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Profa. Dra. Cintia Freitas UNIDADE I Tópicos de Atuação Profissional Unidade I: principais disfunções ortopédicas nos adultos e tratamento fisioterapêutico. Características anatomopatológicas, sinais e sintomas. Avaliação, diagnóstico cinético-funcional e reabilitação fisioterapêutica. Disfunções: lesões musculares agudas e crônicas; doenças inflamatórias degenerativas do tendão; doenças inflamatórias e degenerativas de articulações, e artroplastias. Tópicos de Atuação Profissional Caso clínico: Um jogador de futebol profissional, de 19 anos, chegou à clínica ambulatorial de fisioterapia relatando dor súbita na coxa direita, do tipo fisgada, durante um salto, há dois dias, enquanto participava de um treino. O atleta relatou sentir dor durante a marcha, principalmente, nos movimentos de flexão de joelho e ao final da extensão. Sente fraqueza e cansaço na parte posterior da coxa direita durante saltos e corridas em campo. Além disso, não há o histórico de lesões anteriores. Ao exame físico, constatou-se dor à palpação do terço médio da coxa, limitação da extensão com quadril flexionado a 90° e de flexão contra a resistência. Refere ainda, a dor de intensidade moderada, nível 6 na escala visual analógica de dor (EVA). Na ressonância magnética (RM) observou-se uma lesão parcial das fibras do músculo bíceps femoral caracterizando uma lesão grau 2. Sua meta é retornar aos treinos para o torneio que se aproxima. Lesões musculares agudas e crônicas De acordo com o possível diagnóstico do paciente, quais são os fatores que contribuíram para este tipo de lesão? Quais são as intervenções fisioterapêuticas mais apropriadas? Elabore um plano de tratamento em cada estágio da lesão. Lesões musculares agudas e crônicas Fatores que contribuíram para a lesão: As lesões musculares são comuns, principalmente, durante as práticas esportivas, ocorrendo, principalmente, na junção miotendínea, durante a fase excêntrica da contração muscular e em membros inferiores. Entendendo o tipo de lesão: Moderada (grau II): dano maior ao músculo e perda de função (habilidade para contrair). palpar-se um pequeno defeito muscular, ou gap, no sítio da lesão, e formação de um discreto hematoma local com eventual equimose dentro de dois a três dias; A evolução para a cicatrização costuma durar de duas a três semanas e, em até um mês, o paciente pode retornar à atividade física de forma lenta e gradual. Lesões musculares agudas e crônicas Objetivos da fisioterapia: considerar as fases da lesão. Aguda: diminuir a inflamação tecidual: PRICE; laser terapêutico, ultrassom. Repouso moderado, compressão elástica. Do 2° ao 4° dia após a lesão, será decisivo. Tecido conjuntivo é frágil e desorganizado. Iniciar os exercícios e as atividades não destrutivos, dentro da tolerância dos tecidos em regeneração; evitar a formação de aderências, e favorecer o processo cicatricial estável e funcional. Lesões musculares agudas e crônicas Fonte: JARVINEN et al. Muscle Injuries. Am J Sports Med.2005;33(5): 745-764. Objetivos da fisioterapia: considerar as fases da lesão. Subagudo: mobilização precoce, exercícios de alongamentos e fortalecimentos, treinamento isométrico sem o uso de carga e, posteriormente, com o incremento deles. Exercícios devem ser realizados sem que o paciente sinta dor. Lesões musculares agudas e crônicas Fontes: acervo pessoal. Fase crônica: Desenvolver o controle neuromuscular, resistência à fadiga e força nos músculos envolvidos e relacionados: exercícios isométricos em múltiplos ângulos, ADM ativa e exercícios de estabilização, progredir para os isotônicos, de resistência submáxima a máxima, exercícios excêntricos e concêntricos; Manter a integridade e função das áreas associadas: exercícios ativo-assistidos, livres, resistidos e/ou aeróbicos modificados. Lesões musculares agudas e crônicas Fonte: acervo pessoal. Fortalecimento: Fase crônica Fontes: acervo pessoal. Treino de gestos esportivos e condicionamento aeróbico: Fase crônica Fontes: acervo pessoal. Exercício nórdico: previne as lesões musculares isquiotibiais. Treino excêntrico avançado Fonte: Including the Nordic hamstring exercise in injury prevention programmes halves the rate of hamstring injuries: a systematic