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Aspectos Regulatorios de Terapias Integrativas e Complementares

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Introdução à Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC)
Historicamente, a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) surgiu nos anos 1980 no Brasil, a partir da 8ª Conferência
Nacional de Saúde, que teve ação de promoção, para que discussões fossem
realizadas e houvesse, a partir daí, um grande crescimento acerca das políticas
públicas em torno das novas formas de cuidar da saúde, tendo como foco a
disponibilização da possibilidade de acesso dessas formas terapêuticas para a
população.
A contar dessa demanda de novas técnicas de prevenir e promover a saúde
aos seus pacientes, seguindo de forma clara as diretrizes da Organização Mundial
de Saúde (OMS), que dizem que a saúde é o bem-estar biopsicossocial, e
compreendendo que o ser humano é a junção das estruturas fisiológicas do corpo e
psíquicas da mente, para tratar de forma unificada, no ano de 2006, foi criada e
editada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).
Deste modo, com a implantação das PNPIC, houve a regularização dessas
novas terapias e sua aplicação através do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo
seu respectivo escrito relata, o processamento de descentralização da saúde por
meio da atenção primária e a colaboração popular proporcionam aos municípios
grande emancipação e independência. Dessa maneira, as técnicas que constam
relacionadas nos documentos que fazem parte da PNPIC são preconizadas e seu
desimpedimento na cadeia de atendimentos subordina-se à utilização da
administração local, levando em conta suas predileções de procura.
A Portaria nº 145, de 11 de janeiro de 2017, incluiu a lista de procedimentos
já prestados pelo SUS no âmbito da atenção básica, acrescentando novas práticas
às existentes, totalizando 29 terapias do tipo PICS que poderiam ser ofertadas pela
rede do SUS, dispostas nos diversos graus de intrincamento do serviço de saúde,
nada obstante, mais centradas nas ofertas presentes na atenção básica
As práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) são procedimentos que
empregam artifícios fundamentados em saberes tradicionais, voltados a precaver
inúmeras patologias, desde uma depressão e hipertensão até casos mais graves. As
PICS também podem ser utilizadas com artifícios de apoio em casos de terapias
paliativas, de certas patologias crônicas, entre outros casos que a terapia
convencional já desacreditou.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta as PICS nos dias que correm, de
maneira completa e sem custos adicionais aos usuários, além dos impostos por eles
pagos, e são constituídas por 29 modalidades de terapias. As PICS tiveram seu
início de atendimento pela principal porta de entrada do SUS, que é a Atenção
Básica, sendo cuidadas pelas secretarias estaduais e municipais.
Para que a PNPIC fosse possível, foi necessário a realização da promulgação
e da implantação de normas e regulamentos, que surgem de forma documental,
tendo sua elaboração realizada durante conferências e reuniões e, somente após
chegarem a um denominador comum, foram publicadas e implementadas.
Implementação da PNPIC
Indícios científicos vêm demonstrando as vantagens da terapêutica que faz a
mescla da medicina convencional e das práticas integrativas e complementares.
Assim sendo, observa-se um aumento nos números de profissionais qualificados e
instruídos e, com isso, ocorre também uma valorização dos saberes tradicionais, os
quais deram origem a muitas dessas terapias.
A concepção da PNPIC tendo sua implantação no SUS inicia do acolhimento
das regras, normas e recomendações advindas de inúmeras conferências ocorridas
no ambiente nacional de saúde e das advertências, observações e indicações da
Organização Mundial da Saúde (OMS). No ano de 2003, no mês de junho, pessoas
que formavam comitês ligados às associações nacionais de Fitoterapia,
Homeopatia, Acupuntura e Medicina Antroposófica fizeram reuniões com
representantes, incluindo o próprio Ministro da Saúde, oportunidade na qual,
mediante a presença dele e por sua própria solicitação, ficou estabelecido um
agrupamento de profissionais, que ficou sob a tutela e sendo coordenado pelo
Departamento de Atenção Básica, da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), e pela
Secretaria-Executiva, contando com a participação de profissionais que fazem
parte das secretarias de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos e de Gestão do
Trabalho e Educação na Saúde, do Ministério da Saúde; Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa); associações brasileiras de Fitoterapia, Homeopatia,
Acupuntura e Medicina Antroposófica, para discussão e implementação das ações,
no sentido de elaborar a política nacional. Nesta reunião, foram também criados os
primeiros registros documentais sobre a PNPIC.
No dia 24 de setembro de 2003, em conferência, foi reunida uma equipe de
administradores responsável pelo gerenciamento das atividades e pela elaboração
da política nacional, instituindo, no meio de outras ocorrências, a constituição de
quatro subgrupos de atividades, considerando as diferentes áreas, por causa das
peculiaridades de cada uma delas. Como planejamento de produção da política, a
equipe de administração produziu um projeto de ação a ser compartilhado pelos
subgrupos para, mais adiante, ser afirmado em documento técnico único relativo à
política nacional. Os estados e municípios tiveram sua iniciação dos registros do
que seria permitido dentro de seus territórios.
Cada subgrupo teve liberdade para a tomada de diferentes planejamentos
para a concepção de seu projeto de ação, concernente que os subgrupos da
homeopatia, fitoterapia e medicina antroposófica escolheram pela realização de
conferências de amplitude nacional, com grande participação da sociedade civil
organizada, além de conferências técnicas para a organização do projeto de ação.
O subgrupo da medicina tradicional chinesa (MTC)/acupuntura fez a opção por
encontros técnicos, embasados pelos documentos feitos pela OMS para essa área,
entre outros.
A equipe de administradores e os subgrupos de atividades tiveram, nesse
momento inicial, a colaboração dos seguintes órgãos, entidades e instituições para
a elaboração das normas e estratégias para implementação: na coordenação geral
do processo de formulação da política nacional ficaram duas secretarias, o
Ministério da Saúde, a Secretaria-Executiva e a Secretaria de Atenção à Saúde. Já
no subgrupo de atividades na coordenação, ficou a Secretaria de Atenção à Saúde
e a Secretaria de Gestão no Trabalho e Educação na Saúde; Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa). Como variações destes órgãos, estão associações e
sociedades, tais como: Associação Médica Brasileira de Acupuntura (AMBA);
Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura (SMBA); Associação Médica
Homeopática Brasileira (AMHB); Associação Brasileira de Fitomedicina (Sobrafito);
Associação Brasileira de Medicina Antroposófica (ABMA), entre outras.
Consolidação da PNPIC
A consolidação dos serviços e das atividades dos subgrupos creditados pela
Secretaria-Executiva e pela Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde e
da redação do planejamento da proposta da Política Nacional de Medicina Natural
e Práticas Complementares, em meados do mês de fevereiro do ano de 2005,
subordinou o documento à apreciação para julgamento e para a sua possível
validação pelas Câmaras Técnicas dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais
e Municipais de Saúde e tratado na Comissão Intergestores Tripartite.
No ano de 2005, no mês de setembro, o documento, que mais cedo, no
mês de fevereiro deste mesmo ano, foi validado pelas secretarias, teve sua
exposição, tratando da leitura e da discussão de seus termos, em uma conferência
cotidiana do Conselho Nacional de Saúde (CNS), e passou por uma submissão, por
intermédio e indicação do CNS, à Comissão de Vigilância Sanitária e
Farmacoepidemiológica, para ter seu conteúdo e sua procedência julgados e
posterior publicação.Até chegar a um ponto em comum e após muitas conferências entre
profissionais e equipes técnicas do Ministério da Saúde e de suas secretarias e da
CNS, o planejamento de política foi uma vez mais confrontado e pedida sua
aceitação ao CNS, sendo que isso ocorreu no último mês do ano de 2005. Essa foi
somente mais uma etapa, pois o texto continha limitantes relativos ao que se
apresentava em sua redação e às atividades técnicas, as quais seriam mediadas e
empregadas na medicina tradicional chinesa e acupuntura e até mesmo voltadas à
denominação e nomenclatura da política que estava em averiguação.
Ainda no mês de dezembro do ano de 2005, o CNS sugeriu que fosse
realizada a revisão de trechos do documento que continham informações sobre a
medicina tradicional chinesa e a acupuntura e que tivesse a inserção de outra
atividade, que se tratava do termalismo social e crenoterapia, devendo a
apreciação e apresentação do relatório conter os resultados das análises realizadas
pelo Grupo das Águas, do CNS.
Em vista disso, foi estabelecida uma comissão construída e criada pelo CNS,
a qual teve em seu escopo como membros participantes representantes do CNS,
profissionais técnicos do Ministério da Saúde e conselheiros que não faziam parte
de nenhum dos conselhos envolvidos, para dar um outro olhar. Essa união de
pessoas teve o propósito de discutir e, por fim, redigir o projeto final, que foi
avaliado pelo CNS, que teve o prazo de dois meses para chegar a um denominador
comum e apresentar em conferência em fevereiro de 2006.
Na data marcada, com o projeto redigido de forma finalizada, com todas as
alterações e sugestões devidamente seguidas e constantes no texto, finalmente o
projeto teve sua aprovação pelo CNS, concretizando, assim, a Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares, a qual foi publicada na forma das
Portarias ministeriais nº 971, de 3 de maio de 2006, e nº 1.600, de 17 de julho de
2006.
