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Relatório 1 - Materiais de Contrução EXP - Materiais Betuminosos

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Universidade Federal de Campina Grande
Centro Tecnológico de Recursos Naturais
Curso de Engenharia Civil
Disciplina: Materiais de Construção Experimental
Professora: Carina Silvani
Alunos: Deivson Maciel Barros - 120210432
Ranielson da Silva Santos - 120111036
José Lopes da Silva Neto - 119210465
Relatório de Experimento
Materiais Betuminosos
Campina Grande – PB
14 de Agosto de 2023
1. Introdução
O objetivo do presente relatório é apresentar os protocolos
essenciais para conduzir ensaios relacionados a materiais betuminosos,
realizados no Laboratório de Pavimentação da UFCG. Este relatório
abrange ensaios de Ponto de Fulgor, Penetração, Ponto de
Amolecimento e Viscosidade Saybolt-Furol, além de abordar o Índice de
Susceptibilidade Térmica (Pfeiffer e Van Doormaal).
Na prática, empregam-se ensaios normatizados de execução
simples, que proporcionam medições aproximadas do comportamento
do material em determinadas condições.
É relevante salientar que este relatório não somente descreve os
procedimentos realizados em ambientes laboratoriais, mas também
abrange as diretrizes das normas da ABNT, a fim de viabilizar análises
coerentes dos experimentos realizados.
2. Revisão Bibliográfica
Materiais Betuminosos
Os materiais betuminosos têm desempenhado um papel
fundamental na história da engenharia e da construção,
desempenhando um papel crucial em diversas aplicações que vão
desde pavimentação de estradas até impermeabilização de estruturas.
Compostos principalmente por betume, um material viscoso e de origem
natural ou refinada, esses materiais apresentam propriedades únicas
que os tornam versáteis e indispensáveis em muitos setores da
indústria.
A caracterização de materiais betuminosos é crucial para
entender como eles se comportam. Teoricamente, isso seria feito
usando coeficientes reológicos, que medem a resposta do material a
forças. No entanto, na prática, usam-se ensaios padronizados simples,
que dão uma ideia geral de como o material se comporta em certas
condições.
Apesar de muitos ensaios serem feitos com esses materiais, nem
sempre sabemos muito sobre suas características químicas. Os ensaios
usam cálculos de probabilidade e seguem regras rígidas para obter
resultados consistentes.
Resumindo, a caracterização de materiais betuminosos mistura
teoria e prática. Ensaios simples são comuns, embora a compreensão
química ainda seja limitada.
Origens e Produção do Asfalto
Acredita-se que a origem da palavra "asfalto" remonta ao antigo
Acádico "Asphaltic" e foi adotada pelos gregos na época de Homero,
com o sentido de "tornar firme ou estável". Ao longo da história, o asfalto
tem sido usado para aglutinar, revestir e impermeabilizar objetos, e é
considerado um dos produtos mais versáteis fornecidos pela natureza.
Inicialmente, o asfalto era encontrado naturalmente na geologia,
em camadas da Terra, sendo denominado asfalto natural. Até o início do
século 20, esse tipo de asfalto era amplamente utilizado. Porém, a partir
de 1909, começou-se a usar o asfalto derivado do petróleo. Esse tipo de
asfalto ganhou destaque devido às suas características econômicas e
de pureza em comparação com os asfaltos naturais, tornando-se a
principal fonte de suprimento.
O asfalto moderno é um componente natural do petróleo e é
obtido por meio do processo de destilação do petróleo. Nesse processo,
as frações mais leves do petróleo, como gasolina, querosene e diesel,
são separadas do asfalto por meio de vaporização, fracionamento e
condensação em torres de fracionamento. O estágio final envolve a
destilação a vácuo. O resíduo resultante, após a remoção das outras
frações destiladas do petróleo, é conhecido como cimento asfáltico de
petróleo, ou simplesmente CAP.
Uso Contemporâneo do Asfalto
O asfalto é amplamente empregado globalmente, principalmente
para pavimentação, mas também desempenha um papel crucial na
indústria de impermeabilização. Ele pode ser de origem natural (NA) ou
derivado do petróleo (AP):
Asfalto Natural (NA): Surge quando o petróleo sobe à superfície da terra
e passa por uma forma de destilação natural, onde vento e sol eliminam
os componentes leves, resultando em um resíduo extremamente rígido
conhecido como asfalto natural.
