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Primeiros Socorros e Segurança em Ambientes de Laboratório

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DESCRIÇÃO
Principais acidentes em ambientes de laboratório e ações de primeiros socorros.
PROPÓSITO
Compreender os principais acidentes em ambiente laboratorial e os primeiros socorros, algo
essencial para atuar de forma rápida e eficiente, pois isso contribui para manter a segurança e
reduzir danos provocados pelos acidentes.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos um dicionário de termos técnicos da
área da saúde para entender termos específicos da área.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever os principais tipos de acidentes que ocorrem em ambientes de laboratório
MÓDULO 2
Relacionar as ações de primeiros socorros às principais consequências dos acidentes que
ocorrem em ambientes de laboratório
INTRODUÇÃO
O trabalho em laboratório exige do profissional habilidades e competências técnicas
específicas da área. Porém, além disso, o profissional deve estar atento a outros fatores.
O ambiente laboratorial é um local onde os profissionais estão expostos a riscos físicos,
químicos e biológicos. Apesar de serem preconizadas inúmeras medidas para garantir a
segurança do trabalho no laboratório, o risco de acidentes é grande. Sendo assim, os
profissionais precisam conhecer os principais tipos de acidentes e as medidas de primeiros
socorros relacionadas a eles, a fim de reduzir os danos.
Vamos aprender como agir diante de acidentes nos ambientes de laboratório. Para isso, você
conhecerá os principais tipos de acidentes que ocorrem em laboratórios e as ações de
primeiros socorros relacionadas a eles.
MÓDULO 1
 Descrever os principais tipos de acidentes que ocorrem em ambientes de laboratório
RISCO E PERIGO NO CONTEXTO DO
LABORATÓRIO
Não podemos contestar o papel dos laboratórios no desenvolvimento da sociedade. Seja a
produção de um simples analgésico, no apoio ao diagnóstico ou na nanomedicina, tudo isso
passa pelo ambiente laboratorial. Os profissionais que trabalham nesses ambientes precisam
se manter em constante aperfeiçoamento técnico para acompanhar os avanços tecnológicos.
Fonte: Shutterstock.com
Entretanto, esses ambientes tão importantes para a sociedade podem ser muito perigosos e
expõem potencialmente os profissionais a diferentes riscos, como contaminação por produtos
químicos, contaminação com material biológico, ferimentos com materiais cortantes ou até
mesmo quedas ou explosões.
Fonte: Shutterstock.com
Você sabia que perigo e risco, apesar de andarem juntos, são coisas diferentes? Vamos
entender isso melhor?
PERIGO
Perigo é qualquer coisa ou situação que pode provocar danos à saúde de qualquer espécie.

RISCO
De forma diferente, o risco é a probabilidade de que esses danos aconteçam.
Um profissional que trabalha em um laboratório de pesquisa ou de análises clínicas, por
exemplo, lida constantemente com o perigo (situações que podem provocar danos). Muitas
vezes, as soluções utilizadas nos laboratórios são preparadas com reagentes tóxicos e
inflamáveis, e até mesmo a simples coleta de uma amostra de sangue para um exame ou
durante a doação, devido aos materiais perfurocortantes utilizados, pode oferecer riscos.
Assim, há alto risco de danos, como a inalação desses reagentes, caso não sejam
manipulados de forma correta. Há também a possibilidade de os profissionais se acidentarem
durante a coleta, o que pode provocar doenças infectocontagiosas.
Fonte: Shutterstock.com
Outro exemplo clássico são os bombeiros. Eles não podem reduzir os perigos a que estão
expostos, então adotam medidas para diminuir a chance de o dano acontecer. Para isso, eles
têm protocolos de segurança, passam por treinamentos e usam equipamentos de proteção.
Isso faz com que, apesar de os perigos da profissão continuarem, os riscos sejam diminuídos.
Assim como os bombeiros, os profissionais nos ambientes de laboratório estão expostos a
riscos químicos, biológicos, físicos, ergonômicos e de acidentes. Também devem ser
adotados protocolos, treinamentos e a utilização dos equipamentos de proteção individual e
coletiva. Exercer suas funções com cuidado, respeitando as questões de biossegurança e
conhecendo quais são os riscos que encontraremos em um ambiente laboratorial, é de suma
importância não apenas individualmente, como também coletivamente, evitando danos à
sociedade e ao meio ambiente.
Fonte: Shutterstock.com
RISCOS QUÍMICOS
Os produtos químicos encontrados no laboratório têm um amplo espectro de propriedades
físicas, químicas e toxicológicas. Os riscos associados aos produtos químicos devem ser bem
compreendidos antes de seu uso em um equipamento, experimento, exame, uma manipulação
ou durante a preparação de solução, ou então na simples preparação de uma lâmina para
observação ao microscópio.
A manipulação deve ser cuidadosa desde sua abertura até o descarte final. Antes de manipular,
devemos sempre conhecer o produto com o qual iremos trabalhar. É de suma importância
saber:
Se sofre decomposição, peroxidação ou polimerização pela ação da luz, do calor ou de ambos.
Se é instável ou reativo frente à água e ao ar.
A forma mais apropriada de manipulação.
Tipo de luva que deve ser utilizado.
Tipo de frasco armazenado.
Local de manipulação.
Se é ou não necessária a utilização de uma capela de exaustão.
Os produtos químicos são encontrados nos laboratórios nas formas líquidas, sólidas e gasosas
e, quando absorvidos pelo organismo, pelas vias respiratórias (inalação), pela via cutânea
(contato com a pele) e pela via digestiva, podem produzir efeitos tóxicos e danos à saúde.
 EXEMPLO
Alguns exemplos são queimaduras em geral, dermatites de contato, irritação nas mucosas,
vias áreas, ação tóxica no sistema nervoso, aplasia de medula, asfixias e efeitos
carcinogênicos, mutagênicos e teratogênicos.
A seguir, podemos ver alguns riscos e cuidados na manipulação de algumas substâncias
utilizadas nos laboratórios.
Quadro 01: Riscos e cuidados na manipulação dos produtos químicos
Produto químico Riscos Manipulação
Solventes
Benzeno Carcinogênico.
Sempre que possível,
substitua-o por
tolueno, menos
tóxico. Evite o contato
com a pele e a
inalação de seus
vapores. Use a capela
ao manipulá-lo,
protegido por luvas,
óculos e máscara.
Tetracloreto
de carbono
Exposição aos vapores
em altas concentrações
no ar pode levar à
morte por falha
respiratória. Exposição
menos severa pode
causar danos aos rins
e ao fígado.
Sempre que possível,
substitua-o por
diclorometano, que
oferece menor risco.
Manipule-o na capela,
usando os
equipamentos de
proteção adequados.
Clorofórmio
Exposição aos vapores
em altas concentrações
no ar pode levar à
morte por falha
respiratória. Exposição
menos severa pode
causar danos aos rins
e ao fígado.
Manipule-o na capela,
usando os
equipamentos de
proteção adequados.
Pode ser substituído,
com vantagens para a
segurança, pelo
diclorometano.
Éter etílico Seus vapores são mais
pesados do que o ar e
podem se propagar
pela bancada e atingir
fontes de ignição,
causando incêndios,
pois é extremamente
inflamável. O produto
anidro tende a formar
peróxidos. Pode afetar
o sistema nervoso
central, causando
inconsciência ou
mesmo a morte, se a
exposição for severa.
Manipule-o sempre na
capela.
Metanol
É um líquido inflamável
que reage
explosivamente com
brometos, ácido nítrico,
clorofórmio, hipoclorito
de sódio, zinco
dietílico, soluções de
alquilaluminatos,
trióxido de fósforo,
peróxido de hidrogênio,
terc-butóxido de
potássio e perclorato
de chumbo.
Manipule-o sempre na
capela.
Etanol
É um líquido
inflamável, e seus
vapores podem formar
misturas explosivas
com o ar em
temperatura ambiente.
O etanol reage
vigorosamente com
vários agentes
oxidantes e com outras
substâncias químicas,
como nitrato de prata,
ácido nítrico, perclorato
de potássio, peróxido
de hidrogênio,
permanganato de
potássio, entre outros.
Manipule-o sempre na
capela.
Aldeídos Formaldeídos
A exposição aos seus
vapores pode causar
câncernos pulmões e
na nasofaringe. Pode
também causar
irritação na pele, nos
olhos e no trato
respiratório e edemas.
Deve ser manipulado
na capela, usando-se
os equipamentos de
proteção adequados
Hidrácidos
Ácido
fluorídrico
Tanto na forma gasosa
como em solução, é
capaz de penetrar
profundamente nos
tecidos, através da
pele. São irritantes ao
sistema respiratório.
Devem ser
manipulados na
capela, para
quaisquer propósitos,
com o operador
usando luvas e
máscara contra
gases.
Ácido
clorídrico
Possui alta ação
corrosiva sobre a pele
e as mucosas,
podendo produzir
queimaduras, cuja
gravidade dependerá
da concentração da
solução. Pode se tornar
inflamável.
Deve ser manipulado
na capela, para
quaisquer propósitos,
com o operador
usando luvas e
máscara contra
gases.
Oxiácidos
Ácido sulfúrico
É um poderoso agente
desidratante. Na forma
concentrada, reage
explosivamente com
potássio e sódio
metálicos,
permanganatos,
cloratos, álcool
benzílico. Além disso,
oferece risco de
provocar queimaduras
severas na pele e nos
olhos, mesmo em
soluções diluídas.
Deve ser manipulado
na capela, usando-se
equipamento de
proteção.
Ácido nítrico
É um agente oxidante
forte, capaz de destruir
estruturas proteicas.
Pode provocar
queimaduras severas
na pele e nos olhos,
mesmo em soluções
diluídas.
O recipiente que o
contém deve ser
aberto com cuidado,
porque, se a parte
inerte interna da
tampa se romper, a
parte plástica é
atacada, criando
pressão positiva no
interior, projetando o
ácido no ato da
abertura. Reage de
forma descontrolada
com anidrido acético
e de forma explosiva
com flúor e
acetonitrila. A amônia
se inflama na
presença de seus
vapores.
Ácido
perclórico
É um poderoso agente
oxidante, incolor, capaz
de reagir
explosivamente com
compostos e materiais
orgânicos. Causa
queimaduras severas
na pele e nos olhos.
Forma percloratos
explosivos em dutos
metálicos do sistema
de exaustão de
capelas, exigindo,
portanto, capela
especial. Deve ser
manipulado somente
por técnico
experiente.
Ácido acético
glacial
É um solvente
excelente para diversos
compostos orgânicos,
fósforo e enxofre. Seus
vapores são
extremamente irritantes
aos olhos e ao sistema
respiratório, e podem
atacar o esmalte dos
dentes se a exposição
for de longa duração. O
contato com a pele
provoca severas
queimaduras.
Deve ser manipulado
em capela, exigindo o
uso de equipamento
de proteção. Os
frascos de ácido
acético devem ser
estocados longe de
materiais oxidantes e,
de preferência, entre
20 °C e 30 °C
(quando estocado em
temperaturas
inferiores, pode
solidificar, provocando
ruptura do frasco).
Bases
Soluções de
hidróxidos de
metais
alcalinos
(sódio e
potássio)
São corrosivas e
provocam danos na
pele e nos tecidos dos
olhos. Além disso, são
extremamente
exotérmicas durante a
preparação.
Ao preparar tais
soluções, deve-se
usar luvas, óculos de
proteção e avental.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

