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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: ENFERMAGEM DISCIPLINA: ANATOMIA DOS SISTEMAS NOME DO ALUNO: INGRID KOFLER R.A: 2135464 POLO: MATÃO/SP DATA: 05/05/2022 2 Anatomia dos Sistemas Introdução O sistema nervoso é o principal sistema de controle e comunicação do nosso corpo, sendo que suas células se comunicam pelos sinais elétricos tendo respostas imediatas para o corpo. (MARIEB, WILHELM, MALLATT, 2014) Ele é dividido em sistema nervoso central (SNC), que é constituído de encéfalo e medula espinal, e o sistema nervoso periférico (SNP) que consiste em um vasto conjunto de nervos que são distribuídos por todo o corpo, e os glânglios. (KAPIT, ELSON 2020) O encéfalo tem funções variadas, como atividades comuns de manutenção da vida até funções neurais mais complexas, sendo dividido em quatro partes: cerebelo, diencéfalo, tronco encefálico e telencéfalo e composto de dois hemisférios cerebrais. (MARIEB, WILHELM, MALLATT, 2014) O diencéfalo se encaixa entre os hemisférios cerebrais, consiste em massas de núcleos em pares e substância branca, ele pode ser dividido em tálamo, grupos de corpos celulares e processos dos impulsos aferentes das vias sensitivas (exceto olfatória), o hipotálamo que mantém conexões neurais com os córtices frontal e temporal; o tálamo e o tronco encefálico, sendo responsável pela regulação da pressão arterial, temperatura corporal, sintetiza hormônios e os libera nos capilares; e o epitálamo (glândula pineal) conexões com o tálamo, hipotálamo, núcleos da base e parte medial do córtex temporal, responsável pela produção de melatonina. (KAPIT, ELSON 2020) O tronco encefálico inclui o diencéfalo, mesencéfalo, ponte e bulbo, tem funções específicas associadas aos núcleos dos nervos cranianos, formado por tratos ascendentes e descendentes que se dirigem para a medula espinal. (KAPIT, ELSON 2020) A medula espinal é o componente caudal da parte central do sistema nervoso, formada a partir do bulbo, no forame magno do crânio, e termina no cone medular. Ela é envolvida por três meninges: pia-máter, que é fina e vascularizada bem próxima a medula espinal, a aracnoide é semelhante a uma teia de aranha e é aderida á dura máter sendo separada da pia-máter pelo espaço subaracnoide, e a dura-máter que é a parte espinal fibrosa mais externa sendo um prolongamento da parte encefálica da dura-máter. (KAPIT, ELSON 2020) 3 O sistema nervoso recebe informações sensitivas e determina respostas motoras, esses sinais sensitivos (aferentes) são recebidos por receptores que ficam espalhados pelo corpo todo e os transmitem pelas fibras nervosas do SNP para o SNC. (MARIEB, WILHELM, MALLATT, 2014) Já os sinais motores (eferentes) são transmitidos do SNC por fibras nervosas do SNP, localizados em músculos e glândulas fazendo com que os órgãos que receberam os sinais se contraiam ou secretem e cumpram sua função. (MARIEB, WILHELM, MALLATT, 2014) O sistema autônomo do sistema nervoso (SNA) são um grupo de gânglios e nervos do SNP responsáveis pela atividade muscular e secreção glandular dos órgãos viscerais, sendo apenas um sistema motor, sendo dividido em duas partes: simpática (toracolombar) responsável pelas atividades de luta e fuga, deixa o corpo em alerta, e a parte parasimpática (craniossacral) responsável pela manutenção das funções vegetativas do sistema respiratório, ingestão e digestão dos alimentos e eliminação de produtos e degradação, mantém o corpo em repouso. (KAPIT, ELSON 2020) O sistema nervoso é formado pelo tecido nervoso, constituído de neurônios, que são células que transmitem sinais elétricos e neuróglia, que são células de apoio que envolvem os neurônios. E essas duas células desenvolvem-se a partir de tecidos embrionários: o tubo neural e crista neural. (MARIEB, WILHELM, MALLATT, 2014) O sistema digestório consiste em um tubo digestório com órgãos acessórios, começando na cavidade oral com os dentes fazendo o trituramento dos alimentos para serem ingeridos, juntamente com a língua o auxiliando e as glândulas salivares, passando após pela faringe e sendo encaminhado para o esôfago que o move para o estômago. No estômago é onde acontece a primeira digestão, e após o alimento é encaminhado para o intestino delgado fazendo também uma digestão, após a bile, que é produzida pelo fígado e armazenada pela vesícula biliar, é liberada no duodeno pelo ducto colédoco, auxiliando na degradação da gordura e obsorção de nutrientes e sendo transportados para o fígado para seu processamento. Após esse processo de absorção o alimento é direcionado para o intestino grosso onde acontece a absorção de minerais e água, após prosseguem para o reto para a eliminação pelo canal anal e ânus. (KAPIT, ELSON 2020) O sistema urinário é composto por um par de rins e de ureteres, uma bexiga 4 urinária e uma uretra. É uma passagem para eliminação dos subprodutos metabólicos e das moléculas tóxicas e outras não essenciais dissolvidos na urina. Os rins são responsáveis pela excreção, conservação da água e manutenção do equilíbrio acidobásico do sangue. Os ureteres são tubos fibromusculares, a bexiga urinária localizada na pelve é uma túnica mucosa que é possível estender- se para armazenar a urina, a uretra é fibromuscular e glandular responsável pela condução da urina até a saída. (KAPIT, ELSON 2020) O sistema reprodutor masculino e feminino é responsável pela geração da vida, os órgãos sexuais são divididos em órgãos primários e acessórios. Os primários (gônadas) são os testículos nos homens e os ovários nas mulheres, eles produzem as gametas para formar um ovo