Asfalto de Petróleo (AP): É obtido como subproduto da destilação do
petróleo, sendo mais abundante e acessível. Durante o processo de
destilação, a fração mais pesada do petróleo produz derivados como
nafta (usados na gasolina), querosene e diesel.
Na pavimentação, o asfalto desempenha funções cruciais, tais como:
● Aglutinação: Promove uma ligação forte entre os agregados,
capaz de resistir às forças mecânicas causadas pelo tráfego.
● Impermeabilização: Garante que o pavimento não seja infiltrado
pela água da superfície.
Além disso, os pavimentos asfálticos devem ser lisos, resistentes
a derrapagens, desgaste, distorções e danos causados pelas condições
climáticas e substâncias químicas de descongelamento, especialmente
em regiões de clima temperado.
Definição
Os materiais betuminosos são misturas de hidrocarbonetos
solúveis em bissulfeto de carbono (CS2), possuindo características
aglutinantes. Eles se dividem em duas principais categorias: asfaltos e
alcatrões, os quais serão explorados a seguir, juntamente com a
definição de betume.
Betume: Consiste em uma mistura de hidrocarbonetos mais densos,
obtidos naturalmente ou por processos físicos e químicos diversos,
juntamente com seus derivados. O betume possui diferentes
consistências, exibindo propriedades aglutinantes e impermeabilizantes,
sendo completamente solúvel no bissulfeto de carbono (CS2).
Alcatrão: Surge quando materiais orgânicos naturais, como madeira e
hulha (carvão), são submetidos a carbonização ou destilação destrutiva
na ausência de oxigênio.
Asfalto: É um material aglutinante de consistência variável, variando em
cor de preto a castanho escuro. Quando aquecido, o asfalto
gradualmente se torna líquido. Seu componente predominante é o
betume, podendo ocorrer naturalmente ou ser obtido através do
processo de refinação do petróleo.
Consequentemente, o elemento principal tanto dos asfaltos
quanto dos alcatrões é o betume. Entretanto, devido ao seu potencial
cancerígeno, o alcatrão caiu em desuso e não será abordado neste
estudo.
Composição Química
A composição química do asfalto é altamente complexa e varia de
acordo com os processos de produção e a matéria-prima empregada.
De maneira simplificada, é possível considerar o asfalto como uma
mistura heterogênea de partículas de asfaltenos em um meio oleoso
chamado malteno, formando uma dispersão coloidal.
Classificação
É possível categorizar o asfalto com base em sua penetração e
viscosidade. No contexto de pavimentação, os materiais betuminosos
mais utilizados englobam os cimentos asfálticos, os asfaltos diluídos e
as emulsões asfálticas. Esses serão detalhados nas próximas seções.
Cimento Asfáltico
Este tipo de asfalto é especialmente desenvolvido para atender às
exigências da construção de pavimentos. Pode ser obtido através da
destilação do petróleo em refinarias, resultando no chamado CAP, ou a
partir do asfalto natural encontrado em depósitos subterrâneos,
conhecido como CAN. Esses cimentos asfálticos exibem propriedades
como flexibilidade, durabilidade, capacidade de aglutinação e
impermeabilização, além de alta resistência a diversos ácidos, sais e
álcalis.
Sua classificação é determinada pelo "grau de dureza", avaliado através
do ensaio de penetração, ou pela viscosidade, medida pelo ensaio de
Saybolt-Furol. Quanto menor for a penetração, maior será a "dureza" do
cimento asfáltico. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Petróleo define
quatro tipos de CAP baseados na penetração: CAP 30-45, CAP 50-70 e
CAP 150-200. As especificações brasileiras estão detalhadas na Tabela
01, considerando as propriedades físicas do material.
Propriedades dos ligantes. Fonte: Bernucci et al (2008)
Asfalto Diluído
Também conhecidos como cut-backs, os asfaltos diluídos
consistem em misturas de cimentos asfálticos com solventes derivadosdo petróleo, com volatilidade apropriada. Isso permite a eliminação do
processo de aquecimento do CAP quando necessário ou o uso de
aquecimento moderado. Após a aplicação do asfalto diluído, a completa
evaporação do solvente deixa para trás o CAP, que então desenvolve as
propriedades requeridas. Esse processo de evaporação é chamado de
cura do asfalto diluído.
