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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURICIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE PODOLOGIA PÉS DIABETICOS Alessandra Gomes Teodoro CAMPO VERDE-MT ABRIL,2023 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURICIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE PODOLOGIA PÉS DIABETICOS Alessandra Gomes Teodoro Projeto de Pesquisa apresentado como requisito parcial, para conclusão do curso de Podologia do(a) Centro Universitário Maurício de Nassau, sob a orientação da professora Juliana Prado Goncales e coorientação do professor. CAMPO VERDE-MT ABRIL, 2023 3 SUMÁRIO 1 Resumo.................................................................................................. 04 2 Introdução............................................................................................. 04 5 Materiais e Métodos............................................................................. 09 6 Resultados............................................................................................. 11 7 Discussão............................................................................................... 12 8 Conclusão............................................................................................... 12 10 Referências........................................................................................... 13 4 Resumo: A presente pesquisa visou ampliar o conhecimento e a compreensão da realidade vivenciada pelo podologo em relação ao fenômeno dessa profissão discernido as concepções e estratégias para auxiliar no enfrentamento de um dos maiores problemas da vivência da atualidade que é a diabetes. Fez-se, primeiramente, um levantamento bibliográfico na literatura, identificando conceitos e causas da Podologia em várias áreas do conhecimento, porém a interpretação dos dados fundamentou-se também nas compreensões da Análise do Comportamento que é uma abordagem da Podologia que busca compreender e ajudar o ser humano. Visto como um todo, a partir de sua formação terá como identificar os pés diabéticos e trata-lo por terem um risco maior o diabetes ainda não tem cura definitiva, há vários tratamentos disponíveis quando seguidos de forma continua o paciente terá uma qualidade de vida melhor para o portador. O pé diabético é uma das mais grave e onerosa complicação da Diabetes Mellitus, uma amputação de extremidades inferior e parte dela geralmente é consequência de uma ulcera no pé esse trabalho é com base bibliográfica de literatura. O objetivo implantar de cursos profissionalizantes para agentes de saúde/sala para prevenção do pé diabético e compreender a importância da assistência da podologa para evitar as complicações da DM e conceituar o tema pé diabéticos e sendo assim a grande necessidade que os profissionais avaliem os pés das pessoas diabéticas. Dessa forma o profissional de podologia avalia minucioso e com frequência desenvolvendo o melhor tratamento para o auto cuidado e principalmente a manutenção de uma boa saúde dos pés Palavras-chave: Prevenção, Pé diabético, Podólogo, Diabetes. 1 INTRODUÇÃO A presente pesquisa visou ampliar o conhecimento e a compreensão da realidade vivenciada pelo podologo em relação ao fenômeno dessa profissão discernido as concepções e estratégias para auxiliar no enfrentamento de um dos maiores problemas da vivência da atualidade que é a diabetes. Fez-se, primeiramente, um levantamento bibliográfico na literatura, identificando conceitos e causas da Podologia em várias áreas do conhecimento, porém a interpretação dos dados fundamentou-se também nas compreensões da Análise do Comportamento que é uma abordagem da Podologia que busca compreender e ajudar o ser humano. Visto como um todo, a partir de sua formação terá como identificar os pés diabéticos e trata-lo por terem um risco maior o diabetes ainda não tem cura definitiva, há vários tratamentos disponíveis quando seguidos de forma continua o paciente terá uma qualidade de vida melhor para o portador. Mediante a realização da investigação bibliográfica podemos constatar que o pé diabético e uma