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............................................................................................................................... ENGENHARIA CIVIL PORTFÓLIO HIDROLOGIA APLICADA ........................................................................................................................................ Curitiba 2022 PORTFÓLIO HIDROLOGIA APLICADA Trabalho apresentado ao Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário ENIAC para a disciplina Hidrologia Aplicada Prof. ALLAN MIRANDA PEREIRA Curitiba 2022 Respostas .................................................................................................................... Relatório e análise do Plano Diretor de Macrodrenagem do município de Guarulhos, observando questões de índices pluviométricos, drenagem superficial e águas subterrâneas. Índices pluviométricos: Previsão numérica de tempo por período (17/08/2022) Guarulhos/SP: 5% Manhã 5% Tarde 5% Noite Próximos dias: Quinta-feira 18/08 5% Sexta-feira 19/08 90% Sábado 20/08 90% Figura 1 - Precipitações médias em Guarulhos Fonte: Climate-data (2022) 44 mm refere-se à precipitação do mês de Agosto, que é o mês mais seco. Com uma média de 238 mm o mês de Janeiro é o mês de maior precipitação. Figura 2 - Dados climatológicos para Guarulhos Fonte: Climate-data (2022) Se compararmos o mês mais seco com o mês mais chuvoso verificamos que existe uma diferença de precipitação de 194 mm. As temperaturas médias, durante o ano, variam 6.1 °C. A maior umidade relativa do ar é medida em Março (82.18 %). O menor em Agosto (70.78 %). Janeiro (23.03 dias) tem os dias mais chuvosos por mês, em média. O menor número de dias chuvosos é medido em Junho (5.90 dias) (CLIMATE-DATA, 2022). Drenagem superficial: Chuvas em grande escala contribuem para inundações - o acúmulo de água em partes indesejadas da cidade - que afetam muitas cidades ao redor do mundo. Nos últimos anos, a ocorrência desses eventos extremos de precipitação aumentou e continuará aumentando devido às mudanças climáticas. Este é um problema particular em áreas urbanas, devido às consequências ambientais e socioeconômicas, como contaminação de fontes de água e problemas de mobilidade (HERNANDEZ, SZIGETHY, 2020). O processo de urbanização leva a uma mudança nas condições de infiltração do solo por impermeabilização, devido ao uso e ocupação do solo por edificações, estradas, praças, ruas, etc. Como resultado, a área superficial de infiltração da água da chuva é significativamente reduzida, resultando em um aumento da quantidade de escoamento superficial. Para minimizar esse volume, tradicionalmente são construídas redes de drenagem em determinadas áreas, para direcionar a água para um local de descarga - rio, lago, córrego ou estação de tratamento. No entanto, eles têm uma velocidade máxima de transporte com base nas características hidrológicas locais. Em caso de chuva forte, esse escoamento pode ser cruzado, causando colapso da rede e contribuindo para inundações. Para a redução do escoamento superficial, uma sugestão é a utilização dos pisos drenantes, permitindo que a água possa infiltrar no solo naturalmente. Pavimentos permeáveis: outra solução é a implantação de pavimentos permeáveis: pavimentos que infiltram as águas pluviais até coletores subterrâneos e tratam essas águas a partir de um filtro de areia-brita. Podem ser utilizados em ruas e estradas de tráfego leve ou pesado e em estacionamentos. Existem três tipos principais: i) asfaltos/concretos porosos, misturas asfálticas ou de concreto padrão em que os agregados – material particulado – mais finos foram removidos, tornando-o mais poroso; ii) blocos de concreto intertravados, permitem a filtragem através dos vazios intrabloco; iii) sistemas de grades plásticas, praticamente sem área de superfície impermeável, fornecem estabilidade estrutural e maior infiltração. Os vazios, nesses pavimentos, podem conter grama ou cascalho. Águas