O que são Documentos Técnicos da PNPIC
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)
abrange os procedimentos médicos e os meios terapêuticos, que são chamados
pela OMS como medicina complementar, alternativa ou medicina tradicional, que
estão ligados à busca pelo equilíbrio do corpo através de estímulos que ativam as
ferramentas intrínsecas orgânicas, para que se recupere o bem-estar e se previna
pioras, com técnicas seguras e acolhedoras, que auxiliam na formação da conexão
terapêutica e na união entre o meio ambiente, a sociedade e o ser humano. Nas
terapias contempladas pela PNPIC, há também o compartilhamento da visão do
processo saúde, doença e autocuidado.
A OMS, no término dos anos 1970, produziu o programa de medicina
tradicional (MT), com o objetivo de formular as políticas e as diretrizes que
norteariam essa área. A partir disso, foram divulgadas diversas resoluções e
comunicações, com o intuito de afirmar o compromisso da OMS de incentivar a PIC,
para que os estados tenham estímulo para a formulação e a implementação da
PNPIC em seus territórios e do uso integrado e racional da MT nos sistemas de
atendimento à saúde, assim como o fomento às pesquisas científicas nessa área
para produção e elaboração de conhecimento, demonstrando resultados quanto à
segurança do seu uso e ao grau de eficácia e qualidade, fato que está relatado no
documento emitido pela OMS intitulado Estratégia sobre Medicina Tradicional do
ano 2002 até 2005.
Este documento já estava em andamento na década de 1970 pela OMS,
porém, no Brasil, essa abordagem teve início nos anos 1980, após a criação do SUS
e da descentralização da saúde, que deu maior poder de decisão aos estados e
municípios e permitiu que a população desse sua opinião. Isso prova a autonomia
dada para as decisões de suas políticas, promoção, e recuperação da saúde,
permitindo que práticas inovadoras pudessem ser aplicadas.
Para que tudo fosse possível, alguns momentos foram de grande importância
nessa caminhada para regularizar e traçar objetivos e diretrizes da PNPIC:
- 1985: ocorreu a comemoração da aliança entre o Instituto Nacional de
Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), Fiocruz, UERJ e Instituto
Hahnemanniano do Brasil, com a intenção de institucionalizar a assistência
homeopática na rede pública de saúde.
- 1986: 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), considerado o ponto zero
para a oferta da PNPIC no sistema de saúde do Brasil. Ao seu final, foi elaborado o
relatório final pela introdução de práticas alternativas de assistência à saúde no
âmbito dos serviços de saúde, possibilitando ao usuário o acesso democrático de
escolher a terapêutica preferida.
- 1995: a instituição do Grupo Assessor Técnico-Científico em Medicinas Não
Convencionais, através da Portaria GM nº 2.543, de 14 de dezembro de 1995,
editada pela então Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da
Saúde.
- 2003: criação de equipe de trabalho no Ministério da Saúde, que teve
como objetivo a criação da Política Nacional de Medicina Natural e Práticas
Complementares, denominada, atualmente, de PNPIC.
- 2005: relatório final do seminário “Águas Minerais do Brasil”, em outubro,
que indica a constituição do projeto piloto de termalismo social no SUS, e o
decreto presidencial que cria o grupo de trabalho para elaboração da Política
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
A Utilidade dos Documentos Técnicos da PNPIC
A concepção da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC) apresenta como ambiente de atuação seu início com a educação popular,
arte, cultura e desenvolvimento social. No SUS, são em número diminuído,
destacando-se o serviço das “práticas não alopáticas” da capital mineira, em que a
medicina antroposófica, com a homeopatia e a acupuntura, foi inserida na rede
municipal inicialmente. Em novembro de 2004, o serviço comemorou uma década
de existência, com um aumento nos números de atendimentos.
No estado de São Paulo, houve destaque da Associação Comunitária Monte
Azul, que auxilia há mais de um quarto de século, oferecendo à comunidade
tratamentos não alopáticos, como massagens, arteterapia e outras aplicações,
sendo que, desde 2001, firmou cooperação com a secretaria municipal de saúde
para auxiliar na implantação da estratégia saúde da família no município.
O Ministério da Saúde, respondendo à exigência de dominar as experiências
que já vinham sendo aplicadas em rede pública de vários cidades e estados,
assumiu como plano a efetivação de uma investigação nacional que tivesse o
envolvimento da verificação das práticas já aplicadas no SUS, tendo como
atividade principal aqueles com vínculo com a MT chinesa ou acupuntura, a
homeopatia, a fitoterapia e a medicina antroposófica, complementadas pelas
técnicas e destrezas complementares à saúde.
A análise se deu pelo Departamento de Atenção Básica, da Secretaria de
Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, no primeiro semestre do ano de 2004, e
ocorreu pelo emprego de questionário, que foi remetido para todos os
administradores dos estados e municípios, responsáveis pela rede de saúde, tendo
como total mais de 5 mil questionários enviados, porém somente 1.340
questionários tiveram devolutiva, e foram com essas repostas que os resultados
analisados geraram um relatório da situação das práticas integrativas e
complementares nas redes de saúde dos municípios e estados, que revelaram a
organização de um pequeno número dessas terapias em cerca de 26 estados
brasileiros – 19 capitais e 213 municípios empregavam as práticas complementares.
Mesmo com o número reduzido de retorno dos questionários, a amostra foi
considerada significativa e estatisticamente quando remetida ao âmbito nacional.
Com isso, ficaram também determinados alguns objetivos a serem
cumpridos, como incorporar a PNPIC ao SUS, pensando na prevenção de pioras do
paciente e no restabelecimento da saúde, com destaque para a atenção básica,
por ter uma forma de tratar focada emum cuidado continuado, com humanização
e cuidado total do bem-estar do corpo e da mente; colaborar para o crescimento
da reparabilidade do conjunto e o aumento do acesso da população às PNPIC,
assegurando a eficácia, a qualidade, a segurança e a eficiência no uso das PIC;
promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras
e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades; por
fim, estimular as ações referentes ao controle/participação social, promovendo o
envolvimento responsável e continuado dos usuários, gestores e trabalhadores nas
diferentes instâncias de efetivação das políticas de saúde.
Como Utilizar os Documentos Técnicos da PNPIC
Após as reuniões e conferências da OMS e das organizações e associações
brasileiras sobre a MT chinesa e as terapias complementares que trouxeram as
definições e traçaram os objetos como resultado das diretrizes, esse conjunto de
ações levou à estruturação e à consolidação da concentração em PIC por meio do
incentivo à inclusão da PNPIC em todas as categorias de atenção, tendo como
ponto focal a atenção básica.
Houve também a categorização e a inclusão no desenvolvimento da PNPIC,
pensando nos profissionais que poderiam prestar esse tipo de atividade, e
formulou-se uma diretriz regulamentando o caráter multiprofissional e os níveis de
atenção que cada um poderá atender. A instalação e o estabelecimento de ações
que fortalecessem as iniciativas já em andamento e a busca por estabelecer
formas que promovessem o aumento nos valores e mecanismos de financiamento
para essas atividades.
Realizou-se a concepção de regulamentos e diretrizes técnicas e
operacionais para o estabelecimento e o desenvolvimento, para que essas técnicas
complementares pudessem ser abordadas no SUS, junto à articulação da Política
Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e demais políticas do Ministério
da Saúde. Toda esta ação culminou para o desenvolvimento e a suplementação de
artimanhas para a qualificação dos profissionais e das técnicas em PIC, em
especial, as que atuarão no SUS, para que estejam em harmonia com os princípios
e as diretrizes estipulados para o recebimento de educação permanente.
Houve a promoção da divulgação e do partilhamento dos conhecimentos
básicos sobre a PIC para os trabalhadores em saúde, administradores e pacientes
que utilizassem os serviços de saúde, para que tivessem o conhecimento de que os
tratamentos podem incluir metodologias não convencionais, mas participativas,
que façam a união da terapia convencional com as integrativas e complementares.
Ocorreu o suporte técnico e/ou financeiro a delineamentos de qualificação
de profissionais prestadores que visam à atuação na área de comunicação,
informação e educação, para encorajar a popularização da PIC e ter como foco de
atuação estratégias que sejam exercidas na Estratégia Saúde da Família e no
programa de agentes comunitários de saúde. Estes suportes têm como finalidade a
elaboração de materiais de divulgação impressos, como cartilhas, folhetos e
cartazes, e visuais, como vídeos, visando à ascensão de procedimentos
informativos, com a intenção de divulgar e esclarecer sobre as PIC, considerando
as singularidades culturais e regionais brasileiras e de seus públicos-alvo e
prestadores de serviço, bem como os professores e estudantes das diversas áreas
voltadas à saúde e à comunidade em geral.
Estas ações estão sempre estabelecendo o intercâmbio técnico-científico,
visando à propagação do saberes e à permuta de informações decorrentes das
experiências na área da atenção à saúde, formação, educação no campo
permanente e pesquisa com unidades federativas e países onde a prática da PIC
seja norteada por um plano de ação e esteja também vinculada ao serviço público
de saúde.
Introdução das Diretrizes da PNPIC
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)
abrange os procedimentos médicos e os meios terapêuticos na implementação das
diretrizes sob as asserções que nortearam todos os caminhos trilhados. O
prosseguimento da medicina tradicional chinesa – acupuntura (MTCA) em
peculiaridade multiprofissional está contextualizado para as classes profissionais
constantes no quadro de trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) e em
conformidade com o nível de atenção a ser utilizado na MTCA. No caso da
homeopatia, a premissa utilizada para o seu desenvolvimento dentro da PNPIC
também levou em consideração que quem a realizaria seria uma equipe
multiprofissional, tendo sempre em mente quem seria a equipe e em qual nível de
atenção seria realizada a prestação de atendimento dentro do SUS.
