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ADULTOS |1°TR IM ESTRE 2022 A Supremacia das Escrituras a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus SEU ESTILO TOCA AQUI! CLICANDOCLICANDO AQUIAQUI OU BAIXE NOSSOOU BAIXE NOSSO APP CLICANDO NASAPP CLICANDO NAS PLATAFORMASPLATAFORMAS ABAIXOABAIXO ACOMPANHEACOMPANHE NOSSA RÁDIONOSSA RÁDIO https://player.maxcast.com.br/paznaweb https://play.google.com/store/apps/details?id=sigabem.virtues.ag.appradio.pro http://l.radios.com.br/r/16440 https://linktr.ee/paznaweb .JÇOES Bíb l ic a s Professor 11 ° Trim estre de 20 22 Com entarista: Douglas Baptista SUMÁRIO A Supremacia das Escrituras: a In sp irad a , In erran te e In fa líve l P a la vra de Deus 1 - A Autoridade da Bíblia 03 2 - A Inspiração Divina da Bíblia 10 3 - A Inerrância da Bíblia 17 4 - A Estrutura da Bíblia 25 5 - Como Ler as Escrituras 33 6 - A Bíblia como um Guia para a Vida AO 7 - A Bíblia Transforma as Pessoas a 8 - A Lei e os Evangelhos revelam Jesus 54 9 - As Histórias e as Poesias Falam ao Coração 61 10 - As Profecias Despertam e Trazem Esperança 68 11 - Lucas-Atos: 0 Modelo Pentecostal para Hoje 75 12 - As Epístolas Instruem e Formam os Cristãos 83 13 - A Leitura da Bíblia e a Educação Cristã 9 0 B íb l ic a s Prezado(a) Professor(a), É v e rd a d e qu e a B íb lia é o l iv r o m a is vend id o no m undo. M as h á um recuo da resp o sta se a p ergu n ta for: “A B íb lia é o liv ro m a is lido do m u n d o?” Isso ocorre porque há grand es d esafios para a leitura da B íb lia na ig re ja nos d ias atu a is . E sses desafios rem ontam a linguagem , o tempo, a cu ltu ra e o fe rv o r esp iritu al. Por isso, para inaugurar este prim eiro tri m estre, bem como o novo projeto editorial do C u rrícu lo de Escola D om in ica l CPAD, abordarem os o tem a da “ Suprem acia das E scritu ra s". Nosso propósito é destacar a suprem acia das Escrituras, sua autoridade, inspiração e in errân cia ; ao m esm o tem po ap resen tá - la de m a n e ira com p reen síve l p a ra a n o ssa ig re ja . E, f in a lm e n te , d ese ja m o s qu e, ao f in a l do t r im e s tr e , fo rm e m o s b o n s le ito re s da B íb lia , de m od o que o fe rv o r e sp ir itu a l se ja m a is e m a is um a realidade em n o ssa igreja. Bom trim estre! José W ellington Bezerra da Costa P re s id e n te do C o n se lh o A d m in is t r a t iv o Ronaldo Rodrigues de Souza D ire to r E x e c u tiv o Conheça mais sobre o N ovo C u rrícu lo de E sc o la D o m in ica l CPAD Presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil losé W ellington Costa Junior Presidente do Conselho Administrativo José W ellington Bezerra da Costa Diretor Executivo Ronaldo Rodrigues de Souza Gerente de Publicações A lexandre Claudino Coelho Consultor Doutrinário e Teológico Elienai Cabral Gerente Financeiro Josafá Fran k lin Santos Bom fim Gerente de Produção Jarbas Ram ires Silva Gerente Comercial Cícero da Silva Gerente da Rede de Lojas > loão B atista Guilherm e da Silva Gerente de TI Rodrigo Sobral Fernandes Gerente de Comunicação Leandro Souza da Silva Chefe do Setor de Educação Cristã M arcelo Oliveira Chefe do Setor de Arte & Design W agner de Alm eida Editor M arcelo Oliveira Redação Setor de Educação Cristã Revisora Verônica Araújo Projeto Gráfico M arlon Soares Leonardo Engel Diagramação e Capa Leonardo Engel Av. Brasil, 34.401 - Bangu Rio de Janeiro - RJ - Cep 21852-002 Tel.: (21) 2406-7373 www.cpad.com.br o#o® http://www.cpad.com.br LIÇÃO 1 2 de Janeiro de 2022 . V .v ^ ' ^ 1 * ^ * Í F % j|. J í * ít lK ^ “ . ir Jte§&&-, A AUTORIDADE DA BÍBLIA \ f TEXTO ÁUREO VERDADE PRÁTICA “B em -aventu rados os que A Bíblia Sagrada é a autoridade trilham cam inhos retos e andam fin a l da nossa regra de fé na lei do Senhor.” (Sl 119 .1) e prática. J Segunda - 2 Pe 1.20,2 As Sagradas Escrituras 1 origem no próprio Deus Terça - SI 19.1-4. A natureza m anifesta a de Deus ao ser hum ano Quarta - Jo 20.30,31 A Bíblia revela a pessoa Cristo, o Filho de Deus LEITURA DIÁRIA 1 Quinta - Hb 4.12 têm Podemos ouvir a voz de Deus por meio da leitura da Bíblia Sexta - Mc 13.31 grandeza As gerações passam , m as a Palavra de Deus perm anece inalterada Sábado - Ap 22.18,19 de Jesus As Sagradas Escrituras transm item toda a doutrina da salvação JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 3 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE S a lm o s 1 19 .1 -8 1 - B em -aventu rados os que trilham caminhos retos e andam na lei do Senhor. 2 - Bem -aventurados os que guardam os seus testemunhos e 0 buscam de todo o coração. 3 - E não praticam iniqüidade, mas andam em seus caminhos. 4 - Tu ordenaste os teus mandamentos, para que diligentemente os observássemos. 5 - Tomara que os meus caminhos sejam dirigidos de maneira a poder eu observar os teus estatutos. 6 - Então, não ficaria confundido, aten tando eu para todos os teus mandamentos. 7 - Louvar-te-ei com retidão de coração, quando tiver aprendido os teus justos juízos. 8 - Observarei os teus estatutos; não me desampares totalmente. 1. INTRODUÇÃO Ler e com preender a B íblia é um desafio. Neste trim estre, vam os en- frentá-lo. O pastor Douglas Baptista, líder da Assem bleia de Deus M issão e presidente do Conselho de Educação e Cultura da CGADB, é o com entarista deste tr im e stre . Ele nos a jud ará a reconhecer a Supremacia da Bíblia na fé cristã, sua autoridade, inspiração e inerrância, e aplicá-la a vida cristã. 2 . APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO A) Objetivos da Lição: I) relacionar a origem da Bíblia com a Revelação Divina; II) pontuar as evidências da autenticidade da Bíblia; III) apresentar a m ensagem da Bíblia. B) M o tiv a çã o : Por que 0 n osso casam ento, a nossa fam ília , a nossa p ro fis sã o e su as dem an d as é ticas devem estar de acordo com a Bíblia? Por que a B íblia é autoridade fin a l para nós? C) Sugestão de Método: Apresente uma história em que os prejuízos espi rituais e morais, como conseqüências de a Bíblia não ter autoridade final na vida, estejam em destaque. 3 . CONCLUSÃO DA LIÇÃO A) Aplicação: Você conhece a rea lidade de sua classe. Por isso, aplique a lição segundo essa realidade. Su gerim os que você desafie aos alunos a iniciar a leitura da Bíblia. Promova esse desafio em classe. 4 . SUBSÍDIO AO PROFESSOR A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, a rtigos, en trev istas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta lição. B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “ Categorias da Reve lação D ivina” aprofunda 0 prim eiro tópico a respeito do tem a da Revela ção Especial; 2) O texto “ O Professor que veio de Deus” traz uma reflexão 4 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 que serv irá com o base de aplicação Bíblia”. Leia os auxílios com atenção e do terceiro tópico “A M ensagem da busque integrá-los à prática docente. COMENTÁRIO INTRODUÇÃO A autoridade da Bíblia fundam en- ta -se em seu autor: Deus. Portanto, a Bíblia é a Palavra de Deus escrita. Assim sendo, a autoridade dela depende total e exclusivam ente do A ltíssim o e não dos homens. Desse modo além da Bíblia, a Igreja não possui outra fonte infalível de autoridade. Nesta lição, veremos a origem da Bíblia, sua autenticidade e m en sagem revelada na Palavra de Deus. I - A ORIGEM DA BÍBLIA E A REVELAÇÃO DIVINA 1. A origem da Bíblia. Pedro enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem nos h om ens, m as no próprio Deus (2 Pe 1.20,21). Paulo corrobora que a m ensagem bíblica veio do alto (2 Tm 3.16). E também os apóstolos ensinam que a Bíblia foi escrita por hom ens, porém, sob a inspiração e supervisão divina (1 Co 2.13,14; Ap 1.1). Portanto,as Escrituras são a revelação que Deus fez de si mesmo. Dessa maneira, por ter a sua origem em Deus, a Bíblia é portadora de autoridade, e, por isso, constitu i-se em única regra in falíve l de fé e prática para a vida e o caráter do cristão. Nossa Declaração de Fé professa que a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, única revelação divinam ente escrita, dada pelo Espírito Santo, para a humanidade. 2. R evelação G eral. C ham a-se re velação gera l aquela em que Deus se fez conhecer em toda a parte por meio da História, do Universo e da Natureza Humana. a) Na História. Deus se revela pela sua soberania. Ele controla o curso dos acontecimentos, remove e estabelece governos e nada acontece fora ^ de sua vontade (Dn 2.21; 4.25; Rm 11.22); b) No Universo. Deus se m an ifesta pelo seu poder nas coisas criadas, o Céu, a Terra, o mar, e tudo quanto há neles (Sl 19 .1-4 ; At 14 .15-17; Rm 1.18-21); c) No Ser Humano criado à imagem e semelhança divina (Gn 1.26,27). A n a tureza m oral da hum anidade, embora de m an eira inadequada por causa do pecado, revela 0 caráter m oral de Deus (Rm 2.11-15 ; Ef 4.24; Cl 3.10). 