. Antonio Saldanha, julgado em 15/09/2020. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não se aplica a agravante prevista no art. 61, II, “h”, do Código Penal na hipótese em que o 
crime de furto qualificado pelo arrombamento à residência ocorreu quando os 
proprietários não se encontravam no imóvel, não havendo que se falar, portanto, em 
ameaça à vítima ou em benefício do agente para a prática delitiva em razão de sua condição 
de fragilidade. 
Nota: “Art. 61. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou 
qualificam o crime: II - ter o agente cometido o crime: h) contra criança, maior de 60 (sessenta) 
anos, enfermo ou mulher grávida.” 
Por se tratar de agravante de natureza objetiva, a incidência do art. 61, II, “h”, do CP não 
depende da prévia ciência pelo réu da idade da vítima, sendo, de igual modo, desnecessário 
perquirir se tal circunstância, de fato, facilitou ou concorreu para a prática delitiva, pois a 
maior vulnerabilidade do idoso é presumida. 
 
STJ. 5ª Turma. HC 593.219-SC, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 25/08/2020. (Info 679) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Configura o crime de roubo (e não estelionato) a conduta do funcionário de uma empresa 
que combina com outro indivíduo para que este simule assalta o empregado com uma arma 
de fogo e, dessa forma, leve o dinheiro da empresa. 
STF. 1ª Turma. HC 147584/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 2/6/2020. (Info 980) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 02/18 
 
10 
Não se admite a incidência do princípio da insignificância na prática de estelionato 
majorado por médico que, no desempenho de cargo público, registra o ponto e se retira do 
hospital. 
Nota: no julgado, fala-se em estelionato qualificado, mas é majorado. 
AgRg no HC 548.869-RS, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 12/05/2020, DJe 25/05/2020. 
(Info 672-STJ) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A despeito da presença de qualificadora no crime de furto possa, à primeira vista, impedir 
o reconhecimento da atipicidade material da conduta, a análise conjunta das circunstâncias 
pode demonstrar a ausência de lesividade do fato imputado, recomendando a aplicação do 
princípio da insignificância. 
HC 553.872-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 11/02/2020, DJe 17/02/2020. 
(Info 665- STJ) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A dívida de corrida de táxi não pode ser considerada coisa alheia móvel para fins de 
configuração da tipicidade dos delitos patrimoniais. 
Nota: não se pode comparar “dívida de transporte” com a “coisa alheia móvel”, sob pena de 
violação dos princípios da tipicidade e legalidade. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.757.543-RS, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 24/09/2019. (Info 658) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A alteração do sistema de medição, mediante fraude, para que aponte resultado menor do 
que o real consumo de energia elétrica configura estelionato. 
Nota: o agente desvia a energia por meio de ligação clandestina (gato) = furto; o agente altera 
o sistema de medição = estelionato. 
STJ. 5ª Turma. AREsp 1.418.119-DF, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 07/05/2019. (Info 648) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
No caso de furto de energia elétrica mediante fraude, o adimplemento do débito antes do 
recebimento da denúncia não extingue a punibilidade. 
NOTA: o furto de energia elétrica não pode receber o mesmo tratamento dado ao 
inadimplemento tributário. O pagamento do débito antes do recebimento da denúnica não 
configura causa extintiva de punibilidade, mas causa de redução de pena relativa ao 
arrependimento posterior (art. 16, CP). 
RHC 101.299-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, Rel. Acd. Min. Joel Ilan Paciornik, por unanimidade, julgado em 13/03/2019, Dje 
04/04/2019. (Info645) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O emprego de arma branca deixou de ser majorante do crime de roubo com a modificação 
operada pela Lei nº 13.654/2018, que revogou o inciso I do § 2º do art. 157 do Código Penal. 
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http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=HC548869
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27201903831131%27.REG.
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 02/18 
 
11 
Nota: Observe-se que houve abolitio criminis, devendo a Lei nº 13.654/2018 ser aplicada 
retroativamente para excluir a referida causa de aumento da pena imposta aos réus 
condenados por roubo majorado pelo emprego de arma branca. Trata-se, pois da aplicação 
da novatio legis in mellius prevista no art. 5º, XL, da CF/88. 
 
Veja também: 
 
HC 556.629-RJ, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 
03/03/2020, DJe 23/03/2020. (Info 668-STJ) 
 
Nos casos em que se aplica a Lei n. 13.654/2018, é possível a valoração do emprego de arma 
branca, no crime de roubo, como circunstância judicial desabonadora (art. 59 do CP). 
Nota: Com o advento da Lei 13.654, de 23 de abril de 2018, que revogou o inciso I do artigo 
157 do CP, o emprego de arma branca no crime de roubo deixou de ser considerado como 
majorante, a justificar o incremento da reprimenda na terceira fase do cálculo dosimétrico, 
sendo, porém, plenamente possível a sua valoração como circunstância judicial 
desabonadora, nos moldes do reconhecido pelas instâncias ordinárias. 
STJ. 5ª Turma. REsp 1519860/RJ, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 17/05/2018. (Info 626) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A existência de sistema de vigilância em estabelecimento comercial não constitui óbice para 
a tipificação do crime de furto. 
Nota: Súmula 567-STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por 
existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna 
impossível a configuração do crime de furto. 
STF. 1ª Turma. HC 111278/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, julgado em 10/4/2018. (Info 897) 
 
13. CRIME DE VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL (ART 184 DO CP) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no 
artigo 184, parágrafo 2º, do Código Penal, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas. 
STJ. 3ª Seção. REsp 1.193.196. Súmula 502-STJ 
 
