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01
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2.
0
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS
2
Eugenio Roballo Montoto
São Paulo
Platos Soluções Educacionais S.A 
2021
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
1ª edição
3
2021
Platos Soluções Educacionais S.A
Alameda Santos, n° 960 – Cerqueira César
CEP: 01418-002— São Paulo — SP
Homepage: https://www.platosedu.com.br/
Diretor Presidente Platos Soluções Educacionais S.A
Paulo de Tarso Pires de Moraes
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Camila Turchetti Bacan Gabiatti
Giani Vendramel de Oliveira
Gislaine Denisale Ferreira
Henrique Salustiano Silva
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Revisor
Gisele Zanardi Polizel
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Carolina Yaly
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)_________________________________________________________________________________________ 
Montoto, Eugenio Roballo
M798a Análise das demonstrações contábeis / Eugenio 
Roballo Montoto. – São Paulo: Platos Soluções
 Educacionais S.A., 2021.
 45 p.
 ISBN 978-65-5356-012-3
 1. Análise das demonstrações contábeis.
 2. Contabilidade gerencial. 3. Índices de liquidez. I. Título.
 
CDD 657
____________________________________________________________________________________________
 Evelyn Moraes – CRB: 8 010289
© 2021 por Platos Soluções Educacionais S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de 
sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, da Platos Soluções Educacionais S.A.
https://www.platosedu.com.br/
4
SUMÁRIO
Conceitos, ajustes e nomenclaturas __________________________ 05
Índices de liquidez, rotação, rentabilidade e endividamento _ 19
Grau de alavancagem financeira e operacional e indicadores 
EBIT, EBITDA, NOPAT e EVA __________________________________ 35
Análise e necessidade do capital de giro e a dinâmica financeira 
das empresas utilizando o modelo Fleuriet __________________ 49
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
5
Conceitos, ajustes e 
nomenclaturas
Autoria: Eugenio Montoto
Leitura crítica: Gisele Zanardi Polizel
Objetivos
• Contextualizar a disciplina no cenário normativo 
brasileiro e internacional.
• Descrever os ajustes necessários antes da realização 
das análises.
• Apresentar os conceitos básicos relacionados.
• Definir os índices de liquidez.
6
1. Histórico
A análise das demonstrações contábeis e financeiras é comumente 
designada como análise de balanços. Foi o sistema bancário americano, no 
final do século XIX, que deu origem à exigência de informações assinadas 
pelos responsáveis pelas empresas, para que créditos fossem concedidos.
“A Análise de Balanços tornou-se praticamente obrigatória em 1915 nos 
Estados Unidos” (MATARAZZO, 2010).
Segundo o professor Matarazzo (2010), o pai desta disciplina é 
Alexander Wall. Ele apresentou, em 1919, um modelo de análise das 
demonstrações, utilizando índices e comparando o ativo circulante e 
passivo circulante. Esses indicadores são, até hoje, os mais usados para 
a comparação de situações financeiras de liquidez.
Também de acordo com o professor Matarazzo (2010), a obra de James 
H. Biss afirmava que os ramos de atividades apresentavam coeficientes 
característicos. A Dun & Bradstreet passou a divulgar esses índices setoriais 
e, na década de 1930, a Dupont sugeriu um índice de rentabilidade que 
estudaremos nesta disciplina. Foi nessa época que se estabeleceram as 
bases da análise das demonstrações financeiras ou análise de balanços.
No Brasil, a análise de balanços só começou sua difusão a partir dos 
anos 1970, e ganhou força especial quando a Serasa passou a divulgar 
balanços de bancos comerciais.
Figura 1 – Evolução da disciplina
Fonte: elaborada pelo autor.
7
2. Introdução
O objetivo da contabilidade é produzir dados para que os mais diversos 
usuários da informação contábil possam tomar decisões sobre a 
entidade em questão.
No item 1.2 da Estrutura Conceitual (CPC 00), está claramente expresso 
que o objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações 
para tomada de decisões sobre determinada entidade. No item 2, a 
norma exemplifica as principais decisões que os usuários tomam em 
relação às entidades.
Item 1.2 O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é fornecer 
informações financeiras sobre a entidade que reporta que sejam úteis 
para investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes 
e potenciais, na tomada de decisões referente à oferta de recursos à 
entidade.
Item 2. Essas decisões envolvem decisões sobre: (a) comprar, vender ou 
manter instrumento de patrimônio e de dívida; (b) conceder ou liquidar 
empréstimos ou outras formas de crédito; ou (c) exercer direitos de votar 
ou de outro modo influenciar os atos da administração que afetam o uso 
dos recursos econômicos da entidade. (BRASIL, 2019, [s.p.])
A análise de balanços ou das demonstrações contábeis só pode 
ser iniciada após a contabilidade registrar os fatos e elaborar as 
demonstrações de determinado exercício.
A partir das demonstrações, o analista calcula os mais diversos índices 
e indicadores, realiza comparações com dados da entidade de outros 
exercícios ou com dados de outras empresas, analisa o conjunto dos 
índices e indicadores e toma as decisões a partir dessas análises e 
conclusões.
8
Figura 2 – A dinâmica da análise
Fonte: elaborada pelo autor.
A Estrutura Conceitual (CPC 00) define, em seu item 1.5, que entre os 
usuários das informações contábeis existem os prioritários, porque 
dependem exclusivamente das demonstrações para tomarem suas 
decisões sobre a entidade:
Item 1.5 Muitos investidores, credores por empréstimos e outros 
credores, existentes e potenciais, não podem exigir que as entidades que 
reportam forneçam informações diretamente a eles, devendo-se basear 
em relatórios financeiros para fins gerais para muitas das informações 
financeiras de que necessitam. Consequentemente, eles são os principais 
usuários aos quais se destinam relatórios financeiros para fins gerais. 
(BRASIL, 2019, [s.p.])
O item 1.5 do CPC 00 se referiu aos investidores minoritários, às 
instituições financeiras (mutuantes) e aos fornecedores em geral. Esses 
são usuários externos da informação contábil.
9
Figura 3 – Usuários prioritários
Fonte: elaborada pelo autor.
Governos, agências reguladoras, secretarias de fazenda e os próprios 
sócios controladores e gestores não dependem das demonstrações para 
ter as informações que necessitam da entidade.
3. Conceitos
Esta área da contabilidade (análise de balanços) é considerada uma das 
quatro técnicas de que a contabilidade se utiliza para registrar os fatos 
e cumprir suas funções. As outras três técnicas são a escrituração, a 
elaboração das demonstrações e a auditoria.
Tabela 1 – Técnicas contábeis
Técnicas Contábeis
Escrituração
Elaboração das demonstrações
Auditoria
Análise das demonstrações
Fonte: elaborada pelo autor.
10
A análise de balanços não possui normas nem legislação específica. 
Todos os conceitos e ajustes que apresentaremos fazem parte das 
práticas geralmente aceitas nesta área de conhecimento.
3.1	 Representação	gráfica	do	patrimônio
Ao analisarmos a situação econômico-financeira do patrimônio, ele pode 
ser representado da seguinte forma:
a. Estado gráfico na abertura da empresa.
Neste momento, a entidade não possui passivo. A equação do 
patrimônio pode ser expressa da seguinte forma: A (ativo) = PL 
(patrimônio líquido).
A = PL
Ativo PL (SL)
• Situação líquida plena (SL pleno)= patrimônio líquido.
• Inexistência de dívidas.
• Propriedade pleno do ativo. 
b. Estado gráfico situação superavitária.
Este estado gráfico é o mais comum, também designado como estado 
de solvência. O ativo (A) é igual ao passivo (P) + patrimônio líquido (SL ou 
PL).
A = P + PL
11
Ativo Passivo
PL (SL)
• SL (PL) positivo.
• Existência de riqueza (ativo).
• A empresa é solvente, tem ativo suficiente para liquidar o 
passivo.
c. Estado gráfico situação de pré-insolvência.
Esta situação gráfica do patrimônio apresenta o último instante de 
solvência de uma entidade. Com mais um centavo de prejuízo, a 
empresa passará à insolvência. Neste estado, a empresa ainda possui 
ativos suficientes para honrar seu passivo. A empresa sai do estado b 
para o estado c porque acumula prejuízos sucessivos.
A = P
Ativo Passivo
• Situação líquida nula (SL ou PL nulo).
• Inexistência de riqueza própria.
• Pré-insolvente.
d. Estado gráfico situação de passivo a descoberto.
Esta situação gráfica do patrimônio ocorre quando o passivo é maior 
do que o ativo. Neste caso, representamos graficamente o PL no lado 
esquerdo.
12
A + PL = P → A = P–PL
Ativo Passivo
PL (SL)
• Situação líquida negativa (SL ou PL negativo).
• Insolvente.
• Pré-falimentar.
• A riqueza líquida é negativa.
e. Estado gráfico último estágio de um processo de 
encerramento.