3. R evelação E sp ec ia l. Se por um lado a revelação geral denuncia a culpa hum ana em re jeitar 0 conhecim ento acerca de Deus (Rm 1.18 -2 1), a revela ção especial oferece redenção para os perdidos pecadores (Cl 1.9 -14). Ela é 0 complemento da revelação que Deus fez de si m esmo na história, no universo e na hum anidade (Rm 10 .11-17 ; Hb 1.1-3). Reconhecemos a revelação especial tanto no Verbo vivo, Jesus Cristo, quanto nas Escrituras Sagradas (Jo 1.1; 5.39). É por meio da revelação contida nas Escritu ras que conhecemos a Pessoa de Cristo: “ Estes [os sinais], porém, foram escritos para que creiais que Jesus é 0 Cristo, 0 Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nom e” (Jo 20.31). m m * i JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 5 SINÓPSE I A Bíblia tem origem em Deus. Este se revela na h istória , no universo e na hum anidade; e, de modo especial, por meio de Cristo e das Escrituras. AUXÍLIO TEOLÓGICO “ Categorias da Revelação Divina Revelação Especial [...] A Bíblia, ao m anter de form a perene a revelação especial de Deus, é tanto o registro de Deus e dos seus cam inhos, quanto a intérprete dela própria. A revelação escrita é con finada aos 66 livros do Antigo e do Novo Testamento. A totalidade de sua revelação que Ele quis preservar para o benefício de toda a humanidade acha- -se arm azenada, em sua totalidade, na Bíblia. Exam inar as Escrituras é conhecer a Deus da m aneira que Ele quer ser conhecido (Jo 5.39; At 17.11). A revelação divina não é um vislumbre fugaz, m as um desvendamento per manente. Ele nos convida a voltarmos repetidas vezes às Escrituras para, aí, aprendermos a respeito dEle. [...] A totalid ad e das E scritu ras é a P a lavra de Deus em v irtu d e da insp iração divina dos seus autores humanos. A Palavra de Deus, na forma da Bíblia, é um registro inspirado de eventos e verdades da autorrevelação de D eus” (HORTON, Stan ley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspec tiva Pentecostal. ío.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2 0 0 6 ,p p .8 4 ,8 5 ). II - EVIDÊNCIAS DA AUTENTICIDADE DA BÍBLIA 1. Evidências Internas. A palavra “ autenticidade” tem origem no grego authentês como significado daquilo que é “ verdadeiro” . Quando aplicado às Es crituras, o termo indica a autoridade da Bíblia. Nesse sentido, a Bíblia autentica a si m esm a (2 Tm 3.16). Dentre as ev i dências internas, destacam -se: a) Unidade e consistência: No período aproxim ado de 1.600 anos, a Bíblia foi escrita em dois id iom as p rin c ip a is e AMPLIANDO O CONHECIMENTO A Bíblia, os homens e o Espírito Santo “As Escrituras Sagradas são de origem divina; seus autores hum anos falaram e escreveram por inspiração verbal e p lenária do Espírito Santo [...]. Deus soprou nos escritores sagrados, os quais viveram numa região e época da h is tória e cuja cultura influenciou na composição do texto.” Am plie m ais o seu conhecim ento, lendo a Declaração de Fé das Assembleias de Deus, CPAD, pp.25,26. 6 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 um dialeto, por cerca de quarenta pes soas de diferentes classes sociais, em lugares e circunstâncias d istintas que abordaram centenas de tem as. Apesar de todas essas im plicações, o conteúdo bíblico é consistente e os seus escritos se harm onizam formando um todo sem qualquer contradição (Sl 18.30; 33 -4 )- b) Ação do Espírito Santo: Por meio da leitura da Bíblia é possível ouvir a voz de Deus agindo como um a espada que “ penetra até à divisão da alm a e do espírito” (Hb 4.12). Como os discípulos no caminho de Emaús, aquele que aceita a m ensagem da Palavra experim enta a cham a do Espírito arder no coração e passa a compreender o plano da salvação (Lc 24.31,32). c) Profecias de Eventos Futuros. A exatidão no cumprimento das profecias com prova a veracidade das Escrituras. As su as p ro fec ias fo ram an un ciad as muito séculos antes dos eventos acon tecerem com clareza e precisão. Entre tantos eventos, citam os o nascim ento virg in al de Cristo (Is 7.14; Mt 1.23); sua morte na cruz (Sl 22.16; Jo 1936); o local da sua sepultura (Is 53.9; Mt 27.57-60); e sua ressurreição (Sl 16.10; Mt 28.6). 2. Evidências externas. Compreen de-se como evidências externas aquelas em que os acon tecim en tos n arrad os nas Escrituras são tam bém ratificados por outras fontes históricas. Por vezes, essas com provações se identificam e se fundem aos conceitos de inerrância, isto é, que a Bíblia não contém erros. Nessa direção, tanto 0 registro da história das nações, as descobertas arqueológicas e os pressupostos da ciência apontam para a autenticidade da Palavra de Deus. E, a despeito de ser contestada por ateus e incrédulos, a Bíblia perm anece como 0 livro m ais traduzido e lido de toda a h istória (cf. Mc 13.31). SINÓPSE II A Bíblia Sagrad a autentica a si m esm a, tendo sua veracid ad e confirmada por fontes e registros históricos. III - A MENSAGEM DA BÍBLIA l . A S u p rem a cia da B íb lia . A e x pressão latina Sola Scriptura confirm a que som ente a Bíblia é regra in falíve l e autoridade fin a l em m atéria de fé e prática. Nossa Declaração de Fé professa que a B íblia fornece o conhecim ento essencial e indispensável à nossa comu nhão com Deus e com o nosso próximo. Assim sendo, não necessitam os de uma nova revelação extraord in ária para a nossa salvação e o nosso crescim ento espiritual. Significa que todas as dou trinas necessárias para a salvação já nos foram transm itidas pelas Escrituras e que nenhum a tradição hum ana pode acrescer ou re tira r coisa a lgum a (Ap 22.18,19). Assim , ratifica-se que a Bíblia é a fonte final de autoridade. 2 . 0 poder da Palavra de Deus. O seu poder se assemelha ao fogo que consome e purifica, bem como um m artelo que despedaça a penha (Jr 23.29). As qua lidades de fogo e m artelo indicam que nada pode im pedir o cum prim ento da Palavra de Deus (Is 5 5 -H; Jr 5 -14)- O seu poder também é capaz de derrubar for talezas espirituais que fazem oposição ao conhecimento divino (2 Co 10.4,5). A Palavra de Deus tem poder, tal qual uma espada, para penetrar no m ais íntim o do ser hum ano e ju lgar os pensam en tos e intenções do coração (Hb 4.12). Quando tentado no deserto, 0 próprio Cristo derrotou Satanás usando 0 poder JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS ■ PROFESSOR 7 da Palavra. Ele venceu as sugestões do Diabo ao fazer citações das Escrituras (Mt 4 -4 ,7 ,10). 3. O propósito da Bíblia. Nossa De claração de Fé ensina que “ a Bíblia é a m ensagem clara, objetiva, entendível, completa e am orosa de Deus, cujo alvo principal é, pela persuasão do Espírito Santo, levar-n o s à redenção em Jesus Cristo” (Jo 16.8; 1 Jo 1.1-4).Nela também se encontram revelados os códigos morais para a sociedade. Ratifica-se que a moral bíblica não se relativiza, pois seus valores são absolutos (Ap 22.18,19). Nessa com preensão, a Bíblia é a revelação de Deus e de sua vontade à hum anidade. Dessa form a, o com prom isso inegociável da Igreja deve ser de fidelidade e propagação da m ensagem bíblica para a salvação e libertação dos pecadores (1 Tm 1.15). SINÓPSE III A Palavra de Deus é poderosa, au toridade infalível em matéria de fé e prática, cujo alvo principal é le- var-nos à redenção em Jesus Cristo. AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ “ O Professor que veio de Deus Em uma convenção da Evangelical Press A ssociation (Associação das Editoras Evangélicas), A. W. Tozer, preocupado com 0 povo evangélico, recomendou quatro linhas de ação: 1- Os evangélicos precisam apre sentar um cristianismo característico do século XX que seja manifestamente superior a qualquer outro estilo de vida. Somente a fé ancestral será capaz disso. Somente uma aplicação realista da fé aos dias de hoje pode torná-la eficaz. 2- Os evangélicos deviam fazer um chamado à ‘procriação espiritual’ e ir além das fileiras denom inacionais e teológicas tradicionais, a fim de a l cançar novas e vivificantes linhas de ação e pensamento. Tal veio de poder está disponível através da comunhão com todos aqueles que creem na di vindade de Cristo e na infalibilidade e autoridade das Escrituras Sagradas. 3- Os evangélicos deviam parar de seguir tendências e começar a lançá- -las. O mundo buscará nossa liderança quando avançarmos pelos campos da ação cristã com um a agenda nova e revigorada. A trairem os os fo rm a dores de opinião a novos e elevados patam ares de v isão e realização e, juntam ente com eles, a m assa. 4- Os evangélicos carecem de uma nova ênfase na ‘ interioridade’ da fé cristã. Devem dar menos atenção às superficialidades e aos aspectos ex teriores do cristianism o, dedicando a uma vida mais profunda com Cristo em Deus” (LEBAR, Lois E. Educação que é Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.55). CONCLUSÃO As Escrituras são de origem divina. Deus se deu a conhecer por meio da h is tória, do universo, da hum anidade, de Cristo e das Escrituras. A autenticidade da Bíblia é confirm ada por evidências internas e externas. A Palavra de Deus é a nossa autoridade final de fé e prática. O teólogo Antonio G ilberto escreveu que “ o autor da Bíblia é Deus, seu real intérprete é 0 Espírito Santo, e seu tema central é 0 Senhor Jesus Cristo” . 8 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 VOCABULÁRIO Penha: grande massa de rocha saliente e isolada. REVISANDO O CONTEÚDO 1 . 0 que Pedro enfatiza a respeito dos escritos sagrados? Pedro enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem nos hom ens, m as no próprio Deus (2 Pe 1.20,21). 2 . 0 que é Revelação Geral? Cham a-se revelação geral aquela em que Deus se fez conhecer em toda a parte por meio da História, do Universo e da Natureza Humana. 3. Caracterize a Revelação Especial. Reconhecem os a revelação especial tanto no Verbo vivo, Jesus Cristo, quan to nas Escrituras Sagradas (Jo l.l; 5.39). É por meio da revelação contida nas Escrituras que conhecemos a Pessoa de Cristo. 4. Cite as três evidências internas que autenticam as Escrituras. Unidade e consistências das Escrituras; Ação do Espírito Santo nas Escritu ras; Profecias de eventos futuros nas Escrituras. 