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Lições Bíblicas - 2022 - 1 Trimestre

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ADULTOS |1°TR IM ESTRE 2022
A Supremacia 
das Escrituras
a Inspirada, Inerrante 
e Infalível Palavra de Deus
SEU ESTILO TOCA AQUI!
CLICANDOCLICANDO 
AQUIAQUI
OU BAIXE NOSSOOU BAIXE NOSSO
 APP CLICANDO NASAPP CLICANDO NAS 
 PLATAFORMASPLATAFORMAS
ABAIXOABAIXO
ACOMPANHEACOMPANHE
NOSSA RÁDIONOSSA RÁDIO
https://player.maxcast.com.br/paznaweb
https://play.google.com/store/apps/details?id=sigabem.virtues.ag.appradio.pro
http://l.radios.com.br/r/16440
https://linktr.ee/paznaweb
.JÇOES
Bíb l ic a s
Professor 11 ° Trim estre de 20 22 
Com entarista: Douglas Baptista
SUMÁRIO
A Supremacia das Escrituras: 
a In sp irad a , In erran te e In fa líve l P a la vra de Deus
1 - A Autoridade da Bíblia 03
2 - A Inspiração Divina da Bíblia 10
3 - A Inerrância da Bíblia 17
4 - A Estrutura da Bíblia 25
5 - Como Ler as Escrituras 33
6 - A Bíblia como um Guia para a Vida AO
7 - A Bíblia Transforma as Pessoas a
8 - A Lei e os Evangelhos revelam Jesus 54
9 - As Histórias e as Poesias Falam ao Coração 61
10 - As Profecias Despertam e Trazem Esperança 68
11 - Lucas-Atos: 0 Modelo Pentecostal para Hoje 75
12 - As Epístolas Instruem e Formam os Cristãos 83
13 - A Leitura da Bíblia e a Educação Cristã 9 0
B íb l ic a s
Prezado(a) Professor(a),
É v e rd a d e qu e a B íb lia é o l iv r o m a is 
vend id o no m undo. M as h á um recuo da 
resp o sta se a p ergu n ta for: “A B íb lia é o 
liv ro m a is lido do m u n d o?” Isso ocorre 
porque há grand es d esafios para a leitura 
da B íb lia na ig re ja nos d ias atu a is . E sses 
desafios rem ontam a linguagem , o tempo, 
a cu ltu ra e o fe rv o r esp iritu al.
Por isso, para inaugurar este prim eiro tri­
m estre, bem como o novo projeto editorial 
do C u rrícu lo de Escola D om in ica l CPAD, 
abordarem os o tem a da “ Suprem acia das 
E scritu ra s".
Nosso propósito é destacar a suprem acia 
das Escrituras, sua autoridade, inspiração 
e in errân cia ; ao m esm o tem po ap resen ­
tá - la de m a n e ira com p reen síve l p a ra a 
n o ssa ig re ja . E, f in a lm e n te , d ese ja m o s 
qu e, ao f in a l do t r im e s tr e , fo rm e m o s 
b o n s le ito re s da B íb lia , de m od o que o 
fe rv o r e sp ir itu a l se ja m a is e m a is um a 
realidade em n o ssa igreja.
Bom trim estre!
José W ellington Bezerra da Costa 
P re s id e n te do C o n se lh o 
A d m in is t r a t iv o
Ronaldo Rodrigues de Souza
D ire to r E x e c u tiv o
Conheça mais
sobre o N ovo C u rrícu lo 
de E sc o la D o m in ica l
CPAD
Presidente da Convenção Geral 
das Assembleias de Deus no Brasil
losé W ellington Costa Junior
Presidente do Conselho Administrativo
José W ellington Bezerra da Costa
Diretor Executivo 
Ronaldo Rodrigues de Souza
Gerente de Publicações 
A lexandre Claudino Coelho
Consultor Doutrinário e Teológico
Elienai Cabral
Gerente Financeiro
Josafá Fran k lin Santos Bom fim
Gerente de Produção
Jarbas Ram ires Silva
Gerente Comercial
Cícero da Silva
Gerente da Rede de Lojas >
loão B atista Guilherm e da Silva
Gerente de TI
Rodrigo Sobral Fernandes
Gerente de Comunicação
Leandro Souza da Silva
Chefe do Setor de Educação Cristã
M arcelo Oliveira
Chefe do Setor de Arte & Design
W agner de Alm eida
Editor
M arcelo Oliveira
Redação
Setor de Educação Cristã
Revisora
Verônica Araújo
Projeto Gráfico
M arlon Soares 
Leonardo Engel
Diagramação e Capa 
Leonardo Engel
Av. Brasil, 34.401 - Bangu 
Rio de Janeiro - RJ - Cep 21852-002 
Tel.: (21) 2406-7373 
www.cpad.com.br
o#o®
http://www.cpad.com.br
LIÇÃO 1
2 de Janeiro de 2022
. V .v ^ ' ^ 1 * ^ *
Í F % j|. J í * ít lK
^ “ . ir Jte§&&-,
A AUTORIDADE 
DA BÍBLIA
\ f
TEXTO ÁUREO VERDADE PRÁTICA
“B em -aventu rados os que A Bíblia Sagrada é a autoridade
trilham cam inhos retos e andam fin a l da nossa regra de fé
na lei do Senhor.” (Sl 119 .1) e prática.
J
Segunda - 2 Pe 1.20,2
As Sagradas Escrituras 1 
origem no próprio Deus
Terça - SI 19.1-4.
A natureza m anifesta a 
de Deus ao ser hum ano
Quarta - Jo 20.30,31
A Bíblia revela a pessoa 
Cristo, o Filho de Deus
LEITURA DIÁRIA
1 Quinta - Hb 4.12
têm Podemos ouvir a voz de Deus por
meio da leitura da Bíblia
Sexta - Mc 13.31
grandeza As gerações passam , m as a Palavra
de Deus perm anece inalterada
Sábado - Ap 22.18,19
de Jesus As Sagradas Escrituras transm item
toda a doutrina da salvação
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
S a lm o s 1 19 .1 -8
1 - B em -aventu rados os que trilham 
caminhos retos e andam na lei do Senhor.
2 - Bem -aventurados os que guardam 
os seus testemunhos e 0 buscam de todo
o coração.
3 - E não praticam iniqüidade, mas andam 
em seus caminhos.
4 - Tu ordenaste os teus mandamentos, 
para que diligentemente os observássemos.
5 - Tomara que os meus caminhos sejam 
dirigidos de maneira a poder eu observar 
os teus estatutos.
6 - Então, não ficaria confundido, aten­
tando eu para todos os teus mandamentos.
7 - Louvar-te-ei com retidão de coração, 
quando tiver aprendido os teus justos juízos.
8 - Observarei os teus estatutos; não me 
desampares totalmente.
1. INTRODUÇÃO
Ler e com preender a B íblia é um 
desafio. Neste trim estre, vam os en- 
frentá-lo. O pastor Douglas Baptista, 
líder da Assem bleia de Deus M issão e 
presidente do Conselho de Educação 
e Cultura da CGADB, é o com entarista 
deste tr im e stre . Ele nos a jud ará a 
reconhecer a Supremacia da Bíblia na 
fé cristã, sua autoridade, inspiração 
e inerrância, e aplicá-la a vida cristã.
2 . APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) relacionar 
a origem da Bíblia com a Revelação 
Divina; II) pontuar as evidências da 
autenticidade da Bíblia; III) apresentar 
a m ensagem da Bíblia.
B) M o tiv a çã o : Por que 0 n osso 
casam ento, a nossa fam ília , a nossa 
p ro fis sã o e su as dem an d as é ticas 
devem estar de acordo com a Bíblia? 
Por que a B íblia é autoridade fin a l 
para nós?
C) Sugestão de Método: Apresente 
uma história em que os prejuízos espi­
rituais e morais, como conseqüências 
de a Bíblia não ter autoridade final na 
vida, estejam em destaque.
3 . CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Você conhece a rea­
lidade de sua classe. Por isso, aplique 
a lição segundo essa realidade. Su­
gerim os que você desafie aos alunos 
a iniciar a leitura da Bíblia. Promova 
esse desafio em classe.
4 . SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão: Vale 
a pena conhecer essa revista que traz 
reportagens, a rtigos, en trev istas e 
subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 
88, p.36, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do 
tópico, você encontrará um auxílio 
que dará suporte na preparação de sua 
aula: 1) O texto “ Categorias da Reve­
lação D ivina” aprofunda 0 prim eiro 
tópico a respeito do tem a da Revela­
ção Especial; 2) O texto “ O Professor 
que veio de Deus” traz uma reflexão
4 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022
que serv irá com o base de aplicação Bíblia”. Leia os auxílios com atenção e
do terceiro tópico “A M ensagem da busque integrá-los à prática docente.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A autoridade da Bíblia fundam en- 
ta -se em seu autor: Deus. Portanto, a 
Bíblia é a Palavra de Deus escrita. Assim 
sendo, a autoridade dela depende total 
e exclusivam ente do A ltíssim o e 
não dos homens. Desse modo 
além da Bíblia, a Igreja não 
possui outra fonte infalível 
de autoridade. Nesta lição, 
veremos a origem da Bíblia, 
sua autenticidade e m en­
sagem revelada na Palavra 
de Deus.
I - A ORIGEM DA BÍBLIA E A 
REVELAÇÃO DIVINA
1. A origem da Bíblia. Pedro enfatiza 
que os escritos sagrados não têm sua 
origem nos h om ens, m as no próprio 
Deus (2 Pe 1.20,21). Paulo corrobora que 
a m ensagem bíblica veio do alto (2 Tm
3.16). E também os apóstolos ensinam que 
a Bíblia foi escrita por hom ens, porém, 
sob a inspiração e supervisão divina (1 
Co 2.13,14; Ap 1.1). Portanto,as Escrituras 
são a revelação que Deus fez de si mesmo. 
Dessa maneira, por ter a sua origem em 
Deus, a Bíblia é portadora de autoridade, 
e, por isso, constitu i-se em única regra 
in falíve l de fé e prática para a vida e o 
caráter do cristão. Nossa Declaração de Fé 
professa que a Bíblia Sagrada é a Palavra 
de Deus, única revelação divinam ente 
escrita, dada pelo Espírito Santo, para 
a humanidade.
2. R evelação G eral. C ham a-se re ­
velação gera l aquela em que Deus se
fez conhecer em toda a parte por meio 
da História, do Universo e da Natureza 
Humana.
a) Na História. Deus se revela pela 
sua soberania. Ele controla o curso dos 
acontecimentos, remove e estabelece 
governos e nada acontece fora 
^ de sua vontade (Dn 2.21; 4.25; 
Rm 11.22);
b) No Universo. Deus se 
m an ifesta pelo seu poder 
nas coisas criadas, o Céu, a 
Terra, o mar, e tudo quanto 
há neles (Sl 19 .1-4 ; At 14 .15-17; 
Rm 1.18-21); 
c) No Ser Humano criado à imagem 
e semelhança divina (Gn 1.26,27). A n a­
tureza m oral da hum anidade, embora 
de m an eira inadequada por causa do 
pecado, revela 0 caráter m oral de Deus 
(Rm 2.11-15 ; Ef 4.24; Cl 3.10).
3. R evelação E sp ec ia l. Se por um 
lado a revelação geral denuncia a culpa 
hum ana em re jeitar 0 conhecim ento 
acerca de Deus (Rm 1.18 -2 1), a revela­
ção especial oferece redenção para os 
perdidos pecadores (Cl 1.9 -14). Ela é 0 
complemento da revelação que Deus fez 
de si m esmo na história, no universo e 
na hum anidade (Rm 10 .11-17 ; Hb 1.1-3). 