A primeira prática integrativa e complementar em saúde (PIC) foi a MTCA,
que trabalha com estímulos do fluxo de enérgico do corpo através de agulhas
implantadas em pontos específicos do corpo, buscando a homeostase fisiológica do
organismo. Seguida da homeopatia, que é a terapia que busca a cura pelo
semelhante, isto é, a mesma substância que está causando a doença pode curá-la
ou aliviar seus sintomas. O remédio homeopático tem doses pequenas, que
promovem o alívio ao invés de gerá-los. Posteriormente, as plantas medicinais e a
fitoterapia, sendo que este é um medicamento oriundo de derivados vegetais, dos
quais é feito extrato e tem sua concentração dos fitoquímicos existentes nas
plantas medicinais. As plantas medicinais, ou drogas vegetais, são as substâncias
utilizadas in natura, sem processamento químico ou industrial.
Tendo essa realidade como norteadora, foram criadas as diretrizes para
nortear, regularizar e implementar as PICS. Para a MTCA, foram elaboradas oito
diretrizes; para a gestão da homeopatia, sete diretrizes; para a regularização da
utilização das plantas medicinais e da fitoterapia, nove diretrizes. Ainda, houve a
formulação de uma diretriz para gerir a medicina antroposófica e uma diretriz que
regulamentasse tudo voltado ao termalismo social e à crenoterapia.
As diretrizes, de forma geral, regulamentarão a estruturação e o
fortalecimento dos diversos setores que envolvam da MTCA 1 até a MTCA 8; o
aprimoramento de formas para propiciar a qualificação dos profissionais que atuam
no SUS; auxiliarão na divulgação sobre explicações dos métodos; garantirão que
todos tenham acesso à metodologia e aos materiais necessários para sua aplicação;
a realização do acompanhamento durante o tratamento; o incentivo aos estudo
científicos; a integração nas políticas de saúde; a garantia no auxílio de
financiamentos.
Com relação às diretrizes que nortearam a homeopatia (H1 a H7), que tem
como inicial a implementação dessa técnicas nos variados níveis de complexidade
de atenção, ter a segurança de manter os financiamentos para a realização dessa
técnica; prover o acesso dos pacientes da rede SUS aos medicamentos
homeopáticos, apoiando os trabalhos que visam à melhora na formação e educação
de profissionais de qualidade; validação e manutenção da homeopatia no SUS,
socializando o aprendizado, a pesquisa, os estudos científicos e o atendimento
seguindo as características populacionais.
As diretrizes que regulamentam a utilização das plantas medicinais e
fitoterapia (PMF1 a PMF9) iniciam-se com a criação de um glossário de plantas
medicinais; a análise sobre distribuição aos pacientes do SUS; formação e
manutenção do conhecimento, avaliando a introdução dos tratamentos com
plantas medicinais e fitoterapia no SUS; toda parte de incentivo, seja para estudos
científicos ou implementação, para que a população tenha conhecimentos e os
profissionais se aprimorem.
Diretrizes da PNPIC
A criação das diretrizes da PNPIC é dividida pela técnica empregada: MTCA
(medicina tradicional chinesa – acupuntura), H (homeopatia) e PMF (plantas
medicinais e fitoterapia). As diretrizes são:
- MTCA 1: organização e consolidação da atenção em MTCA no SUS, com
impulso da introdução da MTCA em todos os graus de atendimento, com
prioridade para a atenção básica.- MTCA 2: prosseguimento de habilidades de destrezas em MTCA para
trabalhadores do SUS, de acordo com os princípios e as orientações acerca
da educação permanente no SUS.
- MTCA 3: disseminação e referência dos conhecimentos básicos em MTCA
para pacientes, trabalhadores e administradores do SUS.
- MTCA 4: salvaguarda do ingresso aos materiais estratégicos para MTCA no
entendimento da preservação da qualidade e segurança das atividades.
- MTCA 5: amadurecimento das atividades de assistência e avaliação para
MTCA.
- MTCA 6: incorporação das atividades da MTCA com os princípios da saúde.
- MTCA 7: estímulo à pesquisa, com a intenção de financiar a MTCA no SUS
como porção estratégica de planos de pesquisa no sistema.
- MTCA 8: garantia monetária para as atividades da MTCA.
- H 1: inclusão da homeopatia nos vários graus de complexidade do sistema de
atendimento, com destaque para a atenção básica, através de atividades de
prevenção, recuperação e promoção da saúde.
- H 2: salvaguarda de incentivo qualificado para garantir o seguimento do
grupo de trabalhos fundamentais para a boa prática em homeopatia,
observando as suas particularidades técnicas.
- H 3: fornecimento do ingresso aos pacientes do SUS aos fármacos
homeopáticos receitados, na expectativa do aumento da produção pública.
- H 4: suporte a propostas de construção e educação contínua,
proporcionando a particularidade técnica dos trabalhadores e concordância
com as doutrinas da política nacional de educação permanente.
- H 5: rastreamento e aferição da adição e efetivação da atenção
homeopática no SUS.
- H 6: associar conhecimentos acerca da homeopatia e particularidades da sua
prática, conciliando-as aos vários grupos populacionais.
- H 7: sustentar o progresso de estudos e pesquisas que analisem a
propriedade e requinte a atenção homeopática no SUS.
- PMF 1: produção da listagem nacional de plantas medicinais e de
fitoterápicos.
- PMF 2: fornecimento do acesso a plantas medicinais e fitoterápicos aos
pacientes do SUS.
- PMF 3: instrução e educação contínua dos trabalhadores da saúde em
plantas medicinais e fitoterapia.
- PMF 4: rastreamento e aferição da adição e efetivação da atenção das
plantas medicinais e fitoterapia no SUS.
- PMF 5: consolidação e aumento da atuação popular e do controle popular.
- PMF 6: instauração de políticas de custeios para o progresso de ações
focadas na introdução das plantas medicinais e da fitoterapia no SUS.
- PMF 7: encorajamento à pesquisa e progressão de plantas medicinais e
fitoterápicos, privilegiando a biodiversidade nativa.
- PMF 8: incentivo da utilização consciente de plantas medicinais e dos
fitoterápicos no SUS.
- PMF 9: salvaguarda do acompanhamento da particularidade dos fitoterápicos
pelo sistema nacional de vigilância sanitária.
Utilização das Diretrizes da PNPIC
A priorização das técnicas deve sustentar a introdução de trabalhadores de
saúde com especialização em acupuntura na esfera de apoio, atuação e
corresponsabilização com a Estratégia Saúde da Família (ESF). Ficam descritas as
funções dos trabalhadores que atuarão nessas áreas, tais como a maneira adaptada
e programada seguindo seus trabalhos. Estes profissionais devem: agir na
identificação, junto aos grupos de atenção básica, às equipes das unidades básicas
(UBS) e da ESF e aos cidadãos, das técnicas que serão utilizadas em dada área;
atuar na concretização coletiva de atos que incluam outras políticas sociais;
avaliar, junto às ESFs e equipes de UBS, a repercussão na condição do progresso e
da implementação dessa nova técnica MTCA, mediante indicativos previamente
determinados. Realizar as atividades sempre com bases científicas de referência e
contrarreferência de forma educativa, constitui-se na articulação entre as
unidades mencionadas, sendo que, por referência, compreende-se o trânsito do
nível menor para o de maior complexidade. Inversamente, a contrarreferência
compreende o trânsito do nível de maior para o de menor complexidade. A
realização de discussões clínicas dos casos de pacientes em reuniões tanto do
núcleo quanto nas reuniões de equipes.
Trabalhadores da saúde que exerçam práticas de acupuntura que estejam
vinculados aos sistemas ambulatoriais especializados de média e alta complexidade
têm por obrigação a participação em toda a sistemática para comprovações de
referência e contrarreferência no processo educativo, sendo requisitos
fundamentais, que estão intimamente ligados às questões de acessibilidade,
universalidade e integralidade da assistência. Atuando em qualquer nível, o
profissional, para realizar a acupuntura, deverá ter o título de especialista. Além
disso, normas técnicas devem ser implantadas e incluídas para sua prática no SUS.
A referência pode ser dividida em acolhimento, vínculo e cuidado do paciente, por
exemplo, no tratamento ambulatorial, e a contrarreferência é o acompanhamento
com os retornos.
Pontos relevantes das diretrizes sobre os usuários do SUS são a realização de
difusão das diferentes possibilidades terapêuticas com ponto focal na prevenção de
pioras e promoção do bem-estar em práticas corporais. Para os profissionais, é a
realização de difusão das diferentes possibilidades de utilização das terapias, o
desejo de obtenções com especificidades segundo o modelo utilizado na rede de
referências, mediante as medidas de biossegurança, sendo respeitadas como
opções aos tratamentos convencionais. Para os administradores, gera a
necessidade de custeio do meio de especializar e de capacitar seus subordinados
que atuaram na iniciação e manutenção dessas práticas, podendo ser utilizados
como forma de baratear essa demanda de recursos federais nesse investimento.
Essa cinemática para a implantação da PNPIC gera mecanismos de custeio
para que seja possibilitado o alcance aos materiais necessários, para que essas
práticas alternativas sejam realizadas, e possibilita o alcance da população aos
remédios voltados à homeopatia e a especialização e o ensino de prescrição aos
profissionais. Para a utilização dos medicamentos tanto homeopáticos quanto
fitoterápicos, tem-se a necessidade de adequação das farmácias públicas,
atentando às características regionais e às legislações vigentes. Há a necessidade
de incentivo para a realização da inserção de planos da produção de matéria-prima
homeopática e fitoterápica nos laboratórios oficiais, para fornecimento para as
farmácias de manipulação, a fim de que seja possível a elaboração das medicações
prescritas pelos profissionais devidamente inscritos.
