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Aula 7

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Economia Política
Aula 7 - Política econômica–social
INTRODUÇÃO
Resolver questões sociais é fundamental para alcançar o desenvolvimento econômico. Os problemas sociais existentes no país afetam os investimentos empresariais e exigem cada vez mais recursos
públicos. O governo precisa aumentar seus gastos para dar segurança, educação e saúde para uma população cada vez mais dependente desses serviços. Com isso, necessita de mais recursos tributários
exigidos para garantir os direitos básicos ao cidadão previstos na Constituição Federal brasileira.
A falta de Rexibilidade em nosso mercado de trabalho, o excesso de burocracia e a elevada carga tributária, resultaram em um crescimento do trabalho informal, em que o trabalhador não recebe as garantias de
natureza social e trabalhista. A renda dos trabalhadores informais se torna inferior aos trabalhadores formais, protegidos pela legislação, criando uma discrepância de rendimentos no próprio mercado de
trabalho.
Deve ser ressaltado que ocorre uma relação entre a informalidade veriVcada nas empresas e aquela observada no mercado de trabalho, exigindo que o governo implante medidas de incentivo a criação de micro
e pequenas empresas (Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas - Lei Complementar 123/2006) com a redução de tributos e de burocracia.
Vamos falar mais sobre esses assuntos, nesta aula!
OBJETIVOS
Conhecer como ocorre a presença do Estado brasileiro nas Políticas Públicas Sociais;
Compreender os efeitos que a desigualdade de renda pessoal e regional causam a população;
Analisar os setores formais (tributáveis) e informais (não-tributáveis) da economia.
POLÍTICA ECONÔMICA-SOCIAL
De um modo geral, os Estados Modernos, independentemente do regime político vigente e da condição econômica, têm desempenhado um papel relevante nas questões sociais. O alcance e a intensidade das
ações do Estado variam conforme as características de cada formação social, podendo estas ações ir desde a adoção de políticas públicas com foco nos segmentos sociais mais vulneráveis até modelos
amplos de ampla inclusão baseados no chamado bem-estar social.
A implantação das políticas sociais ocorre por meio de ações estatais diretas e indiretas:
Ações estatais diretasAções estatais diretas
Ocorrem por meio da aplicação de medidas regulatórias, desenvolvendo-se políticas públicas de transferência de renda, de incentivos Vscais e da provisão de bens e
serviços.
Ações estatais indiretasAções estatais indiretas
Acontecem por meio de parcerias com instituições privadas, com ou sem Vnalidade lucrativa.
O desenvolvimento econômico está diretamente relacionado ao atendimento das questões sociais, permitindo que o trabalhador possa desempenhar bem suas funções e obter constantes aumentos de
produtividade e crescimento proVssional. Por sua vez, o produtor poderá investir em seu negócio buscando a sustentabilidade e o retorno desejado.
POLÍTICAS DE SEGURANÇA, EDUCAÇÃO E SAÚDE
A segurança, a educação e a saúde são requisitos fundamentais das políticas sociais. Abordaremos esses aspectos, a seguir.
Fonte da Imagem:Fonte da Imagem: Shutterstock
SegurançaSegurança
É um bem público, que têm como característica principal a indivisibilidade do consumo. Como não se pode avaliar a quantidade de serviços consumida pelos diferentes indivíduos, a determinação do preço, por
meio de mecanismos de mercado torna-se, senão impossível, pelo menos muito difícil. Por este motivo, a intervenção do governo se faz indispensável para o atendimento das necessidades coletivas, utilizando-
se a tributação para a obtenção compulsória de recursos necessários ao Vnanciamento desses serviços.
Para as pessoas e para o país, a segurança é um bem fundamental, consistindo em uma das obrigações do Estado para com o cidadão. Para que a vida em sociedade possa se desenvolver de maneira
adequada, necessário se faz que cada indivíduo tenha um mínimo de segurança que lhe permita trabalhar, estudar, consumir, aprimorar-se, divertir-se, estar em casa ou na rua sem que esteja sob o risco de
qualquer violência.
EducaçãoEducação
A educação representa um requisito fundamental para uma adequada inserção do indivíduo na sociedade. A melhoria do desempenho em qualquer proVssão demanda um crescente grau de conhecimento,
tanto especíVco (as técnicas próprias de cada atividade), como geral e diversiVcado, ao mesmo tempo em que o crescimento do indivíduo requer cada vez mais capacidade de absorver informações acerca dos
problemas da sociedade e do Estado.
ART. 22
Compete privativamente à União legislar sobre: [...] XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; [...]
ART. 23
É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: [...] V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; [...]
ART. 24
Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: [...] IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; [...]
Saiba maisSaiba mais
, O Art. 205 da Constituição Federal brasileira determina que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualiVcação para o trabalho.