review and meta-analysis of 8459 athletes. Br J Sports Med. 2019 Nov.; 53(21):1362-1370. Fonte: https://www.novafisio.com.br/ex ercicio-nordico-na-reducao-do- risco-de-lesoes-musculares- em-jogadores-de-futebol Aceleração – Desaceleração Fontes: acervo pessoal. Pliometria: saltos. Pliometria dos membros inferiores Fontes: DAVIES et al. CURRENT CONCEPTS OF PLYOMETRIC EXERCISE. Int J Sports Phys Ther. 2015; 10(6):760-86. Evolução dos exercícios • Fonte: Hamstring Muscle Injuries, a Rehabilitation Protocol Purpose. Asian J Sports Med. 2015 Dec.; 6(4):e25411. De acordo com as diretrizes clínicas para o tratamento das lesões musculares, analise as afirmações a seguir e, em seguida, assinale a alternativa correta: I. Os músculos podem ser alongados desde a fase aguda da lesão muscular grau I; II. O POLICE pode ser aplicado na fase subaguda para acelerar o processo de recuperação; III. O alongamento estático é essencial porque irá prevenir novas lesões futuras; IV. Na fase crônica, para o melhor alinhamento das fibras de colágeno e a redução de edema residual só poderá ser feito o ultrassom pulsado; V. O treinamento neuromuscular reduz o risco de lesões e deve ser incluído na forma de pliometria, para os atletas que demandam gestos esportivos que associam a força e a velocidade. Interatividade De acordo com as diretrizes clínicas para o tratamento das lesões musculares, analise as afirmações a seguir e, em seguida, assinale a alternativa correta: a) Todas as afirmações estão corretas. b) Apenas a I, II e IV estão corretas. c) Apenas a III e V estão corretas. d) Apenas a II e V estão corretas. e) Apenas a I, II e III estão corretas. Interatividade De acordo com as diretrizes clínicas para o tratamento das lesões musculares, analise as afirmações a seguir e, em seguida, assinale a alternativa correta: I. Os músculos podem ser alongados desde a fase aguda da lesão muscular grau I; II. O POLICE pode ser aplicado na fase subaguda para acelerar o processo de recuperação; III. O alongamento estático é essencial porque irá prevenir novas lesões futuras; IV. Na fase crônica, para o melhor alinhamento das fibras de colágeno e a redução de edema residual só poderá ser feito o ultrassom pulsado; V. O treinamento neuromuscular reduz o risco de lesões e deve ser incluído na forma de pliometria, para os atletas que demandam gestos esportivos que associam a força e a velocidade. Resposta De acordo com as diretrizes clínicas para o tratamento das lesões musculares, analise as afirmações a seguir e, em seguida, assinale a alternativa correta: a) Todas as afirmações estão corretas. b) Apenas a I, II e IV estão corretas. c) Apenas a III e V estão corretas. d) Apenas a II e V estão corretas. e) Apenas a I, II e III estão corretas. Resposta Caso clínico 1: Paciente do sexo feminino, 37 anos, auxiliar administrativa, destra, foi encaminhada pelo ortopedista para o atendimento no serviço ambulatorial de fisioterapia com uma queixa de dor e inchaço em antebraço, punho e mão direitos de pinçamento do polegar, que piora, principalmente, com o movimento há, aproximadamente, seis meses. Faz o uso de anti- inflamatórios não esteroides (AINES) com a melhora temporária, apenas, durante o uso do medicamento; Exame físico: dor à palpação na região de processo estiloide do rádio, de intensidade moderada (EVA = 6), edema em região de punho, perda de força e de mobilidade do polegar. Testes de Finkelstein e Eichoff positivos; RNM: o aumento daespessura do tendão dentro do primeiro compartimento extensor ao nível da extremidade distal do rádio e aumento de sinal no interior da bainha sinovial; HD: Tenossinovite de De Quervain (TSQ) – o objetivo da paciente: retornar ao trabalho o mais rápido possível. Doenças inflamatórias e degenerativas do tendão Quais fatores contribuíram para essa condição? No exame, quais os sinais que estão associados a esse diagnóstico? Quais são as intervenções de fisioterapia mais apropriadas? Doenças inflamatórias e degenerativas do tendão As lesões dos tendões estão entre as mais comuns por movimentos repetitivos. A tendinopatia do primeiro compartimento extensor do punho é denominada de Tenossinovite de De Quervain (TSQ). A TSQ está associada à sobrecarga de mãos e punho durante as atividades