14. CRIME CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Presente o dolo específico de satisfazer à lascívia, própria ou de terceiro, a prática de ato 
libidinoso com menor de 14 anos configura o crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do 
CP), independentemente da ligeireza ou da superficialidade da conduta, não sendo possível 
a desclassificação para o delito de importunação sexual (art. 215-A do CP). 
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https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202000030642%27.REG.
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202000030642%27.REG.
https://migalhas.uol.com.br/
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
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Nota: Desclassificar a prática de ato libidinoso com pessoa menor de 14 anos para o delito do 
art. 215-A do CP, crime de médio potencial ofensivo que admite a suspensão condicional do 
processo, desrespeitaria ao mandamento constitucional de criminalização do art. 227, §4º, 
da CRFB, que determina a punição severa do abuso ou exploração sexual de crianças e 
adolescentes. Haveria também descumprimento a tratados internacionais. O art. 19 da 
Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança é peremptório ao impor aos Estados a 
adoção de medidas legislativas, administrativas, sociais e educacionais apropriadas para 
proteger a criança contra "todas" as formas de abuso. 
STJ. REsp 1.959.697-SC, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 08/06/2022. (Tema 1121) 
(Info 740). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A simulação de arma de fogo pode sim configurar a “grave ameaça”, para os fins do tipo do 
art. 213 do Código Penal. 
 
Nota: A simulação de arma de fogo pode sim configurar a “grave ameaça”. Isso porque a 
“grave ameaça” deve ser analisada com base no sentimento unilateral que é provocado no 
espírito da vítima subjugada. A existência de grave ameaça não depende do risco objetivo e 
concreto a que a vítima foi efetivamente submetida. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.916.611-RJ, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), julgado em 
21/09/2021 (Info 711). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O “cliente” da exploração sexual (art. 218-B do CP) pode ser punido sozinho, ou seja, 
mesmo que não haja um proxeneta. 
Nota: O delito previsto no art. 218-B, § 2º, inciso I, do Código Penal, na situação de 
exploração sexual, não exige a figura do terceiro intermediador. STJ. 3ª Seção. EREsp 
1.530.637/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/03/2021 (Info 690). 
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.530.637/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/03/2021. (Info 690) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Para que se configure ato libidinoso, não se exige contato físico entre ofensor e vítima. 
Assim, doutrina e jurisprudência sustentam a prescindibilidade do contato físico direto do 
réu com a vítima, a fim de priorizar o nexo causal entre o ato praticado pelo acusado, 
destinado à satisfação da sua lascívia, e o efetivo dano à dignidade sexual sofrido pela 
ofendida. 
 
Nota: Segundo a posição majoritária na doutrina (ex. Cleber Masson e Rogério Sanches, por 
exemplos), a simples contemplação lasciva já configura o “ato libidinoso” descrito nos arts. 
213 e 217-A do Código Penal, sendo irrelevante, para a consumação dos delitos, que haja 
contato físico entre ofensor e ofendido. É o mesmo entendimento do STJ. 5ª Turma. RHC 
70976-MS, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 2/8/2016 (Info 587). 
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https://processo.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp1959697
http://www.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&cod_tema_inicial=1121&cod_tema_final=1121
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DELEGADO PERNAMBUCO 
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13 
Assim, a 6ª Turma do STJ no informativo (685) decidiu assim como a doutrina e jurisprudência 
que sustentam a PRESCINDIBILIDADE DO CONTATO FÍSICO DIRETO DO RÉU COM A VÍTIMA, A 
FIM DE PRIORIZAR O NEXO CAUSAL ENTRE O ATO PRATICADO PELO ACUSADO, DESTINADO À 
SATISFAÇÃO DA SUA LASCÍVIA, E O EFETIVO DANO À DIGNIDADE SEXUAL SOFRIDO PELA 
OFENDIDA. 
Veja ainda: Em situações excepcionais, tem-se que o crime de estupro pode se caracterizar, 
inclusive, em situações nas quais não há contato físico entre o agente e a vítima. STJ. 5ª 
Turma. HC 611.511/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, DJe 15/10/2020. 
STJ. 6ª Turma. HC 478.310, Rel. Min. Rogério Schietti, julgado em 09/02/2021. (Info 685) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A irmã de vítima do crime de estupro de vulnerável responde por conduta omissiva 
imprópria se assume o papel de garantidora. 
Nota: Para que uma pessoa responda por um crime omissivo impróprio é preciso que, na 
situação concreta, ela tivesse o dever legal de agir e, mesmo assim, deixou de atuar, o que 
acabou auxiliando na produção do resultado delituoso e há três hipóteses legais acerca do 
dever de agir: art. 13, §2°, do CP: “A omissão é penalmente relevante quando o omitente 
devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei 
obrigação de cuidado,proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade 
de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do 
resultado.” 
No caso concreto, a irmã assumiu a responsabilidade ao levar a criança para a sua casa sem a 
companhia da genitora e criou risco da ocorrência do resultado ao não denunciar o agressor, 
mesmo ciente de suas condutas, bem como ao continuar deixando a menina sozinha em casa. 
STJ. 5ª Turma. HC 603.195-PR, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 06/10/2020. (Info 681) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não há nenhuma nulidade quando o Juiz refuta o exame pericial não esclarecedor nos 
crimes de estupro de vulnerável sem conjunção carnal, para, acolhendo as demais provas, 
principalmente o depoimento da vítima e das testemunhas, concluir pela condenação do 
réu, porque no sistema jurídico penal brasileiro vigora o princípio do “livre convencimento 
motivado” do julgador. 
STJ. 6ª Turma. AgRg nos EDcl no RHC 127.089/MG, Rel. Ministro Nefi Cordeiro, julgado em 24/11/2020. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
No crime sexual cometido durante vulnerabilidade temporária da vítima, sob a égide do 
art. 225 do Código Penal com a redação dada pela Lei n. 12.015/2009, a ação penal pública 
é condicionada à representação. 
Nota: DIVERGÊNCIA -Em casos de vulnerabilidade da ofendida, a ação penal é pública 
incondicionada, nos moldes do parágrafo único do art. 225 do CP. Esse dispositivo não fez 
qualquer distinção entre a vulnerabilidade temporária ou permanente, haja vista que a 
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 02/18 
 
14 
condição de vulnerável é aferível no momento do cometimento do crime, ocasião em que há 
a prática dos atos executórios com vistas à consumação do delito. Em outras palavras, seja a 
vulnerabilidade permanente ou temporária, no caso de estupro de vulnerável a ação penal é 
sempre incondicionada. STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 1103678/PR, Rel. Min. Ribeiro Dantas, 
julgado em 26/02/2019. 
 
