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Por @topinformes SERVIÇO SOCIAL INSTRUMENTALIDADE E INTRUMENTOS DO EM MAPAS MENTAIS Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 Sumário Instrumentos Diretos ...........................................................................................................................15 Apresentação ..........................................................................................................................................03 Instrumentalidade do Serviço Social: Dimensões .......................................................................05 instrumentalidade X instrumentos...................................................................................................11 11Instrumentos do Serviço Social ........................................................................................................12 Instrumentalidade do Serviço Social ...............................................................................................04 19 Entrevista .......................................................................................................................................................................................................................................................15 Visita ................................................................................................................................................................................................................................................................18 Acolhimento Social .....................................................................................................................................................................................................................................22 Acompanhamento Social ..........................................................................................................................................................................................................................23 Atendimento Social .....................................................................................................................................................................................................................................23 Encaminhamento .........................................................................................................................................................................................................................................24 Trabalho em Grupo ......................................................................................................................................................................................................................................25 Dinâmicas de Grupo ....................................................................................................................................................................................................................................26 Reunião ............................................................................................................................................................................................................................................................26 Instrumentos Indiretos.........................................................................................................................27 Estudo Social ................................................................................................................................................................................................................................................27 Parecer Social ...............................................................................................................................................................................................................................................28 Relatório Social .............................................................................................................................................................................................................................................29 Perícia Social .................................................................................................................................................................................................................................................31 Dimensão teórico-metodologica ...........................................................................................................................................................................................................06 Dimensão ético-política.............................................................................................................................................................................................................................07 Projeto Ético-politica..................................................................................................................................................................................................................................08 Dimensão técnico- operativa....................................................................................................................................................................................................................09 Instrumentos Diretos e Indiretos .....................................................................................................13 Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 https://www.gesuas.com.br/blog/estudo-social/ Esse material foi desenvolvido para você, estudante ou profissional com o intuito de facilitar e otimizar seu tempo estudando com mapas mentais e resumos esquematizados sobre instrumentalidade e instrumentos do Serviço Social. As cores e setas vão ajudar seu cérebro a criar conexões entre as informações, além de acelerar sua memorização e compreensão. Esse material vai ajudar muito você que está atuando ou estagiando. @topinformes@topinformes Apresentação A essência do conhecimento consiste em compartilha-lo! Bom Estudo!! Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 @as sis te nt es ocia ltop É uma propriedade e/ou capacidade que a profissão vai adquirindo na medida em que concretiza objetivos; Instrumentalidade enquanto um conjunto de saberes específicos, composto essencialmente pelo desenvolvimento de três dimensões prático-formativas: Ela possibilita que os profissionais objetivem sua intencionalidade em respostas profissionais; É por meio desta capacidade, adquirida no exercício profissional, que os assistentes sociais modificam, transformam, alteram as condições objetivas e subjetivas; E as relações interpessoais e sociais existentes num determinado nível da realidade social: no nível do cotidiano; Instrumentalidade tem a ver com a capacidade, qualidade ou propriedade de algo. Instrumentalidade Do Serviço Social Deste modo, a instrumentalidade é tanto condição necessária de todo trabalho social quanto categoria constitutiva, um modo de ser, de todo trabalho. 