fertilizado. Todos os outros órgãos sexuais em ambos os sexos são órgãos sexuais acessórios. (MARIEB, WILHELM, MALLATT, 2014) Resultados e discussão Aula 1 – Roteiro 1 – Sistema Nervoso Central e Periférico Vimos em aula prática inicialmente as partes mais superficiais do encéfalo: vista superior, inferior, anterior, posterior e lateral. Separando em hemisfério cerebral direito e esquerdo, temos a fissura longitudinal. O hemisfério cerebral esquerdo e direito são conectados pelo corpo caloso, sendo cada hemisfério com suas funções específicas. A maior parte dos lobos cerebrais possuem os mesmo nomes dos osso do crânio, sendo eles: frontal, occipital, parietal e temporal. Lobo frontal é o maior lobo, e se encontra na fossa craniana anterior, apoiando-se na placa orbital do osso frontal, é separado do lobo parietal pelo sulco central e separado do lobo temporal pelo sulco lateral (chamada de fissura de Sylvius). É composto por três superficies corticais sendo lateral, que contém quatro giros principais (pré-central, frontal superior, frontal médio e frontal inferior), superfície medial (inter-hemisférica) que se estende até o sulco do cíngulo que consiste no lóbulo paracentral (extensão dos giros pré-central e pós- central) e extensão medial do giro frontal superior, e superfície inferior onde se encontra o trato olfatório e o bulbo olfatório, giro reto e os quatro giros orbitais. Seu córtex é dividido em pré-frontal (que tem papel no processamento de informação intelectual e emocional), motor (responsável por integrar sinais de diferentes regiões do cérebro para modular a função motora) e área de Broca 5 (responsável pela fala). Lobo parietal localizado no osso parietal, posterior ao lobo frontal e anterior e superiormente aos lobos temporal e occipital. Seu limite anterior é demarcado pelo sulco central, sua borda inferior é formada pelo sulco lateral e seu limite superior é formado pela fissura inter-hemisférica que separa os dois hemisférios cerebrais. Pode ser dividido em tres regiões: giro pós-central (regiãoque recebe as informações sensoriais de todos os receptores sensitivos), e lóbulos parietais superior (responsável pela integração sensório-motora) e inferior (funções auditivas e de linguagem) separados pelo sulco intraparietal. Lobo temporal ocupa grande parte da fossa craniana, seu nome se dá pela proximidade com o osso temporal, é separado pelos lobos frontal e parietal pelo sulco lateral, e se estende em direção ventral deste sulco até a superfície inferior do córtex cerebral. Composto por três giros principais: temporais superior, médio e inferior. Tem função no processamento da audição, aspectos sensoriais da fala e memória. Lobo Occipital fica profundo ao osso occipital, formando a parte posterior do cérebro, é separado superiormente do lobo parietal pelo sulco parieto-occipital e anteriormente do lobo temporal por uma linha parietotemporal lateral. Apresenta três giros: occipitaos superior, médio e inferior. Ele é o principal centro de processamento visual, para processar e interpretar a informação visual. Lobo insular localizado profundamente no sulco lateral, conhecido como ínsula, só pode ser observado quando o lobo temporal é deslocado, as partes dos lobos frontal, parietal e temporal que o recobrem são chamados de opérculo. Formado na porção anterior por três giros curtos (anterior, médio e posterior) e um giro acessório., e na porção posterior por dois giros longos (anterior e posterior). Sua função é o processamento e integração de vários tipos de informações, como sensação gustativa, visceral e etc. Lobo límbico é uma região do córtex cerebral que faz fronteira com o corpo caloso na face medial de cada hemisfério, circunda a borda dos ventrículos do cérebro, encontrado profundamente aos lobos frontal, parietal e temporal. Sua função são modelação das emoções, funções viscerais, autonômicas, hormonais e na aprendizagem e memória. As estruturas que o compõem são os giros paraterminal (subcaloso), se situa inferiormente ao rostro do corpo caloso, cíngulo, estrutura em forma de “c” dividida em córtex pré-límbico e infralímbico, córtex cingulado anterior e córtex retroesplenial e parahipocampal, localizado na 6 superfície inferior do lobo temporal do cérebro, a parte da extremidade anterior do giro projeta-se medialmente e forma uma estrutura chamada de uncus. Temos também o lobo da ínsula (cujo nome não está relacionado a nenhum nome de osso). Fonte: https://www.colegioweb.com.br/wp-content/uploads/2015/11/Lobos-Cerebrais.jpg Vimos que o corpo caloso é um grande trato de substância branca que liga os dois hemisférios do cérebro. É a maior estrutura de substância branca no cérebro, é dividido em quatro partes: rostro, joelho, corpo e esplênio. • Rostro: é contínuo com a lâmina terminal e conecta as faces orbitais dos lobos frontais; • Joelho: curva anterior do corpo caloso, o fórceps menor é um feixe que projeta fibras do joelho ligando as faces medial e lateral dos lobos frontais; • Corpo: forma a seccção central e suas fibras passam através da coroa radiada para alcançar a superfície dos hemisférios; • Esplênio: se afunila na secção posterior, com as fibras do fórceps maior e projeta-se para ligar os dois lobos occipitais. Sua principal função é a comunicação entre os dois hemisférios, conectando áreas semelhantes de cada hemisfério, desempenha papel na cognição também. 