ATENÇÃO: A discussão acima exposta existia antes da Lei nº 13.718/2018. Atualmente não 
interessa mais, salvo para definir situações pretéritas. Isso porque a Lei 13.718/2018 alterou 
a redação do art. 225 do CP e passou a prever que TODOS os crimes contra a dignidade 
sexual são de ação pública incondicionada (sempre). Não há exceções! 
REsp 1.814.770-SP, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 05/05/2020, DJe 
01/07/2020. (Info 675 STJ) 
Mesmo sentido: STJ. 5ª Turma. RHC 148.695/MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonsenca, julgado em 17/08/2021. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A conduta caracterizada como “beijo lascivo”, contra criança de 05 (cinco) anos de idade, se 
subsome a prática do crime de estupro de vulnerável, previsto no art. 217-A do Código Penal. 
Não é possível desclassificar essa conduta para a contravenção penal de molestamento (art. 
65 do Decreto-Lei nº 3.668/41). 
STF. 1ª Turma. HC 134591/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 1/10/2019. (Info 
954) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O crime de assédio sexual (art. 216-A do CP) é geralmente associado à superioridade 
hierárquica em relações de emprego, no entanto pode também ser caracterizado no caso de 
constrangimento cometido por professores contra alunos. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1759135/SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. p/ Acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 
13/08/2019 (Info 658). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não é possível a desclassificação da figura do estupro de vulnerável (art. 217-A do CP) para o 
crime do art. 215-A do CP (importunação sexual). Isso porque o tipo penal do art. 215-A é 
praticado sem violência ou grave ameaça e o delito do art. 217-A inclui a presunção absoluta 
de violência ou grave ameaça, por se tratar de menor de 14 anos. 
STJ. 3ª Seção. AgRg na RvCr 4.969/DF, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 26/06/2019. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O crime previsto no inciso I do § 2º do artigo 218-B do Código Penal se consuma 
independentemente da manutenção de relacionamento sexual habitual entre o ofendido e o 
agente. 
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https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27201901450535%27.REG.
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 02/18 
 
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Nota: basta um único contato para configuração do crime. Além disso, o cliente pode ser punido 
sozinho, ainda que não exista um proxeneta. 
HC 371.633/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, por unanimidade, julgado em 19/03/2019, DJe 26/03/2019. (Info 645) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
No artigo 218-B do Código Penal não basta aferir a idade da vítima, devendo-se averiguar se o 
menor de 18 (dezoito) anos ou a pessoa enferma ou doente mental, não tem o necessário 
discernimento para a prática do ato, ou por outra causa não pode oferecer resistência. 
Nota: imaturidade associada à má situação financeira o torna vulnerável. 
HC 371.633-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, por unanimidade, julgado em 19/03/2019, DJe 26/03/2019. (Info 645) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A conduta consistente em manter casa para fins libidinosos, por si só, não mais caracteriza 
crime, sendo necessário, para a configuração do delito, que haja exploração sexual, assim 
entendida como a violação à liberdade das pessoas que ali exercem a mercancia carnal. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.683.375-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 14/08/2018. (Info 631) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A Súmula 608 do STF permanece válida mesmo após o advento da Lei nº 12.015/2009. Assim, 
em caso de estupro praticado mediante violência real, a ação penal é pública incondicionada 
mesmo após a Lei nº 12.015/2009. 
STF. 1ª Turma. HC 125360/RJ, rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 27/2/2018. (Info 892) 
 
15. CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É inconstitucional a aplicação do preceito secundário do art. 273 do Código Penal, com 
redação dada pela Lei nº 9.677/98 (reclusão, de 10 a 15 anos, e multa), à hipótese 
prevista no seu § 1ºB, I, que versa sobre a importação de medicamento sem registro no 
órgão de vigilância sanitária. 
 
Nota: Para esta situação específica, fica repristinado o preceito secundário do art. 273, na 
redação originária (reclusão, de 1 a 3 anos, e multa). 
STF. Plenário. RE 979962/RS, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 24/3/2021 (Repercussão Geral – Tema 1003). (Info 1011) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
NÃO será possível aplicar para o réu que praticou o art. 273, § 1º-B do CP a causa de diminuição 
prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006, por ausência de previsão legal. 
Nota: Divergências 
Para a 5ª Turma: SIM, é possível. Nesse sentido: STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1810273/SP, Rel. 
Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 01/10/2019. 
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 02/18 
 
16 
O § 1º-B foi inserido no art. 273 do CP por força da Lei 9.677/98. O objetivo do legislador foi o de 
punir pessoas que vendem determinados “produtos destinados a fins terapêuticos ou 
medicinais” e que, embora não se possa dizer que sejam falsificados, estão em determinadas 
condições que fazem com que seu uso seja potencialmente perigoso para a população. A pena 
prevista pelo legislador para o § 1º-B foi de 10 a 15 anos de reclusão. Ocorre que essa pena é 
muito alta e, por conta disso, começou a surgir entre os advogados que militam na área a 
constante alegação de que essa reprimenda seria inconstitucionalpor violar o princípio da 
proporcionalidade. A tese foi acolhida pelo STJ? SIM. O STJ decidiu que o preceito secundário do 
art. 273, § 1º-B, inciso V, do CP é inconstitucional por ofensa aos princípios da proporcionalidade 
e da razoabilidade. O que o STF entende a respeito? O Plenário do STF ainda não se manifestou 
sobre o tema. No entanto, existem precedentes da Corte em sentido contrário ao que decidiu o 
STJ, ou seja, acórdãos sustentando que o § 1º-B do art. 273 é CONSTITUCIONAL (RE 829226 AgR, 
Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 10/02/2015; RE 844152 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 
02/12/2014). Para fins de concurso, você deve estar atento para o modo como a pergunta será 
formulada. Se indagarem a posição do STJ, é pela inconstitucionalidade. Se perguntarem sobre o 
STF, este possui precedentes sustentando que o art. 273, § 1º-B, do CP é constitucional. Caso o 
enunciado não diga qual dos dois entendimentos está sendo exigido, assinale a posição STJ 
porque esta foi divulgada em Informativo e é mais conhecida. STJ. Corte especial. AI no HC 
239363-PR, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 26/2/2015 (Info 559). STJ. 5ª Turma. AgRg 
no AREsp 1192979/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 13/12/2018. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1740663/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 11/06/2019. 
 
16. CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A empresa ostensiva, ou seja a importadora aparente, que não indica o verdadeiro importador 
das mercadorias pratica o delito tipificado no art. 299 do Código Penal (falsidade ideológica). 
Nota: demais, considera-se como local da infração a sede fiscal da pessoa jurídica responsável 
pela inserção, na Declaração de Importação, de seu nome como importadora ostensiva, 
sabedora de que o real importador é outro. 
STJ. 3ª Seção. AgRg no CC 175.542/PR, Rel. Joel Ilan Paciornik, julgado em 24/02/2021 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Na falsidade ideológica, o termo inicial da contagem do prazo da prescrição da pretensão 
punitiva é o momento da consumação do delito (e não o momento da eventual reiteração de 
seus efeitos). 
Nota: A falsidade ideológica é crime formal e instantâneo, cujos efeitos podem se protrair no 
tempo. 
STJ. 3ª Seção. RvCr 5233-DF, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 13/05/2020 (Info 672). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
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https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/54eea69746513c0b90bbe6227b6f46c3?categoria=11&subcategoria=110
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/54eea69746513c0b90bbe6227b6f46c3?categoria=11&subcategoria=110
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17 
Adulterar placa de veículo reboque ou semirreboque não configura o crime do art. 311 do CP. 
STJ. 6ª Turma. RHC 98058-MG, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 24/09/2019 (Info 657). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Para tipificar o crime do art. 291 do CP, basta que o agente detenha a posse de petrechos 
destinados à falsificação de moeda, sendo prescindível que o maquinário seja de uso exclusivo 
para esse fim. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.758.958-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 11/09/2018. (Info 633) 
 
17. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A conduta de ingressar em estabelecimento prisional com chip de celular não se subsome ao 
tipo penal previsto no art. 349-A do Código Penal. 
Nota: Cuidado para não confundir: A posse de chip de telefone celular pelo preso, dentro de 
estabelecimento prisional, configura falta disciplinar de natureza grave, ainda que ele não esteja 
portando o aparelho (STJ. 5ª Turma. HC 260122-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 
21/3/2013). 
STJ. 5ª Turma. HC 619776/DF, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 20/04/2021 (Info 693). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O crime de exercício arbitrário das próprias razões é formal e consuma-se com o emprego 
do meio arbitrário, ainda que o agente não consiga satisfazer a sua pretensão. 
Nota: Na doutrina, há posição de que o crime é material (Nelson Hungria e Mirabete, por 
exemplos): Se o agente não conseguiu o resultado pretendido, ele não fez justiça pelas 
próprias mãos. Logo, o delito não se consumou. 
 
Entretanto, para o STJ, o tipo penal afirma que o sujeito age “para satisfazer” a sua pretensão 
sendo, então, suficiente, para a consumação do delito, que o agente tenha praticado atos 
para fazer justiça com as próprias mãos, ainda que não tenha conseguido. 
FRISA-SE QUE NÃO É NECESSÁRIO QUE O AGENTE TENHA ATINGIDO EFETIVAMENTE O SEU 
OBJETIVO. E, POR FIM, RESSALTA-SE QUE A SATISFAÇÃO, SE OCORRER, CONSTITUI MERO 
EXAURIMENTO DA CONDUTA. 
 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.860.791, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 09/02/2021. (Info 685) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Aquele que compra o prestígio de alguém que alegava ter influência junto a órgão público para 
impedir um ato de fiscalização, apesar de praticar ato antiético e imoral, não comete nenhum 
ilícito se, ao fim e ao cabo, é enganado e não obtém o resultado esperado. 
STJ. 5ª Turma. RHC 122.913, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 15/12/2020. 
 
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https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/5e98d23afe19a774d1b2dcbefd5103eb?categoria=11&subcategoria=110
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18 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O crime do art. 359-C do CP é próprio considerando que somente pode ser sujeito ativo do 
delito o agente público que tenha poderes para contrair obrigação em nome do ente que 
representa. 
STJ. 5ª Turma. AREsp 1.415.425-AP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 19/09/2019. (Info 657) 
 
17.1 Crimes Diversos 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não é típico o ato do servidor que se apropria de valores que já lhe pertenceriam, em razão 
do cargo por ele ocupado. 
Nota: Nos termos da jurisprudência deste STJ, não é típico o ato do servidor que se apropria 
de valores que já lhe pertenceriam, em razão do cargo por ele ocupado. Assim, a conduta da 
funcionária poderia ter repercussões disciplinares ou mesmo no âmbito da improbidade 
administrativa, mas não se ajusta ao delito de peculato, porque seus vencimentos 
efetivamente lhe pertenciam. Se o servidor merecia perceber a remuneração, à luz da 
ausência da contraprestação respectiva, é questão a ser discutida na esfera administrativo-
sancionadora, mas não na instância penal, por falta de tipicidade. 
STJ. 5a Turma. AgRg no AREsp 2.073.825-RS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 16/08/2022, 
DJe 22/08/2022. (Info 746). 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Configura o crime de corrupção ativa o oferecimento de vantagem indevida a funcionário 
público para determiná-lo a omitir ou retardar ato de ofício relacionado com o 
cometimento do crime de posse de drogas para uso próprio. 
 
