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Prof. Me. Allison Santos UNIDADE II Direito Econômico Modelo liberal – a proposta da nascente teoria é que todos podem alcançar o mais alto nível de prosperidade de acordo com seu potencial, aplicando seus valores, atividades e conhecimentos, com o maior grau de liberdade possível, em uma sociedade que reduza ao mínimo os inevitáveis conflitos sociais. Modelo keynesiano – defesa da intervenção estatal na economia, protecionismo econômico, contra o liberalismo econômico, defesa de medidas econômicas estatais que visem à garantia do pleno emprego. Esse seria alcançado com o equilíbrio entre demanda e capacidade de produção. Modelos político-econômicos Objetivos O objetivo do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência é tutelar o funcionamento do mercado e a boa competição, seja por preço, qualidade, inovação ou fidelização lícita do consumidor a partir de técnicas de publicidade. É importante ressaltar que o foco do direito da concorrência não é o concorrente, mas sim a livre competição e a livre iniciativa. Além disso, o direito concorrencial é um instrumento para a concretização de vários princípios constitucionais da ordem econômica, conforme previsto no art. 170, da Constituição Federal. Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência – SBDC Regulação econômica: é a normatização e a fiscalização da economia pelo Estado. O Estado é detentor da competência de regulação econômica, instrumentalmente atuando por meio de atos normativos e de dispositivos de fiscalização. Regulação concorrencial: compreende-se por regulação concorrencial o esforço exercido para a manutenção de um ambiente de livre concorrência. Deve ser observado, no exercício da atuação direta do Estado na economia, que a Administração deve respeitar o ambiente concorrencial no exercício de sua função. O Estado não pode, portanto, quando da sua atuação econômica, criar cartéis ou barrar agentes e bens. Concorrência: o direito à concorrência é um direito difuso estabelecido constitucionalmente. Pode-se definir concorrência como a livre atuação de agentes econômicos concorrentes entre si numa esfera econômica. A livre concorrência atua por meio dos preços, qualidade e serviços prestados na transação. Conceitos importantes O Conselho Administrativo de Defesa Econômica, abreviado e conhecido como Cade, é uma autarquia federal que possui, dentre suas competências, a de julgar processos que envolvam o Direito Concorrencial. O Cade atua em processos envolvendo as condutas e os processos que envolvem controle de concentração. O controle de conduta é o controle sobre atos praticados por agentes econômicos que podem configurar infrações administrativas. O controle de concentração, por sua vez, é um controle preventivo exercido pelo Cade que tem como objetivo evitar a concentração do mercado e a ocorrência de condutas anticompetitivas. A eventual ocorrência das hipóteses supracitadas acarreta o exercício, pelo Cade, do controle de conduta. Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) O Cade tem sua estrutura interna regida pela Lei do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (Lei n. 12.529/11). A entidade é composta por três órgãos: Tribunal Administrativo de Defesa Econômica; Superintendência-Geral; Departamento de Estudos Econômicos. Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Dentre as funções do Tribunal Administrativo: Zelar pela observância da Lei n. 12.529, de 2011, de seu regulamento e do Regimento Interno; Deliberação acerca da existência de infração à ordem econômica e aplicação das penalidades previstas em lei; Julgamento dos processos administrativos para imposição de sanções administrativas por infrações à ordem econômica instaurados pela Superintendência-Geral; Ordenar providências que acarretem a cessação de infração à ordem econômica, determinando seu prazo de cumprimento; Apreciação, em grau recursal, das medidas preventivas adotadas pelo conselheiro-relator ou pela Superintendência-Geral. Tribunal Administrativo de Defesa Econômica Suas principais atribuições são: Instauração, instrução e emissão de pareceres em processos de conduta anticompetitiva; Instrução e emissão de parecer em atos de concentração; Proposição de acordos e medidas preventivas. Superintendência-Geral O Departamento de Estudos Econômicos (DEE) é um dos órgãos que compõem o Cade. Suas atribuições se desdobram em várias atividades que compõem dois ramos de atuação complementares: o primeiro, de assessoria aos demais órgãos na instrução e análise de processos administrativos que tratam de atos de concentração e condutas anticompetitiva; e o segundo, de estudos que possuem como finalidade a garantia da atualização técnico- científica do Cade. Compete ao DEE elaborar estudos e pareceres econômicos, de ofício ou por solicitação, na observância do rigor e da atualização técnica e científica das decisões do Conselho. O Departamento de Estudos Econômicos poderá solicitar, à Superintendência Geral, a requisição de informações quando julgar necessário. Departamento de Estudos Econômicos A Seae é um órgão do Ministério da Fazenda responsável por realizar a chamada “advocacia da concorrência” diante dos órgãos do governo e da sociedade. A Secretaria promove a livre concorrência, dando seu parecer sobre proposições legislativas ou