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C o la b o ra ç ã o d e C a io X a ta ra e G u il h e rm e R u - n i 3SETUPS BASEADOS EM OSCILADORES M A N U A L D E S E T U P S A le x a n d re W o lw a c z : : S to rm e r 3 SETUPS BASEADOS EM OSCILADORES C o la b o ra ç ã o d e C a io X a ta ra e G u il h e rm e R u 0 n i M A N U A L D E S E T U P S A le x a n d re W o lw a c z : : S to rm e r Copyright © Alexandre Wolwacz Capa Évelyn Bisconsin - Porto DG Évelyn Bisconsin - Porto DG Gabriela Koza Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) W869d Wolwacz, Alexandre Setups baseados em osciladores / Alexandre Wolwacz. – Porto Alegre: Leandro & Stormer, 2010. 240 p. ; 16 x 23 cm. - (Manual de Setups, v.3) ISBN: 9788560852215 Inclui gráficos e tabelas. 1. Setups - Mercado financeiro. 2. Mercado financeiro – comportamento. 3. Gestão do dinheiro. 4. Risco operacional. 5. Manejo de risco. 6. Trader. I. Stormer. II. Título. CDU 336.76 336.761 Catalogação na fonte: Paula Pêgas de Lima CRB 10/1229 Porto Alegre, 02 de dezembro de 2010. Todos os direitos desta edição reservados ao Instituto de Estudos Leandro & Stormer. Editora Leandro & Stormer www.leandrostormer.com.br Rua Antônio Carlos Berta, 475 cj. 710 atendimento@leandrostormer.com.br Bairro Higienópolis - CEP 90550-080 Fone: +55 51 3362-6541 Porto Alegre/RS Fone: +55 51 3343-6282 Para meu Pai, que com seu exemplo me instruiu sobre a efemeri- dade dos altos e baixos que a vida nos proporciona. E que sempre me lembra que são nas crises que se geram as oportunidades. Muito obrigado, Pai. Uma das várias dificuldades que um trader tem em sua rebuscada atividade profissional é a escolha de um sistema operacional que possa ser utilizado em suas rotinas. A escolha do prazo, do setup, do manejo de risco e da forma de conduzir as operações é parte fundamental no projeto de vida de um trader. O mercado financeiro apresenta algumas dezenas de modos diferen- tes de se ganhar dinheiro e algumas centenas de modos diferentes para se perder dinheiro. Operações a favor da tendência, operações contra a tendência, operações de retorno à média, operações de afastamento da média, operações de financiamento, operações de long-short, opera- ções de lançamento coberto e operações focadas em volatilidade são apenas algumas das diversas modalidades de setups que existem. Algu- mas usam a inércia de um movimento a seu favor; outras usam o retor- no a um preço médio. Nossa missão neste trabalho é apresentar os mais diversos setups operacionais que já foram criados por dezenas de autores e, ao mesmo tempo, os resultados estatísticos destes no mercado financeiro brasilei- ro. Além disso, iremos também apresentar as variantes possíveis dos setups apresentados. Nosso projeto inicial constava como um livro fechado. Porém, à me- dida que a ideia foi tomando forma, percebemos que a cada dia novos setups e novas táticas são descritos. Dessa maneira, pareceu-nos mais interessante a edição deste Manual de Setups Gráficos em forma de volumes lançados periodicamente. Cada novo volume lançado estará tratando de um indicador ou ferramenta diferente. Assim, nossa comu- nidade de traders terá a oportunidade de acompanhar, de forma periódi- ca e em volumes, a publicação de um conjunto de setups gráficos para compor seus estudos e táticas de trade. Os volumes são: VOLUME 1: SETUPS PUROS VOLUME 2: SETUPS BASEADOS EM MÉDIAS MÓVEIS VOLUME 3: SETUPS BASEADOS EM OSCILADORES VOLUME 4: SETUPS BASEADOS NA BANDA DE BOLLINGER VOLUME 5: SETUPS BASEADOS NO PONTO DE PIVÔ, HILO E SAR VOLUME 6: SETUPS BASEADOS NO MACD HISTOGRAMA VOLUME 7: SETUPS BASEADOS NA VOLATILIDADE HISTÓRICA VOLUME 8: SETUPS UTILIZANDO INDICADORES ASSOCIADOS M A N U A L D E S E T U P S A le x a n d re W o lw a c z : : S to rm e r 9 A análise de setups Quando analisamos um setup, precisamos ter em mente as principais ca- racterísticas que compõem um sistema. Um setup é um conjunto de situações gráficas que nos oferece uma toma- da de posição, seja comprada ou vendida, com um alvo, um estope, uma quantidade de sinais e um índice de acerto para o alvo. As pessoas erroneamente consideram que um setup é rentável apenas pelo seu nível de acerto. Esse é um erro conceitual dramático. Estruturalmente fa- lando, um setup irá ser rentável ou não, dependendo do conjunto inteiro e da interação dessas características: Um sistema de trade que tenha 90% de acerto pode ser deficitário. Bem como, sistemas de trade com apenas 20% de acerto podem ser altamente rentáveis. O balanço de quanto se perde e quanto se ganha em cada trade certo, somado com os níveis de acerto, é que irá produzir o resultado. Com essas informações podemos montar a possível rentabilidade de um sistema, usando o que se chama de expectativa matemática. 11 A expectativa matemática A expectativa matemática é uma fórmula criada para observar se o viés de um sistema é de produzir lucros, ou se o viés é de prejuízo. Conceitualmente falando, não poderíamos pensar em operar sistemas que têm expectativa matemática negativa. A forma de calcular está abaixo: Quanto maior o número, poderíamos inferir que melhor seria o sistema. Claro, que, para podermos analisar um sistema, precisaremos de um histó- rico de trades gerados pelo método. Podemos pensar em sistemas que tenham as seguintes características: Nível de acerto Alto Baixo Média de ganho/média de perda Alta Baixa Os setups acabam associando essas características. Sem dúvida que o setup perfeito seria: alta média de ganho, alto nível de acerto, muitos sinais. Mas, infelizmente, é quase impossível encontrar um setup assim. Resumidamente, quando queremos: – Precisará de estopes longos, pois estopes curtos tendem a ser violinados. Ou então, precisaremos de alvos mais curtos, para 12 que se aumente o nível de acerto. As duas medidas instantaneamente DIMI- NUEM a média de ganho/média de perda (payoff) do sistema. – Para isso, precisamos de um estope curto, pois com esto- pes curtos, quando erramos, perdemos pouco. Ao mesmo tempo, precisamos de alvos longos. As duas medidas DIMINUEM nosso nível de acerto. – Raramente teremos movimentos muito amplos se apresentando seguidas vezes. Logo, alvos longos e muitos sinais não serão encontrados juntos. Afinal, os cenários são contraditórios. Para um setup ter alta média de ga- nho, significa estopes curtos e alvos longos. Isso por si só já impede alto nível de acerto. E, ainda mais, muitos sinais. Os setups mais frequentes e rentáveis são os que têm baixo nível de acerto, alta média de ganho/perda e sinais médios. Ainda sobre os setups, podemos dividir o grupo de setups quanto aos indi- cadores utilizados em sua construção ou quanto à filosofia sobre a qual o mo- delo se instala. Para fins didáticos, iremos dividir em cima dos indicadores usados na cons- trução de cada um desses setups e, dentro disso, separar os modelos por sua filosofia. 13 A filosofia dos setups Em termos de filosofia, temos setups que usam: Esse tipo de modelo tende a ter um baixo a médio nível de acerto. Produz ótimas relações de média de ganho por trade certo, contra média de perda por trade errado. Usualmente, abre poucos sinais. Esse tipo de modelo tende a ter um nível de acerto maior. Porém, seus ganhos são menores. A relação aqui de payoff (média de ganho/média de per- da) não é das melhores. Esse tipo de modelo tende a ter bom nível de acerto, alvos longos e pou- quíssimos sinais. 14 Tendem a ter bom nível de acerto, alvos curtos e estopes longos. Geram poucos sinais, com bom nível de acerto, alvos longos. 15 Breve glossário Vamos falar dos termos que serão abordados no futuro: Payoff = valor absoluto da divisão do lucro médio pela perda média. = o valor absoluto da divisão do lucro total bruto auferido no período divididopelas perdas totais brutas. = valor absoluto de todo lucro auferido dividido pelo drawdown máximo. = a distância entre o topo até o fundo dentro de um gráfico de curva de capital. 17 SETUPS BASEADOS EM OSCILADORES Logo após começar meus estudos em análise técnica e de ter me apaixonado pelas médias móveis, comecei a ter dúvidas sobre as médias, pois elas eram muito simples. Faz parte da existência humana renegar as respostas simples oferecidas para perguntas complexas. Costumamos e nos habituamos a renegar esse tipo de resposta, acreditando que, de fato, nada pode ser tão simples. Então, parti para o estudo dos osciladores. Era na época uma ferramenta mais sofisticada, em que se agregavam cálculos matemáticos e nomes complexos. A ideia de comprar o fundo e vender o topo era altamente atraente. O primeiro oscilador que estudei foi o Índice de Força Relativa, do simples- mente genial Welles Wilder. Esse, na minha opinião, um dos maiores estudio- sos do mercado que já existiu. Não havia o atraso nos sinais que costumeira- mente víamos nas médias móveis. Eram indicadores “líderes”. Apresentavam muitas das características que eu mais gostava. Enfim, parecia que ao estudar finalmente essas ferramentas eu estava en- contrando a “fórmula mágica”. Mais do que isso, a ideia de um oscilador é que o mercado se moveria de forma pendular, como um pêndulo que se desloca do lado direito para o esquerdo, tendo um eixo central. Existe um percurso máximo para a direita e um limite máximo de evolução para a esquerda. No caso do mercado, o pêndulo seria deitado, com um limite máximo de excursão superior 18 e um limite máximo de excursão inferior. Essa ideia me atraiu de forma muito instantânea. Mas, surgiram algumas dúvidas. Primeiro, onde era ou o que era o “eixo central”? Era uma média móvel? Era o ponto de pivot do período? O mercado “oscilaria” em torno de qual ferramenta? Para poder localizar a ampli- tude máxima superior