5. Como podem os ratificar que a Bíblia é a autoridade final? Todas as doutrinas necessárias para a salvação já nos foram transm itidas pelas Escrituras e que nenhuma tradição hum ana pode acrescer ou retirar coisa algum a (Ap 22.18,19). Assim , ratifica-se que a Bíblia é a fonte final de autoridade. JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 9 LIÇÃO 2 9 de Janeiro de 2022 A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BIBLIA TEXTO AUREO “ Toda a Escritura divinam ente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.” (2 Tm 3.16) VERDADE PRÁTICA A inspiração da Bíblia Sagrada é divina, verbal e plenária. Portanto, a Bíblia toda nos ensina, corrige e instrui. LEITURA DIÁRIA Segunda - 2 Pe 1.21 Os autores bíblicos escreveram inspirados pelo Espírito Santo Terça - Rm 15.4 Tudo 0 que está escrito serve para 0 nosso ensino Quarta - 2 Co 4.7 As Escrituras não estão condicionadas às lim itações de seus autores hum anos Quinta - 1 Co 14 .9-11 A linguagem bíblica busca alcançar a com preensão de todos Sexta - Lc 24 .44 Cristo reconheceu a inspiração divina do Antigo Testam ento Sábado - 1 Pe 1.23 A Palavra inspirada pelo Espírito Santo opera na regeneração dos pecadores 1 0 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 2 T im óteo 3 .14 -17 ; 2 Pedro 1.19 -2 1 2 Tim óteo 3 14 - Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de quefoste inteirado, sa bendo de quem 0 tens aprendido, 15 - E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. 16 - Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; 17 - Para que o hom em de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. 2 Pedro 1 19 - E temos, mui firm e, a palavra dos profetas, à qual bem fa z eis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que 0 dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração. 20 - Sabendo prim eiram ente isto: que nenhum a profecia da Escritura é de particular interpretação. 2 1 - Porque a profecia nunca fo i pro duzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. Hinos Sugeridos: 252, 456 , 558 da Harpa Cristã PLANO DE AULA 1. INTRODUÇÃO Cremos que a Bíblia é inspirada di vina, verbal e plenariamente, ou seja, a Bíblia é a Palavra de Deus revelada aos nossos corações. Nesse sentido, trazer luz a respeito da importante doutrina da Inspiração das Escrituras é 0 obje tivo m aior desta lição. Todo trabalho pedagógico deve concorrer para isso. N ossos alunos, ao fin al desta lição, devem aprofundar as raízes de sua fé na inspiração divina da Bíblia. 2 . APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO A) Objetivos da Lição: I) Refletir que a própria Bíblia reivindica sua inspiração divina; II) Evidenciar que as limitações hum anas não anulam a in sp iração divina da Bíblia; III) Explicitar que 0 Espírito Santo atua na regeneração e iluminação do pecador e, por isso, nos ajuda a compreender as Escrituras. B) Motivação: O que faz a Bíblia ser diferente de todos os outros livros? Por que a Bíblia está acima da literatura de W illiam Shakespeare, dos rom ances de M achado de A ssis ou de outras obras clássicas? A resposta para essas perguntas está na transform ação que o leitor sofre dentro de si enquanto lê a Bíblia com o auxílio do Espírito Santo. C) Sugestão de Método: A p re sente relatos que m ostram o quanto as pessoas que leram a Bíblia foram im pactadas; e quantas v id as foram tra n sfo rm a d as a p a rtir do contato com as E scrituras. Você pode fazer pesquisas em sites especializados ou em obras de história da Igreja. 3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO A) Aplicação: Conclame os alunos, a toda vez que se prepararem para ler JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 11 a Bíblia, a pedir o auxílio do Espírito Santo. A Bíblia é um livro divino, por isso , p recisam o s do divino au x ílio para lê -la e com preendê-la. 4 . SUBSÍDIO AO PROFESSOR A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagen s, artigos, en trev istas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição. B) A uxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suportena preparação de sua aula: 1) O texto “A Inspiração Divina da Bíblia” aprofunda 0 conceito de Inspi ração Divina apresentado no primeiro tópico; 2) 0 texto “Fundamentos bíbli cos para uma filosofia de ensino” traz uma reflexão a respeito da Bíblia como fundamento inspirador para o ensino, conforme 0 segundo tópico. COMENTÁRIO I Palavra-Chave \ Inspiração INTRODUÇÃO A inspiração divina das Escrituras foi operada sobrenaturalmente pelo Espírito Santo, que nos deu a Bíblia, a úniça revelação escrita de Deus para A a hum anidade. Nesta lição, /BÊ verem os que a insp iração da Bíblia é divina, verbal e p lenária. N esse sentido, a Bíblia Sagrada é para 0 cren- te salvo a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. I - A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO BÍBLICA 1 . A in sp ira ç ã o b íb lic a é d iv in a . Nas p á g in a s do A ntigo T estam en to , a e x p re ssã o “A ssim diz o S en h o r” e s im ila re s são u sad as m ais de 3.800 vezes. Ao receber a revelação no Monte S inai, M oisés “ escreveu todas as p a lavras do Sen h or” (Êx 24.4). Jerem ias foi advertido: “ não esqueças nem uma p a la v ra ” (Jr 26.2). No texto do Novo Testam ento, Paulo d isse que usava as palavras “ que o Espírito Santo ensina” (1 Co 2.13). João assegura que o Senhor lhe revelou “ co isa s que brevem ente devem acontecer” (Ap 1.1). E o Senhor Jesus asseverou que até os sinais diacrí- ticos do texto hebraico eram inspirados: “ nem um jota ou um til se om itirá da le i” (Mt 5.18). A ssim sendo, as E sc r itu ra s re iv in d icam que a m ensagem bíblica veio da parte de Deus. 2. A in sp ira ç ã o b íb li ca é v e rb a l. R a tifica m o s r que a Bíblia é “ divinam ente insp irada” (2 Tm 3.16). Essa tradução vem do term o grego theopneustos, que significa literal mente “ soprada por Deus”. Desse modo, a inspiração é chamada de verbal porque Deus soprou nos escritores sagrad os aquilo que deveria ser escrito (Ap 19.9; 1 Co 14.37). Porém, os autores bíblicos não foram usados autom aticam ente como se escrevessem um ditado; eles foram instrum entos de Deus e, cada qual com sua própria p erson alidade e talento, escreveram “ inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21). Essa ação divina foi tão intensa que todas as palavras registradas na Bíblia eram exatam ente as que Deus queria ver em pregadas nas Escrituras. 3. A inspiração bíblica é p lenária. A inspiração da Bíblia também é plenária, 1 2 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022 isto é, a inspiração é total e com pleta, tanto do Antigo quanto do Novo T e s tam ento. Paulo a firm a que “ toda" a Escritura é inspirada (2 Tm 3.16). Nossa Declaração de Fé professa que a “ in sp i ração da Bíblia é especial e única, não ex istin d o um liv ro m ais in sp irad o e outro m enos inspirado, tendo todos o mesmo grau de inspiração e autorida de” . S ign ifica que nenhum texto deve ser desprezado. Aos Rom anos, lem os que “ tudo que dantes foi escrito para n osso en sin o fo i e sc r ito ” (Rm 1 5 -4 )- Nesse aspecto, ratificam os que a Bíblia não apenas “ contém ” ou “ to rn a-se” a Palavra de Deus, m as sobretudo ela é a inspirada Palavra de Deus - plena, sem erros e sem falha algum a. SINÓPSE I A Bíblia é a inspirada Palavra de Deus. Seus autores a escreveram inspirados pelo Espírito Santo e os seus livro s têm o m esm o grau de autoridade. AUXÍLIO TEOLÓGICO “A Inspiração Divina da Bíblia O que diferencia a Bíblia de todos os dem ais liv ro s do m undo é a sua inspiração divina (Jó 32.8; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). É devido à inspiração d i vina que ela é cham ada a Palavra de Deus [...] - Que vem a ser ‘inspiração d iv in a ?-P a ra melhor compreensão, vejam os prim eiro 0 que é inspiração. No sentido fisiológico, é a in sp ira ção do ar para dentro dos pulm ões. É pela in sp iração do ar que tem os fôlego para falar. Daí 0 ditado ‘Falar é fô lego ’. Quando estam os falando, o ar é expelido dos pulmões: é 0 que cham am os de expiração. Pois bem, Deus, para falar a sua Palavra através dos escritores da Bíblia, inspirou neles 0 seu Espírito! Portanto, inspiração divina é a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro, sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e tran sm itir a m ensagem divina sem mistura de erro. A própria Bíblia reivindica para si a inspiração de Deus, pois a expressão ‘Assim diz 0 Senhor’, como carimbo de autenticida de divina, ocorre m ais de 2.600 vezes nos seus 66 livros; isso além de outras expressões equivalentes” (GILBERTO, Antonio. A Bíblia através dos Séculos: A história e formação do Livro dos livros. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.41). II - INSPIRAÇÃO DIVINA E OS AUTORES DA BÍBLIA 1. A Inspiração dos autores. O Espírito Santo garantiu a liberdade dos esc ri tores bíblicos conform e a capacitação de cada um. Portanto, a Bíblia possui particularidades quanto ao gênero lite rário, gram ática, vocabulários e outros. Apesar disso, os autores não se tornaram intérpretes do divino. Isso porque Deus não inspirou aos escritores apenas os pensam entos ou as ideias. 0 Espírito Santo tam bém inspirou cada uma das palavras que expressam com exatidão a m ensagem divina (l Co 2.10,11). 2. As lim itações dos autores. Os escolhidos por Deus para escreverem a Bíblia eram pessoas assim como nós, inclinadas às m esm as paixões e falhas (Tg 5.17). M oisés, por exem plo, mesmo sendo 0 autor do Pentateuco, foi impedido JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1 3 de entrar na Terra Prometida porquanto transgredira contra o Senhor no deserto de Zim (Dt 32.51,52). Entretanto, nenhum texto das Escrituras, quanto à sua in s piração e veracidade, está condicionado às lim itações de seus autores humanos (2 Co 4 -7 ). 