Introdução à Gestão da PNPIC
Para iniciar nosso diálogo, surgem algumas questões: qual é a definição de
gestão? Quais são seus tipos? Existem diferenças? Gestão nada mais é que um grupo
de convicções que tem relações com as atribuições de programar, orientar,
ordenar, gerir, fiscalizar e administrar algo. Prima por incentivar a participação, a
autonomia e a responsabilidade de seus trabalhadores e usuários, tendo como foco
pontos administrativos, os quais têm uma metodologia orientada na imersão
político-administrativa, portanto têm uma parcela de componentes com cunho
mais humanitário, sendo diferente de administração, que tem por significado
planejar, ter o controle e dar dirigibilidade aos materiais, parte de custeio e força
advinda do controle do ser humano. Devemos ter em mente que uma gestão de
qualidade deve contemplar a aplicação dos princípios de gestão, que são: planejar,
organizar, dirigir e controlar, tirando o máximo de proveito dos recursos ali
disponíveis, podendo ser humanos, de custeio e físicos.
A gestão, então, variará o grau e o nível hierárquico dentro do território
nacional, sendo dividida em gestão federal, estadual e municipal.
A gestão federal é a disseminação de poderio e soberania, de forma que o
governo nacional e os subnacionais, como o poder estadual e o poder municipal,
têm atribuições indissociáveis e opositoras para gerir perante ele, ampliando
territórios e as mesmaspessoas que ali residem. Portanto, temos como definição
que a gestão federal é um grupo de entidades de cunho político que misturam dois
princípios: o autogoverno e o compartilhamento governamental. Em outras
palavras, a perfilhação respeitosa de um sistema político federativo acarreta a
presença de normas em âmbito nacional e de regras determinadas no campo das
unidades subnacionais, em uma associação que abrange a interdependência e a
autonomia relativa das entidades cadeia abaixo. De outra maneira, suplica que,
em um certo país, conciliam-se procedimentos de acúmulo de poder, sempre em
denominação da integração política e da equidade social, com descentralização do
poder, sendo ponderada as relações com ligação a respeito da autonomia e de
diversidades regionais e locais.
Com relação à gestão estadual, a condição de gestão plena do sistema
estadual de saúde concede ao gestor estadual uma maior autonomia e, de modo
particular, altera a forma de participação do Ministério da Saúde no financiamento
do SUS. Nesse caso, os recursos relativos à assistência de média e alta
complexidade sob gestão da Secretaria de Estado da Saúde são automaticamente
transferidos do Fundo Nacional para o Fundo Estadual de Saúde. Já aqueles
referentes à Atenção Básica e à assistência de média e alta complexidade sob
gestão do município em gestão plena do sistema são transferidos do Fundo
Nacional para os Fundos Municipais de Saúde.
Atribuição da Gestão
A criação das diretrizes da Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) teve sua caracterização de responsabilidade institucional
dividida entre a administração federativa, a administração do estado e a
administração do município. Cada uma delas tem uma parte de responsabilidade
em tudo ligado aos assuntos pertinentes às práticas integrativas e
complementares.
A administração no âmbito federal tem a gestão de toda a região do pais,
atribuindo-se como responsabilidade a elaboração das normas técnicas para a
inclusão das terapias na PNPIC; a definição dos recursos monetários e logísticos,
para que ocorra a implantação no território nacional, sempre considerando a
composição tripartite; o incentivo à realização de buscas por comprovações
científicas nas terapias de interesse, especialmente nas áreas que acarretam
ganhos educacionais e de melhoria tecnológica que envolvam a PNPIC, junto à
idealização e à concretização da elaboração das diretrizes que norteiam a
continuidade educacional de longa duração. Ainda, cabe aos administradores
federais a regulamentação e o diálogo com os gestores estaduais para permitir a
implantação das PNPIC e supervisionar as atividades ali aplicadas e gerar
indicadores e formas de mensurar que possibilitem a realização de análises que
verifiquem a correlação entre a implementação e a implantação da PNPIC, como os
auxílios desses dados e das pesquisas científicas para realizar a divulgação da
existência dessas práticas, sua efetivação e a cobertura no território nacional.
A administração no âmbito estadual tem a regionalidade respeitada dos 26
estados, incluindo o Distrito Federal, ficando a cargo de cada estado a elaboração
das normas técnicas para a inclusão das terapias que ali serão regularizadas em sua
rede de saúde; atuar de forma a realizar a definição da quantia que será
destinada, dentro dos recursos propostos pela União, dentro do orçamento
monetário dado a cada estado para a execução da concretização da PNPIC; manter
a comunicação entre os setores envolvidos na aplicação da PIC no território
estadual; concretizar a realização do incentivo à educação permanente, levando
em conta as práticas realizadas naquele estado. Fica sob a responsabilidade
administrativa de cada estado a elaboração e a aplicação de instrumentos que
proporcionem indicadores avaliativos que demonstrem a relação entre a
implantação e a implementação dessas terapias e políticas e, com esses
resultados, atuar na manutenção do diálogo com os municípios para a realização
com seu apoio e a supervisão das ações necessárias para que sejam
disponibilizadas as PIC no município.
A administração no âmbito municipal tem por responsabilidade a elaboração
das normas técnicas para a inclusão das práticas integrativas e complementares
que serão aplicadas em seu território; atuar de forma a realizar a definição dos
valores que serão destinados, dentro dos recursos propostos pela União e pelo
estado, dentro do orçamento dado a cada município, para a execução da
concretização da PNPIC. Este deve estar em comum acordo, tanto o federal quanto
o estadual, mantendo a comunicação entre os setores municipais envolvidos na
aplicação da PIC, e é também é de responsabilidade do município estabelecer
mecanismos para a qualificação dos profissionais que atuarem nele.
Atuação da Gestão
Agora, falaremos sobre a forma de atuação e os limites, que também são
divididos em federativos, estaduais e municipais. Fica a cargo da administração e
da gestão federal, incluindo o conselho de classe, garantir a especificidade da
assistência farmacêutica em homeopatia e fitoterapia para a regulamentação
sanitária; a criação e, periodicamente, a realização de revisões do conteúdo sobre
a Relação Nacional de Plantas Medicinais e dos fitoterápicos contidos Relação
Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename). Assim, é também pertinente a
essa gestão regularizar e incrementar os parâmetros para a incorporação e a
eliminação de plantas medicinais e produtos fitoterápicos constantes das relações
nacionais, priorizando as plantas que sejam nativas do país e que tenham
seguimento nas formulações da Organização Mundial de Saúde. Fica sob a
supervisão da gestão federal o estabelecimento de regras relacionadas com a
utilização de produtos fitoterápicos e plantas medicinais e, com isso, consolidar o
Sistema de Farmacovigilância Nacional, com a inclusão de intervenções que
tenham relação com as plantas medicinais e com os medicamentos homeopáticos e
fitoterápicos. Tem ação direta na elaboração do Banco Nacional de Preços para os
insumos da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, gerando
uma forma de referência para os estados e municípios.
Fica a cargo da administração e gestão estadual a divulgação da Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, o acompanhamento e a
coordenação da assistência farmacêutica com plantas medicinais, fitoterápicos e
medicamentos homeopáticos; realizar a fiscalização, através da vigilância
sanitária, das atividades resultantes da Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares, assim como fomentar o desenrolar de estudos sobre
farmacovigilância e farmacoepidemiologia e sua atuação no âmbito das plantas
medicinais e dos fitoterápicos; realizar a apresentação e promover a aprovação de
planejamentos para a incorporação de diretrizes e terapias ligadas à Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares perante o Conselho Estadual
de Saúde.
Com relação ao espectro de determinação na gestão municipal, tem por
intuito realizar a determinação de ferramentas voltadas a questões de gestão e a
quantificar indicadores que realizam de alguma forma o rastreamento e a
qualificação da repercussão na caracterização da implementação e implantação da
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares na esfera municipal;
promover e realizar formas que sejam possíveis de apreciar a divulgação acerca da
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares que vigoram no
município, podendo variar de local, onde cada um tem sua autonomia; atuar de
forma a fornecer a assistência farmacêutica necessária com relação às plantas
medicinais, aos fitoterápicos e aos homeopáticos e, assim, realizar a fiscalização
através da vigilância sanitária e das atividades resultantes de sua jurisdição que
estejam previstas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares.
Política Nacional de Práticas Integrativase Complementares
Com a implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC), houve a regularização de novas terapias e sua aplicação
através do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo seu respectivo escrito relata, o
processamento de descentralização da saúde por meio da atenção primária e da
colaboração popular proporcionam aos municípios grande emancipação e
independência. Dessa maneira, as técnicas que constam relacionadas nos
documentos que fazem parte da PNPIC são preconizadas e seu desimpedimento na
cadeia de atendimentos subordina-se à utilização da administração local, levando
em conta suas predileções de procura.
A PNPIC abrange os procedimentos médicos e meios terapêuticos, que são
chamados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como medicina complementar,
alternativa ou tradicional, que estão voltados à busca pelo equilíbrio do corpo
através de estímulos que ativam as ferramentas intrínsecas orgânicas, para que se
recupere o bem-estar e se previnam pioras, com técnicas seguras e acolhedoras,
que auxiliam na formação da conexão terapêutica e na união entre o meio
ambiente, a sociedade e o ser humano. Na PNPIC, há também o compartilhamento
da visão do processo saúde, doença e autocuidado.