7 Fonte: https://cenacursos.com.br/wp-content/uploads/2021/02/Sanfins-e-Pelaquim.jpg Na superfície do encéfalo temos diversos giros e sulcos (espaços entre os giros). Quanto aos sulcos temos: • Sulco central (fica entre o lobo frontal e parietal); • Sulco lateral (fica no lobo temporal); • Sulco calcarino (fica no lobo occipital); Quanto aos giros temos: • Giro pré-central: localizado anterior ao sulco central e está relacionado à função motora; • Giro pós-central: localizado posterior ao sulco central e está relacionado à função sensitiva; Fonte: https://jaleko-files.s3-sa-east-1.amazonaws.com/apostila- web/5f6ba90448932_macroscopia-do-telencefalo.pdf 8 O tronco encefálico facilita a comunicação entre o cérebro, cerebelo e medula espinal, se inicia no nível dos pedúnculos cerebrais (anteriormente) e da placa quadrigeminal, continuando ao longo do curso posteroinferior terminando na decussação das pirâmides (ao nível do forame magno do crânio). Dividido em três partes: Bulbo ou medula oblonga é a parte mais estreita e caudal, estrtura em forma de funil que se estende desde as grandes pirâmides até o sulco pontino inferior, em sua superfície posterior superior encontramos o quarto ventrículo, lateral às pirâmides do bulbo temos a depressão rasa representando a continuação cranial do sulco ventrolateral da medula espinal, que separa as pirâmides de outra estrutura proeminente chamada de oliva que corresponde a localização do núcleo olivar inferior. Ponte encontra-se anteriormente e no segmento médio, se desenvolve a partir do metencéfalo, que é uma vesícula secundária do cérebro formada a partir do rombencéfalo, sua função é abrigar os núcleos pontinos e facilitar a comunicação corticopontocerebelar, permitindo também a comunicação entre os hemisférios esquerdo e direito do cerebelo, as fibras motoras e sensoriais do nervo trigêmio (nervo V) emergem da superfície lateral da ponte. Mesencéfalo conecta a ponte e o cerebelo com o prosencéfalo, sua maior parte fica na fossa craniana posterior, atravessando o hiato do tentório do cerebelo. É a parte mais curta do tronco cerebral, e contém muitas estruturas importantes. Sua superfície anterior (ventral) é marcada por duas estruturas chamadas pedúnculos cerebrais, que são compostos por muitas vias que cursam entre o córtex cerebral e a medula espinal. A medida que os pedúnculos convergem caudalmente em direção a ponte, eles delimitam uma fossa na superfíce anterior chamada fossa interpeduncular. Superfície posterior (dorsal) é chamado de teto do mesencéfalo, e apresenta quatro tubérculos que se encontram abaixo da glândula pineal. O tecto (placa quadrigeminal) consiste em dois pares de núcleos de retransmissão separados em: • Colículos superiores: envolvidos no processamento da informação visual, recebendo informação principalmente da retina e enviam suas informações para os corpos geniculados laterais. Sua função é facilitar os reflexos oculares; • Colículos inferiores: ligados aos núcleos cocleares e estão envolvidos no processamento da informação auditiva, localizados nos corpos geniculados 9 mediais e estão envolvidos nos movimentos de reflexo por estímulos auditivos; Medula espinal consiste em várias regiões de substância branca e cinzenta, a coluna vertebral abriga os tratos ascendentes e descendentes da medula espinal, responsáveis pelos movimentos, sensações e as funções autonômicas, a medula espinal possui forma oval, dividida em três regiões: • Região torácica: possui forma arredondada e consiste em substância branca, que inclui o fascículo cuneiforme das vértebras torácicas T1 e T6 e o fascículo grácil, uma coluna cinzenta anterior, que contém um grupo celular medial que corresponde aos músculos do tronco, uma coluna cinzenta posterior conhecido como coluna de Clarke e núcleos viscerais aferentes, e uma coluna cinzenta lateral onde emergem as fibras simpáticas pré-ganglionares. • Região lombar: possui forma arredondada a oval, consiste em substância branca, coluna cinzenta anterior, coluna cinzenta posterior e coluna cinzenta lateral; • Região sacral: possui forma arredondada e é formada por substância branca, coluna cinzenta anterior, coluna cinzenta posterior e coluna cinzenta lateral está ausente. Todas as regiões descritas acima foram vistas em laboratórios em peças anatômicas e quando possível a observação em peças biológicas também. Fonte: https://abcdamedicina.com.br/wp-content/uploads/2013/08/image.jpg10 Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/54/47/54478890bd3cecolunavertebrallarge.jpg?auto_opti mize=low Aula 2 – Roteiro 1 – Sistema Nervoso Central e Periférico Observamos que o cerebelo fica localizado posterior ao tronco encefálico, vimos o cortex, hemisférios, lobo anterior e posterior. O cerebelo tem sua anatomia semelhante a um tronco de árvore com suas ramificações, possui conexão com o quarto ventrículo na parte anterior/inferior, com a cisterna magna na parte inferior, com o crânio (osso occipital) na parte posterior e com a tenda do cerebelo com a parte superior. Ele é dividido em três grandes lóbulos: posterior, anterior e flóculonodular. Observamos que ele fica localizado posterior ao tronco encefálico, vimos o cortex, os hemisférios, lobo anterior e posterior. No diencéfalo vimos suas estruturas, que forma a região do diencéfalo: • Corpo caloso; • Fornice; • Septo pelúcido; Quando observamos o diencéfalo percebemos as estruturas em conjunto formam uma cavidade chamada de III ventrículo, que é importante para a passagem do líquor. Vimos também que entre o fórnice e o corpo caloso temos o ventrículo lateral, também visível em vista superior, posterior ao lado da ínsula. O forame interventricular comunica o ventrículo lateral com o III ventrículo. O III ventrículo é uma fissura rasa vertical entre e abaixo dos dois 11 ventrículos laterais e entre os tálamos