complicação de grandes proporções bio-psico-social que pode ser perfeitamente evitável com só um exame físico adequado dos pés e com orientações precisas para o paciente diabético e seus familiares. Os serviços de saúde geram onerosos gastos ao Sistema de Saúde. Partir desses dados, no Brasil o Ministério da saúde vem desenvolvendo várias ações em articulação com diversos setores, objetivando promover a qualidade de vida e prevenir e controla. A alteração demográfica, e o envelhecimento populacional que vem ocorrendo no Brasil, refletem sobre a saúde do nosso Pais por se caracterizar pela prevalência de doenças crônicas que se mostram prevalentes principalmente em pessoas com idade acima de 40 anos. Consideravelmente, uma das doenças crônicas que vem acometendo nossa população é o Diabetes Mellitus tipo II. Entre-os fatores predisponentes para o aparecimento do Diabetes pode citar a hereditariedade, a obesidade, hábitos alimentares e sedentarismo. A Diabetes é uma epidemia global com graves consequências, sociais e 5 humanas representando um grande peso nos serviços de saúde e nas economias em todo o mundo. É estimado que a prevalência global da Diabetes seja actualmente de 285 milhões, ou seja, 6.4% da população mundial e poderá chegar aos 439 milhões em 2030 correspondendo a 7.7% da população mundial. A Diabetes está associada a várias morbilidades e complicações a curto e longo-prazo, que diminuem a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias, sendo que se continuarem sem o devido tratamento podem ser fatais. Os órgãos mais atingidos são o coração, os olhos, os rins e os pés. A Diabetes é responsável por 6.8% da mortalidade global mas, ainda assim, a atenção para esta calamidade continua a ser superficial. O comprometimento tecidular agravado nos membros inferiores pelos traumas e pela vulnerabilidade do doente diabético às infecções, gera quadros clínicos complexos que são englobados, sintecticamente, sob a denominação de "Pé Diabético". O Pé Diabético é o termo usado para designar as diversas lesões que podem ocorrer no pé do indivíduo diabético. Consistem em lesões cutâneas e de planos profundos relacionados com alterações neuropáticas, vasculares, ortopédicas, infecciosas e funcionais do diabético. Sabendo das complicações que o Diabetes pode causar, o pé diabético, é sem duvida,pelas proporções em relações ao alto numero de amputações o que afeta a qualidade de vida dos pacientes e toda a sua família é uma das mais importantes. O Pé Diabético e as suas complicações representam um desafio médico, social e económico para os Sistemas de Saúde, necessitando de uma intervenção agressiva por parte de uma equipa multidisciplinar para evitar a fatalidade que é a amputação. A informação recolhida e organizada neste artigo tem o objectivo de proporcionar uma perspectiva global sobre a fisiologia, epidemiologia, apresentação clínica, diagnóstico e tratamento do Pé Diabético, de modo a que seja possível optimizar os cuidados a estes pacientes cada vez mais numerosos na nossa população. O diabete mellitus (DM) destaca-se entre as doenças crônicas não transmissíveis tanto pelas suas altas taxas de morbidade e mortalidade como pelas repercussões sociais e econômicas, caracterizando-se como um dos principais problemas de saúde pública na atualidade. Na área da saúde é um indicador, uma vez que cresce rapidamente em países pobres em desenvolvimento, atingindo pessoas em plena vida produtiva e, por consequência, onerando a previdência sóciacontribuindo para a continuidade do ciclo vicioso da pobreza e da exclusão. Neste capítulo, contempla-se levantamento bibliográfico destacando-se os fundamentos teóricos utilizados para a sustentação da pesquisa. Esses fundamentos abordam sobre: conceitos; considerações gerais; etiologia sobre diabetes mellitus e suas complicações. Discorreu-se, também, a respeito de algumas percepções sobre o processo de envelhecimento e a DM; pé diabético e a importância do profissional da podologia neste cenário. Para esta revisão da literatura foram realizadas pesquisas em livros, revistas, dissertações e teses. Revistas online e artigos