ou inferior, precisamos localizar corretamente o que constitui o “eixo principal”. Como esse eixo ainda não está bem definido e, pior, acredito que ele se desloque de tempos em tempos, assim como a periodici- dade dos ciclos, ficamos com uma ferramenta que, apesar de ter os conceitos filosóficos corretos, opera baseada em “parte da solução” sem ter todos os componentes corretamente definidos. Após alguns anos usando, testando e aprimorando essas ferramentas, mi- grei para outras ainda mais complexas (ah, a natureza humana e nossa eterna insatisfação). Durante a confecção desse capítulo, revisitei essas ferramentas. E não fo- ram raras as vezes em que me surpreendi com os resultados assinalados. As- sim como nas médias móveis, pude observar pontos que antes, na minha “in- fância na análise técnica”, não tive a capacidade de entender. Ainda não tenho a resposta de qual é o “eixo central” do nosso pêndulo. Algumas novas ideias me ocorreram e irei dissecá-las posteriormente. Acredito que o amigo leitor não deva ser induzido pelos conceitos fixos de sobrecomprado e sobrevendido, visto que os osciladores podem e devem ser utilizados dentro de tendências direcionais. Incluem neste volume muitos setups de day trade, já que as ferramentas de tendência não se prestam muito bem para day trade, mas os osciladores sim. Porém, muitos dos setups de day trade aqui podem ser usados em prazos mais longos. Agradecimento Existem muitos sentimentos humanos que conseguem nos conectar direta- mente com os planos superiores. E um desses sentimentos faz estarmos dire- tamente ligados a uma entidade superior. Esse sentimento é a gratidão. Infelizmente, raramente o exercitamos. Raramente nos sentimos gratos. Isso tem produzido um afastamento de tudo o que é bom, sincero e legítimo. Quando foi a última vez que o amigo leitor se sentiu grato para com alguma pessoa? Quando foi a última vez que expressou essa gratidão? Mas se lembra de como se sentiu? A gratidão fornece à pessoa uma energia positiva. Senti- mo-nos revigorados, plenos e imbuídos de satisfação pela vida. Este livro e todo esse manual não é fruto unicamente do meu trabalho. Mas, sim, fruto do trabalho e da dedicação de um grupo muito grande de pessoas. O nome do Edgar, da Cintia, da Benísia, do Guilherme Ruffini, do Caio Xata- ra e de todos da Leandro&Stormer, bem como os revisores, os diagramadores, o grupo da gráfica e os alunos fizeram e colaboraram na ideia, confecção e aprimoramento desse trabalho. Sendo assim, quero exercer minha mais completa gratidão a todas essas pessoas que de forma direta ou indireta ajudaram nesse projeto. Sou profun- damente grato a todas elas. De fato, agradeço diariamente a simples possibili- dade de estar em contato com elas e trocar ideias e opiniões. Dizem que às vezes precisamos passar por maus momentos para poder real- mente sentir a gratidão. Bem, nos últimos dois anos pode-se dizer que tive opor- tunidade de passar por esses. Sou extremamente grato a todos os amigos que durante os momentos difíceis estiveram lá para dizer uma palavra amiga, ou para simplesmente ficar ali, do meu lado, em um silêncio cúmplice e confortador. Agradeço todos os dias pela família que tenho. Meu pai, grande professor na minha vida, minha mãe, grande mentora dos meus princípios, meu irmão, companheiro nessa longa e interessante jornada do aperfeiçoamento pessoal, minha esposa, fonte de importante autoconhecimento e, especialmente, mi- nha filha, que me ensina todos os dias a importância de ser feliz, de aproveitar cada minuto, de se entusiasmar com cada pequeno detalhe da vida. Tive outro gigantesco professor a quem eu devo também enviar meu agra- decimento: o mercado financeiro. Por mais bizarro e estranho que pareça, eu quero agradecer ao mercado por ter sido um “pai presente”. Um pai presente é aquele que observa seu filho de forma autêntica diariamente. Nota as quali- dades e os defeitos do filho. Assinala quando o filho age de forma correta e o remunera regiamente. Ao mesmo tempo, reprime e pune o filho quando este foge da disciplina e do caminho designado. O pai presente ensina muito mais pelos “nãos” que diz do que pelos atos de permissividade. E, nesse sentido, o mercado é um pai presente. Que sabe a hora de punir. Que não se exime da responsabilidade de agir na hora certa e apontar nossos erros. Posso dizer que todas as vezes que o mercado me deu uma “puxada de orelha” foram vezes merecidas e que me ensinaram a agir de forma correta e disciplinada. A gratidão é mais completa quando segue uma via de dois caminhos. A pessoa que sente, a expressa e afirma, e a pessoa que recebe, a aceita. Dessa forma, e para isso, foi criada a expressão: “Não há de quê”. Finalizo este breve texto com as palavras que frequentemente estão em minha mente e que dia- riamente uso como um mantra especial: “Muito obrigado”. 3 SETUPS BASEADOS EM OSCILADORES 22 25 33 37 41 43 49 53 55 61 73 75 79 81 83 85 97 Sumário 23 109 111 113 115 121 127 131 135 143 149 153 159 165 167 171 175 179 181 183 24 185 189 191 195 199 201 203 205 207 209 215 Setup 97 – CCI 217 223 227 229 231 237 25 SETUP 51 Índice de Força Relativa Autor: Welles Wilder, “New concepts in technical trading”. Um indicador criado por J. Welles Wilder é um oscilador em sua essência, medindo a velocidade em que os preços se modificam. Sua fórmula consiste em: IFR S / D)) = 100 / (1 + S / U) Onde: IFR = Índice de Força Relativa S = Média de todas as variações positivas no preço da ação dentro do período em estudo D = Média de todas as variações negativas no preço da ação dentro do período em estudo O período mais usado é o de 14 períodos. Estabelece uma faixa de 0-100. Os níveis de 30 são considerados sobrevendidos, e os níveis acima de 70 são considerados sobrecomprados. Sobrevendido é quando o mercado vendeu mais do que poderia ese afas- tou em demasia para longe da média dos preços. WWWWWWWWWWelles Wildeeeeerrrrrrrrrrrrr, New concepts in technical trad 26 Sobrecomprado é quando o mercado comprou mais do que poderia e os preços se afastaram demais da média de preços usuais. Muitos autores usando essa ferramenta introduziram dezenas de estratégias e táticas. Vamos tentar dissecar as mais importantes. Existem diversas formas e táticas operacionais com essa ferramenta. A primeira tática é usar o oscilador para gerar o sinal de entrada e o sinal de saída. A segunda tática é usar o nível de sobrecomprado ou sobrevendido apenas como filtro para execução de outra entrada, com outra ferramenta em si. Descrição do modelo: 1 - Teremos compra quando o IFR de 14 períodos recuar até a zona de sobrevendido (abaixo de 30) e virar para cima. 2 - Venda da posição ocorre quando o IFR de 14 for para acima de 70 e virar para baixo, podendo assumir posição vendida nesse modelo. Esse é um dos sistemas mais testados no mundo inteiro. 27 Validação diária: Vemos claramente que as vendas não foram interessantes. Nota-se que o nível de erro da venda foi absurdo. Para se operar na venda, há necessidade de alvos mais curtos. Percebe-se um drawdown contido na ponta da compra. Já estou ignorando a ponta da venda. Na compra, tivemos um ótimo nível de acerto na PETR4. A rentabilidade em si (usando apenas as compras) foi ótima. O problema foi o drawdown elevado. 28 Esse é o resultado para dez anos de AMBV4, usando múltiplas entradas. Foram pouquíssimos trades. Com uma rentabilidade tão boa, acredito que o drawdown deva ser alto. Sim, sem dúvida, drawdown elevado. Interessante nesse modelo é que 15 ativos tiveram nesse período de dez anos 100% de acerto no diário. Em quase todo o modelo, produziu retornos maiores que o buy and hold, porém com drawdowns também mais altos que os do buy and hold. 29 O modelo provou prejuízo em apenas 14 dos 68 ativos do Ibovespa. Validação no semanal: Acima o resultado da Ambv4. Nenhum trade. Pois, quando vira para cima, já esta acima de 30. Tirando o filtro de virada do IFR, vamos comprar quando IFR14 abaixo de 30 e vender com ifr14 acima de 70. Vamos ver o modelo na PETR4 em dez anos testados. 30 Novamente, 100% de acerto. Bom drawdown. Observando a estatística em 46 ativos dos 68 ativos do Ibovespa no período testado, teríamos tido 100% de trades no lucro. Média de trades ficou em 27 trades. O que seria 2,7 trades por ano. Outro fato que se repetiu foi a superação dos resultados obtidos em buy and hold na maioria desses ativos. 31 Infelizmente, um fato que se repetiu em quase todos os ativos foi o elevado drawdown. Que esse modelo de comprar no fechamento em que ocorre a virada do IFR de 14 para cima, com o IFR abaixo de 30 e vender quando fechar com o IFR de 14 virando para baixo, estando o IFR de 14 acima de 70, fez com que o trader em determinados momentos executasse sua entrada, e o mercado continuava caindo. Após muito tempo, o ativo voltava a subir e com isso indo para acima do preço comprado, permitindo a saída do ativo no lucro. A próxima pergunta seria: tem como diminuir esse drawdown? É possível diminuir, mas isso implicaria reduzir o nível de acerto. Uma das formas: colocar um estope loss. Segunda forma de reduzir o drawdown: realização parcial do trade. Fiquei particularmente abismado com o nível de acerto desse sistema, especialmente no semanal. Teremos sempre dificuldades no que tange à avaliação de modelos intradia, dado a escassa base de dados. O modelo aqui testado inclui compra no fechamento do candle em que o IFR 14 estiver abaixo de 30. Venda no fechamento do candle que o IFR 14 estiver acima de 70. Vamos abrir múltiplas posições. 32 Tivemos um ótimo nível de acerto. Mas essas não são operações de day trade, já que não foram terminadas no final de cada dia. Com o testetrader, poderemos testar esses modelos como day trade. 