Reconhecemos a revelação especial tanto 
no Verbo vivo, Jesus Cristo, quanto nas 
Escrituras Sagradas (Jo 1.1; 5.39). É por 
meio da revelação contida nas Escritu­
ras que conhecemos a Pessoa de Cristo: 
“ Estes [os sinais], porém, foram escritos 
para que creiais que Jesus é 0 Cristo, 0 
Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais 
vida em seu nom e” (Jo 20.31).
m m * i
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 5
SINÓPSE I
A Bíblia tem origem em Deus. 
Este se revela na h istória , no 
universo e na hum anidade; e, 
de modo especial, por meio de 
Cristo e das Escrituras.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“ Categorias da Revelação Divina
Revelação Especial
[...] A Bíblia, ao m anter de form a 
perene a revelação especial de Deus, 
é tanto o registro de Deus e dos seus 
cam inhos, quanto a intérprete dela 
própria. A revelação escrita é con­
finada aos 66 livros do Antigo e do 
Novo Testamento. A totalidade de sua 
revelação que Ele quis preservar para o 
benefício de toda a humanidade acha- 
-se arm azenada, em sua totalidade, 
na Bíblia. Exam inar as Escrituras é 
conhecer a Deus da m aneira que Ele 
quer ser conhecido (Jo 5.39; At 17.11). A 
revelação divina não é um vislumbre 
fugaz, m as um desvendamento per­
manente. Ele nos convida a voltarmos 
repetidas vezes às Escrituras para, aí, 
aprendermos a respeito dEle.
[...] A totalid ad e das E scritu ras 
é a P a lavra de Deus em v irtu d e da 
insp iração divina dos seus autores 
humanos. A Palavra de Deus, na forma 
da Bíblia, é um registro inspirado de 
eventos e verdades da autorrevelação 
de D eus” (HORTON, Stan ley (Ed.). 
Teologia Sistemática: Uma Perspec­
tiva Pentecostal. ío.ed. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2 0 0 6 ,p p .8 4 ,8 5 ).
II - EVIDÊNCIAS DA 
AUTENTICIDADE DA BÍBLIA
1. Evidências Internas. A palavra 
“ autenticidade” tem origem no grego 
authentês como significado daquilo que 
é “ verdadeiro” . Quando aplicado às Es­
crituras, o termo indica a autoridade da 
Bíblia. Nesse sentido, a Bíblia autentica 
a si m esm a (2 Tm 3.16). Dentre as ev i­
dências internas, destacam -se:
a) Unidade e consistência: No período 
aproxim ado de 1.600 anos, a Bíblia foi 
escrita em dois id iom as p rin c ip a is e
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
A Bíblia, os homens e o Espírito Santo
“As Escrituras Sagradas são de origem divina; 
seus autores hum anos falaram e escreveram 
por inspiração verbal e p lenária do Espírito 
Santo [...]. Deus soprou nos escritores sagrados, 
os quais viveram numa região e época da h is ­
tória e cuja cultura influenciou na composição 
do texto.” Am plie m ais o seu conhecim ento, 
lendo a Declaração de Fé das Assembleias de 
Deus, CPAD, pp.25,26.
6 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022
um dialeto, por cerca de quarenta pes­
soas de diferentes classes sociais, em 
lugares e circunstâncias d istintas que 
abordaram centenas de tem as. Apesar 
de todas essas im plicações, o conteúdo 
bíblico é consistente e os seus escritos 
se harm onizam formando um todo sem 
qualquer contradição (Sl 18.30; 33 -4 )-
b) Ação do Espírito Santo: Por meio 
da leitura da Bíblia é possível ouvir a 
voz de Deus agindo como um a espada 
que “ penetra até à divisão da alm a e do 
espírito” (Hb 4.12). Como os discípulos 
no caminho de Emaús, aquele que aceita 
a m ensagem da Palavra experim enta a 
cham a do Espírito arder no coração e 
passa a compreender o plano da salvação 
(Lc 24.31,32).
c) Profecias de Eventos Futuros. A 
exatidão no cumprimento das profecias 
com prova a veracidade das Escrituras. 
As su as p ro fec ias fo ram an un ciad as 
muito séculos antes dos eventos acon­
tecerem com clareza e precisão. Entre 
tantos eventos, citam os o nascim ento 
virg in al de Cristo (Is 7.14; Mt 1.23); sua 
morte na cruz (Sl 22.16; Jo 1936); o local 
da sua sepultura (Is 53.9; Mt 27.57-60); 
e sua ressurreição (Sl 16.10; Mt 28.6).
2. Evidências externas. Compreen­
de-se como evidências externas aquelas 
em que os acon tecim en tos n arrad os 
nas Escrituras são tam bém ratificados 
por outras fontes históricas. Por vezes, 
essas com provações se identificam e se 
fundem aos conceitos de inerrância, isto 
é, que a Bíblia não contém erros. Nessa 
direção, tanto 0 registro da história das 
nações, as descobertas arqueológicas e 
os pressupostos da ciência apontam para 
a autenticidade da Palavra de Deus. E, 
a despeito de ser contestada por ateus 
e incrédulos, a Bíblia perm anece como 
0 livro m ais traduzido e lido de toda a 
h istória (cf. Mc 13.31).
SINÓPSE II
A Bíblia Sagrad a autentica a si 
m esm a, tendo sua veracid ad e 
confirmada por fontes e registros 
históricos.
III - A MENSAGEM DA BÍBLIA
l . A S u p rem a cia da B íb lia . A e x ­
pressão latina Sola Scriptura confirm a 
que som ente a Bíblia é regra in falíve l 
e autoridade fin a l em m atéria de fé e 
prática. Nossa Declaração de Fé professa 
que a B íblia fornece o conhecim ento 
essencial e indispensável à nossa comu­
nhão com Deus e com o nosso próximo. 
Assim sendo, não necessitam os de uma 
nova revelação extraord in ária para a 
nossa salvação e o nosso crescim ento 
espiritual. Significa que todas as dou­
trinas necessárias para a salvação já nos 
foram transm itidas pelas Escrituras e 
que nenhum a tradição hum ana pode 
acrescer ou re tira r coisa a lgum a (Ap 
22.18,19). Assim , ratifica-se que a Bíblia 
é a fonte final de autoridade.
2 . 0 poder da Palavra de Deus. O seu 
poder se assemelha ao fogo que consome 
e purifica, bem como um m artelo que 
despedaça a penha (Jr 23.29). As qua­
lidades de fogo e m artelo indicam que 
nada pode im pedir o cum prim ento da 
Palavra de Deus (Is 5 5 -H; Jr 5 -14)- O seu 
poder também é capaz de derrubar for­
talezas espirituais que fazem oposição 
ao conhecimento divino (2 Co 10.4,5). A 
Palavra de Deus tem poder, tal qual uma 
espada, para penetrar no m ais íntim o 
do ser hum ano e ju lgar os pensam en­
tos e intenções do coração (Hb 4.12). 
Quando tentado no deserto, 0 próprio 
Cristo derrotou Satanás usando 0 poder
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS ■ PROFESSOR 7
da Palavra. Ele venceu as sugestões do 
Diabo ao fazer citações das Escrituras 
(Mt 4 -4 ,7 ,10).
3. O propósito da Bíblia. Nossa De­
claração de Fé ensina que “ a Bíblia é a 
m ensagem clara, objetiva, entendível, 
completa e am orosa de Deus, cujo alvo 
principal é, pela persuasão do Espírito 
Santo, levar-n o s à redenção em Jesus 
Cristo” (Jo 16.8; 1 Jo 1.1-4).Nela também se 
encontram revelados os códigos morais 
para a sociedade. Ratifica-se que a moral 
bíblica não se relativiza, pois seus valores 
são absolutos (Ap 22.18,19). Nessa com ­
preensão, a Bíblia é a revelação de Deus 
e de sua vontade à hum anidade. Dessa 
form a, o com prom isso inegociável da 
Igreja deve ser de fidelidade e propagação 
da m ensagem bíblica para a salvação e 
libertação dos pecadores (1 Tm 1.15).
SINÓPSE III
A Palavra de Deus é poderosa, au­
toridade infalível em matéria de fé 
e prática, cujo alvo principal é le- 
var-nos à redenção em Jesus Cristo.
AUXÍLIO DE 
EDUCAÇÃO CRISTÃ
“ O Professor que veio de Deus
Em uma convenção da Evangelical 
Press A ssociation (Associação das 
Editoras Evangélicas), A. W. Tozer, 
preocupado com 0 povo evangélico, 
recomendou quatro linhas de ação:
1- Os evangélicos precisam apre­
sentar um cristianismo característico 
do século XX que seja manifestamente 
superior a qualquer outro estilo de vida.
Somente a fé ancestral será capaz disso. 
Somente uma aplicação realista da fé 
aos dias de hoje pode torná-la eficaz.
2- Os evangélicos deviam fazer um 
chamado à ‘procriação espiritual’ e ir 
além das fileiras denom inacionais e 
teológicas tradicionais, a fim de a l­
cançar novas e vivificantes linhas de 
ação e pensamento. Tal veio de poder 
está disponível através da comunhão 
com todos aqueles que creem na di­
vindade de Cristo e na infalibilidade 
e autoridade das Escrituras Sagradas.
3- Os evangélicos deviam parar de 
seguir tendências e começar a lançá- 
-las. O mundo buscará nossa liderança 
quando avançarmos pelos campos da 
ação cristã com um a agenda nova e 
revigorada. A trairem os os fo rm a ­
dores de opinião a novos e elevados 
patam ares de v isão e realização e, 
juntam ente com eles, a m assa.
4- Os evangélicos carecem de uma 
nova ênfase na ‘ interioridade’ da fé 
cristã. Devem dar menos atenção às 
superficialidades e aos aspectos ex­
teriores do cristianism o, dedicando a 
uma vida mais profunda com Cristo em 
Deus” (LEBAR, Lois E. Educação que é 
Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.55).
CONCLUSÃO 
As Escrituras são de origem divina. 
Deus se deu a conhecer por meio da h is­
tória, do universo, da hum anidade, de 
Cristo e das Escrituras. A autenticidade 
da Bíblia é confirm ada por evidências 
internas e externas. A Palavra de Deus 
é a nossa autoridade final de fé e prática. 
O teólogo Antonio G ilberto escreveu 
que “ o autor da Bíblia é Deus, seu real 
intérprete é 0 Espírito Santo, e seu tema 
central é 0 Senhor Jesus Cristo” .
8 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022
VOCABULÁRIO 
Penha: grande massa de rocha saliente e isolada.
REVISANDO O CONTEÚDO
1 . 0 que Pedro enfatiza a respeito dos escritos sagrados?
Pedro enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem nos hom ens, 
m as no próprio Deus (2 Pe 1.20,21).
2 . 0 que é Revelação Geral?
Cham a-se revelação geral aquela em que Deus se fez conhecer em toda a 
parte por meio da História, do Universo e da Natureza Humana.
3. Caracterize a Revelação Especial.
Reconhecem os a revelação especial tanto no Verbo vivo, Jesus Cristo, quan­
to nas Escrituras Sagradas (Jo l.l; 5.39). É por meio da revelação contida nas 
Escrituras que conhecemos a Pessoa de Cristo.
4. Cite as três evidências internas que autenticam as Escrituras.
Unidade e consistências das Escrituras; Ação do Espírito Santo nas Escritu­
ras; Profecias de eventos futuros nas Escrituras.
5. Como podem os ratificar que a Bíblia é a autoridade final?
Todas as doutrinas necessárias para a salvação já nos foram transm itidas 
pelas Escrituras e que nenhuma tradição hum ana pode acrescer ou retirar 
coisa algum a (Ap 22.18,19). Assim , ratifica-se que a Bíblia é a fonte final de 
autoridade.