Os asfaltos diluídos são classificados em três tipos, de acordo
com o tempo necessário para a cura - o tempo de evaporação do
solvente:
● Asfalto Diluído de Cura Rápida – CR: (CAP + fração leve,
gasolina);
● Asfalto Diluído de Cura Média – CM: (CAP + fração média,
querosene);
● Asfalto Diluído de Cura Lenta – CL: (CAP + fração pesada, óleo
diesel).
Emulsão Asfáltica
Uma emulsão asfáltica é uma dispersão coloidal onde uma fase
asfáltica é distribuída em uma fase aquosa (emulsão direta) ou onde
uma fase aquosa é dispersa em uma fase asfáltica (emulsão inversa),
com a assistência de um agente emulsificante. O processo de
separação entre o material betuminoso e a água é chamado de ruptura
da emulsão. Quanto à velocidade dessa ruptura, as emulsões asfálticas
são categorizadas em três tipos:
● Ruptura Rápida (RR): indicada para pinturas de ligação e na
construção de revestimentos por penetração.
● Ruptura Média (RM): usada na mistura com agregados de
diferentes granulometrias.
● Ruptura Lenta (RL): empregada na mistura com agregados de
diversos tamanhos.
Em termos das vantagens das emulsões em processos de
pavimentação, destacam-se o transporte, o armazenamento e a
aplicação a frio em temperatura ambiente.
3. Ensaio de Penetração
A avaliação da consistência de um cimento asfáltico em seu
estado semissólido é realizada por meio do ensaio de penetração. Esse
processo envolve determinar a profundidade, em décimos de milímetro,
que uma agulha padronizada penetra verticalmente em uma amostra de
cimento asfáltico a uma temperatura de 25ºC, exercendo uma massa
total de 100g, por um período de 5 segundos.
O grau de dureza do CAP é inversamente proporcional ao valor
de penetração da agulha: um valor menor de penetração indica maior
dureza. Por exemplo, o CAP-30/45 é mais rígido em comparação com o
CAP-85/100. Embora esse ensaio por si só não caracterize
integralmente a qualidade do cimento asfáltico, ele fornece uma
indicação de sua dureza. Além disso, é usado em algumas
especificações como parâmetro de classificação e, especialmente, para
entender o comportamento do material betuminoso recuperado de
revestimentos existentes.
Valores de penetração inferiores a 15 (0,1 mm) são associados a
betumes envelhecidos e quebradiços. Os resultados do ensaio de
penetração têm desempenhado um papel significativo no estudo da
reologia dos asfaltos.
● Objetivo Geral
O ensaio consiste em estabelecer a medição ou índice de
penetração, expresso em décimos de milímetro, no qual uma agulha
padronizada penetra verticalmente em uma amostra de cimento asfáltico
por um período de 5 segundos. Esse procedimento é realizado a uma
temperatura de 25ºC, sob condições de carga pré-definidas (100g).
● Materiais Utilizados
○ Cuba de penetração;
○ Penetrômetro;
○ Agulha;
○ Banho d’água;
○ Cuba de transferência;
○ Termômetro;
○ Estufa;
○ Cronômetro.
● Procedimento Metodológico
O ensaio de penetração consiste na medição da profundidade,
em décimos de milímetros, que uma agulha padronizada, de 100g,
penetra na amostra durante o tempo de 5s, na temperatura de 25 °C.
Foi adicionado dentro de um molde circular determinada
quantidade de CAP 50-70 e posicionado no penetrômetro de modo que
a agulha ficasse no limite da superfície do material. realizamos o
acionamento por 5 segundos cronometrados da alavanca que liberou o
peso sobre o CAP.
Quando soltamos a alavanca, a máquina interrompeu o processo
de queda da agulha e pudemos aferir o quanto a agulha penetrou no
CAP. Esse processo foi repetido por 7 vezes.
● Resultados
Furo Penetração
1º Furo 43 d/mm
2º Furo 40 d/mm
3º Furo 43,9 d/mm
4º Furo 33 d/mm
5º Furo 45 d/mm
6º Furo 45 d/mm
7º Furo 55 d/mm
Média 43,57 d/mm
O valor mais alto obtido foi de 55 d/mm na última repetição do
processo e o menor foi de 33 d/mm na quarta repetição do processo. A
média obtida no experimento da amostra foi de 43,57 d/mm.