A PNPIC abrange os procedimentos médicos e os meios terapêuticos na
implementação das diretrizes sob as seguintes asserções que nortearam todos os
caminhos trilhados. O prosseguimento da Medicina Tradicional Chinesa –
Acupuntura (MTCA), em peculiaridade multiprofissional, está contextualizado para
as classes profissionais constantes no quadro de trabalhadores do SUS e em
conformidade com o nível de atenção a ser utilizado na MTCA. No caso da
homeopatia, a premissa utilizada para o seu desenvolvimento dentro da PNPIC
também levou em consideração que quem a realizaria seria uma equipe
multiprofissional, tendo sempre em mente quem ela seria e em qual nível de
atenção seria realizada a prestação de atendimento dentro do SUS.
Tendo essa realidade como norteadora, foram criadas diretrizes para
nortear, regularizar e implementar as práticas integrativas e complementares em
saúde (PICS). Para a Medicina Tradicional Chinesa – Acupuntura, foram elaboradas
oito diretrizes; para a gestão da homeopatia, sete diretrizes; para a regularização
da utilização das plantas medicinais e fitoterapia destinadas, nove diretrizes.
Ainda, houve a formulação de uma diretriz para gerir a medicina antroposófica e
uma diretriz que regulamentasse tudo voltado ao termalismo social e à
crenoterapia.
A gestão da PNPIC nada mais é que um grupo de convicções que tem
relações com as atribuições de programar, orientar, ordenar, gerir, fiscalizar e
administrar algo. Prima por incentivar a participação, incentivar a autonomia e a
responsabilidade de seus trabalhadores e usuários, tendo como foco pontos
administrativos, os quais têm uma metodologia orientada na imersão
política-administrativa, portanto tem uma parcela de componentes com cunho
mais humanitários, sendo diferente de administração, que tem por significado
planejar, ter o controle e dar dirigibilidade aos materiais, parte de custeio e força
advinda do controle do ser humano. Devemos ter em mente que uma gestão de
qualidade deve contemplar a aplicação dos princípios de gestão, que são planejar,
organizar, dirigir e controlar, tirando o máximo de proveito dos recursos ali
disponíveis, podendo ser humanos, de custeio e físicos. A gestão, então, variará
com o grau e o nível hierárquico dentro do território nacional, sendo dividida em
gestão federal, estadual e municipal.
Historicamente, a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) surgiu nos anos 1980 no Brasil, a partir da 8ª Conferência
Nacional de Saúde, que teve ação de promoção, para que discussões fossem
realizadas e houvesse, a partir daí, um grande crescimento acerca das políticas
públicas em torno das novas formas de cuidar da saúde, tendo como foco a
disponibilização da possibilidade de acesso dessas formas terapêuticas para a
população.
Na data marcada, no mês de fevereiro de 2006, com o projeto redigido de
forma finalizada, com todas as alterações e sugestões devidamente seguidas e
constantes no texto, finalmente o projeto teve sua aprovação pelo Conselho
Nacional de Saúde, concretizando a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares, publicada na forma das Portarias ministeriais nº 971, de 3 de
maio de 2006, e nº 1.600, de 17 de julho de 2006
A Portaria nº 145, de 11 de janeiro de 2017, incluiu a lista de procedimentos
já prestados pelo SUS no âmbito da atenção básica, acrescentando novas práticas
às existentes, totalizando 29 terapias do tipo PICS que poderiam ser ofertadas pela
rede do SUS dispostas nos diversos graus de instrumentos do serviço de saúde, nada
obstante, mais centradas nas ofertas presentes na atenção básica.
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)
abrange os procedimentos médicos e os meios terapêuticos na implementação das
diretrizes sob as seguintes asserções que nortearam todos os caminhos trilhados: o
prosseguimento da Medicina Tradicional Chinesa – Acupuntura (MTCA) em
peculiaridade multiprofissional, para as classes profissionais constantes no quadro
de trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) e em conformidade com o nível
de atenção a ser utilizada a MTCA. No caso da homeopatia, a premissa utilizada
para o seu desenvolvimento dentro da PNPIC também levou em consideração que
quem a realizaria seria uma equipe multiprofissional, tendo sempre em mente
quem ela seria e em qual nível de atenção seria realizada a prestação de
atendimento dentro do SUS.
Introdução às Práticas Integrativas e Complementares em
Saúde (PICS)
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), no
Sistema Único de Saúde (SUS), abrange recursos terapêuticos e sistemas de saúde
complexos, os quais são denominados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de
medicina tradicional e complementar/alternativa. As práticas integrativas e
complementares em saúde foram institucionalizadas no SUS por intermédio da
PNPIC e aprovadas por meio da Portaria GM/MS nº 971, de 3 de maio de 2006. A
PNPIC contempla diretrizes e responsabilidades institucionais para oferta de
produtos e serviços de acupuntura/medicina tradicional chinesa, homeopatia e
fitoterapia e plantas medicinais, além de ser responsável pela criação de
observatórios de medicina antroposófica e termalismo social/crenoterapia.
As práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) levam à
ampliação das ofertas de cuidados em saúde, estimulando alternativas socialmente
contributivas ao desenvolvimento sustentável e de comunidades e alternativas
inovadoras. Proporcionam maior resolutividade dos serviços de saúde, além de
motivar as ações referentes à participação social, incentivando o envolvimento
responsável e continuado dos gestores, usuários e trabalhadores nas diferentes
instâncias de efetivação das políticas de saúde.
As PICS podem ser ofertadas no SUS em todos os âmbitos da atenção à
saúde, porém a PNPIC tem como preferência que essas práticas sejam
implementadas prioritariamente na Atenção Básica, dentre elas, os Núcleos de
Apoio à Saúde da Família (NASF), a Estratégia de Saúde da Família (ESF), as
Equipes de Saúde Ribeirinhas e Fluviais e as Equipes de Consultório na Rua, de
Saúde Prisional. Todas elas podem realizar ações em PICS na perspectiva do
cuidado integral à população de seu território. As PICS também podem ser
implementadas nos serviços de alta complexidade, conforme organização e
demanda local, já que a oferta delas é transversal a toda a Rede de Atenção à
Saúde. As diretrizes de implementação das PICS nos diversos serviços de saúde são
gerais, não existindo uma adesão específica à PNPIC.
Arteterapia, Biodança, Medicina Tradicional Chinesa – Acupuntura, Medicina
Antroposófica, Homeopatia, Ayurveda, Dança Circular, Meditação,Musicoterapia,
Naturopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária
Integrativa, Yoga, Apiterapia, Osteopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia,
Aromaterapia, Bioenergética, Constelação Familiar, Cromoterapia, Geoterapia,
Hipnoterapia, Imposição de Mãos, Ozonioterapia e Terapia de Florais e Termalismo
Social/Crenoterapia compreendem as abordagens utilizadas pelo SUS que buscam
estimular os mecanismos naturais de prevenção de doenças e recuperação da
saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras.
É de competência do município, ou seja, compete ao gestor municipal a
elaboração das normas técnicas para implementação da PNPIC na rede municipal
de saúde, assim como a contratação dos profissionais e a definição de quais
práticas serão ofertadas neste município. A PNPIC não possui financiamento
específico, assim, no que diz respeito aos recursos destinados às PICS, integram o
financiamento da Atenção Primária à Saúde (APS) de cada município, por meio do
Programa Previne Brasil, e cabe ao gestor local implementar determinada prática
de acordo com as necessidades locais.
Evolução das PICS e Processo de Implantação no SUS
No que diz respeito à evolução das PICS no SUS, em 2017, a partir da
publicação da Portaria GM nº 849/2017, a PNPIC foi ampliada com a inclusão de 14
práticas, entre elas, Ayurveda, Arteterapia, Biodança, Dança Circular,
Musicoterapia, Meditação, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reiki,
Reflexoterapia, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga. Somando um
total de 19 práticas desde a sua institucionalização em 2006, por meio da Portaria
GM/MS nº 971, quando foram implementadas cinco práticas: Acupuntura,
Termalismo, Fitoterapia, Homeopatia e Antroposofia. Em 2018, 10 novas práticas
foram implementadas, incluindo, Apiterapia, Bioenergética, Aromaterapia,
Cromoterapia, Constelação Familiar, Hipnoterapia, Geoterapia, Ozonioterapia,
Imposição de Mãos e Terapia de Florais, totalizando 29 PICS no SUS, ampliando as
abordagens de cuidado e as possibilidades terapêuticas para os indivíduos,
garantindo maior integralidade e resolutividade da atenção à saúde.
Existe um modelo de plano de implantação das PICS elaborado pelo governo,
que foi criado para auxiliar o processo de implantação, podendo o município
ajustá-lo às suas especificidades, necessidades e realidade do território.
Primeiramente, deve-se cadastrar a unidade de saúde e os profissionais de saúde
no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde e no Sistema de
Informação em Saúde para a Atenção Básica. O registro dessas informações é
extremamente importante, pois permitirá ao governo entender como a
implementação da PNPIC está acontecendo nos territórios, quais os avanços que
podem ser replicados ou melhorados e quais as dificuldades para operacionalizar
sua oferta.