3. Os diferentes gêneros literários e figuras de linguagem. Cada autor fez uso de gêneros literários distintos, tais como: narrativa (1 e 2 Sam uel), poesia (Salmos), provérbios (livro de Provér bios) etc. Os autores sagrados tam bém fizeram uso de figuras de linguagem , ta is com o: o em prego de parábo las e enigm as (Jz 14 .14 ; Ez 17.2); de alegorias (G1 4-22-24; Hb 9.9); de hipérboles (Jo 21.25; Cl 1.23); de metáforas e símiles (Zc 2.8; Tg 3 3 - 5); de vocabulário sim ples ou rebuscado a depender do grau de instrução do autor (2 Pe 3.15,16). O em prego dos recursos literários evidencia a cultura do escritor, m as em hipótese alguma invalida a inspiração da Palavra de Deus (Pv 2.6; Tg 1.17). AMPLIANDO O CONHECIMENTO A Inspiração “A s E scritu ra s eram sop rad as por Deus à m edida que 0 Espírito Santo inspirava seus autores a escrever em prol de Deus. Por causa de sua incitação e superintendência, as palavras dos escritores eram verdadeiram ente a Palavra de Deus. Pelo menos em alguns casos, os escritores bíblicos tinham consciência de que a sua m ensagem não era meramente sabedoria humana, mas ‘as palavras que 0 Espírito Santo ensina’ (1 Co 2.13)”. Amplie m ais 0 seu conhecimento, lendo a Teologia Sis temática: Uma Perspectiva Pentecostal, CPAD, p.115. 4. A linguagem do senso comum. Na descrição de fenômenos científicos, por exemplo, os autores sagrados usaram a fraseologia comum e popular. Para citar um dos casos, ao descrever a herança dos rubenitas, também dos gaditas e à meia tribo de M anassés, Josué fez alusão ao “ nascer do so l” (Js 1.15); e, na batalha contra os am orreus, ele registrou que o “ sol parou” (Js 10.13). Essa linguagem não ignora os fundam entos científicos, nem desacredita a inspiração da Palavra de Deus, apenas busca alcançar a com preensão de todos (1 Co 14 .9-11). SINÓPSE II As limitações humanas, o uso de diferentes gêneros literários e o emprego de linguagem comum não anula a inspiração divina dos autores da Bíblia. 14 LIÇÕES BÍBLICAS ■ PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022 AUXÍLIODE EDUCAÇÃO CRISTÃ “ Fundam entos bíblicos para um a filo so fia de ensino Uma filosofia cristã de ensino co meça na Bíblia e faz parte do conceito maior de educação cristã. A Palavra de Deus oferece m ais do que o conteúdo do ensino cristão; fornece também a estrutura filosófica essencial. Questões fundamentais, como: ‘Por que ensinar?’; ‘Que resultados devem os esperar?’; ‘Quem é o m ediador do ensino cr is tão?’; ‘Como devemos ensinar?’; e ‘A quem devemos ensinar?’ encontram respostas provocativas na Bíblia. Um mandato e uma meta claramente defi nidos emaranham-se de forma precisa com os notáveis discernim entos das Escrituras sobre o professor, o aluno e Deus para, com isso, form ar um a superestrutura estável. Cada ensinador cristão constrói uma filosofia pessoal de en sin o ao entender, correta ou incorretam ente, a estrutura bíblica. Portanto, o desafio de construir uma filosofia verdadeiram ente cristã co meça de maneira correta examinando cada parte do componente fornecido pela B íb lia ” (GANGEL, Kenneth O; HENDRICKS, Howard G (Eds.). Manual de Ensino para o Educador Cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 4 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.66). III - O ESPÍRITO SANTO E A BÍBLIA 1. A in sp ira ç ã o do A n tigo T e s ta mento. A Bíblia é categórica em reiterar sua in sp ira çã o d iv in a. O re g is tro de Ju izes ensina que os livro s de M oisés são m andam entos do Senhor (Jz 3.4). Esdras reconhece como inspirados os livros de Jerem ias, Ageu e Zacarias (Ed 1.1; 5.1). A respeito da inspiração da Lei de Moisés e dos profetas, Zacarias ensinou que os seus escritos eram “ as palavras que o Sen h or dos E x é rc ito s en v iara pelo seu Espírito, m ediante os profetas precedentes” (Zc 7.12). O próprio Cristo mencionou a Lei de M oisés, os Profetas e os Escritos como livros inspirados (Lc 24 .44). E ssa s d eclaraçõ es a testam o Espírito Santo como a fonte originária de inspiração do Antigo Testamento. 2. A inspiração do Novo Testamento. O Novo Testamento possui dois pressu postos básicos de sua inspiração: a) a prom essa de Cristo de enviar o Espírito Santo para guiar os discípulos (Jo 14.26); b) os escrito s b íb licos que v in d icam esse cum prim ento (At 2.4; 1 Co 2.10; Ef 3.5). Nesse aspecto, Paulo declara que escreve sob orientação do Espírito , e que suas epístolas são a Palavra de Deus (Rm 15.15,16; 1 Co 14.37; G1 1.12; 1 Ts 2.13). Pedro reconhece essa verdade e classifica os livros de Paulo como Escrituras (2 Pe 3.16). Nessa direção, vários outros textos apontam para a ação do Espírito Santo nos escritos da Nova A liança (Jo 16.13). 3. A obra da regeneração e a ilum ina ção. A Bíblia ensina que o Espírito Santo testifica de Cristo e convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 15.26; 16 .8-11). Desse modo, o Espírito Santo atua no processo da salvação e produz a fé regeneradora (Ef 2.8) que vem pelo ouvir a Palavra (Rm 10.17). Nesse aspecto, o Espírito Santo não apenas inspirou as palavras da salvação, m as tam bém as aplica ao coração hum ano a fim de regenerar os pecadores (1 Pe 1.23). Sem esse m over do Espírito não é possível nem aceitar e nem entender a Palavra de Deus (Mt 13.15; 1 Co 2.14). Essa ação em conduzir o pecador a com preender as verdades bíblicas ch am a-se ilum i JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1 5 nação (Ef 1.18). Porém, ressa lta-se que 0 Esp írito Santo ilum ina 0 que Ele já tem inspirado, não se trata de nenhuma nova revelação (G1 1.8,9). SINOPSE III A Bíblia reivindica a inspiração do Espírito Santo em todas as palavras das Escrituras. CONCLUSÃO A Bíblia é a Palavra de Deus escrita. Ela foi inspirada verbalm ente, e seus autores a escreveram inspirados pelo Espírito Santo. A inspiração da Bíblia é plena, todos os livro s e p a lavras da Bíblia têm total e com pleta autorida de. Esse ensino concorda com a nossa Declaração de Fé que professa crer “ na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão”. VOCABULÁRIO A le g o ria : Modo de exp ressão que procura representar pensam entos e ideias sob form a figurada. Hipérbole: Figura de linguagem que consiste no exagero de uma expressão ou ideia. Exem plos: “ M orrer de r ir ” , “ chorar rios de lágrim as” . S ím ile : F igu ra de lingu agem que denota o que é sem elhante, análogo. Exem plos: “ Sedes prudentes como a serpente” . Sinal diacrítico: Sinal gráfico que junto à letra altera sua fonologia. Exem plos: acento agudo, cedilha, til etc. REVISANDO O CONTEÚDO l. O que as Escrituras reivindicam ? As Escrituras reivindicam que a m ensagem bíblica veio da parte de Deus. 2 . 0 que é Inspiração Plenária? A inspiração plenária da Bíblia é a inspiração total e completa, tanto do A n tigo quanto do Novo Testam ento. 3. Cite um gênero literário e três figuras de linguagens. Narrativa; parábola, hipérbole e m etáforas. 4. Quais os dois pressupostos básicos de inspiração divina do Novo T esta mento? O Novo Testam ento possui dois pressupostos básicos de sua inspiração: a) a prom essa de Cristo de enviar 0 Espírito Santo para gu iar os discípulos (Jo 14.26); b) os escritos bíblicos que vindicam esse cum prim ento (At 2.4; l Co 2.10; E f 3 5 ). 5 . 0 que não é possível acontecer sem que haja o m over do Espírito Santo? Sem o m over do Espírito não é possível nem aceitar e nem entender a Pala vra de Deus (Mt 13.15; 1 Co 2.14). 16 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 AINERRANCIA DA BIBLIA TEXTO ÁUREO “ Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem , nem um jota ou um til se om itirá da lei sem que tudo seja cum prido.” (Mt 5 .18) V___________________________________ VERDADE PRÁTICA A doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum denom ina-se “ Inerrãncia das Escrituras”. Por isso podem os confiar em sua m ensagem que é incorruptível. LEITURA DIÁRIA Segunda - Jo 10.35 A Palavra de Deus não pode ser anulada Terça - Sl 119.160 As Escrituras Sagradas atestam a verdade divina Quarta - Jo 14.17 O Espírito Santo manteve a revelação divina incorruptível Quinta - Jo 17.17 A Palavra de Deus é a verdade que santifica Sexta - Mt 5.17,18 A Palavra de Deus possui suprema autoridade na vida do cristão Sábado - Sl 12.6 A Bíblia é divinam ente infalível em toda a matéria que aborda JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1 7 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Mateus 5 .17 -2 1; Hebreus 10 .15 - 17 M ateus 5 17 - Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir. 18 - Porque em verdade vos digo que, até que 0 céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido. 19 - Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado 0 menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus. 20 - Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e 1. INTRODUÇÃO A mensagem da Bíblia não contém erros. A Palavra de Deus é incorruptí vel e, por isso, plenamente confiável. Logo, nesta lição tem os o objetivo de mostrar que a Bíblia é verdade em tudo 0 que diz. Quem põe seus ensinam en tos em prática atesta a prom essa da bem -aventurança, pois está em paz com Deus e consigo mesmo. A Bíblia, portanto, é toda a verdade de Deus de que o ser hum ano precisa. 