Esta situação gráfica do patrimônio ocorre quando uma empresa não 
possui nenhum ativo. Neste caso, a empresa já realizou todos os seus 
ativos e restam apenas dívidas.
PL = P
PL Passivo
• Inexistência de ativos (riqueza).
• Restam apenas dívidas.
3.2 Ciclo operacional (CO)
A definição de ciclo operacional é um importante conceito no contexto 
da análise das demonstrações. Ciclo operacional é um tempo medido 
em dias, e representa a soma do tempo médio de rotação dos estoques 
13
(T1 – ciclo econômico) com o tempo de recebimento de clientes (T2 – 
rotação do contas a receber). Então, CO = T1 + T2.
Figura 4 – Ciclo operacional compra-recebimento
Fonte: elaborada pelo autor.
O ciclo operacional também pode ser medido somando o tempo médio 
de pagamento aos fornecedores (T3) com o ciclo de caixa (T4 – ciclo 
financeiro).
Figura 5 – Ciclo operacional pagamento fornecedor
CO = T1 + T2 = T3 + T4
Fonte: elaborada pelo autor.
14
3.3 Tipos de análises
A análise de balanços é realizada através de índices (quocientes) e 
indicadores. A análise por índices pode ser feita sob a ótica vertical ou 
horizontal, enquanto os indicadores são valores expressos em moeda.
3.3.1 Análise por quocientes
A análise por quocientes pode ser realizada com índices compostos de 
forma vertical ou horizontal. Em uma análise horizontal, os índices são 
compostos por valores de dois períodos distintos. Por sua vez, na análise 
vertical, o índice é composto por valores do mesmo exercício.
Figura 6 – Análise horizontal e vertical
Fonte: elaborada pelo autor.
Tabela 2 – Exemplo de análise vertical e horizontal das contas do ativo
Grupos Vertical 2019 Horizontal Vertical 2020 Horizontal
AC 50% 1.000 100% 40% 2.000 200%
Caixa 5% 100 100% 4% 200 200%
Banco 10% 200 100% 6% 300 150%
Estoques 35% 700 100% 30% 1.500 214%
ANC 50% 1.000 100% 60% 3.000 300%
Imobilizado 30% 600 100% 36% 1.800 300%
Intangível 20% 400 100% 25% 1.200 300%
TOTAL 100% 2.000 100% 100% 5.000 250%
Fonte: elaborada pelo autor.
15
No exemplo anterior, perceba que, comparando a importância do caixa 
em relação ao total do ativo, o caixa representa 5% no exercício de 2019 
(análise vertical). Analisando a evolução do caixa entre os anos 2019 e 
2020, encontramos uma evolução de $ 100 para 200%, e isso representa 
uma evolução em 100% (análise horizontal).
3.3.2 Análise por indicadores
Na análise por indicadores, calcularemos, por exemplo, a diferença entre 
os valores do ativo circulante e do passivo circulante. Supondo que o 
ativo circulante de uma empresa, em determinado exercício, fosse de 
R$ 20.000 e o passivo circulante fosse de R$ 7.000, o valor do capital 
circulante líquido seria de:
CCL = AC – PC = R$ 20.000 – R$ 7.000 = R$ 13.000
O CCL positivo, no valor de R$ 13.000, indica que a empresa tem um 
potencial de honrar seus pagamentos de curto prazo no valor de R$ 
13.000. Dizemos potencial porque na composição do ativo circulante 
existem valores, como estoques, que não são disponibilidades.
Figura 7 – Principais indicadores
Fonte: elaborada pelo autor.
16
4. Nomenclaturas e ajustes
Para a realização dos cálculos dos índices e indicadores, o analista deve 
considerar os seguintes grupamentos e nomenclaturas:
4.1 Balanço patrimonial
• Caixa, banco e caixa equivalente devem ser somados e passam a 
ser apresentados como disponibilidades. Caixa equivalente são 
aplicações de liquidez imediata (≤ 90 dias).
• Apresentar pelos totais ativo circulante (AC), ativo realizável a 
longo prazo (ARLP), ativo não circulante investimento, ativo não 
circulante imobilizado, ativo não circulante intangível, ativo não 
circulante diferido, passivo circulante (PC), passivo não circulante 
(PNC) e patrimônio líquido (PL).
• Duplicatas descontadas devem ser apresentadas no passivo 
circulante ou não circulante, dependendo do prazo.
• Ativos permanentes classificados no ativo circulante (ativo não 
circulante disponível para venda) devem ser reclassificados no ARLP.
• Ativo diferido e despesas antecipadas podem ser apresentados 
diminuindo o PL.
• Imobilizado em andamento deve ser retirado do cálculo para 
rentabilidade do ativo.
• O capital deve ser apresentado como líquido de capital a realizar, e 
ações em tesouraria são somadas às reservas.
4.2 Demonstração do resultado
• Iniciar por vendas líquidas.
17
• As participações de empregados e diretores devem ser 
consideradas como despesas com pessoal.
• Juros sobre capital próprio (JCP) não devem ser considerados como 
despesa.
• As despesas operacionais são apresentadas somente pelos seus 
grupos representativos.
• Observação: nada obsta que a análise comece pela receita 
bruta.
4.3 Principais nomenclaturas do ativo
No ativo (patrimônio bruto) estão aplicados os recursos obtidos dos 
sócios e de terceiros.
Figura 8 – Nomenclaturas no ativo
Fonte: elaborada pelo autor.
4.4 Principais nomenclaturas do passivo e PL
Do lado direito do balanço temos o passivo, que representa a origem 
dos capitais de terceiros e a origem dos capitais próprios (patrimônio 
líquido).
18
Figura 9 – Nomenclaturas no passivo e PL
Fonte: elaborada pelo autor.
Referências	Bibliográficas
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Norma Brasileira de Contabilidade, 
NBC TG Estrutura Conceitual, de 21 de novembro de 2019. Dá nova redação à 
NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL, que dispõe sobre a estrutura conceitual para 
relatório financeiro. Brasília: D.O.U., 2019. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/
web/dou/-/norma-brasileira-de-contabilidade-nbc-tg-estrutura-conceitual-de-21-de-
novembro-de-2019-233564287. Acesso em: 19 nov. 2021.
MARION, J. C. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 7. 
ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MATARAZZO, D. C. Análise	financeira	de	balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MONTOTO, E. Contabilidade geral e avançada. São Paulo: JUSPODIVM, 2021.
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/norma-brasileira-de-contabilidade-nbc-tg-estrutura-conceitual-de-21-de-novembro-de-2019-233564287
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/norma-brasileira-de-contabilidade-nbc-tg-estrutura-conceitual-de-21-de-novembro-de-2019-233564287
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/norma-brasileira-de-contabilidade-nbc-tg-estrutura-conceitual-de-21-de-novembro-de-2019-233564287
19
Índices de liquidez, rotação, 
rentabilidade e endividamento
Autoria: Eugenio Montoto
Leitura crítica: Gisele Zanardi Polizel
Objetivos
• Definir e exemplificar os principais índices de 
liquidez.
• Definir e exemplificar os principais índices de 
rotação.
• Definir e exemplificar os principais índices de 
rentabilidade.
• Definir e exemplificar os principaisíndices de 
endividamento.
20
1. Introdução
Índices são razões (frações) que comparam dois valores (números reais) 
de um mesmo exercício ou de exercícios distintos. Esses valores podem 
ser de uma mesma empresa ou de empresas diferentes.
Índice= a
b
O denominador b precisa ser diferente de zero; caso contrário, o valor 
será indeterminado.
O índice pode ser expresso na forma unitária ou percentual, pois essas 
duas formas são equivalentes.
1.1	 Significado	do	símbolo	percentual	ou	porcentual	(%)
Em matemática, o símbolo % não é um operador matemático. Esse 
símbolo representa um número:
% = 1 ou 0,01
100
Portanto, dizer em matemática que desejamos ganhar o mesmo que 
outra pessoa ganha é igual afirmar que queremos receber 100% ou 
uma vez o que a outra pessoa recebe. Por sua vez, dizer que desejamos 
ganhar o dobro do que a outra pessoa ganha é igual afirmar que 
queremos receber 200% ou duas vezes o que a outra pessoa recebe.
Aumentar um número em 20% (forma percentual) ou 0,2 (forma 
unitária) é o mesmo que multiplicar esse número por 1,2, isso porque, 
neste caso, aumentaremos os 100% do número original com mais 
20% do mesmo número, o que resulta em ter 120% desse número. 
Substituindo o símbolo pelo número que ele representa, teremos:
21
120% (forma percentual) = 120 . 1 = 1,2 (forma unitária)
100
Diminuir um número em 20% é o mesmo que multiplicar esse número 
por 0,8, isso porque, neste caso, diminuiremos os 100% do número com 
menos 20% do mesmo número, o que resulta em ter 80% desse número. 