O risco de efeitos tóxicos aos humanos frente a essas substâncias está relacionado à extensão
da exposição e à toxicidade inerente de um produto químico. A extensão da exposição é
determinada pela dose, duração, frequência da exposição e via de exposição.
A exposição, mesmo a grandes doses de produtos químicos com pouca toxicidade, como o
tampão de fosfato, apresenta baixo risco. Em contraste, mesmo pequenas quantidades de
produtos químicos com alta toxicidade inerente ou corrosividade podem causar efeitos
adversos significativos.


A duração e a frequência da exposição também são fatores essenciais para determinar se um
produto químico produzirá efeitos prejudiciais. Uma única exposição a alguns produtos
químicos é suficiente para produzir um efeito adverso à saúde; para produtos, a exposição
repetida é necessária para produzir efeitos tóxicos. Para a maioria das substâncias, a via de
exposição (através da pele, dos olhos, do trato gastrointestinal ou respiratório) também é uma
consideração importante na avaliação de risco.
Para produtos químicos que têm sua ação tóxica sistêmica, a dose interna no órgão-alvo é um
fator crítico e importante. A exposição a substâncias tóxicas com ação rápida (aguda) pode ser
orientada por parâmetros de toxicidade definidos com base em estudos com animais e,
frequentemente, exposição humana por envenenamento acidental.

 EXEMPLO
A automação nos laboratórios de análises clínicas possibilitou exames com resultados mais
rápidos, mas a quantidade de produtos químicos utilizados aumentou consideravelmente,
levando risco não apenas ao manipulador, mas também à sociedade, caso o descarte desses
materiais não seja realizado de forma correta.
Para a realização de um hemograma automatizado, algumas substâncias, como cianeto de
potássio, ácido fórmico e dimetilureia, são utilizadas. A inalação de cianeto causa danos
rápidos, podendo levar à parada respiratória em poucos segundos, o que pode causar a morte,
caso o tratamento não seja feito de forma rápida. Entretanto, se a via de exposição for cutânea,
necessita-se de grandes áreas de exposição, e o início das manifestações é adiado por horas.
Além disso, se o manejo desse resíduo para o descarte não for feito de maneira correta, ele
pode ser tóxico para várias espécies aquáticas. O ácido fórmico pode causar danos à retina e
ao nervo óptico, e a dimetilureia pode causar danos ao DNA.
Ao considerar os possíveis perigos de toxicidade durante o planejamento de um experimento, é
importante reconhecer que a combinação dos efeitos tóxicos de duas substâncias pode ser
significativamente maior do que o efeito tóxico de qualquer uma das substâncias isoladamente.
Todo o pessoal do laboratório deve compreender os conceitos-chave envolvidos na avaliação
dos riscos associados ao uso de produtos químicos tóxicos.
É importante ressaltar que os dados quantitativos análogos necessários para tomar decisões
sobre a neurotoxicidade e imunogenicidade de vários produtos químicos, muitas vezes, não
estão disponíveis.
 VOCÊ SABIA
Produtos químicos perigosos são definidos pela OSHA como quaisquer produtos químicos que
oferecem perigo para a integridade física e/ou saúde. Os laboratórios que manipulem esses
tipos de produtos químicos devem ter uma Ficha de Informações de Segurança de Produto
Químico (FISPQ) para cada reagente utilizado nos seus ensaios. De acordo com a NBR 14725,
da ABNT, o fornecedor deve disponibilizar uma FISPQ completa para cada substância ou
preparo, com as informações relevantes quanto à segurança, à saúde e ao meio ambiente.
OSHA
javascript:void(0)
Occupational Safety and Health Administration – USA.
RISCOS BIOLÓGICOS
Os perigos biológicos abrangem microrganismos (bactérias, fungos, vírus, organismos
recombinantes e vetores virais) e agentes biológicos introduzidos em animais experimentais.
Podem ser adquiridos por meio de inalação, contaminação por contato, exposição acidental,
dermatoses e acidentes com perfurocortantes.
Questões de saúde e segurança, como contenção, capacidade de replicação e efeito biológico
potencial, são importantes para manter a segurança no ambiente de laboratório. Os danos
provocados pelo contato com material biológico podem ser imediatos ou demorar muito para se
manifestar, demonstrando a importância de que todos os membros da equipe do laboratório
recebam proteção suficiente, mesmo que os perigos ainda não sejam conhecidos.
Ao trabalhar com materiais biológicos:
Identifique os perigos associados ao agente infeccioso ou material biológico utilizado.
Verifique as atividades que podem levar à exposição ao agente ou material infeccioso.
Verifique a probabilidade de que uma exposição cause uma infecção adquirida em
laboratório, a gravidade das consequências de tal exposição e a possibilidade de um
agente infeccioso ser liberado ou transportado para áreas externas ao laboratório ou para
a comunidadedo entorno.
RISCOS FÍSICOS
Os riscos físicos são aqueles gerados por equipamentos, gases comprimidos, equipamentos
elétricos, lasers, radiação e considerações sísmicas e riscos térmicos. Esses riscos podem
levar a danos ao organismo. A seguir, podemos conhecer alguns danos provocados pelos
riscos físicos.
Quadro 02: Riscos físicos e ações no organismo.
Tipo de risco Ação no organismo
Temperatura
extrema (calor)
Vasodilatação, ativação das glândulas sudoríparas, exaustão do
calor, desidratação e choque térmico.
Temperatura
extrema (frio)
Vasoconstrição periférica, diminuição gradual de todas as
atividades fisiológicas, tremor, hipotermia e gangrena em
extremidade do corpo.
Umidade Micoses, doenças respiratórias e reumáticas.
Ruído Estresse, dores de cabeça e/ou perda auditiva.
Radiação
(ionizante ou não
ionizante)
Lesões no sistema nervoso, no aparelho gastrointestinal e na
medula óssea. Queimaduras, tonteiras e náuseas. Leucemia ou
outro tipo de câncer. Morte (em poucos dias ou em um espaço
de 10 a 40 anos).
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Fonte: Shutterstock.com
Além disso, os perigos físicos em ambientes de laboratório incluem explosivos, gases
inflamáveis, aerossóis inflamáveis, gases oxidantes, gases sob pressão, líquidos inflamáveis,
sólidos inflamáveis, substâncias autorreativas, líquidos pirofóricos, sólidos pirofóricos,
substâncias de autoaquecimento, substâncias que, em contato com a água, emitem gases
inflamáveis, líquidos oxidantes, sólidos oxidantes, peróxidos orgânicos e corrosivos para os
metais.
Outra fonte de risco físico são os materiais cortantes e vidros. Os locais de armazenamento
desses materiais devem estar presentes nos laboratórios, e seguir as regras de segurança
pode ajudar a evitar acidentes. Use apenas recipientes à prova de furos e vazamentos que
estejam claramente rotulados.
Treine os funcionários para que nunca removam as tampas ou tentem transferir o conteúdo.
Certifique-se de que esses recipientes sejam usados apenas para “objetos cortantes” e que
sejam substituídos quando estiverem três quartos cheios, para evitar o transbordamento.
RISCO ERGONÔMICO
O risco ergonômico advém do fato de que muitas operações no laboratório podem fazer com
que os trabalhadores assumam posturas inadequadas ou repetitivas. Esse risco está
javascript:void(0)
relacionado à execução e organização de todo tipo de tarefa.
Em um laboratório, temos como exemplo o trabalho por longos períodos em uma capela de
fluxo laminar ou ficar olhando lâminas em um microscópio por longos períodos. Esse risco
pode gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do
trabalhador, pois produz alterações no organismo e no estado emocional, comprometendo a
produtividade, a saúde e a segurança. O que é considerado aceitável para uso breve ou
ocasional pode se tornar problemático se executado por longos períodos ou com muita
frequência.
RISCO DE ACIDENTES
Muitos acidentes são resultado de uma administração inadequada. Escorregões, tropeções e
quedas são muito comuns, mas podem ser facilmente evitados. Comece com áreas de
armazenamento seguras e organizadas – o armazenamento de material não deve criar riscos.
Mantenha as áreas de armazenamento livres de acúmulo de materiais que possam causar
tropeço, incêndio e explosão ou proporcionar abrigo para pragas.
ERGONÔMICO
Ergonomia é a ciência que estuda a interação do homem com o ambiente de trabalho.
Fonte: Shutterstock.com
Piso molhado também é um grande risco de acidente. Lembrem-se sempre de sinalizar caso o
piso esteja molhado.
Outra fonte de acidentes potencialmente fatais e que ocorrem com muita frequência relaciona-
se à eletricidade. Uma das causas é o uso de tomadas elétricas sem o aterramento para evitar
eletrocussões acidentais.
Outro risco elétrico muito comum é o uso impróprio de cabos de extensão flexíveis. Não os use
como substitutos para a fiação permanente. O isolamento do cabo deve estar em boas
condições e continuar até as extremidades do plugue. Nunca repare rachaduras, quebras,
cortes ou rasgos com fita isolante. Descarte o cabo de extensão ou encurte-o, instalando uma
nova extremidade do plugue.
 ATENÇÃO
Tome cuidado para não passar cabos de extensão por portas ou janelas, onde podem ficar
presos ou ser cortados. Sempre esteja ciente dos riscos potenciais de tropeços ao usá-los. Use
apenas ferramentas e equipamentos aterrados e nunca remova o pino de aterramento das
extremidades do plugue. Além disso, não use cabos de extensão em série — obtenha o
comprimento certo de cabo para o trabalho.
A fim de garantir a segurança no ambiente laboratorial, é feita uma análise de todos os fatores
que podem causar danos à saúde dos trabalhadores (seja acidente, seja doença do trabalho).
Esses riscos são representados de forma gráfica, gerando o mapa de risco, no qual os riscos
são identificados por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores. Mapear os riscos
existentes no laboratório é fundamental para traçar as medidas de segurança.
Outro fator que contribui para aumentar a segurança nos laboratórios são os sinais de
indicação de risco.
Fonte: Shutterstock.com
 Sinalização de risco.
Os laboratórios contêm produtos químicos perigosos que podem causar acidentes
laboratoriais, como ácidos fortes e neurotoxinas, além de vários equipamentos, como bicos de
Bunsen, com grande consumo de gás natural, autoclaves e alguns tipos de materiais
explosivos. Além disso, contêm organismos infecciosos.
Portanto, existem algumas regras de segurança que devem ser observadas para proteger as
pessoas no laboratório da exposição a qualquer risco. Apesar dessas regras estritas, algumas
vezes podem ocorrer alguns acidentes de laboratório não intencionais. Diante de tantos riscos,
mesmo que sejam usadas todas as medidas de proteção, ainda assim, o risco de acidentes
em ambiente de laboratórios é real.
Fonte: Shutterstock.com
Vamos lembrar de alguns acidentes de laboratório importantes.
Fonte: Shutterstock.com
 Vírus Marburg.
Em 1967, um grupo de trabalhadores do Laboratório de Marburg, na Alemanha, começou a
sofrer de vários sintomas, como febre, diarreia, vômito e hemorragia interna, e sete
trabalhadores acabaram morrendo. Após uma investigação minuciosa, os cientistas
identificaram a causa da epidemia: um par de macacos importados de Uganda para pesquisas
sobre a poliomielite. Os animais carregavam um vírus extremamente perigoso que não havia
sido descoberto antes. Eles o chamaram de vírus Marburg, em homenagem à cidade onde foi
descoberto.
 SAIBA MAIS
Desde sua descoberta, permaneceu misterioso, ressurgindo, matando e então desaparecendo.
O pior surto da pandemia ocorreu em Angola, em 2005, matando mais de 200 pessoas, e
nenhum tratamento foi descoberto até agora.