repetitivas, o trauma crônico secundário, podendo, também, ser causada por fatores intrínsecos como a predisposição genética e as variações anatômicas, o septo vertical e a presença de tendões acessórios do abdutor longo do polegar, mas, em muitos casos, não há uma causa bem definida. Acomete mais mulheres na faixa etária entre 30 a 50 anos. Doenças inflamatórias e degenerativas do tendão Quais fatores contribuíram para essa condição? No caso clínico apresentado, podemos correlacionar a atividade laboral relatada pela paciente “auxiliar administrativa”, idade de 37 anos e sexo feminino, como os fatores relacionados ao desenvolvimento de sua condição patológica. Doenças inflamatórias e degenerativas do tendão No exame, quais os sinais que estão associados a esse diagnóstico? “Dor e inchaço em antebraço, punho e mão direitos de pinçamento do polegar que piora, principalmente, com o movimento a, aproximadamente, seis meses. No exame físico, a paciente apresentou dor à palpação na região de processo estiloide do rádio de intensidade moderada (EVA = 6; escala visual analógica da dor), edema em região de punho, perda de força e de mobilidade do polegar”. Doenças inflamatórias e degenerativas do tendão Fonte: livro-texto. Teste de Finkelstein. Teste de Eichoff. Quais são as intervenções de fisioterapia mais apropriadas? Os objetivos da intervenção serão reduzir o processo inflamatório e prevenir a formação de aderências, e a recorrência de tendinite através de modalidades eletroterapêuticas e térmicas, como o ultrassom terapêutico, a estimulação nervosa transcutânea e a crioterapia, os exercícios leves de ADM, exercícios ativo-assistidos, exercícios isométricos, exercícios progressivos de fortalecimento muscular, progredir para o treino funcional com as atividades simuladas. Doenças inflamatórias e degenerativas do tendão Caso clínico 2: Paciente P.A.S., de 37 anos, sexo masculino, marceneiro com o diagnóstico clínico de epicondilite, foi encaminhando ao fisioterapeuta para a avaliação e o tratamento. A principal queixa do paciente é dor no cotovelo direito, a cerca de 4 meses, que piora com a atividade e alivia com o repouso. Apresentou uma limitação de movimento em extensão de punho, fraqueza para a preensão e para a elevação de objetos, presença de edema em braço e antebraço direito, dor à palpação no compartimento lateral do cotovelo direito, e positividade nos testes de Cozen e teste de Mill. Imagens de raio X, feitas na clínica, demonstraram uma calcificação em epicôndilo lateral. No exame de ressonância magnética observou-se uma lesão do tendão extensor comum com a zona de rotura intradendínea; Foi solicitado um exame de ressonância magnética. Deu início ao tratamento medicamentoso com anti-inflamatórios. Doenças inflamatórias e degenerativas do tendão De acordo com o diagnóstico clínico do paciente, quais são os fatores que contribuíram para a sua condição? Quais sinais podem estar associados a este diagnóstico no exame por imagem? Quais são as intervenções fisioterapêuticas mais adequadas? Doenças inflamatórias e degenerativas do tendão De acordo com o diagnóstico clínico do paciente, quais são os fatores que contribuíram para a sua condição? A extensão de punho associada à preensão repetitiva gera uma a sobrecarga dos músculos extensores, mantidos contraídos para estabilizar a região; Marcenaria: atividades de repetição ou esforços intensos isolados; A epicondilite é uma condição tendinosa, não inflamatória, processo de degeneração das fibras tendíneas, na junção miotendínea no ponto comum de inserção dos músculos; Lateral – tendão do extensor radial curto do carpo e, raramente, a borda anteromedial do extensor comum dos dedos e a superfície posterior do extensor radial longo do carpo. Doenças inflamatórias e degenerativas do tendão Quais sinais podem estar associados a este diagnóstico no exame por imagem? O paciente apresentou uma calcificação em epicôndilo lateral e lesão do tendão extensor comum com a zona de rotura intradendínea, alterações características de epicondilopatias; A avaliação radiográfica é, na maioria das vezes, normal, sendo útil para a exclusão de outras anormalidades, tais como: artrose, osteocondrite dissecante e corpos livres intra- articulares; cerca de 