Substituindo o símbolo pelo número que ele representa, teremos:
80 . 1 = 0,8
100
Aumentar um número em 300% é o mesmo que multiplicar esse 
número por 4 (quatro vezes), isso porque, neste caso, somaremos a esse 
número (100%) 300% desse mesmo número. Portanto, teremos 100% + 
300%, isto é, 400% desse mesmo número.
400% = 400 . 1 = 4
100
1.2	 Exemplo	de	utilização	de	índices	em	comparações
Vamos imaginar que mamãe venda perfumes e, em determinada 
reunião com suas amigas, vendeu 10 perfumes pelo valor de R$ 
120. Esses perfumes custam R$ 70 cada no distribuidor que mamãe 
representa. Para realizar essas vendas, mamãe incorreu em despesas 
com o salão do condomínio, no valor de R$ 200, salgadinhos, no valor de 
R$ 100, e um garçom, no valor de R$ 80.
Quadro 1 – Resultado da mamãe
Contas Valor (R$)
Receita de vendas 10 x R$ 120 R$ 1.200
(-) Custos 10 x R$ 70 (R$ 700)
Lucro bruto R$ 500
22
(-) Despesas (R$ 380)
Condomínio R$ 200
Salgadinhos R$ 100
Garçom R$ 80
Lucro líquido R$ 120
Fonte: elaborado pelo autor.
O lucro bruto comparado com as vendas resulta em:
Índice = 500 = 0,41 ou 41%
1.200
 Os custos comparados com as vendas resultam em:
Índice = 700 = 0,58 ou 58%
1.200
O resultado líquido comparado com as vendas resulta em:
Índice = 120 = 0,1 ou 10%
1.200
Existem índices clássicos que são conhecidos e utilizados pelas 
empresas, mas um analista pode realizar qualquer comparação que 
achar importante para destacar uma informação que possa ser útil para 
os leitores da informação contábil.
1.3 Balanço patrimonial e demonstração de resultado
A seguir, vamos apresentar um balanço patrimonial (BP) e uma 
demonstração do resultado (DRE), que utilizaremos como referência 
para o cálculo de todos os índices deste tema.
23
Quadro 2 – Balanço patrimonial
Contas 2019 (R$)
2020 
(R$) Contas 
2019 
(R$)
2020 
(R$)
Total AC 10.000 30.000 Total do PC 7.000 28.000
Caixa 100 500 Fornecedores 2.500 8.000
Banco 500 1.500 Empréstimos 2.000 7.000
Aplicações de 
curto prazo 1.400 2.000 Contas a pagar 200 3.000
Contas a receber 5.000 17.000 Tributos a pagar 1.500 6.000
Estoques 3.000 9.000 Salários a pagar 800 4.000
Total ANC 90.000 110.000 Total do PNC 33.000 32.000
ARLP 12.000 25.000 Empréstimos 13.000 10.000
Investimentos 6.000 7.000 Financiamentos 20.000 22.000
Imobilizado 58.000 50.000 Patrimônio	líquido 60.000 80.000
Intangível 14.000 28.000 Capital 50.000 50.000
Reservas de lucros 10.000 30.000
Total ativo 100.000 140.000 Total do passivo + PL 100.000 140.000
Fonte: elaborado pelo autor.
Quadro 3 – Demonstração do resultado
Contas 2020 (R$)
Receita	líquida	de	vendas 200.000
(-) CMV (79.000)
Lucro bruto 121.000
(-) Despesas (92.929)
Pessoal – 30.000
Depreciação – 8.000
Outras – 54.929
Resultado financeiro (500)
Despesas financeiras – 2.300
Receitas financeiras – 1.800
24
Outras receitas (GEP)
Ganho de equivalência patrimonial 1.000
Resultado antes do IR/CSLL 28.571
(-)	IR/CSLL	(30%)	 (8.571) 
Resultado	líquido	 20.000
Fonte: elaborada pelo autor.
2. Índices de liquidez
O significado de liquidez está associado à capacidade de transformar um 
investimento ou aplicação em um ativo em dinheiro, e pode também ser 
relacionado à capacidade da empresa de honrar seus compromissos.
Indicadores de liquidez clássicos são conhecidos por tentar evidenciar 
a capacidade da empresa de honrar seus compromissos sob diversos 
prismas.
2.1 Liquidez imediata (LI)
Esse indicador compara as disponibilidades da empresa (caixa + banco 
+ aplicações financeiras de curto prazo, isto é, menores do que 90 dias) 
com as dívidas de curto prazo totalizadas no passivo circulante.
LI = Disponibilidades
Passivo Circulante
Utilizando os dados do exemplo do Item 1.3, temos a LI em 2020:
LI = 4.000 = 0,1428 ou 14,28%
28.000
25
Analisando o índice de liquidez imediata: essa empresa só possui 
recursos líquidos em dinheiro para pagar 14,3% das suas dívidas de 
curto prazo em 2020.
2.2 Liquidez seca (LS)
Para calcular esse indicador devemos excluir do ativo circulante valores que 
a empresa tem mais dificuldades de transformar em dinheiro. Por exemplo: 
estoque, despesas antecipadas, ativos não circulantes disponíveis para 
venda e outras contas similares. A fórmula clássica deste índice é:
LS = AC - Estoques
Passivo Circulante
Utilizando os dados do exemplo do Item 1.3, temos a LS em 2020:
LS = 30.000 - 9.000 = 0,7 ou 70%
30.000
Analisando o índice de liquidez seca: essa empresa só possui ativos mais 
líquidos no ativo circulante para pagar 70% das suas dívidas de curto 
prazo em 2020.
2.3 Liquidez comum ou corrente (LC)
Para calcular esse indicador devemos considerar todo o ativo circulante 
e compará-lo com o passivo circulante. Esse é o indicador de liquidez 
mais conhecido e popular, de modo que é o utilizado com maior 
frequência pelas revistas especializadas quando comparam a capacidade 
financeira de empresas. A fórmula clássica deste índice é:
LC = Ativo Circulante
Passivo Circulante
26
Utilizando os dados do exemplo do Item 1.3, temos a LC em 2020:
LC = 30.000 = 1,07 ou 107%
28.000
Analisando o índice de liquidez corrente: essa empresa só possui ativos 
circulantes para pagar 1,07 vezes as suas dívidas de curto prazo em 
2020.
2.3.1	A	falácia	dos	índices	de	liquidez
Exceto pelo índice de liquidez imediata, nenhum outro índice de liquidez 
deveria ser designado como tal. Liquidez tem a ver com capacidade de 
pagar. O índice de liquidez corrente considera todos os itens do ativo 
circulante para comparar com as dívidas de curto prazo. Estoques e 
outras contas do ativo circulante, como despesas antecipadas, ativos não 
circulantes disponíveis para venda, ativos especiais e outros valores são 
de imprevisível e até difícil conversão em dinheiro, portanto considerar 
todo o ativo circulante e comparar esse valor com o passivo circulante 
é algo que ultrapassa os limites do aceitável, o que torna esse popular 
índice uma falácia sobre a capacidade financeira de uma empresa.
2.4 Liquidez geral (LG)
Para calcular esse indicador, devemos considerar todo o ativo circulante 
somado ao ARLP e comparar essa soma com a soma do passivo circulante 
com o passivo não circulante. A fórmula clássica deste índice é:
LG = Ativo Circulante + ARLP
Passivo Circulante + Passivo Não circulante
Utilizando os dados do exemplo do Item 1.3, temos a LG de 2020:
27
LG = 30.000 + 25.000 =
55.000 = 0,916 ou 91,6%
28.000 + 32.000 60.000
Analisando o índicede liquidez geral: essa empresa só possui ativos 
circulantes e ARLP para pagar 91,6% das suas dívidas (curto prazo e 
longo prazo).
2.5 Solvência geral (SG)
Esse é o indicador mais amplo de liquidez. Ele considera todo o valor do 
ativo em comparação com o passivo da empresa.
SG = Ativo
Passivo Circulante + Passivo Não circulante
Utilizando os dados do exemplo do Item 1.3, temos a SG de 2020:
SG = 140.000 =
140.000 = 2,33 ou 233%
28.000 + 32.000 60.000
Analisando o índice de solvência geral: essa empresa possui ativos 
suficientes para pagar 2,33 vezes as suas dívidas (curto prazo e longo 
prazo).
3. Índices de rotação
Os índices de rotação são considerados dinâmicos porque envolvem 
uma conta patrimonial e uma conta do resultado.
28
3.1 Índice de rotação dos estoques (GE)
Esse índice também é designado como giro dos estoques. Com ele, 
podemos calcular o prazo médio de rotação dos estoques. A rotação 
do estoque é um número adimensional que é medido pela razão entre 
o CMV e o estoque médio. O estoque médio é calculado da seguinte 
forma: (estoque inicial + estoque final)/2.