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 9
LIÇÃO 2
9 de Janeiro de 2022
A INSPIRAÇÃO DIVINA 
DA BIBLIA
TEXTO AUREO
“ Toda a Escritura divinam ente 
inspirada é proveitosa para 
ensinar, para redarguir, para 
corrigir, para instruir em justiça.” 
(2 Tm 3.16)
VERDADE PRÁTICA
A inspiração da Bíblia Sagrada 
é divina, verbal e plenária. 
Portanto, a Bíblia toda nos 
ensina, corrige e instrui.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Pe 1.21
Os autores bíblicos escreveram 
inspirados pelo Espírito Santo
Terça - Rm 15.4
Tudo 0 que está escrito serve 
para 0 nosso ensino
Quarta - 2 Co 4.7
As Escrituras não estão 
condicionadas às lim itações de 
seus autores hum anos
Quinta - 1 Co 14 .9-11
A linguagem bíblica busca alcançar 
a com preensão de todos
Sexta - Lc 24 .44
Cristo reconheceu a inspiração 
divina do Antigo Testam ento
Sábado - 1 Pe 1.23
A Palavra inspirada pelo Espírito 
Santo opera na regeneração dos 
pecadores
1 0 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 T im óteo 3 .14 -17 ; 2 Pedro 1.19 -2 1
2 Tim óteo 3
14 - Tu, porém, permanece naquilo que 
aprendeste, e de quefoste inteirado, sa­
bendo de quem 0 tens aprendido,
15 - E que, desde a tua meninice, sabes 
as sagradas letras, que podem fazer-te 
sábio para a salvação, pela fé que há em 
Cristo Jesus.
16 - Toda Escritura divinamente inspirada 
é proveitosa para ensinar, para redarguir, 
para corrigir, para instruir em justiça;
17 - Para que o hom em de Deus seja 
perfeito, e perfeitamente instruído para 
toda a boa obra.
2 Pedro 1
19 - E temos, mui firm e, a palavra dos 
profetas, à qual bem fa z eis em estar 
atentos, como a uma luz que alumia em 
lugar escuro, até que 0 dia esclareça, e a 
estrela da alva apareça em vosso coração.
20 - Sabendo prim eiram ente isto: que 
nenhum a profecia da Escritura é de 
particular interpretação.
2 1 - Porque a profecia nunca fo i pro­
duzida por vontade de homem algum, 
mas os homens santos de Deus falaram 
inspirados pelo Espírito Santo.
Hinos Sugeridos: 252, 456 , 558 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Cremos que a Bíblia é inspirada di­
vina, verbal e plenariamente, ou seja, a 
Bíblia é a Palavra de Deus revelada aos 
nossos corações. Nesse sentido, trazer 
luz a respeito da importante doutrina 
da Inspiração das Escrituras é 0 obje­
tivo m aior desta lição. Todo trabalho 
pedagógico deve concorrer para isso. 
N ossos alunos, ao fin al desta lição, 
devem aprofundar as raízes de sua fé 
na inspiração divina da Bíblia.
2 . APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Refletir que 
a própria Bíblia reivindica sua inspiração 
divina; II) Evidenciar que as limitações 
hum anas não anulam a in sp iração 
divina da Bíblia; III) Explicitar que 0 
Espírito Santo atua na regeneração e 
iluminação do pecador e, por isso, nos 
ajuda a compreender as Escrituras.
B) Motivação: O que faz a Bíblia ser 
diferente de todos os outros livros? Por 
que a Bíblia está acima da literatura de 
W illiam Shakespeare, dos rom ances 
de M achado de A ssis ou de outras 
obras clássicas? A resposta para essas 
perguntas está na transform ação que 
o leitor sofre dentro de si enquanto lê a 
Bíblia com o auxílio do Espírito Santo.
C) Sugestão de Método: A p re­
sente relatos que m ostram o quanto 
as pessoas que leram a Bíblia foram 
im pactadas; e quantas v id as foram 
tra n sfo rm a d as a p a rtir do contato 
com as E scrituras. Você pode fazer 
pesquisas em sites especializados ou 
em obras de história da Igreja.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Conclame os alunos, 
a toda vez que se prepararem para ler
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 11
a Bíblia, a pedir o auxílio do Espírito 
Santo. A Bíblia é um livro divino, por 
isso , p recisam o s do divino au x ílio 
para lê -la e com preendê-la.
4 . SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão: Vale 
a pena conhecer essa revista que traz 
reportagen s, artigos, en trev istas e 
subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 
88, p.37, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) A uxílios Especiais: Ao final do 
tópico, você encontrará um auxílio 
que dará suportena preparação de sua 
aula: 1) O texto “A Inspiração Divina da 
Bíblia” aprofunda 0 conceito de Inspi­
ração Divina apresentado no primeiro 
tópico; 2) 0 texto “Fundamentos bíbli­
cos para uma filosofia de ensino” traz 
uma reflexão a respeito da Bíblia como 
fundamento inspirador para o ensino, 
conforme 0 segundo tópico.
COMENTÁRIO
I Palavra-Chave
\ Inspiração
INTRODUÇÃO
A inspiração divina das Escrituras foi 
operada sobrenaturalmente pelo Espírito 
Santo, que nos deu a Bíblia, a úniça 
revelação escrita de Deus para A 
a hum anidade. Nesta lição, /BÊ 
verem os que a insp iração 
da Bíblia é divina, verbal e 
p lenária. N esse sentido, a 
Bíblia Sagrada é para 0 cren- 
te salvo a inspirada, inerrante 
e infalível Palavra de Deus.
I - A DOUTRINA DA 
INSPIRAÇÃO BÍBLICA
1 . A in sp ira ç ã o b íb lic a é d iv in a .
Nas p á g in a s do A ntigo T estam en to , 
a e x p re ssã o “A ssim diz o S en h o r” e 
s im ila re s são u sad as m ais de 3.800 
vezes. Ao receber a revelação no Monte 
S inai, M oisés “ escreveu todas as p a ­
lavras do Sen h or” (Êx 24.4). Jerem ias 
foi advertido: “ não esqueças nem uma 
p a la v ra ” (Jr 26.2). No texto do Novo 
Testam ento, Paulo d isse que usava as 
palavras “ que o Espírito Santo ensina” 
(1 Co 2.13). João assegura que o Senhor 
lhe revelou “ co isa s que brevem ente 
devem acontecer” (Ap 1.1). E o Senhor
Jesus asseverou que até os sinais diacrí- 
ticos do texto hebraico eram inspirados: 
“ nem um jota ou um til se om itirá da 
le i” (Mt 5.18). A ssim sendo, as 
E sc r itu ra s re iv in d icam que 
a m ensagem bíblica veio da 
parte de Deus.
2. A in sp ira ç ã o b íb li­
ca é v e rb a l. R a tifica m o s
r que a Bíblia é “ divinam ente insp irada” (2 Tm 3.16). Essa tradução vem do term o grego 
theopneustos, que significa literal­
mente “ soprada por Deus”. Desse modo, 
a inspiração é chamada de verbal porque 
Deus soprou nos escritores sagrad os 
aquilo que deveria ser escrito (Ap 19.9; 1 
Co 14.37). Porém, os autores bíblicos não 
foram usados autom aticam ente como 
se escrevessem um ditado; eles foram 
instrum entos de Deus e, cada qual com 
sua própria p erson alidade e talento, 
escreveram “ inspirados pelo Espírito 
Santo” (2 Pe 1.21). Essa ação divina foi tão 
intensa que todas as palavras registradas 
na Bíblia eram exatam ente as que Deus 
queria ver em pregadas nas Escrituras.
3. A inspiração bíblica é p lenária. A 
inspiração da Bíblia também é plenária,
1 2 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022
isto é, a inspiração é total e com pleta, 
tanto do Antigo quanto do Novo T e s­
tam ento. Paulo a firm a que “ toda" a 
Escritura é inspirada (2 Tm 3.16). Nossa 
Declaração de Fé professa que a “ in sp i­
ração da Bíblia é especial e única, não 
ex istin d o um liv ro m ais in sp irad o e 
outro m enos inspirado, tendo todos o 
mesmo grau de inspiração e autorida­
de” . S ign ifica que nenhum texto deve 
ser desprezado. Aos Rom anos, lem os 
que “ tudo que dantes foi escrito para 
n osso en sin o fo i e sc r ito ” (Rm 1 5 -4 )- 
Nesse aspecto, ratificam os que a Bíblia 
não apenas “ contém ” ou “ to rn a-se” a 
Palavra de Deus, m as sobretudo ela é a 
inspirada Palavra de Deus - plena, sem 
erros e sem falha algum a.
SINÓPSE I
A Bíblia é a inspirada Palavra de 
Deus. Seus autores a escreveram 
inspirados pelo Espírito Santo 
e os seus livro s têm o m esm o 
grau de autoridade.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“A Inspiração Divina da Bíblia
O que diferencia a Bíblia de todos 
os dem ais liv ro s do m undo é a sua 
inspiração divina (Jó 32.8; 2 Tm 3.16;
2 Pe 1.21). É devido à inspiração d i­
vina que ela é cham ada a Palavra de 
Deus [...] - Que vem a ser ‘inspiração 
d iv in a ?-P a ra melhor compreensão, 
vejam os prim eiro 0 que é inspiração. 
No sentido fisiológico, é a in sp ira ­
ção do ar para dentro dos pulm ões. 
É pela in sp iração do ar que tem os
fôlego para falar. Daí 0 ditado ‘Falar 
é fô lego ’. Quando estam os falando, 
o ar é expelido dos pulmões: é 0 que 
cham am os de expiração. Pois bem, 
Deus, para falar a sua Palavra através 
dos escritores da Bíblia, inspirou neles 
0 seu Espírito! Portanto, inspiração 
divina é a influência sobrenatural do 
Espírito Santo como um sopro, sobre 
os escritores da Bíblia, capacitando-os 
a receber e tran sm itir a m ensagem 
divina sem mistura de erro. A própria 
Bíblia reivindica para si a inspiração 
de Deus, pois a expressão ‘Assim diz 0 
Senhor’, como carimbo de autenticida­
de divina, ocorre m ais de 2.600 vezes 
nos seus 66 livros; isso além de outras 
expressões equivalentes” (GILBERTO, 
Antonio. A Bíblia através dos Séculos: 
A história e formação do Livro dos livros.
2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.41).
II - INSPIRAÇÃO DIVINA E OS 
AUTORES DA BÍBLIA
1. A Inspiração dos autores. O Espírito 
Santo garantiu a liberdade dos esc ri­
tores bíblicos conform e a capacitação 
de cada um. Portanto, a Bíblia possui 
particularidades quanto ao gênero lite­
rário, gram ática, vocabulários e outros. 
Apesar disso, os autores não se tornaram 
intérpretes do divino. Isso porque Deus 
não inspirou aos escritores apenas os 
pensam entos ou as ideias. 0 Espírito 
Santo tam bém inspirou cada uma das 
palavras que expressam com exatidão 
a m ensagem divina (l Co 2.10,11).
2. As lim itações dos autores. Os 
escolhidos por Deus para escreverem 
a Bíblia eram pessoas assim como nós, 
inclinadas às m esm as paixões e falhas 
(Tg 5.17). M oisés, por exem plo, mesmo 
sendo 0 autor do Pentateuco, foi impedido
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1 3
de entrar na Terra Prometida porquanto 
transgredira contra o Senhor no deserto 
de Zim (Dt 32.51,52). Entretanto, nenhum 
texto das Escrituras, quanto à sua in s­
piração e veracidade, está condicionado 
às lim itações de seus autores humanos 
(2 Co 4 -7 ).