22% dos pacientes podem apresentar as calcificações nos pontos de inserção dos extensores em epicôndilo lateral; RNM tem maior sensibilidade e alterações locais, como: lacerações, microrrupturas tendíneas. Doenças inflamatórias e degenerativas do tendão Quais são as intervenções fisioterapêuticas mais adequadas? I. Etapa – Redução da sobrecarga e dor; estimular a cicatrização tendínea; II. Etapa – Condicionamento do membro superior, orientações posturais e funcionalidade. Modificação das atividades de vida diária e laborais, uso de medicamentos e intervenção fisioterapêutica. O uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) parece não ter benefícios, uma vez que não há um processo inflamatório envolvido. Doenças inflamatórias e degenerativas do tendão 1. Sobrecarga mecânica: importante para a adaptação nos tendões com o treinamento; 2. O nível de carga sobre o tendão (intensidade de contração muscular foi mais determinante para gerar o efeito de adaptação no tendão, independente do tipo de contração muscular; 3. O efeito crônico do exercício; (> 12 semanas) maiores benefícios. Sobrecarga X tendões Fontes: SEBASTIAN et al. Human tendon adaptation in response to mechanical loading: a systematic review and meta-analysis of exercise intervention studies on healthy adults. Sports Med Open. 2015 Dec;1(1):7; COUPPE et al. Eccentric or Concentric Exercises for the Treatment of Tendinopathies? J Orthop Sports Phys Ther 2015; 45(11):853-863. Quais são as intervenções fisioterapêuticas mais adequadas? Técnicas para o alívio da dor e estímulo da cicatrização; Crioterapia, ultrassom de baixa intensidade, laser de baixa potência, massagem transversal profunda; Exercícios de estiramento passivo da musculatura extensora; Exercícios ativos de punho sem carga e, progressivamente, exercícios de fortalecimento dos músculos extensores de punho. Doenças inflamatórias e degenerativas do tendão Fonte: livro-texto. Considere as características biomecânicas dos tendões e as recomendações mais atualizadas da literatura científica, e assinale a alternativa incorreta: a) Os tendões respondem à sobrecarga, adaptando-se ao estímulo imposto, alterando a sua mecânica (rigidez), o material e podendo, em alguns casos, alterar as suas propriedades morfológicas (área de secção transversal). b) O nível de carga sobre o tendão (intensidade de contração muscular) é mais determinante para gerar um efeito de adaptação no tendão, independente do tipo de contração muscular. c) Os alongamentos estáticos ativos ou passivos geram maior resposta de adaptação dos tendões e a sua remodelação. d) Programas de exercícios com a contração excêntrica isolada apresentambons resultados clínicos, o que promoveu o paradigma da carga excêntrica para a tendinopatia. No entanto, conforme descrito em revisão sistemática, há pouca evidência para isolar o componente excêntrico de um regime baseado em sobrecarga. e) O exercício físico baseado em sobrecarga progressiva estimula maior síntese de colágeno e estimula maior resistência aos tendões. Interatividade Considere as características biomecânicas dos tendões e as recomendações mais atualizadas da literatura científica, e assinale a alternativa incorreta: a) Os tendões respondem à sobrecarga, adaptando-se ao estímulo imposto, alterando a sua mecânica (rigidez), o material e podendo, em alguns casos, alterar as suas propriedades morfológicas (área de secção transversal). b) O nível de carga sobre o tendão (intensidade de contração muscular) é mais determinante para gerar um efeito de adaptação no tendão, independente do tipo de contração muscular. c) Os alongamentos estáticos ativos ou passivos geram maior resposta de adaptação dos tendões e a sua remodelação. d) Programas de exercícios com a contração excêntrica isolada apresentam bons resultados clínicos, o que promoveu o paradigma da carga excêntrica para a tendinopatia. No entanto, conforme descrito em revisão sistemática, há pouca evidência para isolar o componente excêntrico de um regime baseado em sobrecarga. e) O exercício físico baseado em sobrecarga progressiva estimula maior síntese de colágeno e estimula maior resistência aos tendões. Resposta Caso clínico: Uma mulher de 61 anos, com o diagnóstico de artrite reumatoide, há 12 