33 SETUP 52 IFR 14 – Variante saída Autor: Welles Wilder, “New concepts in technical trading”. O modelo do setup 51 me impressionou tanto que decidi gastar tempo pensando em uma forma de diminuir o drawdown. Logo, pensei em produzir uma saída mais cautelosa. Descrição: 1 - Executa a entrada no fechamento do candle que fizer o IFR 14 virar para cima, na zona de sobrevendido. 2 - Executa venda no fechamento do candle que fizer o IFR 2 períodos virar para baixo, na zona de sobrecomprado (acima de 70). Esse modelo produzirá, sem dúvida, um resultado financeiro menor que o anterior, porém esperamos um drawdown menor. 34 Validação semanal: Modelo com poucos sinais. Vamos ver a questão do drawdown. Bom, agora ficou mais confortável. Bem mais confortável. Reduzimos o tempo de cada trade. Mantivemos nosso percentual de acerto. E reduzimos o drawdown. 35 Validação no diário: Vemos nível de acerto ainda muito interessante. Vemos poucos sinais por ano. Ótimo, drawdown contido. 37 Podemos executar uma pequena alteração. Notamos no modelo do setup 51 que um dos problemas era a baixa quantidade de sinais. Isso porque foram raras as vezes que o IFR de 14 recuou até abaixo de 30. Podemos ampliar a quantidade de sinais subindo a zona de sobrevendido para abaixo de 40. E deixando a venda acima de 70. Descrição: 1 - Compra no fechamento do candle que fez o IFR 14 virar para cima, desde que o IFR esteja abaixo de 40. 2 - Venda no fechamento do candle que fez o IFR 14 virar para baixo, desde que o IFR esteja acima de 70. SETUP 53 IFR 14 modificado 38 Validação diária: Veja que o modelo com o ativo menos sobrevendido gerou mais sinais. Com redução no nível de acerto. Observe um drawdown muito sossegado. Mas esse sistema tem um grande problema. Ficamos muito tempo dentro do ativo. Esse tempo sempre sinaliza maior risco e menor quantidade de emoção. A maior parte das pessoas não consegue operar trades tão longos. 39 Mas, lembre-se de que uma das vantagens desse modelo é justamente não precisar olhar o mercado todo o tempo. O resultado visto acima é para apenas uma operação aberta por vez. Se usássemos todos os sinais do modelo no período: E em cada entrada tivéssemos usado R$5.000,00. Parece fantástico. Mas, tem um ENORME problema: O imenso drawdown. 40 Validação no semanal: Vemos também um resultado interessante, com bom nível de acerto. Vamos ver a questão do drawdown. Vemos aqui um modelo que não se recuperou bem das perdas, com elevado drawdown e baixo payoff. 41 SETUP 54 IFR 14 - modificamos a entrada Autor: Welles Wilder, “New concepts in technical analysis” Iremos executar a entrada SOMENTE na superação da máxima do candle que fez o IFR 14 virar para cima com este indicador abaixo de 30. A venda da posição fica somente na perda da mínima do candle que fizer o IFR 14 virar para baixo com este indicador acima de 70. 42 Diminuímos sinais no diário. Nível de acerto interessante. O profit per bar ficou abaixo do ideal. O tempo da operação continua longo. Ferramentas fracas no diário para essa estrutura. No semanal, não houve mudança significativa entre a compra no rompimento da máxima e a compra no fechamento na PETR. Em outros papéis as mudanças foram mínimas nos resultados. 43 SETUP 55 IFR sobrevendido com alvo fixo : Iremos executar a compra do ativo na superação da máxima do candle que fizer o IFR de 14 virar para cima, se o IFR estiver abaixo de 30. Vendemos em um alvo fixo de 8% ou no estope loss 8% abaixo do ponto de entrada. Esse é um modelo que tem provavelmente um bom nível de acerto. Provavelmente terá uma baixa quantidade de sinais. Uma única operação aberta por vez. 44 Validação diário: Gostei de dois pontos nesse cenário: profit per factor e alto nível de acerto. Não gostei do número de sinais em dez anos. Mas isso porque usamos uma única operação aberta por vez, visto que nesse modelo temos um estope lossfixo original. Então poderíamos usar um manejo de risco adequado e, com isso, trabalhar mais de uma operação aberta ao mesmo tempo com esse modelo no mesmo papel. GOSTEI, ainda mais do baixíssimo drawdown. Recovery factor fortíssimo. 45 Vamos ver como funciona o modelo com muitas operações abertas ao mesmo tempo. Note como não temos um maior número de operações, mantendo nível de acerto ótimo. Com ótimas ferramentas. Se esse modelo conseguir manter esses níveis de acerto por trade em muitos papéis do mercado, podemos ter aqui um modelo esporádico que poderia ser empregado em vários ativos ao mesmo tempo. Pelo nosso estudo, apenas 19 ativos do Ibovespa mantiveram níveis de acerto acima de 70% para operações. Portanto, não poderá ser um modelo 46 esporádico enquanto não colocarmos outros filtros. Validação no semanal: No semanal piorou o nível de acerto. Péssimo número de sinais. Podemos aumentar a quantidade de sinais se usarmos como limite de sobrevendido a zona de 40. Com isso, esperamos aumentar os sinais e diminuir o número de acerto. 47 Observe como a entrada quando o IFR de 14 vira para cima, com IFR abaixo de 40 aumentou bem o numero de sinais no semanal. No semanal, essa mudança teria sido péssima, trazendo prejuízos. 49 SETUP 56 IFR 14 com estope móvel Iremos executar a compra do ativo na superação da máxima do candle que fizer o IFR de 14 virar para cima, se o IFR estiver abaixo de 40. Iremos conduzir o estope pelo estope ATR de 1 período com 2 desvios. Esse modelo trabalha em cima do oscilador, mas ao mesmo tempo procura aproveitar uma tendência. 50 Validação diária: Temos um modelo que apresentou um bom profit per bar. Múltiplas operações abertas. Note como as ferramentas nesse modelo ficaram harmoniosas. Com um drawdown baixo. 51 Desempenho obtido na CYRE em cima de 10 anos, gráfico diário. Nitidamente, o drawdown um pouco mais alto. 52 Validação semanal: No semanal, usamos nível de sobre vendido em 50. Baixo nível de sinais. Porém, excelente profit per bar. Nesse modelo, se tivesse sido utilizado em todos os ativos do Ibovespa, teríamos provado prejuízo em apenas 11 das 68 ações do Ibovespa. 53 SETUP 57 Virada do IFR 14 Esse modelo opera basicamente a virada do IFR de 14 para cima, não importando seu nível. Descrição: 1 - Entramos no fechamento do candle que fizer o IFR de 14 virar para cima. Não importa o nível em que isso ocorrer. 2 - Estope pelo estope ATR de 1 período com 1,5 desvios. 54 Validação diária: Vemos um modelo com profit per bar interessante. Bom número de trades. Baixo drawdown e ferramentas bem harmônicas. O modelo é simples e permite operações de médio prazo. O tempo médio de cada operação no lucro foi de 20 dias. 55 SETUP 58 IFR períodos diferentes Autor: desconhecido Esse modelo explora a ideia da virada mais rápida da ferramenta na periodicidade menor e da virada mais lenta na periodicidade maior. Descrição: 1 - Comprar na superação da máxima do candle que fizer o IFR 2 ir para abaixo de 10. 2 - Vender na perda da mínima do candle que fizer o IFR de 14 ir para acima de 70. Ir descendo a entrada pela máxima de cada candle até realizar o trade. Ir subindo o estope pela mínima de cada candle até ser estopado. Esse é um modelo que, sem ver a estatística, eu pensaria em um elevado nível de acerto. Trades longos e demorados, com alvos amplos. 56 Validação diária: Observamos um modelo simples de entrada pelo indicador, com elevado nível de acerto no diário. Vemos uma superação do buy and hold. Uma única operação aberta por vez. Boas ferramentas nesse modelo. Temos um tempo médio de trade de 82 dias para os trades que deram certo. Veja como os trades que deram errado tiveram um tempo muito maior de 169 dias. Podemos, eventualmente, nessa situação, colocar um estope no tempo. 57 Digamos, um estope de 100 dias no tempo. Vendemos quando fechar acima de IFR 14 acima de 70 ou se o trade estiver durando mais de 100 dias. Vejamos como seria se tivéssemos adicionado essa “regra” a mais: um estope no tempo. Note a melhoria no profit factor e no desempenho. Aqui fica, então, uma importante observação. 58 Houve uma harmonização das ferramentas, equilibrando melhor o fator de recuperação e os demais. Mesmo assim, é preciso observar bem se essas mudanças foram benéficas ou não. Uma forma de comparar modelos e verificar se uma regra adicionada beneficiou ou não o modelo prévio é usar o Megan Ratio. O Megan Ratio foi criado pelo Oscar Cagicas. Um trader que apresentou um modelo para observar o melhor desempenho de um sistema, usando uma média geométrica dos retornos obtidos nos trades. O sistema que tiver o maior Megan Ratio tem o melhor retorno médio no tempo. Observe o Megan Ratio do modelo, sem o estope no tempo: Segue agora o Megan Ratio usando o estope no tempo de 100 dias. Temos então uma “aparente” melhora no desempenho quando vemos os números clássicos de análise. Mas aqui, olhando o Megan Ratio, vemos que a introdução do estope no tempo de 100 dias piorou o retorno médio por trade executado. Muito interessante esse modelo, pois no diário teríamos tido prejuízo em apenas 9 dos 68 ativos do Ibovespa inteiro no período testado de dez anos, mantendo níveis de acerto entre 70 e 85% na maioria dos papéis. Um modelo então que tem poucos sinais, sinais confiáveis e que podem ser usados em vários ativos ao mesmo tempo. Um modelo tipicamente esporádico. 59 Validação semanal: Poucos sinais, confiáveis. No semanal, o modelo parece menos interessante. O fator de recuperação não é o ideal. 61 SETUP 59 IFR 2 sobrevendido, vende na média de 5 Autor: Connors, Larry e Alvarez, “Short term strategies that work”. Trading Markets, 2009. Aqui, o autor Larry Connors desenha um modelo de operação em que iremos comprar após um recuo e vender seu repique. Como o alvo é curto, precisamos de um nível de acerto importante. Descrição: 1 - Compra no fechamento do candle que levar o IFR de 2 para abaixo de 5. 