3. Os diferentes gêneros literários 
e figuras de linguagem. Cada autor fez 
uso de gêneros literários distintos, tais 
como: narrativa (1 e 2 Sam uel), poesia 
(Salmos), provérbios (livro de Provér­
bios) etc. Os autores sagrados tam bém 
fizeram uso de figuras de linguagem , 
ta is com o: o em prego de parábo las e 
enigm as (Jz 14 .14 ; Ez 17.2); de alegorias 
(G1 4-22-24; Hb 9.9); de hipérboles (Jo 
21.25; Cl 1.23); de metáforas e símiles (Zc 
2.8; Tg 3 3 - 5); de vocabulário sim ples 
ou rebuscado a depender do grau de 
instrução do autor (2 Pe 3.15,16). O em ­
prego dos recursos literários evidencia 
a cultura do escritor, m as em hipótese 
alguma invalida a inspiração da Palavra 
de Deus (Pv 2.6; Tg 1.17).
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
A Inspiração
“A s E scritu ra s eram sop rad as por 
Deus à m edida que 0 Espírito Santo 
inspirava seus autores a escrever em 
prol de Deus. Por causa de sua incitação 
e superintendência, as palavras dos 
escritores eram verdadeiram ente a 
Palavra de Deus. Pelo menos em alguns 
casos, os escritores bíblicos tinham 
consciência de que a sua m ensagem 
não era meramente sabedoria humana, 
mas ‘as palavras que 0 Espírito Santo 
ensina’ (1 Co 2.13)”. Amplie m ais 0 seu 
conhecimento, lendo a Teologia Sis­
temática: Uma Perspectiva Pentecostal, 
CPAD, p.115.
4. A linguagem do senso comum. Na
descrição de fenômenos científicos, por 
exemplo, os autores sagrados usaram a 
fraseologia comum e popular. Para citar 
um dos casos, ao descrever a herança dos 
rubenitas, também dos gaditas e à meia 
tribo de M anassés, Josué fez alusão ao 
“ nascer do so l” (Js 1.15); e, na batalha 
contra os am orreus, ele registrou que 
o “ sol parou” (Js 10.13). Essa linguagem 
não ignora os fundam entos científicos, 
nem desacredita a inspiração da Palavra 
de Deus, apenas busca alcançar a com ­
preensão de todos (1 Co 14 .9-11).
SINÓPSE II
As limitações humanas, o uso de 
diferentes gêneros literários e o 
emprego de linguagem comum 
não anula a inspiração divina 
dos autores da Bíblia.
14 LIÇÕES BÍBLICAS ■ PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022
AUXÍLIODE 
EDUCAÇÃO CRISTÃ
“ Fundam entos bíblicos para
um a filo so fia de ensino
Uma filosofia cristã de ensino co­
meça na Bíblia e faz parte do conceito 
maior de educação cristã. A Palavra de 
Deus oferece m ais do que o conteúdo 
do ensino cristão; fornece também a 
estrutura filosófica essencial. Questões 
fundamentais, como: ‘Por que ensinar?’; 
‘Que resultados devem os esperar?’; 
‘Quem é o m ediador do ensino cr is­
tão?’; ‘Como devemos ensinar?’; e ‘A 
quem devemos ensinar?’ encontram 
respostas provocativas na Bíblia. Um 
mandato e uma meta claramente defi­
nidos emaranham-se de forma precisa 
com os notáveis discernim entos das 
Escrituras sobre o professor, o aluno 
e Deus para, com isso, form ar um a 
superestrutura estável. Cada ensinador 
cristão constrói uma filosofia pessoal 
de en sin o ao entender, correta ou 
incorretam ente, a estrutura bíblica. 
Portanto, o desafio de construir uma 
filosofia verdadeiram ente cristã co­
meça de maneira correta examinando 
cada parte do componente fornecido 
pela B íb lia ” (GANGEL, Kenneth O; 
HENDRICKS, Howard G (Eds.). Manual 
de Ensino para o Educador Cristão: 
Compreendendo a natureza, as bases e 
o alcance do verdadeiro ensino cristão.
4 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.66).
III - O ESPÍRITO SANTO 
E A BÍBLIA
1. A in sp ira ç ã o do A n tigo T e s ta ­
mento. A Bíblia é categórica em reiterar 
sua in sp ira çã o d iv in a. O re g is tro de 
Ju izes ensina que os livro s de M oisés 
são m andam entos do Senhor (Jz 3.4).
Esdras reconhece como inspirados os 
livros de Jerem ias, Ageu e Zacarias (Ed 
1.1; 5.1). A respeito da inspiração da Lei de 
Moisés e dos profetas, Zacarias ensinou 
que os seus escritos eram “ as palavras 
que o Sen h or dos E x é rc ito s en v iara 
pelo seu Espírito, m ediante os profetas 
precedentes” (Zc 7.12). O próprio Cristo 
mencionou a Lei de M oisés, os Profetas 
e os Escritos como livros inspirados (Lc 
24 .44). E ssa s d eclaraçõ es a testam o 
Espírito Santo como a fonte originária 
de inspiração do Antigo Testamento.
2. A inspiração do Novo Testamento. 
O Novo Testamento possui dois pressu­
postos básicos de sua inspiração: a) a 
prom essa de Cristo de enviar o Espírito 
Santo para guiar os discípulos (Jo 14.26);
b) os escrito s b íb licos que v in d icam 
esse cum prim ento (At 2.4; 1 Co 2.10; Ef 
3.5). Nesse aspecto, Paulo declara que 
escreve sob orientação do Espírito , e 
que suas epístolas são a Palavra de Deus 
(Rm 15.15,16; 1 Co 14.37; G1 1.12; 1 Ts 2.13). 
Pedro reconhece essa verdade e classifica 
os livros de Paulo como Escrituras (2 Pe
3.16). Nessa direção, vários outros textos 
apontam para a ação do Espírito Santo 
nos escritos da Nova A liança (Jo 16.13).
3. A obra da regeneração e a ilum ina­
ção. A Bíblia ensina que o Espírito Santo 
testifica de Cristo e convence o mundo 
do pecado, da justiça e do juízo (Jo 15.26; 
16 .8-11). Desse modo, o Espírito Santo 
atua no processo da salvação e produz 
a fé regeneradora (Ef 2.8) que vem pelo 
ouvir a Palavra (Rm 10.17). Nesse aspecto, 
o Espírito Santo não apenas inspirou 
as palavras da salvação, m as tam bém 
as aplica ao coração hum ano a fim de 
regenerar os pecadores (1 Pe 1.23). Sem 
esse m over do Espírito não é possível 
nem aceitar e nem entender a Palavra 
de Deus (Mt 13.15; 1 Co 2.14). Essa ação 
em conduzir o pecador a com preender 
as verdades bíblicas ch am a-se ilum i­
JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1 5
nação (Ef 1.18). Porém, ressa lta-se que 
0 Esp írito Santo ilum ina 0 que Ele já 
tem inspirado, não se trata de nenhuma 
nova revelação (G1 1.8,9).
SINOPSE III
A Bíblia reivindica a inspiração 
do Espírito Santo em todas as 
palavras das Escrituras.
CONCLUSÃO 
A Bíblia é a Palavra de Deus escrita. 
Ela foi inspirada verbalm ente, e seus 
autores a escreveram inspirados pelo 
Espírito Santo. A inspiração da Bíblia 
é plena, todos os livro s e p a lavras da 
Bíblia têm total e com pleta autorida­
de. Esse ensino concorda com a nossa 
Declaração de Fé que professa crer “ na 
inspiração divina verbal e plenária da 
Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé 
e prática para a vida e o caráter cristão”.
VOCABULÁRIO
A le g o ria : Modo de exp ressão que procura representar pensam entos e 
ideias sob form a figurada.
Hipérbole: Figura de linguagem que consiste no exagero de uma expressão 
ou ideia. Exem plos: “ M orrer de r ir ” , “ chorar rios de lágrim as” .
S ím ile : F igu ra de lingu agem que denota o que é sem elhante, análogo. 
Exem plos: “ Sedes prudentes como a serpente” .
Sinal diacrítico: Sinal gráfico que junto à letra altera sua fonologia. Exem ­
plos: acento agudo, cedilha, til etc.
REVISANDO O CONTEÚDO
l. O que as Escrituras reivindicam ?
As Escrituras reivindicam que a m ensagem bíblica veio da parte de Deus.
2 . 0 que é Inspiração Plenária?
A inspiração plenária da Bíblia é a inspiração total e completa, tanto do A n­
tigo quanto do Novo Testam ento.
3. Cite um gênero literário e três figuras de linguagens.
Narrativa; parábola, hipérbole e m etáforas.
4. Quais os dois pressupostos básicos de inspiração divina do Novo T esta­
mento?
O Novo Testam ento possui dois pressupostos básicos de sua inspiração: a) 
a prom essa de Cristo de enviar 0 Espírito Santo para gu iar os discípulos (Jo 
14.26); b) os escritos bíblicos que vindicam esse cum prim ento (At 2.4; l Co 
2.10; E f 3 5 ).
5 . 0 que não é possível acontecer sem que haja o m over do Espírito Santo?
Sem o m over do Espírito não é possível nem aceitar e nem entender a Pala­
vra de Deus (Mt 13.15; 1 Co 2.14).
16 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022
AINERRANCIA
DA BIBLIA
TEXTO ÁUREO
“ Porque em verdade vos digo 
que, até que o céu e a terra 
passem , nem um jota ou um til se 
om itirá da lei sem que tudo seja 
cum prido.” (Mt 5 .18)
V___________________________________
VERDADE PRÁTICA
A doutrina segundo a qual a 
Bíblia não contém erro algum 
denom ina-se “ Inerrãncia das 
Escrituras”. Por isso podem os 
confiar em sua m ensagem que 
é incorruptível.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 10.35
A Palavra de Deus não pode ser 
anulada
Terça - Sl 119.160
As Escrituras Sagradas atestam a 
verdade divina
Quarta - Jo 14.17
O Espírito Santo manteve a 
revelação divina incorruptível
Quinta - Jo 17.17
A Palavra de Deus é a verdade que 
santifica
Sexta - Mt 5.17,18
A Palavra de Deus possui suprema 
autoridade na vida do cristão
Sábado - Sl 12.6
A Bíblia é divinam ente infalível em 
toda a matéria que aborda
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1 7
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 5 .17 -2 1; Hebreus 10 .15 - 17
M ateus 5
17 - Não cuideis que vim destruir a lei 
ou os profetas; não vim ab-rogar, mas 
cumprir.
18 - Porque em verdade vos digo que, 
até que 0 céu e a terra passem, nem um 
jota ou um til se omitirá da lei sem que 
tudo seja cumprido.
19 - Qualquer, pois, que violar um destes 
menores mandamentos e assim ensinar 
aos homens será chamado 0 menor no 
Reino dos céus; aquele, porém, que os 
cumprir e ensinar será chamado grande 
no Reino dos céus.
20 - Porque vos digo que, se a vossa 
justiça não exceder a dos escribas e
1. INTRODUÇÃO
A mensagem da Bíblia não contém 
erros. A Palavra de Deus é incorruptí­
vel e, por isso, plenamente confiável. 
Logo, nesta lição tem os o objetivo de 
mostrar que a Bíblia é verdade em tudo 
0 que diz. Quem põe seus ensinam en­
tos em prática atesta a prom essa da 
bem -aventurança, pois está em paz 
com Deus e consigo mesmo. A Bíblia, 
portanto, é toda a verdade de Deus de 
que o ser hum ano precisa.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Inform ar 
que a Bíblia é isenta de qualquer tipo 
de erro; II) E xp licar que 0 E sp írito 
Santo m an teve a revelação d iv in a
fariseus, de modo nenhum entrareis no 
Reino dos céus.
2 1 - Ouvistes que fo i dito aos antigos: 
Não matarás; mas qualquer que matar 
será réu de juízo.