Fonte: Shutterstock.com
Em 1997, a famosa química Karen Wetterhahn morreu após envenenamento por mercúrio,
pois algumas gotas de dimetilmercúrio caíram em suas mãos, apesar de usar luvas. As gotas
penetraram as luvas, alcançaram a pele e entraram em seu corpo. Após alguns meses, ela
começou a sentir sintomas de envenenamento por mercúrio, como perda de equilíbrio e
dificuldade de fala, visão e audição. Ela, então, entrou em coma e morreu.
Em janeiro de 2010, um laboratório de química na Universidade de Tecnologia do Texas
explodiu enquanto dois estudantes conduziam alguns experimentos para fazer derivados de
uma substância explosiva chamada perclorato de níquel hidrazina. Eles cometeram um erro
muito perigoso: criaram 10 gramas da substância, apesar da advertência do supervisor para
não fazer mais de 100 miligramas. Quando um dos alunos esmagou a substância com um
pilão, ocorreu uma terrível explosão. Felizmente, ninguém morreu, mas o aluno sofreu
queimaduras e perdeu três dedos.
Fonte: IrinaK / Shutterstock.com

 SAIBA MAIS
Os acidentes laboratoriais de criticidade são aqueles que envolvem umareação em cadeia de
fissão nuclear descontrolada. Às vezes, são referidos como uma excursão crítica, uma
excursão crítica de energia ou uma reação em cadeia divergente.
Fonte: Shutterstock.com
Fonte: Shutterstock.com
TIPOS DE ACIDENTES NO AMBIENTE
LABORATORIAL
Os acidentes mais frequentes nos ambientes de laboratório estão divididos em cinco tipos:
Fonte: Shutterstock.com
Acidente por derramamento de substância
Fonte: Shutterstock.com
Acidente por gases e vapores tóxicos
Fonte: Shutterstock.com
Cortes ou perfurações
Fonte: Shutterstock.com
Queimaduras
Fonte: Shutterstock.com
Quedas
Compreender como esses acidentes acontecem e os tipos de danos que eles causam é
fundamental para a segurança no laboratório.
ACIDENTES POR DERRAMAMENTO DE
SUBSTÂNCIAS
É muito importante lembrar que o trabalho no laboratório envolve o manuseio de diversos
produtos químicos e biológicos que podem provocar danos à saúde. Mesmo que estejamos
atentos às medidas de segurança, acidentes com esses produtos são frequentes. Imagine
respingos de material biológico contaminado por hepatite C caindo no seu olho, substâncias
citotóxicas derramando no seu corpo, substâncias corrosivas caindo sobre você.
Fonte: Shutterstock.com
As consequências desses derramamentos estão relacionadas ao tipo de produto a que o
profissional foi exposto. As substâncias cáusticas podem provocar queimaduras, as quais
chamamos de queimaduras químicas. A seguir, são apresentadas as substâncias cáusticas
mais comuns nos ambientes de laboratório.
Quadro 3: Substâncias cáusticas envolvidas na maioria dos acidentes em ambiente de
laboratório.
Hidróxido de sódio
Hidróxido de potássio
Hidróxido de cálcio
Hidróxido de Lítio
Hidróxido de Amônio
Hipoclorito de Sódio
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 SAIBA MAIS
Caso a substância derramada seja inflamável, devemos limpar a área com substância
absorvente, como mantas específicas ou vermiculita. No caso do derramamento de produtos
químicos, são utilizados kits de limpeza, que devem conter substâncias absorventes, como
areia, mantas ou absorventes granulados, tipo vermiculita e mantas de polipropileno, além de
pá, vassoura, sacos plásticos, etiquetas autoadesivas, baldes plásticos, solução de bicarbonato
de sódio e gluconato de cálcio (para derrames de ácido fluorídrico), além de todos os
equipamentos de proteção individual. Em seguida, esse material deve ser destinado ao local de
depósito de resíduos apropriado.
O derramamento de material biológico pode levar a quadros infecciosos, dependendo do tipo
de exposição, do tipo de material e do tipo de agente infeccioso presente. Em casos de contato
de sangue contaminado por HIV com mucosas, o risco de infecção é de 0,09%. Este tipo de
acidente também não exclui o risco de infecção por hepatite B e hepatite C.
No caso de derramamento desse tipo de material, a área deve ser limpa com papel-toalha,
para minimizar a área afetada, e hipoclorito de sódio, por pelo menor 30 minutos. Depois, todo
o material deve ir para o descarte.
Fonte: Shutterstock.com
 VOCÊ SABIA
Uma prática muito comum que ocorria em laboratórios era a pipetagem de líquidos por meio da
aspiração pela boca. A técnica consistia em colocar uma porção de algodão no fim da pipeta de
vidro e, nesse lugar, sugar com a boca o líquido desejado. Entretanto, muitas vezes, o algodão
não era capaz de parar o líquido, que acabava entrando na boca dos praticantes dessa técnica.
Como você pode supor, dependendo do produto aspirado, acabava lesionando a mucosa oral
ou até mesmo provocando intoxicação ou doença infecciosa. Casos bastante graves foram
registrados com a pipetagem de bases fortes por essa técnica, visto que bases fortes
apresentam o íon hidroxila, que penetra facilmente nos tecidos, causando destruição celular
imediatamente após o contato e causa danos por meio da desnaturação proteica e
saponificação de lipídios.
Muitas vezes, os profissionais se descuidam ou minimizam os riscos advindos desse tipo de
acidente. Não permita que isso aconteça na sua vida profissional. Fique atento ao menor sinal
de derramamento. E lembre-se: o contato mínimo com determinados produtos químicos ou
biológicos pode provocar grandes danos.
ACIDENTES CAUSADOS POR GASES E
VAPORES TÓXICOS
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De maneira geral, a inalação de gases que não sejam o oxigênio provoca alterações no
organismo. A literatura aponta que os riscos de acidentes envolvendo gases são muito grandes
em ambientes de laboratório, pois alguns são extremamente perigosos, podendo causar graves
danos ou até mesmo a morte.
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Podemos citar o gás de amônia, um gás altamente perigoso que provoca danos gravíssimos
aos pulmões. Outros gases, como o cloro, dióxido de enxofre, cloreto e sulfeto de hidrogênio,
têm alta toxicidade, e, dependendo do volume inalado, podem causar a morte. É importante
ressaltar que, além de todo o sistema respiratório, os gases e vapores tóxicos podem afetar
outros órgãos ou sistemas. Por exemplo, a inalação de butano afeta diretamente os sistemas
nervoso e cardiovascular.
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A literatura aponta que a letalidade de alguns gases ou vapores tóxicos é tão grande que
muitos são utilizados como armas químicas. Um exemplo é o gás Sarin, derivado do
organofosforado, que, por sua capacidade de provocar danos e seu baixo custo de produção, é
utilizado pelos grupos terroristas.
Em 2020, no porto do Líbano, o armazenamento inadequado de nitrato de amônio — um gás
tóxico — ocasionou uma explosão de proporções gigantescas. Além da devastação, a explosão
levou à morte cerca de 150 pessoas, deixou mais de 5 mil feridos. A longo prazo, os libaneses
podem desenvolver problemas respiratórios pela inalação desse gás.
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 Porto de Beirute, Líbano.
SUBSTÂNCIAS VOLÁTEIS
São substâncias em estado líquido que apresentam alta pressão de vapor e se
transformam facilmente no estado gasoso. Quando inaladas, podem ser introduzidas no
organismo pela aspiração, pelo nariz, pela boca ou por contato dérmico, causando sérios
danos.
É importante ressaltar que existem diferentes substâncias voláteis, a exemplo de solventes
que estão no dia a dia de um laboratório, como o formaldeído (formol), xilenos (xilol) e ácidos
fumegantes (ácido sulfúrico, benzeno, ácido clorídrico, ácido cianídrico, ácido sulfúricos etc.).
São formadores de vapores com alto grau de risco químico e, sendo assim, devem ser
manuseados em capelas de exaustão.
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Fonte: Shutterstock.com
ACIDENTES ENVOLVENDO PERFURAÇÕES OU
CORTES
De acordo com o Centro de Controle de Doenças (CDC), a exposição ocupacional a patógenos
transmitidos pelo sangue devido a acidentes com materiais perfurocortantes é um problema