2 - Vende no fechamento do candle que levar os preços acima da média de 5 aritmética. Simples assim. O autor descreve nível de acerto em torno de 83,6% no S&P. Média de três dias de trade. 62 Validação diária: Encontramos na PETR um nível um pouco abaixo do indicado pelo autor. O profit per bar está interessante. Aqui assumimos apenas um trade por vez. Gostei muito do drawdown contido e seguro. Vamos ver como o modelo seria se assumíssemos várias operações abertas ao mesmo tempo. 63 Como eu suspeitava. O modelo melhorou radicalmente com entradas múltiplas. O nível de acerto subiu, o profit per bar disparou. Não batemos o buy and hold. Resta saber a que custo em termos de exposição ao risco. Ferramentas muito boas. O drawdown permaneceu baixo. Um modelo simples, porém que demonstra muita robustez. Comprar no fechamento do IFR 2 abaixo de 5 e vender no fechamento acima da média de 5. Bem interessante. Vamos ver no semanal? 64 E nossa rentabilidade baixa. Nivel de acerto alto. Podemos pensar em melhorar esse modelo. Nivel de sinais baixo. Ferramentas ótimas. Drawdown contido. Vamos ver como esse modelo teria se comportado no ano de 2008. Observe que esse modelo NÃO TEM estope. 65 O autor não acredita no uso adequado de estopes. Esse autor, assim como o James Altucher, gosta mais de modelos que tenham o sinal de entrada e o sinal de saída, mas que NÃO tenham estope. Então, uma preocupação lógica seria: Como um modelo sem estope pode performar em uma situação de crash? Diário de PETR4 no período de 01/01/2008 até 31/12/2008: Nossa! Observe como o modelo passou incólume pelo crash de 2008. Com ótimas ferramentas, mas um drawdown elevado. 66 Será que no semanal no mesmo período esse modelo sem estope loss teria tido também sucesso? Note o elevadíssimo profit per bar. E 87% de acerto em pleno crash de 2008.Ferramentas de lucro e recuperação e payoff bem razoáveis. Sim, o modelo se sustentou no pior cenário que poderíamos testá-lo. Importante mencionar que nesse modelo teríamos provado prejuízo em 19 das 68 ações do Ibovespa no período de dez anos testados, no semanal. Bom, mas observe que, pelo que analisamos, o modelo tem dois pontos que 67 sinalizam que ele possa ser melhorado: 1 - Profit per bar MUITO acima do buy and hold. 2 - Isso associado a uma rentabilidade não tão acima do buy and hold. Isso pode ser pelo fato de termos colocado um alvo muito curto. A média de 5 aritmética logo acima pode não ser a melhor média para fecharmos nosso trade. Vamos testar esse mesmo modelo com uma média de 5 MÁXIMAS. 1 - Compra no fechamento do candle que levou o IFR 2 abaixo de 5. 2 - Vende no fechamento do candle que fechar acima da média das últimas 5 máximas. Ah, sim, veja como nossa rentabilidade subiu e nosso nível de acerto não caiu muito. Perceba como o profit per bar ficou mais sossegado. 68 Agora estamos otimizando o modelo. As ferramentas me parecem mais harmônicas. Mas vamos comparar os Megan Ratios para perceber se houve melhora na média de retorno por trade. Aqui vemos o Megan Ratio do sistema usando a média de 5 fechamentos para fechar a posição: Aqui vemos o Megan Ratio para o sistema usando a média de 5 máximas: Sim, a mudança beneficiou o modelo. Mas, podemos pensar talvez em uma média mais longa? A média de 9 períodos obteve retornos melhores. 69 Ótimo nível de acerto. Boa rentabilidade. Ferramentas de recuperação, lucro e payoff muito boas. Drawdown contido. Megan Ratio maior que o modelo com média de 5. Assim sendo, no período testado, a ideia de vender quando fecha acima da 70 média de 9 demonstrou-se mais interessante para esse tipo de setup. Usando esse modelo em dez anos, teríamos tido prejuízo em apenas 9 dos 68 ativos do Ibovespa. Ah, sim, o autor preconizou originalmente também que somente operações fossem feitas se os preços estivessem acima da média de 200 períodos. Os testes anteriores não tinham esse critério a mais. Vejamos com essa nova regra: 1 - Compra no fechamento do candle que levar o IFR 2 para abaixo de 5, somente se preços acima da média de 200. 2 - Vende no fechamento do candle que fechar acima da média de 5 fechamentos. Houve uma melhora no nível de acerto. 71 O Megan Ratio piorou. Logo, se por um lado nos pareceu que acertaríamos mais, com o filtro da média de 200, o Megan Ratio nos diz que isso piorou a média geométrica de retornos médios por trade. Sendo, portanto, uma regra que em si não beneficia o sistema. E se nós usássemos como filtro a posição dos preços acima de uma média mais curta? Provavelmente ia aumentar nosso nível de acerto, mas diminuir radicalmente nosso número de sinais. Vejamos com essa nova regra: 1- Compra no fechamento do candle que levar o IFR 2 para abaixo de 5, somente se os preços estiverem acima da média de 20. 2- Vende no fechamento do candle que fechar acima da média de 5 fechamentos. 72 Note como o número de sinais caiu muito. Porém, perceba que os sinais têm maior nível de acerto. Drawdown baixíssimo. Apesar de a mudança ter produzido uma piora do resultado financeiro, o Megan Ratio melhorou fortemente. Essa seria a forma de um trader que quer acertar mais e não gosta de errar trades. 73 SETUP 60 IFR 2 acumulado Autor: Connors, Larry e Alvarez, “Short term strategies that work”. Trading Markets, 2009. Descrição: 1 - Preços acima da média de 200. 2 - Some o valor dos dois últimos IFR 2. Quando esse valor somar menos que 35, compra no fechamento do segundo dia. 3 - Vender quando o IFR 2 estiver acima de 65. O autor coloca o modelo como tendo baixo nível de sinais, com média de ganho por trade de 1,26%, média de acerto de 88% e média de tempo de trade de 3,7 dias. 75 SETUP 61 IFR 2 com saída rápida Autor: Connors, Larry e Alvarez, “Short term strategies that work”. Trading Markets, 2009 Descrição: 1 - Compra com preços acima da média de 200 dias no fechamento que tiver IFR 2 abaixo de 5. 2 - Venda no fechamento do candle que o IFR 2 for para acima de 65. Validação diária: Em tempo, já tínhamos visto que a colocação feita pelo autor de operar apenas com os preços acima da média de 200 dias era deletéria ao modelo. Vejamos aqui novamente: 76 Baixo numero de sinais e acerto médio. Ferramentas fracas Vamos agora retirar a média de 200 como filtro. Iremos comprar todo o fechamento de candle que tiver IFR 2 abaixo de 5 e vender quando o IFR 2 for para acima de 65. 77 Subiu rentabilidade, profit e acerto interessantes. Recovery subiu muito, o que é altamente favorável. Esse modelo NÃO tem estope loss automático. A Megan Ratio nos afirma que a modificação aumentou a média geométrica de retornos sobre trades. 79 SETUP 62 IFR 2 piramidado Autor: Knapp, Volker, “RSI scale-out system. Scaling out of trades based on indicator readings rather than price levels”. Active Trader Magazine, 2010. Esse modelo usa o IFR e seu nível para ir escalonando a saída do trade. Descrição: 1 - Compro na abertura do dia seguinte ao dia que o IFR de 14 desceu para abaixo de 30. Modelo adaptativo. 80 Validação diária: Bom número de acertos. Ferramentas medianas. 81 SETUP 63 IFR 2 com saída rápida Autor: Connors, Larry e Alvarez, “Improved rsi2”. Active Trader Magazine, julho, 2010. Uma tática interessante que usa o IFR 2. Descrição para compra: 1 - Ibovespa acima da média de 200 dias. 2 - IFR 2 abaixo de 65. 3 - Compra no fechamento do terceiro dia consecutivo que o IFR 2 estiver caindo. 4 - Vende posição na abertura do dia seguinte ao que o IFR 2 estiver acima de 75. Descrição para venda: 1 - IBOV abaixo da média de 200. 2 - IFR 2 acima de 35. 82 3 - Vende no fechamento do terceiro dia consecutivo de subida do IFR 2. 4 - Fecha venda na abertura da barra seguinte ao dia que o IFR 2 fechar abaixo de 25. É um modelo que procura capturar recuos dentro de tendências de alta e vender repiques dentro de tendências de baixa. 83 SETUP 64 Oscilador supremo Autor: Knaap, Volker, “Oscillator pullback system”. Active Magazine Trader, may 2010 O modelo tenta capturar todo o recuo que ocorrer durante as fortes tendências do mercado, sejam de alta ou de baixa. Descrição: 1 - Compra abertura assim que o IFR 2 descer abaixo de 30, após ter passado oito ou mais dias acima do nível de 70. 2 - Vende no dia seguinte que o IFR 2 subir acima de 70. 4 - Fecha venda quando o IFR 2 descer abaixo de 30. Esperamos um modelo com sinais bem confiáveis e em média quantidade. 84 Validação diária: Gostei do profit factor e do nível de acerto. Note que aqui temos aquele tipo de modelo que poderia ser melhorado para beneficiar a rentabilidade. Note que os sinais de venda foram MUITO bons também. Eu colocaria a recompra com o IFR 2 abaixo de 20. As ferramentas ótimas e drawdown perfeito. A forma como eu tentaria melhorar a rentabilidade do modelo seria, ao invés de vender no dia seguinte à subida do IFR 2 acima de 70, eu venderia no dia seguinte à subida do IFR 2 acima de 80. Essas duas mexidas devem diminuir levemente o nível de acerto, aumentar fortemente a rentabilidade. Diminuir o profit factor, melhorar o recovery factor e o payoff. 85 SETUP 65 IFR 2 sem filtro Autor: Alexandre Wolwacz Filosofia: Iremos trabalhar em cima de mercados sobrevendidos, operando esse repique, porém, tentando capturar parte do movimento de tendência. Descrição: 1 - Com preços acima da média de 49 períodos exponencial. 2 - IFR 2 abaixo de 5, compra no fechamento. 3 - Estope loss no ATR de 1 com 1,30 de desvio. 4 - Vende metade da posição no primeiro candle no lucro. 