acadêmicos por meio da ferramenta “Google Acadêmico” e bases de dados, com período de busca que teve início em março de 2023 até junho de 2023. De acordo com Vargas, Lima & Silva (2014, p.9 ), “O diabetes é reconhecido a milhares de anos, a primeira descrição documentada dos sintomas da doença, [...] foi encontrada em um papiro datado de 1.500 anos a.c.” [...] Por volta de 500 a.c. o 6 indiano Susruta, médico ayurvéda (é o sistema tradicional de medicina e saúde das Índias e representa um dos mais importantes e holísticos sistemas de medicina do mundo), diagnosticou o diabetes de Mellitus em seus pacientes, entre mais de 1.200 doenças estudadas.” Susruta, segundo as autoras, foi o primeiro a fazer a distinção do diabetes em dois tipos: o primeiro foi identificado a partir de observações realizadas em indivíduos jovens em nível fatal. O segundo, típico de adultos obesos. Há que se considerar que o caminho foi longo no sentido de estudar, entender e reconhecer o diabetes para buscar soluções que pudessem, de alguma forma, minimizar o número de óbitos e complicações advindas dessa doença. No entanto, apesar dos avanços conquistados nesse certame, ainda há muito caminho a ser percorrido, para assegurar uma vida com qualidade e quem sabe a cura da doença, como pode ser constatado nas considerações que seguem O diabetes é considerado fator de risco, principalmente devido aos distúrbios importantes causados no metabolismo de lipídeos. O diabetes mellitus é uma síndrome de comprometimento do metabolismo dos carboidratos, das gorduras e das proteínas, causada pela ausência de secreção de insulina ou por redução da sensibilidade dos tecidos à insulina. Um aspecto característico desta doença consiste na resposta secretora defeituosa ou deficiente de insulina, que se manifesta na utilização inadequada dos carboidratos (glicose), com consequente hiperglicemia (LUCENA, 2007). Os dois tipos de Diabetes Mellitus mais frequentes são o tipo 1 e o tipo 2. O diabetes tipo 1 acontece quando a produção de insulina do pâncreas é insuficiente, pois suas células sofrem de destruição autoimune. O diabetes tipo 1 ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes com diabetes. Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais e há risco de vida se as doses de insulina não são dadas diariamente. O diabetes tipo 1, embora ocorra em qualquer idade, é mais comum ser diagnosticado em crianças, adolescentes ou adultos jovens (LUCENA, 2007). Sintomas de Diabetes tipo 1 Vontade de urinar diversas vezes ao dia, Fome frequente, Sede constante, Perda de peso (em alguns casos ela ocorre mesmo com a fome excessiva), Fraqueza, Fadiga, Nervosismo, Mudanças de humor, Náusea e vômito. Ao contrário do diabetes tipo 2, em que esses sintomas se instalam de maneira gradativa, no diabetes tipo 1 eles aparecem rapidamente, principalmente, vontade frequente de urinar, sede excessiva e emagrecimento. Se o diagnóstico de diabetes tipo 1 é tardio, as células do organismo podem não conseguir a glicose necessária para produzir toda a energia elas precisam. O DM2 é a forma presente em 90% a 95% dos casos e caracteriza-se por defeitos na ação e secreção da insulina (OLIVEIRA; VENCIO, 2015). O DM2 apresenta fatores predisponentes como: hereditariedade, obesidade, hábitos alimentares inadequados, estresse e sedentarismo. Com exceção da hereditariedade, todos os outros fatores podem ser prevenidos e/ou controlados por uma dieta adequada e pela prática de atividade física regular (GUIDONI et al, 2009). Os sinais e sintomas mais comuns do diabetes como a poliúria, polidipsia e polifagia, acompanhados de emagrecimento rápido e fadiga se dão devido à deficiência e ou a falta de regulação de insulina ocasionando um aumento da assimilação de glicose sérica, com uma diminuição da entrada de glicose para o interior das células. A partir deste quadro, ocorre o aumento do nível de glicose na circulação sanguínea que pode vir a interferir na capacidade funcional dos rins, isso pode acarretar em um aumento abundante da diurese, alteração electrolítica, perda 7 de fluídos e de calorias. Neste caso o indivíduo começa a aumentar a ingestão