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SaúdeSaúde
A saúde pode ser considerada como um investimento e não como uma despesa de consumo. O investimento ineVciente na saúde pode causar sérios desequilíbrios socioeconômicos, tendo impactos
signiVcativos no desenvolvimento econômico. O investimento em saúde está associado a uma melhora do nível de produtividade na economia. O planejamento dos gastos em saúde segundo o
desenvolvimento econômico de cada região é importante para reduzir as desigualdades pessoais e regionais observadas no país.
O art. 196 da Constituição Federal brasileira determina a saúde como um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
As questões sociais são fundamentais para a sustentabilidade da economia. O país ainda apresenta problemas sociais que afetam os investimentos empresariais e exigem cada vez mais recursos públicos.
Assim:
A segurançasegurança é importante para que a população alcance o bem-estar tendo a tranquilidade de realizar suas tarefas sem estar preocupado em relação aos riscos advindos da violência.
A educaçãoeducação é fundamental para que se possa ter mão de obra capaz de enfrentar os novos desaVos oferecidos pelas novas tecnologias e o processo de globalização da economia.
A saúdesaúde, por sua vez, é um fator que afeta a produtividade do trabalhador e exige constantes gastos por conta do setor público.
DISTRIBUIÇÃO DA RENDA – O COEFICIENTE DE GINI
A medida mais conhecida do nível de desigualdade de renda de um país é conhecida como CoeVciente de GiniCoeVciente de Gini. Ele consiste em um número entre 0 e 1, onde:
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A desigualdade de renda no Brasil se observa na formação do mercado de trabalho. A rigidez do mercado de trabalho, o excesso de burocracia e a elevada carga tributária, resultaram em um crescimento do
trabalho informal, em que o trabalhador não recebe as garantias de natureza social e trabalhista. A renda dos trabalhadores informais se distancia dos trabalhadores formais, protegidos pela legislação, criando
uma desigualdade no próprio mercado de trabalho.
Na esfera regional existe um distanciamento entre a remuneração do trabalho em determinadas regiões (Norte, Nordeste e Centro-Oeste) em relação às outras (Sul e Sudeste). A remuneração mais elevada
percebida em determinadas regiões, gera desigualdade entre as categorias de trabalhadores e aprofunda o distanciamento existente no país. Uma política governamental defortalecimento do salário mínimo
poderá ser um instrumento para reduzir as disparidades, fortalecendo o poder aquisitivo dos trabalhadores nas regiões mais desfavorecidas.
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Deve ser ressaltada a contribuição da legislação constitucional no sentido de reduzir as desigualdades regionais e pessoais.
O art. 21 da Constituição Federal diz que compete à União:O art. 21 da Constituição Federal diz que compete à União:
[...] IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;
[...] XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; [...].
Posteriormente, o ar t. 43 e parágrafo 2º. e 3º. da Constituição Federal aVrma que, para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexoPosteriormente, o ar t. 43 e parágrafo 2º. e 3º. da Constituição Federal aVrma que, para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo
geoeconômico e social , visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. [ . . . ] § 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma dageoeconômico e social , visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. [ . . . ] § 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da
lei:lei:
I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público;
II - juros favorecidos para Vnanciamento de atividades prioritárias;
III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas;
IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas. § 3º Nas áreas a que se refere o § 2º,
IV, a União incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.
As oportunidades desiguais no sistema educacional brasileiro acentuam as disparidades de renda entre as diversas classes sociais. O acesso ao mercado de trabalho cada vez mais seletivo, distingue a mão de
obra qualiVcada e a não qualiVcada, aumentando, consequentemente, a desigualdade de renda. No mercado globalizado, em que o comércio internacional torna-se fundamental para a consolidação das
economias em desenvolvimento, o investimento em educação passa a ser o divisor entre o desenvolvimento sustentado e a perpetuação do nível de pobreza.
O próprio art. 170 da Constituição Federal brasileira determina que a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por Vm assegurar a todos existência digna, conforme
os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: [...] VII - redução das desigualdades regionais e sociais; [...]
AtençãoAtenção
, Apesar da diminuição da desigualdade de renda no Brasil, veriVcada nos últimos tempos, esta ainda permanece bastante elevada. A parte da renda nas mãos da população mais rica é muito superior daquela detida pelos mais
pobres. Comparando com outros países, o Brasil continua ocupando uma lamentável posição de destaque, caracterizando-se como detentor de um dos mais elevados graus de desigualdade no mundo.