04 Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 A instrumentalidade, “[...] por possibilitar o atendimento das demandas e o alcance de objetivos (profissionais e sociais) constitui-se uma possibilidade concreta de reconhecimento social da profissão” (GUERRA, 2000, p. 53). Segundo Guerra (2000), não se refere apenas ao conjunto de instrumentos e técnicas, ao contrário, tem a ver com uma propriedade da profissão, construída e reconstruída no processo histórico do Serviço Social. 04 A instrumentalidade é uma propriedade da profissão que possibilita o atendimento das demandas e o alcance de objetivos por meio da objetivaçãodas intencionalidades profissionais; GUERRA (2014) nos retrata que a instrumentalidade significa a capacidade do profissional em exercer sua autonomia, ou seja, avaliar e analisar qual melhor estratégia a ser adotada no momento de sua intervenção, a escolha do instrumental mais apropriado. Instrumentalidade enquanto um conjunto de saberes específicos, composto essencialmente pelo desenvolvimento de três dimensões prático-formativas: Instrumentalidade tem a ver com a capacidade, qualidade ou propriedade de algo. Instrumentalidade, dentre outros elementos, significa: compreensão das racionalidades da profissão, a sua forma de ser e pensar, o seu modus operandi, a apreensão das suas singularidades, suas dimensões instrumentais, técnica, política, pedagógica e intelectual subsidiadas pela teoria e prática. Instrumentalidade do Serviço SocialInstrumentalidade do Serviço Social DefiniçõesDefinições Teórico-metodológica; Ético-política; Técnico-operativa Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 Iamamoto, ao analisar os desafios postos ao Serviço Social aponta três dimensões que devem ser de grande importância na atuação do profissional assistente social, a dimensão técnico- operativa, a dimensão ético-política e a dimensão teórico-metodologica. Dimensão técnico- operativaDimensão ético-política Dimensão teórico-metodologica O assistente social não pode ser NEUTRO, deve se posicionar politicamente diante da realidade, para intervir nela . Assim ter consciência da qual é a direção social da sua pratica, isso implica em assumir valores éticos- morais que sustentam a sua prática profissional, expressos no código de ética, lei e resoluções, é fundamental para tal atuação. A capacidade dos Assistentes Sociais em utilizar os instrumentos e elementos. Tem por objetivo conhecer e apropriar se de conjuntos de habilidades técnicas , para atendimento da população usuária a exigências das instituições contratantes que responda as demandas colocadas. Garantido assim uma boa qualidade do serviço, quanto pelos objetivos profissionais e pela dinâmica da realidade. Apropriação dos conhecimentos teórico a fim de nortear o desenvolvimento da pratica, o profissional tem estar por dentro da realidade e das demandas dos seus usuários ,através de estudos mais abrangentes, segundo seu contexto histórico, com embasamento teóricos, que lhe permita enxergar a dimana-a da sociedade, fugindo do senso comum e das aparências , criando formas efetivas de transformar a realidade do usuário, mas receitados suas especificidades. 05 Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 Diz respeito à capacidade de apreensão do método e das teorias e da relação que estes estabelecem com a prática.; Dimensão teórico-metodológica 06 Permite ao profissional munir-se de teorias para fazer uma análise da sociabilidade do capital, bem como fornece a compreensão do significado social da ação. Promoção da interlocução entre a teoria, história e método estudado ao longo da formação; Exemplo Ao propor, executar ou planejar um política/programa/projeto voltado à família, é preciso conhecer e reconhecer histórica e teoricamente as mudanças ocorridas na sua configuração. É processo permanente de crítica e busca de fundamentos teóricos, legais, metodológicos no âmbito do Serviço Social; O profissional tem que estar por dentro da realidade e das demandas dos seus usuários, mas através de estudos mais abrangentes, segundo seu contexto histórico, com embasamentos teóricos Fugindo do senso comum e das aparências, criando formas efetivas de transformar a realidade desse usuário, mas respeitando suas especificidades. Segundo Iamamoto (1998), a dimensão teórico-metodológica diz respeito ao trajeto para o assistente social atingir novas alternativas. Exige o acúmulo teórico embasado pela história, o acompanhamento dos processos sociais, a pesquisa rigorosa da dinâmica social e dos modos de vivência dos sujeitos sociais Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 Seu núcleo o reconhecimento da liberdade como valor ético central – a liberdade concebida historicamente, como possibilidade de escolher entre alternativas concretas; Dimensão ético-política 07 Situa-se no ato de projetar a ação de acordo com os valores, os princípios, o resultado final a alcançar do profissional, também quando se faz ou não um balanço das consequências das ações. Elemento ideológico e político da perspectiva de orientação profissional; Defesa de uma postura ética, laica, livre de preconceitos, respeito à diversidade étnica, cultural, religiosa, sexual etc; Defesa do projeto ético político considerado hegemônico na profissão; Afirmação dos direitos sociais; pela qualidade dos serviços; emancipação dos sujeitos; Trata-se da afirmação de um compromisso profissional. Daí um compromisso com a autonomia, a emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais. Segundo Iamamoto (1998), A dimensão ético-política está interligada ao caráter contraditório do Serviço Social, por estar inserida em um espaço de interesses sociais divergentes na sociabilidade do capital Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 08 A dimensão política posiciona o Serviço Social a favor da classe trabalhadora, defende a distribuição da riqueza socialmente produzida e expressa de forma clara princípios e valores profissionais. São esses instrumentos que viabilizam o projeto profissional na realidade objetiva, que vão além das ações profissionais isoladas, ainda que possam envolvê-las também. Projeto ético-político noProjeto ético-político no Serviço SocialServiço Social Tem como núcleo a liberdade como valor ético central, compromisso com a autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais, a defesa intransigente dos direitos humanos, bem como, a defesa radical da democracia e da cidadania. A explicitação de princípios e valores ético-políticos; a matriz teórico-metodológica em que ele se ancora; a crítica à ordem social vigente; as lutas e posicionamentos políticos acumulados pela categoria. Os elementos constitutivos do projeto ético-político do Serviço Social são: A materialização do Projeto do Projeto Ético Político do Serviço Social se dá através das três dimensões articuladas entre si: A dimensão jurídicopolítica da profissão, é estabelecida por leis e resoluções que embasam a profissão e o agir profissional, nela também estão os documentos e textos políticos construídos desde o surgimento da profissão A dimensão político-organizativa é constituída pelas entidades que representam a profissão; . O projeto ético-político do Serviço Social prioriza uma nova relação com os usuários dos serviços oferecidos pelos assistentes sociais; Onde estes devem se comprometer com a qualidade dos serviços prestados à população, assim como, com a publicização dos recursos institucionais e também, abrir as decisões à participação dos usuários. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 Que conhecedor da realidade social e institucional irá garantir uma boa qualidade do serviço no qual atuará como um mediador de tensões. Dimensão técnico- operativa 09 Implica a operacionalização da ação, envolvendo os valores, o planejamento, os princípios, as finalidades, a habilidade no manuseio dos instrumentos e técnicas, as condições objetivas, táticas, estratégias e a análise do produto real. Para além do domínios das técnicas, esta dimensão trata-se da instrumentalidade no serviço social; Capacidade adquirida através do exercício que propicia a intervenção; Acúmulo das técnicas que vislumbram a transformação, a mudança e o acesso aos direitos da população usuária; Tem por objetivo conhecer e apropriar se do conjunto de habilidadestécnicas para atendimento da população usuária e exigências das instituições contratantes( Estado, empresas privadas, ONG e etc.) Segundo Iamamoto (1998), A dimensão técnico-operativa corresponde à eficiência técnica para a atuação profissional, compreende o instrumental operativo em Serviço Social. Mas, se tais atributos estiverem desvinculados das dimensões teóricometodológica e ético-política pode transformar em uma intervenção profissional tecnicista. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 DIMENSÃO TEÓRICO-METODOLOGICA A capacidade de apropriação do métodos e das teorias e a relação com a pratica; DIMENSÃO ÉTICO-POLÍTICA A capacidade de projetar a ação e direção social da sua prática, isso implica em assumir valores éticos- morais que sustentam a sua prática profissional; A capacidade de articular meios e instrumentos para materializar os objetivos com base nos valores; DIMENSÃO TÉCNICO- OPERATIVA (Carvalho e Iamamoto, 2005) não é uma tarefa fácil necessita de uma articulação entre a teoria e a prática, que vai da investigação até a execução da prática . Para Toniolo a profissão do Assistente Social ocupa um lugar privilegiado no mercado, por ser um profissional apto á enxergar a realidade social de forma clara sem mascaras e isso faz com que este diversifique as possibilidades de intervenção. Mas ressalta que o processo de conhecimento não se encerra no âmbito acadêmico, mas tem que ser prolongado e utilizado na cotidianidade profissional. Articular as três dimensões já descritas por O Serviço Social constitui-se por três dimensões: Ético – política (poder), teórico - metodológica (saber) e técnico – operativa (fazer) 10 Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 11 instrumentalidade X instrumentos Instrumentalidade Instrumentos A instrumentalidade do Serviço Social é uma propriedade da profissão que possibilita o atendimento das demandas; Não se resume a um conjunto de instrumentos, é uma capacidade / propriedade constitutiva da profissão; E o alcance de objetivos por meio da objetivação das intencionalidades profissionais; É um conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permite a operacionalização da ação profissional; Se constrói e se reconstrói de acordo com as configurações societárias. Abarca dimensões e níveis construtivas; Abrange os materiais técnicos adquiridos pelos profissionais no desempenho das suas atividadesAbarca as técnicas conhecidas: Relatório social, parece, pericia social , laudos , visitar domiciliar, etc. É a estratégia que se realiza a ação; Qual a diferença entre instrumentalidade e instrumento em Serviço Social? A instrumentalidade de acordo com o sufixo "idade" está relacionado a capacidade, qualidade ou propriedade sobre a profissão. É através dela que o profissional modificam, transformam ou alteram as relações sociais num determinado nível de realidade. Já os instrumentos, é a instrumentação técnica, e não devem ser considerados apenas com artifícios burocráticos, antes devem, assumir o caráter de mediação. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 Mas também na forma como são operacionalizados, ou seja, na capacidade que o profissional tem para fazer a utilização dos mesmos; Os instrumentos são essenciais no exercício profissional, já que os mesmos norteiam a ação profissional, entretanto o agir profissional não se restringe aos instrumentos; 12 Os instrumentos profissionais do/a Assistente Social são meios de trabalho que são usados para atender as necessidades e requisições do exercício profissional. os instrumentais técnicos são de importância estruturante para este processo de trabalho, tal como aponta a profissional ao relatar quais são os instrumentai que operam seu fazer profissional no atendimento. Define-se como instrumental um arcabouço articulado de instrumentos e técnicas que permite ao profissional operacionalizar sua pratica profissional. Instrumentos do Serviço Social Definições Podemos destacar alguns instrumentais que são basicamente as ferramentas de trabalho de todos os Assistentes Sociais seja em qual área o mesmo esteja atuando, são eles: Observação, entrevista, trabalhos com grupos, reunião, mobilização de comunidades, visita domiciliar, visita institucional, atas de reuniões, livros de registro, diário de campo, relato de campo, parecer social. Cada instrumento deve ter, por parte do profissional, uma intencionalidade, uma objetividade quando for utilizado para que posso alcançar o objetivo de sua ação Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 13 Os Instrumentos diretos são aqueles que proporcionam uma interação face a face, ou seja, por meio da linguagem gestual, pelo diálogo ou pela entonação. Instrumentos Diretos Instrumentos Indiretos São instrumentos diretos: 1. Entrevista 2. Visita 3. Acolhimento Social 4. Acompanhamento Social 5. Atendimento Social 6. Trabalho em Grupo 7. Dinâmicas de Grupo 8. Reunião 9.Encaminhamento Os instrumentos indiretos consistem no registro da interação realizada pelo instrumental face a face, independente da metodologia utilizada, entrevista, visita, acolhimento e/ou atendimento social. São instrumentos Indiretos: 1. Estudo Social 2. Parecer Social 3. Relatório Social 4. Perícia Social Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 https://www.gesuas.com.br/blog/estudo-social/ Instrumento que permite realizar uma escuta qualificada, a entrevista por meio do processo de diálogo, visa estabelecer uma relação com o usuário, com objetivo de conhecer e intervir em sua realidade social, econômica, cultural e política. Pode ser individual ou grupal. Assim, a entrevista é um instrumento utilizado quando há interesse de desenvolver um trabalho em que é necessário: priorizar um atendimento individual e aprofundar um determinado conhecimento da realidade humano-social. O diálogo propicia uma análise crítica da situação, pois a partir da fala do usuário é que o assistente social consegue identificar as questões que permeiam a sua realidade, utilizando-se da mediação como um referencial teórico para sua intervenção. 