sério. Somente no ambiente hospitalar acontecem cerca 400 mil acidentes por ano.
Em hospitais, 80% (4 em 5) das lesões perfurocortantes são devidas ao uso de
agulhas/seringas hipodérmicas, agulhas de sutura, scalp (dispositivo em aço tipo borboleta),
agulhas para coleta de sangue, bisturis e estiletes.
Os ferimentos por perfurocortantes estão principalmente associados à transmissão ocupacional
dos vírus:
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HEPATITE B (HBV)
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HEPATITE C (HCV)
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IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV)
No entanto, foram implicados na transmissão de mais de 20 outros patógenos, como:
blastomicose, leptospirose, criptococosse, malária, difteria, Mycobacterium tuberculosis, ebola,
Rocky Mountain, gonorreia, febre maculosa, tifo esfoliante, Streptococcus pyogenes, sífilis e
herpes.
Dados mostram que, em um acidente com material perfurocortante envolvendo material
biológico, a chance de adquirir hepatite B é de 1 em 5 (se você não for vacinado); hepatite C é
de 1 em 50 e HIV é de 1 em 300. O risco de contaminação depende de alguns fatores, como
carga viral do paciente, tamanhoe profundidade do ferimento e volume de sangue exposto.
 DICA
Diante da possível gravidade desse tipo de acidente, você deve sempre organizar sua área de
trabalho com recipientes apropriados para descarte de objetos cortantes dentro do alcance;
trabalhar em áreas bem iluminadas; receber treinamento sobre como usar objetos cortantes e
dispositivos de segurança; avaliar qualquer perigo antes de manusear objetos cortantes.
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 ATENÇÃO
Nunca devemos reencapar agulhas ou objetos perfurocortantes, pois grande parte dos
acidentes ocorrem nesse momento.
Além de risco biológico, os acidentes com materiais perfurocortantes podem provocar lesões
profundas ou extensas, que podem ocasionar sangramento muito rápido. A perda de sangue
tem consequências graves, podendo levar a hemorragias. Nesses casos, devemos estar aptos
a reconhecer rapidamente os sinais de gravidade. No próximo módulo, aprenderemos como
agir em casos de hemorragia.
 SAIBA MAIS
A perda de dois litros de sangue em um adulto pode causar grave comprometimento da
circulação, que geralmente resulta em colapso e, até mesmo, em morte.
CONDUTAS DIANTE DA EXPOSIÇÃO A
MATERIAL BIOLÓGICO
Neste vídeo, a especialista Fátima Cristina Alves de Araujo aborda às principais medidas após
acidentes com perfurocortantes:
ACIDENTES PROVOCADOS POR QUEIMADURAS
As queimaduras são causadas por situações que produzem calor suficiente para danificar a
pele. Essas lesões podem ocorrer por várias causas, como: fontes de calor (fornos, estufas ou
a própria chama direta); queimaduras elétricas; queimaduras por radiação; produtos químicos
comumente usados em laboratórios, como ácidos fumegantes (ácido nítrico e ácido sulfúrico).
Esses produtos são capazes de provocar queimadura química, que atinge, além da pele, o
trato respiratório e podem até mesmo provocar alterações em todo o organismo.
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As queimaduras são classificadas de acordo com as camadas da pele atingidas, como
queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus. Vamos conhecê-las?
1º GRAU
As queimaduras de primeiro grau atingem a camada mais superficial da pele. Seus principais
sintomas são vermelhidão, inchaço e dor. É importante mencionar que queimaduras de
primeiro grau não apresentam bolhas.
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 Queimadura de 1º grau.
2º GRAU
As queimaduras de segundo grau atingem a epiderme e parte da derme. Podem ser
superficiais ou profundas, e isso faz com que seus sintomas sejam diferentes, com
aparecimento de bolhas ou frictenas. As queimaduras mais superficiais têm bolhas rosadas,
úmidas e dolorosas; já as profundas têm bolhas brancas, secas e pouco dolorosas.
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 Queimadura de 2º grau.
3º GRAU
Queimaduras de terceiro grau atingem todas as camadas da pele e anexos. São indolores,
pois os nervos responsáveis pelo impulso da dor também foram destruídos. Nesse tipo de
queimadura, o aspecto é esbranquiçado ou enegrecido.
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 Queimadura de 3º grau.
Na figura a seguir, vemos as diferenças das lesões nos tipos de queimaduras:
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 Tipos de queimaduras.
GRAVIDADE DAS QUEIMADURAS
A gravidade das queimaduras é a combinação entre profundidade, extensão e área da lesão.
Normalmente, as queimaduras na cabeça e região genital são consideradas mais graves. Em
casos de queimaduras nas mãos, pés, face, períneo, pescoço e olhos, em qualquer
profundidade e extensão, é necessário tratamento hospitalar.
EXTENSÃO DAS QUEIMADURAS
A extensão das queimaduras é calculada pela porcentagem da área corporal queimada. Nessa
classificação, queimaduras leves são aquelas que atingem menos de 10% do corpo; médias
atingem entre 10% e 20% da superfície corporal queimada; graves atingem mais de 20%. Para
verificar a extensão, pode ser utilizada a regra dos nove ou a regra da palma da mão.
Na regra da palma da mão, a extensão da queimadura é calculada levando em conta que a
palma da mão representa 1% da superfície corporal. Assim, podemos estimar a extensão da
queimadura pelo “número de palmas”. Na regra dos nove, que é a forma mais utilizada, é
atribuído a cada segmento corporal o valor nove (ou múltiplo dele):
Cabeça – 9 % (sendo 4,5 em cada lado).
Tronco (frente) – 18%.
Tronco (costas) – 18%.
Membros superiores – 9% cada.
Membros inferiores – 18% cada.
Genitais – 1%.
Em seguida, os valores encontrados são somados, e é verificada a extensão.
Foto: Fátima Cristina Alves de Araujo.
 Regra dos nove.
 VAMOS A UM EXEMPLO?
Após uma explosão no laboratório, um estudante queimou os dois braços e o tórax. Utilizando-
se a regra dos nove, temos o seguinte: cada membro superior é igual a 9%, totalizando 18%, e
o tórax representa 18%. Assim, ao somar as áreas queimadas, vemos que o estudante teve
uma extensão de 36% do corpo queimado. Tal caso seria considerado um caso grave.
ACIDENTES CAUSADOS POR QUEDAS
No ambiente laboratorial, podemos ter a possibilidade de derramamento de substâncias que
podem tornar o chão escorregadio. Além disso, locais onde as instalações elétricas têm a
fiação exposta podem levar o profissional à queda. A manutenção de equipamentos,
especialmente cadeiras e bancos, também pode ocasionar a queda.
 VOCÊ SABIA
Yoon e Lochhart (2006) relatam que, nos EUA, no Reino Unido e na Suécia, os acidentes de
trabalho relacionados a escorregões, tropeções e quedas compreendem entre 20% e 40% dos
acidentes de trabalho. No entanto, na literatura, quando se faz uma busca a partir do termo
“risco de queda”, observa-se que a maior parte dos estudos é voltada para o risco de queda
que envolve os pacientes.
Minimizar os riscos de queda em ambientes de laboratório tem uma função importante na
prevenção de incapacidades, além de ajudar a reduzir os gastos com saúde. Dependendo da
gravidade do acidente, o profissional vai precisar ser submetido a procedimentos caros e por
longo período.
Escorregar em um piso molhado e não sinalizado pode ocasionar fratura de punho, fazendo
com que o acidentado seja operado e necessite do serviço de fisioterapia, levando um longo
período para voltar a estar apto a exercer suas atividades profissionais novamente. Cair de um
banco não ergonômico e com manutenção precária pode provocar lesão na coluna vertebral,
com o risco de invalidez permanente.
Fique atento aos sete maiores causadores de acidentes em laboratórios e às maneiras de
evitá-los.
Trabalhar no laboratório pode ser uma ótima maneira de você obter conhecimento profundo
sobre os tópicos científicos e aplicar conceitos enquanto trabalha cooperativamente. Ficar