direito e esquerdo, os ventrículos laterais se comunicam com o terceiro ventrículo através do forame interventricular, que também se comunica com o quarto ventrículo posterior e inferiormente, através do aqueduto cerebral. Ainda no diencéfalo vimos: aderência intertalâmica, tálamo, hipotálamo, epitalamo e subtalamo • Tálamo: atua como uma estação central de transmissão de impulsos nervosos aferentes e eferentes do cérebro, localizado na região central do cérebro chamada de diencéfalo, são duas massas ligadas por uma pequena comunicação chamada de aderência intertalâmica, e atua transmitindo e integrando impulsos motores e sensitivos entre o SNC e SNP; • Hipotálamo: uma região formada primordialmente por núcleos de substância cinzenta, composto por vários núcleos de neurônios e age como um centro integrador da homeostase, regulando os processos fisiológicos do corpo, agindo juntamente com a glândula hipófise para modular a atividade endócrina; • Epitálamo: é o limite posterior do III ventrículo, onde contém a glândula pineal, glândula endócrina ímpar e mediana, sua função é regular o ciclo do sono; • Subtálamo: estrutura que não está relacionada com o III ventrículo, localizado internamente entre o hipotálamo e capsula interna, sua função está ligada ao controle do movimento corporal; Fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/wp-content/uploads/2018/12/diencefalo.jpg O líquor também conhecido como líquido cefalorraquidiano, é um líquido límpido e incolor que percorre o SNC, parte dele é produzida no plexo corioide, e circula nos ventrículos laterais (sendo 2) passando pelo forame interventricular e 12 chega no III ventrículo, passa pelo aqueduto no mesencéfalo e chega ao IV ventrículo e desce na medula espinal. Na medula espinal temos 31 pares de nervos espinais, sendo 1 par a mais que o número de vértebras pois o 1º par sai acima da primeira vértebra. Na medula temos substância cinzenta, sendo medula óssea e medula espinal. Constituída de: • Substância branca; • Via aferente / sensitiva; • Via eferente / motora; Os 24 nervos cranianos estão presentes em 12 pares, e 10 deles tem origem no tronco encefálico: I. Olfatório (1º nervo): nervo sensitivo, responsável pela inervação da mucosa olfatória; II. Óptico: nervo sensitivo, responsável pela visão; III. Oculomotor: nervo motor somático e visceral, que contém fibras pré- ganglionares parassimpáticas ; IV. Troclear: nervo motor, responsável pelos movimentos de adução, depressão e rotação medial interno do olho; V. Trigemico: nervo misto, responsável por inervar várias partes da face; VI. Abducente: nervo motor, sua função é a motricidade do globo ocular; VII. Facial: nervo misto, possui cinco ramos principais que são auricular, marginal, mandibular, bucal, zigomático e temporal; VIII. Vestíbulo-coclear: nervo sensitivo, o componente vestibular é responsável pelo equilíbrio e o coclear responsável pela audição ; IX. Glossofaríngeo: nervo misto, inervação da glândula parótida, língua, tuba auditiva, faringe, constritor da faringe, úvula e tonsilas; X. Vago: nervo misto, função de inervação dos músculos da faringe, traqueia, laringe, estruturas torácicas e abdminais e conduz a inervação parassimpática para os órgãos viscerais; XI. Nervo acessório: nervo motor, responsável pela inervação do músculo trapézio e esternocleidomastoideo; XII. Nervo hipoglosso: nervo motor, sua função é inervação dos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua permitindo a movimentação; 13 Aula 3 – Roteiro 1 – Sistema Nervoso Central e Periférico Nesta aula vimos os aspectos da circulação e recordamos parte do que foi visto na aula de sistema cardiovascular do semestre anterior. No arco da aorta vimos o tronco bráquiocefálico, artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda. Vimos também parte do círculo arterial do cérebro, ou polígono de Willis, e sua principal função é fornecer fluxo sanguíneo colateral entre os sistemas arteriais anterior e posterior do cérebro. Fica localizado na superfície inferior do cérebro, chamada de cisterna interpenduncular do espaço subaracnóideo. • Artéria carótida interna (posterior): passa por dentro do seio cavernoso, e seus principais ramos são artéria oftálmica (irriga o globo ocular), artéria cerebral anterior (irriga a face medial do cérebro), artéria cerebral média (irriga o córtex da ínsula), artéria comunicante anterior, artéria comunicante posterior (comunica a artéria cerebral posterior à artéria carótida interna); • Artéria vertebral (região cervical): é um ramo da artéria subclávia, antes de entrar no crânio ela se divide em artéria espinal posterior e artéria espinal anterior, além da artéria cerebelar inferior posterior. No forame magno elas se fundem formando a artéria basilar. Seus principais ramos são artéria cerebelar inferior anterior (irriga a região anterior e lateral do cerebelo), artéria cerebelar superior (irriga a região anterior do cerebelo), artéria do labirinto (irriga a orelha interna), ramos pontinhos (irrigam a ponte) e artéria cerebral posterior (irriga o lobo occipital); Fonte: https://voupassar.club/wp-content/uploads/2017/03/POLIGONO.jpg 14 Quanto as meninges vimos que consistem em membranas que revestem o encéfalo, e suas principais funções são proteger o encéfalo de impactos, sustentar a estrutura do curso das artérias, veias e seios venosos e completar a cavidade preenchida por líquido sendo o espaço subaracnóideo. São três camadas, sendo elas: • Dura-máter: mais externa e espessa, tem contato com o osso; • Pia-máter: camada mais interna tem contato direto com o SNC; • Aracnoide: camada