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO A) Objetivos da Lição: I) Inform ar que a Bíblia é isenta de qualquer tipo de erro; II) E xp licar que 0 E sp írito Santo m an teve a revelação d iv in a fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus. 2 1 - Ouvistes que fo i dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. H eb reu s10 15 - E também o EspíritoSanto no-lo testifica, porque depois de haver dito: 16 - Este é 0 toncerto que fa re i com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos; acrescenta: 17 - E jam ais me lembrarei de seus p e cados e de suas iniquidades. in corru p tíve l; III) C on statar que a Bíblia é a verdade de Deus. B) Motivação: A Bíblia é como uma bússola que nos aponta para o desti no que alm ejam os chegar. Sem ela é possível tom ar outro rumo, escolher falsos caminhos, pegar outra jornada. A Bíblia é a verdade para quem deseja chegar ao céu. C) Sugestão de Método: Você pode introduzir a aula desta sem ana apre sentando im agen s de p e sso a s que fizeram trilh as e se perderam no ca minho. Isso pode ser apresentado por meio de reportagens ou sites. A ideia é m ostrar a conseqüência de usar uma fonte m entirosa que pode nos levar a um caminho perigoso. Nosso propó # 1 Hinos Sugeridos: 14 0 ,173, 557 da Harpa Cristã PLANO DE AULA 18 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 sito é constatar que, diferentem ente dos cam in h o s m ovediços, a B íblia nos proporciona um caminho seguro. 3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO A) Aplicação: Aplique a lição desta sem ana conclam ando aos alunos a viverem a verdade segura da Bíblia. A m elhor m aneira de experim entar a verdade da B íblia é praticando-a . Daí vem a verd ad eira felicidade do crente. 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, en trev istas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição. B) A uxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula: l) O texto “ Significados dos Termos” aprofunda 0 primeiro tópico, a respeito do conceito de Inerrância na Bíblia; 2) 0 texto “ Buscando pelo ouro das Escrituras” traz uma oportunidade de aplicação do terceiro tópico para 0 professor e a professora, mostrando o quanto vale a pena buscar o sublime valor da Bíblia, a inerrante e infalível Palavra de Deus. COMENTÁRIO INTRODUÇÃO Infalibilidade e inerrância são v o cábulos que apontam a veracidade das Escrituras. Indicam que a Bíblia Sagrada não falha e não erra. Significa afirm ar que ela é a verdade em tudo o que diz, tanto em questões esp i rituais quanto h istóricas e c ie n tífica s (Mt 5.17 ,18 ; Jo 10.35). Nesta lição, veremos a inerrância, a preservação e a verdade da P alavra de Deus. ( Palavra-Chave: ) [ Inerrância ) I - O QUE E AINERRANCIA DA BÍBLIA l. O conceito de inerrância bíblica. A in e rrân c ia é a dou trin a segund o a qual a B íblia não contém erro algum . Significa que ela é verdadeira em tudo 0 que afirm a. Desse modo, a Escritura é isenta de erros nos aspectos doutriná rios, espirituais, h istóricos, culturais, científicos e em todos os demais temas. 0 argumento é irrefutável: Deus não pode errar, e, como a B íblia é divinam ente insp irada, ela não pode conter erros. Assim sendo, a inerrância, a in falib ili dade e a inspiração estão entrelaçadas. Nesse sentido, nossa Declaração de Fé professa que “ a Bíblia é a nossa única fonte de autoridade, a inerrante, infalível, completa e inspirada Palavra de Deus” (SI 19.7; Jo 10.35). 2. A B íb lia re iv in d ic a a su a in e rrâ n c ia . 0 term o in errân c ia ” não aparece na Bíblia, m as a ideia está presente nas páginas do texto sagrado. No livro de P rovérbios está escrito que “ toda p a la v ra de Deus é p u ra ” (Pv 30.5); 0 s a lm is ta a firm a que “ a p a la v ra do Senhor é p ro vad a” (SI 18.30); Sam uel a sse g u ra que “ o cam in h o de Deus é perfeito e a palavra do Senhor, refinada” (2 Sm 22.31). Cristo atestou a inerrância ao afirm ar que nem um jota ou um til JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 1 9 VI AUXÍLIO TEOLÓGICO [...] Deus guiou os autores bíblicos e os preservou do registro de inverdades de qualquer natureza.” se o m itirá da le i (Mt 5.18); o Senhor igualm ente ratificou que “ a Escritura não pode ser anulada” (Jo 10.35); e que a “ P alavra é a verdade” (Jo 17-17)- E s sas declarações indicam que a Bíblia é plenam ente confiável, sem nenhum a falsidade ou equívoco. 3. A infalibilidade e a inerrância da Bíblia. O vocábulo “ in falíve l” .indica o “ que não pode, nem consegue falh ar” . Em relação à Bíblia, significa que as suas palavras hão de se cumprir cabalmente (Is 5 5 .ll) . Por causa da etim ologia, os termos “ inerrância” e “ infalibilidade” são por vezes confundidos como sinôni mos. Não obstante, outros afirm am que a Bíblia é somente infalível quanto à sua mensagem saívífica, e não a consideram como inerrante. Por isso, preferim os o uso de ambos os termos, isto é, cremos e ensinamos que a Bíblia é infalível (inca paz de falhar), e, é igualmente inerrante (livre de erro). Negar essas verdades é desacreditar de sua autoridade e inspi ração divina (Jd 1.3 ,4 )- SINÓPSEI A Bíblia é totalmente inspirada por Deus e isenta de qualquer erro e, por isso, é a n ossa au toridade final de fé e prática. “ Significados dos Termos [...] ‘In errân cia ’ tra ta -se de um conceito estritam ente relacionado, m as é um term o m ais recente [...]. Traz a conotação de que a Bíblia não contém nenhum erro de ação (erros materiais), nem contradições internas (erros form ais). [...]. O conceito de in falib ilidade vo lta-se ao conheci mento pessoal que alguém tenha de Deus [...]. A inerrância ocupa-se m ais especificam ente com a transm issão precisa dos d etalh es da revelação. Embora em muitas composições teo lógicas os dois term os sejam usados intercambiavelmente, infalibilidade é 0 termo m ais abrangente. Quem crê num a Bíblia inerrante tam bém crê numa Bíblia infalível. [...] Jesus, como os judeus da época do A ntigo T estam en to , criam que a fidedignidade das E scrituras não abrangia apenas seus ensinam entos mais importantes, mas também deta lhes mais insignificantes [...] (Mt 5.18). Essa perspectiva foi reiterada pelo apóstolo Paulo (At 24.14; 2 Tm 3.16). Desse modo, a autoridade de Jesus e de Paulo apoia a crença em tudo o que a Escritura assevera. Espera-se daqueles que chamam Jesus de Senhor aceitam seus ensinam entos, que tenham as Escrituras em alta conta, como Jesus as tinha” (COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. í.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1 9 9 5 , pp.63,67-68). II - O ESPÍRITO SANTO PRESERVOU AS ESCRITURAS 1. Os manuscritos autógrafos. Os m anuscritos o rig in ais são cham ados 2 0 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 Vi [...] A Bíblia Sagrada é a verdade inspirada de Deus, inerrante em sua totalida de, isenta de toda a falsi dade, fraude ou engano.” de autógrafos. São os textos com a grafia de próprio punho do autor bíblico ou de seu escrevente (Fm 1.19; Rm 16.22). Neles foram prim eiram en te re g istra d a s as palavras inspiradas pelo Espírito Santo (2 Pe 1.21). Cremos que a inerrância das Escrituras pertence a esses documentos, e, que as cópias fiéis desses manuscritos preservaram a exatidão dos originais. O Espírito Santo providencialmente m an teve a revelação divina incorruptível (Jo 14.17; 16.13,14). Fora dessa compreensão, a Bíblia não seria fonte de autoridade (Jo 5 -3 9 ; G1 3.8-22). 2. Os m anuscritos apógrafos. As cópias dos m anuscritos o rig in ais são ch am adas de apógrafos. A tualm ente, e x is te m cerca de 25 .00 0 có p ias dos m anuscritos bíblicos, a m aioria deles em hebraico, grego e latim . Os esc ri- bas judeus transcreveram os originais do A ntigo T estam en to com p recisão m ilim étrica. E as inúm eras cópias dos manuscritos do Novo Testamento tam bém afian çam a credibilidade desses escrito s. N essa p e rsp ec tiva , crem os que o ato da inspiração aconteceuuma só vez na redação prim ária da Palavra de Deus (os autógrafos), mas a qualidade dessa in sp iração fo i p reservad a pelo Espírito Santo nas cópias dos originais (os apógrafos). A ssim sendo, a versão da Bíblia fidedigna aos orig in ais, não deixou de m an ter a exatid ão do real significado das palavras inspiradas por Deus (Mt 5.18; 2 4 .35). 3. Os apócrifos e pseudoepígrafos. Nossa Declaração de Fé assegura que os m anuscritos apócrifos (“ escondidos” ), ta is com o, T obias, Judite, M acabeus, B aru q u e, e o u tro s , a p re se n ta m e r ros, an acro n ism o s, d ou trin as fa lsa s e práticas divergentes das Escrituras, a exem plo da oração pelos m ortos. Os p seu d o ep ígrafo s (“ fa lso s e sc r ito s” ), dentre eles, a A ssunção de M oisés e o Apocalipse de Pedro, foram produzidos por autores anônim os e espúrios, que atribuíram indevidam ente sua autoria a p ro fetas e apóstolos. Na B íb lia dos judeus atestada por Jesus como a “ Lei, P ro fe ta s e E s c r ito s ” (Lc 24 .4 4 ) não faziam parte os livros apócrifos, nem os pseudoepígrafos. Por essa razão eles não integram o cânon bíblico protes tante. Dessa forma, não reconhecemos a autoridade desses livros por não serem inspirados pelo Espírito Santo. SINÓPSE II O Espírito Santo manteve a reve lação divina incorruptível, bem como a exatidão das palavras ori ginalmente inspiradas por Deus. III - A VERDADE NAS ESCRITURAS 1. A Bíblia é a verdade plena. O termo “ verdade” , do hebraico emeth, significa o que é “ c o n fiá v e l” e “ c o rr e to ” . O JANEIRO ■ FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS ■ PROFESSOR 2 1 vocábulo grego aletheia tem o sentido de “ real” e “ fidedigno” . Nas Escrituras corresponde à realidade exata dos fatos em concordância com o pensam ento de Deus. A Bíblia ensina que Deus é a verdade (Jo 14.6; Rm 3.4) e a sua Palavra também é a verdade (Jo 17.17)- 0 escritor aos Hebreus declara que é “ im possível que D eus m in ta ” (Hb 6 .18). P au lo ratifica que Deus “ não pode m en tir” (Tt 1.2). Em v ista disso, crem os que a Palavra de Deus possui autoridade (Mt 5.17,18); e deve ser obedecida acim a de qualquer autoridade hum ana (Mt 15.3- 6). Assim , esses textos servem de base para a afirm ação: “ o que a Bíblia diz é o que Deus d iz” . 