A igualdade é uma meta a ser alcançada. Na medida em que esse objetivo é compartilhado por muitos brasileiros, justiVca por si só que a política e a economia do país estejam voltadas para tornar sustentável essa queda da
desigualdade. Não obstante, reduções na desigualdade são também instrumentos valiosos para combater a pobreza e principalmente a extrema pobreza. Estas últimas são reduzidas quando a renda dos mais pobres cresce.
1 - A medida mais conhecida do nível de desigualdade de renda de um país é conhecida como:
Índice de Variação de Renda.
Denominador de Distribuição de Renda.
CoeVciente de Gini.
Curva de Desigualdade de Renda.
Denominador de Desigualdade de Renda.
JustiVcativa
2 - NÃO é incentivo regional visando a reduzir as desigualdades de renda:
Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa.
Igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público.
Juros favorecidos para Vnanciamento de atividades prioritárias.
Isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas.
Prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.
JustiVcativa
SETORES FORMAIS (TRIBUTÁVEIS) E INFORMAIS (NÃO TRIBUTÁVEIS) DA ECONOMIA
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A economia informal é um tema que vem sendo objeto de grande preocupação e discussão a nível internacional desde o Vnal do século passado. O crescimento das atividades informais, proveniente do maior
número de atividades econômicas que atuam à margem da economia oVcial (formal – tributável), traz à discussão, o aspecto social, o processo de Vscalização e de arrecadação tributária, o sistema de saúde e
de benefícios da previdência, e o fato de que estão sendo produzidas riquezas que não são registradas nas estatísticas oVciais. Além disso, o comércio informal é o mecanismo pelo qual a pirataria passa a
distribuir seus produtos ameaçando, inclusive, a própria sobrevivência das atividades econômicas formais.
A importância das questões sociais que acompanham a redução das vagas no setor formal da economia, causado, entre outros motivos, pela maior produtividade das empresas modernas, resulta em uma
maior tolerância por parte do Estado para existência das atividades econômicas informais, preservando-as como uma alternativa para absorver uma mão-de-obra que na ausência da economia informal Vcaria
dependente mais fortemente dos serviços de natureza pública.
No entanto, devem ser ressaltados os riscos advindos do crescimento da economia informal que desmoraliza do sistema de arrecadação tributária do Estado ou estimula a falta de interesse dos indivíduos em
realizar investimentos no setor formal da economia em face da concorrência desleal.
Saiba maisSaiba mais
, O crescimento do mercado informal pode ser considerado uma característica inerente das economias desajustadas. A pouca eVciência do sistema estatal, os elevados impostos, a burocracia e a corrupção, faz com que seja
difícil a permanência na formalidade, estimulando-se o surgimento do setor informal, que à margem da lei, garantem ao menos a sobrevivência de seus integrantes, evitando crises de natureza social.
CARACTERÍSTICAS DO SETOR INFORMAL
A informalidade surge como um fenômeno mundial em face da redução do poder aquisitivo, da marginalização de parcela da população e pelo crescimento do desemprego nas economias modernas. No Brasil,
as práticas informais no mercado nacional de produção e trabalho se multiplicam, associadas ao crescente desemprego, a uma elevada burocracia e a uma carga tributária excessiva mesmo se comparada a
padrões internacionais.
Como caracterização, a informalidade pode estar associada a uma relação econômica ou trabalhista que foge ao amparo da lei, constituída por:
Existe uma relação entre informalidade nas empresas e informalidade no mercado de trabalho, fato que motivou medidas do governo brasileiro para incentivar a criação de micro e pequenas empresas (LeiLei
Geral das Micro e Pequenas Empresas - Lei Complementar 123/2006Geral das Micro e Pequenas Empresas - Lei Complementar 123/2006 (glossário) (glossário)), com a redução de tributos e de burocracia.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm
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De acordo com o Art. 1o e incisos I, II e III dessa Lei Complementar, são estabelecidas normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensadoàs microempresas e empresas de
pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere:
I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias;
II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias;
III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão.
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Cabe ressaltar, ainda, a legislação constitucional brasileira em proteção das pequenas empresas:
Art. 170.Art. 170.A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por Vm assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, [...] IX - tratamento
favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Art. 179.Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim deVnidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-
las pela simpliVcação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.
AtençãoAtenção
, Entretanto, as pequenas e microempresas respondem por uma restrita parcela dos empregos formais. As pequenas empresas e microempresas são as principais responsáveis pelo emprego informal, sendo, ao mesmo tempo, a
mais prejudicada pelo excesso de burocracia e pela elevada tributação. Uma economia com os problemas estruturais como a brasileira depende da pequena empresa para reduzir as tensões sociais, criando uma informalidade
que ameaça a própria sobrevivência do setor formal.
Fiscalização mais efetiva;
SimpliVcação da legislação;
Menor rigidez na legislação trabalhista;
Redução da carga tributária;
Menor burocracia.