intermediára que fica entre as duas outras; Os espaços meníngeos são divididos em: • Espaço epidural: localizado anterior a dura-máter e o crânio; • Subaracnoideo: fica localizado entre a aracnoide e a pia-máter; • Espaço subdural: localizado entre a dura-máter e a aracnoide; A camada meníngea interna da dura-máter é uma camada de sustentação que se reflete a partir da camada periosteal externa formando invaginações durais, sendo elas: • Foice do cérebro: a maior invaginação da dura-máter, localizado na fissura longitudinal do cérebro que separa os hemisférios cerebrais direito e esquerdo; • Foice do cerebelo: invaginação vertical da dura-máter situada inferiormente ao tenório do cerebelo na parte posteriorda fossa posterior do crânio, inserida na crista occipital; • Tentório do cerebelo: é a segunda maior invaginação da dura-máter, separa os lobos occipitais dos hemisférios cerebrais do cerebelo; Fonte: https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/img/2014/06/meninges.jpg Reconhecemos também novamente os ventrículos: • Laterais (sendo 2) – posteriores ao lobo da ínsula; • III ventrículo – região do diencéfalo; 15 • IV ventrículo – região do tronco encefálico; Identificamos os 31 pares de nervos espinais temos 1 par a mais que o número de ventrículos porque o 1º par sai acima da primeira vértebra. A via eferente é sensitiva e fica localizada posteriormente e possui os gânglios e a via motora fica localizada anteriormente. Ambas se unem formando um nervo. A junção de vários axônios anteriores dão origem aos plexos nervosos, que são redes que mantem a estimulação dos músculos. Os torácicos são conhecidos como nervos intercostais e se conectam diretamente nas estruturas. O plexo cervical é responsável pela inervação da pele e músculos da cabeça, pescoço e partes superiores do tórax e ombro. O plexo braquial é responsável pela inervação muscular e cutânea dos membros superiores e do ombro formando 5 pares de principais ramos: nervo axilar, nervo musculocutâneo, nervo radial, nervo mediano e nervo ulnar. O plexo lombar é responsável pela inervação da parde abdominal anterolatral, órgãos genitais externos e parte dos membros inferiores. O plexo sacral e plexo coccígeo são responsáveis pela invervação dos glúteos, períneo, membros inferiores e cóccix. Fonte: https://www.msdmanuals.com/- /media/manual/home/images/n/e/u/neu_plexuses_periph_pt.gif?mw=704&thn=0&sc_lan g=pt-br 16 Aula 4 – Roteiro 1 – Sistema Digestório – Canal Alimentar Vimos que o sistema digestório é dividido em parte supradiafragmática e infradiafragmática, cada parte com seus respectivos órgãos para realizar a tarefa de ingestão, digestão e eliminação do alimento. Os órgãos supradiafragmáticos ficam acima do músculo diafragma sendo eles: boca, faringe e esôfago. E os órgãos infradiafragmáticos ficam localizados abaixo do músculo diafragma sendo eles: estômago, intestino delgado e grosso, pâncreas e fígado. A boca ou cavidade bucal, marca a entrada do trato digestivo, é formada por: • Lábio superior; • Lábio inferior; • Rima; • Comissura; • Filtro; • Tubérculo do lábio superior; • Sulcos – nasal, labiomarginal e labio mentual; • Vestíbulo da boca – é a passagem entre os lábios; • Cavidade oral; • Palato ósseo – maxila, osso palatino; • Palato mole (véu palatino); • Úvula; Músculos da mastigação temos o músculo masseter que faz a elevação e protussão da mandíbula, músculo temporal que eleva e retrai a mandíbula e músculo pterigóideo medial que eleva, protrude e causa excursão lateral da mandíbula, e lateral que abaixa e protui a mandíbula. Músculos do soalho da boca formam os músculos supra-hióideos, que são um grupo de quatro músculos sendo eles: digástrico, milo-hiódeo, gênio-hiódeo e estilo-hiódeo. Todos eles formam o assoalho da boca e são importantes para mastigação, deglutição e na fala, e junto com os músculos infra-hiódeos são responsáveis por posicionar o osso hioide. Músculo da bochecha, chamado de músculo bucinador é um músculo facial fino e quadrilateral que consititui a bochecha, pertence ao grupo bucolabial. Dividido em parte superior, inferior e posterior. Sua função é manter as bochechas comprimidas e pressiona contra os dentes durante a mastigação. 17 Fonte: https://anatomiaonline.com/wp-content/uploads/2022/03/boca-cavidade-oral.jpg A faringe é uma passagem muscular para o ar, alimentos e líquidos para serem encaminhados ao seus devidos lugares. é dividida em: • Nasal ou nasofaringe – posterior à cavidade nasal; • Oral ou orofaringe – posterior à cavidade oral; • Laríngea ou laringofaringe – posterior à laringe; Foi explicado que o alimento ingerido não atinge a cavidade nasal, devido a alavanca feita pela língua e movimentação do palato mole, não atinge as vias aéreas devido ao fechamento da cartilagem epiglote na deglutição. Seus músculos ajudam a empurrar o bolo alimentar em direção ao esôfago e podem ser divididos em: • Constritores da faringe: superior, médio e inferior; • Músculos longitudinais: palatofaríngeo, salpingofaríngeo e estilofaríngeo; O plexo nervoso faríngeo se origina de três nervos cranianos principais sendo eles: • Nervo vago (nervo X); • Nervo glossofaringeo (nervo IX); • Nervo maxilar (nervo V2); 18 Fonte: https://static.biologianet.com/2021/05/faringe.jpg O esôfago é um tubo fibromuscular que se estende da faringe até o estômago, tendo como função a condução do alimento. É dividido em: • Cervical: parte do pescoço; • Torácico: parte do tórax; • Abdominal: atravessa o diafragma e chega ao abdome no estômago; O esôfago se relaciona com a traqueia no pescoço, e a coluna vertebral posteriormente a ele, na