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19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 1/46 MATERIAIS NÃO METÁLICOS DESCRIÇÃO 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 2/46 O entendimento dos principais aspectos das classes de materiais denominadas polímeros, cerâmicos e compósitos e as consequentes propriedades decorrentes, além da apresentação de grá�cos e aplicações desse conjunto de materiais. PROPÓSITO Conhecer as propriedades de materiais não metálicos é de suma importância para um engenheiro, por causa da variedade de aplicações requisitadas pela indústria. Além disso, muitos materiais não metálicos estão substituindo os materiais metálicos em aplicações especí�cas. PREPARAÇÃO Tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora cientí�ca. Caso não a tenha, pode utilizar a calculadora cientí�ca de seu smartfone e/ou computador. OBJETIVOS Módulo 1 Reconhecer materiais poliméricos Módulo 2 Reconhecer materiais cerâmicos Módulo 3 De�nir materiais compósitos Módulo 4 Relacionar materiais não metálicos e suas aplicações em Engenharia MATERIAIS NÃO METÁLICOS 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 3/46 AVISO: orientações sobre unidades de medida. MÓDULO 1 Reconhecer materiais poliméricos MATERIAIS POLIMÉRICOS javascript:void(0) 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 4/46 OS POLÍMEROS NA ENGENHARIA Os materiais denominados polímeros podem ser naturais ou sintéticos. Com a evolução da Engenharia de Materiais nas últimas décadas, os polímeros sintéticos passaram a ter grande utilização na Engenharia. Muitos desses polímeros substituíram alguns metais, mantendo propriedades semelhantes e, geralmente, a custo mais baixo. O automóvel atual é, na Engenharia, um exemplo em que há grande utilização de polímeros. A Figura 1 mostra o painel de um carro atual. Perceba que quase a totalidade é constituída de polímeros. Ademais, no cotidiano da sociedade é um material extensamente utilizado. Figura 1 - Utilização de polímeros na Engenharia 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 5/46 ESTRUTURA MOLECULAR DOS POLÍMEROS Em linhas gerais, os polímeros são formados por longas cadeias a partir de uma unidade de repetição (monômero ou mero). É a reação química denominada de polimerização, em que um grande número de moléculas do monômero forma uma macromolécula (polímero). A Figura 2 apresenta um polímero e, em destaque, a sua unidade de repetição. Em relação à estrutura molecular, os polímeros classi�cam-se em: Figura 2 - Polímero mostrando a unidade de repetição Clique nas barras para ver as informações. POLÍMEROS LINEARES POLÍMEROS RAMIFICADOS POLÍMEROS COM LIGAÇÕES CRUZADAS POLÍMEROS EM REDE Atenção A divisão apresentada para as cadeias moleculares é didática. Na realidade, alguns polímeros podem apresentar mais de um tipo de estrutura, sendo que uma é a predominante. POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS E TERMOFIXOS 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 6/46 Entre as várias classi�cações que os polímeros podem receber, uma delas tem como parâmetro o comportamento do polímero em elevadas temperaturas. São os polímeros termoplásticos ou os termo�xos. Os polímeros denominados termoplásticos amolecem quando aquecidos. No sentido oposto, o resfriamento leva o polímero à condição inicial. Assim, é possível, mesmo depois de processado, elevar a temperatura de um termoplástico até a fusão e depois resfriá-lo para que o polímero se solidi�que inde�nidas vezes, ou seja, esse processo é reversível. Em geral, os polímeros com estruturas lineares ou rami�cadas são termoplásticos. Além disso, podem ser conformados mecanicamente repetidas vezes, desde que reaquecidos e, por isso, a facilidade em reciclá-los. São parcialmente cristalinos ou inteiramente amorfos. Os exemplos mais comuns são polietileno, o poliestireno, o cloreto de polivinila e o politetra�uoretileno, mais conhecido como te�on. A Figura 9 apresenta placas de poliestireno utilizadas para o isolamento térmico de uma casa. Figura 9 - Placas de poliestireno para isolamento térmico. Os polímeros classi�cados como termo�xos apresentam estrutura molecular em rede ou cruzada. No processo de confecção, podem ser conformados plasticamente apenas em um estágio intermediário de sua fabricação. O produto �nal é duro e não amolece com o aumento da temperatura. Assim, não é possível a reciclagem. Caso a temperatura seja excessivamente alta, ocorre o rompimento das ligações cruzadas da estrutura molecular. É o fenômeno da degradação. Em relação aos termoplásticos, os polímeros termo�xos apresentam maior dureza, são mais resistentes ao calor, apresentam maior estabilidade dimensional, são completamente amorfos, insolúveis e infusíveis. Exemplos de polímeros termo�xos são as borrachas vulcanizadas, as resinas epóxi e as resinas fenólicas. Atenção Uma classe de polímeros é a dos elastômeros. São amorfos ou com baixo grau de cristalinidade e capazes de sofrer grandes deformações recuperáveis (elásticas). Apresentam baixo módulo de elasticidade. Exemplos são: policloropreno, borracha natural, polibutadieno, silicone, neoprene etc. 