anos, procurou por conta própria o serviço ambulatorial de uma clínica escola de fisioterapia para a avaliação e o tratamento. Sua queixa principal é de dores articulares em mãos, rigidez que ocorre pela manhã e cansaço constante. Relata, ainda, o formigamento na região de metacarpos e falanges em ambas as mãos, principalmente, quando realiza as atividades manuais por longos períodos. Informa que também passou a ter dores em joelhos e tornozelos, e que os sintomas de dor e inflamação intensificaram-se, e parecem mais frequentes. O episódio de exacerbação dos sintomas mais recente ocorrera cinco dias antes da visita à clínica. Artrite reumatoide Apresenta dor à palpação nas articulações das mãos, edema local, aumento do volume articular, deformidade óssea de punhos em desvio ulnar, pescoço de cisne e atrofia interóssea, joelhos e tornozelos valgos. A força de preensão palmar média, através da dinamometria manual, é de 0,5 kgf (mão direita) e 0,4 kgf (mão esquerda). Faz uso de ibuprofeno, diariamente. Nos exames laboratoriais apresentou uma atividade inflamatória aumentada, e proteína C reativa e fator reumatoide (FR) positivo. A radiografia em AP da região proximal de punho e mãos revelou osteoporose periarticular, redução do espaço articular, erosão óssea e deformidades articulares. Seus objetivos são reduzir a dor, sentir menos cansaço para as atividades domésticas e voltar a se dedicar a pintura terapêutica, atividade que vem desenvolvendo ao longo dos anos como hobby. Artrite reumatoide Correlacione os aspectos clínicos da AR ao quadro descrito no caso clínico. Quais fatores contribuíram para estas condições: Estabeleça as intervenções adequadas ao quadro clínico apresentado. Artrite reumatoide Correlacione os aspectos clínicos da AR ao quadro descrito no caso clínico: Rigidez articular, artrite das mãos, e demais articulações “joelhos e tornozelos”, nódulos reumatoides e fator reumatoide positivo. Artrite reumatoide Fonte: Colégio Americano de Reumatologia (2010). Quais fatores contribuíram para estas condições? Fatores de risco: idade avançada, sexo feminino, menopausa. A AR acomete as mulheres duas vezes a mais do que os homens, e a sua incidência aumenta com o avançar da idade. O sistema imunológico feminino mostra uma reatividade aumentada; Os hormônios sexuais, como: estrógenos, andrógenos e prolactina influenciam uma predisposição à AR. Doenças autoimunes são, altamente, influenciadas por estímulos hormonais, o seu curso pode ser modificado pela gravidez ou pelo uso de contraceptivos. Artrite reumatoide Estabeleça as intervenções adequadas ao quadro clínico apresentado: Diagnóstico cinesiológico funcional: Movimento restrito e doloroso; Fraqueza muscular progressiva, flexor superficial e profundo dos dedos e interósseo; Atrofia dos músculos interósseos; Desequilíbrio de comprimento e força entre os agonistas e antagonistas, e músculos intrínsecos e extrínsecos de mãos; Diminuição de atividades de preensão manual. Artrite reumatoide Intervenções: Artrite reumatoide Fonte: livro-texto. Objetivos Recursos Aliviar a dor e reduzir a sinovite Reduzir o edema Crioterapia, ultrassom terapêutico Massagem terapêutica Repouso relativo (talas funcionais) Restaurar a ADM das articulações afetadas Promover o alongamento muscular e do tecido conectivo Evitar as posições viciosas Exercícios de ADM Alongamento passivo, ou de contrair e relaxar Orientações quanto à postura e ao posicionamento Reestabelecer a força muscular Diminuir a atrofia muscular Promover o condicionamento cardiopulmonar Exercícios de resistência muscular localizada Exercícios de resistência aeróbica Estimulação elétrica Caso clínico: Paciente M.G.P., 63 anos, sexo feminino, aposentada, sedentária. Procurou o atendimento fisioterapêutico devido à piora de quadro álgico em joelho direito. Relata que as dores no joelho se iniciaram há pouco mais de 1 ano e que, a 4 dias, sofreu uma queda da própria altura em uma via pública quando retornava da feira. Queixa-se de fortes dores no joelho direito (grau 6 = EVA) durante a caminhada, e ao subir e descer as escadas, e, também, ao sentar e levantar, e rigidez durante a manhã. Ao exame físico observou-se um aumento do volume articular, edema unilateral, hipotrofia de quadríceps, limitação