de líquidos e alimentos e paralelamente a perda de peso. (PATRÃO, 2013); Diante de tal argumentação, entendeu-se que para o sucesso das ações preventivas, é relevante a formação de equipes multidisciplinares para o gerenciamento assistencial, garantindo, assim, um atendimento mais completo, por meio do diálogo, nos diversos níveis de atenção à saúde. Percebeu-se, portanto, a importância da enfermagem no cuidado à pessoa com DM, no sentido de estar atento às demandas desse indivíduo, que pelo avanço da idade, as limitações em realizar seu autocuidado podem estar associadas a vários fatores tais como: obesidade; mobilidade diminuída, baixa acuidade visual, diminuição da audição; problemas cognitivos, problemas socioeconômicos, etc. Ao detectar os fatores, o profissional de enfermagem além de executar seus cuidados junto à pessoa, conseguirá ter uma visão holística das condições do mesmo, podendo fazer os encaminhamentos devidos. Dentre as enfermidades secundárias, causadas pela diabetes, destaca-se o pé diabético que é um estado fisiológico multifacetado, caracterizado por lesões que surgem nos pés da pessoa com diabetes e ocorrem como consequência de neuropatia em 90% dos casos, de doença vascular periférica e de deformidades (OCHOA-VIGO; PACE, 2005). A ulceração do pé diabético está associada à doença vascular periférica e neuropatia periférica, frequentemente em combinação. No entanto, os indivíduos com um risco elevado de ulceração podem ser facilmente identificados através de um exame clínico cuidadoso dos seus pés, estando a educação e follow-up periódicos indicados nestes casos (DUARTE; GONÇALVES, 2011). São fatores de risco para desenvolvimento de úlceras, quase sempre todos identificáveis durante a anamnese e o exame físico do indivíduo: história de ulceração, neuropatia periférica, deformidade dos pés, doença vascular periférica, nefropatia diabética (especialmente em pacientes em diálise), controle glicêmico insatisfatório (BRASIL, 2016). O pé diabético pode ser classificado, segundo a sua Etiopatogenia em: neuropático, vascular (também chamado isquêmico) e misto (neurovascular ou neuroisquêmico) (BRASIL, 2016). A neuropatia desencadeia uma insensibilidade, isto é, a perda da sensação protetora e, subsequentemente, à deformidade do pé, com a possibilidade de desenvolver uma marcha anormal. A neuropatia torna o paciente vulnerável a pequenos traumas, provocados pelo uso de sapatos inadequados ou por lesões da pele ao caminhar descalço, os quais podem iniciar uma úlcera (HIROTA et al, 2008). Outro aspecto importante são os cuidados com os pés, para isso elenca alguns cuidados a serem observados e compartilhados junto aos pacientes e familiares, denominados de “Os 12 mandamentos do pé diabético”: 1. Não andar descalço; 2. Não colocar os pés de molho na água quente, nem usar compressas quentes; 3. Cortar a unha de forma reta; 4. Não usar sapatos estreitos, apertados, de bico fino com sola dura ou tira entre os dedos; 5. Não usar remédios para calos, nem os cortar com qualquer objeto; calos devem sertratados por um profissional de saúde; 6. Não usar cremes hidratantes entre os dedos; 7. Enxugar bem os pés, inclusive entre os dedos; 8. Inspecionar o interior dos sapatos antes de usá-los; 9. Somente usar sapatos com meias e trocá-las diariamente; 10. Usar meias com costuras para fora ou, de preferência, sem costuras; 11. Procurar um serviço de saúde quando houver bolhas; 12. Os pés devem ser examinados regularmente por um profissional de saúde. 8 Conclui-se esse item ressaltando a importância da educação, especialmente sob forma de diálogo, com os portadores de DM e seus familiares, nas ações de prevenção, como fator decisivo para retardar e/ou evitar as complicações decorrentes do DM. No caso do paciente idoso a atenção e observação, o cuidado e a paciência devem ser redobrados, haja vista as várias dificuldades e complicações acarretadas pelo avanço da idade. Tratamento do pé diabético pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a assistência à pessoa diabética deve ser pautada na multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e nos princípios