GE = 79.000 . Utilizando os dados do exemplo, teremos:
6.000
GE = CMV = 13,2 vezes
Estoque Médio
Se o estoque girou 13,2 vezes no período, para calcularmos o prazo 
médio de rotação dos estoques (PMRE) basta dividirmos os 360 dias de 
um ano calendário pelo GE.
PMRE = 360 dias = 27,3 dias. Desta forma, concluímos que essa 
empresa gira completamente o estoque em 
menos de 30 dias.
13,2 vezes
3.2 Índice de rotação do contas a pagar aos 
fornecedores (GF)
Esse índice também é designado como giro do pagamento das compras. 
Com ele podemos calcular o prazo médio de rotação dos fornecedores 
(PMRF). A rotação do fornecedor é um número adimensional que é 
medido pela razão entre as compras a prazo e o valor médio da conta 
fornecedor. A média da conta fornecedor é calculada da seguinte forma: 
(fornecedor inicial + fornecedor final)/2.
29
GE =
Compras a prazo
. Utilizando os dados do exemplo, teremos:Média do 
fornecedor
As compras em 2020 podem ser obtidas por: CMV = Ei + Compras – Ef. 
Então:
79.000 = 3.000 + Compras – 9.000 → Compras = 85.000.
O valor médio dos fornecedores é: (2.500 + 8.000)/2 = 5.250.
GE = 85.000 = 16,2 vezes
5.250
Se a dívida com os fornecedores girou 16,2 vezes no período, para 
calcularmos o prazo médio de rotação do pagamento aos fornecedores 
(PMRF) basta dividirmos os 360 dias de um ano calendário pelo GE.
PMRF = 360 dias = 22,22 dias. Desta forma, concluímos que 
essa empresa paga suas dívidas com os 
fornecedores a cada 22 dias.
16,2 vezes
3.3 Índice de rotação do contas a receber (GCR)
Esse índice também é designado como giro do contas a receber. Com ele 
podemos calcular o prazo médio de rotação do contas a receber (PMCR). 
A rotação do contas a receber é um número adimensional que é medido 
pela razão entre as vendas a prazo e o valor médio do contas a receber. 
A média do contas a receber é calculada da seguinte forma: (contas a 
receber inicial + contas a receber final)/2.
30
GCR = Vendas a prazo . Utilizando os dados do exemplo, teremos:
Média do 
contas a 
receber
O valor médio do contas a receber é: (5.000 + 17.000)/2 = 11.000.
GCR = 200.000 = 18,2 vezes
11.000
Se o valor a receber de clientes girou 18,2 vezes no período, para 
calcularmos o prazo médio de rotação do contas a receber (PMCR) basta 
dividirmos os 360 dias de um ano calendário pelo GCR.
PMCR = 360 dias = 19,78 dias. Desta forma, concluímos que 
essa empresa recebe dos clientes a cada 
19,78 dias.
18,2 vezes
3.4 Índice de rotação dos investimentos (GA)
Esse índice compara o volume de vendas líquidas de uma empresa com 
a dimensão do ativo. Imagine-se entre as seguintes situações: investir 
R$ 50.000 para montar uma loja de reparos de celular ou R$ 500.000 
para instalar um restaurante. A loja de reparos tem expectativa de 
faturamento de R$ 30.000, com lucro líquido de R$ 9.000 mensais e PL 
de 20.000. O restaurante, por sua vez, tem expectativa de faturamento 
de R$ 100.000, com lucro nominal de R$ 10.000 e PL de R$ 200.000. Que 
investimento você faria?
O giro do ativo (GA) = Vendas	líquidas
Ativo
31
No caso da loja de reparos de celular, teremos GA = 30.000 = 0,6 ou 60%.
50.000
No caso do restaurante, teremos GA = 100.000 = 0,2 ou 20%.
500.000
Perceba que, levando em conta os exemplos, a loja de reparos parece 
ser um investimento muito melhor, pois em menos de dois anos o 
faturamento já superará o investimento.
3.5	 Índice	de	rotação	do	patrimônio	líquido	(RPL)
Esse índice compara o volume de vendas líquidas de uma empresa com 
o seu patrimônio líquido.
O giro do PL (GPL) = Vendas	líquidas
PL
No caso da loja de reparos de celular, teremos GPL = 30.000 = 1,5 ou 150%.
20.000
No caso do restaurante, teremos GA = 100.000 = 0,5 ou 50%.
200.000
Perceba que, levando em conta os exemplos do Item 3.4, a loja de 
reparos parece ser um investimento muito melhor, pois já no primeiro 
exercício o faturamento ultrapassará o valor do PL em 50%.
32
4. Índices de rentabilidade
Rentabilidade é normalmente um valor muito menor do que a unidade. 
Índices de rentabilidade, normalmente, giram na casa dos 5%, 10% ou 
20%, mas podem assumir valores maiores.
Os índices de rentabilidade comparam determinada linha de lucro com a 
receita ou os investimentos, ou mesmo com o patrimônio líquido.
4.1 Margem bruta (MB)
Esse índice mede o quanto o lucro ou prejuízo bruto representa em 
relação à receita líquida. Adotando-se os valores do exemplo do Item 
1.3, o valor da margem bruta é:
MB =
LUCRO BRUTO
=
121.000
= 0,605 ou 60,5%VENDAS 
LÍQUIDAS
200.000
4.2	 Margem	líquida
Esse índice mede o quanto o lucro ou o prejuízo líquido representa em 
relação à receita líquida. Adotando-se os valores do exemplo do Item 
1.3, o valor da margem líquida é:
ML =
LUCRO LÍQUIDO
=
20.000
= 0,10 ou 10%VENDAS 
LÍQUIDAS
200.000
33
4.3 Retorno sobre os investimentos (ROI)
Esse índice, também conhecido como return on investiment, é o mais 
conhecido e comentado índice de rentabilidade. Ele compara o lucro 
líquido com o ativo. Adotando-se os valores do exemplo do Item 1.3, o 
valor do retorno sobre ativos é:
ROI = LUCRO LÍQUIDO =
20.000 = 0,1428 ou 14,28%
ATIVO 140.000
Esse índice nos permite dimensionar em quanto tempo, do ponto de 
vista econômico, o empreendimento terá condições de recuperar o valor 
investido, isto é, aplicado no ativo.
4.4 Retorno sobre o PL (ROE)
Esse índice, mais conhecido como ROE, compara o lucro líquido com o 
PL. É muito utilizado por quem compra uma empresa, pois normalmente 
tem-se o PL como referência de valor da empresa.
Adotando-se os valores do exemplo do Item 1.3, o valor do retorno 
sobre o PL (ROE) é:
ROE = LUCRO LÍQUIDO =
20.000 = 0,25 ou 25,00%
PL 80.000
Com este lucro, o investidor recuperará, do ponto de vista econômico, o 
valor investido em uma aquisição valorada pelo PL contábil.
34
5. Índices de endividamento
Os índices de endividamento apresentam a relação do passivo com 
o capital próprio (PL) ou com o ativo, além de outras relações com as 
obrigações.
5.1 Endividamento geral (EG)
Esse índice compara o valor do passivo total (PC + PNC) com o ativo.
EG = PC + PNC =
28.000 + 32.000
= 42,86%.
ATIVO 140.000
Isso significa que o ativo é suficiente para cobrir as dívidas.
5.2 Composição do endividamento (CE)
Esse índice determina a importância das dívidas de curto prazo em 
relação às dívidas totais:
CE = PC =
28.000 = 0,466 ou 46,67%.
PC + PNC 28.000 + 32.000
Isso significa que as dívidas de curto prazo representam menos da 
metade do passivo.
5.3 Garantia dos capitais de terceiros (GCT)
Quem garante o capital de terceiros é o capital próprio:
GCT = PL =
80.000 = 1,33 ou 133%.
PC + PNC 28.000 + 32.000
35
Isso significa que o PL é maior do que as dívidas.
Referências	Bibliográficas
MARION, J. C. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 7. 
ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MATARAZZO, D. C. Análisefinanceira	de	balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MONTOTO, E. Contabilidade geral e avançada. São Paulo: JUSPODIVM, 2021.
36
Grau	de	alavancagem	financeira	
e operacional e indicadores EBIT, 
EBITDA, NOPAT e EVA
Autoria: Eugenio Montoto
Leitura crítica: Gisele Zanardi Polizel
Objetivos
• Definir e exemplificar o grau de alavancagem 
financeira e operacional.
• Definir e exemplificar os indicadores EBIT, EBITDA e 
NOPAT.
• Definir e exemplificar o indicador EVA.
37
1. Introdução
Neste tema, estudaremos os efeitos da alavancagem nos resultados das 
empresas. Basicamente, existem dois tipos de alavancagem: financeira 
e operacional. A alavancagem financeira evidencia os riscos do 
endividamento e do custo do endividamento, enquanto a alavancagem 
operacional evidencia a capacidade ou não da empresa em aumentar 
seus lucros com o aumento das vendas.