5 - Vende outra metade quando a média de 5 períodos exponencial virar para baixo e a mínima do candle que produziu isso for perdida. Esperamos para esse modelo um elevado nível de acerto.Um profit per bar interessante. Como esse modelo tem ferramentas de realizar lucro tanto 86 de volatilidade quanto de tendência, esperamos uma composição média interessante. O ponto fraco deste método fica provavelmente no baixo número de sinais. Vamos isolar as duas saídas e verificar a função de cada uma delas. PRIMEIRO Descrição: 1 - Com preços acima da média de 49 períodos exponencial. 2 - IFR 2 abaixo de 5, compra no fechamento. 3 - Estope loss no ATR de 1 com 1,30 de desvio. 4 - Vende toda a posição no primeiro candle no lucro. Podemos ver cerca de 10 sinais por ano, bom nível de acerto e profit per bar médio na PETR4 no período. Em muitos outros ativos do Ibovespa, identificamos 87 profit per bar acima do buy and hold, e o nível de acerto médio ficou também em torno de 76% dos trades. Das ferramentas, vemos obviamente um payoff baixo e uma recuperação fraca. Notamos um drawdown muito baixo. Validação do modelo no semanal: 88 Melhoramos muito o profit per bar. Note o bom nível de acerto. Baixo número de sinais. O melhor de tudo foi o baixo drawdown. O profit factor disparou e o payoff também. Nitidamente, superior no semanal. Bom, mas e se retirássemos o filtro da média de 49? Já que aqui não estamos usando o componente de metade da posição sendo conduzida como tendência, então não precisamos da média de 49, visto que iremos operar somente o repique. Descrição: 1 - IFR 2 abaixo de 5, compra no fechamento. 2 - Estope loss no ATR de 1 com 1,30 de desvio. 3 - Vende metade da posição no primeiro candle no lucro. 89 Validação no diário: Melhoramos muito o profit per bar e o nível de acerto. Aumentou o número de sinais sem a média de 49. As ferramentas ainda estão aquém do que queremos. Temos um payoff baixo, recovery e profit fracos. 90 A melhoria na média geométrica de retornos indica que foi válida a proposição de retirada da média de 49 para esse modelo. Validação no semanal: Melhora no profit importante. Note como o drawdown segue baixo. As ferramentas no semanal são muito interessantes. 91 Sim, podemos ver que, para esse modelo, sem a média de 49 os resultados foram melhores. Podemos também notar que no semanal o modelo evolui melhor que no diário. Muito bem, vejamos como o componente de tendência se saiu isoladamente: Descrição: 1 - Com preços acima da média de 49 períodos exponencial. 2 - IFR 2 abaixo de 5, compra no fechamento. 3 - Estope loss no ATR de 1 com 1,30 de desvio. 4 - Vende toda a posição na perda da mínima do candle que fez a média de 5 exponencial virar para baixo. Validação diária: Caiu o nível de acerto. Baixo número de sinais devido à média de 49. 92 Baixo drawdown. Melhoria discreta. Validação no semanal: Ótimo profit per bar. Bom nível de acerto. 93 Ferramentas impecáveis. Observe o baixo drawdown. Um ótimo Megan Ratio. Vamos trabalhar, agora, esse modelo sem a média de 49? Esperamos com isso aumentar nosso número de sinais. Vejamos como nosso modelo desempenha-se sem o filtro da média de 49 exponencial. Validação diário: Note que nosso número de sinais aumentou. 94 Observe que nosso nível de acerto se manteve estável. Houve sensível melhora nas ferramentas desenhadas. O Megan Ratio demonstra melhora do modelo com a retirada do filtro para gráfico diário. Validação semanal: Observamos no semanal uma piora do profit e no nível de acerto. 95 Tivemos piora das ferramentas de diagnóstico. Megan Ratio piorou. Podemos ver então, dessa forma, que o filtro da média de 49 dias é importante para gráficos semanais e menos importante para gráficos diários. A união dos dois modelos de saída na venda de metade do trade no primeiro candle no lucro e a outra metade quando a média de 5 exponencial virar para baixo traduz a ideia de um sistema misto, que permita sair precocemente do risco através de uma saída por volatilidade e, ao mesmo tempo, aproveitar os movimentos de tendência. O leitor que observou melhor o desempenho na média móvel de 9 aritmética para marcar saída já deve ter antecipado a seguinte ideia: Se a saída com a média exponencial de 5 foi boa, pode ser melhor com a média ARITMÉTICA de 5. 1 - Com preços acima da média de 49 períodos exponencial. 2 - IFR 2 abaixo de 5, compra no fechamento. 3 - Estope loss no ATR de 1 com 1,30 de desvio. 4 - Vende toda a posição na perda da mínima do candle que fez a média de 5 ARITMÉTICA virar para baixo. 96 Validação diário PETR4: Melhorou bastante. Também melhoraram. Sim, definitivamente a média aritmética evoluiu melhor no encerramento da posição. Nos 60 minutos, o modelo precisa ter um alvo fixo para saída. No caso, o alvo que uso para saída é a amplitude do risco assumido para cima, para venda de metade da posição e a outra metade três vezes a amplitude do candle comprado para cima. 97 Filosofia: Já identificado que o sinal de entrada com IFR 2 sobrevendido é altamente efetivo, resta-nos saber a forma mais interessante de conduzir a operação no estilo trend-following. Será que algum modelo de condução consegue ser bem superior à média de 5 exponencial? Já vimos que a 5 aritmética é melhor. Descrição: 1 - Com preços acima da média de 49 períodos exponencial. 2 - IFR 2 abaixo de 5, compra no fechamento. 3 - Estope loss no ATR de 1 com 1,30 de desvio. Ou seja, iremos abrir a posição e só fecharemos pelo estope móvel do ATR de 1 com 1,30 de desvio. SETUP 66 IFR 2 sem filtro modificado Autor: Alexandre Wolwacz 98 Validação diária: Gostei. Diminui o nível de acerto, porém o profit ficou bem interessante. O drawdown ficou baixíssimo e as ferramentas muito interessantes. Validação no semanal: 99 Sexy. Profit per bar muito alto. Apenas 4 trades. Para melhorar o sistema, somente se tivéssemos um maior número de sinais. O fato de termos um profit per bar tão elevado, com rentabilidade não tão alta, levanta nossa orelha para tentarmos “otimizar” o modelo. 100 Esse é o desempenho médio de todos os ativos do Ibovespa nesses dez anos. Observe a excelente média nas ferramentas e o nível de drawdown muito baixo no modelo. Como poderíamos melhorar o sistema? Minha primeira impressão seria alongando o estope. A segunda tentativa seria colocando um alvo fixo para vender depois que subiu. Vamos passar nosso estope para 1 de período com 1,61 de desvio? 101 Rentabilidade caiu, profit per bar diminuiu e nível de acerto recuou. Uma relativa piora nas ferramentas de diagnóstico. O Megan Ratio SUBIU, o que indica que, apesar da nossa análise inicial de que esse estope mais longo tinha sido prejudicial, na média geométrica, usando um estope mais longo, o retorno por operação foi melhor. Validação no semanal: 102 Queda na rentabilidade no semanal. Queda no nível de acerto. Aumento do drawdown. Piora das ferramentas. Piora do Megan Ratio. 103 Podemos ver que, no diário, deixar o estope mais LONGO foi favorável ao sistema. Ao mesmo tempo, o estope mais longo foi desfavorável para o mesmo sistema no prazo semanal. No prazo semanal, o estope ATR com 1 período e com 1,10 de desvio teve melhor desempenho. No diário, o estope ATR com 1 período e 1,61 de desvio teve o melhor desempenho. Concluímos, também, que a rentabilidade desse modelo é limitada, não pelo estope equivocado, mas sim pela baixa quantidade de sinais que o modelo gera. Nós temos duas maneiras de aumentar a quantidade de sinais aqui: 1 - Subindo o nível de sobrevendido do preço de 5 para 10, por exemplo. 2 - Retirando o filtro de preços acima da média de 49. Descrição: 1 - Com preços acima da média de 49 períodos exponencial. 2 - IFR 2 abaixo de 10 (DEZ), compra no fechamento. 3 - Estope loss no ATR de 1 com 1,61 de desvio (visto que já vimos ser melhor esse estope no diário). 104 Validação diário: O maior número de sinais observados melhorou bastante a rentabilidade obtida. Ferramentas bem, drawdown subiu um poucoa mais do que eu gostaria. Para validar no semanal, iremos fazer assim: 105 Descrição: 1 - Com preços acima da média de 49 períodos exponencial. 2 - IFR 2 abaixo de 10 (DEZ), compra no fechamento. 3 - Estope loss no ATR de 1 com 1,3 de desvio (visto que já vimos ser melhor esse estope no semanal). O maior número de sinais trouxe maior rentabilidade. Drawdown BEM baixo e ferramentas muito interessantes. 106 Vamos agora realizar a segunda tentativa para aumentar nosso número de sinais oferecidos. Vamos remover a média de 49 como filtro. Validação do modelo no semanal: Note como dobramos a quantidade de sinais obtida. E veja como isso repercutiu de forma importante. Compramos o fechamento do candle que levou o IFR 2 para abaixo de 10. Estope no ATR de 1 período com 1,3 de desvio. 107 Observe ferramentas harmônicas. Validação diária: Observe a forte melhoria na rentabilidade auferida pelo maior número de sinais, sem o filtro da média de 49. 108 Drawdown subiu bastante pelo estope mais longo. 109 SETUP 67 IFR 2 com filtro Autor: Alexandre Wolwacz Aqui, eu basicamente procurei uma forma de aumentar a quantidade de sinais gerados pelo modelo prévio, para potencializar a rentabilidade. Para isso, incluí uma média móvel dentro do IFR. 1 - Compra com preços acima da média de 49. 2 - Compra na superação da máxima do candle que fizer o IFR 2 ir para acima da média de 28 períodos do IFR. 3 - Estope na mínima do candle que teve sua máxima superada. 4 - Vende metade da posição no primeiro candle que der lucro. 5 - Vende a segunda metade da posição quando a média móvel de 5 111 SETUP 68 IFR - média aritmética virar para baixo. Um modelo de intradia a ser utilizado no gráfico de 15 minutos. 1 - IFR de 14 com média de 13. Ponto de compra na abertura do candle imediatamente seguinte após o candle que fez o IFR de 14 ir para acima da média de 13. 2 - Estope na mínima do candle que produziu o sinal. 