da integralidade. É importante destacar que a pessoa com uma doença crônica como o diabetes necessita de uma atenção permanente, contínua, que ofereça um cuidado integral, isto é, com ações de saúde promocional, preventiva, curativa, reabilitadora e paliativa, que deve funcionar sob a coordenação da atenção primária, no Brasil, a Estratégia de Saúde da Família (ESF). A atenção à pessoa diabética na atenção básica inicia com o acolhimento. Outras ações de cuidado podem ocorrer por meio da visita domiciliar, da participação em grupos de apoio, para o manejo do autocuidado (CORDEIRO, et al, 2010). Atualmente, existem muitas opções para o tratamento do pé diabético, tais como curativos com vários tipos de materiais especiais existentes no mercado, desbridamento de tecidos desvitalizados, revascularização, aplicação local de fatores de crescimento e a mais grave de todas e com consequências muitas vezes devastadoras diante dos resultados das ulcerações, que podem implicar em amputações dedos, pés ou pernas (HIROTA, et al., 2008). O manejo do pé diabético é feito de acordo com o nível de risco. É classificado da seguinte forma: Sem risco adicional, em risco, alto risco e com presença de ulceração ou infecção (incluindo emergências do pé diabético) (BRASIL, 2006). De acordo com o Caderno de Atenção Primária nº 30, do Ministério da Saúde, os principais tratamentos tópicos utilizados para o tratamento de feridas agudas e crônicas que devem estar disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde do País, estão descritos no quadro 3. (BRASIL,2011). Os cursos de Podologia visam preparar os profissionais para prestação do cuidado de saúde ao ser humano, utilizando e aperfeiçoando novas tecnologias e novos 35 procedimentos que visem a promoção da saúde e prevenção de doenças. Quando a cura e/ou a recuperação da saúde não é conquistada, o profissional de enfermagem deve possibilitar os cuidados necessários para que o paciente tenha uma morte digna e com o mínimo de sofrimento possível (BAGGIO, 2006). A preocupação e cuidado deve ser estendido, também, aos familiares e equipe de enfermagem, assegurando um bom relacionamento e tranquilidade desta equipe para que exerçam com competência e habilidades seus conhecimentos. O contexto nos permitiu entender que o podóloga deve estar atento a história clínica do indivíduo e a alguns aspectos tais como: se há ocorrência de lesões ou amputações prévias; observação de incapacidade do indivíduo para realizar o autocuidado com os pés e se está realizando testes com monofilamento de 10g ou diapasão de 128Hz; verificar a sensação tátil e dolorosa local; se o indivíduo foi encaminhado para realização de exames complementares, tais como: coleta de tecido desbridado para cultura bacteriana, exames radiológicos (radiografia digital e a convencional para auxiliar no diagnóstico de osteomielite.), etc. O podólogo é o profissional especializado em cuidar das patologias que acometem os pés, que apresenta conhecimento nas áreas de Fisiologia, Anatomia, 9 Biomecânica, Microbiologia, Farmacologia, Biossegurança, Patologia, dentre outras Ciências da Saúde. Desta forma, está devidamente capacitado para integrar uma equipe multidisciplinar, cooperando com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros, sendo também responsável pela educação do paciente através de orientações a respeito de cuidados e prevenção de podopatias. Diante disso, essas reflexões culminaram em uma inquietação, que gerou o seguinte problema de pesquisa: Como evitar complicações graves nos pés através de exames físicos e orientações em pacientes diabéticos? 