14 Sendo assim, podemos afirmar que a entrevista possui dois objetivos principais: Promover o conhecimento da realidade dos usuários; Realizar os encaminhamentos e orientações necessários para a garantia de direitos. A entrevista permite um levantamento de informações importantes para se compreender os problemas trazidos pelos usuários. Entretanto, não deve se limitar somente a um levantamento de dados.É um movimento em que ocorre o estabelecimento de um diálogo que vai se realizando à medida que vamos desvendando o real, o concreto, e também ampliando a consciência do entrevistado e do assistente social. compreender o universo vocabular do usuário; Objetivo da entrevista social é compreendida como instrumento mediador no processo do conhecimento, possibilita que o assistente social se aproxime da realidade de sua demanda, superando a aparência dos fenômenos e adquirindo maiores possibilidades interventivas diante das expressões da questão social. Instrumentos diretos Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 15 O PLANEJAMENTO se faz necessário para que não ocorra imprevistos ou esquecimentos de aspectos importantes por parte do entrevistador, muito menos a retenção de dados importantes e que o entrevistado não seja influenciado pelo entrevistador quanto às respostas. É importante frisar que no planejamento, “os objetivos do profissional, os objetivos institucionais e as necessidades dos usuários são relevantes para decidir qual a melhor modalidade de entrevista e se ela deverá ser individual ou grupal” (LAVORATTI, 2016). A OPERACIONALIZAÇÃO da entrevistadeve permitir ao entrevistado clareza quanto às questões expostas pelos usuários e os possíveis encaminhamentos para seu acesso aos programas, projetos, serviços e benefícios. Vale ressaltar que, preparar um espaço físico adequado é importante para a entrevista, permitindo assim uma exposição clara dos objetivos da entrevista, a comunicação entre o assistente social e, ainda, usuário e a manutenção do SIGILO PROFISSIONAL. O ACOLHIMENTO é importante para que o usuário possa expor seus problemas, além de contar com uma escuta ativa e com a compreensão de um profissional que tenha por objetivo a garantia dos seus direitos sociais A coleta de dados possa subsidiar os questionamentos e reflexões, é preciso estabelecer um diálogo para que a complexidade da realidade e a correlação entre os fatos possam ser compreendidos pelo assistente social. O profissional deve antes de tudo se abster de “não fazer críticas” e “evitar julgar o usuário”. Registro e Sistematização das Informações coletadas Etapa final da entrevista que tem como objetivo contribuir para a integralidade do atendimento, ou seja, por meio de uma linguagem clara, técnica e objetiva, o profissional retrata a competência teórico-metodológica e técnico- operacional do Serviço Social. Antes de iniciá-la, o profissional precisa estar preparado e decidir qual será o tipo de entrevista a ser realizada. É fundamental que haja um planejamento da ação a ser executada, onde deverão ser levados em consideração o conhecimento técnico do entrevistador, a formulação conjunta de questões subjetivas e objetivas, o registro das respostas e o conhecimento prévio do campo. 1 2 3 45 6 Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 16 Ao es colher o tipo de entrevis ta, o ass istente social deve f azer u ma re flexão acerca dos objetivo s específi cos qu e ele e spera alcançar . Dentr e as fo rmas de entre vista, qu e podem ser utilizada s pelo assis tente social es tão: Através de um roteiro previamente elaborado, o entrevistador formula as perguntas conforme a ordem estabelecida; Dentre as vantagens desse tipo de entrevista, estão a rapidez na aplicação das perguntas e o desenvolvimento de levantamentos sociais. Já a desvantagem, está na dificuldade da análise dos dados coletados ;Geralmente, este instrumental, “têm por objetivo “traçar o perfil socioeconômico dos usuários, além de outras características exigidas como critérios de inclusão em programas sociais” (LAVORATTI, 2016) . Dependendo do questionário pode mascarar a captação de elementos importantes para o trabalho do assistente social, como os sentimentos e motivações que ocasionaram a realização da entrevistas. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 17 Este tipo de entrevista permite ao entrevistador explorar amplamente uma determinada questão. Segundo Lavoratti (2016) apud Kisnerman (1978, p.27), as perguntas devem ser formuladas sem que haja introdução das respostas, permitindo assim “qualificar dados com o entrevistado, capacitar, avaliar, orientar, informar, reforçar a auto-estima e gerar participação”. Visa obter dados relevantes quanto à intervenção profissional. Neste tipo de entrevista são elaboradas perguntas abertas e fechadas. A entrevista aberta semi-estruturada é a mais utilizada por favorecer uma maior interação entre entrevistador e entrevistado, pelo fato de não se restringir apenas ao tema questionado. Possui questões norteadoras e objetivos preestabelecidos, abrindo caminho para que outros aspectos não previstos pelo entrevistador possam ser trabalhados. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 É um dos instrumentos estratégicos utilizados para a abordagem com as famílias, pois possibilita que o profissional se aproxime da realidade vivenciada; Permitindo ao assistente social observar o indivíduo em seu meio social, além de realizar o acompanhamento e os encaminhamentos necessários para a rede de atendimento; 18 A Visita Domiciliar permite conhecer a realidade social que envolve o indivíduo e as perspectivas de superação e de acesso á inclusão social; É um instrumento que se coloca a serviço dos usuários e de seus direitos sociais; As posturas profissionais no uso do instrumental, podem incidir diretamente sobre a leitura e a análise que as famílias e a sociedade como um todo, fazem de nossa profissão; Tanto podem ampliar nossos acessos quanto dificultar e criar maus entendidos sobre nossas intervenções sociais e o que é devido como direito Social. Consiste em conhecer a realidade social, de uma determinada família, ou seja, analisar o contexto familiar e o modo de vida, suas vulnerabilidades e potencialidades; O compromisso com o Codigo de Etica Profissional; Ter claro saber: O “porque visitar?”: Os profissionais devem estar preparados sobre o assunto abordado e o roteiro pré-estabelecido. Quando visitar? Saber quando visitar para desorganizar o mínimo possível a dinâmica familiar. Com quem visitar. Tendo em vista o conhecimento do caso e a necessidade do trabalho em equipe. Deve-se explorar antecipadamente as potencialidades inclusivas