H eb reu s10
15 - E também o EspíritoSanto no-lo 
testifica, porque depois de haver dito:
16 - Este é 0 toncerto que fa re i com 
eles depois daqueles dias, diz o Senhor: 
Porei as minhas leis em seu coração e 
as escreverei em seus entendimentos; 
acrescenta:
17 - E jam ais me lembrarei de seus p e­
cados e de suas iniquidades.
in corru p tíve l; III) C on statar que a 
Bíblia é a verdade de Deus.
B) Motivação: A Bíblia é como uma 
bússola que nos aponta para o desti­
no que alm ejam os chegar. Sem ela é 
possível tom ar outro rumo, escolher 
falsos caminhos, pegar outra jornada. 
A Bíblia é a verdade para quem deseja 
chegar ao céu.
C) Sugestão de Método: Você pode 
introduzir a aula desta sem ana apre­
sentando im agen s de p e sso a s que 
fizeram trilh as e se perderam no ca­
minho. Isso pode ser apresentado por 
meio de reportagens ou sites. A ideia é 
m ostrar a conseqüência de usar uma 
fonte m entirosa que pode nos levar a 
um caminho perigoso. Nosso propó­
# 1
Hinos Sugeridos: 14 0 ,173, 557 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
18 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022
sito é constatar que, diferentem ente 
dos cam in h o s m ovediços, a B íblia 
nos proporciona um caminho seguro.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Aplique a lição desta 
sem ana conclam ando aos alunos a 
viverem a verdade segura da Bíblia. 
A m elhor m aneira de experim entar 
a verdade da B íblia é praticando-a . 
Daí vem a verd ad eira felicidade do 
crente.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão: Vale 
a pena conhecer essa revista que traz 
reportagens, artigos, en trev istas e
subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 
88, p.37, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) A uxílios Especiais: Ao final do 
tópico, você encontrará um auxílio 
que dará suporte na preparação de 
sua aula: l) O texto “ Significados dos 
Termos” aprofunda 0 primeiro tópico, 
a respeito do conceito de Inerrância na 
Bíblia; 2) 0 texto “ Buscando pelo ouro 
das Escrituras” traz uma oportunidade 
de aplicação do terceiro tópico para 0 
professor e a professora, mostrando o 
quanto vale a pena buscar o sublime 
valor da Bíblia, a inerrante e infalível 
Palavra de Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO 
Infalibilidade e inerrância são v o ­
cábulos que apontam a veracidade das 
Escrituras. Indicam que a Bíblia Sagrada 
não falha e não erra. Significa afirm ar 
que ela é a verdade em tudo o que 
diz, tanto em questões esp i­
rituais quanto h istóricas e 
c ie n tífica s (Mt 5.17 ,18 ; Jo
10.35). Nesta lição, veremos 
a inerrância, a preservação 
e a verdade da P alavra de 
Deus.
( Palavra-Chave: )
[ Inerrância )
I - O QUE E AINERRANCIA 
DA BÍBLIA
l. O conceito de inerrância bíblica.
A in e rrân c ia é a dou trin a segund o a 
qual a B íblia não contém erro algum . 
Significa que ela é verdadeira em tudo 
0 que afirm a. Desse modo, a Escritura é 
isenta de erros nos aspectos doutriná­
rios, espirituais, h istóricos, culturais, 
científicos e em todos os demais temas. 0
argumento é irrefutável: Deus não pode 
errar, e, como a B íblia é divinam ente 
insp irada, ela não pode conter erros. 
Assim sendo, a inerrância, a in falib ili­
dade e a inspiração estão entrelaçadas. 
Nesse sentido, nossa Declaração de Fé 
professa que “ a Bíblia é a nossa 
única fonte de autoridade, a 
inerrante, infalível, completa 
e inspirada Palavra de Deus”
(SI 19.7; Jo 10.35).
2. A B íb lia re iv in d ic a 
a su a in e rrâ n c ia . 0 term o 
in errân c ia ” não aparece na 
Bíblia, m as a ideia está presente 
nas páginas do texto sagrado. No livro 
de P rovérbios está escrito que “ toda 
p a la v ra de Deus é p u ra ” (Pv 30.5); 0 
s a lm is ta a firm a que “ a p a la v ra do 
Senhor é p ro vad a” (SI 18.30); Sam uel 
a sse g u ra que “ o cam in h o de Deus é 
perfeito e a palavra do Senhor, refinada” 
(2 Sm 22.31). Cristo atestou a inerrância 
ao afirm ar que nem um jota ou um til
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1 9
VI AUXÍLIO TEOLÓGICO
[...] Deus guiou os autores 
bíblicos e os preservou do 
registro de inverdades de 
qualquer natureza.”
se o m itirá da le i (Mt 5.18); o Senhor 
igualm ente ratificou que “ a Escritura 
não pode ser anulada” (Jo 10.35); e que 
a “ P alavra é a verdade” (Jo 17-17)- E s­
sas declarações indicam que a Bíblia é 
plenam ente confiável, sem nenhum a 
falsidade ou equívoco.
3. A infalibilidade e a inerrância da 
Bíblia. O vocábulo “ in falíve l” .indica o 
“ que não pode, nem consegue falh ar” . 
Em relação à Bíblia, significa que as suas 
palavras hão de se cumprir cabalmente 
(Is 5 5 .ll) . Por causa da etim ologia, os 
termos “ inerrância” e “ infalibilidade” 
são por vezes confundidos como sinôni­
mos. Não obstante, outros afirm am que 
a Bíblia é somente infalível quanto à sua 
mensagem saívífica, e não a consideram 
como inerrante. Por isso, preferim os o 
uso de ambos os termos, isto é, cremos e 
ensinamos que a Bíblia é infalível (inca­
paz de falhar), e, é igualmente inerrante 
(livre de erro). Negar essas verdades é 
desacreditar de sua autoridade e inspi­
ração divina (Jd 1.3 ,4 )-
SINÓPSEI
A Bíblia é totalmente inspirada 
por Deus e isenta de qualquer 
erro e, por isso, é a n ossa au­
toridade final de fé e prática.
“ Significados dos Termos
[...] ‘In errân cia ’ tra ta -se de um 
conceito estritam ente relacionado, 
m as é um term o m ais recente [...]. 
Traz a conotação de que a Bíblia não 
contém nenhum erro de ação (erros 
materiais), nem contradições internas 
(erros form ais). [...]. O conceito de 
in falib ilidade vo lta-se ao conheci­
mento pessoal que alguém tenha de 
Deus [...]. A inerrância ocupa-se m ais 
especificam ente com a transm issão 
precisa dos d etalh es da revelação. 
Embora em muitas composições teo­
lógicas os dois term os sejam usados 
intercambiavelmente, infalibilidade 
é 0 termo m ais abrangente. Quem crê 
num a Bíblia inerrante tam bém crê 
numa Bíblia infalível.
[...] Jesus, como os judeus da época 
do A ntigo T estam en to , criam que 
a fidedignidade das E scrituras não 
abrangia apenas seus ensinam entos 
mais importantes, mas também deta­
lhes mais insignificantes [...] (Mt 5.18). 
Essa perspectiva foi reiterada pelo 
apóstolo Paulo (At 24.14; 2 Tm 3.16). 
Desse modo, a autoridade de Jesus e de 
Paulo apoia a crença em tudo o que a 
Escritura assevera. Espera-se daqueles 
que chamam Jesus de Senhor aceitam 
seus ensinam entos, que tenham as 
Escrituras em alta conta, como Jesus 
as tinha” (COMFORT, Philip Wesley. A 
Origem da Bíblia. í.ed. Rio de Janeiro: 
CPAD, 1 9 9 5 , pp.63,67-68).
II - O ESPÍRITO SANTO 
PRESERVOU AS ESCRITURAS
1. Os manuscritos autógrafos. Os
m anuscritos o rig in ais são cham ados
2 0 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022
Vi
[...] A Bíblia Sagrada é a 
verdade inspirada de Deus, 
inerrante em sua totalida­
de, isenta de toda a falsi­
dade, fraude ou engano.”
de autógrafos. São os textos com a grafia 
de próprio punho do autor bíblico ou de 
seu escrevente (Fm 1.19; Rm 16.22). Neles 
foram prim eiram en te re g istra d a s as 
palavras inspiradas pelo Espírito Santo 
(2 Pe 1.21). Cremos que a inerrância das 
Escrituras pertence a esses documentos, 
e, que as cópias fiéis desses manuscritos 
preservaram a exatidão dos originais. O 
Espírito Santo providencialmente m an­
teve a revelação divina incorruptível (Jo 
14.17; 16.13,14). Fora dessa compreensão, 
a Bíblia não seria fonte de autoridade (Jo
5 -3 9 ; G1 3.8-22).
2. Os m anuscritos apógrafos. As 
cópias dos m anuscritos o rig in ais são 
ch am adas de apógrafos. A tualm ente, 
e x is te m cerca de 25 .00 0 có p ias dos 
m anuscritos bíblicos, a m aioria deles 
em hebraico, grego e latim . Os esc ri- 
bas judeus transcreveram os originais 
do A ntigo T estam en to com p recisão 
m ilim étrica. E as inúm eras cópias dos 
manuscritos do Novo Testamento tam ­
bém afian çam a credibilidade desses 
escrito s. N essa p e rsp ec tiva , crem os 
que o ato da inspiração aconteceuuma 
só vez na redação prim ária da Palavra 
de Deus (os autógrafos), mas a qualidade 
dessa in sp iração fo i p reservad a pelo 
Espírito Santo nas cópias dos originais 
(os apógrafos). A ssim sendo, a versão 
da Bíblia fidedigna aos orig in ais, não 
deixou de m an ter a exatid ão do real 
significado das palavras inspiradas por 
Deus (Mt 5.18; 2 4 .35).
3. Os apócrifos e pseudoepígrafos. 
Nossa Declaração de Fé assegura que os 
m anuscritos apócrifos (“ escondidos” ), 
ta is com o, T obias, Judite, M acabeus, 
B aru q u e, e o u tro s , a p re se n ta m e r ­
ros, an acro n ism o s, d ou trin as fa lsa s 
e práticas divergentes das Escrituras, 
a exem plo da oração pelos m ortos. Os 
p seu d o ep ígrafo s (“ fa lso s e sc r ito s” ),
dentre eles, a A ssunção de M oisés e o 
Apocalipse de Pedro, foram produzidos 
por autores anônim os e espúrios, que 
atribuíram indevidam ente sua autoria 
a p ro fetas e apóstolos. Na B íb lia dos 
judeus atestada por Jesus como a “ Lei, 
P ro fe ta s e E s c r ito s ” (Lc 24 .4 4 ) não 
faziam parte os livros apócrifos, nem 
os pseudoepígrafos. Por essa razão eles 
não integram o cânon bíblico protes­
tante. Dessa forma, não reconhecemos a 
autoridade desses livros por não serem 
inspirados pelo Espírito Santo.
SINÓPSE II
O Espírito Santo manteve a reve­
lação divina incorruptível, bem 
como a exatidão das palavras ori­
ginalmente inspiradas por Deus.
III - A VERDADE NAS 
ESCRITURAS
1. A Bíblia é a verdade plena. O termo 
“ verdade” , do hebraico emeth, significa 
o que é “ c o n fiá v e l” e “ c o rr e to ” . O
JANEIRO ■ FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS ■ PROFESSOR 2 1
vocábulo grego aletheia tem o sentido 
de “ real” e “ fidedigno” . Nas Escrituras 
corresponde à realidade exata dos fatos 
em concordância com o pensam ento 
de Deus. A Bíblia ensina que Deus é a 
verdade (Jo 14.6; Rm 3.4) e a sua Palavra 
também é a verdade (Jo 17.17)- 0 escritor 
aos Hebreus declara que é “ im possível 
que D eus m in ta ” (Hb 6 .18). P au lo 
ratifica que Deus “ não pode m en tir” 
(Tt 1.2). Em v ista disso, crem os que a 
Palavra de Deus possui autoridade (Mt
5.17,18); e deve ser obedecida acim a de 
qualquer autoridade hum ana (Mt 15.3-
6). Assim , esses textos servem de base 
para a afirm ação: “ o que a Bíblia diz é 
o que Deus d iz” .