seguro no laboratório significa saber quais perigos você pode encontrar e como evitá-los.
FOGO
Ao lidar com superfícies quentes, como o bico de Bunsen ou uma chapa de aquecimento,
pratique e reveja os procedimentos para minimizar incêndios. Certifique-se de que todos os
materiais inflamáveis no laboratório estejam devidamente lacrados e armazenados, e não se
esqueça de inspecionar os queimadores em busca de vazamentos para evitar chamas
repentinas. Além disso, certifique-se de que, perto do bico, não haja nenhum material
explosivo. E mais: não é permitido botijão de gás dentro do laboratório, prática muito observada
em laboratórios de microbiologia e pesquisa. O recomendado agora é a utilização de gás
encanado.
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 Bico de Bunsen.
QUEIMADURAS DE CALOR
Manusear itens quentes apressadamente e sem as ferramentas adequadas pode resultar em
queimaduras graves. Use corretamente pinças, luvas apropriadas, banhos de água e outros
equipamentos de refrigeração, e nunca toque em superfícies quentes com as mãos
desprotegidas.
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 Pinças utilizadas para pegar materiais quentes.
QUEIMADURAS QUÍMICAS
É importante tratar os produtos químicos com respeito e cautela. Eles devem ser medidos,
transferidos com cuidado e armazenados em recipientes apropriados. Luvas de proteção são
essenciais ao manusear produtos químicos. As luvasde borracha natural são indicadas para a
manipulação de ácidos, álcalis diluídos e sais cetonas. Luvas de Neoprene são usadas para
manipular solventes clorados, álcool, álcalis e derivados do petróleo. As luvas nitrílicas
geralmente têm mais resistência que a borracha natural. Já as luvas de cloreto de polivinila são
indicadas para a manipulação de ácidos, álcalis, gorduras e álcoois.
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 Luvas de nitrilas.
CORTES E ARRANHÕES
Ao usar ferramentas afiadas (como materiais cirúrgicos, lâminas, agulhas etc.), você deve
manuseá-las com segurança. Além disso, ao descartar itens afiados, como vidros quebrados,
agulhas ou lâminas de barbear usadas para cortar materiais de laboratório, certifique-se de que
o descarte esteja sendo feito de forma correta (em caixas rígidas e sinalizadas), para evitar
acidentes e possíveis contaminações. Existem grandes taxas de acidentes e contaminação dos
profissionais que trabalham recolhendo os resíduos hospitalares, laboratoriais e até mesmo
domésticos, devido ao descarte incorreto.
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CONTAMINAÇÃO
"Lave as mãos" pode parecer um conselho básico, mas é importante seguir procedimentos
cuidadosos de lavagem das mãos. Antes e depois de interagir com qualquer substância
estranha, você deve lavar bem as mãos e proteger as roupas e a pele com aventais de
laboratório, luvas e/ou óculos, conforme necessário. Sair do laboratório com bactérias, tecidos
ou outras substâncias potencialmente prejudiciais em sua pele ou em suas roupas pode
resultar na contaminação de superfícies, como as mesas de refeitórios, causando a
disseminação desses microrganismos para outras pessoas.
A partir da contaminação pelo SARS-COV, o mundo conseguiu dimensionar a importância de
lavar as mãos, lembrando que a melhor e a principal medida profiláctica para evitar a
contaminação é a limpeza das mãos.
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 Variabilidade de microrganismos na nossa pele.
INALAÇÃO
A inalação acidental de gases em um espaço mal ventilado pode causar dores de cabeça,
náuseas, desmaios e, dependendo do gás inalado, até a morte. Certifique-se de abrir janelas,
usar ventiladores e equipamentos para medir a quantidade de emissão de gás em uma sala a
fim de garantir a segurança.
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 Manômetro.
DERRAMAMENTOS E RUPTURAS
Derramar líquidos e derrubar utensílios de vidro são normalmente a consequência por não
seguir os procedimentos corretos. Você deve passar cuidadosamente por cada etapa do
laboratório para evitar movimentos apressados. Fique atento aos perigos potenciais que podem
advir do derramamento de produtos químicos e da quebra de vidros no laboratório. Você deve
seguir as instruções do laboratório no caso de ocorrer um derramamento ou uma quebra.
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VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DESCREVA A SITUAÇÃO CORRETA EM RELAÇÃO A ACIDENTES COM
VAPORES E GASES TÓXICOS EM AMBIENTES DE LABORATÓRIO:
A) Acidentes com gases e vapores tóxicos são raros nos ambientes de laboratório.
B) Acidentes com gases e vapores tóxicos, além do sistema respiratório, podem atingir outros
sistemas, como o circulatório e o neurológico.
C) Caso sejam seguidas todas as medidas de segurança, não há chance de ocorrer acidentes
com gases e vapores tóxicos em ambientes de laboratório.
D) Apesar de o trabalho em laboratório envolver o manejo de gases, poucos têm efeitos
tóxicos.
E) Cuidados com gases e vapores tóxicos devem ser tomados somente em ambientes de
laboratório, pois não são usados em outros setores da sociedade.
2. APONTE QUAL ALTERNATIVA DESCREVE CORRETAMENTE
SITUAÇÕES SOBRE ACIDENTES ENVOLVENDO QUEIMADURAS EM
AMBIENTES DE LABORATÓRIO.
A) As queimaduras químicas, por serem mais superficiais, provocam menos danos que as
queimaduras térmicas.
B) A gravidade da queimadura é medida pela sua profundidade. Quanto mais profunda, mais
grave a queimadura.
C) Em um acidente envolvendo queimadura, é importante saber o grau e a extensão da ferida
a partir da regra dos nove.
D) Uma queimadura em ambiente de laboratório foi classificada como sendo de 2º grau por
apresentar vermelhidão, dor e inchaço.
E) A queimadura em profissional acidentado em um laboratório foi classificada como de 3º grau
por apresentar bolhas brancas, secas e pouco dolorosas.
GABARITO
1. Descreva a situação correta em relação a acidentes com vapores e gases tóxicos em
ambientes de laboratório:
A alternativa "B " está correta.
A inalação de gases que não sejam o oxigênio causa danos aos humanos. Dentro desse
contexto, podemos citar alguns gases, como o butano, que provocam lesões nos sistemas
circulatórios e neurológicos, além do sistema respiratório.
2. Aponte qual alternativa descreve corretamente situações sobre acidentes envolvendo
queimaduras em ambientes de laboratório.
A alternativa "C " está correta.
A gravidade de uma queimadura é medida pela área, profundidade e extensão, e a regra dos
nove é uma estratégia para calcular a extensão. A queimadura sem bolha e com vermelhidão e
dor é classificada como de 1º grau; aquelas com bolhas, sejam rosáceas ou brancas, são de 2º
grau. As queimaduras indolores com placas brancas ou enegrecidas são de 3º grau.
MÓDULO 2
 Relacionar as ações de primeiros socorros às principais consequências dos
acidentes que ocorrem em ambientes de laboratório
AÇÕES PARA PRINCIPAIS EMERGÊNCIAS
EM AMBIENTES DE LABORATÓRIO
Vamos agora aprender sobre os primeiros socorros voltados para as consequências dos
principais acidentes que ocorrem no ambiente de laboratório.
Fonte: Shutterstock.com
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Dentre eles, estão:
Ações para redução dos danos causados por derramamento de líquidos.
Cuidados com pessoas inconscientes.
Transporte de feridos.
Medidas de controle de hemorragia.
Cuidados com pessoas queimadas ou com fratura, entorse ou luxação.
Atendimento a politraumatizados.
Compreender como essas medidas são realizadas é fundamental para que, frente a algum
acidente, você esteja apto a prestar um socorro rápido, saiba onde fica o kit de primeiros
socorros no laboratório e quais medidas devem ser serem adotadas. Evite pânico. O tempo
salva vidas. Vamos juntos ver como devemos agir diante das principais emergências em
ambientes de laboratório.
PRIMEIROS SOCORROS PARA SITUAÇÕES
DE DERRAMAMENTO DE SUBSTÂNCIAS
As substâncias capazes de provocar acidente por derramamento são classificadas como:
CANCERÍGENAS