A elaboração e a implementação das PICS podem ser formalizadas em um
projeto que deve ser apresentado na rede de serviços do SUS. É importante
lembrar que, quanto maior a participação da população, dos gestores, das equipes
de saúde dos serviços, entre outros, maiores as chances de que o processo seja
implementado com sucesso. No que diz respeito à equipe de saúde, inicialmente,
deve ser feita uma busca por profissionais capacitados em PICS, atuantes ou não,
além de profissionais que tenham interesse em aprender e aplicar esses
conhecimentos nos serviços, mesmo não tendo conhecimento nessas práticas. Deve
ser feita também uma busca por serviços e estabelecimentos que já trabalham
com PICS. Nessa fase inicial, sugere-se definir um núcleo responsável pela
condução do processo, de caráter multiprofissional, coordenação descentralizada,
contendo pessoas que possuam conhecimento sobre PICS. É sugerido também o
contato com profissionais em municípios vizinhos, além de acadêmicos,
especialistas ou assessores externos, proporcionando enriquecimento com outras
vivências.
É importante que o núcleo responsável pela implementação das PICS
conheça as vulnerabilidades e as necessidades locais de cada município. Estas
podem ser descritas por meio do perfil epidemiológico da população de um
determinado território e das condições de vida e saúde. A cultura popular também
deve ser valorizada e incluída dentro das opções de ofertas de PICS de formação
para as equipes de saúde. É importante também que as necessidades e as ofertas
de PICS sejam incluídas no Plano Municipal de Saúde e na Lei de Diretrizes
Orçamentárias do município.
Tendo como base o diagnóstico dos critérios mencionados, as ações devem
ser sistematizadas em documento em conjunto com os atores institucionais e
sociais que foram implicados nessa ação. Nesse documento, é necessário que
estejam incluídas: a indicação da ação a ser realizada, o prazo para
implementação, os responsáveis por cada ação e as ferramentas necessárias. Para
oficializar o início do processo de implantação, sugere-se uma reunião com
profissionais e gestores para discutir sobre as diretrizes de ação para promoção,
sensibilização e apoio às PICS, para que todos estejam comprometidos com o
processo.
Exemplo de Implantação de PICS no SUS
Imagine, agora, que você é o gestor do seu município e, devido à
necessidade local, a Secretaria de Saúde decidiu implementar as PICS. Vamos lá?
Em um município brasileiro com população de 30 mil habitantes, a
Secretaria de Saúde decidiu implantar as PICS, então convocou uma reunião com
seis equipes de Saúde da Família e uma unidade hospitalar. Na reunião, foram
identificados três profissionais com formação em PICS: profissional de Educação
Física na Saúde (Tai Chi Chuan), Enfermeiro (Meditação) e ACS (Dança Circular),
além de outros profissionais com interesse em conhecer as PICS como possibilidade
de ampliação das abordagens terapêuticas voltadas ao cuidado nos serviços de
saúde.
A equipe gestora identificou a existência de um centro de referência de PICS
no município vizinho e, a partir daí, pensou-se numa proposta de cooperação
horizontal, tanto na formação quanto na oferta de serviços. Foram identificadas
também algumas ações em PICS realizadas por uma associação local. Assim, o
município tornou-se um campo de formação, sendo proposta a realização de
oficinas de capacitação sobre PICS para os profissionais de saúde da rede. A seguir,
foi apresentada e pactuada com os participantes a incorporação dos cursos do
Ambiente Virtual de Aprendizagem do SUS ofertados pelo Ministério da Saúde como
ações de Educação Permanente para as equipes.
Durante a reunião, algumas ações foram elencadas para desenvolvimento
pelas equipes – levantar o perfil da população e as vulnerabilidades do território,
como quantidade de idosos, de crianças, de hipertensos, de pessoas com depressão
ou outros quadros de saúde mental; donas de casa e usuários dos serviços com
problemas musculares; analisar as estruturas existentes nos estabelecimentos,
tanto de saúde como outros espaços de convivência que possibilitem atividades
coletivas e individuais; identificar quais insumos são necessários para execução de
determinadas práticas.
Numa segunda reunião, após as devolutivas das equipes participantes, foi
elaborado um plano de ação com objetivos, cronograma e responsáveis pela
execução, iniciando a partir das PICS que não possuíam custos diretos, já
debatendo a inclusão de outras no planejamento, inclusive de recursos financeiros,
para o próximo ano. Foi pactuada a seguinte meta: redução da dispensação de
antidepressivos no prazo de seis meses.
Agora que você já está expert em PICS no SUS, deve ter pensado no seguinte
plano de ações:
1. O enfermeiro praticante de meditação escolherá dois profissionais de
cada equipe e dois da unidade hospitalar para conduzir sessões de meditação.
2. A Secretaria de Saúde divulgará à população a oferta de meditação,
considerando os benefícios da prática para o cuidado, assim como os profissionais
dos serviços de saúde informarão, nas salas de espera das UBS,a oferta dessa
atividade.
3. O profissional de Educação Física na Saúde ofertará aulas de Tai Chi
Chuan em outros territórios para usuários de outras equipes, além daquelas com as
quais já trabalhava.
4. Será mantida uma periodicidade semanal na oferta das sessões de
meditação e orientações para a realização da prática em domicílio.
5. O gestor local fará o cadastro dos serviços de meditação no Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde.
6. O gestor local apoiará esses profissionais de saúde, monitorando as ações
e identificando, de forma conjunta, possíveis dificuldades na continuidade da
oferta do serviço.
7. Foi pactuado um fluxo de monitoramento e avaliação da iniciativa, por
meio de acompanhamento da prescrição e da dispensação dos medicamentos.
Oferta da PNPIC em Estados e Municípios e Formas de Acesso
As PICS encontram um cenário mundial favorável para a sua ampliação
devido a diversos fatores, incluindo a busca da população por essa forma de
tratamento. Desde 2006, com a criação da PNPIC, diversas PICS vêm sendo
incluídas no Sistema Único de Saúde. Em 2018, houve a inclusão de 10
modalidades, além das 14 modalidades que já haviam sido implantadas em 2017,
somando um total de 29 procedimentos ofertados pelo SUS. Com a inclusão das
novas PICS no SUS, modificações na forma de registro nos Sistemas de Informação
em Saúde também foram implementadas. Foram incluídos novos códigos, criações
e alterações de nomenclatura e até mesmo alterações na forma de registro das
PICS nas fichas ou nos prontuários eletrônicos. A partir destas modificações e
incorporações, foi possível qualificar o registro da oferta de PICS no SUS,
potencializando o monitoramento como importante fonte de visualização da
realidade da oferta de PICS no SUS do território brasileiro, mesmo diante de
algumas limitações dos Sistemas de Informação em Saúde.
No Relatório de Monitoramento Nacional das Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde, elaborado pelo Ministério da Saúde em 2021, estão os
dados compilados sobre o uso das PICs no SUS durante os anos de 2017, 2018 e
2019 (dados parciais). Os dados referentes ao ano de 2019 são parciais, pois os
estados, os municípios e o Distrito Federal têm o prazo de doze meses para
registrarem a produtividade nos sistemas de informação.
Em relação ao cenário das PICS no Brasil, de acordo com os dados parciais
obtidos para o ano de 2019, as PICS foram ofertadas em 17.335 serviços da Rede de
Atenção à Saúde distribuídos em todas as capitais (100%) e em 4.297 municípios
(77%). Houve um aumento de 16% na quantidade de serviços ofertados quando
comparado com 2017.
Na Região Norte, há 40 anos, foi criado o projeto “Paisagem do
Conhecimento”, como uma metodologia que incentiva saberes e que tem o
reconhecimento do Instituto Patrimônio Histórico. No Nordeste, as PICS existiam
em unidades separadas, mas, atualmente, as PICS implementadas coexistem
dentro da estrutura do SUS. Nas comunidades, existe uma rádio comunitária que já
possui oito anos de atuação. Na Região Centro-Oeste, as PICS existem no Distrito
Federal há 38 anos, sendo aprovadas em 2014 como política. Atualmente, a região
está organizada em sete regiões de saúde com planejamento para a
implementação de quatro novos centros de Práticas Integrativas e
Complementares. No Sul, só em 2020, foram realizados mais de 49,9 mil
procedimentos, representando um aumento de 128% em relação aos anos
anteriores. Isto ocorreu devido à pandemia por Covid-19. Nessa região, a
homeopatia é a prática mais utilizada nos estabelecimentos do SUS do Estado: 71%
na atenção primária.
Para ter acesso às PICs ofertadas pelo SUS, o paciente deve se informar
sobre a atividade desejada, pois nem todas as práticas na Tabela de Procedimento
do SUS estão disponíveis em todas as UBS de todos os estados.
Onde tem PICS no SUS
A ampliação das PICS no SUS é resultado do esforço conjunto da gestão e dos
profissionais da rede de saúde, já que eles são os responsáveis pela
disponibilização e estruturação da oferta. As PICS podem ser encontradas em todo
o território nacional brasileiro, estando distribuídas nos municípios a depender da
oferta e da demanda de cada região.
PICS na Atenção Primária à Saúde
Ao estratificar os serviços de acordo com o nível de atenção, 90% deles
estão na Atenção Primária à Saúde (APS), o que corresponde a um acréscimo de
16%. Em relação ao número de estabelecimentos da APS que ofertaram PICS no
período de 2017 a 2019, encontramos a oferta de PICS em 37% das unidades básicas
de saúde em funcionamento no SUS. Houve um crescimento considerável nos
estados de Minas Gerais (411 unidades), São Paulo (491 unidades), Rio Grande do
Sul (272 unidades), Rio de Janeiro (138 unidades), Paraná (180 unidades), Santa
Catarina (121 unidades), entre outros. Dentre os anos de 2018 e 2019, 2.480 novas
unidades de saúde da APS passaram a ofertar alguma prática integrativa.