de movimento articular, crepitação e genuvaro unilateral. Osteoartrite No teste de força a paciente apresentou grau de força 3 de musculatura flexora, extensora e rotadores de joelho. Para a avaliação do equilíbrio corporal e marcha foi aplicado o Teste de Tinetti com escore de 18 pontos indicando um elevado risco para as quedas. Não faz uso de dispositivo auxiliar para a marcha. A paciente tem índice de massa corporal (IMC) de 31 kg/m2 e não segue qualquer programa regular de exercícios. No exame de radiografia simples com a incidência de frente e de perfil, do joelho direito, apresentou uma redução do espaço femorotibial medial, osteófitos patelares e esclerose subcondral. Tem um histórico de artrite gotosa. Faz uso diário de medicamentos analgésicos para o controle da dor. Osteoartrite Quais fatores estão relacionados aos comprometimentos apresentados pela paciente? A paciente apresenta diversos fatores de riscos relacionados à osteoartrite: Idade avançada; Sexo feminino; Obesidade grau I (IMC = 31); Sobrecarga articular; Doença articular inflamatória (artrite gotosa); Histórico de trauma. Osteoartrite Identifique o tipo de osteoartrose, quanto ao local de acometimento e musculaturas envolvidas: Osteoartrose secundária :relacionada a uma patologia pré-existente (artrite gotosa); Gonartrose, envolve a articulação do joelho; Grau de força 3 de musculatura flexora, extensora de joelho. Osteoartrite Fonte: KENDALL et al. Músculos Provas e Funções. São Paulo: Manole, 1995. Descreva um plano de tratamento terapêutico adequado. No caso clínico descrito, vimos que a paciente apresenta uma dor moderada, sinais de inflamação aguda, redução de amplitude de movimento articular, deformidade articular, perda de volume e fraquezamuscular, risco elevado para as quedas. Alívio dos sinais e sintomas com a redução da dor e rigidez articular. Prescrição e treino de marcha com uma bengala para a redução de carga articular. Manutenção e melhora da mobilidade articular. Redução da incapacidade física, melhora do desempenho e condicionamento muscular. Treino de equilíbrio corporal, prevenção de quedas. Orientações sobre o autogerenciamento da doença. Osteoartrite Fonte: acervo pessoal. Diretrizes clínicas: Mobilização: > nutrição da cartilagem; Fortalecimento muscular: < sobrecarga articular; Fortalecimento + reeducação proprioceptiva, estabilização articular; Exercícios aeróbicos de baixo impacto. Osteoartrite Fonte: SHARON et al. American College of Rheumatology/Arthritis Foundation Guideline for the Management of Osteoarthritis of the Hand, Hip, and Knee. Arthritis Care & Research. 72, n. 2, 2020, 149-162. Paciente S.F.H., 67 anos, dona de casa sedentária, relata uma queixa de dor na parte medial dos joelhos, há sete anos, principalmente, ao final do dia e para subir as escadas. Pela manhã, os seus joelhos estão rígidos, e quando sente dor diz que fica deitada e faz a aplicação de compressas quentes. A paciente relata, também, que tem receio de ajoelhar no chão e se agachar para pegar os pesos ou fazer o serviço de casa. Ela trouxe a radiografia mostrada a seguir. Neste intervalo de tempo fez tratamento com analgésicos e anti-inflamatórios recomendados pelo ortopedista , além da fisioterapia na clínica do seu convênio, na qual realizou mais de 50 sessões com a aplicação de TENS, ondas curtas, e alongamentos ativos da cadeia posterior e de quadríceps. Diante deste caso, quais seriam as diretrizes recomendadas para o tratamento adequado desta paciente embasado pela prática baseada em evidências? Assinale a alternativa incorreta: Interatividade Fonte: acervo pessoal. a) Para esta paciente são indicados os exercícios de fortalecimento progressivos. b) Para esta paciente é indicado o repouso na fase da dor e os exercícios sem impacto. c) Esta paciente apresenta medo em algumas atividades; é importante expô-la às atividades de exposição gradual ao movimento que ela tem medo. d) Fortalecimentos em cadeia cinética fechada com os ângulos de proteção articular são recomendados e funcionais. e) A atividade aeróbica de baixo impacto é importante para os efeitos analgésicos e a manutenção do peso corporal. Interatividade a) Para esta paciente são indicados os exercícios de fortalecimento progressivos. b) Para