Os indicadores de desempenho financeiro (EBIT, EBITDA e NOPAT) 
evidenciam a diferença entre os resultados econômico e financeiro.
Os avançados indicadores de rentabilidade, como EVA e fórmula 
DUPONT, evidenciam o resultado sob a ótica dos investidores.
1.1 Margem de contribuição, LAJI e LAIR
Precisamos ter claros os conceitos de margem de contribuição, lucro 
antes das despesas financeiras (LAJI) e lucro antes dos tributos (LAIR).
A margem de contribuição é a diferença entre a receita líquida e os 
custos e despesas variáveis. O LAJI é obtido somando-se a margem de 
contribuição ao resultado financeiro, que é o mesmo que o lucro antes 
das despesas financeiras e impostos sobre a renda. O LAIR é obtido 
somando-se ao lucro líquido os tributos sobre a renda, e isso é o mesmo 
que o resultado antes dos tributos sobre a renda.
Quadro 1 – Margem de contribuição e resultado
Resultado
Receita líquida 
Custos e despesas variáveis 
Margem de contribuição 
38
Custos e despesas operacionais fixas
LAJI (lucro antes dos juros e IR/CSL)
Resultado financeiro
LAIR (lucro antes do IR/CSL)
IR/CSL 
Lucro líquido (LL)
Fonte: elaborado pelo autor.
2.	Alavancagem	financeira	e	operacional
2.1 Conceito de alavancagem
Uma alavanca, em física, é um instrumento que tem a capacidade de 
produzir resultados proporcionais ao ponto de apoio, demandando 
forças menores do que o peso da resistência.
Figura 1 – Imagem de alavanca
Fonte: https://www.infoescola.com/mecanica/alavancas-simples/. Acesso em: 19 nov. 2021.
https://www.infoescola.com/mecanica/alavancas-simples/
39
Uma força (F) de dimensão muito menor que o peso (P) será capaz de 
elevar esse peso, e isso será proporcional às distâncias dp e dr.
2.2 Grau de alavancagem operacional (GAO)
A alavancagem operacional tem nos custos e despesas fixas (gastos 
fixos) seu parâmetro base. Os gastos fixos para determinado nível de 
produção não sofrem alterações em função da variação do volume 
de produção e/ou vendas. Comparando com a Figura 1, os custos 
e despesas fixas são o apoio. É a dimensão desses gastos fixos que 
determinará, por exemplo, qual montante de vendas acarretará 
aumento dos lucros.
Os gastos fixos, como a depreciação de máquinas e equipamentos, 
não se alteram, nem com o tempo, nem com o volume de produção. 
Os gastos com salários são alterados por legislações, acordos ou 
liberalidade. Os gastos com empréstimos se alteram pela variação de 
índices nacionais ou mesmo de moedas estrangeiras. Perceba que esses 
gastos são se alteram com o nível de produção.
A alavancagem operacional compara as variações nos resultados (LAJIR) 
com as variações das quantidades (volume de vendas):
GAOAlfa =
Variação do LAJIR
Variação das Vendas
As diferenças dessas variações estão relacionadas com os custos 
e despesas fixas. Empresas com GAO elevado realizam maiores 
variações do lucro, em comparação com as variações no volume de 
vendas. Entretanto, apresentam elevado risco, se comparadas com 
outras empresas de GAO menor, uma vez que seus custos fixos são 
expressivos. Vamos a um exemplo:
40
As empresas Alfa e Beta possuem os seguintes gastos fixos, variáveis 
para um mesmo volume de vendas de R$ 100.000:
Quadro 2 – Resultado – LAJI referência
Resultado ALFA BETA
Receita de vendas $ 100.000 100% $ 100.000 100%
(-) Gastos variáveis $ 25.000 25% $ 60.000 60%
Margem de contribuição $ 75.000 75% $ 40.000 40%
(-) Gastos fixos $ 60.000 $ 25.000
Resultado (LAJI) $ 15.000 $ 15.000
Fonte: elaborado pelo autor.
O GAO também pode ser medido pela razão entre a margem de 
contribuição e o LAJI. Essa razão apresenta o potencial de alavancagem 
para o crescimento dos lucros a partir do crescimento das vendas.
Quadro 3 – Cálculo do GAO
Resultado ALFA BETA
Margem de contribuição $ 75.000 75% $ 40.000 40%
Resultado (LAJI) $ 15.000 $ 15.000
GAO 5,00 2,66
Fonte: elaborado pelo autor.
Para demonstrar que o GAO pode ser comprovado, vejamos os 
resultados com uma elevação de 20% nas vendas.
Quadro	4	–	Resultado	LAJI	com	aumento	de	20%
Resultado ALFA BETA
Receita de vendas $ 120.000 100% $ 120.000 100%
(-) Gastos variáveis $ 30.000 25% $ 72.000 60%
Margem de contribuição $ 90.000 75% $ 48.000 40%
(-) Gastos fixos $ 60.000 $ 25.000
Resultado (LAJI) $ 30.000 $ 23.000
Fonte: elaborado pelo autor.
41
GAOAlfa =
Variação do LAJIR
=
100%
= 5
Variação das Vendas 20%
GAOBeta=
Variação do LAJIR
=
53,33%
= 2,66
Variação das Vendas 20%
2.2	 Alavancagem	financeira
Alavancagem financeira é um indicador que está relacionado com a 
utilização de capital de terceiros e o custo desse capital. Portanto, é 
um indicador relativo às despesas financeiras. As despesas financeiras 
são custos não operacionais e fixos, isto é, não se sujeitam ao nível de 
produção.
Dependendo do nível de despesas financeiras, uma redução no LAJI 
poderá resultar em prejuízo líquido. Capitais de terceiros (empréstimos) 
podem ter como consequência aumento dos lucros se as despesas 
financeiras não forem muito caras.
O GAF sempre se refere a um determinado nível de produção ou vendas.
A fórmula clássica para determinar o GAF é a razão entre a rentabilidade 
de uma empresa endividada e a potencial rentabilidade dessa empresa 
sem dívidas. Em resumo, o GAF evidencia se o endividamento é 
favorável ou não.
GAF =
LOP
PL
LOP + DF
Ativo
Se o GAF é maior do que 1, o endividamento é favorável, uma vez que 
no denominador temos a rentabilidade sobre o patrimônio líquido de 
uma empresa que possui passivo. No denominador, adicionamos ao 
42
LOP as despesas financeiras, para “idealizar” a empresa sem dívidas. O 
patrimônio líquido, nesta situação hipotética, será o próprio ativo, uma 
vez que a empresa não tem dívidas.
Em nosso exemplo, uma empresa possui ativos totais de R$ 800.000, 
passivo de R$ 300.000 e patrimônio líquido de R$ 500.000. Suponhamos 
que, em determinado exercício, o custo financeiro (DF) sobre seu passivo 
de R$ 300.000 seja de 25% ao ano na Hipótese 1 e de 15% ao ano na 
Hipótese 2.
Quadro 5 – Resultado Hipótese 1 com DF
Demonstração do Resultado – Hipótese 1 
Receita 600.000
(-) Custos (150.000)
Lucro bruto 450.000
(-) Despesas (330.000)
Gerais – 255.000
Financeira – 75.000 (25%)
Lucro operacional (LAIR) 120.000
IR/CSL (34%) (40.800)
Lucro líquido (LL) 79.200
Fonte: elaborado pelo autor.
Caso as dívidas sejam quitadas, o patrimônio líquido passará a ser de R$ 
800.000, igual ao ativo, e o resultado será o seguinte:
Quadro 6 – Resultado Hipótese 1 sem DF
Demonstração do Resultado
Receita 600.000
(-) Custos (150.000)
Lucro bruto 450.000
(-) Despesas (255.000)
43
Gerais – 255.000
Financeira – 0
Lucro operacional (LAIR) 195.000
(-) IR/CSL – 34% (66.300)
Lucro líquido (LL) 128.700
Fonte: elaborado pelo autor.
O custo financeiro seria zero. Neste caso, o GAF seria de:
GAF=
LOP
=
120.000
=
0,24
= 0,98PL 500.000
LOP + DF 120.000 + 75.000
0,24375
Ativo 800.000
O numerador é ligeiramente superior ao denominador, indicando GAF 
desfavorável, isto é, a rentabilidade da empresa sem dívidas é maior, e 
isso significa que o endividamento é caro.
Na Hipótese 2, o custo financeiro(DF) é de 15% sobre o passivo.
Quadro 7 – Resultado Hipótese 2 com DF
Demonstração do Resultado – Hipótese 2
Receita 600.000
(-) Custos (150.000)
Lucro bruto 450.000
(-) Despesas (330.000)
Gerais – 285.000
Financeira – 45.000 (15%)
Lucro operacional 120.000
IR/CSL (34%) (40.800)
Lucro líquido 79.200
Fonte: elaborado pelo autor.