2. A verdade espiritual e moral. Nossa Declaração de Fé afirm a que a Bíblia nos re v e la o con h ecim ento com pleto de Deus, não sendo necessário nenhum a nova revelação para a nossa salvação e cresc im en to e sp ir itu a l (Dt 4 .2 ; Pv 30.5,6). Antonio G ilberto ensinou que tudo 0 que Deus req u er do hom em , e tudo 0 que h om em p re c isa sab er, quanto à sua redenção, está revelado na Bíblia. Igualm ente, a ética e a m oral se fundam entam na revelação divina. Os padrões bíblicos para 0 nosso viver não podem so fre r m udanças. Aquilo que a P alavra de Deus diz ser pecado, perm anece sendo pecado. Por isso, os valores cristãos são perm anentes, pois a fonte de autoridade é permanente (Mt 24.35). Assim , enfatizam os que a Bíblia é a inerrante verdade tanto espiritual quanto moral. 3. A verdade histórica e científica. Crem os que a Bíblia é divinam ente in falível em toda a m atéria que aborda (Sl 12.6; 19.8). John Wesley escreveu que se houver um erro, pode h aver m il. E, se ex istir algum a falsidade então a Bíblia não é o liv ro da verdade de Deus. Por conseguinte, a Escritura não se equivoca quando descreve a criação, os eventos da h istória e os fenôm enos da ciência. S ig n ifica que Deus guiou os autores bíblicos e os preservou do registro de inverdades de qualquer natureza (2 Pe 1.21). A ssim sendo, endossam os que a B íblia Sagrad a é a verdade in sp irada de Deus, inerrante em sua totalidade, isen ta de toda a fa lsid ad e , fraude ou engano. SINÓPSE III Deus é a verdade e, sua Palavra, é a sua extensão. Tudo o que a Bíblia ensina tanto na teologia, história ou ciência é a verdade. AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ “ [Buscando pelo ouro das Escrituras] Nenhuma meta seria mais elevada do que ir pelo ‘ouro’ das Escrituras. A Bíblia m uitas vezes se refere a si como ouro ou pedras preciosas, como o rubi, a fim de frisar 0 sublime valor do seu conteúdo. Por exem plo, Davi escreveu: ‘Os ju izes do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim , do que m uito ouro fin o ’ (Sl 19.9,10). O S a lm o 119 , aquele que e x a lta a P a la v ra de D eus em q u ase todos os seus 176 ve rs ícu lo s , in clu i esta declaração pelo sa lm ista : ‘m elhor é para m im a lei da tua boca do que 2 2 LIÇÕES BÍBLICAS ■ PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 inúmeras riquezas em outro ou prata’ (SI 119.72). No m esm o [...] [texto], 0 sa lm ista escreveu que ele am a os m andam entos de Deus ‘m ais do que o ouro, e ainda m ais do que 0 ouro fino’. Como estudante da Palavra, os professores cristãos devem garimpar 0 ouro da Escritura, cavando ‘filões ’ nas profundezas da B íblia e penei rando as verd ad es das E scr itu ra s para si m esm os. Exploração diária das riquezas da Palavra enriquece a vida - dando m ais capacidade para os professores cristãos guiarem outros nas m esmas explorações” (GANGEL, Kenneth O; HENDRICKS, H ow ard G (Eds.). M an u al de E n sin o para o E ducador C ristão : Compreendendo a natureza, as bases e 0 alcance do verdadeiro ensino cristão. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.307). CONCLUSÃO Apesar de alguns considerarem re dundante o uso dos term os inspiração, inerrância e infalibilidade para legitimar a autoridade das Escrituras Sagradas, nossa ortodoxia professa e ensina que a Bíblia é a inspirada Palavra de Deus, inerrante e in falível com plena autori dade em tudo o que diz. VOCABULÁRIO Anacronism o: Erro de cronologia (ou datas) relativo a fatos ou pessoas. Espúrios: Não genuíno, hipotético, simulado. REVISANDO O CONTEÚDO 1 . 0 que é inerrância? A inerrância é a doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum . Significa que ela é verdadeira em tudo o que afirm a. 2. Mencione textos bíblicos em que a ideia de inerrância esteja presente. Jo 10.35; Jo 17.17. 3 .0 que são os m anuscritos autógrafos? Os m anuscritos originais são cham ados de autógrafos. São os textos com a grafia de próprio punho do autor bíblico ou de seu escrevente (Fm 1.19; Rm 16.22). 4 .0 que são os m anuscritos apógrafos? As cópias dos m anuscritos originais são cham adas de apógrafos. 5. Por que a Bíblia não se equivoca quando descreve a criação, os eventos da h istória e os fenôm enos da ciência? Porque Deus guiou os autores bíblicos e os preservou do registro de in- verdades de qualquer natureza (2 Pe 1.21). JANEIRO - FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 2 3 Anotações do Professor LEITURAS PARA APROFUNDAR A M ensagem do Novo Testamento M uitos leitores da P a lavra de Deus correm o risco de in terp retar m al trech os da B íblia, porque não veem a estru tu ra in teira de um Evangelho com o o de João ou um a epísto la aos E fésios. A M ensagem do Antigo Testam ento O au tor ap resen ta o A n tigo T e sta m e n to com c la re z a e c ria t iv id a d e , e x p lican d o a m en sa g em de cad a liv ro , le v a n d o -n o s ao con h ec im e n to do am o r e do po d er de D eus a tra v é s de seu povo. aa M e n sa g e m A n t ig o >,TEST AMENT O V txposiçAo HOMII &ÍT1CA 2 4 LIÇÕES BÍBLICAS-PROFESSOR JANEIRO ■ FEVEREIRO • MARÇO 2022 TEXTO ÁUREO “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.” (Lc 24.44) \ ____________ ______________ / VERDADE PRÁTICA A Bíblia se divide em Antigo e Novo Testamentos, totalizando 66 livros, divinam ente inspirados. Toda ela é nossa única regra de fé e prática. ____________________________/ LEITURA DIÁRIA Segunda - Ap 22.18,19 Nada pode ser acrescentado ou retirado das Escrituras canônicas Terça - Rm 1.2 Os textos inspirados são chamados de Santas Escrituras Quarta - Jz 3.4 O Antigo Testam ento é dotado de veracidade e de autoridade Quinta - 1 Co 2.4,13 Os livros inspirados e autorizados são chamados de canônicos Sexta - Ef 2.20 A Igreja Prim itiva reconheceu e preservou os livros canônicos Sábado - Mt 24.5 A Palavra de Deus é atem poral e imutável JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 2 5 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Lucas 24.44-49. 4 4 - £ disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo 0 que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos. 45 - Então, abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. 46 - £ disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que 0 Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos; 1. INTRODUÇÃO Conhecer a estrutura da Bíblia é importante para m anejá-la bem. M e m orizar as E scrituras e am á-la não são opções excludentes. Muito pelo contrário, os antigos decoravam as Escrituras porque a amavam. Inclusive, a etimologia da palavra “ decorar” tem como fonte a palavra “coração”. Por isso, a importância de conhecer a estrutura do livro que amamos. Quem ama a Bíblia procura m anejá-la muito bem. 2 . APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO A) Objetivos da Lição: I) M ostrar como a Bíblia está organizada e que ela se divide em dois testam entos; II) Esclarecer como os livros do Antigo T estam en to são c la ssific a d o s ; III) Expor a c la ssificação dos liv ro s do Novo Testam ento. B) Motivação: “ Passear” pela Bíblia com desenvoltura deve ser objetivo de 47 - E, em seu nome, se pregasse o ar rependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, com eçando por Jerusalém. 48 - £ dessas coisas sois vós testemunhas. 49 - £ eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai: ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais reves tidos de poder. todo 0 estudante sério das Escrituras. Saber identificar os livros e encontrá- -los sem dificuldades são habilidades que não podem ser desprezadas. Por isso é nosso papel encorajar os alunos a usar habilidosam ente a Bíblia. C) Sugestão de Método: Elabore um documento em que a estrutura da Bíblia, conform e consta na presente lição, esteja presente. Distribua para os alunos, in stand o-os a revisarem sistem aticam ente durante a sem ana e 0 m ês. M o tiv e -o s a tre in a ra m a habilidade de m anejar a Bíblia. 3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO A) Aplicação: Ao fin a l da lição, faça perguntas aos alunos sobre os liv ro s da B íb lia e su as re sp ectivas classificações. Dê oportunidade para eles classificarem os livros bíblicos em classe. É uma m aneira motivadora de sedim entar 0 conhecimento. # Hinos Sugeridos: 185, 354 , 603 da Harpa Cristã PLANO DE AULA 2 6 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR A) R e v is ta E n sin a d o r C ristão : Vale a pena con h ecer essa re v is ta que traz rep ortagen s, artigo s, en trevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição. B) A uxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A lg u n s Fatos e P articu larid ad es da B íb lia ” traz inform ações a respeito da estrutura m oderna da Bíblia para expandir o prim eiro tópico; 2) O texto “ Im pli caçõ es p ara 0 P ro fe sso r C ris tã o ” , lo ca lizad o após o terce iro tópico, tem o propósito refletir a respeito da aplicação do ensino da Bíblia no dia a dia do(a) professor(a). COMENTÁRIO I Palavra-Chave: ) [ Estrutura / INTRODUÇÃO A B íb lia S ag rad a fo i e sc r ita m a - jo rita riam en te em hebraico e grego, em um período aproxim ado de 1.600 an os, por cerca de 40 a hom ens, e se estrutura em Antigo e Novo Testamentos. Seus livros são divinamen te inspirados e form am o cânon bíblico. Nesta lição, verem os como a Bíblia está o rg a n iz ad a , a c la ss ific a ç ã o de seus liv ro s, a canonicidade e as particularidades dos Testam entos. I - COMO A BÍBLIA ESTÁ ORGANIZADA 1. Definição do termo Bíblia. A pala vra “ Bíblia” tem origem tanto no vocá bulo grego como no latim. O termo grego biblos significa “ livro” e tem conotação de qualidade sagrada. A p alavra biblia no la tim é um su bstan tivo fem in in o singular que igualmente exprime a ideia de “ livro” . Por volta do ano 150 d.C., os cristãos passaram a usar o term o em grego ta biblia (os livros) para referir-se ao conjunto de liv ro s in sp irad os por Deus. O Dicionário Bíblico Wycliffe explica que o singular biblia em latim revela uma unidade de pensam ento e um a pureza. Por isso, a coleção dos livros sagrados form a um único livro: a Bíblia Sagrada, chamada também por Paulo de “ as Santas Escrituras” (Rm 1.2). 