PRECEITOS CONSTITUCIONAIS DE PROTEÇÃO AO TRABALHADOR FORMAL
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A Constituição Federal brasileira de 1988 prevê uma série de direitos aos trabalhadores dentro da estrutura formal. O recurso à informalidade faz com que o trabalhador venha a perder esses direitos. Estão
destacados alguns incisos do art. 7º. da Constituição Federal brasileira.ar t. 7º. da Constituição Federal brasileira.
São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo, Vxado em lei, nacionalmente uniVcado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família [...]
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; [...]
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; [...]
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos Vxados em lei; [...]
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria; [...]
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de
trabalho; [...]
3 - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social com EXCEÇÃO:
Irredutibilidade do salário.
Remuneração do trabalho noturno igual ao diurno.
Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas.
Décimo terceiro salário com base na remuneração integral.
Salário mínimo, Vxado em lei, nacionalmente uniVcado.
JustiVcativa
4 - As pequenas empresas e microempresas constituem as principais responsáveis pelo(a):
Emprego Formal
Distribuição de Renda
Arrecadação Tributária
DéVcit Fiscal
Emprego Informal
JustiVcativa
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, ENCARGOS E INFORMALIDADE
A legislação brasileira praticamente restringe em uma única forma de contratação de empregados: o contrato de trabalho regido pela CLT – Consolidação das Leis do TrabalhoCLT – Consolidação das Leis do Trabalho. Com isso, processos
alternativos de contratação de empregados, como a terceirização e a prestação de serviços através de pessoas jurídicas, exigirão um tratamento especial considerando a opção mais simples que é a
informalidade.
Na legislação trabalhista não existe diferença entre a pequena e a grande empresa. O crescimento econômico deve se basear no fortalecimento da pequena empresa, no qual mais se veriVca a informalidade.
Assim, deve-se discutir na legislação que regula as relações de trabalho a possibilidade de maior negociação entre capital e trabalho, no tocante aos pequenos empreendimentos.
Os aspectos trabalhistas estão estabelecidos na Constituição Federal, em que se destaca inicialmente o art. 7º. que se refere aos direitos dos trabalhadores. Esse artigo concede aos trabalhadores uma série de
direitos que são comuns aos trabalhadores das grandes empresas e da micro e pequena empresa.
Saiba maisSaiba mais
, A incapacidade, muitas vezes, em conceder os benefícios citados para a micro e pequena empresa, resulta em acordos particulares característicos dos contratos informais. A Vscalização deVciente em regiões remotas serve
para agravar ainda mais a situação do trabalho informal.
As contribuições e encargos existentes na legislação trabalhista estimulam esse crescimento anormal do mercado de trabalho informal que gera uma concorrência desleal entre empresas e a queda de arrecadação previdenciária.
O aumento dos encargos trabalhistas (FGTS, previdência social, entre outros), gera uma elevação no custo para as empresas. Com isso, existe uma redução na oferta de emprego formal, e um investimento em segmentos de alta
tecnologia, pouco intensivo em mão de obra.
Veja alguns artigos da Constituição Federal que abordam a questão trabalhista:
A Constituição Federal, em seu art. 8º, deVne a atuação da entidade sindical no âmbito das relações trabalhistas:A Constituição Federal, em seu art. 8º, deVne a atuação da entidade sindical no âmbito das relações trabalhistas:
Art. 8º É livre a associação proVssional ou sindical, observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; [...].
O art. 114 da Constituição Federal que estabelece o papel da justiça do trabalho nos dissídios individuais e coletivos, no entanto, tem sido discutida a possibil idade deO art. 114 da Constituição Federal que estabelece o papel da justiça do trabalho nos dissídios individuais e coletivos, no entanto, tem sido discutida a possibil idade de
incremento à arbitragemou aos acordos Vrmados pelas entidades particulares.incremento à arbitragem ou aos acordos Vrmados pelas entidades particulares.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II – as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III – as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; [...] 
V – os conRitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, [...] 
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de Vscalização das relações de trabalho; [...]”.
ATIVIDADE
Vamos exercitar os seus conhecimentos!
Leia o texto “Mulheres recebem 24% menos do que homens no mercado de trabalhoMulheres recebem 24% menos do que homens no mercado de trabalho (glossário) (glossário)” e, em seguida, comente sobre os tópicos a seguir:
A importância da educação para o trabalhador se inserir no mercado de trabalho globalizado;
A desigualdade de renda entre homens e mulheres no mercado de trabalho e o crescimento do trabalho informal.
Poderá ser consultado o site do PlanaltoPlanalto (glossário) (glossário).
Resposta Correta
Glossário
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon639/galeria/aula7/docs/A7_t9.pdf
http://www.planalto.gov.br/

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