2. A verdade espiritual e moral. Nossa 
Declaração de Fé afirm a que a Bíblia nos 
re v e la o con h ecim ento com pleto de 
Deus, não sendo necessário nenhum a 
nova revelação para a nossa salvação 
e cresc im en to e sp ir itu a l (Dt 4 .2 ; Pv 
30.5,6). Antonio G ilberto ensinou que 
tudo 0 que Deus req u er do hom em , 
e tudo 0 que h om em p re c isa sab er, 
quanto à sua redenção, está revelado 
na Bíblia. Igualm ente, a ética e a m oral 
se fundam entam na revelação divina. 
Os padrões bíblicos para 0 nosso viver 
não podem so fre r m udanças. Aquilo 
que a P alavra de Deus diz ser pecado, 
perm anece sendo pecado. Por isso, os 
valores cristãos são perm anentes, pois 
a fonte de autoridade é permanente (Mt
24.35). Assim , enfatizam os que a Bíblia 
é a inerrante verdade tanto espiritual 
quanto moral.
3. A verdade histórica e científica. 
Crem os que a Bíblia é divinam ente in ­
falível em toda a m atéria que aborda (Sl 
12.6; 19.8). John Wesley escreveu que se 
houver um erro, pode h aver m il. E, se 
ex istir algum a falsidade então a Bíblia 
não é o liv ro da verdade de Deus. Por
conseguinte, a Escritura não se equivoca 
quando descreve a criação, os eventos 
da h istória e os fenôm enos da ciência. 
S ig n ifica que Deus guiou os autores 
bíblicos e os preservou do registro de 
inverdades de qualquer natureza (2 Pe
1.21). A ssim sendo, endossam os que a 
B íblia Sagrad a é a verdade in sp irada 
de Deus, inerrante em sua totalidade, 
isen ta de toda a fa lsid ad e , fraude ou 
engano.
SINÓPSE III
Deus é a verdade e, sua Palavra, 
é a sua extensão. Tudo o que a 
Bíblia ensina tanto na teologia, 
história ou ciência é a verdade.
AUXÍLIO DE 
EDUCAÇÃO CRISTÃ
“ [Buscando pelo ouro
das Escrituras]
Nenhuma meta seria mais elevada 
do que ir pelo ‘ouro’ das Escrituras. 
A Bíblia m uitas vezes se refere a si 
como ouro ou pedras preciosas, como 
o rubi, a fim de frisar 0 sublime valor 
do seu conteúdo. Por exem plo, Davi 
escreveu: ‘Os ju izes do SENHOR são 
verdadeiros e justos juntamente. Mais 
desejáveis são do que o ouro, sim , 
do que m uito ouro fin o ’ (Sl 19.9,10). 
O S a lm o 119 , aquele que e x a lta a 
P a la v ra de D eus em q u ase todos 
os seus 176 ve rs ícu lo s , in clu i esta 
declaração pelo sa lm ista : ‘m elhor 
é para m im a lei da tua boca do que
2 2 LIÇÕES BÍBLICAS ■ PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022
inúmeras riquezas em outro ou prata’ 
(SI 119.72). No m esm o [...] [texto], 0 
sa lm ista escreveu que ele am a os 
m andam entos de Deus ‘m ais do que 
o ouro, e ainda m ais do que 0 ouro 
fino’. Como estudante da Palavra, os 
professores cristãos devem garimpar 
0 ouro da Escritura, cavando ‘filões ’ 
nas profundezas da B íblia e penei­
rando as verd ad es das E scr itu ra s 
para si m esm os. Exploração diária 
das riquezas da Palavra enriquece a 
vida - dando m ais capacidade para os 
professores cristãos guiarem outros 
nas m esmas explorações” (GANGEL, 
Kenneth O; HENDRICKS, H ow ard
G (Eds.). M an u al de E n sin o para o 
E ducador C ristão : Compreendendo 
a natureza, as bases e 0 alcance do 
verdadeiro ensino cristão. 4.ed. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2005, p.307).
CONCLUSÃO 
Apesar de alguns considerarem re­
dundante o uso dos term os inspiração, 
inerrância e infalibilidade para legitimar 
a autoridade das Escrituras Sagradas, 
nossa ortodoxia professa e ensina que 
a Bíblia é a inspirada Palavra de Deus, 
inerrante e in falível com plena autori­
dade em tudo o que diz.
VOCABULÁRIO
Anacronism o: Erro de cronologia (ou datas) relativo a fatos ou pessoas. 
Espúrios: Não genuíno, hipotético, simulado.
REVISANDO O CONTEÚDO
1 . 0 que é inerrância?
A inerrância é a doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum . 
Significa que ela é verdadeira em tudo o que afirm a.
2. Mencione textos bíblicos em que a ideia de inerrância esteja presente.
Jo 10.35; Jo 17.17.
3 .0 que são os m anuscritos autógrafos?
Os m anuscritos originais são cham ados de autógrafos. São os textos com 
a grafia de próprio punho do autor bíblico ou de seu escrevente (Fm 1.19; 
Rm 16.22).
4 .0 que são os m anuscritos apógrafos?
As cópias dos m anuscritos originais são cham adas de apógrafos.
5. Por que a Bíblia não se equivoca quando descreve a criação, os eventos 
da h istória e os fenôm enos da ciência?
Porque Deus guiou os autores bíblicos e os preservou do registro de in- 
verdades de qualquer natureza (2 Pe 1.21).
JANEIRO - FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 2 3
Anotações do Professor
LEITURAS PARA APROFUNDAR
A M ensagem do Novo 
Testamento
M uitos leitores da P a lavra de Deus 
correm o risco de in terp retar m al 
trech os da B íblia, porque não veem 
a estru tu ra in teira de um Evangelho 
com o o de João ou um a epísto la aos 
E fésios.
A M ensagem do 
Antigo Testam ento
O au tor ap resen ta o A n tigo 
T e sta m e n to com c la re z a e 
c ria t iv id a d e , e x p lican d o a m en sa g em 
de cad a liv ro , le v a n d o -n o s ao 
con h ec im e n to do am o r e do po d er de 
D eus a tra v é s de seu povo.
aa M e n sa g e m
A n t ig o
>,TEST AMENT O
V txposiçAo 
HOMII &ÍT1CA
2 4 LIÇÕES BÍBLICAS-PROFESSOR JANEIRO ■ FEVEREIRO • MARÇO 2022
TEXTO ÁUREO
“E disse-lhes: São estas as 
palavras que vos disse estando 
ainda convosco: convinha que se 
cumprisse tudo o que de mim estava 
escrito na Lei de Moisés, e nos 
Profetas, e nos Salmos.” (Lc 24.44) 
\ ____________ ______________
/
VERDADE PRÁTICA
A Bíblia se divide em Antigo e 
Novo Testamentos, totalizando 
66 livros, divinam ente 
inspirados. Toda ela é nossa 
única regra de fé e prática.
____________________________/
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ap 22.18,19
Nada pode ser acrescentado ou 
retirado das Escrituras canônicas
Terça - Rm 1.2
Os textos inspirados são 
chamados de Santas Escrituras
Quarta - Jz 3.4
O Antigo Testam ento é dotado de 
veracidade e de autoridade
Quinta - 1 Co 2.4,13
Os livros inspirados e autorizados 
são chamados de canônicos
Sexta - Ef 2.20
A Igreja Prim itiva reconheceu e 
preservou os livros canônicos
Sábado - Mt 24.5
A Palavra de Deus é atem poral e 
imutável
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 2 5
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 24.44-49.
4 4 - £ disse-lhes: São estas as palavras 
que vos disse estando ainda convosco: 
convinha que se cumprisse tudo 0 que 
de mim estava escrito na Lei de Moisés, 
e nos Profetas, e nos Salmos.
45 - Então, abriu-lhes o entendimento 
para compreenderem as Escrituras.
46 - £ disse-lhes: Assim está escrito, e 
assim convinha que 0 Cristo padecesse e, 
ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos;
1. INTRODUÇÃO
Conhecer a estrutura da Bíblia é 
importante para m anejá-la bem. M e­
m orizar as E scrituras e am á-la não 
são opções excludentes. Muito pelo 
contrário, os antigos decoravam as 
Escrituras porque a amavam. Inclusive, 
a etimologia da palavra “ decorar” tem 
como fonte a palavra “coração”. Por isso, 
a importância de conhecer a estrutura 
do livro que amamos. Quem ama a Bíblia 
procura m anejá-la muito bem.
2 . APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) M ostrar 
como a Bíblia está organizada e que 
ela se divide em dois testam entos; II) 
Esclarecer como os livros do Antigo 
T estam en to são c la ssific a d o s ; III) 
Expor a c la ssificação dos liv ro s do 
Novo Testam ento.
B) Motivação: “ Passear” pela Bíblia 
com desenvoltura deve ser objetivo de
47 - E, em seu nome, se pregasse o ar­
rependimento e a remissão dos pecados, 
em todas as nações, com eçando por 
Jerusalém.
48 - £ dessas coisas sois vós testemunhas.
49 - £ eis que sobre vós envio a promessa 
de meu Pai: ficai, porém, na cidade de 
Jerusalém, até que do alto sejais reves­
tidos de poder.
todo 0 estudante sério das Escrituras. 
Saber identificar os livros e encontrá- 
-los sem dificuldades são habilidades 
que não podem ser desprezadas. Por 
isso é nosso papel encorajar os alunos 
a usar habilidosam ente a Bíblia.
C) Sugestão de Método: Elabore 
um documento em que a estrutura da 
Bíblia, conform e consta na presente 
lição, esteja presente. Distribua para 
os alunos, in stand o-os a revisarem 
sistem aticam ente durante a sem ana 
e 0 m ês. M o tiv e -o s a tre in a ra m a 
habilidade de m anejar a Bíblia.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Ao fin a l da lição, 
faça perguntas aos alunos sobre os 
liv ro s da B íb lia e su as re sp ectivas 
classificações. Dê oportunidade para 
eles classificarem os livros bíblicos em 
classe. É uma m aneira motivadora de 
sedim entar 0 conhecimento.
# Hinos Sugeridos: 185, 354 , 603 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
2 6 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) R e v is ta E n sin a d o r C ristão :
Vale a pena con h ecer essa re v is ta 
que traz rep ortagen s, artigo s, en ­
trevistas e subsídios às Lições Bíblicas. 
Na edição 88, p.38, você encontrará 
um subsídio especial para esta lição.
B) A uxílios Especiais: Ao final do 
tópico, você encontrará um auxílio 
que dará suporte na preparação de
sua aula: 1) O texto “A lg u n s Fatos 
e P articu larid ad es da B íb lia ” traz 
inform ações a respeito da estrutura 
m oderna da Bíblia para expandir o 
prim eiro tópico; 2) O texto “ Im pli­
caçõ es p ara 0 P ro fe sso r C ris tã o ” , 
lo ca lizad o após o terce iro tópico, 
tem o propósito refletir a respeito da 
aplicação do ensino da Bíblia no dia 
a dia do(a) professor(a).
COMENTÁRIO
I Palavra-Chave: )
[ Estrutura /
INTRODUÇÃO 
A B íb lia S ag rad a fo i e sc r ita m a - 
jo rita riam en te em hebraico e grego, 
em um período aproxim ado de 
1.600 an os, por cerca de 40 a 
hom ens, e se estrutura em 
Antigo e Novo Testamentos.