do território: Ao realisar a Visita Domiciliar é preciso ter : Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 19 A visita institucional consiste em conhecer e avaliar a qualidade dos serviços prestados pelas entidades sociais públicas ou privadas; Para isso requer do assistente social enquanto Secretário Executivo, um intenso conhecimento teórico e técnico sobre as políticas sociais; Este tipo de visita é de competência exclusiva dos Conselhos de Direito Exemplo: visita de fiscalização a uma Instituição de Longa Permanência (ILPI) pelo Conselho Municipal da Assistência Social Objetivo de fiscalizar se a entidade oferece instalações físicas em condições adequadas de acessibilidade, habitabilidade, segurança, higiene e salubridade aos idosos residentes. Além de ser utilizada para deslocar-se para outros espaços na intenção de realizar intervenções em parceria, articulando com outros locais de atendimento ao usuário. • Quando o profissional visita uma Instituição da qual o usuário em atendimento tem um vínculo. • Para tomar conhecimento do trabalho desenvolvido em uma Instituição. • Quando o profissional realiza uma avaliação da cobertura e qualidade dos Serviços prestados por uma Instituição. É comum quando o profissional representa uma instituição ( empresa, abrigo, etc) onde os usuários hospitalizados estão vinculados. Propicia um maior contato como os usuários, sabendo deles o que desejam em relação a instituição a que eles estão vinculados. É comum que tais visitas perpassem em atendimentos onde os usuários são sozinhos, com perda de vínculos ou com um grau de dependência que os impossibilitem de tomar decisões sem suporte técnico. Outras motivações para que o Assistente Social realize uma visita institucional: Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 20 É comum quando o profissional representa uma instituição ( empresa, abrigo, etc) onde os usuários hospitalizados estão vinculados. Obter do usuário e dos profissionais que os atendem, estratégias de intervenção e os cuidados necessários no seu caso de saúde. Propicia um maior contato como os usuários, sabendo deles o que desejam em relação a instituição a que eles estão vinculados. Faz-se um levantamento de serviços e instituições , sejam parceiros ou não, coletando dados dos locais,finalidade dos serviços, público-alvo, contato, entre outros. Geralmente é realizada quando se entra em um local de trabalho, tendo o objetivo de conhecer os locais que fornecem serviços para a área de atuação. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP15231686072402321 1. Planejamento 3. Registrando 2. Executando Para que a visita seja efetiva é necessário que se faça um bom planejamento pois o para quê vai determinar o como fazer. Isso, claro, respeitando os paradigmas ético-políticos emancipatórios, bem como as singularidades de cada núcleo familiar. É muito importante que se faça os registros detalhados daquilo que foi alcançado por intermédio dela, para que se possa dar sequência ao acompanhamento e provisões que requerem ser tomadas. Serão esses documentos que darão visibilidade as expressões da questão social vividas e subsídios ao planejamento de novas atividades. Além disso, é direito do usuário possuir a evolução do seu atendimento e acesso a esses registros. Por esse motivo, é indicado o uso de uma linguagem clara e gramaticalmente correta e conduzida pelos limites profissionais e éticos. Em primeira instância, deve-se avaliar a necessidade da visita domiciliar e a demanda que origina está ação. Após ser constatado a necessidade da concretização da visita, é oportuno sistematizar as informações já existentes e delimitar aquilo que será buscado ou desenvolvido no momento de execução. Durante a execução da visita domiciliar deve-se desenvolver técnicas como o acolhimento, a observação e a entrevista. Outra dica preciosa está em avaliar o andamento da visita enquanto ela acontece, uma vez que o âmbito particular deve ser respeitado. Por exemplo, se a responsável familiar se demonstra ocupada com os afazeres domésticos, um dos filhos está doente ou conte com qualquer circunstância que impeça a família de estar envolvida com o procedimento, é melhor fazer uso do bom-senso e reagendar a visita domiciliar. Além disso, é aconselhável que essa conversação disponha de criatividade, questionamentos e reflexões que gerem processos sociais educativos. Essas três técnicas promovem sucessivas aproximações com o concreto e, por criar uma relação de cooperação, fortalecem os vínculos entre o profissional e os indivíduos. Por conseguinte, analisar a disponibilidade do usuário e o tempo de permanência na sua casa são atitudes sensatas. É de grande valia salientar que o olhar investigativo deve estar voltado apenas para o conhecimento da realidade familiar e socioterritorial com o intuito de garantir direitos. Dessa forma, o profissional deve se pautar na razão dialética e crítica, sem posicionamentos que intimidem, julguem, vitimizem ou punam os sujeitos. Para encerrar a visita, é bastante construtivo que se avalie o procedimento em conjunto com os visitados. Assim os efeitos, satisfações e insatisfações geradas poderão ser usadas como um norte para os próximos passos. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 Tem por objetivo identificar o problema de determinada situação no âmbito individual ou coletivo. 22 O acolhimento social é um processo de intervenção profissional que envolve a escuta social qualificada. É parte do processo de intervenção dos assistentes sociais, compreendendo três elementos em interação constante: Escuta Troca de informações conhecimento da situação em que o usuário se encontra A operacionalização do acolhimento ocorre mediante a realização de entrevistas, que é o momento do reconhecimento entre os sujeitos envolvidos bem como da situação do usuário. Objetiva o acesso a direitos das mais diversas naturezas, bem como a criação de vínculo e a compreensão de elementos para fundamentar uma futura intervenção. É o momento de que demanda exigências quanto ao conhecimento, desde a utilização da entrevista até dos fundamentos teórico-metodológicos, ético-políticos da profissão, bem como das normativas do campo e da rede, a fim de melhor atender as necessidades do usuário de forma resolutiva e com vistas ao cumprimento do princípio da integralidade. Aproximação com o usuário Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 23 O acompanhamento social se configura como um processo de trabalho da/o assistente social, com uma série de estratégias e técnicas para construir respostas às demandas identificadas ou vocalizadas pelos sujeitos O acompanhamento sócio-familiar detectado durante a entrevista, e que determina os encaminhamentos necessários. Procedimento técnico de caráter continuado, que necessita de um vínculo entre o usuário e o profissional, como por exemplo: Trata de um conjunto de intervenções, continuadas e pactuadas entre os profissionais responsáveis pelo acompanhamento e as famílias acompanhadas. Importante espaço de atuação profissional que envolve um conjunto de ações direcionadas ao atendimento de famílias e indivíduos, visando o acesso aos direitos sociais, políticos e civis nas diferentes políticas setoriais, como: assistência social, saúde, educação, previdência, habitação, bem como na prevenção de situações de risco. O Atendimento Social é viabilizado pelas equipes que atuam nos diversos equipamentos. Quando falamos em atendimento estamos nos referindo a ações imediatas de prestação ou oferta de atenção. O atendimento é uma resposta qualificada a uma demanda apresentada pela família ou território. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 Trata-se do reconhecimento da demanda da família, da incompletude ou incapacidade do serviço local de atende-la nas particularidades, da manifestação do conhecimento da rede e do direcionamento da família para o local mais apropriado para o tratamento da questão por ela vivida. É possível que tal demanda não seja de competência da unidade, ou não há recursos disponíveis para o atendimento, ou até mesmo pessoal. Para isso é preciso ter clareza da demanda, conheça bem a rede de atendimento e envolva a família no processo, a família é o ponto central do atendimento e não deve ser esquecida ou negligenciada em qualquer momento. 24 O encaminhamento é uma forma articulada para atender as necessidades dos usuários, ofertando os serviços vigentes, e o encaminhando para outro profissional ou para outro setor onde a sua necessidade será atendida. É importante entender que encaminhamento é um recurso instrumental muito além do preenchimento de um formulário Em outras palavras, encaminhar uma família ou um indivíduo para outro serviço pressupõe de que a demanda que ela apresenta não pode ser atendida na unidade em que o profissional está, e isso por motivos diversos. Para a construção deste instrumento, três campos são essenciais: Identificação, conteúdo e formalização. É preciso identificar as partes envolvidas:. Quem está realizando o encaminhamento, descrevendo o nome da unidade, técnico de referência e contato; Nome completo do usuário encaminhado Unidade a que se destina o encaminhamento com descrição do setor específico ou área profissional de indicação de atendimento da demanda. Também é necessário uma descrição sucinta da demanda do usuário com a indicação do técnico do que avalia ser importante para satisfazê-la. Por fim, é preciso ter um espaço específico para assinatura do profissional que realiza o encaminhamento, tornando o formulário um documento formal para a unidade. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 O trabalho em grupo possibilita a transformação de questões, até então, entendidos como individuais, em vivências coletivas, produzindo um novo sentido ao processo . 25 é im porta nte ressa ltar que de a cordo com as orien taçõe s do conju nto CFESS /CRES S, a fo rmaç ão profis siona l do a ssiste nte socia l não está habil itada para o de senvo lvime nto de tr abalh os n o cam po terap êutico . Os trabalhos em grupos devem ser utilizados apenas como recurso para o desenvolvimento de trabalhos educativos, como os desenvolvidos nos CRAS, CREAS e demais espaços sócio- ocupacionais. Observação O assistente social tem a possibilidade de contribuir paraa construção do conhecimento, potencializando espaços de reflexão mediante análise conjunta do contexto das relações sociais na qual o grupo está inserido (formação da identidade e de pertencimento do grupo). Organizar pessoas através do trabalho com grupos exige do profissional planejamento, e como mediador; Abrem espaços para a democratização de conhecimentos, proporcionando o intercâmbio de experiências sobre que estão acometidos, assim como, contribuindo para o fortalecimento dos usuários como sujeitos. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 26 No Serviço Social, tem o assistente social como facilitador, o que requer do profissional habilidades teóricas e uma postura política democrática de controle no processo da dinâmica. É uma técnica que utiliza jogos, brincadeiras ou simulações de modo a provocar uma reflexão acerca de uma determinada temática que tenha relação com o objeto de intervenção A reunião é um instrumento presente no cotidiano de trabalho do assistente social, seja na atuação com grupos, nos encontros com usuários das políticas públicas ou nas reuniões de equipe. A reunião tem como característica, promover e intervir em espaços coletivos provocando uma reflexão crítica. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 Instrumentos indiretos Têm a família como elemento central da análise que visa compreender os diversos vínculos e a estrutura das relações familiares vivenciadas pelos sujeitos, de modo a garantir a proteção de seus membros. O Estudo Social possibilita o acesso a determinados serviços, programas, e benefícios, bem como na efetivação de direitos ou subsidiar pareceres sociais. 27 Instrumentos diretos Estudo Social Instrumento específico do assistente social que tem por finalidade conhecer com profundidade e de forma crítica, determinada situação ou expressão da questão social, objeto de intervenção profissional nos aspectos socioeconômicos. O aparato legal que regulamenta a profissão, a Lei nº 8.662, de 07 de junho de 1993, o aborda como competência da categoria. No seu artigo 4º, inciso XI, é definido como a capacidade de realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades. o Estudo Social deve permear as ações que um Assistente Social irá realizar. Seu início se dá na coleta de dados reais em múltiplos ângulos e a interpretação crítica deles, seguido pela idealização dos objetivos e tomada de decisões do que deve ser feito para alcança-los. O Estudo Social deve responder ao cenário singular que lhe deu origem, mas quando plausível, a solução dada deve ser sistematizada para servir de base para responder situações coletivas. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 Deve evidenciar os aspectos significativos para a viabilização de direitos sociais, fazendo referência aos elementos analíticos e aos instrumentos utilizados nas dimensões investigativa e interventiva. Parecer Social 28 É a avaliação conclusiva, teórica e técnica realizada pelo assistente social, dos dados coletados após a finalização do estudo social. Além de conter o posicionamento do profissional acerca da realidade social estudada; “O parecer social diz respeito a esclarecimentos e análises, com base em conhecimentos específicos do Serviço Social, a uma questão ou a questões relacionadas a decisões a serem tomadas. Trata‐se de exposição e manifestação sucinta, enfocando‐se objetivamente a questão ou situação social analisada e os objetivos do trabalho solicitada e apresentado; a análise da situação, referenciadas em fundamentos teóricos, éticos e técnicos, inerentes ao Serviço Social – portanto, com base em estudo rigoroso e fundamentado – e uma finalização, de caráter conclusivo ou indicativo” (CFESS, 2003, p.61). Emitida a partir de um arcabouço teórico, ético e técnico, ou seja, alicerçado na reflexão das três