2. MATERIAL E MÉTODOS Na presente pesquisa trabalhou-se dentro de uma abordagem qualitativa e utilizouse a entrevista, com aplicação de questionário semiestruturado. Segundo Minayo (2010), o processo e significado são focos principais a fim de entender e explicar o comportamento humano a partir da perspectiva dos envolvidos. A pesquisa qualitativa apresenta-se como um modelo de entendimento intenso entre elementos, direcionado à compreensão da manifestação do objeto de estudo. Segundo Silva & Menezes (2005), um trabalho científico é um texto escrito para apresentar os resultados de uma pesquisa. Para que seja considerado científico deve-se obedecer aos critérios de coerência, consistência, originalidade e objetivação. A pesquisa científica precisa deixar claro, também, qual o seu posicionamento no desenvolvimento da literatura, e neste caso, recorreu-se a pesquisa exploratória com enfoque descritivo. Para tanto envolveu levantamento bibliográfico e relatos de entrevistados, buscando tornar mais transparentes as informações coletadas. Para o desenvolvimento do trabalho a partir dos objetivos propostos foi realizada pesquisa bibliográfica, em específico, baseada na seleção de artigos científicos, disponíveis em plataformas online, sobre diabetes, pé diabético, ulcerações arteriais e venosas e atuação da podologia, além de artigos que acoplavam essas temáticas para abordagem conjunta. Acrescenta-se a análise de obras, compêndios e glossários, especializados da área da saúde, para compreensão técnica dos temas. Os dados estatísticos ora evidenciados foram obtidos nos referidos ensaios científicos consultados, todos com a necessária identificação. Para aplicação do projeto/curso, será utilizado protocolo/treinamento/manual de avaliação do pé diabético (vide anexo), aplicação de questionário, e de insumos tais como: - diapasão 128 hz- teste de sensibilidade vibratória; pino ou palito- teste de sensibilidade dolorosa; termostato- teste de sensibilidade térmica; martelo de Buck- teste dos reflexos neurológicos (reflexo de Aquileu) e monofilamento de nilon de semmes- teste de sensibilidade motora plantar, para a avaliação do pé do paciente diabético. Será necessário também espaço físico e infraestrutura para realização de tais ações como sala como maca, mesa, cadeiras, entre outros. Após a avaliação dos pés e firmado o diagnóstico, o enfermeiro poderá solicitar exames laboratoriais de rotina e fazer os encaminhamentos necessários, tais como para o clínico geral, podologia, enfermeira da unidade de referência entre outros. O paciente será munido do encaminhamento e do original do manual de avaliação dos pés. 10 Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, envolvendo pesquisa bibliográfica e entrevista semiestruturada, por meio de instrumento com roteiro previamente elaborado. A pesquisa descritiva considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. Tal pesquisa é descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente.O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. Para o desenvolvimento do trabalho a partir dos objetivos propostos foi realizada pesquisa bibliográfica, em específico, baseada na seleção de artigos científicos, disponíveis em plataformas online, sobre diabetes, pé diabético, ulcerações arteriais e venosas e atuação da podologia, além de artigos que acoplavam essas temáticas para abordagem conjunta. Acrescenta-se a análise de obras, compêndios e glossários, especializados da área da saúde, para compreensão técnica dos temas. Os dados estatísticos ora evidenciados foram obtidos nos referidos ensaios científicos consultados, todos com a necessária identificação. A pesquisa descritiva considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. Tal pesquisa é descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. O público alvo será todos os diabéticos e as agentes da área da saúde e enfermeiras das unidades de saúde do município de Campo Verde-MT. Para aplicação do projeto/curso, será utilizado protocolo/treinamento/manual de avaliação do pé diabético, aplicação de questionário, e de insumos tais como: - diapasão 128 hz- teste de sensibilidade vibratória; pino ou palito- teste de sensibilidade dolorosa; termostato- teste de sensibilidade térmica; martelo de Buck- teste dos reflexos neurológicos (reflexo de Aquileu) e monofilamento de nilon de semmes- teste de sensibilidade motora plantar, para a avaliação do pé do paciente diabético. Será necessário também espaço físico e infraestrutura para realização de tais ações como sala como maca, mesa, cadeiras, entre outros. Após a avaliação dos pés e firmado o diagnóstico, o enfermeiro poderá solicitar