Seus livros são divinamen­
te inspirados e form am o 
cânon bíblico. Nesta lição, 
verem os como a Bíblia está 
o rg a n iz ad a , a c la ss ific a ç ã o 
de seus liv ro s, a canonicidade e 
as particularidades dos Testam entos.
I - COMO A BÍBLIA ESTÁ 
ORGANIZADA
1. Definição do termo Bíblia. A pala­
vra “ Bíblia” tem origem tanto no vocá­
bulo grego como no latim. O termo grego 
biblos significa “ livro” e tem conotação 
de qualidade sagrada. A p alavra biblia 
no la tim é um su bstan tivo fem in in o 
singular que igualmente exprime a ideia 
de “ livro” . Por volta do ano 150 d.C., os 
cristãos passaram a usar o term o em 
grego ta biblia (os livros) para referir-se 
ao conjunto de liv ro s in sp irad os por 
Deus. O Dicionário Bíblico Wycliffe explica 
que o singular biblia em latim revela uma
unidade de pensam ento e um a pureza. 
Por isso, a coleção dos livros sagrados 
form a um único livro: a Bíblia Sagrada, 
chamada também por Paulo de “ as 
Santas Escrituras” (Rm 1.2).
2 . 0 Cânon da Bíblia. A ex­
pressão “ cânon” procede do 
hebraico qãneh com o sentido 
de “ vara de m edir” . O termo 
correspondente em grego é 
kanõn que significa “ régua” . 
Desse modo, na teologia o v o ­
cábulo “cânon” é empregado como 
“ norma” de avaliação para identificar os 
livros sagrados. Em vista disso, o termo 
“canônico” passou a designar os 66 livros 
aceitos como divinam ente inspirados 
(39 livros no A.T., e 27 no N.T.). Isso quer 
dizer que o Espírito Santo guiou o seu 
povo a reconhecer a autoridade desses 
escritos como regra de fé e prática. Nesse 
sentido, o cânon bíblico está completo. 
Nada pode ser acrescentado ou retirado 
das Escrituras canônicas (Ap 22.18,19).
3. Os dois Testam entos bíblicos. O 
termo “ testamento” vem do latim testa- 
mentum que é tradução da palavra grega 
diatheke e da hebraica berith. Ambos os 
termos têm 0 sentido de “aliança”, “ pacto” 
ou “concerto” de Deus com a humanidade.
JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 2 7
A expressão “Antigo T estam ento” foi 
inaugurada por Paulo (2 Co 3.14) e refere-se 
aos livros dos judeus reconhecidos por 
Jesus como “ as Escrituras” (Mt 22.29), “ a 
Lei, os Profetas e os Salmos” (Lc 24.44). O 
termo “ Novo Testamento” foi usado para 
se referir ao cumprimento profético de 
Jesus como o Mediador da Nova Aliança 
(Jr 31.31; 1 Co 11.25, Hb 8.6-13; 12.24). Essa 
expressão também passou a designar os 
escritos inspirados dos cristãos igualmen­
te reconhecidos como “ as Escrituras” (2 
Pe 3.15,16).
SINÓPSE I
A Bíblia divide-se em dois testa­
mentos divinamente inspirados: 
o Antigo e 0 Novo Testamentos.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Alguns Fatos 
e Particularidades da Bíblia
A ntes, a Bíblia não era dividida 
em capítukfé e versículos. A divisão
em capítulos foi feita no ano de 1250, 
pelo ca rd ea l Hugo de S a in t Cher, 
abade dom inicano e estudioso das 
Escrituras. A d ivisão em versícu los 
foi fe ita duas vezes. O AT em 1 4 4 5 , 
pelo Rabi Nathan; 0 NT em 1551, por 
Robert Stevens, um im p ressor em 
Paris. Stevens publicou a prim eira 
Bíblia (Vulgata Latina) dividida em 
capítulos e versícu los em 1555- O AT 
tem 929 capítulos e 23.2 14 versícu ­
los. O NT tem 260 capítu los e 7-959 
versícu los. A B íblia toda tem 1.189 
capítulos e 3 1.173 versícu los. O nú­
mero de palavras e letras depende do 
idioma e da versão. 0 m aior capítulo 
é 0 Salmo 119, e 0 menor 0 Salmo 117. 
O m aior versículo está em Ester 8.9; 
o m enor, em Êxodo 20.30. (Isso, nas 
versões portuguesas e com exceção 
da cham ada ‘Tradução B rasile ira ’, 
onde 0 m enor é L u cas 20.30). Em 
certas línguas, o menor é João 11.35. 
Os liv ro s de E ster e C an tares não 
co n têm a p a la v ra D eus, p o rém a 
presença de Deus é evidente nos fatos 
neles desenrolados, m orm ente em 
Ester. Há na B íblia 8.000 m enções
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Estrutura
“Adotamos o Cânon Protestantee ensinamos, 
pois, que a Bíblia contém som ente 66 livros 
inspirados por Deus, estando dividida em duas 
partes principais, Antigo e Novo Testamento, 
ambos escritos por ordem de Deus num período 
de 1600 anos aproximadamente e por cerca de 
40 homens [...] os quais escreveram em lugares 
e em épocas diferentes [...]” Amplie m ais 0 seu 
conhecimento, lendo a Declaração de Fé das 
Assembleias de Deus, CPAD, p.26.
2 8 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022
de Deus sob vário s nom es divinos, 
e 177 m enções do Diabo, sob seus 
v á rio s n o m es” (GILBERTO, A n to- 
nio. A Bíblia através dos Séculos: 
A história e form ação do Livro dos 
livros. 2.ed. Rio de Ja n e iro : CPAD, 
2019, pp.28-29).
II - O ANTIGO TESTAMENTO
1. Os Livros do Antigo Testamento.
A c la ss ific a ç ã o dos liv ro s do A ntigo 
T estam en to , ta l qual a con h ecem os 
hoje, se divide nos seguintes grupos: a) 
Pentateuco (Lei): constituído por 5 livros 
de Gênesis a Deuteronômio; b) Históricos: 
form ado por 12 livros de Josué a Ester;
c) Poéticos: com posto de 5 livros de Jó 
a Cantares de Salomão; e, d) Proféticos, 
que se subdividem em Profetas Maiores 
com 5 livros de Isaías a Daniel; e, Profetas 
Menores com 12 livros de Oseias a M ala- 
quias. A divisão utilizada pelos judeus 
era tripartida: a) a Lei, b) os Profetas, 
e, c) os Salm os ou Escritos (Lc 24.44). 
A pesar de a cultura judaica fazer uma 
categorização diferente, o conjunto do 
A ntigo T estam ento som a os m esm os
39 livros divinamente inspirados, tanto 
para os judeus como para os cristãos.
2. Canonicidade do Antigo Testa­
mento. Existem três fatores b asilares 
na avaliação de um livro canônico, a 
saber: a) a inspiração divina, que atesta 
se o livro é inspirado pelo Espírito Santo 
(Ne 9.30; Zc 7.12; 2 Pe 1.21); b) reconhe­
cimento do povo de Deus, que atesta se o 
livro era aceito como autêntico por seus 
prim eiros leitores (Êx 24.3,7; Dn 9.2); 
e c) preservação pelo povo de Deus, que 
atesta se 0 livro era conservado como 
Palavra de Deus (Dt 31.24-26 ; Dn 9.2). 
Por conseguinte, a confirm ação desses
elem entos revela que, desde 0 início, 
os livros do Antigo Testam ento foram 
recebidos e guardados como inspirados 
e autorizados por Deus, dotados de v e­
racidade e de autoridade (Jz 3.4).
3. Particularidades do Antigo Tes­
tamento. Quase a totalidade dos livros 
foram escritos em hebraico, chamado 
na Bíblia de língua de Canaã (Is 19.18). 
A lgum as porções foram e sc r ita s em 
aram aico, um a espécie de dialeto que 
deu origem à língua árabe (cf: Gn 31-4 7 ; 
Ed 4 .7 -6 .18 ; 7 .12 -2 6 ; Dn 2 .4 -7 .2 8 ; Jr 
10.11). O últim o livro canônico foi 0 do 
profeta M alaquias que 0 concluiu antes 
do ano 430 a.C.; desde então, nada mais 
pode ser acrescido ao cânon do Antigo 
T estam en to . E, co n fo rm e o teó logo 
Norman Geisler, para facilitar a tarefa 
de citar a Bíblia, em 1.227 d.C. o texto 
foi dividido em capítulos, e, por volta 
de 1.445 d.C., o Antigo Testam ento foi 
dividido em versículos.
SINÓPSEII
Os livros inspirados que inte­
gram o cânon do A n tigo T e s ­
tamento são classificados como 
“ Lei, Históricos, Poéticos e Pro­
féticos” .
III - O NOVO TESTAMENTO
1. Os livros do Novo Testamento. Es­
ses livros foram reconhecidos pela Igreja 
após a m orte e ressurreição do Senhor 
Jesu s C risto e estão c la ssificad o s em 
quatro grupos principais: a) Evangelhos, 
que são os 4 livros de M ateus, M arcos, 
Lucas e João; b) Histórico, form ado pelo 
livro de Atos dos Apóstolos; c) Epístolas,
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 2 9
que se subdividem em Epístolas Paulinas 
com 13 cartas de Romanos a Filemom; as 
Epístolas Gerais com 8 cartas de Hebreus 
a Judas; e d) Revelação, constituído pelo 
livro de Apocalipse. O conjunto totaliza 
27 livros inspirados e autorizados que 
são chamados de canônicos (1 Co 2.4,13).
2. Canonicidade do Novo T esta­
mento. Os c r ité r io s de a v a lia çã o do 
Novo T estam ento são igu a is aos que 
d eterm in am o cânon do A ntigo , isto 
é, a inspiração, o reconhecim ento e a 
preservação dos livros como Palavra de 
Deus. N esse sentido, a Bíblia oferece 
in d iscutíveis provas de inspiração do 
Novo Testamento (l Ts 2.13; 2 Tm 3.16; 2 
Pe 1.21). Quanto ao reconhecimento dos 
livros como fidedignos, desde 0 início 
os escritos falsos foram refutados pela 
Igreja (2 Ts 2.15; 2 Pe 2 .1; 1 Jo 4.1). Em 
relação à conservação das Escrituras, os 
prim eiros cristãos adotaram a prática 
de le itu ra dos liv ro s autorizados em 
suas reuniões e cultos (1 Ts 5.27; Cl 4.16; 
Ap 1.3). M ediante ta is fatos, a testa-se 
que desde o começo a Igreja Prim itiva 
reconheceu e preservou os livros canô­
nicos, alicerçada sobre 0 fundam ento 
dos Apóstoloá e dos Profetas (Ef 2.20).
3. Particularidades do Novo T es­
tam ento. T o d o s os l iv r o s do Novo 
Testam ento foram escritos em grego 
koiné, um d ialeto com um e presente 
por toda a cultura de fala grega, e que 
muito auxiliou na propagação do Evan­
gelho nos prim órdios do C ristianism o 
(At 19.10). A lgum as expressões, mesmo 
redigidas no vernáculo grego, possuem 
significado em aram aico, dentre elas, 
citamos: Talita cumi - “Menina, levan­
ta - te ” (Mc 5.41); Aba Pai - “ Lit.: Pai, 
pai; ‘Meu P a i’ ” (Mc 14 .36); Eloí, Eloí, 
lam á sabactâni? - “ Deus m eu, Deus 
meu, por que me desam paraste?” (Mc 
15.34). O conjunto dos livros canônicos
foi escrito antes do térm ino do século
I. O últim o livro é o A pocalipse de João 
datado por volta do ano 96 d.C.; e desde 
o encerram ento do cânon, os cristãos 
reconhecem apenas os 27 livros como 
inspirados. Por fim , em torno de 1.555 
d.C., 0 Novo T estam ento tam bém foi 
dividido em versículos.