44
Caso as dívidas sejam quitadas, o patrimônio líquido passará a ser de R$ 
800.000, igual ao ativo, e o resultado será o seguinte:
Quadro 8 – Resultado Hipótese 2 sem DF
Demonstração do Resultado
Receita 600.000
(-) Custos (150.000)
Lucro bruto 450.000
(-) Despesas (285.000)
Gerais – 285.000
Financeira – 0
Lucro operacional 165.000
(-) IR/CSL – 34% (56.100)
108.900
Fonte: elaborado pelo autor.
GAF=
LOP
=
120.000
=
0,24
= 1,16PL 500.000
LOP + DF 120.000 + 45.000
0,20625
Ativo 800.000
O numerador é superior ao denominador, indicando GAF favorável, isto 
é, a rentabilidade da empresa com dívidas é maior, e isso significa que o 
endividamento é vantajoso.
Outra forma de determinar o GAF é através da razão entre a variação do 
lucro líquido e a variação do LAJI. Quando a remuneração dos acionistas 
preferenciais é constante, devemos substituir a variação do lucro líquido 
pela variação do lucro por ação dos acionistas ordinários.
45
2.3 Alavancagem combinada
A alavancagem combinada ou composta nada mais é do que o produto 
da multiplicação do GAO pelo GAF:
GAC = GAO x GAF
O grau de alavancagem combinada também pode ser obtido pela razão 
entre a margem de contribuição total e o LAIR:
GAF = MCT
LAIR
3. EBIT, EBITDA e NOPAT (EBI)
Esses indicadores são todos relacionados, por isso centralizaremos 
nossa atenção no EBITDA, que significa Earnings Before Interest, Taxes, 
Depreciation/Depletion and Amortization, em inglês. Sua tradução 
significa lucro antes dos juros, impostos sobre a renda, depreciações, 
exaustões e amortizações.
O EBITDA não é um índice, mas um indicador numérico. É conhecido 
internacionalmente como indicador financeiro, embora o resultado 
evidenciado seja uma porção do lucro que ainda não possui realização 
financeira.
Quando somamos ao resultado líquido os tributos sobre o lucro, 
as despesas financeiras e as depreciações, estamos calculando a 
capacidade de geração potencial de caixa de uma empresa.
Vamos utilizar uma demonstração de resultado para evidenciar o 
EBITDA, o EBIT e o NOPAT.
46
Quadro 9 – Demonstração de resultado
Receita líquida $ 1.000.000
(-) Custos ($ 350.000)
Resultado bruto $ 650.000
(-) Despesas ($ 340.000)
Diversas–$ 170.000
Depreciação–$ 50.000
Financeiras–$ 120.000
Resultado operacional $ 310.000
(-)	Imposto	de	renda	e	CSL	–	34% ($ 105.400)
Resultado líquido $ 204.600
Fonte: elaborado pelo autor.
O resultado líquido do exemplo é R$ 204.600. Adicionando a este 
resultado o valor da depreciação, as despesas financeiras e os tributos 
sobre o lucro, temos o EBITDA.
Quadro 10 – EBI, EBIT e EBITDA
Resultado	líquido $ 204.600
(+)	Despesas	financeiras	 $ 120.000
NOPAT (EBI) $ 324.600
(+) Imposto de renda e CSL $ 105.400
EBIT $ 430.000
(+) Depreciação $ 50.000
EBITDA $ 480.000
Fonte: elaborado pelo autor.
O NOPAT ou EBI é um indicador que demonstra o lucro potencial que 
uma empresa poderia alcançar se não tivesse despesas financeiras. 
Muitas empresas possuem resultado positivo, mas seu endividamento 
47
o consome. Para um investidor que desejar adquirir essa empresa, 
bastará que liquide seu passivo, e ela passará a ser lucrativa.
O EBIT é um indicador que demonstra o lucro potencial caso a empresa 
não tenha despesas financeiras e os tributos sejam zero. É claro que 
tributos nunca são zero, mas podem ser administrados em operações 
no contexto de um grupo empresarial. Em grupos empresariais, uma 
empresa pode ter baixíssimo resultado enquanto outras apresentam 
alta lucratividade, mas todas são importantes para a operação. As 
operações entre empresas do grupo, quando bem ajustadas, reduzem 
os tributos totais.
O EBITDA demonstra a geração de caixa possível, uma vez que soma ao 
resultado as despesas financeiras, os tributos sobre o lucro e, por fim, a 
depreciação. A depreciação realmente é uma despesa que não consome 
caixa, pois trata-se de uma despesa meramente contábil. É claro que a 
depreciação é um indicador de necessidade de reinvestimento, e por 
isso o EBITDA deve ser utilizado de forma crítica e particular.
4. EVA – economic value added ou VEA – valor 
econômico	agregado
Para que uma empresa seja atrativa para os investidores, não basta 
que ela seja lucrativa. Ela tem que gerar lucros que superem o valor que 
seria obtido pelos investidores se aplicassem seus investimentos no 
mercado financeiro.
O EVA evidencia o lucro que supera o resultado da aplicação dos 
investimentos a uma taxa esperada pelos sócios.
EVA = Lucro Operacional – PL x CMPC
Ou
48
EVA = Lucro Operacional – (Investimento = Ativo) x CMPC
CMPC é o custo de oportunidade sob a ótica dos acionistas, ou custo do 
capital próprio.
Quadro 11 – Balanço patrimonial
Ativo
$ 1.000.000
Passivo
$ 300.000
Patrimônio líquido
$ 700.000
Fonte: elaborado pelo autor.
Suponhamos que o ativo de uma empresa seja de $ 1.000.000, o 
passivo seja de $ 300.000 e o patrimônio líquido seja de $ 700.000. Se 
os investidores desta empresa desejassem remuneração de 20% sobre 
o patrimônio líquido, isso representaria 20% sobre $ 700.000, ou seja, $ 
140.000.
Quadro 12 – Demonstração do resultado
Receita líquida $ 1.000.000
(-) Custos ($ 350.000)
Resultado bruto $ 650.000
(-) Despesas ($ 340.000)
Diversas – $ 170.000
Depreciação – $ 50.000
Financeiras – $ 120.000
Resultado operacional $ 310.000
(-) Imposto de renda e CSL – 34% ($ 105.400)
Resultado líquido $ 204.600
Fonte: elaborado pelo autor.
49
Como o lucro líquido desta empresa foi de $ 204.600, o EVA é de $ 
204.600–$ 140.000 = $ 64.600, isto é, o lucro líquido superou em $ 
64.600 a rentabilidade mínima desejada pelos sócios.
Referências	Bibliográficas
MARION, J. C. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 7. 
ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MATARAZZO, D. C. Análise	financeira	de	balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MONTOTO, E. Contabilidade geral e avançada. São Paulo: JUSPODIVM, 2021.
50
Análise e necessidade do capital 
de	giro	e	a	dinâmica	financeira	
das empresas utilizando o modelo 
Fleuriet
Autoria: Eugenio Montoto
Leitura crítica: Gisele Zanardi Polizel
Objetivos
• Apresentar o conceito de capital de giro.
• Definir e exemplificar o capital circulante líquido 
(CCL), a necessidade de capital de giro (NCG) e o 
saldo em tesouraria (ST).
• Discutir o modelo Fleuriet (MF), comparando-o com 
a liquidez corrente (LC).
51
1. Introdução
O capital de giro é o recurso necessário para financiar as operações 
que se caracterizam como sendo o objetivo das empresas. Ele pode 
ser obtido pelo ingresso de recursos dos sócios (capital), pelo lucro das 
operações, pela venda de ativos permanentes da empresa, pelo resgate 
de aplicações ou ainda, com origem no passivo, pela obtenção de crédito 
dos fornecedores ou através da contratação de um empréstimo.
Figura	1	–	Fontes	de	financiamento	do	capital	de	giro
Fonte: elaborada pelo autor.
A forma de conquista do capital de giro que é mais saudável e que 
garante o crescimento sustentado das empresas é aquela obtida com 
os seus próprios fornecedores. Portanto, a análise da necessidade 
do capital de giro está centrada na análise dos ativos circulantes e 
dos passivos circulantes. A administração do capital de giro de forma 
sustentável é fundamental para a boa gestão de qualquer negócio.
Tanto o ativo circulante como o passivo circulante possuem 
componentes relacionados com as atividades operacionais e financeiras. 
Vamos exemplificar as principais contas operacionais e financeiras do 
circulante no quadro a seguir.
52
Quadro	1	–	Ativos	e	passivos	circulantes	operacionais	e	financeiros
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Financeiro Passivo CirculanteFinanceiro
Caixa Empréstimos
Banco Financiamentos
Instrumentos financeiros Duplicatas descontadas
Títulos a receber Dividendos a pagar
Ativo Circulante Operacional Passivo Circulante Operacional
Contas a receber Fornecedores
Estoques Salários a pagar
Despesas antecipadas Contas a pagar (despesas)
Tributos a recuperar Tributos e encargos a pagar
Duplicatas a receber Provisões a pagar
Fonte: elaborado pelo autor.