exames laboratoriais de rotina e fazer os encaminhamentos necessários, tais como para o clínico geral, podologia, enfermeira da unidade de referência entre outros. O paciente será munido do encaminhamento e do original do manual de avaliação dos pés. Trata-se de um estudo de Intervenção educativa (Sujeitos envolvidos no benefício da intervenção) Inicialmente serão incluídos no estudo pacientes com diagnóstico de Diabetes Mellitus Tipo I ou Tipo II, independente do sexo e idade e que aceitarem participar deste trabalho. O Paciente deve pertencer à ESF de Campo Verde e Agente de Saúde. Estratégias e ações. O trabalho será desenvolvido em 3 etapas. 11 Etapa 1: Fazer uma ficha de identificação para a caracterização dos pacientes, a fim de conseguir os seguintes dados: sexo, idade, grau de escolaridade, renda familiar, tipo de diabetes, tempo de diagnóstico e tratamento da doença. Etapa 2: Fazer entrevistas ou conversas em grupos para obter informações sobre as necessidades de saúde do grupo, com o objetivo de discutir os conhecimentos, as atitudes e as práticas de manejo da doença. Desta forma buscar compreender as necessidades de aprendizagem, expectativas, experiências dos indivíduos sobre autocuidado e cuidados referidos com os pés. A promoção da saúde desses indivíduos não pode ser feitas exclusivamente por profissionais médicos e enfermeiros, pois é necessário que toda a equipe saiba promover potencializar o autocuidado junto com a família. Desta forma se faz necessário envolver o apoio dos agentes comunitários de saúde. Etapa 3: Desenvolver curso educativo na sala de reunião da ESF, abordando 4 temas com intervalo de 20 dias, em 3 a 4 meses. Tem como objetivo promover mudanças de comportamento, dando orientações que devem englobar aspectos subjetivos, emocionais, econômicos, sociais é culturais que influenciem a prática do autocuidado. Fazer ações educativas junto a pacientes famílias é comunidade, já que têm um papel essencial no controle dessa enfermidade, uma vez que suas complicações estão estritamente ligadas ao conhecimento para o cuidado pessoal. Conteúdo do curso: Tipos de Diabetes. Características da diabetes tipo I e II. Fatores de risco. Complicações Importância do controle metabólico. Técnicas de autocontrole. Alimentação e exercícios físicos. Cuidado dos pês: higiene, hidratação, corte das unhas, uso de lixas, uso de calçados adequados e meias, retirada de calos e cutículas e uso de esmalte, como fazer auto exame dos pés. A educação em diabetes mellitus deve transmitir informações chaves, que ajudem o indivíduo a adquirir habilidades para o controle da doença, promovendo um estilo de vida saudável, deve ser com linguagem clara e de fácil entendimento para o paciente. Avaliação e monitoramento: Esta pesquisa pretende avaliar os níveis de glicemia em jejum mensalmente, de forma a avaliar se as ações de saúde que estão sendo feitas conseguem trazer mudanças no controle dos níveis glicêmicos. Pretende-se também fazer avaliação dos pés dos diabéticos deste estudo no início e no final da pesquisa, comparando a existência de melhorias na saúde dos pés dos diabéticos desta área de abrangência. 3. RESULTADOS ESPERADOS Espera-se neste estudo uma redução dos fatores de riscos destes pacientes como sedentarismo, obesidade e melhora do estado nutricional, mudança de atitudes da pessoa ao incorporar a informação recebida sobre os cuidados com os pés e modificar o estilo de vida, ademais de aumentar o nível de conhecimento por parte deles e melhor qualidade de vida. Esta pesquisa acredita que com a melhoria destes hábitos ocorra, a longo prazo, uma redução significativa dos casos de pés diabéticos. 