dimensões constitutivas do Serviço Social, tendo sempre como paradigma levantar a compreensão de que os usuários são sujeitos de direitos e o fortalecimento do compromisso com a cidadania e com a manutenção dignidade humana. Portanto, um Parecer Social é a opinião profissional do/a Assistente Social mediante a observação e estudo de uma dada expressão da questão social que configura o seu objeto de intervenção no momento Dentre os principais aspectos do Parecer Social podemos destacar os seguintes pontos: Não é um Relatório Social; Não é um Laudo Social; É o instrumento que dá ao Assistente Social uma identidade profissional, pois a partir da sua reflexão racional, cria-se conhecimentos que permitem capitar a singularidade do quadro analisado e a produção de alternativas que gerem transformação no contexto em relevo; É um mecanismo de viabilização de direitos; Pode ser emitido por iniciativa própria e não se restringe a uma área de atuação; O conteúdo deve ser claro, sucinto, objetivo e coerente ao que foi visto e ao objetivo do posicionamento técnico do/a Assistente Social, sem ser superficial, sendo importante destacar que a escolha das indagações relevantes é uma decisão deste profissional; Traz uma avaliação do passado, prospecções do futuro e apresenta sugestões de ações a serem desenvolvidas para mediar as vulnerabilidades e riscos sociais instalados, pois é a finalização de um Estudo Social e deve ser conclusivo e indicativo Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 O Laudo Social está conectado ao âmbito sociojurídico e é o produto resultante de uma Perícia Social. É o documento que apresenta o retrato social de uma problemática e que eventualmente responde os quesitos propostos pelo magistrado. Laudo Social 29 O laudo social é utilizado no meio judiciário como mais um elemento de “prova”, com a finalidade de dar suporte à decisão judicial, a partir de uma determinada área do conhecimento, no caso, o Serviço Social. Ele na maioria das vezes, contribui para a formação de um juízo por parte do magistrado, isto é, para que ele tenha elementos que possibilitem o exercício da faculdade de julgar, a qual se traduz em “avaliar, escolher, decidir” (CFESS, 2003, p. 45). Entretanto, é importante compreender que a produção de provas não é atribuição ou competência do/a Assistente Social; Mas sim a realização de estudos sobre a realidade apresentada, objetivando, sempre, promover o acesso a direitos fundamentais e sociais e a justiça social. O Laudo Social expõe o registro das informações significativas do Estudo/Perícia e da análise realizada e do Parecer Social. Para tanto, sua estrutura é composta da maneira apresentada abaixo Introdução: indica demanda judicial e os objetivos; Identificação dos Sujeitos: relação dos indivíduos envolvidos, somado aos principais dados pessoais de cada um; Metodologia: descrição dos métodos praticados para sua elaboração, esclarecendo a especificidade da profissão e os objetivos do estudo; Relato Analítico: explanação da edificação histórica da questão estudada e do estado social atual dela; Parecer Final: sintetização da situação, análise crítica e apontamentos de conclusões ou indicações de alternativas da óptica do Serviço Social, onde o/a Assistente Social deixa expresso o seu posicionamento técnico referente à questão em destaque. O Laudo Social deve conter uma síntese do Estudo e do Parecer Social. Precisa, da mesma forma, ser conclusivo, trazendo diretrizes e sugestões para o enfrentamento da situação analisada; Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 Relatório Social 30 Os relatórios são instrumentos de sistematização da prática do assistente social, que contém o relato dos dados coletados, das intervenções realizadas e das informações adquiridas.O relatório social é um documento específico do Assistente Social gerado após coleta de dados referentes a sua intervenção em determinada situação ou expressão da questão social. Sua finalidade pode ser utilizada para a elaboração de um laudo ou parecer social. Pode ser elaborado em todos os espaços ocupacionais onde encontra-se o Assistente Social, apresentando uma análise da situação e conclusões. A elaboração do relatório social visa apresentar as atividades desenvolvidas pelo assistente social podendo ser referente a qualquer um dos instrumentos face a face: entrevista, visita domiciliar ou institucional, reunião, dentre outros. Trata-se de um instrumento que sistematiza de forma privilegiada a prática do assistente social. Para Eunice Fávero (2014), por tratar-se de um documento que apresenta de forma descritiva e interpretativa uma situação ou expressão da questão social; PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Visa apresentar o objeto do estudo e quem são os sujeitos envolvidos; Possui uma finalidade a que se destina; De acordo com a situação ou questão social se determina quais serão os procedimentos a serem utilizados; Deve apresentar um breve histórico, desenvolvimento e análise da situação; Dependendo da sua finalidade, deve possuir um maior ou menor nível de detalhamento; Sua finalidade visa esclarecer e/ou subsidiar parte do registro a ser utilizado para elaboração de um laudo ou parecer social. 1. 2. 3. 4. 5. 6. É um instrumento na qual o Assistente Social utiliza durante sua intervenção, dessa forma deve conter todas as informações adquiridas durante o desenvolvimento de suas atividades. Dessa forma, independente do tipo de relatório, o mesmo deve descrever detalhadamente o relato da situação ou da questão social. Seu conteúdo contém relatos que refletem a inserção do Serviço Social nos diferentes espaços sociais, e que abrange as mais diversas formas de intervenção social. “No âmbito do cotidiano profissional o relatório social DEVE atender a finalidade a que se destina, com o objetivo de garantir direitos. Para isto, deve ser bem escrito, fundamentado teoricamente, observando os aspectos éticos (LACERDA).” Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 31 Relatórios Informativos: Objetiva informar dados ou fatos importantes. Este tipo de relatório pode ser utilizado em atendimentos e encaminhamento de um processo de acompanhamento, plantões sociais e triagem. Deve conter esclarecimentos, encaminhamentos e comunicação dos procedimentos tomados. Sua estrutura é composta por: cabeçalho, introdução, desenvolvimento (corpo e texto) e conclusão. Relatórios Circunstanciados: Relatório de Acompanhamento: Relatórios de Visita (Domiciliar/Institucional): Relatórios de Inspeção: São relatórios informativos utilizados em situações de emergência de forma sucinta. Deve conter um parecer a ser apresentado ao Juiz, gerando com isso um laudo mais detalhado da situação. Ex.: situação onde uma criança encontra-se em risco e necessita de acolhimento institucional. Contém informações que envolvem uma intervenção direta e um contato mais assíduo do Assistente Social com o usuário. Tem como característica principal a avaliação e o acompanhamento de um caso. Resultante de visitas do Assistente Social ao domicílio de