esta paciente é indicado o repouso na fase da dor e os exercícios sem impacto. c) Esta paciente apresenta medo em algumas atividades; é importante expô-la às atividades de exposição gradual ao movimento que ela tem medo. d) Fortalecimentos em cadeia cinética fechada com os ângulos de proteção articular são recomendados e funcionais. e) A atividade aeróbica de baixo impacto é importante para os efeitos analgésicos e a manutenção do peso corporal. Resposta Caso clínico: Paciente L.N.A., de 68 anos, aposentada, foi encaminhada ao serviço de fisioterapia domiciliar devido ao pós-operatório de artroplastia total de quadril direito (ATQ) cimentada com o acesso posterolateral, realizada há uma semana. Paciente relata que, antes da cirurgia, sofria com constantes dores e limitações para as suas atividades de vida diária, e que passou por tratamento fisioterapêutico e medicamentoso por 2 anos ininterruptos. Foi indicada a ATQ devido à osteoartrose primária de quadril bilateral com maior comprometimento do lado direito. No exame físico apresentou a redução da ADM para os movimentos de flexão, abdução, rotação interna e rotação externa de quadril direito e esquerdo; Sinais de Trendelenburg, Thomas e Galeazzi positivos; Queixa-se de dor, amplitude de movimento reduzida e fraqueza muscular. Faz o uso de andador; apoio de peso é tolerado. Artroplastias Descreva as principais indicações para a ATQ: Estabeleça um programa de intervenção para esta paciente; Elabore um guia de instruções para a alta desta paciente; neste deve constar as orientações gerais quanto ao posicionamento, as transferências e o uso de dispositivos auxiliares à marcha. Artroplastias Descreva as principais indicações para a ATQ: São indicações comuns para a ATQ: Limitações funcionais, dor, perda de mobilidade; Instabilidade ou deformidade do quadril; Indicações radiográficas de doenças intra-articulares; Falha do tratamento conservador. A paciente foi submetida à ATQ devido a uma “osteoartrose primária de quadril bilateral com maior comprometimento do lado direito”. Histórico de perdas funcionais, restrição da mobilidade e intenso quadro álgico foram decisivos para à indicação cirúrgica. Artroplastias Estabeleça um programa de intervenção para esta paciente: Prevenir as complicações vasculares e pulmonares: através de exercícios ativos de tornozelo; Prevenir as luxações ou subluxações pós-operatória do quadril; orientar sobre as restrições de movimento, mobilidade segura e precauções durante as atividades de vida diária; Restabelecer ou manter a mobilidade funcional: treinamento de transferência considerando as restrições de apoio de peso e movimento, orientações e uso de dispositivo de marcha; Exercícios de alongamento e posicionamento para reduzir a contratura em flexão de quadril; Manter ou recuperar o nível funcional de força e resistência muscular ,exercícios ativo-resistidos em padrões de movimentos funcionais, exercícios em cadeia cinética aberta e fechada dentro das amplitudes toleradas, iniciar um programa de condicionamento aeróbico, progressivamente. Artroplastias Estabeleça um programa de intervenção para esta paciente: Cuidado: risco de luxação da prótese! Flexão de quadril > 90 graus; Adução além da linha média; Rotações extremas. Artroplastias Fontes: acervo pessoal. Mobilização de flexão e extensão do quadril até 70 a 90º graus, abdução do quadril: Mobilização de flexão, extensão de joelho paciente sentada flexão de quadril menor do que 90º graus: Artroplastias Fontes: Cartilha para os pacientes submetidos à artroplastia total de quadril. Disponível em: https://www.into.saude.gov.br. Acesso em: 10 ago. 2022. Exercícios isométricos: Artroplastias Fontes: Cartilha para os pacientes submetidos à artroplastia total de quadril. Disponível em: https://www.into.saude.gov.br. Acesso em: 10 ago. 2022. Fortalecimento: Inicialmente, os fortalecimentos são realizados em isometria; nas primeiras semanas de PO, alguns exercício de fortalecimento, como, por exemplo, no músculo glúteo médio deve ser realizado o fortalecimento, somente, a partir da 6ª semana de tratamento fisioterapêutico, sempre respeitando o limite do paciente; Este exercício pode evoluir com o paciente em decúbito lateral, a partir da 6º semana PO. Artroplastias