O passivo circulante é uma fonte de recursos de terceiros. O ativo 
circulante representa as contas nas quais estão aplicados os recursos 
disponíveis ou que poderão ser convertidos em disponibilidades no 
próximo exercício (curto prazo).
As contas do ativo circulante que representam as atividades financeiras 
(ACF – ativo circulante financeiro) são as disponibilidades (caixa e banco), 
as aplicações financeiras e os títulos a receber que têm origem na venda 
de ativos financiados pela empresa a terceiros.
As contas do ativo circulante que representam as atividades 
operacionais (ACO – ativo circulante operacional) são as relacionadas 
com a atividade principal da empresa. Como exemplos mais relevantes 
citamos as contas a receber, os estoques, as despesas antecipadas, os 
tributos a recuperar e as duplicatas a receber.
53
As contas do passivo circulante que representam as atividades 
financeiras (PCF – passivo circulante financeiro) são os empréstimos, os 
financiamentos, as duplicatas descontadas e os dividendos a pagar.
As contas do passivo circulante que representam as atividades operacionais 
(PCO – passivo circulante operacional) são as contas relacionadas com a 
atividade principal da empresa. Como exemplos mais relevantes citamos os 
fornecedores, os salários a pagar, as contas a pagar (transitam as despesas), 
os tributos a pagar e as provisões a pagar.
Figura	2	–	Distinção	entre	ativos	e	passivos	operacionais	e	financeiros
Fonte: elaborada pelo autor.
A diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante é uma 
diferença clássica, conhecida como capital circulante líquido (CCL) 
ou capital de giro líquido (CGL). O mais popular índice de avaliação 
financeira é a liquidez corrente (LC), que é calculada pela razão entre o 
ativo circulante e o passivo circulante:
LC = AC
PC
No Tópico 3, estudaremos a análise financeira proposta pelo modelo 
Fleuriet, a qual já foi demonstrada em diversas dissertações e teses 
como sendo muito mais consistente, porque leva em conta uma análise 
do capital de giro ampla, considerando não somente o CCL (AC e PC), 
mas também a necessidade de capital de giro e o saldo em tesouraria.
54
2. Necessidade de capital de giro e saldo em 
tesouraria
O conceito de necessidade de capital de giro está relacionado com a 
empresa conseguir ou não financiar suas operações com os recursos 
de terceiros. Quanto mais a empresa conseguir se financiar com os 
recursos de seus fornecedores, menos recursos próprios ela precisará 
providenciar.
Se uma empresa necessita aplicar mais recursos operacionais em 
seu ativo circulante do que consegue obter em seu passivo circulante 
operacional, ela precisa captar capital de giro de alguma forma. A seguir, 
apresentamos um exemplo de empresa que necessita de capital de giro.
Figura 3 – Necessidade de capital de giro
Fonte: elaborada pelo autor.
No exemplo anterior, a empresa necessita aplicar R$ 15.000, sendo R$ 
7.000 em duplicatas a receber e R$ 8.000 em mercadorias. Entretanto, 
ela só conseguiu obter financiamento de R$ 5.000 de seus fornecedores 
e terceiros (fornecedor R$ 500, duplicatas a pagar R$ 1.000, salários 
a pagar R$ 1.000 e tributos a pagar R$ 2.500), por isso essa empresa 
precisa de recursos (capital de giro).
55
A empresa do exemplo tem aplicações superiores às fontes de recursos, 
isto é, o ativo circulante operacional (R$ 15.000) é maior do que o 
passivo circulante operacional (R$ 5.000). Assim, esta empresa necessita 
de R$ 10.000.
Quanto maior o débito com fornecedores, mais a empresa demonstra 
que consegue obter crédito para financiar suas necessidades de 
aplicações em estoques e contas, e receber financiando os clientes.
Figura 4 – Empresa necessita de capital de giro
Fonte: elaborada pelo autor.
Sempre que o ativo circulante operacional for superior ao passivo 
circulante operacional, de acordo coma Figura 4, a empresa necessitará 
de capital de giro.
Figura 5 – Empresa não necessita de capital de giro
Fonte: elaborada pelo autor.
56
Sempre que o ativo circulante operacional for igual ao passivo circulante 
operacional, como representado na Figura 5, a empresa não necessitará 
de capital de giro.
Figura 6 – Empresa tem excesso de capital de giro
Fonte: elaborada pelo autor.
Sempre que o ativo circulante operacional for menor do que o passivo 
circulante operacional, como representado na Figura 6, a empresa terá 
capital de giro em excesso.
2.1 Saldo em tesouraria (ST)
O conceito do saldo em tesouraria deriva da diferença entre as 
aplicações financeiras de curto prazo e as fontes financeiras de curto 
prazo. É calculado pela diferença entre o ativo circulante financeiro (ACF) 
e o passivo circulante financeiro (PCF). Essas duas grandezas já foram 
definidas na Introdução.
ST = ACF–PCF
2.2 Relação entre CCL, NCG e ST
Como o CCL é a diferença entre o ativo circulante (AC) e o passivo 
circulante (PC) – para relembrar, observe a Figura 2 –, podemos concluir 
que:
57
CCL = AC – PC = (ACO + ACF) – (PCO – PCF)
CCL = (ACO – PCO) + (ACF – PCF) = NCG + ST
CCL = NCG + ST
3. Modelo Fleuriet
O modelo Fleuriet tem seis níveis de qualidade de situação financeira, 
conforme indica o quadro a seguir.
Quadro	2	–	Classificação	financeira	modelo	Fleuriet
Indicador Classificação Sigla
1 Péssima situação financeira PE
2 Situação financeira muito ruim MR
3 Situação financeira arriscada AR
4 Situação financeira insuficiente IN
5 Sólida situação financeira SO
6 Excelente situação financeira EX
Fonte: elaborado pelo autor.
Os indicadores em níveis de 1 a 6, associados a cada nível de qualidade 
do modelo Fleuriet, foram adotados na dissertação do autor desta 
Leitura Digital.
Cada um dos níveis de qualidade financeira está associado às grandezas 
NCG (necessidade de capital de giro), CCL (capital circulante líquido) e ST 
(saldo em tesouraria).
Dependendo do valor das grandezas citadas, elas representam fonte ou 
aplicação de recursos, de acordo com o quadro a seguir.
58
Quadro 3 – Grandezas do modelo Fleuriet
Grandezas do Modelo Fleuriet Positivo Negativo
NCG (necessidade de capital de giro) Aplicação Fonte
CCL (capital circulante líquido) Fonte Aplicação
T (saldo em tesouraria) Aplicação Fonte
Fonte: elaborado pelo autor.
Os seis níveis de qualidade financeira preconizados pelo modelo 
Fleuriet podem ser representados por seis tipos de balanços. O 
quadro a seguir (Figura 7) é um resumo dos seis tipos de balanços 
que vamos exemplificar em seguida. Para a construção desse quadro, 
consideraremos o valor do ativo como $ 100 (ACF + ACO + ANC) e NCG 
variando de (20) a $ 20 em uma escala de $ 5 unidades monetárias. Os 
valores no centro da tabela referem-se ao ST.
Figura 7 – Origem do indicador Fleuriet
Tipo 4 (IN)
20 15 10 5 0
10 5 0 (5)
Tipo 5 (S.0)
20 40 35 30 25
15 35 30 25 20 15
15 10 5 0 (5) (10)
5 0 (5) (10) (15)
10
Tipo 6 (EX)
30 25 20
0 (5) (10) (15) (20)
5 25 20 15 10
(5) (10) (15) (20) (25)
0 20 15 10 5
(15) (20) (25) (30)
(5)
Tipo 3 (AR)
15 10 5 0
(10) 10 5 0 (5) (10)
(15) (20) (25) (30) (35)
Tipo 1 (PE)
(25) (30) (35) (40)
Tipo 2 (MR)
(15) 5 0 (5) (10)
5 10 15 20
(20) 0 (5) (10) (15) (20)
(20) (15) (10) (5) 0
NCG
CCL
Fonte: adaptada de Braga (1991, p. 10).
59
3.1	 Estrutura	financeira	excelente	(6)
Nesta estrutura, o CCL é maior do que zero, a NCG é negativa, isto é, 
existem mais fontes de recursos operacionais do que aplicações, e o 
saldo em tesouraria é positivo.
Quadro 4 – Grandezas do modelo Fleuriet na estrutura excelente
CCL NCG T
> 0 (maior que zero) < 0 (menor que zero) > 0 (maiorque zero)
Outras condições: CCL > NCG e T > CCL > NCG
Fonte: elaborado pelo autor.