3 - Conduz a operação aberta até que: 1) o IFR de 14 desça para abaixo da média, ou 2) o SAR suba para acima dos preços, ou 3) leilão de fechamento do dia. Esse modelo é um trend following de intradia. 112 Portanto, tem baixo nível de acerto; porém, nos dias que acerta o movimento, confere enorme lucro ao trader. 113 SETUP 69 IFR - média modificado 1 - Executamos a entrada na superação da máxima do candle que fizer o IFR de 14 subir acima da média de 13 do IFR. 2 - Executamos a venda no fechamento do candle que levar o IFR de 14 para abaixo da sua média de 13. Um modelo bastante simples, bem objetivo, prático e direto. O modelo usa o IFR associado a outros indicadores para localizar pontos de reversão. 115 SETUP 70 Cambridge Hook Autor: Elias Crim, “Are you watching the ‘Right’ signals?”. Futures, june 1985. Descrição para ponta vendida: 1 - Esperar um outside day (uma máxima mais alta que o candle prévio, com fechamento abaixo do candle prévio). 2 - IFR 14 acima de 60. 3 - Volume crescendo nos últimos dois dias (maior que 10% da média de 21 dias). 4 - Vende na perda da mínima do outside day. 5 - Estope 10% acima do ponto de venda. O modelo não tem ponto de recompra indicado. Para poder quantificar o resultado, incluo como alvo 6% de lucro no trade. Alvo curto, e espero ter elevado nível de acerto. 116 Interessante. 100% de acerto sempre chama a atenção. Mas notem apenas 7 trades em dez anos. A relação de risco/benefício é ruim nesse modelo, só compensada pelo elevado acerto mesmo. 117 Validação das vendas no semanal: Bom nível de acerto, número de sinais baixíssimo. Tivemos 15 ativos dos 68 ativos do Ibovespa em que o modelo teve 100% de acerto. Claro, alvo curto é assim mesmo. O grande problema desse sistema é a baixíssima quantidade de sinais. O leitor pode pensar: bom, mas de repente esse resultado foi apenas por causa do outside day de baixa! 118 Então, removemos o IFR de 14 como filtro e o volume. Executando as posições apenas nos outsides days diário, PETR4: Aumentamos o número de sinais. Definitivamente NÃO podemos operar apenas o outside day. Precisamos do IFR como filtro. Descrição para compra: 1 - Esperar um outside day de compra (uma mínima mais baixa que o candle prévio com um fechamento acima do prévio). 2 - IFR 14 abaixo de 40. 119 3 - Volume crescendo nos últimos dois dias (maior em 10% que a média dos últimos 21 dias). 4 - Compra na superação da máxima do outside day. 5 - Estope 10% abaixo do ponto de entrada. 6 - Alvo 6% acima do ponto de compra. Bom nível de acerto, mas péssimo número de sinais. 121 SETUP 71 Rompimento de canal com filtro de IFR 14 Nós vimos no livro de setups puros um modelo que permitia trabalhar a compra da superação da máxima dos três últimos dias, com um estope na mínima dos últimos 15 dias. Vamos refinar esse modelo. Descrição: 1 - Compra a superação da máxima dos últimos 3 candles. 2 - Desde que IFR de 14 abaixo de 40. 3 - Estope pela mínima dos últimos 15 candles e subindo a cada nova mínima. Esse é um modelo seguidor de tendência. Portanto, um modelo que claramente pode ter nível de acerto baixo. 122 Validação diária: Notamos um ótimo profit factor. Nível de acerto médio. Ferramentas boas. Preocupa-me um pouco o drawdown. Se não tivéssemos usado o IFR de 14 abaixo de 40 como filtro, o resultado teria sido: 123 Bem inferior. Então, um trader mais apressado poderia dizer: ótimo, só irei assumir a posição na superação da máxima dos últimos 3 candles, se o IFR de 14 estiver abaixo de 40, porque isso é melhor. Bem, é verdade. Mas os osciladores têm uma característica única. Quando o IFR fica muito tempo na zona de sobrecomprado, isso traduz um mercado em forte tendência de alta. 124 Portanto, poderíamos inverter a posição. 1 - Compra quando superar a máxima dos últimos 3 candles 2 - Somente se IFR 14 estiver ACIMA DE 60. 3 - Estope na mínima dos últimos 15 candles. Isso porque nesse cenário estaríamos assumindo a compra direcional, teoricamente, em um mercado em forte tendência de alta. Note a importante melhora obtida. Veja como o recovery factor ficou MUITO bom. O drawdown baixíssimo. 125 Eis o mistério dos osciladores. Eles indicam sobrecomprado e sobrevendido. Mas, em algumas vezes, é melhor comprar estando sobrecomprado, pois isso deve ser traduzido como mercado forte em alguns momentos. 127 SETUP 72 IFR invertido por Fisher Autor: John Ehlers O autor aqui usa uma forma de transformação de Fisher invertida no indicador do IFR. Uma vez obtendo o IFR transformado Fisher invertido, ele define níveis para executar a entrada quando o indicador cruzar para cima e para vender quando cruzar abaixo. Os parâmetros utilizados pelo autor foram: IFR de 5. Média de 9. 1 - Compra no fechamento do candle que fizer o IFR transformado ir para acima de -0,5. 2 - Venda no fechamento do candle que fizer o IFR transformado para abaixo de 0,5. 128 Modelo bem objetivo. Interessante. Bom número de sinais médio. Boas ferramentas. Essa não é uma ferramenta que se encontra facilmente nos atuais softwares no Brasil. No semanal: 129 Médio. Poucos sinais. 131 SETUP 73 Estocástico lento Autor: George Lane O grupo de osciladores que recebe o nome de estocásticos foi criado por um trader chamado George Lane. Também buscam identificar zonas de sobrecomprado e sobrevendido. 1 - Sinal de compra quando a %K sobe acima da %D. 2 - Sinal de saída da posição quando a %K desce abaixo de %D. 3 - Parâmetros de 14 com 3 de média. 132 Validação diária: Alto número de sinais, com baixo nível de acerto. Ferramentas ruins. O modelo não se sustenta no diário. 133 Semanal: Ficou interessante no semanal Podemos melhorar o modelo usando os sinais de entrada apenas se estivermos nas regiões de sobrevendido? Então, iremos executar a compra somente se o cruzamento da %K para acimada %D ocorrer abaixo de 30. E venderemos quando o cruzamento da %K para abaixo da %D ocorrer acima de 70. 134 Validação diário: Pouquíssimos sinais, mas bastante confiáveis. Um modelo com tão poucos sinais no diário, no semanal não oferece sinal de entrada suficiente. 135 SETUP 74 Estocástico lento sobre- vendido superando a máxima do último dia Autor: George Lane Assim que a linha %K do estocástico lento descer para abaixo de 20, iremos marcando a máxima de cada candle até que essa máxima seja superada. Somente quando o %K estocástico lento subir acima de 80, iremos trazer estope pela mínima de cada candle. 136 Validação diário: Múltiplas operações abertas. Bom nível de acerto. Bom, mas esse é um modelo difícil de ser trabalhado, já que não temos estope loss inicial. Se tentarmos alocar algum estope, a possibilidade de piora do modelo cresce muito. Vamos colocar um estope pelo ATR com dois períodos e 1,5 de desvio. 137 Melhorou bastante o profit per bar. 138 Validação no semanal: Sem estope ATR. Ótimo profit per bar. Ótimo nível de acerto. Ferramentas ótimas. Validação no semanal com estope ATR. 139 Interessante. Boa diminuição no drawdown. Por essa diminuição, eu diria que a medida de um estope ATR foi saudável. Porém, ao analisar o Megan Ratio... ... Vemos que ele piorou. Vejamos o resultado das operações com uma única operação aberta por vez. 140 Bem interessante. Resumindo, vemos que a compra na superação da máxima do último candle, quando o estocástico migra para abaixo de 20, carregando estope pelo ATR de 2 períodos com 1,5 de desvio, e, quando o estocástico migrar para acima de 80, com estope pela mínima de cada candle, tem um resultado interessante na PETR4, tanto com múltiplas operações abertas quanto com apenas uma de cada vez. Claro, o modelo não bateu o buy and hold. Mas, também, esse modelo não apresentou o mesmo nível de risco que o buy and hold. Agregar o estope ATR ofereceu benefício no modelo quando se usou apenas 141 uma operação aberta por vez, tanto no diário quanto no semanal. O modelo teria tido prejuízo em 27 dos 68 ativos do Ibovespa. Muito bem. Sabemos que a linha %K é mais “rápida” que a linha %D. O que aconteceria se usássemos as entradas mais “lentas“ da %D? 142 143 SETUP 75 Estocástico lento %D Autor: George Lane Descrição: 1 - Assim que a linha %D descer abaixo de 20, marcamos máxima e vamos descendo até que ela seja superada. Neste momento, compramos. 2 - Assim que a linha %D subir acima de 80, marcamos a mínima e vamos subindo estope até sermos estopados. 144 Poucos sinais. Porém, com 100% de acerto. Otimo nível de acerto. São trades longos. Gostei do drawdown baixo. Com múltiplas operações abertas ao mesmo tempo: 145 Ótimo profit e nível de acerto ainda muito bom. Em 20 ativos do Ibovespa, teríamos tido nível de acerto acima de 85%. Dois aspectos me deixam preocupado com o modelo. Primeiro baixo nível de sinais. Segundo sem estope loss inicial. Se tentar colocar qualquer tipo de estope móvel ou fixo, irá diminuir o nível de acerto e encurtar o tempo dos trades. Mas talvez com isso eu consiga diminuir o drawdown. 146 Validação no semanal: Uma operação aberta por vez. Ruim. Vejamos, abaixo, com múltiplas operações abertas ao mesmo tempo. 147 Nossa, mudou muito o cenário. Bom, mas eu sigo nervoso com o drawdown. Vamos executar a compra no ponto indicado e vamos usar um estope móvel na mínima dos últimos 15 dias. Descrição: 1 - Compra na superação da máxima do candle que fizer a linha %D ir para abaixo de 20. 2 - Vende na perda da mínima dos últimos 15 candles com o estope móvel. 3 - Uma única operação aberta por vez. Validação diário: 148 Diminuiu a rentabilidade, mas subiu nosso profit per bar. Ah, e olhe o drawdown bem confortável. No semanal, esse modelo teria sido péssimo, pois o estope na mínima das últimas 15 semanas não é um bom estope móvel. 