Procedimentos
Houve um aumento de 324% no número de procedimentos ofertados no
período de 2017 a 2019. A auriculoterapia foi o procedimento de maior
crescimento, com aumento de 40.818 para 423.774 solicitações de atendimento.
Atividades Coletivas
Com relação às atividades e aos procedimentos coletivos, foi observado
aumento de sua oferta para quase todas as PICS, sugerindo a aplicabilidade das
práticas coletivas em PICS que promovem a socialização. Em 2017, a prática mais
ofertada no SUS foi Fitoterapia/Plantas Medicinais (49%), seguida das Práticas
Corporais da Medicina Tradicional Chinesa, totalizando 34%. Já em 2018, as
Práticas Corporais da Medicina Tradicional Chinesa foi a prática mais ofertada. Em
2019, houve um aumento 314% nos registros de atividades coletivas quando
comparado aos registros de 2017, assim como no número de participantes
envolvidos: 322.650 (2017) para 942.970 (2019).
Atividades Individuais
A quantidade total de atendimentos individuais em PICS por racionalidade
em saúde/recurso terapêutico realizados no período entre 2017 e 2019, somados,
totalizam 3.099.961 atendimentos. Houve uma redução nos atendimentos
individuais de 51% no que diz respeito ao registro de Antroposofia aplicado à Saúde
e de “outras” práticas.
PICS na Média e Alta Complexidade (MAC)
No ano de 2019, foram cadastrados 1.734 atendimentos de PICS nos serviços
de MAC. Em relação ao tipo de estabelecimento da MAC, o serviço com maior
oferta de PICS foram as clínicas/ambulatórios especializados, seguido dos centros
de atenção psicossocial e policlínicas. Já os hospitais com registros de serviços de
PICS totalizaram 211 estabelecimentos.
Procedimentos
Em relação à oferta, houve um aumento de 55,65% entre os anos de 2017 e
2019 no número de procedimentos em PICS realizados nos serviços da MAC. Houve
um crescimento de 140.001 de procedimentos ofertados em auriculoterapia, em
2017, para 492.005, em 2019. A acupuntura foi um dos procedimentos mais
ofertados das PICS realizados na MAC na rede ambulatorial hospitalar no Brasil. A
auriculoterapia também figurou como a prática mais realizada, sendo ofertados
915.779 procedimentos em 2019, considerando o total de procedimentos da APS e
MAC.
Oferta da PNPIC em Estados e Municípios e Formas de Acesso
As PICS priorizam a qualidade de vida e são utilizadas na prevenção de
doenças, para tratar doenças, especialmente crônicas, e atuam na promoção e
manutenção da saúde. Com isso, para ter acesso aos recursos terapêuticos
ofertados pelas PICS, a pessoa deve ser encaminhada pela Unidade de Saúde da
Família (USF) ou ir diretamente ao local. Lá, ela é instruída sobre as opções de
cuidado disponíveis, incluindo o “cuidado integral da pessoa”.
Considerando a atenção básica e os serviços de média e alta complexidade,
existem, atualmente, 9.350 estabelecimentos de saúde no Brasil ofertando 54% dos
atendimentos individuais e coletivos em PICS nos municípios brasileiros, 3.024
deles no total.
Normalmente, o atendimento ao paciente é feito pela secretaria desaúde,
por meio de serviços de referência ou serviços especializados em PICS, de caráter
multiprofissional, onde as PICS são realizadas por profissional de nível superior da
área de saúde com formação e autorização para a prática legal da respectiva
prática. A Atenção Básica, ou seja, a “porta de entrada” dos pacientes no Sistema
Único de Saúde, propõe-se a solucionar os casos de doença e dar o direcionamento
assertivo de casos mais graves para os níveis superiores de atendimento. Os
profissionais ou especialistas da Atenção Básica são os responsáveis pelo
encaminhamento do paciente para a realização da PICS de interesse. Alguns pontos
também atendem por procura espontânea, conforme definição da gestão local.
Para ter acesso às PICs ofertadas pelo SUS, o paciente deve se informar
sobre a atividade desejada, pois nem todas as práticas na Tabela de Procedimento
do SUS estão disponíveis em todas as UBS de todos os estados. Para agendar uma
consulta e realizar uma das práticas integrativas, o cidadão deve procurar a UBS
mais próxima de sua residência e se informar sobre disponibilidade e horários. Por
exemplo, a meditação e as atividades corporais são abertas à população, porém é
necessário verificar a disponibilidade e a agenda dessas práticas. Já para a
realização da acupuntura, é necessário encaminhamento médico, ou seja, o
paciente é encaminhado pelo médico assistente (o médico que está assistindo o
paciente), que redige um relatório solicitando tratamento com médico da PICS de
interesse – a acupuntura. No caso da homeopatia, basta solicitar um agendamento
na UBS mais próxima da residência do paciente em questão.
No caso de um paciente que precisa realizar acupuntura, o paciente é
encaminhado para avaliação pelo acupunturista, por profissionais de nível superior
(médicos, psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos,
assistente social, farmacêuticos, dentistas, terapeuta ocupacional), após discussão
do estudo de caso do paciente realizada nas reuniões de matriciamento, já que o
processo de saúde-enfermidade-intervenção pertence a todo o campo da saúde
(não é ferramenta exclusiva de nenhuma especialidade médica). A acupuntura é
indicada como uma opção auxiliar no tratamento clínico, de acordo com os
critérios de elegibilidade, considerando que esse paciente já está em abordagem
terapêutica convencional sem melhora dos sintomas por, pelo menos, seis meses.
Durante a avaliação, o paciente relatará a história clínica e será avaliado o exame
físico, visando ao diagnóstico clínico de acordo com a Medicina Tradicional
Chinesa.
Oferta de PNPIC em Estados e Municípios e Formas de Acesso
Cada país possui uma variedade própria de PICS, próprias da cultura local ou
importadas de outras tradições, reconhecidas com base nos aspectos socioculturais
e nos diferentes graus de integração com a medicina convencional de cada país. O
Brasil é referência mundial no que diz respeito às PICS na Atenção Básica de
Saúde, incentivando a prevenção, com o objetivo de evitar que as pessoas
adoeçam. As PICS são ofertadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) à
população, em um total de 29 procedimentos. Vale ressaltar que as práticas
integrativas e complementares são um tratamento adicional, ou seja, não
substituem o tratamento tradicional, e são indicadas por profissionais de acordo
com cada caso de cada paciente em questão.
Baseadas no modelo de atenção humanizada e centrada na integralidade do
indivíduo, as PICS são práticas com diferentes origens geográficas, culturais e
históricas; algumas delas oriundas de diferentes países e continentes.
Encontram-se em crescente ascensão e visibilidade, reflexo da busca por um
modelo integral de cuidado. A construção deste modelo transporta outros saberes
e práticas para dentro do modelo convencional de cuidado no SUS fundamentado
na biomedicina. Conceitualmente, as PICS contemplam racionalidades em saúde e
recursos terapêuticos. As racionalidades em saúde compreendem os sistemas
complexos de saúde de diferentes origens culturais inseridos em um contexto
sócio-histórico, sendo estas, abordagens terapêuticas com capacidade de
adaptação de acordo com a relação estabelecida pelos atores sociais envolvidos no
processo de cuidado.
Os benefícios do tratamento com as práticas integrativas e complementares
e a medicina convencional vêm sendo validados por evidências científicas. Além
disso, há um aumento no número de profissionais habilitados e capacitados e maior
valorização dos conhecimentos tradicionais dos diferentes tipos de PICS que
existem atualmente. Os pacientes do SUS são beneficiados com diversas práticas
integrativas e complementares que utilizam métodos terapêuticos baseados em
conhecimentos tradicionais, utilizados para tratar e prevenir doenças.
As PICS estruturam-se em seis dimensões: cosmologia, doutrina médica,
morfologia, fisiologia, sistema de diagnóstico e sistema terapêutico. A cosmologia
se refere a uma visão específica do mundo. A doutrina médica está relacionada à
parte teórica sobre o adoecimento. A morfologia está ligada à anatomia e a
fisiologia explica a dinâmica vital. Os procedimentos de análise de uma doença ou
quadro clínico são as bases fundamentais do sistema de diagnose e terapias que
visam à promoção da saúde e à recuperação do equilíbrio vital estão relacionadas
ao sistema terapêutico. Dentre as diversas modalidades de práticas integrativas e
complementares ofertadas nos estados e nos municípios do país que serão
abordadas nessa aula, temos a Geoterapia, Hipnoterapia, Imposição de Mãos,
Ozonioterapia, Cromoterapia, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia,
Naturopatia, Constelação familiar, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia e
Termalismo Social/Crenoterapia. A oferta de cada modalidade citada dependerá da
demanda do município de interesse e dos recursos disponíveis para sua
implementação.
Tipos de PICS I
Geoterapia
Prática terapêutica natural que utiliza argila, lamas medicinais e barro,
assim como cristais e pedras, com o objetivo de atenuar e cuidar de desequilíbrios
emocionais e físicos por meio das diferentes propriedades químicas e dos tipos de
energia desses elementos.