usuários ou à instituições. Deve ser objetivo e pode conter apenas aspectos analíticos ou descrições informativas do domicílio. Em relação à Visita Domiciliar, além de apontar informações, apresenta também aspectos sociais, descrições do domicílio e a interação familiar entre os membros, que irão facilitar a análise contextual do fato a ser trabalhado. Já na Visita Institucional, o relatório deve conter informações coletadas na instituição e da interação com os usuários. O relatório de visita está estruturado em cabeçalho, descrição avaliativa dos fatos apurados e não há necessidade de conclusão. Contem em seu registro, a exposição e descrição de tudo o que foi observado no decorrer da visita. Este relatório é emitido após visita de inspeção em uma instituição que necessita se adequar à legislações específicas. Trata-se de um relatório elaborado de forma expositiva e descritiva, na qual o assistente social deve considerar tudo o que foi observado durante a visita. Está estruturado em cabeçalho, descrição da observação e parecer contendo contendo avaliação, sugestões e providências a serem tomadas. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 Perícia Social 32 No âmbito das políticas sociais, a perícia social tem o importante papel de ser um instrumento que reforça as decisões referentes à concessão de benefícios, garantindo assim o acesso aos direitos sociais e a superação da vulnerabilidade e risco social. A perícia social é uma técnica que exige planejamento, que consiste no levantamento de documentos e coleta dados já existentes acerca de uma determinada demanda social, e que tem início pelo Estudo Social. A perícia, no âmbito do judiciário, diz respeito a uma avaliação, exame ou vistoria, solicitada ou determinada sempre que a situação exigir um parecer técnico ou científico de uma determinada área do conhecimento, que contribua para o juiz formar a sua convicção para a tomada de decisão. É realizada por meio do estudo social e implica na elaboração de um laudo e emissão de um parecer. Para sua construção, o profissional faz uso dos instrumentos e técnicas pertinentes ao exercício profissional, Assim, a perícia é o estudo social, realizado com base nos fundamentos teórico- metodológicos, ético- político e técnico- operativos, próprios do Serviço Social e com finalidades relacionadas a avaliações e julgamentos. Perícia social cuja finalidade é subsidiar uma decisão, via de regra, judicial. Sendo facultado a ele a realização de entrevistas, contatos, visitas, pesquisa documental e bibliográfica que considerar necessárias para a análise e a interpretação da situação em questão. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 33 No campo jurídico, a perícia social constitui-se em um meio de prova, por se tratar de uma declaração técnica, conforme esquema a seguir: Processo que tem por objetivo subsidiar sentenças judiciais, de modo que os fatos de uma causa possam ser apreciados e interpretados pelo juiz. Realizada através do estudo social, a perícia tem por finalidade a emissão de um parecer mediante elaboração de um laudo das situações sociais de interesse dos envolvidos no caso. Perícia Social Estudo Social Específico do assistente social, essa metodologia tem por objetivo a análise crítica e minuciosa de uma determinada situação acerca dos aspectos socioeconômicos da realidade social. Parecer Social Instrumento técnico que contém a avaliação teórica e técnica realizada pelo Assistente Social dos dados coletados. Laudo Social Resultado do processo de perícia social que poderá servir como elemento de prova em processos judiciais. Contém o parecer da situação analisada pelo profissional. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 BRASIL. Lei de Regulamentação da profissão de Assistente Social, Lei nº. 8.662 de 07 de junho de 1993. Brasília: Senado Federal, 1993. CFESS – Conselho Federal de Serviço Social (org.). O Estudo Social em Perícias, Laudos e Pareceres Técnicos: contribuição ao debate no judiciário, na penitenciária e na previdência social. São Paulo: Cortez, 2003. MIOTO, Regina Célia Tamaso. Perícia Social – proposta de um percurso operativo. Revista Serviço Social e Sociedade, nº 67. São Paulo: Cortez, 2001. COSTA, Dourival e LAVORATTI, Cleide. Instrumentos Técnico-Operativos no Serviço Social: um debate necessário (2016). GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade no Trabalho do Assistente Social (2007). SOUSA, C. T. A prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção profissional (2008).FÁVERO. Eunice. Instruções sociais de processo, sentenças e decisões. In: Conselho Federal de Serviço Social – CFESS; Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS. Serviço Social: direitos e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. __________O Estudo Social: fundamentos e particularidades de sua construção na Área Judiciária. In: CFESS (Orgs.). O Estudo Social em Perícias, Laudos e Pareceres Técnicos: debates atuais no Judiciário, na Penitenciária e na Previdência Social. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2014. MEDEIROS , Juliana. A Instrumentalidade na prática do Assistente Social. GESUAS, 2019. Disponivel: https://www.gesuas.com.br/blog/a-instrumentalidade/ REIS, Kaiane. Visita domiciliar: desmistificando esse instrumento interventivo. GESUAS, 2019. Disponivel: https://www.gesuas.com.br/blog/visita-domiciliar/ REIS, Kaiane. Como fazer um estudo social. GESUAS, 2019. Disponivel: https://www.gesuas.com.br/blog/estudo-social/ LOPES, Jader. Tudo sobre encaminhamento no SUAS. GESUAS, 2019. Disponivel: https://www.gesuas.com.br/blog/encaminhamento-no-suas/ Referência Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 https://www.gesuas.com.br/blog/a-instrumentalidade/ https://www.gesuas.com.br/blog/visita-domiciliar/ Organizadora Carolina Borges Barreto Bacharel em Serviço Social UFRB. CEO do perfil @assistentesocialtop. Atualmente está cursando pós-graduação em Educação Profissional e Tecnologia e pós-graduação em Assistência Social e Saúde Publica. Tem experiência nas áreas da Educação, onde atuou como Coordenadora de Turma no Programa Universidade para Todos UFRB/SEC , na Assistência Social onde foi estagiaria do CREAS- Centro Especializado de Assistência Social e no Cadúnico , na Saúde tem formação complementar em politicas publicas de Saúde e Atenção à Saúde do Trabalhador na Atenção Primária à Saúde e além disso é Social mídia e Produtora de Conteúdos Digitais. Pesquisadora nos seguintes temas: Serviço Social, tecnologias digitais, formação e trabalho profissional. Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023 Mapas Mentais SUAS com Ênfase no CRAS e CREAS Bônus Calendário Social Com ênfase em CRAS e CREAS Do/a Assistente social Caderno com 50 questões Mapas Código de ética do/a Assistente Social Conheça os outros mapas Do/a Assistente social Caderno com 50 questões Mapas Lei de regulamentação Licensed to Liliane Silva de Moraes - silvaliliane504@gmail.com - 342.637.408-07 - HP152316860724023
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