4. DISCUSSÃO 12 O agente de saúde e o podólogo, tem papel fundamental nas ações educativas ao paciente com DM que vai desde a descoberta até as possíveis complicações da doença. Principalmente de forma educativa, estimulando o autocuidado e realizando o exame físico dos pés nestes pacientes. Quanto as condutas dos profissionais da podologia e agentes de saúde e relacionadas aos cuidados para prevenir o pé diabético, observa-se que esses profissionais realizam orientações específicas, que compreendem os cuidados voltados diretamente para os pés, e orientações gerais, que abrangem os cuidados para o controle adequado do DM. Os enfermeiros podem orientar quanto ao uso de calçados confortáveis, corte reto das unhas, higienização adequada e hidratação dos pés, orientar para o paciente realizar a inspeção dos pés diariamente e a não andar descalços (orientações específicas). Em vários artigos, destacam a importância das condutas do enfermeiro serem somadas à participação familiar no cuidado ao indivíduo com pé diabético, pois o apoio da família aumenta a adesão às orientações, serve como apoio emocional a eles, frente às adversidades que podem surgir e auxilia na detecção de sinais ou alterações nos pés. No que tange aos curativos das lesões do pé diabético, o enfermeiro deve avaliar a ferida, identificando o tipo de estrutura presente na lesão, ou seja, entre os tecidos viáveis estão os tecidos de epitelização e granulação e como tecidos inviáveis estão a necrose seca e úmida. Objetivo principal do curativo é manter a úlcera limpa, úmida e coberta, facilitando o processo cicatricial. Reforça, ainda, a troca do curativo secundário diariamente, através da técnica estéril. A escolha das coberturas deve ser realizada conforme o tipo predominante de tecido na ferida e a prioridade que o tratamento necessita. 5. CONCLUSÃO O estudo possibilitou que os agentes de saúde conhecer as condutas de prevenção e tratamento do pé diabético. Evidenciando que o enfermeiro tem autonomia para realização de ações preventivas e educativas na Atenção Básica. O cuidado ao paciente com pé diabético deve ser integral e respeitar as características socioeconômicas de cada indivíduoou grupo, além de suas crenças e conhecimentos. Dessa forma, o enfermeiro deve estar sempre atualizado e capacitado sobre os mais diversos tipos de tratamento e técnicas de educação em saúde para desenvolver um cuidado humanizado, acolhedor e que possua adesão satisfatória dos pacientes. É perceptível, através do número de publicações no tocante da prevenção do pé diabético, que o agente de saúde e o profissional da enfermagem é um sujeito norteador das ações educativas. Portanto, a enfermagem precisa se reconhecer enquanto ciência e o enfermeiro entender seu papel de líder e educador, com o objetivo de fomentar o crescimento científico e a atualização dos profissionais. Diante do que foi explicitado, o presente estudo conseguiu cumprir seu objetivo inicial, com a ressalva de que é necessária a realização de outros estudos sobre o tema para que o enfermeiros e configure como um profissional em constante atualização, com a meta final de prestar assistência de qualidade para os usuários do sistema de saúde O pé diabético é um distúrbio com fisiopatologia complexa e de prevalência elevada, sendo que para sua prevenção e controle depende-se fundamentalmente de ações simples como educação aos pacientes, comprometimento dos 13 profissionais de saúde em sistematizar o acompanhamento das lesões sendo que para isso há a necessidade de profissionais treinados e capacitados para intervir adequadamente. Contudo, uma das limitações do presente estudo foi a dificuldade de encontrar artigos sobre os cuidados de enfermagem em relação ao pé diabético propriamente dito e orientações especificas para os portadores da síndrome nas Consultas de Enfermagem. Anseia-se pela realização de novas pesquisas que mostrem especificamente como esses profissionais devem proceder durante a consulta de enfermagem. 6.REFERÊNCIAS 1. BRASIL. Ministério da Saúde. A vigilância, o controle e a prevenção das doenças crônicas não transmissíveis. DCNT no contexto do Sistema Único de Saúde Brasileiro. Brasília, 2005. Disponível em: < http://www.saude.es.gov.br/download /GERA_DCNT_NO_SUS.pdf>. Acesso em 24 de jan. 2014. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diabetes mellitus. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2006. 2. BARCELÓ A, AEDO C, RAJPATHAK S, ROBLS S. The cost of diabetes in Latin American and Caribbean. Bull World Health Organ. 2003;81 (1):19-26. 3. 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