Nota: O artigo 28 da Lei de Drogas, ainda que não preveja pena privativa de liberdade, 
permanece como crime. Não houve descriminalização da conduta, mas tão somente sua 
despenalização, vez que a norma especial conferiu tratamento penal mais brando aos 
usuários de drogas. Em casos dessa natureza, muito embora não se imponha a prisão em 
flagrante, é obrigação do policial conduzir o autor do fato diretamente ao juízo competente 
ou, na falta deste, à delegacia, lavrando-se, neste caso, o respectivo termo circunstanciado e 
providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários, nos termos do artigo48, 
§§ 2º e 3º, da Lei n. 11.343/2006. 
Cumpre ressaltar, ainda, que para a configuração do delito de corrupção ativa, a norma penal 
sequer exige que o ato de ofício tenha sido efetivamente praticado, até porque, em se 
constatando que o funcionário retardou ou omitiu ato de ofício, ou o praticou infringindo 
dever funcional, incidirá a causa de aumento de pena prevista no parágrafo único do artigo 
333 do Código Penal. 
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https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGARESP.clas.+ou+%22AgRg+no+AREsp%22.clap.%29+e+%40num%3D%222073825%22%29+ou+%28%28AGARESP+ou+%22AgRg+no+AREsp%22%29+adj+%222073825%22%29.suce.
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19 
STJ. 5ª Turma. AREsp 2.007.599-RJ, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Quinta Turma, por 
unanimidade, julgado em 03/05/2022. (Info 735). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O mero proveito econômico não é suficiente para tipificar o crime de peculato-desvio, é 
necessário que o agente pratique alguma conduta voltada ao desvio de verbas públicas. 
STJ. AgRg no RHC 144.053-RJ, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador Convocado Do TJDFT), Rel. Acd. Min. Ribeiro Dantas, 
Quinta Turma, por maioria, julgado em 19/10/2021, DJe 03/11/2021. 
 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Para tipificação do art. 317 do Código Penal - corrupção passiva -, deve ser demonstrada a 
solicitação ou recebimento de vantagem indevida pelo agente público, não configurada 
quando há mero ressarcimento ou reembolso de despesa. 
Nota: Não comete crime o médico do SUS que cobra do paciente um valor pelo fato de utilizar, 
na cirurgia, a sua máquina particular de videolaparoscopia (que não é oferecida na rede 
pública). 
 
STJ. 5ª Turma. HC 541.447-SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 14/09/2021 (Info 709). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A norma do art. 331 do Código Penal, que tipifica o crime de desacato, foi recepcionada 
pela Constituição de 1988. 
 
Nota: De acordo com a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos e do 
Supremo Tribunal Federal, a liberdade de expressão não é um direito absoluto e, em casos de 
grave abuso, é legítima a utilização do direito penal para a proteção de outros interesses e 
direitos relevantes. 
STF. Plenário. ADPF 496, Rel. Roberto Barroso, julgado em 22/06/2020. (Info 992) 
Mesmo sentido: STF. 2ª Turma. HC 141949/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 13/03/2018. (Info 894) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Pratica corrupção passiva o Deputado Federal que recebe vantagem indevida para interceder 
junto a diretor da Petrobrás com o intuito de que fazer com que a empresa faça acordo com 
empresa privada e pague a ela determinadas quantias em atraso. 
Nota: o julgado trouxe novo entendimento indo ao encontro do julgado STJ 6ª Turma no Resp 
1745410, de 02/10/2018 (Informativo 635). 
STF. 2ª Turma. AP 1002/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 9/6/2020. (Info 981) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Configura o crime de peculato-desvio o fomento econômico de candidatura à reeleição por 
Governador de Estado com o patrimônio de empresas estatais. 
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https://processo.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=AREsp2007599
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+RHC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22144053%22%29+ou+%28%28AGRRHC+ou+%22AgRg+no+RHC%22%29+adj+%22144053%22%29.suce.
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20 
REsp 1.776.680-MG, Rel. Min. Jorge Mussi, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 11/02/2020, DJe 21/02/2020. (Info 666-
STJ) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O administrador que desconta valores da folha de pagamento dos servidores públicos para 
quitação de empréstimo consignado e não os repassa a instituição financeira pratica peculato-
desvio, sendo desnecessária a demonstração de obtenção de proveito próprio ou alheio, 
bastando a mera vontade de realizar o núcleo do tipo. 
APn 814-DF, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Corte Especial, por maioria, julgado em 
06/11/2019, DJe 04/02/2020. (Info 664, STJ) 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Deputado Federal que recebe propina para apoiar permanência de diretor de estatal comete 
crime de corrupção passiva. 
STF. 1ª Turma. Inq 3515/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/10/2019. (Info 955). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O diretor de organização social pode ser considerado funcionário público por equiparação para 
fins penais (art. 327, § 1º do CP). Isso porque as organizações sociais que celebram contratos 
de gestão com o Poder Público devem ser consideradas “entidades paraestatais”, nos termos 
do art. 327, § 1º do CP. 
Nota: São considerados funcionários públicos para fins penais: Diretor de organização social STF. 
1ª Turma. HC 138484/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/9/2018 (Info 915). 
Administrador de Loteria STJ. 5ª Turma. AREsp 679.651/RJ, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado 
em 11/09/2018. Advogados dativos STJ. 5ª Turma. HC 264.459-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da 
Fonseca, julgado em 10/3/2016 (Info 579). Médico de hospital particular 
credenciado/conveniado ao SUS (após a Lei 9.983/2000) STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 
1101423/RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 06/11/2012. Estagiário de órgão ou 
entidade públicos STJ. 6ª Turma. REsp 1303748/AC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 
25/06/2012. 
STF. 1ª Turma. HC 138484/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/09/2018. (Info 915) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Pratica corrupção passiva o Deputado que concede apoio político à permanência de Diretor 
da Petrobrás em troca do recebimento de propina. 
STF. 2ª Turma. AP 996/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 29/5/2018. (Info 904) 
 