149 SETUP 76 Entrada na cruzada dos limites 1 - Compramos o fechamento do candle que fizer a linha %K subir da zona de sobrevendido, cruzando para acima de 20. 2 - Vendemos o fechamento do candle que fizer a linha %D cruzar para abaixo de 80. 150 Bom profirt per bar. Bom nível de acerto. Poucos sinais. Drawdown alto. Validação no semanal: 151 Bom nível de acerto, pouquíssimos trades. Validação 60 minutos PETR4: 152 Profit per bar ruim. Nível de acerto ruim. Baixo nível de recuperação do modelo. 153 SETUP 77 Mínima dos últimos dias com divergência 1 - Iremos executar a entrada no fechamento do dia que tiver feito a mínima dos últimos dois dias e neste mesmo dia tenha virado a %K para cima. 2 - Iremos fechar essa posição quando a %D cruzar para abaixo de 80. Um modelo que usa a ideia de divergência dos preços em relação ao indicador. 154 Validação diária: Observamos poucos sinais em dez anos no diário. Porém, bem confiáveis. Drawdown elevado. No semanal: 155 Quantidade de trades ainda menor. Não gostei. Podemos modificar a forma de saída desse setup. 1 - Iremos executar a entrada no fechamento do dia que tiver feito a mínima dos últimos dois dias e neste mesmo dia tenha virado a %K para cima. 2 - Fechamos a posição pelo estope ATR de dois períodos com 1,5 de desvio. 156 Validação diária: Bem interessante. Vejamos como ficou nosso drawdown. Ferramentas muito harmônicas. Gosto disso. Validação no semanal: 157 Profit e nível de acerto interessantes. 159 SETUP 78 Kane`s %K hooks DAY TRADE Autor: Steve Kane – Seminar, “Browns technical analysis conference – Austin”. 1- Determinar tendência do gráfico de 1 hora. Só operar quando tiver feito máximas mais altas ou mínimas mais baixas nas duas últimas barras. 2- Sinais de entrada serão dados no 5 minutos com estocástico lento de 12 períodos. 3- Se em alta, procure sinais de compra. 4- Se em baixa, procure sinais de venda. 5- Sinal de compra (5 minutos) – Comprar quando %K for abaixo de 20 e virar para cima. 6- Estope inicial de 100 pontos (se operando ações, sugiro usar a mínima do candle anterior ao que foi comprado). 7- Quando o trade tiver evoluído 100 pontos a nosso favor, elevamos estope para empate OU realizamos metade da posição. 160 8- Termina toda a posição quando a linha %K for para acima de 80 e virar para baixo. 9- O sinal de venda é inverso. 10- Iremos procurar os sinais de venda no 5 minutos somente se o gráfico de hora tiver feito a mínima mais baixa nas duas últimas horas. 11- No 5 minutos. Esperaremos %K ir para acima de 80 e virar para baixo. Entramos na venda nesse momento. 12- Estope 100 pontos acima (se for ações na máxima do candle imediatamente anterior à venda realizada). 13- Com 100 pontos de lucro na venda, fechamos metade da posição ou abaixamos nosso estope de recompra para o empate. 14- Recompramos tudo quando o %K recuar abaixo de 20 e virar para cima. O autor destaca que se o sinal de compra for precedido de divergências altistas, teremos movimentos mais amplos. O autor também afirma que, se ocorrer um movimento muito amplo e rápido logo após a entrada com mais de 100 pontos para o S&P, deve-se zerar a posição imediata para aproveitar o lucro. 100 pontos para o nosso futuro considera-se pouco. Acredito que, para nosso futuro, um movimento rápido de 300 pontos poderia oferecer a saída. Eu gosto muito desse setup, pois ele compra um recuo dentro de uma tendência de alta. Algo que eu gosto bastante. 161 Vemos o gráfico do futuro em alta no 60 minutos, com máximas ascendentes, no dia 08/11. Entramos no 5 minutos, com estocástico lento de 12 períodos. 162 Pelo modelo, teríamos feito três trades na compra, assinalados nas setas de baixo. Note que o primeiro momento em que a linha %K encostou abaixo de 20 e virou para cima, ocorreu na primeira hora do dia, esse trade não foi executado, pois naquela hora o gráfico de 60não estava em alta. O primeiro trade do dia terminou com lucro. O segundo trade do dia foi estopado (a queda após o ponto de entrada foi de 120 pontos). Um estope de 150 teria evitado o acionamento desse prejuízo. O trade seguinte terminou na última hora do dia. O modelo é interessante, gera trades com amplitude curta, algo em torno de 200 pontos. Se tiver um nível de acerto maior que 50%, teremos rentabilidade favorável. Parece-me muito importante nesse modelo a correta definição da tendência do gráfico de 60 minutos. O critério usado pelo autor é interessante. O ativo precisa ter feito uma máxima mais alta que as prévias nas últimas duas horas, para que as entradas possam ser procuradas. Outros critérios de alta poderiam ser definidos pelos amigos. Exemplo: 1- Média móvel de 21 subindo no 60 minutos. 2- Linha %K acima da %D. 3- Preços acima da média de 9. 4- Média de 9 subindo. 5- Topos e fundos ascendentes. 163 Enfim, a forma como o trader irá definir sua tendência de alta é muito importante. Será que esse modelo poderia ser implementado para um swing trade baseado no gráfico de 60 minutos para ações? Sim. Com elevado nível de acerto e boa rentabilidade. Se usarmos exatamente os critérios definidos pelo autor. Podemos fazer um teste com os critérios ligeiramente modificados. Pegamos a média de 20 semanas subindo como critério de definição de alta. Vamos comprar o fechamento do candle que fizer a linha %K virar para cima, estando ela abaixo de 20. Venderemos quando a linha %K virar para baixo, estando ela acima de 80. O nível de acerto foi muito bom. O profit foi médio. O drawdown foi horrível. Até porque não coloquei estope no modelo. Se colocássemos um estope loss inicial, iríamos perder o nível de acerto. E provavelmente, perder rentabilidade. Acredito que o modelo de alta definido pelo autor é mais pertinente a esse sistema, pois ele mais implica a identificação de uma alta de prazo mais curto. 165 SETUP 79 Um minuto estocástico Autor: Humphrey Chang DAY TRADE. 1- Gráficos de 1 minuto. Estocástico de 21 períodos. 2- Sinais só serão operados na primeira hora do dia. 3- Observar a abertura, esperar que as duas linhas tenham ido para um dos extremos do estocástico. Ou acima de 80 ou abaixo de 20. 4- Após irem para acima de 80, assim que ocorrer o cruzamento para abaixo de 80, procede-se a venda descoberta. Estope na máxima do dia. 5- Recompra posição vendida quando as duas linhas forem para abaixo de 20 e cruzar para cima de volta. 6- Sinal de compra: dado quando as duas linhas do estocástico estiverem na primeira hora abaixo de 20 e cruzarem para cima. 7- Estope na mínima do dia. Vende posição quando as duas linhas forem para acima de 80 e cruzarem de volta. 8- Só assume os sinais dentro da primeira hora do pregão. 166 Esse é um modelo de trade muito rápido. O trader precisa ter mente e reflexos altamente velozes, conexões rápidas e atuar de forma bem agressiva. Olhe os dois trades na VALE. Abre venda, depois recompra e encerra posição. Os alvos desse modelo ficam em média entre 0,65% e 0,85%. 167 SETUP 80 Divergências no IFR de 6 Autor: Le Beauf, “Day trading systems and methods”. Descrição: 1- Gráfico de 30 minutos, com IFR de 6 períodos. 2- Sinal de venda: procure um padrão de divergência baixista que o primeiro topo do indicador esteja acima de 80 (lembre que divergência baixista é preços do ativo com topos mais altos e indicador com topos mais baixos). Estope na máxima do dia. 3- Quando localizar essa divergência, venda ocorre no fechamento do primeiro candle de 30 minutos que for à direção da divergência (no caso, primeiro candle de baixa visualizado após ter a divergência baixista presente).. 4- Recompra no fechamento do dia. 5- Sinal de compra: procure divergência altista no IFR, com o primeiro fundo abaixo de 20. Compra o fechamento do primeiro candle de alta após visualizada a divergência. Estope na mínima do dia até o momento. 6- Vende toda posição no fechamento do dia. 168 Esse modelo de day trade não gera trade todos os dias, porém os trades gerados apresentam um ótimo nível de acerto. Se agregarmos as operações a um modelo de definição de tendência de prazo mais longo, estaremos melhorando o desempenho. Nesse caso, operando os sinais de compra apenas se a tendência do diário for de alta. Podemos ver no gráfico acima uma divergência baixista, em que o primeiro topo do indicador foi feito acima de 80. O segundo topo, abaixo. O primeiro fechamento de 30 minutos que foi de queda abre a venda. Recompra no final do dia. Temos um exemplo de trade seguindo o modelo com uma divergência altista. Entrada na primeira meia hora que foi a favor da divergência. O autor refere que esse modelo pode ser operado em outros prazos, não especificando a forma de saída para prazos diários ou semanais. 169 Digamos que usássemos esse modelo para comprar no diário, esperando uma divergência de alta ou de baixa, conforme o explicado, executando a entrada no primeiro dia que fechasse a favor da divergência, com estope na mínima ou máxima desse dia e fechamento no final do mês. Olhamos o diário da VALE, e vemos a divergência de alta ocorrendo. Compramos o fechamento do dia que vai a favor da divergência. Estope nessa mínima. Alvo no final do mês saiu do papel. O problema é que esse modelo para o diário irá gerar pouquíssimos trades. Mas, como esse é um modelo que tem em princípio elevado nível de acerto, pode ser usado em múltiplos ativos, para aumentar a quantidade de sinais trabalhados. 171 SETUP 81 Divergência no estocástico Autor: Le Beauf, “Day trading systems and methods”. O autor apresenta um setup interessante para futures e moedas. 1- Medir a força da tendência do diário pelo ADX de 18 dias. Se o ADX está subindo, traduz tendência forte e operamos os sinais apenas a favor desta tendência. Se o ADX está caindo, podemos operar os sinais nas duas pontas. 