parte torácica passa grandes vasos e nervos do tórax, próximo da aorta torácica e da veia azigos, após entrar no diafragma através do hiato esofágico, a parte abdominal fica próximo ao lobo esquerdo do figado e termina no estômago. Fonte: https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/fig-011.png O estômago é responsável pelo processo digestório mecânico e químico (com pH ácido), fica localizado entre o esôfago e o duodeno e é dividido em 19 quatro partes: • Cárdia: abertura entre o esôfago e o estômago; • Fundo: é a dilatação superior; • Corpo: maior parte do estômago; • Piloro: é a saída do estômago para o duodeno; Ele é recoberto e ligado a outros órgãos pelo peritônio, o omento menor conecta o estômago ao fígado e se estende ao redor do estômago. O omento maior continua inferiormente ao estômago pendendo como uma cortina. O estômago tem uma forma de J, que é criada por suas curvaturas, a mais longa e convexa está no lado esquerdo do estômago chamada de curvatura maior que começa na incisura cardíaca que é formada entre a borda do esôfago e o fundo. A curvatura menor fica no lado direito sendo mais curta que a outra, com uma incisura angular marcando a linha de interseção entre o corpo e a parte pilórica. Fonte: https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2021/11/regioes-do- estomago.jpg O intestino delgado é separado por duodeno, jejuno e íleo. O duodeno é a primeira parte do intestino delgado, se estende do esfíncter pilórico do estômago e termina na flexura duodenojejunal, é dividido em quatro partes superior (bulbo duodenal ou ampola), descendente, horizontal e ascendente. Ele tem o pH básico devido ao bicarbonato que vem do pâncreas e também recebe a bile. O jejuno é a segunda parte do intestino delgado, ele começa na flexura duodenojejunal, é a porção mais vascularizada e onde acontece a absorção. O íleo é a parte mais longa do intestino delgado, menos vascularizada que o jejuno, localizado no quadrante inferior direito do abdome, ele termina no orifício 20 ileal onde começa o ceco. Na junção ileocecal a camada muscular do íleo sobressai para o lúmen do ceco, formando a estrutura dobra ileocecal, que formam um anel chamado de esfíncter que controla o esvaziamento do conteúdo ileal. Não há uma demarcação para separar o jejuno e íleo, mas existem diferenças entre eles. Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1671310/6/images/14/Intestino+delgado.jpg O intestino grosso ou cólon é a última parte do trato gastrointestinal, se estende pela cavidade abdominal e pélvica e vai desde a junção ileocecal até o ânus. Sua função é a formação das fezes após a reabsorção de água, além de abrigar uma microflora que é essencial para o organismo. Ele é formado por: • Ceco: é a primeira parte do intestino grosso, encontra-se nafossa ilíaca direita, tem várias pregas e bolsões o envolvendo, o íleo se une ao ceco pela junção ileocecal, sendo marcado pela papila ileal que consiste em duas pregas chamadas de lábios ileocecais (superior e inferior), as pregas se fundem ao redor do orifício formando o frênulo do óstio ileal impedindo o refluxo do conteúdo cecal para o íleo. A válvula ileocecal regula a passagem de conteúdo intestinal do intetino delgado para o intestino grosso. Sua função é armazenar temporariamente o quimo e a reabsorção de líquidos e eletrólitos; • Colo ascendente: localizado entre a fossa ilíaca direita, flanco direito e hipocôndrio direito, terminando na flexura direita (hepática) do cólon. Sua função é a reabsorção de líquidos e eletrólitos; • Colo transverso: segunda maior parte do cólon, se encontra entre as flexuras direita e esquerda (esplênica) do cólon, desde o hipocôndrio direito 21 até o hipocôndrio esquerdo. Um mesentério peritoneal prende ele a parede posterior da bolsa omental, formando dois compartimentos chamados de supracólico e infracólico; • Colo descendente: localizado entre o hipocôndrio esquerdo, flanco esquerdo e fossa ilíaca esquerda. A fáscia de Toldt prende o cólon à parede abdominal; • Colo sigmoide: localizado entre a fossa ilíaca esquerda até a terceira vértebra sacra (junção retosigmoide), e se conecta à parede pélvica pelo mesocólon sigmoide; O apêndice vermiforme (apêndice cecal) é uma bolsa localizada na fossa ilíaca direita, que se origina a partir do ceco, sendo conectas pelo mesoapêndice, sua função é a manutenção da flora intestinal e na imunidade da mucosa. Reto se estende entre a junção retosigmoide e o canal anal, sua função é o armazenamento temporário da matéria fecal e sua eliminação. Ele é marcado por várias dobras e curvas sendo as flexuras sacral, anoretal e lateral. Ele termina com a ampola retal. Ânus ou canal anal forma a parte terminal do trato gastrointestinal, ele se estende da junção anoretal ao ânus, sua mucosa contém cristas chamadas colunas anais, contendo vávulas anais, cercadas por seios anais. Os esfíncteres anais interno e externo envolvem o canal anal, controlando a liberação voluntária e involuntária das fezes. Fonte: https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/images/observe-as-principais- partes-intestino-grosso-5899c8f010933.jpg Aula 5 – Roteiro 1 – Sistema Digestório – Órgãos anexos A língua é um órgão muscular, e está localizada na cavidade oral, facilitando a percepção dos estímulos gustativos, ajuda na mastigação e 22 deglutição, além de ajudar na fala e articulação das palavras. Ela é mantida úmida pelas glândulas salivares maiores e menores. É dividida em três partes: • Raiz: parte posterior que se fixa a mandíbula e o osso hioide; • Ponta ou ápice: porção mais anteior e mais móvel; • Corpo: possui uma superfície dorsal (superior) rugosa que fica em contato com o palato e contém papilas linguais, e contém uma superfície ventral (inferior) lisa que é fixa ao assoalho da cavidade oral pelo frênulo lingual; Ela possui duas faces uma superior e posterior, conhecida como dorso da língua e uma face inferior voltada para o assoalho da cavidade oral. Em seu dorso podemos identificar o sulco terminal que aponta posteriormente para o forame cego. Ela é limitada anterior e lateralmente pelos dentes e superiormente pelo palato duro na sua porção anterior e pelo palato mole na porção posterior. Na raiz há a mucosa do assoalho da cavidade oral e baixo ficam as glândulas salivares e feixes vasculares. A mucosa da superfície dorsal da porção oral é formada por papilas circunvaladas, filiformes e fungiformes. Fonte: https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/03/anatomia-lingua- 325863212.jpg A arcada dental é formada pela parte superior e inferior, um indivíduo adulto tem trinta e dois dentes, metade deles fixados à maxila e a outra metade na mandíbula. São divididos em quatro grupos: • Incisivos (4) – incisivos centrais (2) e incisivos laterais (2); • Caninos (2); 23 • Pré-molares (4) – primeiros pré-molares, seguidos dos segundos pré- molares; • Molares (6) – primeiros molares, em seguida segundos molares e terceiros molares (dentes sisos); Somos indivíduos difiodônticos porque possuímos na vida 2 dentições. Fonte: https://www.jogosdaescola.com.br/play/atividades/atividades_portugues/trabalhandocommen/IMA GENS/desenho_anatomiadental.jpg As glândulas salivares são glândulas exócrinas localizadas na cavidade oral, secretando conteúdo salivar na boca, ajudando na mastigação e digestão. São divididas em maiores e menores. As glândulas maiores são divididas em: • Glândula parótida: é a maior glândula salivar, localizada entre o ramo da mandíbula e o músculo esternocleidomastóideo, produz a maior parte da saliva e ele é liberada pelo ducto de Stensen; • Glândula submandibular: segunda maior glândula salivar, produz a maior quantidade de saliva de todas as glândulas, possui o ducto de Wharton que drena a saliva pela glândula e abre na papila sublingual, sob a língua; • Glândula sublingual: é a menor glândula salivar, é única que possui várias aberturas ductais cursando ao longo das pregas sublinguais; As glândulas menores podem ser encontradas agrupadas nos arredores da cavidade oral como a bochecha, lábios, mucosa lingual, palato mole, nas partes laterais do palato duro, no assoalho da boca e entre as fibras musculares da língua. 24 Fonte: https://www.msdmanuals.com/- /media/manual/home/images/d/e/n/den_salivary_glands_pt.gif?thn=0&sc_lang=pt O fígado, localizado no quadrante superior direito do abdome, é um órgão acessório multifuncional do trato gastrointestinal, sua função são de desintoxicação, síntese de proteínas, produção bioquímica e armazenamento de nutrientes. É a maior glândula do corpo humano, e é recoberto pelo peritônio visceral, ele apresenta duas faces a diafragmática e a visceral. E é dividido em quatro lobos sendo eles: • Lobo direito: maior deles; • Lobo esquerdo: é o menor; • Lobo caudado: encontra-se na fissura do ligamento venoso e a veia cava inferior; • Lobo quadrado: localizado entre a vesícula biliar e a fissura do ligamento redondo do fígado; A maior parte do suprimento vascular pela veia porta e pela artéria hepática. As veias hepáticas fazem a drenagem venosa e são formadas pela união das veias centrais e drenam para a veia cava inferior. Vesícula biliar é um órgão intraperitoneal, localizada na superfície visceral do fígado entre os lobos direito e quadrado. Dividida em três partes: • Fundo; • Corpo; • Colo (infundíbulo); Os hepatócitos sintetizam e secretam a bile para os ductos hepáticos direito e esquerdo que se fundem formando o ducto hepático comum localizado na parte lateral da porta hepática. O colo da vesícula estreita-se para formar o ducto cístico que se junta ao ducto hepático comum formando o ducto biliar comum ou 25 colédoco. O ducto colédoco une-se ao ducto pancreático formando a ampola de Vater (ampola hepatopancreática) e se abre no duodeno através da papila duodenal maior, o fluxo da bile e do suco pancreático é controlado pelo esfíncter de Oddi. Fonte: https://cdn.medblog.estrategiaeducacional.com.br/wp- content/uploads/2021/02/anatomia-do-figado-1024x737.jpg O pâncreas é um órgão acessório e glândula exócrina e endócrina produzindo hormônios, localizado posteriormente ao peritônio. É dividido em cinco partes: • Cabeça: parte medial; • Corpo: localizado anteriormente à vertebra L2; • Cauda: é a ultima parte e está relacionada com o hilo do baço, localizada no ligamento esplenorrenal; Os ductos pancreáticos desde a cauda até a cabeça, juntando-se ao ducto biliar na cabeça do pâncreas para formar o ducto hepatopancreático ou ampola de Vater. Além desse há também o ductoacessório (de Santorini) comunicando com o ducto pancreático principal ao nível do colo pancreático indo até a parte descendente do duodeno através da papila duodenal menor. 