CÁUSTICAS

CORROSIVAS

IRRITANTES
Dependendo da substância e da área afetada no corpo, algumas medidas de primeiros
socorros distintas precisam ser tomadas.
PRODUTOS QUÍMICOS EM CONTATO COM OS
OLHOS
Certos produtos, como hidróxido de sódio e hidróxido de amônio, podem destruir a visão em
pouco tempo. Por isso, use sempre óculos de proteção. Porém, caso o acidente aconteça,
você deve se dirigir à estação de lavagem dos olhos de emergência e proceder da seguinte
forma:
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Remover as lentes de contato, caso use.
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Lavar os olhos com bastante água por cerca de 10 a 15 minutos.
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Como em qualquer outro acidente, buscar um serviço de emergência.
PRODUTOS QUÍMICOS NA BOCA
Mesmo sendo difícil de acontecer, há a possibilidade de que produtos químicos ou biológicos
atinjam sua boca. Caso isso ocorra, você deve: cuspir o produto e lavar a boca com bastante
água.
EM VÁRIOS GRAUS
Os graus de risco são encontrados nos rótulos de suas embalagens e na FISPQ.
CENTRO DE CONTROLE DE INTOXICAÇÃO
Cada região pode ter um centro de controle de intoxicação, e os contatos desses centros
podem ser obtidos na internet.
 ATENÇÃO
Muitos produtos químicos são venenosos em vários graus. Se a vítima tiver engolido um
produto químico, anote o nome do produto, entre em contato com o Centro de Controle de
Intoxicação da sua área e busque atendimento médico. É essencial que o manejo seja feito de
forma rápida e que se consulte, na FISPQ, as informações sobre como proceder paraa
descontaminação da pele e de outros órgãos afetados.
PRODUTOS QUÍMICOS NA PELE
Caso seja atingida uma pequena área, em primeiro lugar, você deve lavar com água corrente
por 15 minutos; se não houver sinal de queimadura, use água e sabão. Se a dor voltar após 15
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minutos, deve-se repetir a operação. Não se deve usar solventes, pois eles podem remover a
camada da epiderme e causar irritação e inflamação. No caso de substâncias inflamáveis,
deve-se utilizar uma escova. Atenção:
DERRAMAMENTO DE ÁCIDO
Neutralizar com bicarbonato de sódio.
DERRAMAMENTO DE BASE
Neutralizar com ácido bórico.
DERRAMAMENTO DE ÁCIDO HIDROFLUORÍDRICO
(HF)
Lave e enxágue o local por cinco minutos, aplique imediatamente gel de gluconato de cálcio e
procure atendimento médico.
Em caso de derramamento em grande quantidade, o acidentado deve entrar imediatamente
no chuveiro de segurança e permanecer sob ele por, no mínimo, 15 minutos ou até que a
substância tenha saído totalmente. É importante que todos tenham treinamento para usá-lo
corretamente. As orientações de uso devem estar localizadas próximo ao equipamento, e o
chuveiro deve ser colocado em lugar acessível.
 ATENÇÃO
Você nunca deve aplicar, no local atingido, produtos como pomadas, pasta de dente ou outras
substâncias da crendice popular. O serviço de saúde de emergência é que deve orientar o
tratamento adequado.
Se o derramamento ocorrer sobre a roupa, remova imediatamente todo o tecido contaminado,
além de sapatos, roupas íntimas e ornamentos sob um chuveiro ou água corrente. Produtos
químicos podem ser absorvidos pela roupa e continuar a apresentar perigo de exposição.
Veja, no Explore+, um guia prático com ações de primeiros socorros a serem tomadas a partir
do contato com produtos químicos.
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MATERIAL BIOLÓGICO
Acidentes envolvendo materiais biológicos são os mais frequentes entre profissionais de
saúde, seja por derramamento em mucosa ou pele não íntegra, seja por lesão percutânea. Os
patógenos transmitidos mais facilmente por esses tipos de acidentes são HIV, HBV e HCV.
Em caso de derramamento de material biológico na pele íntegra, é preciso lavá-la com água
corrente e sabão, sem utilizar produtos irritantes. Caso o acidente ocorra nas mucosas, ou na
pele não íntegra, além de lavar a área afetada, o acidentado deve procurar o atendimento
médico para notificar e, se necessário, iniciar a profilaxia contra as doenças infecciosas. No
Explore+, conseguimos ver como é feita a profilaxia.
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PRIMEIROS SOCORROS PARA ACIDENTES
QUE CAUSEM CORTES
Os ferimentos causados por acidentes com materiais perfurocortantes em ambientes de
laboratório geralmente são pequenos. Nesses casos, deve-se considerar a profundidade do
corte. Sendo assim, você deve agir da seguinte forma:
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Quadro 04: Primeiros socorros para cortes
SUPERFICIAIS PROFUNDOS
Lavar com água e sabão.
Utilizar antisséptico.
Cobrir com compressa,
preferencialmente estéril.
Conter o local atingido com compressa
preferencialmente estéril.
Se o sangramento parar, lave a ferida
com água e sabão.
Cubra com compressa,
preferencialmente estéril.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quando há a solução de continuidade da pele, ou seja, uma lesão, e a perda sanguínea é
intensa, estamos diante de um quadro de hemorragia. A gravidade da hemorragia é medida
pelo tipo de vaso lesado (veia ou artéria), calibre do vaso, volume e pela velocidade da perda
sanguínea.
Frente a quadros hemorrágicos, é de suma importância que você reconheça os sinais de
gravidade: a pulsação torna-se fraca; a pele fica fria e arroxeada, além de apresentar suor
pegajoso; há queda da pressão arterial e a respiração torna-se rápida e profunda. Em casos de
hemorragias graves, o estado de consciência pode ficar alterado, levando até a um quadro de
desmaio.
Para controlar uma hemorragia, você precisa:
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Pressionar diretamente o ferimento.
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Elevar a área afetada, para que ela fique acima da linha do coração (a ação da gravidade ajuda
a reduzir o fluxo sanguíneo da área lesionada).
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Ainda é necessário realizar pressão indireta por meio da compressão do pulso arterial anterior
à área lesionada.
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Fonte: Shutterstock.com
Caso nenhuma dessas medidas tenham surtido efeito, aplica-se o torniquete.
Torniquete é um dispositivo de constrição ou compressão usado para controlar a circulação
venosa e arterial em uma extremidade por determinado tempo. Deve ter seu uso postergado ao
máximo, pois, na tentativa de conter a hemorragia, ele provoca esmagamento do tecido e
isquemia na extremidade do membro atingido.
A técnica de realização do torniquete consiste em: enrolar o membro afetado com uma atadura
ou tiras de pano de cerca de dez centímetros; amarrar, junto, uma caneta ou outro material
rígido, de formato parecido, para que possa ser usado como uma válvula que permita controlar
a pressão sobre o membro afetado; afrouxar o torniquete a cada 10 a 15 minutos. Lembre-se
de que o torniquete só deve ser usado em situações extremas.
A imagem a seguir é a ilustração de um torniquete:
Foto: Fátima Cristina Alves de Araujo.
 Técnica de confecção do torniquete.
 RELEMBRANDO
O torniquete precisa ser afrouxado a cada 10 a 15 minutos para evitar isquemia das
extremidades do membro atingido.
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PRIMEIROS SOCORROS PARA ACIDENTES
NOS QUAIS HÁ ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE
CONSCIÊNCIA
Síncope
Popularmente conhecida como desmaio, significa perda repentina e breve da consciência e da
postura causada pela diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro. No desmaio, além da
perda de consciência, há perda de tônus muscular.
Frente a alguém desmaiado, você deverá:
DEITAR A PESSOA DE COSTAS.

POSICIONAR A CABEÇA MAIS BAIXA QUE O CORPO.

AFROUXAR A ROUPA.