17.2 Descaminho 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
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https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27201802862763%27.REG.
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27201500798123%27.REG.
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21 
Para aplicação da majorante prevista no art. 334, § 3º, do Código Penal, é necessária a 
condição de clandestinidade. 
Nota: 
A majorante somente pode ser aplicada quando houver uma maior reprovabilidade da 
conduta, caracterizada pela atuação do imputado no sentido de dificultar a fiscalização 
estatal, por meio da clandestinidade. 
Em sentido contrário: STJ e 1ª Turma do STF: NÃO. 
O art. 334, § 3º, do Código Penal prevê a aplicação da pena em dobro se “o crime de 
contrabando ou descaminho é praticado em transporte aéreo”. 
Se a lei não faz restrições quanto à espécie de voo que enseja a aplicação da majorante, não 
cabe ao intérprete restringir a aplicação do dispositivo legal, sendo irrelevante que o 
transporte seja clandestino ou regular. 
STJ. 5ª Turma. HC 390.899/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 23/11/2017. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1850255/SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 
26/05/2020. 
O art. 334, § 3º, do CP, ao versar sobre o aumento da sanção nos casos de descaminho 
praticado 
em transporte aéreo, não distingue os casos de voos clandestinos ou regulares. 
STF. 1ª Turma. HC 169846, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 12/11/2019. 
STF. Plenário. HC 162553 AgR/CE, relator Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/9/2021 
(Info 1030). 
Em sentido contrário: STJ e 1ª Turma do STF 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA...Compete à Justiça Federal o julgamento dos crimes de contrabando e de descaminho, ainda 
que inexistentes indícios de transnacionalidade na conduta. 
STJ. 3ª Seção. CC 160.748-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 26/09/2018. (Info 635) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É dispensada a existência de procedimento administrativo fiscal com a posterior constituição 
do crédito tributário para a configuração do crime de descaminho (art. 334 do CP), tendo em 
conta sua natureza formal. 
STF. 1ª Turma. HC 121798/BA, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 29/5/2018. (Info 904) 
 
17.3 Contrabando (Art. 334 A) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Configura CONTRABANDO (e não descaminho) a conduta de importar, à margem da disciplina 
legal, arma de pressão por ação de gás comprimido ou por ação de mola. 
Não é possível aplicar o princípio da insignificância mesmo que a arma de ar comprimido 
importada seja de calibre inferior a 6 mm, já que este postulado é incabível para contrabando. 
STF. 2ª Turma. HC 131943/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 7/5/2019. (Info 939) 
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
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22 
Mesmo sentido: STJ. 5ª Turma. REsp 1428628/RS, julgado em 28/04/2015/STJ. 6ª Turma. REsp 1.427.726-RS, julgado em 
14/10/2014. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Compete à Justiça Federal a condução do inquérito que investiga o cometimento do delito 
previsto no art. 334, § 1º, IV, do Código Penal, na hipótese de venda de mercadoria estrangeira, 
permitida pela ANVISA, desacompanhada de nota fiscal e sem comprovação de pagamento de 
imposto de importação. 
STJ. CC 159.680-MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, por unanimidade, julgado em 08/08/2018, DJe 20/08/2018. 
 
17.4 Denunciação Caluniosa (Art.339) 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Se, em razão da comunicação falsa de crime, houve a instauração de inquérito policial, sendo 
a falsidade descoberta durante os atos investigatórios nele realizados, o delito cometido é o 
de denunciação caluniosa, previsto no art. 339 do CP. O fato de o indivíduo apontado 
falsamente como autor do delito inexistente não ter sido indiciado no curso da investigação 
não é motivo suficiente para desclassificar a conduta para o crime do art. 340. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1482925-MG, Rel. Min. Sebastião Reis, julgado em 6/10/2016. (Info 592) 
 
17.5 Conceito de Funcionário Público e Causa de Aumento do Art. 327§2° do CP 
 
Resumão: São considerados funcionários públicos para fins penais: Diretor de organização social 
STF. 1ª Turma. HC 138484/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/9/2018 (Info 915). 
Administrador de Loteria STJ. 5ª Turma. AREsp 679.651/RJ, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado 
em 11/09/2018. Advogados dativos STJ. 5ª Turma. HC 264.459-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da 
Fonseca, julgado em 10/3/2016 (Info 579). Médico de hospital particular 
credenciado/conveniado ao SUS (após a Lei 9.983/2000) STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 
1101423/RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 06/11/2012. Estagiário de órgão ou 
entidade públicos STJ. 6ª Turma. REsp 1303748/AC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 
25/06/2012. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O Capítulo I do Título XI do Código Penal, que tipifica os crimes praticados por funcionários 
contra a administração em geral, não se aplica aos dirigentes do "Sistema S". 
 
STJ. RHC 163.470-DF, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 21/06/2022, DJe 27/06/2022. 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A causa de aumento do art. 327, § 2º, do CP não se aplica para autarquias. 
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http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=CC159680
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202201050699%27.REG.
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DELEGADO PERNAMBUCO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 02/18 
 
23 
Nota: Isso porque o dispositivo legal menciona apenas órgãos, sociedade de economia mista, 
empresas públicas e fundações. 
STF. 2ª Turma. AO 2093/RN, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 3/9/2019. (Info 950) 
 
18. OUTROS CRIMES DO CÓDIGO PENAL E LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A desobediência à ordem legal de parada, emanada por agentes públicos em 
contexto de policiamento ostensivo, para a prevenção e repressão de crimes, 
constitui conduta penalmente típica, prevista no art. 330 do Código Penal 
Brasileiro. 
 
STJ. REsp 1.859.933-SC, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Terceira Seção, por maioria, julgado em 09/03/2022, DJe 
01/04/2022. (Tema 1060) – (Info 732) 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A contratação de detetive particular não é suficiente para justificar ação penal por 
perturbação da tranquilidade. 
 