Fontes: Cartilha para os pacientes submetidos à artroplastia total de quadril. Disponível em: https://www.into.saude.gov.br. Acesso em: 10 ago. 2022. Elabore um guia de instruções para a alta desta paciente; neste, deve constar as orientações gerais quanto ao posicionamento, às transferências e ao uso de dispositivos auxiliares à marcha. Artroplastias Fontes: livro-texto. Artroplastias Fontes: Cartilha para os pacientes submetidos à artroplastia total de quadril. Disponível em: https://www.into.saude.gov.br. Acesso em: 10 ago. 2022. Não cruzar/fechar as pernas Não puxar o cobertor Não girar/rodar o corpo Transferências: Mantenha a perna operada esticada e o corpo inclinado para trás; o paciente deve realizar o apoio na perna não operada e nos braços. Artroplastias Fontes: Cartilha para os pacientes submetidos à artroplastiatotal de quadril. Disponível em: https://www.into.saude.gov.br. Acesso em: 10 ago. 2022. Treino de marcha: Levar em consideração o tipo de cirurgia e a prótese; Prótese cimentada; descarga de peso total imediato com andador; prótese não cimentada, somente, após 6 semanas; descarga de peso parcial total de 3 meses; Primeiro, coloque o andador ou a muleta à frente, avance com a perna operada, apoie o peso do corpo nos braços e, por último, leve à perna não operada; Corrigir os vícios de marcha e compensações do paciente. Artroplastias Fontes: Cartilha para os pacientes submetidos à artroplastia total de quadril. Disponível em: https://www.into.saude.gov.br. Acesso em: 10 ago. 2022. Ao subir e descer as escadas: Para descer deve colocar-se, primeiro, a muleta junto com o membro operado e apoiar na barra, para subir, primeiro, a perna não operada e, depois, a perna operada junto com a muleta, sempre apoiando na barra. Fontes: Cartilha para os pacientes submetidos à artroplastia total de quadril. Disponível em: https://www.into.saude.gov.br. Acesso em: 10 ago. 2022. Paciente, 70 anos, com a história prévia de osteoartrite de quadril e osteoporose com a limitação importante da amplitude de movimento de quadril, e o comprometimento da marcha. Foi indicada para realizar uma artroplastia de quadril. O exame de raio X demonstra a articulação no pós-operatório. Interatividade – Artroplastias Fonte: acervo pessoal. Diante das características da paciente e do raio X, assinale a alternativa correta: I. Trata-se de uma artroplastia cimentada devido à idade avançada e à condição de osteoporose apresentada pela paciente; II. Na radiografia observa-se uma artroplastia total do quadril, sendo esta indicada devido ao quadro prévio de degeneração articular apresentado pela paciente; III. Na artroplastia de quadril cimentada a descarga de peso deve ser restrita no membro operado por 6 semanas; IV. Na prótese cimentada não há a necessidade de controlar a amplitude de movimento nos exercícios, porque o cimento biológico impede a luxação da prótese; V. A reabilitação da artroplastia cimentada é mais demorada. Interatividade a) As afirmações I, II, III, IV e V estão corretas. b) As afirmações I, II e IV estão corretas. c) As afirmações I e II estão corretas. d) As afirmações I, II, III e V estão corretas. e) As afirmações I, II e III estão corretas. Interatividade Diante das características da paciente e do raio X, assinale a alternativa correta: I. Trata-se de uma artroplastia cimentada devido à idade avançada e à condição de osteoporose apresentada pela paciente; II. Na radiografia observa-se uma artroplastia total do quadril, sendo esta indicada devido ao quadro prévio de degeneração articular apresentado pela paciente; III. Na artroplastia de quadril cimentada a descarga de peso deve ser restrita no membro operado por 6 semanas; IV. Na prótese cimentada não há a necessidade de controlar a amplitude de movimento nos exercícios, porque o cimento biológico impede a luxação da prótese; V. A reabilitação da artroplastia cimentada é mais demorada. Resposta a) As afirmações I, II, III, IV e V estão corretas. b) As afirmações I, II e IV estão corretas. c) As afirmações I e II estão corretas. d) As afirmações I, II, III e V estão corretas. e) As afirmações I, II e III estão corretas. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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