Hipnoterapia
Técnica hipnótica que faz com que o paciente alcance um estado de
consciência aumentado através do relaxamento/foco/concentração, que permite
alterar comportamentos indesejados, como medos, insônia, fobias, depressão,
estresse, angústia e dores crônicas.
Imposição de Mãos
Método terapêutico secular baseado na transferência de energia através das
mãos, com o intuito de restaurar o equilíbrio do campo energético humano,
ajudando no processo saúde-doença.
Ozonioterapia
Técnica que consiste na utilização de ozônio medicinal como um agente
terapêutico para o tratamento de diversas doenças.
Cromoterapia
Método terapêutico que usa as cores do espectro solar (laranja, vermelho,
amarelo, azul, verde, violeta e anil), para restabelecer o equilíbrio energético e
físico do corpo.
Dança Circular
Método expressivo corporal que utiliza o canto, a dança de roda e o ritmo
para promover o auxílio mútuo, a igualdade e a integração humana, objetivando o
bem-estar mental, emocional, físico e social.
Meditação
Técnica mental individual que proporciona maior integração entre mente,
corpo e mundo exterior, promovendo melhora no humor e no desempenho
cognitivo.
Musicoterapia
Técnica expressiva que utiliza a música e/ou seus elementos (ritmo, som,
melodia e harmonia) no seu mais amplo sentido de forma individualizada ou em
grupo.
Naturopatia
Técnica terapêutica que se baseia na visão multidimensional e ampliada do
processo vida-saúde-doença.
Constelação Familiar
Técnica psicoterapêutica de abordagem energética, sistêmica e
fenomenológica, que procura reconhecer a origem dos problemas informados pelo
paciente, assim como na relação familiar.
Osteopatia
Método terapêutico que utiliza várias técnicas manuais (manipulação dos
músculos,ossos e articulações) para ajudar no tratamento de doenças.
Quiropraxia
Terapia que atua no tratamento, no diagnóstico e na prevenção das
disfunções mecânicas dos sistemas neurológico/muscular/esquelético e seus
efeitos na saúde geral e na função normal do sistema nervoso.
Reflexoterapia
Técnica terapêutica que usa pontos reflexos do corpo que existem nas mãos,
nas orelhas e nos pés, para ajudar na eliminação de toxinas, no relaxamento e na
sedação da dor.
Termalismo Social
Técnica que utiliza águas termominerais com base nos seus aspectos
históricos, ecológicos e sociais para fins terapêuticos, preventivos e de promoção à
saúde.
Crenoterapia
Técnica que utiliza águas minerais com propriedades medicinais, de modo
curativo ou preventivo, em associação a outros tratamentos de saúde.
Tipos de PICS I e como praticá-las
Suponhamos que você deseja se especializar em hipnoterapia, que é um tipo
de terapia que utiliza a hipnose como ferramenta para auxiliar em processos
terapêuticos, já que ela é um estado de concentração, ou seja, um processo
natural da mente. A prática foi implementada pelo Ministério da Saúde no SUS em
2018. É uma técnica reconhecida cientificamente, podendo ser utilizada para
tratar fobias, traumas, hipertensão, obesidade, insônia, ansiedade, tabagismo e
vícios em geral. O psicólogo, profissional de saúde responsável pelo
encaminhamento do paciente, deve encaminhar o paciente para hipnoterapia
apenas em casos preventivos. Em situações em que o paciente já foi diagnosticado
com a doença, o médico deve encaminhar o paciente para realização de outra
prática complementar. As sessões variam em duração e dependerão do diagnóstico
do hipnoterapeuta para cada paciente em questão. Não existem contraindicações
para realização dessa técnica nem efeitos colaterais, já que medicamentos não são
utilizados. Pacientes com esquizofrenia ou outro tipo de doença em que exista uma
alteração da percepção da realidade (alucinações) não podem ser beneficiados
com esse tipo de tratamento.
Imagine que, após ter se especializado em hipnoterapia e de já estar
atuando na área, surgiu uma vaga para trabalhar com ozonioterapia no
estabelecimento em que você atua. Seu gestor conversou com você e, como
excelente profissional que você é, ele te pediu para fazer um curso de
especialização nessa técnica. A ozonioterapia é uma técnica que consiste na
utilização de ozônio medicinal como um agente terapêutico para o tratamento de
diversas doenças. Essa técnica foi regulamentada no Brasil pelo Conselho Federal
de Biomedicina em junho de 2020, por meio da Resolução nº 321, e tem se
destacado entre as PICS regulamentadas no país. A administração do ozônio
melhora a oxigenação dos tecidos, aumentando a resposta do sistema imunológico
para combater doenças infecciosas, como o vírus da imunodeficiência humana
(HIV), e é utilizada também no alívio da dor crônica causada pela fibromialgia ou
pela artrite. Além disso, essa técnica pode ser utilizada para ajudar no tratamento
de problemas respiratórios, como bronquite, asma ou DPOC, já que ela favorece a
entrada de maior quantidade de oxigênio no sangue e nos tecidos, amenizando a
falta de ar, por exemplo.
O ozônio pode ser administrado por via intramuscular, nas articulações ou
entre as vértebras, e por via inalatória. Existe também a possibilidade de realizar
essa técnica por auto-hemoterapia (o sangue do paciente é retirado, o ozônio é
adicionado no sangue e, em seguida, é feita a transfusão do sangue ozonizado
diretamente para a via sanguínea do paciente).
Curiosidades sobre as PICS
As práticas integrativas e complementares em saúde ampliam as
possibilidades e as abordagens terapêuticas para os pacientes, através do emprego
de recursos terapêuticos diversos praticados pelos profissionais de saúde,
custo-efetivo, favorecendo maior resolutividade e integralidade no que diz
respeito à atenção à saúde. As PICS são menos invasivas do que alguns recursos
terapêuticos convencionais/tradicionais, podendo ser utilizadas como terapias
alternativas para pacientes que possuem restrições quanto a alguns tipos de
tratamentos convencionais ou medicamentos. Alguns pacientes preferem o uso de
terapias alternativas para evitar efeitos que podem ser desencadeados pelo uso
prolongado de alguns medicamentos, assim como efeitos colaterais.
As PICS possuem diferentes origens culturais, geográficas e históricas, e isso
faz com que exista uma ampla modalidade de práticas disponíveis atualmente.
Alguns tipos de PICS, como a acupuntura e o termalismo, são oriundos de outros
países e continentes. Com isso, cada país possui tipos próprios de PICS, que podem
ser derivados da cultura local ou importados de outras
regiões/tradições/costumes. As PICS são alternativas inovadoras que contribuem
socialmente para o desenvolvimento sustentável das comunidades, além de
estimular ações sociais, levando à participação do indivíduo no seu contexto social.
O crescimento da oferta e da demanda de PICS no SUS tem demonstrado o
potencial das práticas para a saúde pública e no cuidado à população, já que elas
atuam nos campos da promoção da saúde e da prevenção de agravos, recuperação
e manutenção da saúde e se baseiam no modelo de atenção humanizada, levando
em consideração o ser integral em todas as suas dimensões. As práticas consideram
o indivíduo na sua dimensão global, não se baseando na singularidade. A melhoria
dos serviços e a implementação de diferentes abordagens no SUS são uma das
diretrizes principais do Ministério da Saúde, e isso faz com que usuários do SUS
encontrem uma variedade de opções terapêuticas e preventivas disponíveis.
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) é
reconhecida internacionalmente como referência na implantação das práticas
integrativas e complementares no sistema de saúde do nosso país. Tanto a
Organização Mundial de Saúde (OMS) quanto diversos países reconhecem o Brasil
como referência mundial na implantação de PICS, já que, nesses locais, elas são
implementadas como uma estrutura alternativa ao sistema de saúde. Esse também
é um dos motivos pelo qual as PICS são implementadas no SUS como metodologia
alternativa aos pacientes que não são responsivos aos tratamentos convencionais
atualmente disponíveis na prática clínica. Desde a implantação da PNPIC, em 2006,
estados e municípios vêm normatizando e implementando a oferta das PICS
disponíveis nacionalmente.
Tipos de PICS II
Reiki
Abordagem terapêutica que visa promover o equilíbrio energético,
importante para o bem-estar mental e físico, através da canalização da energia
vital pela imposição de mãos.
Shantala
Técnica na qual os pais massageiam o corpo do bebê, permitindo o vínculo
entre eles e proporcionando diversos benefícios devido à ativação da circulação e
ao alongamento dos membros.
Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura
Método de intervenção em saúde que estimula pontos espalhados por todo o
corpo através da inserção de agulhas metálicas finas e que compõe os recursos
terapêuticos da medicina tradicional chinesa (MTC). Esse método visa à prevenção
de agravos e doenças e à manutenção, à promoção e à recuperação da saúde.
Medicina Antroposófica
Método terapêutico baseado na antroposofia, que avalia o usuário a partir
da biografia e dos conceitos da quadrimembração e trimembração, oferecendo
recursos terapêuticos e cuidados específicos para cada indivíduo.
Arteterapia
Técnica artística visual expressiva, que favorece a saúde mental e física do
usuário e atua como meio terapêutico na análise do inconsciente e do consciente.
Yoga
Recurso terapêutico mental e corporal de meditação que vai além da
atividade física, de origem oriental, utilizada para controlar a mente e o corpo e
bastante utilizada para tratar pacientes com quadro clínico de ansiedade.
Apiterapia
Prática terapêutica alternativa que consiste em usar produtos derivados de
abelhas com fins terapêuticos, visando

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