EVITAR AGLOMERAÇÃO DE PESSOAS EM VOLTA.
Choque
É uma condição médica séria que, além da perda da consciência, envolve outros sinais, tais
como:
Palidez.
Suor.
Pele fria e úmida.
Respiração acelerada (menor que 8 ou maior que 28 respirações por minuto).
Pulso fraco e rápido (maior que 100 batimentos por minutos - bpm).
A situação de choque significa que o organismo está entrando em colapso, por isso peça ajuda
médica com urgência. Enquanto aguarda a chegada da equipe, deite a pessoa com os pés
elevados a cerca de 30 centímetros, afrouxe qualquer roupa apertada e procure aquecê-la.
PRIMEIROS SOCORROS PARA SITUAÇÕES
EM QUE É NECESSÁRIO O TRANSPORTE
DA VÍTIMA
A importância do transporte adequado para uma pessoa gravemente ferida não pode ser
subestimada. Às vezes, é necessário transportar a vítima até um serviço médico. Métodos
inadequados ou descuidados frequentemente aumentam a gravidade da lesão e podem até
causar invalidez permanente ou mesmo a morte.
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 Transporte em primeiros socorros.
1º ASPECTO
2º ASPECTO
3º ASPECTO
4º ASPECTO
1º ASPECTO
Não se apresse em mover uma pessoa ferida. Observe todo o cenário do acidente. Você
precisa fazer um exame completo e se certificar de que todos os ferimentos estejam protegidos
por curativos adequados, talas etc.
2º ASPECTO
Nunca mova uma vítima, a menos que saiba como fazê-lo e para onde levá-la. Tente posicioná-
la de forma que os sinais visuais de alerta possam ser observados. Mantenha a vítima coberta
e aquecida. Esteja atento, pois a vítima pode estar assustada e precisar de garantias de
suporte de emergência frequentes.
3º ASPECTO
Para transportar um acidentado de forma segura, você precisa se lembrar da transferência
primária, às vezes chamada de transferência de cena, que é o movimento de remover o
paciente da cena do acidente para um hospital e requer atenção especial para não agravar os
danos.
4º ASPECTO
Se a vítima estiverconsciente, evite qualquer dor ou dano adicional. Avalie a lesão e decida se
a melhor maneira de levar a vítima ao hospital é de ambulância ou carro. Caso seja necessário
deslocar uma pessoa gravemente ferida, esta deve ser sempre transportada deitada sobre uma
maca ou sobre uma maca improvisada.
Ao transportar uma vítima por método de maca, ela deve ser levada, primeiro, com os pés no
nível do solo, subindo primeiro a cabeça. Em casos de fraturas de perna ou quadril, a vítima
deve ser transportada primeiro com os pés voltados para a direção à qual se está dirigindo, a
fim de evitar que o peso do corpo desça contra o membro lesionado. É importante que o
paciente esteja fixado à maca para evitar quedas.
Se a pessoa estiver inconsciente, sangrando muito ou tiver dificuldade para respirar, isso deve
ser tratado primeiro, controlando o sangramento com pressão direta e realizando Reanimação
Cardiopulmonar (RCP), se necessário. Nesses casos, é melhor suspeitar de uma lesão nas
costas ou no pescoço.
Se você não conseguir uma resposta da pessoa e achar que ela pode estar sofrendo de
parada cardíaca, siga os seguintes passos:
1º PASSO
Peça ajuda. Diga a alguém próximo para ligar para o 192 (SAMU). Peça a essa pessoa ou a
qualquer outra que esteja na cena para trazer um DEA (desfibrilador externo automático), se
houver um em mãos. Essa ação precisa ser rápida — o tempo é essencial.
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2º PASSO
Se você estiver sozinho com um adulto com esses sinais de parada cardíaca, ligue para o 192
e obtenha um DEA (se houver um disponível).
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3º PASSO
Verifique a respiração. Se a pessoa não estiver respirando ou apenas ofegante, realize RCP.
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Como fazer reanimação cardiopulmonar?
Empurre para baixo no centro do tórax, pelo menos 5 cm, a uma taxa de 100 a 120
compressões por minuto, permitindo que o tórax volte à sua posição normal após cada
impulso.
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A cada 30 compressões, faça duas ventilações boca-máscara ou bolsa-máscara (Ambu).
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Máscara para ventilação boca-máscara.

Fonte: Shutterstock.com
Equipamento para ventilação bolsa-máscara (Ambu).
Use o desfibrilador externo automático assim que ele chegar. Continue administrando RCP até
que a pessoa comece a respirar ou se mover, ou até que alguém com treinamento mais
avançado assuma o controle, como um membro da equipe do SAMU.
Nem sempre há DEA ou máscara disponíveis. Nesses casos, a RCP pode ser feita
manualmente. Isso significa que você fará somente compressões torácicas ininterruptas de 100
a 120 por minuto até a chegada dos socorristas.
Nunca faça respiração boca a boca.
 RECOMENDAÇÃO
A cada cinco ciclos ou dois minutos, reavalie a vítima. Essa reavaliação não deve ultrapassar
os dez segundos.
MNEMÔNICO
Conjunto de técnicas utilizadas para auxiliar o processo de memorização.
PRIMEIROS SOCORROS A ACIDENTES QUE
PROVOCAM POLITRAUMATISMO
Em ambientes laboratoriais, a maior parte dos acidentes tem menor potencial de morte.
Contudo, na literatura, há relatos de acidentes graves que levaram à morte e a amputações.
Sendo assim, é fundamental que você respeite todas as normas de segurança e, caso
acidentes graves aconteçam, esteja apto a agir.
A abordagem básica inclui assegurar a permeabilidade das vias aéreas, a proteção contra
aspiração e o fornecimento de oxigenação e ventilação adequados. As manobras básicas das
vias aéreas são essenciais. Muitos pacientes podem ser tratados apenas com manobras
simples, evitando a necessidade de tubo endotraqueal. Mesmo que seja necessária a
intubação orotraqueal, começar com as manobras básicas das vias aéreas estabiliza o
paciente e permite manobras de reanimação e oxigenação efetivas.
Muitos estudos mencionam que o manejo das vias aéreas começa na intubação, mas a
intubação imediata raramente é o primeiro passo para a ressuscitação.
Existe um mnemônico que representa a sequência de letras que ajuda a memorizar as ações
que devem ser tomadas frente a um acidente no qual haja o risco de a vítima estar
politraumatizada. Essa sequência é conhecida como ABCDE do trauma, e as letras derivam
dos termos em inglês:
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AIRWAY
Significa vias aéreas pérvias.
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BREATHING
Relaciona-se com a respiração.
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CIRCULATION
Refere-se à circulação.
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DISABILITY
Equivale à etapa de avaliação neurológica.
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EXPOSURE
Significa avaliar as lesões.
Vamos aprender o que fazer em cada etapa do ABCDE do trauma.
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 Manobra de elevação do queixo.
Etapa (A): Vias aéreas pérvias
Proteja a coluna cervical, imobilizando-a, mas atenção: caso o pescoço esteja desalinhado,
não tente retificá-lo. Avalie se as vias aéreas estão pérvias: se a vítima estiver consciente, faça
perguntas simples, mas posicione-se de maneira que ela não precise virar a cabeça para
responder; se a vítima estiver inconsciente, com alteração na voz ou ronco, execute as
seguintes manobras: elevação do queixo (chin lift) ou anteriorização da mandíbula (jaw thuist).
Etapa (B): Movimentos respiratórios
Analise a respiração: veja se está rápida ou lenta, profunda ou superficial. Uma forma de não
esquecer o que fazer quando estiver avaliando a respiração é memorizar a sequência ver,
ouvir e sentir:
VEJA
Se o tórax está expandindo.

OUÇA
O som da respiração.