● Análise dos Resultados
Durante a realização do ensaio, ao se obter o valor de penetração
de 43,57 décimos de milímetro, tornou-se evidente que esse resultado
está consideravelmente abaixo do padrão esperado para o CAP 50/70.
No entanto, é possível considerar que essa discrepância possa ter sido
influenciada por um defeito no equipamento ou pela possibilidade de
contaminação ou oxidação da amostra. Dessa forma, não foi possível
fazer uma comparação precisa dos valores.
4. Ensaio do Ponto de Fulgor
O ensaio do ponto de fulgor é um procedimento importante para
avaliar a segurança e a estabilidade de líquidos inflamáveis, como óleos,
solventes e combustíveis. Esse ensaio determina a temperatura na qual
o vapor do líquido se inflama momentaneamente ao entrar em contato
com uma chama ou faísca, mas não mantém a queima por mais de um
instante. Isso é essencial para entender a volatilidade e a potencial
inflamabilidade de produtos químicos e líquidos.
Além disso, o ponto de fulgor serve como uma ferramenta de
prevenção de acidentes, fornecendo informações valiosas para o
manuseio seguro de materiais asfálticos. Ele é um indicativo de perigo
iminente, já que logo acima do ponto de fulgor encontra-se o ponto de
combustão. Esse último é a menor temperatura em que a amostra, uma
vez inflamada pela chama piloto, continua queimando por pelo menos 5
segundos.
Ao considerar tanto o ponto de fulgor quanto o ponto de
combustão, podemos avaliar os riscos potenciais de incêndio e garantir
que medidas apropriadas sejam tomadas para evitar incidentes durante
todas as etapas de manuseio e processamento de materiais
betuminosos.
● Objetivo Geral
Determinar a temperatura na qual, ou acima da qual, o material
betuminoso entra em combustão.
● Materiais Utilizados
○ Vaso aberto de Cleveland;
○ Termômetro;
○ Tripé de fogareiro;
○ Bico de Bunsen;
○ Chama piloto;
○ Fonte de aquecimento.
● Procedimento Metodológico
Inicialmente, uma amostra de CAP diluído em gasolina foi
cuidadosamente adicionada ao vaso de Cleveland até atingir a marca de
referência(Como mostra a Figura 1). Foi observada atenção para não
ultrapassar esse limite, pois exceder o limite exigiria esvaziar, limpar e
recarregar o vaso. Com isso, o bico de Bunsen foi aceso para iniciar o
aquecimento da amostra.
Adicionando CAP diluído no vaso de Cleveland
Dessa forma, o termômetro foi ajustado para ficar a uma pequena
distância do fundo do vaso de Cleveland(para que não
encostasse).Prosseguindo, a chama piloto foi acesa. Enquanto o
aquecimento da amostra era observado em espera pelo primeiro
lampejo, a chama piloto se movimentava num plano horizontal, em
movimentos circulares e constantes, sobre a amostra. Cada passagem
durou aproximadamente 1 segundo.
Quando o primeiro lampejo causado pelos vapores se manifestou,
a temperatura foi medida e registrada como 43ºC, sendo este valor
designado como o ponto de fulgor. Para determinar o ponto de
combustão, seria necessário prosseguir com o aquecimento até que a
amostra inflamada pela chama piloto continuasse queimando por 5
segundos consecutivos. Nesse momento, a temperatura associada ao
ponto de combustão seria anotada. Entretanto, é relevante destacar que
esse procedimento não foi conduzido neste caso específico.
Acendendo a chama piloto
Encontrando o ponto de Fulgor
● Resultados
Durante o ensaio conduzido no laboratório, foi observado que o ponto de
fulgor ocorreu a uma temperatura de 43ºC. No entanto, não foi realizado
o procedimento para determinar o ponto de combustão.
● Análise dos Resultados
A partir deste ensaio, é evidenciada a relevância da avaliação da
temperatura de serviço que um material betuminoso pode tolerar com
segurança, prevenindo a ocorrência de incêndios.
5. Ensaio do Ponto de AmolecimentoOs asfaltos tendem a amolecer gradualmente à medida que são
aquecidos e não possuem um ponto de fusão nitidamente definido. Com
o objetivo de estabelecer uma referência semelhante ao ponto de fusão,
diversos métodos foram desenvolvidos para mensurar a temperatura em
que eles atingem uma consistência específica. O método amplamente
reconhecido é o Ponto de Amolecimento Anel e Bola, que determina a
temperatura na qual o asfalto adquire uma consistência amolecida
quando submetido a condições padronizadas.