Figura 8 – Exemplo de balanço de estrutura excelente – modelo 
Fleuriet
PCF = 10
50 LÍQUIDO
PNC + PL = 60
ACF = 30
ACO = 20
ATIVO
NÃO CIRCULANTE
PCO = 30
PASSIVO
NÃO CIRCULANTE
PATRIMÔNIO
Fonte: elaborada pelo autor.
A liquidez corrente neste caso é LC = 50 = 1,25.
40
3.2	 Estrutura	financeira	sólida	(5)
Nesta estrutura, o CCL é maior do que zero, a NCG é positiva, isto é, 
existem menos fontes de recursos operacionais do que aplicações, e o 
saldo em tesouraria é positivo. Neste caso, as fontes operacionais não 
são suficientes para suportar as necessidades operacionais, mas o CCL e 
o ST são positivos.
60
Quadro 5 – Grandezas do modelo Fleuriet na estrutura sólida
CCL NCG T
> 0 (maior que zero) > 0 (maior que zero) > 0 (maior que zero)
Outras condições: CCL > NCG e T ≤ CCL ≥ NCG
Fonte: elaborado pelo autor.
Figura 9 – Exemplo de balanço de estrutura sólida – modelo Fleuriet
ATIVO
60 PNC + PL = 80 
PCF =10
PCO = 10
ACF = 20
ACO = 20
NÃO CIRCULANTE
PASSIVO
PATRIMÔNIO
NÃO CIRCULANTE
LÍQUIDO
Fonte: elaborada pelo autor.
A liquidez corrente neste caso é LC = 50 = 2,5.
20
3.3	 Estrutura	financeira	insuficiente	(4)
Nesta estrutura, o CCL é maior do que zero, a NCG é positiva, isto é, 
existem menos fontes de recursos operacionais do que aplicações, e o 
saldo em tesouraria é negativo. Neste caso, as fontes operacionais não 
são suficientes para suportar as necessidades operacionais, mas o CCL é 
positivo, entretanto o ST é negativo.
Quadro	6	–	Grandezas	do	modelo	Fleuriet	na	estrutura	insuficiente
CCL NCG T
> 0 (maior que zero) > 0 (maior que zero) < 0 (menor que zero)
Outras condições: T < CCL < NCG
Fonte: elaborado pelo autor.
61
Figura	10	–	Exemplo	de	balanço	de	estrutura	insuficiente	–	
modelo Fleuriet
PCO =10
PASSIVO
ATIVO NÃO CIRCULANTE
PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO
60
PNC+PL = 70
NÃO CIRCULANTE
PCF = 20
ACO = 30
ACF = 10
Fonte: elaborada pelo autor.
A liquidez corrente neste caso é LC = 40 = 1,33.
30
3.4	 Estrutura	financeira	arriscada	(3)
Nesta estrutura, o CCL é menor do que zero, a NCG é negativa, isto é, 
existem mais fontes de recursos operacionais do que aplicações, e o 
saldo em tesouraria é positivo. Neste caso, as fontes operacionais são 
suficientes para suportar as necessidades operacionais, mas o CCL é 
negativo, entretanto o ST é positivo.
Quadro 7 – Grandezas do modelo Fleuriet na estrutura arriscada
CCL NCG T
< 0 (menor que zero) < 0 (menor que zero) > 0 (maior que zero)
Outras condições: T > CCL > NCG
Fonte: elaborado pelo autor.
62
Figura 11 – Exemplo de balanço de estrutura arriscada – modelo 
Fleuriet
PCF = 10
ACO = 10 PCO = 30
ATIVO
PASSIVO
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
PATRIMÔNIO 
70 LÍQUIDO
PNC + PL = 60 
ACF = 20
Fonte: elaborada pelo autor.
A liquidez corrente neste caso é LC = 30 = 0,75.
40
3.5	 Estrutura	financeira	muito	ruim	(2)
Nesta estrutura, o CCL é menor do que zero, a NCG é negativa, isto é, 
existem mais fontes de recursos operacionais do que aplicações, e o 
saldo em tesouraria é negativo. Neste caso, as fontes operacionais são 
suficientes para suportar as necessidades operacionais, mas o CCL e o 
ST são negativos.
Quadro 8 – Grandezas do modelo Fleuriet na estrutura muito ruim
CCL NCG T
< 0 (menor que zero) < 0 (menor que zero) < 0 (menor que zero)
Outras condições: T > CCL e T ≤ NCG ou T ≥ NCG
Fonte: elaborado pelo autor.
63
Figura 12 – Exemplo de balanço de estrutura muito ruim – modelo 
Fleuriet
ATIVO
PASSIVO
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
PATRIMÔNIO 
70 LÍQUIDO
50
ACF = 20 PCF = 30
ACO = 10
PCO = 20
Fonte: elaborada pelo autor.
A liquidez corrente neste caso é LC = 30 = 0,6.
50
3.6	 Estrutura	financeira	péssima	(1)
Nesta estrutura, o CCL é menor do que zero, a NCG é positiva, isto é, 
existem menos fontes de recursos operacionais do que aplicações, e o 
saldo em tesouraria é negativo. Neste caso, as fontes operacionais não 
são suficientes para suportar as necessidades operacionais, mas o CCL 
e o ST são negativos. Esta é a combinação mais temerária possível, pois 
as operações não se financiam e não existem recursos financeiros para 
suportar as necessidades operacionais.
Quadro 9 – Grandezas do modelo Fleuriet na estrutura péssima
CCL NCG T
< 0 (menor que zero) > 0 (maior que zero) < 0 (menor que zero)
Outras condições: CCL < NCG e T < CCL < NCG
Fonte: elaborada pelo autor.
64
Figura 13 – Exemplo de balanço de estrutura péssima – modelo 
Fleuriet
ATIVO
PASSIVO
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
PATRIMÔNIO
70 LÍQUIDO
60
ACF = 10
ACO = 20 PCF = 30
PCO = 10
Fonte: elaborada pelo autor.
A liquidez corrente neste caso é LC = 30 = 0,75.
40
A seguir, apresentamos o quadro comparativo entre a liquidez corrente 
(LC) e os indicadores financeiros do modelo Fleuriet (MF) de cada um dos 
seis balanços exemplificados.
Quadro 10 – Comparativo liquidez corrente e método Fleuriet
MF 6 5 4 3 2 1
LC 1,25 2,5 1,33 0,75 0,6 0,75
Fonte: elaborado pelo autor.
Perceba que a LC 2,5 (a melhor) está relacionada ao estado sólido do 
modelo Fleuriet (%), e não ao nível excelente. A LC do estado insuficiente 
(4) é melhor do que o estado excelente. A liquidez corrente dos piores 
estados efetivos, segundo o modelo Fleuriet (1, 2 e 3), possui valores 
iguais ou muito próximos, e não se percebe distinção entre estados 
piores, ou seja, não são observadas muitas diferenças de um em relação 
ao outro.
O modelo Fleuriet de análise do capital de giro é muito mais preciso 
porque leva em consideração a natureza das contas que compõem tanto 
o ativo como o passivo circulante.
65
Referências	Bibliográficas
BRAGA, R. Análise avançada do capital de giro. Cad. Est., São Paulo, n. 3, set./1991. 
Disponível em: https://www.scielo.br/j/cest/a/9bjQVmGSZ3vw8CZMPJD3PqP/?lang=
pt. Acesso em: 19 nov. 2021.
MATARAZZO, D. C. Análise	financeira	de	balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MONTOTO, E. Contabilidade geral e avançada. São Paulo: JUSPODIVM, 2021.
MONTOTO, E. Relação entre liquidez corrente e modelo Fleuriet. 2013. 
Dissertação (Mestrado)–PUC-SP, São Paulo, 2013.
https://www.scielo.br/j/cest/a/9bjQVmGSZ3vw8CZMPJD3PqP/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/cest/a/9bjQVmGSZ3vw8CZMPJD3PqP/?lang=pt
66
BONS ESTUDOS!
	Sumário
	Conceitos, ajustes e nomenclaturas
	Objetivos
	1. Histórico
	2. Introdução
	3. Conceitos
	4. Nomenclaturas e ajustes
	Referências Bibliográficas
	Índices de liquidez, rotação, rentabilidade e endividamento
	Objetivos
	1. Introdução
	2. Índices de liquidez
	3. Índices de rotação
	4. Índices de rentabilidade
	5. Índices de endividamento
	Referências Bibliográficas
	Grau de alavancagem financeira e operacional e indicadores EBIT, EBITDA, NOPAT e EVA 
	Objetivos
	1. Introdução
	2. Alavancagem financeira e operacional
	3. EBIT, EBITDA e NOPAT (EBI)
	4. EVA - economic value added ou VEA - valor econômico agregado
	Referências Bibliográficas
	Análise e necessidade do capital de giro e a dinâmica financeira das empresas utilizando o modelo Fl
	Objetivos
	1. Introdução
	2. Necessidade de capital de giro e saldo em tesouraria
	3. Modelo Fleuriet
	Referências Bibliográficas

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