SINTA
Se o ar está saindo da vítima.
Se você identificar problemas, ofereça suporte ventilatório.
Etapa (C): Alterações circulatórias
Avaliação do sistema circulatório. Sinta se há pulsação carotídea. Caso não haja, inicie
imediatamente manobras de reanimação cardiopulmonar. Em caso de hemorragia, você deverá
seguir as orientações contidas no tópico sobre primeiros socorros para acidentes que causam
hemorragia.
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 Verificação do pulso carotídeo.
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 Avaliação das pupilas.
Etapa (D): Avaliação neurológica
Avaliação do nível de consciência. Em caso de vítimas acordadas, pergunte coisas simples,
como nome e idade. Verifique a reatividade das pupilas, ou seja, se elas contraem com a
exposição à luz. Isso deve ser feito com uma lanterna. Atualmente, a lanterna do celular é um
ótimo instrumento. Pupilas que não reagem à luz ou pupilas que reagem de forma assimétrica
são sinais de gravidade. Avalie a sensibilidade dos membros. A fase D tem como objetivo
prevenir lesões cerebrais devidas à má perfusão.
Etapa (E): Avaliação das Lesões
Avaliação da extensão das lesões. Com a vítima já estabilizada, você deve avaliá-la e mantê-
las aquecida para prevenir a hipotermia.
 ATENÇÃO
Lembre-se: antes de começar o ABCDE, peça ajuda!
ABCDE E ACIDENTES EM AMBIENTES DE
LABORATÓRIO
Neste vídeo, a especialista Fátima Cristina Alves de Araujo demostra a importância de
conhecer as ações preconizadas no ABCDE:
PRIMEIROS SOCORROS PARA ACIDENTES
QUE ENVOLVAM QUEIMADURA
Como aprendemos, no ambiente de laboratório, diversas fontes de calor e produtos químicos
podem provocar queimaduras. Vale lembrar que a gravidade das queimaduras depende da
extensão, da profundidade e da parte do corpo atingida. Por exemplo: uma queimadura na face
pode ser agravada pela lesão das vias aéreas.
Vamos, agora, ver o passo a passo do manejo em caso de queimadura.
Queimaduras de 1º e 2º graus
1º PASSO
2º PASSO
3º PASSO
4º PASSO
1º PASSO
Retirar as roupas quentes ou queimadas, tendo o cuidado de não tirar aquelas que estejam
grudadas na pele. Esse cuidado é importante, pois as queimaduras podem causar edema
rapidamente.
2º PASSO
Lavar o local com água fria ou corrente, como no chuveiro de emergência ou lava-olhos, até
que a dor desapareça.
3º PASSO
Não furar as possíveis bolhas.
4º PASSO
Cobrir a região com pano estéril ou limpo.
Queimaduras de 3º grau
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1º PASSO
Retirar as roupas quentes ou queimadas,tendo o cuidado de não tirar aquelas que estejam
grudadas na pele. Esse cuidado é importante, pois as queimaduras podem causar edema
rapidamente.
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2º PASSO
Cobrir a pele com pano estéril.
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3º PASSO
Pedir ajuda médica com urgência.
 ATENÇÃO
Em casos de incêndio, você deve seguir as orientações da brigada interna de incêndio. Caso
não haja, é importante manter a calma e sair do local o mais breve possível. Não tente
combater o fogo caso não tenha treinamento para isso. Existem diferentes tipos de extintores,
para diversas situações de incêndio. O uso do extintor inadequado pode piorar o incêndio e
causar mais danos.
Não coloque nenhuma substância sobre a área queimada.
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PRIMEIROS SOCORROS A ACIDENTES QUE
PROVOCAM FRATURAS OU LESÕES
ARTICULARES
As quedas podem provocar fraturas, entorses ou luxações. É importante saber que fratura
significa a quebra de um osso. As fraturas podem ser de vários tipos. As incompletas
acontecem quando o osso quebrado não está completamente separado. Há situações nas
quais a fratura se dá em linha reta ao longo do osso, ou pode ocorrer a quebra do osso em
diagonal. Torções podem provocar quebra em espirais ao redor do osso. Há também casos em
que o osso é esmagado ou se quebra em três ou mais pedaços e há fragmentos no local da
fratura.
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Em outro tipo de fratura, o mesmo osso é fraturado em dois lugares, então há um segmento
"flutuante" de osso. Quando falamos em entorse, estamos nos referindo ao alongamento dos
ligamentos ou tendões. Já luxação significa que o osso se deslocou da articulação. Saiba que,
depois da dor nas costas, as lesões que envolvem fraturas e entorses são as principais causas
de afastamento do trabalho.
Acidentes que envolvem fratura requerem atenção médica. São sinais de gravidade de uma
fratura:
Avaliação da gravidade das fraturas
ETAPA 1
Dor mediante pressão ou movimento suave.
ETAPA 2
Forte sangramento.
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ETAPA 3
Membro ou articulação deformados.
ETAPA 4
Extremidade do membro afetado cianótica ou sem pulso.
ETAPA 5
Suspeita de fratura na cabeça, no pescoço ou sem pulso.
ETAPA 6
Osso perfurando a pele.
ETAPA 7
A pessoa não responder, respirar ou se mover.
Como agir em caso de fratura:
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Fonte: Shutterstock.com
Não mova a pessoa, exceto se necessário, para evitar mais ferimentos.
Pare qualquer sangramento.
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Fonte: Shutterstock.com
Aplique pressão sobre a ferida com um curativo estéril, um pano limpo ou uma peça de roupa
limpa.
Imobilize a área ferida.
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Não tente realinhar o osso ou empurrar para dentro um osso que está saindo.
Faça uma tala na área acima e abaixo dos locais da fratura somente se você estiver apto e se
a ajuda profissional não estiver disponível.
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Fonte: Shutterstock.com
Aplique compressas de gelo para limitar o inchaço e ajudar a aliviar a dor.
 RECOMENDAÇÃO
Não aplique gelo diretamente na pele. Enrole o gelo em uma toalha, um pano ou outro material.
Fique alerta caso o ferido apresente: tontura, respiração curta e rápida e rebaixamento do nível
de consciência. Nesse caso, haja como se fosse um caso de choque.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DIANTE DAS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES DE
TRABALHO, ALGUMAS DAS MAIS RELEVANTES MEDIDAS DE
PRIMEIROS SOCORROS A SEREM ADOTADAS SÃO AS SEGUINTES:
A) Em casos de acidentes com derramamento de substâncias ácidas, precisamos neutralizá-
las com água corrente abundante.
B) Os chuveiros e lava-olhos de emergência são medidas importantes para acidentes com
derramamento de soluções, devendo estar em local de fácil acesso.
C) Em caso de acidentes envolvendo o derramamento de material biológico, o socorro envolve
lavagem exaustiva, e o profissional pode retornar imediatamente ao trabalho.
D) Em caso de acidentes nos quais produtos químicos sejam engolidos, a medida de primeiros
socorros envolve cuspir o material ingerido e lavar a boca exaustivamente.
E) Acidentes provocados pelo derramamento de bases devem ser neutralizados com
bicarbonato de sódio.
2. PERDA OU REBAIXAMENTO DA CONSCIÊNCIA PODEM ACONTECER
EM ACIDENTES DE LABORATÓRIOS. DIANTE DISSO, RELACIONE AS
PRINCIPAIS AÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS.
A) Caso se depare com alguém inconsciente, você deve, em primeiro lugar, deitar a vítima de
costas e elevar as pernas dela.
B) Você precisa observar sinais de choque em vítimas inconscientes antes de transportá-las.
C) Em caso de vítimas conscientes, você deve transportá-las imediatamente para o hospital.
D) Como o tempo é fundamental nas ações de primeiros socorros, caso você presencie algum
acidente, deve transportar a vítima para o hospital imediatamente.
E) Caso a vítima esteja sangrando, você deve acelerar a remoção dela para o hospital.
GABARITO
1. Diante das principais consequências dos acidentes de trabalho, algumas das mais
relevantes medidas de primeiros socorros a serem adotadas são as seguintes:
A alternativa "B " está correta.
Em caso de derramamento de substância em grande quantidade, chuveiros e lava-olhos de
emergência são as medidas de primeiros socorros. Os chuveiros também são importantes em
caso de queimaduras causadas pelo fogo. Eles precisam ficar em local de fácil acesso e com
instruções visíveis.
2. Perda ou rebaixamento da consciência podem acontecer em acidentes de
laboratórios. Diante disso, relacione as principais ações de primeiros socorros.
A alternativa "B " está correta.
O transporte da vítima só deve ser realizado com segurança. Se ela estiver inconsciente, com
dificuldade para respirar ou sangrando muito, essas condições devem ser solucionadas antes
de transportá-la.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Analisamos os principais acidentes que ocorrem nos ambientes de laboratório e as
consequências desses acidentes e os primeiros socorros a serem prestados.
Como vimos neste tema, os ambientes de laboratório são locais com grandes riscos de
acidentes relacionados a derramamento de substâncias químicas e materiais biológicos, gases
e vapores tóxicos, perfuração e cortes, queimaduras e quedas.
Além disso, reconhecemos as principais ações de primeiros socorros voltadas para as
consequências dos acidentes em ambientes de laboratório. Vimos medidas voltadas para
primeiros socorros em situações em que há derramamento de líquidos; quando as vítimas
encontram-se inconscientes; quando há necessidade de transportá-las. Abordamos também
situações que envolvem hemorragia, queimaduras, fraturas, entorses e luxações, além do
atendimento a politraumatizados.
Gastar tempo com as regras de segurança é a marca registrada de um trabalho de sucesso. Ao
não economizar sua atenção com a segurança, você terá mais tempo para experimentar e
aprender sem o drama de um acidente perigoso.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção
para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde,
2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Especializada. Cartilha para tratamento de emergência das queimaduras. Brasília: Editora
do Ministério da Saúde, 2012.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Microbiologia clínica para o controle de
infecção relacionada à assistência à saúde – Módulo 1: Biossegurança e Manutenção de
Equipamentos em Laboratório de Microbiologia Clínica. Brasília: Anvisa, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. Protocolo clínico e diretrizes
terapêuticas para profilaxia pós-exposição (PEP) de risco à infecção pelo HIV, IST e
hepatites virais. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
CLAYTON, A. M.; HAYES, J.; LATHROP, G. W; POWELL,N. Development of an
Occupational Risk Assessment Tool for Laboratory Animal Facilities. Applied Biosafety:
Journal of ABSA International, v. 24, n. 2, p. 72–82, 2019.
CRESPO, R. P. T. PHTLS: atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. 9. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2020.
HERRANZ, L. E.; JACQUEMAIN, D.; NITHEANANDAN, T.; SANDBERG, N.; BARRÉ, F.;
BECHTA, S.; NAKAMURA, H. (2020). The working group on the analysis and management
of accidents (WGAMA): a historical review of major contributions. Progress in Nuclear Energy,
127, 103432.
SECRETARIA DE SAÚDE. Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde. Diretoria de
Vigilância e Controle Sanitário. Manual de Biossegurança. Salvador: Universidade Federal da
Bahia, 2001.
SENAC. Primeiros socorros: como agir em situações de emergência. São Paulo: SENAC,
2019.
SUEOKA, J. S. APH Resgate: emergência em trauma. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2020.
WALTERS, A. U. C. et al. Chemical laboratory safety awareness, attitudes and practices of
tertiary students. Safety Science, v. 96, p. 161–171, 2017.
YOON, H.; LOCKHART, T. E. Nonfatal occupational injuries associated with slips and falls
in the United States. Int. J. Ind. Ergon., v. 36, n. 1, p. 83–92, 2006.
EXPLORE+
Veja como Valéria Aparecida Farla e outros autores abordam os perigos no ambiente de
laboratório no artigo Perigos e riscos na medicina laboratorial: identificação e avaliação.
Para aprender mais sobre acidentes em laboratórios químicos e primeiros socorros, visite
a página da Fiocruz e busque por Situações de emergência em laboratórios químicos e
acesse Quadro primeiros socorros frente a acidentes envolvendo produtos químicos.
Para conhecer mais sobre os gases tóxicos usados como armas químicas, leia o artigo
Defesa química: histórico, classificação dos agentes de guerra e ação dos neurotóxicos.
Para conhecer mais sobre a profilaxia no caso de acidentes com material biológico,
consulte Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para profilaxia pós-exposição (PEP) de
risco à infecção pelo HIV, IST e hepatites virais, produzido pelo Ministério da Saúde.
No site da ANVISA, acesse os materiais que explicam detalhadamente o processo de
lavagem das mãos.
A respeito de RCP, vale assistir ao vídeo Diretrizes 2015 da RCP pela American Heart
Association (AHA), disponível no YouTube.
CONTEUDISTA
Fátima Cristina Alves de Araujo
 CURRÍCULO LATTES
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