Portanto, o ponto de amolecimento é a temperatura mais baixa na
qual uma esfera metálica padronizada, atravessando um anel também
padronizado e preenchido com o material betuminoso, percorre uma
determinada distância, sob condições específicas. Isso é outra medida
empírica da consistência dos materiais betuminosos e está relacionado,
aproximadamente, à temperatura do ponto de fusão (apesar de não ser
claramente definido devido às diferentes temperaturas de fusão dos
componentes do CAP).
● Objetivo Geral
Determinar a temperatura na qual o asfalto adquire uma consistência
amolecida quando submetido a condições padronizadas.
● Materiais Utilizados
○ 2 anéis de molde;
○ Placa de decantação;
○ 2 Bolas de aço de 93,5g;
○ 2 Guias de centralização de bolas;
○ Becker de vidro;
○ Suporte de anel e termômetro;
○ Termômetro;
○ Bico de Bunsen;
● Procedimento Metodológico
No método do anel e bola, o ponto de amolecimento é a
temperatura registrada quando uma esfera metálica padronizada, ao
atravessar um anel também padronizado preenchido com o material
betuminoso, entra em contato com uma placa de referência após
percorrer uma distância específica sob condições definidas.
Para a realização do ensaio, os anéis foram dispostos sobre uma placa
de vidro previamente lubrificada, facilitando sua remoção posterior. Os
anéis foram então preenchidos com o CAP. Em seguida, foram
colocados no suporte juntamente com a esfera de aço e submersos em
um recipiente com água, tendo em vista que o uso de água contribui
para uniformizar a temperatura em todos os pontos da esfera,
aumentando a precisão do teste. Com todos os preparativos completos,
o termômetro foi posicionado entre as duas amostras e o bico de
Bunsen foi ligado para elevar a temperatura do CAP, permitindo que as
esferas atravessassem o material.
Suporte mergulhado em água contida no Becker.
● Resultados
O ponto de amolecimento determinado é a temperatura média na qual
as duas esferas, imersas no betume, afundam e tocam a placa da base.
Como o ponto de amolecimento foi considerado simultâneo na
temperatura de 54°C, é também a temperatura média.
● Análise dos Resultados
Considerando que o ponto de amolecimento esperado para o
CAP 50/70 era de pelo menos 46°C, podemos concluir que a
temperatura obtida no ensaio está consideravelmente acima do valor
esperado.
Esse teste é de grande importância para determinar a resistência
de um revestimento asfáltico ao calor, o que também influencia sua
capacidade de suportar esforços mecânicos. Além disso, fornece
informações sobre se o material amolecerá em dias quentes e se pode
ser utilizado com eficácia em pavimentação e impermeabilização, bem
como seu tempo de serviço e compactação adequados. Em resumo,
esse ensaio é essencial para garantir a aplicação correta do material.
6. Ensaio de Viscosidade
A viscosidade Saybolt-Furol é a medida do tempo, em segundos,
que uma quantidade fixa de material betuminoso (60 ml) requer para fluir
por um orifício com dimensões padronizadas a uma temperatura
específica. O propósito deste ensaio é avaliar a consistência prática de
materiais betuminosos no estado líquido. O viscosímetro Saybolt é
empregado para determinar a viscosidade dos materiais asfálticos.
Esses instrumentos são utilizados para avaliar a resistência ao
escoamento desses materiais em diferentes temperaturas, ajustadas de
acordo com suas propriedades. A faixa de temperaturas abrange de
25ºC a 170ºC.
O ensaio de viscosidade Saybolt-Furol é fundamental para
estabelecer a consistência do CAP em várias temperaturas. Isso é de
extrema importância, uma vez que a viscosidade do CAP tem um
impacto direto na sua habilidade de ser misturado com agregados e
aplicado sob diversas condições climáticas. Por exemplo, em climas
mais frios, é essencial que o CAP possua uma viscosidade adequada
para permitir seu bombeamento e aplicação com facilidade.
● Objetivo Geral
Avaliar a consistência ou fluidez dos materiais betuminosos
quando estão em estado líquido, de maneira prática.