2- Cheque a direção da tendência do gráfico de 30 minutos com um estocástico lento. 3- Coloque um gráfico de 3 minutos com estocástico lento de 21 períodos. 4- Procure por divergências, que o primeiro fundo do indicador esteja abaixo de 20 ou o primeiro topo acima de 80. 5- Sinal de compra: na superação da máxima do candle que sinalizou a divergência de alta no 3 minutos, com estope na mínima da perna de baixa. Vende toda posição no fechamento ou se sinal contrário de venda ocorrer. 6- Sinal de venda: na perda da mínima do candle de 3 minutos que confirmar divergência de baixa, com o primeiro topo do estocástico acima de 80. 172 O trade é acionado na superação da máxima do candle que confirmou a divergência e o fundo produzido. Ficaremos no trade até o final do dia ou até que uma divergência de baixa apareça. O autor coloca estope de 20 pontos no S&P. No caso de INDFUT, pelo que observe 150 pontos seriam o ideal. No caso de ações, o estope poderia ficar abaixo da mínima do candle que formou o segundo fundo da divergência. Ou o segundo topo, se for na venda. 173 175 SETUP 82 Key reversal e estocástico sobrevendido Autor:Le Beauf, “Day trading systems and methods”. O autor aqui associa a ferramenta key reversal com o estocástico sobrevendido ou sobrecomprado. Note que key reversal de fato é o sinal do dunningan de upswing ou downswing. Apenas revendo: Um key reversal para alta seria: 1- Um candle que faz a mínima dos últimos dias e fecha abaixo da prévia. 2- Candle seguinte faz mínima e máxima acima do candle anterior. Um key reversal para baixa: 1- Um candle que faz a máxima dos últimos dias e fecha acima da prévia. 2- Candle seguinte faz máxima e mínima abaixo do primeiro candle. 176 O setup, então, descrito pelo autor é: 1- Gráfico de 30 minutos, estocástico lento de 9. 2- Esperamos estocástico lento com linha de %D abaixo de 30 e, ao mesmo tempo, aparecer um keyreversal ou dunningan de alta. Nesse momento, compramos. estope na mínima do conjunto do key reversal. 3- Vende metade da posição quando o ativo subir a distância do nosso estope para cima, ou nesse momento traz estope para empate. 4- Se aparecer key reversal de baixa antes do final do dia, fecha o trade, senão leva o trade até o fechamento. 5- Para venda: esperamos um dunningan de baixa ocorrer com o estocástico lento acima de 80. Nesse momento procedemos a venda, com estope acima da máxima do conjunto. Leva a venda até final do dia. 6- Se esperarmos para termos ao mesmo momento key reversal + estocástico nos extremos + divergência, teremos maior nível de acerto e menor quantidade de sinais. Sinal de entrada ocorrendo com um dunningan de alta e estocástico lento abaixo de 30. 177 Sinal de venda ocorrendo no futuro, com dunningan de baixa e estocástico acima de 70. Esse modelo poderia ser aplicado no diário ou no semanal? Sim, mas não usaria esse modelo contra a tendência. Ou seja, se a tendência do diário for de alta, não assumiria os sinais de venda, apenas os de compra. Se a tendência for de baixa, assumiria apenas sinais de venda. Para isso, usaria a média de 20 inclinada para cima, somente sinais de compra. Inclinada para baixo, somente sinais de venda. 179 SETUP 83 Outside day invertido com filtro Larry Williams Autor: Larry Williams, “Long term secrets for short term trading”. O autor apresenta um modelo de operações de curtíssimo prazo que é bem interessante. Esse é um padrão puro, mas que pode ser refinado com o uso de um oscilador. 1- Assim que localizar um outside day de baixa no gráfico diário. 2- Executa compra na abertura do dia seguinte. O estope utilizado pelo Larry no livro é de U$2.000,00, o que para nós não nos ajuda muito. Podemos pensar em um estope usando ATR de 2 períodos com 1,5 de desvio. 3- Se a abertura do dia seguinte ocorrer abaixo do fechamento do outside day, isso sinaliza melhor entrada ainda. 4- Venda na primeira abertura no lucro. Esse é o modelo que ele apresenta. Eu colocaria mais um filtro. Executar a entrada somente se estocástico lento linha %D abaixo de 30. Isso irá diminuir fortemente o número de sinais, 180 porém aumentará muito o nível de acerto. Importante então perceber que, pelo desenhado, o outside day, que é um padrão baixista, terá um repique antes de proceder o recuo maior. Outside day assinalado, estocástico abaixo de 20, entra na abertura do dia seguinte. Vende na primeira abertura no lucro. 181 SETUP 84 Smashing days com filtro Autor:Larry Williams, “Long term secrets for short term trading”. Aqui o autor irá se valer do contrapé esperado do mercado. Assim sendo: Sinal de entrada: 1- Na compra: quando o ativo tiver conseguido fechar um dia abaixo da mínima do candle prévio. Compra na superação da máxima desse dia. 2- Estope na mínima. 3- Alvo de venda: 3.1) fecha posição apenas quando há sinal contrário para a venda ocorrer. 3.2) fecha venda no alvo fixo de duas vezes a amplitude do candle que teve sua máxima superada. 4- Na venda: quando o ativo tiver feito um candle que feche acima da máxima do candle prévio. No candle seguinte, ocorre a perda da mínima deste candle. 182 Vemos o modelo de entrada sendo acionado no início de abril. E o modelo de saída, em maio. Se tivéssemos utilizado a saída com alvo fixo, o sistema teria um nível de acerto muito maior, porém um payoff bem menor. O modelo que espera o sinal inverso ser dado para gerar a saída tem operações que duram muito mais tempo. O filtro que proponho no sistema é executar a compra somente se o sinal aparecer, e se o estocástico de 9 períodos linha %K estiver abaixo de 30. A operação de venda também só ocorreria se o estocástico lento %K estivesse acima de 70 no dia que fechou acima da máxima do prévio. Isso facilitaria a determinação do trade. Todo dia que fechasse acima da máxima do prévio com o estocástico lento acima de 70, eu marco a mínima deste como ponto de venda. 183 SETUP 85 The three bar high/low system modificado Autor: Larry Williams, “Long term secrets for short term trading”. O autor, em seu livro, apresenta um modelo de operar muito incomum. 1- Definir tendência do prazo imediatamente acima. 2- Sinais de compra: se tendência de alta, quando os preços encostarem-se à média de 3 mínimas. Vende quando os preços baterem na média de 3 máximas. 3- Sinais de venda: se tendência de baixa, vende quando os preços baterem na média de 3 máximas. Recompra quando baterem na média de 3 mínimas. É um modelo que surpreende por sua obviedade e simplicidade. A dificuldade reside na definição da tendência de alta, que pode ser pela direção da média de 20 ou pela posição dos preços em relação à média. Proponho, para tornar os sinais mais sensíveis, o uso do modelo associado ao estocástico lento de 9. 1- Sinais de compra: se estocástico lento %K abaixo de 20, quando os preços encostarem-se à média de 3 mínimas, executo a compra nesse preço. 184 2- Vende a posição comprada quando o estocástico lento %K estiver acima de 80 e os preços encostarem-se à média das últimas 3 máximas. Realizações parciais poderiam ser bem-vindas ao modelo. Poderíamos pensar em um estope loss inicial de 1 ATR abaixo do preço de entrada. Essa forma alterada de usar o modelo Three high do Williams tem se demonstrado muito interessante pela sua versatilidade operacional. Possui bom número de sinais e elevado nível de acerto. Esse modelo peca nas grandes tendências de alta em que teremos poucos sinais sendo apresentados, pois raramente veremos o estocástico ir para abaixo de 20 nessas situações. Mas existe uma forma de modificar isso. 1- Sinais de compra: se Estocástico lento de 21 períodos %K estiver acima da %D (isso denuncia movimentação de alta), quando os preços encostarem-se à média de 3 mínimas, executo a compra nesse preço, todas as vezes que bater na média de 3 mínimas. 2- Vende a posição comprada quando o estocástico lento %K estiver acima de 80, virar para baixo e perder a mínima do candle que fez isso. Com isso, durante as movimentações de alta, estaríamos comprando praticamente todos os recuos. 185 O modelo descrito por esses dois excepcionais traders consiste em: 1- Linha %K de 7 períodos. 2- Linha %D de 10 períodos Setup para compra: 1- Quando a linha %D virar para cima, irá definir direção de alta para mercado. 2- Esperamos a linha %K virar para cima, depois virar para baixo de novo e virar para cima, formando um pivot de alta na linha %K. Os autores chamam isso de gancho. A entrada na compra ocorre no fechamento do candle que produziu essa segunda virada. O modelo não antevê um alvo fixo. Porém, os autores relatam que esse é um trade curto que não deve durar mais de quatro dias após seu início. Dessa forma, podemos projetar 1,5 vezes a amplitude do candle que compramos para cima como um alvo fixo. Estope na mínima do candle que SETUP 86 Anti Autor: Laurence Connors e Linda Bradford, “ Street smarts”. 186 compramos. Fechamos o trade no final do quarto dia se não atingir nosso alvo fixo, nem nosso estope. O sinal de venda é exatamente o inverso. Temos uma entrada na venda sendo feita em agosto de 2010. Outra entrada na compra sendo feita em setembro, quando a linha %D (mais lenta) virou para cima e a linha %K formou seu gancho. O interessante desse método é que permite entrar em rompimento de congestões e em breakouts importantes. Os autores referem seu uso no diário, bem como a possibilidade de operar no intraday com o modelo em gráficos de 5 e 15 minutos. Eu faria testes manuais antes de iniciar sua utilização nos gráficos menores. Pelo que observei, o 5 minutos evolui melhor que o 15. Ótimo modelo para um daytrader. 187 A forma como eu conduziria esse trade, já que não temos alvo no intraday, seria pela linha %K do estocástico.
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