2 . 0 Cânon da Bíblia. A ex pressão “ cânon” procede do hebraico qãneh com o sentido de “ vara de m edir” . O termo correspondente em grego é kanõn que significa “ régua” . Desse modo, na teologia o v o cábulo “cânon” é empregado como “ norma” de avaliação para identificar os livros sagrados. Em vista disso, o termo “canônico” passou a designar os 66 livros aceitos como divinam ente inspirados (39 livros no A.T., e 27 no N.T.). Isso quer dizer que o Espírito Santo guiou o seu povo a reconhecer a autoridade desses escritos como regra de fé e prática. Nesse sentido, o cânon bíblico está completo. Nada pode ser acrescentado ou retirado das Escrituras canônicas (Ap 22.18,19). 3. Os dois Testam entos bíblicos. O termo “ testamento” vem do latim testa- mentum que é tradução da palavra grega diatheke e da hebraica berith. Ambos os termos têm 0 sentido de “aliança”, “ pacto” ou “concerto” de Deus com a humanidade. JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 2 7 A expressão “Antigo T estam ento” foi inaugurada por Paulo (2 Co 3.14) e refere-se aos livros dos judeus reconhecidos por Jesus como “ as Escrituras” (Mt 22.29), “ a Lei, os Profetas e os Salmos” (Lc 24.44). O termo “ Novo Testamento” foi usado para se referir ao cumprimento profético de Jesus como o Mediador da Nova Aliança (Jr 31.31; 1 Co 11.25, Hb 8.6-13; 12.24). Essa expressão também passou a designar os escritos inspirados dos cristãos igualmen te reconhecidos como “ as Escrituras” (2 Pe 3.15,16). SINÓPSE I A Bíblia divide-se em dois testa mentos divinamente inspirados: o Antigo e 0 Novo Testamentos. AUXÍLIO TEOLÓGICO “Alguns Fatos e Particularidades da Bíblia A ntes, a Bíblia não era dividida em capítukfé e versículos. A divisão em capítulos foi feita no ano de 1250, pelo ca rd ea l Hugo de S a in t Cher, abade dom inicano e estudioso das Escrituras. A d ivisão em versícu los foi fe ita duas vezes. O AT em 1 4 4 5 , pelo Rabi Nathan; 0 NT em 1551, por Robert Stevens, um im p ressor em Paris. Stevens publicou a prim eira Bíblia (Vulgata Latina) dividida em capítulos e versícu los em 1555- O AT tem 929 capítulos e 23.2 14 versícu los. O NT tem 260 capítu los e 7-959 versícu los. A B íblia toda tem 1.189 capítulos e 3 1.173 versícu los. O nú mero de palavras e letras depende do idioma e da versão. 0 m aior capítulo é 0 Salmo 119, e 0 menor 0 Salmo 117. O m aior versículo está em Ester 8.9; o m enor, em Êxodo 20.30. (Isso, nas versões portuguesas e com exceção da cham ada ‘Tradução B rasile ira ’, onde 0 m enor é L u cas 20.30). Em certas línguas, o menor é João 11.35. Os liv ro s de E ster e C an tares não co n têm a p a la v ra D eus, p o rém a presença de Deus é evidente nos fatos neles desenrolados, m orm ente em Ester. Há na B íblia 8.000 m enções AMPLIANDO O CONHECIMENTO Estrutura “Adotamos o Cânon Protestantee ensinamos, pois, que a Bíblia contém som ente 66 livros inspirados por Deus, estando dividida em duas partes principais, Antigo e Novo Testamento, ambos escritos por ordem de Deus num período de 1600 anos aproximadamente e por cerca de 40 homens [...] os quais escreveram em lugares e em épocas diferentes [...]” Amplie m ais 0 seu conhecimento, lendo a Declaração de Fé das Assembleias de Deus, CPAD, p.26. 2 8 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022 de Deus sob vário s nom es divinos, e 177 m enções do Diabo, sob seus v á rio s n o m es” (GILBERTO, A n to- nio. A Bíblia através dos Séculos: A história e form ação do Livro dos livros. 2.ed. Rio de Ja n e iro : CPAD, 2019, pp.28-29). II - O ANTIGO TESTAMENTO 1. Os Livros do Antigo Testamento. A c la ss ific a ç ã o dos liv ro s do A ntigo T estam en to , ta l qual a con h ecem os hoje, se divide nos seguintes grupos: a) Pentateuco (Lei): constituído por 5 livros de Gênesis a Deuteronômio; b) Históricos: form ado por 12 livros de Josué a Ester; c) Poéticos: com posto de 5 livros de Jó a Cantares de Salomão; e, d) Proféticos, que se subdividem em Profetas Maiores com 5 livros de Isaías a Daniel; e, Profetas Menores com 12 livros de Oseias a M ala- quias. A divisão utilizada pelos judeus era tripartida: a) a Lei, b) os Profetas, e, c) os Salm os ou Escritos (Lc 24.44). A pesar de a cultura judaica fazer uma categorização diferente, o conjunto do A ntigo T estam ento som a os m esm os 39 livros divinamente inspirados, tanto para os judeus como para os cristãos. 2. Canonicidade do Antigo Testa mento. Existem três fatores b asilares na avaliação de um livro canônico, a saber: a) a inspiração divina, que atesta se o livro é inspirado pelo Espírito Santo (Ne 9.30; Zc 7.12; 2 Pe 1.21); b) reconhe cimento do povo de Deus, que atesta se o livro era aceito como autêntico por seus prim eiros leitores (Êx 24.3,7; Dn 9.2); e c) preservação pelo povo de Deus, que atesta se 0 livro era conservado como Palavra de Deus (Dt 31.24-26 ; Dn 9.2). Por conseguinte, a confirm ação desses elem entos revela que, desde 0 início, os livros do Antigo Testam ento foram recebidos e guardados como inspirados e autorizados por Deus, dotados de v e racidade e de autoridade (Jz 3.4). 3. Particularidades do Antigo Tes tamento. Quase a totalidade dos livros foram escritos em hebraico, chamado na Bíblia de língua de Canaã (Is 19.18). A lgum as porções foram e sc r ita s em aram aico, um a espécie de dialeto que deu origem à língua árabe (cf: Gn 31-4 7 ; Ed 4 .7 -6 .18 ; 7 .12 -2 6 ; Dn 2 .4 -7 .2 8 ; Jr 10.11). O últim o livro canônico foi 0 do profeta M alaquias que 0 concluiu antes do ano 430 a.C.; desde então, nada mais pode ser acrescido ao cânon do Antigo T estam en to . E, co n fo rm e o teó logo Norman Geisler, para facilitar a tarefa de citar a Bíblia, em 1.227 d.C. o texto foi dividido em capítulos, e, por volta de 1.445 d.C., o Antigo Testam ento foi dividido em versículos. SINÓPSEII Os livros inspirados que inte gram o cânon do A n tigo T e s tamento são classificados como “ Lei, Históricos, Poéticos e Pro féticos” . III - O NOVO TESTAMENTO 1. Os livros do Novo Testamento. Es ses livros foram reconhecidos pela Igreja após a m orte e ressurreição do Senhor Jesu s C risto e estão c la ssificad o s em quatro grupos principais: a) Evangelhos, que são os 4 livros de M ateus, M arcos, Lucas e João; b) Histórico, form ado pelo livro de Atos dos Apóstolos; c) Epístolas, JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 2 9 que se subdividem em Epístolas Paulinas com 13 cartas de Romanos a Filemom; as Epístolas Gerais com 8 cartas de Hebreus a Judas; e d) Revelação, constituído pelo livro de Apocalipse. O conjunto totaliza 27 livros inspirados e autorizados que são chamados de canônicos (1 Co 2.4,13). 2. Canonicidade do Novo T esta mento. Os c r ité r io s de a v a lia çã o do Novo T estam ento são igu a is aos que d eterm in am o cânon do A ntigo , isto é, a inspiração, o reconhecim ento e a preservação dos livros como Palavra de Deus. N esse sentido, a Bíblia oferece in d iscutíveis provas de inspiração do Novo Testamento (l Ts 2.13; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). Quanto ao reconhecimento dos livros como fidedignos, desde 0 início os escritos falsos foram refutados pela Igreja (2 Ts 2.15; 2 Pe 2 .1; 1 Jo 4.1). Em relação à conservação das Escrituras, os prim eiros cristãos adotaram a prática de le itu ra dos liv ro s autorizados em suas reuniões e cultos (1 Ts 5.27; Cl 4.16; Ap 1.3). M ediante ta is fatos, a testa-se que desde o começo a Igreja Prim itiva reconheceu e preservou os livros canô nicos, alicerçada sobre 0 fundam ento dos Apóstoloá e dos Profetas (Ef 2.20). 