minutas de atos normativos nos aspectos relacionados à concorrência e à regulação econômica, em que propõe a revisão de leis, decretos e regulamentos, manifestando-se sobre pedidos de revisão de tarifas e, ainda, realizando estudos que visam à avaliação da concorrência em setores específicos da economia, dando aporte às decisões de órgãos governamentais. Secretaria de Acompanhamento Econômico – Seae Não faz parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica: a) Tribunal Administrativo de Defesa Econômica. b) Superintendência-Geral. c) Departamento de Estudos Econômicos. d) Tribunal Penal Econômico. e) Secretaria de Acompanhamento Econômico. Interatividade Não faz parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica: a) Tribunal Administrativo de Defesa Econômica. b) Superintendência-Geral. c) Departamento de Estudos Econômicos. d) Tribunal Penal Econômico. e) Secretaria de Acompanhamento Econômico. Resposta A Procuradoria Federal Especializada junto ao Cade – PFE/Cade é o órgão da AGU (Advocacia Geral da União) responsável pela consultoria, pelo assessoramento jurídico e pela representação judicial/extrajudicial do Cade. Está previsto legalmente no artigo 15, da Lei n. 12.529/2011; no artigo 18, do Decreto n. 7.783/2012; e no artigo 28, do Regimento Interno do Cade. A Procuradoria é dirigida por um procurador-chefe, nomeado pelo presidente da República, sabatinado pelo Senado Federal e com mandato de dois anos. Ele conta com o auxílio de um procurador-adjunto, também responsável pela apuração da certeza e liquidez dos créditos do Conselho e procedimento da sua inscrição em dívida ativa. Procuradoria Federal Especializada junto ao Cade Na busca do equilíbrio e da estabilidade econômica, o Estado atua como agente econômico para combater as externalidades de mercado, bem como suas falhas. O Estado, dessa maneira, atua com seu aparato econômico para estimular medidas que tenham como objetivo alcançar resultados positivos ao interesse público, bem como estimular o desenvolvimento sustentável, visando à garantia do balanceamento da economia em que atua. A atuação do Estado como agente econômico ocorre da mesma maneira de atuação dos demais agentes: pelo poder econômico. O poder econômico consiste na capacidade do agente detentor de influenciar as ações dos demais agentes de mercado, influenciando, dessa maneira, os preços de bens de consumo, por exemplo. O papel do Estado na ordem econômica Formas de atuação: Agente econômico. Agente fiscalizador. Agente normativo. O papel do Estado na ordem econômica O mecanismo de atuação como agente fiscalizador do Estado, por sua vez, é exercido pela regulamentação positivada no ordenamento pelas normas de regulação. Essa fiscalização é exercida pelas agências, cada uma com seu campo de atuação. Agente fiscalizador O Estado, em suas atribuições, deve editar normas jurídicas a serem incluídas no ordenamento para regular as ações dos agentes econômicos em sua esfera de influência. Seu papel, ao editar essas normas, é de evitar a ocorrência de abusos por parte dos agentes privados, por meio da previsão de sanções legais às condutas anticoncorrenciais. Sua atuação como agente normativo vai muito além da regulação da concorrência, entretanto, esse ponto é que mais nos interessa neste estudo. É nesse contexto que atuam órgãos como o Cade, a Seae e as agências reguladoras. Agente normativo Na busca do equilíbrio e da estabilidade econômica, o Estado atua como agente econômico para combater as externalidades de mercado, bem como suas falhas. O Estado, dessa maneira, atua com seu aparato econômico para estimular medidas que tenham como objetivo alcançar resultados positivos ao interesse público, bem como estimular o desenvolvimento sustentável, visando à garantia do balanceamento da economia em que atua. A atuação do Estado como agente econômico ocorre da mesma maneira de atuação dos demais agentes: pelo poder econômico. O poder econômico consiste na capacidade do agente detentor de influenciar as ações dos demais agentes de mercado, influenciando os preços de bens de consumo, por exemplo. Agente econômico Qual dos mecanismos a seguir não se adéqua à atuação do Estado na economia? a) Estado como agente econômico. b) Estado como agente fiscalizador. c) Estado como agente terceirizado. d) Estado como agente normativo. e) Estado como agente normativo, fiscalizador e econômico. Interatividade Qual dos mecanismos a seguir não se adéqua à atuação do Estado na economia? a) Estado como agente econômico. b) Estado como agente fiscalizador. c) Estado como agente terceirizado. d) Estado como agente normativo. e) Estado como agente normativo, fiscalizador e econômico. Resposta AGUILLAR, Fernando H. F. Direito econômico: do direito nacional ao direito supranacional. São Paulo: Atlas, 2006. BAGNOLI, Vicente. Direito e poder econômico. Rio de Janeiro: Campus, 2008. BERCOVICI, G. Constituição econômica e desenvolvimento: uma leitura a partir da Constituição de 1988. São Paulo: Malheiros, 2005. FONSECA, J. B. L. Da. Direito econômico. São Paulo: Forense, 2004. GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988. 13. ed. São Paulo: Malheiros, 2008. PETTER, Lafayete Josué. Direito econômico. 3. ed. São Paulo: Verbo Jurídico, 2008. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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