26 Fonte: https://cirurgiapancreasbrasilia.com.br/img/cirurgia-do-pancreas/cirurgia-do- pancreas.jpg Aula 6 – Roteiro 1 – Sistema urinário Fizemos a identificação e reconhecimento dos rins, ureteres e bexiga. O corpo humano possui 2 rins, 2 ureteres e 1 bexiga urinária. Ao verificar o torso, vimos que temos a diferença na altura/posição dos rins, sendo que o rim direito normalmente se situa um pouco abaixo do rim esquerdo devido ao grande tamanho do lado direito do fígado. Externamente nos rins vimos: • Face anterior; • Face posterior; • Extremidade superior (possui a glândula adrenal, também chamada de supra-renal); • Extremidade inferior; O hilo renal fica localizado medialmente e nele temos o ureter, artéria renal e veia renal. As artérias e veias renais são vasos de grande calibre. Observamos o corte frontal de um rim, vimos no sentido lateral para medial: • Córtex renal; • Piramide renal; • Cálice renal; • Pelve renal; 27 Fonte: https://img.elo7.com.br/product/original/3DE4060/painel-educativo-anatomia-do- sistema-urinario-100x070-painel-de-ciencias.jpg A urina formada nos rins sai pela pelve renal, cai no ureter e então chega na bexiga urinária, da bexiga a urina é conduzida para o meio externo por meio da uretra. A uretra masculina é maior que a feminina e faz duas curvaturas, além de conduzir a urina para o meio externo, a uretra masculina também conduz o semen fazendo parte do sistema urinário e reprodutor. A uretra masculina é dividida em: porção intramural (pré-prostática), uretra prostática, uretra membranácea, uretra esponjosa (peniana). Fonte: https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSpZNYXYo20DcYKegVeguD2hENfagjLraolcnPoklffDu6Y YhyKGaFtAbaV4fUDx27evO4&usqp=CAU 28 Quanto a bexiga vimos que o tamanho da masculina é maior que a feminina, e é dividida em: • Ápice; • Corpo; • Fundo; • Colo; O trígono da bexiga é uma região que fica na porção inferior da bexiga que é formada pelo óstio do ureter (2) e o óstio interno da uretra (1). Tanto na uretra masculina quanto na feminina possuímos dois óstios sendo eles: • Óstio interno da uretra – fica no trígono da bexiga; • Óstio externo da uretra – fica na saída para o meio externo; Quanto aos principais vasos temos: interlobares, interlobulares, arqueadas e segmentares. A visualização de algumas delas nas peças artificiais não estava disponível. Foi explicado também que a pedra nos rins começam a se formar na medula renal, e se dá principalmente por parte comportamental como a alta ingestão de sair (calcio, potássio, etc) e a baixa ingestão de água. O duplo J é um dispositivo que vai até a medula renal deixando a passagem aberta para as pedra saíem com mais facilidade sem lesionar. Fonte: https://anatomia-papel-e-caneta.com/wp-content/uploads/2019/07/bexiga- urin%C3%A1ria-2.png 29 Aula 7 – Roteiro 1 – Sistema reprodutor masculino Nesta aula estudamos os aspectos e estruturas anatômicas do sistema reprodutor masculino. Os espermatozóides são produzidos nos testículos e armazenados no epidídimo. O epidídimo é formado por três regiões: cabeça, corpo e cauda. Seguido do epidídimo temos o ducto deferente, pelo qual os espermatozóides se deslocam até a vesícula seminal. A vasectomia é feita neste ducto. A vesícula seminal fica localizada posterior e inferiormente à bexiga urinária, produz fluídos importantes para a nutrição e sobrevivência dos espermatozóides. Seguimos então a próstata, também é responsável pela produção de fluídos, na próstata a formação do semen está completa. O sêmen é a junção do espermatozóide + líquido seminal + líquido prostático. Dentro da próstata temos o ducto ejeculatório que é responsável em conduzir o sêmen até a uretra para que ocorra a ejeculação. E esse sêmen é liberado para o meio externo por meio do óstio externo na uretra. A uretra apresenta duas funções: conduzir a urina e o sêmen para o meio externo. Quanto ao pênis vimos as seguintes estruturas: • Corpo; • Glande (localizada na extremidade); • Óstio externo da uretra; • Prepúcio (visualizado em peça natural); No corte tranversal do pênis vimos: • Campo cavernoso (é mais externo e anterior); • Campo esponjoso (circunda toda a uretra peniana e glande); Ainda sobre a morfologia externa, temos o escroto no qual temos o testículo e epidídimo. É importante sua exteriorização para garantir temperatura local menor para a sobrevivência dos espermatozóides. 30 Fonte: https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2020/06/sistema- reprodutor-masculino.jpg Aula 8 – Roteiro 1 – Sistema Reprodutor Feminino Observamos as seguintes estruturas: • Ovários (2); • Tubas uterinas (2): fimbrias, ampola, ístimo, ligamento útero-ovário; • Vagina (1); • Vulva/pudendo (1): clitóris, lábios maiores, lábios menores, monte de vênus. As glândulas vestibulares ficam na entrada da vagina e são importantes para a manutenção do meio adequado, a glândula de Bartolin é importante para lubrificação, vimos que a mulher pode ter uma patologia chamada de bartolinite que é quando o ducto fica obstruído. A vagina é um canal elástico e sua entrada é chamada de óstio da vagina. O útero é composto por: • Fundo; • Corpo; • Istmo; • Colo; • Perimétrio – camada de fora; • Miométrio – camada do meio; • Endométrio – camada interna (é a que descama todo mês); Na hemipelve feminina observamos a posição do útero que fica acima da bexiga urinária. Quanto às mamas femininas observamos no torso: 31 • Aréola; • Papila; • Tubérculos aerolares (tubérculos de Montgomery); A mulher tem uma quantidade limitada de folículos na vida. Fonte: https://static.escolakids.uol.com.br/2020/09/sistema-reprodutor-feminino.jpg Referências Anatomia humana / Elaine Marieb, Patricia Wilhelm, Jon Malatt; tradução Lívia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz Cláudio Queiroz; revisão técnica João Thomazini e Edson Liberti. – 7ed. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. Anatomia: um livro para colorir / Wynn Kapit e Lawrence M. Elson; tradução Patricia Lydie Voeux; revisão técnica Marco Aurélio Rodrigues da Fonseca Passos. – 4 ed. – [Reimpr.]. – São Paulo: Roca, 2020
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