3. Particularidades do Novo T es tam ento. T o d o s os l iv r o s do Novo Testam ento foram escritos em grego koiné, um d ialeto com um e presente por toda a cultura de fala grega, e que muito auxiliou na propagação do Evan gelho nos prim órdios do C ristianism o (At 19.10). A lgum as expressões, mesmo redigidas no vernáculo grego, possuem significado em aram aico, dentre elas, citamos: Talita cumi - “Menina, levan ta - te ” (Mc 5.41); Aba Pai - “ Lit.: Pai, pai; ‘Meu P a i’ ” (Mc 14 .36); Eloí, Eloí, lam á sabactâni? - “ Deus m eu, Deus meu, por que me desam paraste?” (Mc 15.34). O conjunto dos livros canônicos foi escrito antes do térm ino do século I. O últim o livro é o A pocalipse de João datado por volta do ano 96 d.C.; e desde o encerram ento do cânon, os cristãos reconhecem apenas os 27 livros como inspirados. Por fim , em torno de 1.555 d.C., 0 Novo T estam ento tam bém foi dividido em versículos. SINÓPSE III Os livros inspirados que integram o cânon do Novo Testamento são classificados como “ Evangelhos, Histórico, Epístolas e Revelação”. AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ “ Implicações para o Professor Cristão Os p ro fessores com prom etidos p re c isa m não só do con teúdo da Bíblia, como tam bém dos m étodos criativos dos p ro fessores. A Bíblia fo rn ece exem plos de ensino in d i v id u a l, em gru p o pequeno ou em grupo grande. Ela apresenta várias form as de palestras, serm ões, aná lises e m etodologias de perguntas e respostas. O ensino da Bíblia ocorre m uitas vezes durante as refeições, em v iagens de carro, ônibus, avião, em am bientes in stitu cio n a is e em festas. Os que ensinam têm de estar preparados com a Palavra de Deus na ponta da língua em todas as c ir cunstâncias. O ensino eficaz requer 0 domínio de um cam po tem ático, aprim ora das h ab ilid a d e s de ap resen tação , 3 0 LIÇÕES BÍBLICAS ■ PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 preocupação relacionai e o profundo desejo de ver os resu ltad os do en sino dentro e fora de sala de aula. O cam inho para dom inar as lições de Deus é perm anecer alegrem ente em Jesus, assim como João permaneceu; é alm ejar e m editar na B íblia dia e noite, assim como Davi fez (Sl 67; 73; 119 ; 145); é receber hum ildem ente a correção de Deus, assim como Moisés recebeu (Dt 32 - 33) e seg u ir Jesus su fic ien tem en te de perto para ser coberto por seu sangue, assim como Sim ão de Cirene seguiu (Lc 23.26)” (LIN H ART, T e rry . E n s in a n d o as Próxim as Gerações: 0 Guia Definitivo do Professor de Jovens, l.ed . Rio de Janeiro : CPAD, 2018 , p.53). CONCLUSÃO O conjunto dos 66 livros form a um ún ico liv ro : a B íb lia S ag rad a . E sse s liv ro s constituem 0 cânon bíblico do Antigo e do Novo Testam ento. Os c r i térios para avaliação da canonicidade são a inspiração, 0 reconhecim ento e a preservação dos livros como Palavra de Deus. A com provação desses critérios revela que as Escrituras foram aceitas e preservadas como livros autorizados por Deus. Anotações do Professor JANEIRO ■ FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 3 1 REVISANDOO CONTEÚDO 1. Como o term o “ Cânon” é em pregado em teologia? Na teologia o vocábulo “ cânon” é em pregado como “ norm a” de avalia ção para identificar os livros sagrados. 2. Qual é o sentido do term o “ testam ento”? Tem o sentido de “ aliança” , “ pacto” ou “ concerto” de Deus com a hu manidade. 3. Classifique os livros do Antigo Testam ento. O Antigo Testam ento está classificado em Pentateuco (Lei), Histórico, Poéticos e Proféticos. 4. Classifique os livros do Novo Testamento. O Novo Testam ento está classificado em Evangelhos, Histórico, Epísto las (paulinas e gerais) e Revelação. 5. Em que língua o Novo Testam ento foi escrito? Em grego koiné. LEITURAS PARA APROFUNDAR ; C r a ig L B lo m berc Q uestõ es c r u c ia is ' d o Novo T e s ta m e n to I Visão Panorâmica do Antigo Testamento É um a ajuda à co m p reen são dos liv ro s q u e com põe a Ia p a rte da B íb lia. E ste liv ro con tém a n á lise s sobre a fo rm ação do Cânon s a g ra d o do A n tigo T estam e n to , sua cred ib ilid a d e , au torid ad e, in sp ira ção . ---------------------- — Questões Cruciais do Novo Testamento O Novo T estam ento é h istoricam ente con fiável? Paulo foi o verdadeiro fundad or do cristian ism o ? Como o cristão pode ap licar o Novo T estam ento em sua vida? São questões desen vo lv idas na presente obra. 32 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022 LIÇÃO 5 30 de Janeiro de 2022 T COMO LER AS ESCRITURAS TEXTO ÁUREO “E, correndo Filipe, ouviu que lia 0 profeta Isaías, e disse: Entendes tu 0 que lês?” (At 8.30) V _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ VERDADE PRÁTICA As técnicas de interpretação auxiliam na com preensão da Bíblia, mas não são infalíveis; por isso, não podem ser colocadas acim a da autoridade da Palavra de Deus. LEITURA DIÁRIA Segunda - Dn 9.2 Todos os leitores da Bíblia tam bém a interpretam Terça - Rm 15.4 Tudo o que está escrito é verdadeiro e serve para o nosso ensino Quarta - At 2.39 As Escrituras ensinam a atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos Dons Espirituais Quinta - 1 Jo 5.20 Necessitam os do Espírito Santo para discernir as verdades bíblicas Sexta - Mc 16.20 As verdades bíblicas são confirm adas quando experim entadas pela Igreja Sábado - At 17.11 As experiências devem ser subm etidas ao crivo das Escrituras Sagradas JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 33 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Atos 8.26-30 26 - E 0 anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. 27 - E levantou-se e fo i. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, 0 qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adoração, 28 - Regressava e, assentado no seu carro, lia 0 profeta Isaías. 29 - E disse 0 Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. 30 - E, correndo Filipe, ouviu que lia 0 profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? Hinos Sugeridos: 129, 368, 559 da Harpa Cristã PLANO DE AULA 1. INTRODUÇÃO Se é importante conhecer a estrutu ra da Bíblia para bem m anejá-la, mais im portante ainda é lê -la adequada mente. Não são poucos os erros e os enganos por causa da má interpretação das Escrituras Sagradas. Por isso temos de dar a devida importância ao assunto que impacta diretamente a qualidade da fé do leitor da Bíblia. Que tenhamos sabedoria do alto para ler a B íblia e com preendê-la adequadamente. 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO A) Objetivos da Lição: I) Expor que a Bíblia precisa ser interpretada; II) Pontuar os pressupostos pentecostais para a leitura da Bíblia; III) Apresentar os princípios básicos de interpretação bíblica. B) Motivação: Ler e interpretar a Bíblia de m aneira adequada deve ser o ob jetivo de todo aluno da Escola Dominical. Como compreender os en sinos de Jesus nos Evangelhos? Como aplicar hoje a m ensagem do apóstolo Paulo em suas epístolas? Sem dúvida essas questões nos m otivam para a presente lição. C) Sugestão de Método: Sugerimos que você pergunte aos alunos como eles leem a Bíblia. Perm ita que eles exponham as próprias experiências. Aproveite as respostas da classe para d esen volver o p rim eiro tópico (I - A B íblia P recisa Ser Interpretada), principalm ente 0 subponto que diz respeito às lim itações dos leitores. 3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO A) Aplicação: Desafie os alunos a lerem a Bíblia de m aneira metódica e sistemática, de acordo com os pontos apresentados na lição. Se for 0 caso, proponha a c lasse um plano de le i tura anual e estabeleça m etas para cum pri-lo durante o ano. 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR A) Revista Ensinador Cristão: Vale a apena conhecer essa revista que traz 3 4 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR JANEIRO • FEVEREIRO • MARÇO 2022 reportagens, artigos, en trevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição. B) A uxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula: l) O texto “ O Autor como fator determ inante do sign ificad o” aprofunda o tem a da interpretação, no primeiro tópico, focando na impor tância da intenção do autor sagrado ao escrever um livro da Bíblia; 2) O texto “ Tipos de Autoridade Religiosa” aprofunda a importância da autorida de canônica e 0 valor da experiência espiritual como uns dos pressupostos pentecostais para a leitura da Bíblia. COMENTÁRIO INTRODUÇÃO A leitura e 0 estudo das Escrituras são um dever e um privilégio. Por isso, temos que zelar pelo conhecimento b í blico e estar conscientes da necessidade de aplicar o texto sagrado em nossas vid as. T iago a le rta que devem os ser cu m p rid o res da P a la vra e não ap en as ou vin tes (Tg 1.22). Nesta lição, verem os a importância dos princípios basilares da interpretação bíblica. Palavra-Chave: ) Leitura i I - A b í b l i a p r e c i s a SER INTERPRETADA 1. A importância da exegese. O termo “ exegese” vem do grego ex, traduzido como “ fora” , e agein com o sentido de “ gu iar” . Literalm ente significa “ guiar para fora” , isto é, extrair a intenção das palavras de um texto. Assim , o alvo da exegese é deixar que as Escrituras digam 0 que o Espírito Santo pretendia no seu contexto orig in al. D essa form a, para não fazer 0 texto sign ificar aquilo que Deus não pretendeu, é necessário um minucioso exam e das Escrituras (2 Tm 2.15). Por exemplo, 0 estudo das línguas bíblicas, dos fatos da história, da cultura e dos recursos literários usados no texto sagrado cooperam na com preensão do real significado das palavras inspiradas (Ef 3.10-18). 2. As lim itações dos leitores. Nesse aspecto é preciso reconhecer que toda a vez que lem os a Bíblia, estam os in terpretando. Isso porque todos os leitores são também intérpretes (Dn 9.2). O problem a dessa constatação reside nas ideias que trazemos conosco antes m esm o de com eçarm os a le itu ra da B íblia (Ef 4.22). Por conseguinte, nem sem pre o “ entendimento” daquilo que lemos reproduz a verdadeira “ in te n ç ã o ” do E sp ír ito San to (2 Pe 3.16). Em virtud e de nossa inclinação pecam inosa que nos induz ao erro (Rm 8.7), precisam os usar m étodos sadios que nos auxiliem na interpretação das Escrituras (Rm 12.2). Essa é um a nobre tarefa atribuída a todo salvo em Cristo Jesus (1 Tm 4.13; Ap 1.3). 3. A natureza das Escrituras. Nesse ponto, ratificam os que a necessidade de a Bíblia ser interpretada ach a-se na n atureza da própria P alavra de Deus. Como já estudado, o texto bíblico foi es crito majoritariamente em duas línguas distintas (hebraico e grego), no período JANEIRO • FEVEREIRO ■ MARÇO 2022 LIÇÕES BÍBLICAS • PROFESSOR 35 VI [...] Ratificamos que a neces sidade de a Bíblia ser inter pretada acha-se na natureza