● Materiais Utilizados
○ Viscosímetro Saybolt Furol e acessórios;
○ Banho-maria com controle de temperatura;
○ Frasco receptor para viscosímetro com capacidade para 60ml;
○ Termômetro para o ensaio;
○ Cronômetro com precisão de décimos de segundos.
● Procedimento Metodológico
Após o CAP atingir a primeira temperatura designada, que foi de
140°C(Como mostra a Figura abaixo), a rolha foi removida para permitir
o início do escoamento do fluido. O tempo registrado quando o fluido
alcançou a marca de 60 ml foi de 4 minutos e 21 segundos e 21
centésimos.
Prosseguindo para o segundo reservatório, a temperatura foi então
aumentada para 160°C.
Ao término do escoamento, o tempo cronometrado foi de 1 minuto e 44
segundos e 04 centésimos. Convertendo esses valores para unidades
de SSF, obtivemos 261 SSF para o primeiro valor e 104 SSF para o
segundo.
● Resultados
A viscosidade Saybolt-Furol da amostra corresponde a um tempo de 4
minutos, 21 segundos e 21 centésimos para o primeiro ensaio realizado
a uma temperatura de 140°C. No segundo ensaio, realizado a 160°C, o
tempo foi de 1 minuto, 44 segundos e 4 centésimos para que os 60 mL
de amostra fossem completamente escoados.
7. Conclusão
Por meio dos experimentos realizados, pudemos perceber a
relevância de determinar diversas propriedades dos materiais
betuminosos. Essas características, como temperatura, consistência e
viscosidade, são fundamentais para lidar com esses materiais de forma
eficaz.
O Ensaio de Ponto de Fulgor nos revelou a importância de
estabelecer a temperatura limite na qual os materiais betuminosos
podem ser manuseados com segurança. No ensaio, utilizamos uma
amostra de asfalto diluído (ou cut-back) e alcançamos um resultado
satisfatório, conforme o esperado.
No tocante ao Ensaio de Penetração, tivemos uma visão da
consistência de um CAP 50-70 e seu "grau de dureza". No entanto, uma
falha no equipamento durante o experimento impediu a obtenção de
conclusões significativas a partir dos valores obtidos.
Os resultados obtidos no Ensaio de Ponto de Amolecimento
foram bons, mas não os desejados. Através desse teste, pudemos
compreender como a temperatura afeta a consistência dos materiais
betuminosos. Ao utilizar uma amostra de CAP 50-70, conseguimos
identificar as temperaturas nas quais o asfalto amolece. Isso nos
proporcionou a percepção de que um ponto de amolecimento mais
elevado indica melhores condições para a utilização do material.
Com relação ao Ensaio de Viscosidade de Saybolt-Furol, embora
este ensaio seja uma medição indireta da viscosidade, visto que se
baseia na relação entre viscosidade e tempo, ele ressaltou a presença
do Ensaio de Brookfield, uma alternativa mais precisa, pois mede a
viscosidade diretamente.
Em resumo, esses ensaios ofereceram uma experiência
educativa de grande valia para nós, alunos. As explicações claras e
compreensíveis proporcionaram a oportunidade de analisar e
compreender as características dos materiais betuminosos, o que
certamente contribuirá para nossa compreensão futura sobre o assunto.
8. Referências Bibliográficas
● SILVANI, Carine. Materiais Betuminosos. Slides da aula 02.
● SILVANI, Carine. Materiais Betuminosos. Slides da aula 03.
● CAVA, Felipe. “Como classificar Ligantes Asfálticos por Penetração e
Viscosidade”.
https://alemdainercia.com/2020/03/02/10-ensaios-para-caracterizacao-d
as-propriedades-do-asfalto/?noamp=mobile#comments
● BERNUCCI, L.B; MOTTA, L.M.G; CERATTI, J.A.P; SOARES, J.B.
“PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: Formação básicapara Engenheiros”.
Rio de Janeiro, 2008
● ABNT NBR 11341/00 – Produtos de Petróleo – Determinação dos
Pontos de Fulgor e de Combustão em vaso aberto de Cleveland.
● ABNT - NBR 6576/98 – Materiais Betuminosos – Determinação da
Penetração.
● MB 517 – Determinação da Viscosidade Saybolt-Furol de materiais
betuminosos a alta temperatura.
● ABNT - NBR 6560/00 – Materiais Betuminosos – Determinação do Ponto
de Amolecimento – Método do anel e bola.

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