STJ. 5ª Turma. RHC 140114/DF, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 09/03/2021. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Comete crime de desobediência o indivíduo que não atende a ordem dada pelo oficial de 
justiça na ocasião do cumprimento de mandado de entrega de veículo. 
Nota: a Lei afirma expressamente que a aplicação da multa ocorre sem prejuízo de 
responsabilização na esfera penal. 
STF. 1ª Turma. HC 169417/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 28/4/2020. (Info 
975) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O porte de arma branca é conduta que permanece típica na Lei das Contravenções Penais, art. 
19, não havendo que se falar em violação ao princípio da intervenção mínima ou da legalidade. 
RHC 56.128-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 10/03/2020, DJe 26/03/2020. (Info 668-
STJ) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A materialidade do delito de incêndio deve ser comprovada, em regra, mediante exame 
de corpo de delito, podendo ser suprida por outros meios caso haja uma justificativa para 
a não realização do laudo pericial. 
Nota: conforma autoriza o art. 167 do CPP. 
HC 136964/RS, rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 18.2.2020. (HC-136964) 
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https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202000225649%27.REG.
http://www.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&cod_tema_inicial=1060&cod_tema_final=1060
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/10c72a9d42dd07a028ee910f7854da5d?categoria=11&subcategoria=112
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/10c72a9d42dd07a028ee910f7854da5d?categoria=11&subcategoria=112
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27201500185236%27.REG.
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=136964&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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24 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Mero fato de o Ministro ter pedido vista do processo sem saber que estava impedido, 
devolvendo na sessão seguinte e declarando seu impedimento, não configura indício de que ele 
tenha praticado tráfico de influência (art. 332, caput, do Código Penal). 
STF. 1ª Turma. Inq 4075/DF, rel orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 10/9/2019. (Info 
951) 
 
19. CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (LEI 7.492/86) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O delito do art.19 da lei 7.492/86, "obter mediante fraude financiamento em instituição 
financeira não exige, para a sua configuração, efetivo ou potencial abalo ao Sistema Financeiro 
Nacional. 
TJ. 5ª Turma. gRg noAgRg no AREsp 1642491/SP, Rel Min. Joel Ilan, julgado em 19/05/2020. 
Mesmo sentido: STJ. 3ª Seção. CC 161707/MA, Rel Min. Joel Ilan, julgado em 12/12/2018 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Compete à Justiça Federal julgar a conduta de réu que faz oferta pública de contrato de 
investimento coletivo em criptomoedas sem prévia autorização da CVM. 
Nota: Se a denúncia imputa a oferta pública de contrato de investimento coletivo (sem prévio 
registro), não há dúvida de que incide as disposições contidas na Lei nº 7.492/86 (Lei de Crimes 
contra o Sistema Financeiro), especialmente porque essa espécie de contrato caracteriza valor 
mobiliário, nos termos do art. 2º, IX, da Lei nº 6.385/76. Logo, compete à Justiça Federal apurar 
os crimes relacionados com essa conduta. Compete à Justiça Federal julgar crimes relacionados 
à oferta pública de contrato de investimento coletivo em criptomoedas. 
STJ. 6ª Turma. HC 530563-RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 05/03/2020 (Info 667). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A aplicação financeira realizada por meio da aquisição de cotas de fundo de investimento no 
exterior sem que isso seja declarado ao BACEN configura o crime do art. 22, parágrafo único, 
parte final, da Lei nº 7.492/86 
STJ. 5ª Turma. AREsp 774.523-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 07/05/2019. (Info 648) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A simulação de consórcio por meio de venda premiada, operada sem autorização do Banco 
Central do Brasil, configura crime contra o sistema financeiro, tipificado pelo art. 16 da Lei 
nº 7.492/86, o que atrai a competência da Justiça Federal. 
STJ. 3ª Seção. CC 160.077-PA, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 10/10/2018. (Info 637) 
 
20. RACISMO (LEI 7.716/89) 
 
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https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/d0f3cac4d12fa2668b1ffbc4e3254253?categoria=11&subcategoria=113
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A lei nº 7.716/89 pode ser aplicada para punir as condutas homofóbicas e transfóbicas. 
Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Nacional destinada a implementar os 
mandados de criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição da 
República, as condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, que envolvem 
aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero de alguém, por traduzirem 
expressões de racismo, compreendido este em sua dimensão social, ajustam-se, por 
identidade de razão e mediante adequação típica, aos preceitos primários de 
incriminação definidos na Lei nº 7.716, de 08.01.1989, constituindo, também, na hipótese 
de homicídio doloso, circunstância que o qualifica, por configurar motivo torpe (Código 
Penal, art. 121, § 2º, I, “in fine”). 
Nota: o conceito de racismo é construção social. Julgado muito importante. Recomenda-se 
a leitura completa. 
 