SINÓPSE III
Os livros inspirados que integram 
o cânon do Novo Testamento são 
classificados como “ Evangelhos, 
Histórico, Epístolas e Revelação”.
AUXÍLIO DE 
EDUCAÇÃO CRISTÃ
“ Implicações para
o Professor Cristão
Os p ro fessores com prom etidos 
p re c isa m não só do con teúdo da 
Bíblia, como tam bém dos m étodos 
criativos dos p ro fessores. A Bíblia 
fo rn ece exem plos de ensino in d i­
v id u a l, em gru p o pequeno ou em 
grupo grande. Ela apresenta várias 
form as de palestras, serm ões, aná­
lises e m etodologias de perguntas e 
respostas. O ensino da Bíblia ocorre 
m uitas vezes durante as refeições, 
em v iagens de carro, ônibus, avião, 
em am bientes in stitu cio n a is e em 
festas. Os que ensinam têm de estar 
preparados com a Palavra de Deus 
na ponta da língua em todas as c ir­
cunstâncias.
O ensino eficaz requer 0 domínio 
de um cam po tem ático, aprim ora­
das h ab ilid a d e s de ap resen tação ,
3 0 LIÇÕES BÍBLICAS ■ PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022
preocupação relacionai e o profundo 
desejo de ver os resu ltad os do en ­
sino dentro e fora de sala de aula. O 
cam inho para dom inar as lições de 
Deus é perm anecer alegrem ente em 
Jesus, assim como João permaneceu; 
é alm ejar e m editar na B íblia dia e 
noite, assim como Davi fez (Sl 67; 73; 
119 ; 145); é receber hum ildem ente a 
correção de Deus, assim como Moisés 
recebeu (Dt 32 - 33) e seg u ir Jesus 
su fic ien tem en te de perto para ser 
coberto por seu sangue, assim como 
Sim ão de Cirene seguiu (Lc 23.26)” 
(LIN H ART, T e rry . E n s in a n d o as 
Próxim as Gerações: 0 Guia Definitivo
do Professor de Jovens, l.ed . Rio de 
Janeiro : CPAD, 2018 , p.53).
CONCLUSÃO 
O conjunto dos 66 livros form a um 
ún ico liv ro : a B íb lia S ag rad a . E sse s 
liv ro s constituem 0 cânon bíblico do 
Antigo e do Novo Testam ento. Os c r i­
térios para avaliação da canonicidade 
são a inspiração, 0 reconhecim ento e a 
preservação dos livros como Palavra de 
Deus. A com provação desses critérios 
revela que as Escrituras foram aceitas 
e preservadas como livros autorizados 
por Deus.
Anotações do Professor
JANEIRO ■ FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 3 1
REVISANDOO CONTEÚDO
1. Como o term o “ Cânon” é em pregado em teologia?
Na teologia o vocábulo “ cânon” é em pregado como “ norm a” de avalia­
ção para identificar os livros sagrados.
2. Qual é o sentido do term o “ testam ento”?
Tem o sentido de “ aliança” , “ pacto” ou “ concerto” de Deus com a hu­
manidade.
3. Classifique os livros do Antigo Testam ento.
O Antigo Testam ento está classificado em Pentateuco (Lei), Histórico, 
Poéticos e Proféticos.
4. Classifique os livros do Novo Testamento.
O Novo Testam ento está classificado em Evangelhos, Histórico, Epísto­
las (paulinas e gerais) e Revelação.
5. Em que língua o Novo Testam ento foi escrito?
Em grego koiné.
LEITURAS PARA APROFUNDAR
; C r a ig L B lo m berc
Q uestõ es c r u c ia is '
d o Novo T e s ta m e n to I
Visão Panorâmica 
do Antigo Testamento
É um a ajuda à co m p reen são dos 
liv ro s q u e com põe a Ia p a rte da 
B íb lia. E ste liv ro con tém a n á lise s 
sobre a fo rm ação do Cânon 
s a g ra d o do A n tigo T estam e n to , sua 
cred ib ilid a d e , au torid ad e, in sp ira ção .
---------------------- —
Questões Cruciais 
do Novo Testamento
O Novo T estam ento é h istoricam ente 
con fiável? Paulo foi o verdadeiro 
fundad or do cristian ism o ? Como 
o cristão pode ap licar o Novo 
T estam ento em sua vida? São questões 
desen vo lv idas na presente obra.
32 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022
LIÇÃO 5
30 de Janeiro de 2022
T
COMO LER 
AS ESCRITURAS
TEXTO ÁUREO
“E, correndo Filipe, ouviu que lia
0 profeta Isaías, e disse: Entendes 
tu 0 que lês?” (At 8.30)
V _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
VERDADE PRÁTICA
As técnicas de interpretação 
auxiliam na com preensão da 
Bíblia, mas não são infalíveis;
por isso, não podem ser 
colocadas acim a da autoridade 
da Palavra de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dn 9.2
Todos os leitores da Bíblia 
tam bém a interpretam
Terça - Rm 15.4
Tudo o que está escrito é 
verdadeiro e serve para o nosso 
ensino
Quarta - At 2.39
As Escrituras ensinam a 
atualidade do Batismo no Espírito 
Santo e dos Dons Espirituais
Quinta - 1 Jo 5.20
Necessitam os do Espírito Santo 
para discernir as verdades bíblicas
Sexta - Mc 16.20
As verdades bíblicas são 
confirm adas quando 
experim entadas pela Igreja
Sábado - At 17.11
As experiências devem ser 
subm etidas ao crivo das Escrituras 
Sagradas
JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 33
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 8.26-30
26 - E 0 anjo do Senhor falou a Filipe, 
dizendo: Levanta-te e vai para a banda do 
Sul, ao caminho que desce de Jerusalém 
para Gaza, que está deserto.
27 - E levantou-se e fo i. E eis que um 
homem etíope, eunuco, mordomo-mor 
de Candace, rainha dos etíopes, 0 qual era 
superintendente de todos os seus tesouros
e tinha ido a Jerusalém para adoração,
28 - Regressava e, assentado no seu 
carro, lia 0 profeta Isaías.
29 - E disse 0 Espírito a Filipe: Chega-te 
e ajunta-te a esse carro.
30 - E, correndo Filipe, ouviu que lia 
0 profeta Isaías, e disse: Entendes tu o 
que lês?
Hinos Sugeridos: 129, 368, 559 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Se é importante conhecer a estrutu­
ra da Bíblia para bem m anejá-la, mais 
im portante ainda é lê -la adequada­
mente. Não são poucos os erros e os 
enganos por causa da má interpretação 
das Escrituras Sagradas. Por isso temos 
de dar a devida importância ao assunto 
que impacta diretamente a qualidade 
da fé do leitor da Bíblia. Que tenhamos 
sabedoria do alto para ler a B íblia e 
com preendê-la adequadamente.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Expor que 
a Bíblia precisa ser interpretada; II) 
Pontuar os pressupostos pentecostais 
para a leitura da Bíblia; III) Apresentar 
os princípios básicos de interpretação 
bíblica.
B) Motivação: Ler e interpretar a 
Bíblia de m aneira adequada deve ser 
o ob jetivo de todo aluno da Escola 
Dominical. Como compreender os en­
sinos de Jesus nos Evangelhos? Como
aplicar hoje a m ensagem do apóstolo 
Paulo em suas epístolas? Sem dúvida 
essas questões nos m otivam para a 
presente lição.
C) Sugestão de Método: Sugerimos 
que você pergunte aos alunos como 
eles leem a Bíblia. Perm ita que eles 
exponham as próprias experiências. 
Aproveite as respostas da classe para 
d esen volver o p rim eiro tópico (I - 
A B íblia P recisa Ser Interpretada), 
principalm ente 0 subponto que diz 
respeito às lim itações dos leitores.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Desafie os alunos a 
lerem a Bíblia de m aneira metódica e 
sistemática, de acordo com os pontos 
apresentados na lição. Se for 0 caso, 
proponha a c lasse um plano de le i­
tura anual e estabeleça m etas para 
cum pri-lo durante o ano.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão: Vale 
a apena conhecer essa revista que traz
3 4 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022
reportagens, artigos, en trevistas e 
subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 
88, p.38, você encontrará um subsídio 
especial para esta lição.
B) A uxílios Especiais: Ao final do 
tópico, você encontrará um auxílio 
que dará suporte na preparação de 
sua aula: l) O texto “ O Autor como 
fator determ inante do sign ificad o”
aprofunda o tem a da interpretação, 
no primeiro tópico, focando na impor­
tância da intenção do autor sagrado 
ao escrever um livro da Bíblia; 2) O 
texto “ Tipos de Autoridade Religiosa” 
aprofunda a importância da autorida­
de canônica e 0 valor da experiência 
espiritual como uns dos pressupostos 
pentecostais para a leitura da Bíblia.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A leitura e 0 estudo das Escrituras 
são um dever e um privilégio. Por isso, 
temos que zelar pelo conhecimento b í­
blico e estar conscientes da necessidade 
de aplicar o texto sagrado em nossas 
vid as. T iago a le rta que devem os 
ser cu m p rid o res da P a la vra 
e não ap en as ou vin tes (Tg
1.22). Nesta lição, verem os a 
importância dos princípios 
basilares da interpretação 
bíblica.
Palavra-Chave: )
Leitura i
I - A b í b l i a p r e c i s a
SER INTERPRETADA
1. A importância da exegese. O termo 
“ exegese” vem do grego ex, traduzido 
como “ fora” , e agein com o sentido de 
“ gu iar” . Literalm ente significa “ guiar 
para fora” , isto é, extrair a intenção das 
palavras de um texto. Assim , o alvo da 
exegese é deixar que as Escrituras digam 
0 que o Espírito Santo pretendia no seu 
contexto orig in al. D essa form a, para 
não fazer 0 texto sign ificar aquilo que 
Deus não pretendeu, é necessário um 
minucioso exam e das Escrituras (2 Tm
2.15). Por exemplo, 0 estudo das línguas 
bíblicas, dos fatos da história, da cultura 
e dos recursos literários usados no texto
sagrado cooperam na com preensão do 
real significado das palavras inspiradas 
(Ef 3.10-18).
2. As lim itações dos leitores. Nesse 
aspecto é preciso reconhecer que toda 
a vez que lem os a Bíblia, estam os in ­
terpretando. Isso porque todos os
leitores são também intérpretes 
(Dn 9.2). O problem a dessa 
constatação reside nas ideias 
que trazemos conosco antes 
m esm o de com eçarm os a 
le itu ra da B íblia (Ef 4.22). 
Por conseguinte, nem sem ­
pre o “ entendimento” daquilo 
que lemos reproduz a verdadeira 
“ in te n ç ã o ” do E sp ír ito San to (2 Pe
3.16). Em virtud e de nossa inclinação 
pecam inosa que nos induz ao erro (Rm 
8.7), precisam os usar m étodos sadios 
que nos auxiliem na interpretação das 
Escrituras (Rm 12.2). Essa é um a nobre 
tarefa atribuída a todo salvo em Cristo 
Jesus (1 Tm 4.13; Ap 1.3).
3. A natureza das Escrituras. Nesse 
ponto, ratificam os que a necessidade 
de a Bíblia ser interpretada ach a-se na 
n atureza da própria P alavra de Deus. 
Como já estudado, o texto bíblico foi es­
crito majoritariamente em duas línguas 
distintas (hebraico e grego), no período
JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 35
VI
[...] Ratificamos que a neces­
sidade de a Bíblia ser inter­
pretada acha-se na natureza

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