subterrâneas: Para o abastecimento da população, o município explora mananciais superficiais e subterrâneos situados nas vertentes da Serra da Cantareira, na bacia do Rio Jaguari e na Bacia do Rio Baquirivu, além de importar água tratada do Sistema Integrado Metropolitano (administrado pela Sabesp). No Estado de São Paulo, reuniram-se os aquíferos em dois grandes grupos: os Aquíferos Sedimentares e os Fraturados. O grupo dos Aquíferos Sedimentares reúne aqueles constituídos por sedimentos depositados pela ação dos rios, vento e mar, onde a água circula pelos poros existentes entre os grãos minerais. No Estado de São Paulo, destacam-se, pela capacidade de produção de água subterrânea, os Aquíferos Guarani, bauru, Taubaté, São Paulo e Tubarão. O Aquífero São Paulo é um aquífero sedimentar, de extensão limitada pela Serra do Mar, ao sul, e pela Serra da Cantareira, ao norte. Ocupa uma área com formato irregular de aproximadamente 1.000 km2 , no leste do Estado de São Paulo, abrangendo municípios como Osasco, São Paulo, São bernardo do Campo, Guarulhos, itaquaquecetuba, Suzano e Mogi das Cruzes (São Paulo, 2014) Figura 3 - Modelo hidrológico conceitual do aquífero São Paulo Fonte: São Paulo (2014) O aquífero de São Paulo é livre, característica que permite sua recarga por meio da permeação da água da chuva. Por outro lado, a maioria dos municípios da região metropolitana de São Paulo se baseia nesse aquífero, onde se concentram a população e as atividades industriais e comerciais. Isso indica um alto risco de contaminação deste aquífero. A proteção das águas subterrâneas está associada à eliminação de riscos à saúde humana e impactos negativos ao meio ambiente. Isso inclui o interesse na proteção de bacias de águas subterrâneas, como poços e córregos. Essa proteção pode ocorrer por meio da criação de zonas de proteção de aquíferos (por exemplo, em áreas de captação de água) ou pelo controle do uso da água e do solo, evitando impactos das operações causados pela ação humana. Para tanto, os órgãos gestores de recursos hídricos monitoram o número de poços perfurados no estado de São Paulo e monitoram a quantidade e a qualidade natural das águas subterrâneas. E, no caso de coisas destinadas ao uso humano, devem ser registradas na Central de Monitoramento de Higiene. A construção clandestina de poços tubulares é uma atividade predatória e uma ameaça à proteção do aquífero e à saúde pública. As reservas de água subterrânea estão relacionadas com a recarga dos aquíferos. A impermeabilização do solo e o desmatamento são fatores que contribuem para a redução da infiltração da água da chuva no subsolo. Promover a regeneração florestal e reduzir o bloqueio de terras são medidas que ajudam a preservar as reservas de águas subterrâneas. Conclusão: Precipitações de magnitude elevada contribuem para a ocorrência de enchentes, acúmulo de água em zonas não desejadas dentro de uma cidade. O município de Guarulhos tem um alto índice de precipitação em alguns períodos do ano, e o crescimento das cidades e construções contribuem para que ocorra enchentes. O Plano Diretor da cidade determina diretrizes e orientações para a implantação de uma gestão equilibrada e sustentável para o sistema de drenagem. Seguindo essas diretrizes, e com planejamento de melhorias nos sistemas de drenagem, é possível melhorar e reduzir esses impactos. Em relação ao abastecimento por águas subterrâneas, se faz necessário a tomada dos devidos cuidados de manutenção e preservação. Referências: HERNANDEZ, Luis Carlos. SZIGETHY, Leonardo. Controle de Enchentes: Exemplos do uso da tecnologia e inovação para o controle de enchentes. Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade IPEA. 2020. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/artigos/artigos/231-controle-de-enchentes. Acesso em 17 Ago. 2022. SÃO PAULO, governo do estado. As águas subterrâneas do estado de São Paulo. Cadernos de educação ambiental, Secretaria Do Meio Ambiente. São Paulo,2014