STF. Plenário. ADO 26/DF, Rel. Min. Celso de Mello; MI 4733/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em 13/6/2019. (Info 944) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Palestra proferida por Bolsonaro com críticas aos quilombolas e estrangeiros não 
configurou racismo 
Nota: O então Deputado Federal Jair Bolsonaro proferiu palestra no auditório de determinado 
clube e ali fez críticas e comentários negativos a respeito dos quilombolas e também de povos 
estrangeiros. No trecho mais questionado de sua palestra, ele afirmou: “Eu fui em um 
quilombola em El Dourado Paulista. Olha, o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. 
Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador eles servem mais. Mais de um bilhão de 
reais por ano gastado com eles. Recebem cesta básica e mais material em implementos 
agrícolas. Você vai em El Dourado Paulista, você compra arame farpado, você compra enxada, 
pá, picareta por metade do preço vendido em outra cidade vizinha. Por que? Porque eles 
revendem tudo baratinho lá. Não querem nada com nada.” 
O STF entendeu que a conduta de Bolsonaro não configurou o crime de racismo (art. 20 da 
Lei nº 7.716/89). As palavras por ele proferidas estão dentro da liberdade de expressão 
prevista no art. 5º, IV, da CF/88, além de também estarem cobertas pela imunidade 
parlamentar (art. 53 da CF/88). O objetivo de seu discurso não foi o de repressão, dominação, 
supressão ou eliminação dos quilombolas ou dos estrangeiros. 
O pronunciamento do parlamentar estava vinculado ao contexto de demarcação e proveito 
econômico das terras e configuram manifestação política que não extrapola os limites da 
liberdade de expressão. Além disso, as manifestações de Bolsonaro estavam relacionadas 
com a sua função de parlamentar. Inclusive, o convite para a palestra se deu em razão do 
exercício do cargo de Deputado Federal a fim de dar a sua visão geopolítica e econômica do 
País. Assim, havia uma vinculação das manifestações apresentadas na palestra com os 
pronunciamentos do parlamentar na Câmara dos Deputados, de sorte que incide a imunidade 
parlamentar. 
STF. 1ª Turma. Inq 4694/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/9/2018. (Info 915) 
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NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A incitação ao ódio público contra quaisquer denominações religiosas e seus seguidores não 
está protegida pela cláusula constitucional que assegura a liberdade de expressão. Assim, 
é possível, a depender do caso concreto, que um líder religioso seja condenado pelo crime 
de racismo (art. 20, §2º, da Lei nº 7.716/89) por ter proferido discursos de ódio público 
contra outras denominações religiosas e seus seguidores. 
STF. 2ª Turma. RHC 146303/RJ, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, julgado em 6/3/2018 (Info 893). 
 
21. CRIMES NO ECA 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Mesmo que a genitália da criança ou adolescente não esteja desnuda, é possível enquadrar 
a imagem como ‘cena de sexo explícito ou pornográfica’ para os fins do art. 241-E do ECA. 
Nota: O STJ já havia decidido no mesmo sentido: Fotografar cena e armazenar fotografia de 
criança ou adolescente em poses nitidamente sensuais, com enfoque em seus órgãos 
genitais, ainda que cobertos por peças de roupas, e incontroversa finalidade sexual e 
libidinosa, adéquam, respectivamente, aos tipos do art. 240 e 241-B do ECA. Portanto, 
configuram os crimes dos arts. 240 e 241-B do ECA quando fica clara a finalidade sexual e 
libidinosa de fotografias produzidas e armazenadas pelo agente, com enfoque nos órgãos 
genitais de adolescente — ainda que cobertos por peças de roupas —, e de poses nitidamente 
sensuais, em que explorada sua sexualidade com conotação obscena e pornográfica. STJ. 6ª 
Turma. REsp 1543267-SC, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 3/12/2015 
(Info 577). 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.899.266/SC, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 15/03/2022 (Info 729). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O elevadíssimo número de material compartilhado, seu conteúdo repugnante, o modus 
operandi revelador do profissionalismo do agente e a revitimização de milhares de crianças 
constituem elementos que extrapolam em muito o tipo penal do art. 241-A do Estatuto da 
Criança e do Adolescente e autorizam o aumento da pena basilar. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 1.636.214/BA, Rel. Min. ReynaldoSoares da Fonseca, julgado em 26/05/2020. 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Em regra, não há automática consunção quando ocorrem armazenamento e 
compartilhamento de material pornográfico infanto-juvenil. 
Nota: Isso porque o cometimento de um dos crimes não perpassa, necessariamente, pela 
prática do outro. No entanto, é possível a absorção a depender das peculiaridades de cada 
caso, quando as duas condutas guardem, entre si, uma relação de meio e fim estreitamente 
vinculadas. O princípio da consunção exige um nexo de dependência entre a sucessão de 
fatos. Se evidenciado pelo caderno probatório que um dos crimes é absolutamente 
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autônomo, sem relação de subordinação com o outro, o réu deverá responder por ambos, 
em concurso material. A distinção se dá em cada caso, de acordo com suas especificidades. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1579578-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 04/02/2020 (Info 666). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O grande interesse por material que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica 
envolvendo criança ou adolescente é ínsito ao crime descrito no art. 241-A da Lei n. 
8.069/1990, não sendo justificável a exasperação da pena-base a título de conduta social 
ou personalidade. 
Não confunda: O elevadíssimo número de material compartilhado, seu conteúdo repugnante, 
o modus operandi revelador do profissionalismo do agente e a revitimização de milhares de 
crianças constituem elementos que extrapolam em muito o tipo penal do art. 241-A do 
Estatuto da Criança e do Adolescente e autorizam o aumento da pena basilar. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 1.636.214/BA, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado 
em 26/05/2020. 
REsp 1.579.578-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por maioria, julgado em 04/02/2020, DJe 17/02/2020. (Info 666-
STJ) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O delito do art. 240 do ECA é classificado como crime formal (consumação antecipada), 
comum, de subjetividade passiva própria (criança ou adolescente), consistente em tipo 
misto alternativo. 
Obs: Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, 
cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente. 
STJ. 5ª Turma. PExt no HC 438.080-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 27/08/2019. (Info 655) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É válida a extinção de medida socioeducativa de internação quando o juízo da execução, 
ante a superveniência de processo-crime após a maioridade penal, entende que não restam 
objetivos pedagógicos em sua execução. 
HC 551.319-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 12/05/2020, DJe 18/05/2020. (Info 672-STJ) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Tratando-se de medida socioeducativa aplicada sem termo, o prazo prescricional deve ter 
como parâmetro a duração máxima da internação (3 anos), e não o tempo da medida, que 
poderá efetivamente ser cumprida até que o socioeducando complete 21 anos de idade. 
AgRg no REsp 1.856.028-SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 12/05/2020, DJe 
19/05/2020. (Info 672-STJ) 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
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https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27201503258886%27.REG.
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27201903708494%27.REG.
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1856028
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A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na 
aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, 
enquanto não atingida a idade de 21 anos. 
Terceira Seção, aprovada em 14/03/2018, DJe 19/03/2018. (Info 620) 
STJ.SÚMULA N. 605 
 
 
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