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 7/46 CRISTALINIDADE DOS POLÍMEROS Inicialmente, deve-se distinguir uma estrutura cristalina de uma amorfa. No material cristalino, há um ordenamento de longo alcance, enquanto nos materiais amorfos, inexiste, ou a ordenação é de curto alcance. Os polímeros podem ser totalmente amorfos ou parcialmente cristalinos. A cristalização é di�cultada, pois forças de baixa intensidade (Van der Waals) são as que tendem a alinhar as moléculas, além do número de moléculas ser muito grande. Por essas razões, em geral, os polímeros são parcialmente cristalinos. A Figura 10 apresenta um arranjo de cadeias moleculares de uma célula unitária do polietileno. Figura 10 - Célula unitária do polietileno. Matematicamente, é possível determinar o percentual de cristalinidade de um polímero, utilizando a equação a seguir: % cristalinidade = x 100 ρc. (ρe − ρa) ρe. (ρc − ρa) Onde: - massa especí�ca da amostra de polímero. - massa especí�ca da amostra de polímero totalmente amorfo. - massa especí�ca da amostra de polímero totalmente cristalino. ρe ρa ρc De acordo com Callister, para polímeros com cadeias lineares, a cristalização é obtida com facilidade, pois são poucas as restrições ao alinhamento das cadeias. O surgimento de rami�cações ou ligações cruzadas di�cultam a cristalização, assim como ocorre para os polímeros em rede. A Figura 11 mostra esquematicamente dois sólidos 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 8/46 com estruturas cristalina e amorfa. Figura 11 - Estruturas cristalina e amorfa. COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS POLÍMEROS Assim como ocorre para os metais, o ensaio de tração é utilizado para determinar algumas propriedades mecânicas dos polímeros, como o módulo de elasticidade, a tensão de escoamento e o limite de resistência à tração. A Figura 12 apresenta o grá�co tensão versus deformação, originado de um ensaio de tração, para três polímeros distintos. Figura 12 - Grá�co tensão versus deformações para polímeros. A partir da análise da Figura 12, é possível notar que três curvas distintas são apresentadas (A, B e C). A curva A apresenta o comportamento mecânico para um polímero frágil, com pouca deformação antes da fratura. É fácil perceber que para que opolímero sofra pequenas deformações, a tensão deve ser elevada. A curva B é típica de um polímero plástico em que ocorre uma pequena deformação elástica, seguida de uma grande deformação plástica. Na transição, ocorre o escoamento 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 9/46 A curva C é típica dos polímeros denominados elastômeros (borrachas), com alta elasticidade. É possível inferir que o elastômero sofre grandes deformações com pequeno nível de tensão aplicada. Observe o módulo de elasticidade (inclinação da curva na fase elástica) para cada curva. O elastômero apresenta valores muito baixos para o módulo de elasticidade. Já nos polímeros frágeis (curva A), o módulo de elasticidade é bem maior. TEMPERATURAS DE FUSÃO E VÍTREA As temperaturas de fusão ( )e vítrea ( ) são importantes parâmetros no estudo dos polímeros, tanto na fase de sua produção como para as condições de trabalho, em termos de temperatura. Tf TV Em sua obra, Callister a�rma que a fusão de um polímero cristalino leva a um líquido com alta desordem. Diferentemente de uma substância pura, a fusão dos polímeros ocorre em uma faixa de temperaturas. A temperatura vítrea ( ) ocorre em polímeros amorfos (vítreos) ou com algum grau de cristalinidade. Para esses polímeros no estado sólido, um aquecimento lento os amolece gradualmente até que entram em um estado “borrachoso”. Continuando o processo de aquecimento, ocorre a transformação em líquido. O processo inverso também é possível, ou seja, partindo de um polímero líquido e diminuindo-se a temperatura. A Figura 13 mostra um grá�co para três materiais distintos: um amorfo, um com algum grau de cristalinidade e, por último, um totalmente cristalino. TV 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 10/46 Figura 13 - Temperaturas de fusão e vítrea. Analisando o grá�co da �gura, infere-se que a transição vítrea é acompanhada de uma mudança no coe�ciente angular das retas. Note que, para o sólido cristalino, não ocorre essa variação angular, logo não existe a temperatura vítrea, apenas a fusão do sólido. Para os amorfos (vítreos) e semicristalinos, na temperatura vítrea há uma mudança na inclinação da reta. Em relação à temperatura em que o polímero trabalhará, é preciso conhecer as temperaturas de fusão e vítrea. Clique nas etapas a seguir. Polímeros 100% amorfos Polímeros plásticos Polímeros elastômeros Para efeito de comparação, três materiais terão suas estruturas esquematizadas nos estados líquido e sólido. O primeiro material é um polímero semicristalino (a), o segundo um polímero totalmente amorfo (b) e o terceiro um cristal líquido (c). Observe a �gura 14: 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 11/46 Figura 14 - Representação das estruturas moleculares nos estados fundidos e sólido. DEFORMAÇÃO DOS ELASTÔMEROS Como visto neste módulo, os elastômeros possuem pequeno módulo de elasticidade e, com baixas tensões aplicadas, sofrem grandes deformações. Possuem a capacidade de voltarem à sua forma original depois de cessadas as causas da deformação. A explicação é que as ligações cruzadas estão enroladas. Assim, quando um esforço mecânico externo é aplicado, elas se desenrolam e, com isso, os elastômeros sofrem grandes deformações elásticas, ou seja, com a atuação da força, as ligações se desenrolam e se alinham às cadeias lineares. A Figura 15 mostra um elastômero em duas situações: sem o carregamento externo (a) e com o carregamento externo (b). Figura 15 - Elastômeros sem e com aplicação trativa. Os elastômeros podem sofrer o processo denominado de vulcanização, que, em linhas gerais, consiste na formação de ligações cruzadas por meio de uma reação que envolve temperatura e é irreversível. Em regra, o enxofre é o elemento químico adicionado ao polímero nesse processo. A vulcanização melhora as propriedades (módulo de elasticidade, limite de resistência à tração etc.). Observe na Figura 16 o grá�co de tensão versus deformação para duas borrachas: uma com o tratamento de vulcanização e a outra não. 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 12/46 Figura 16 - Curva tensão versus deformação para borracha vulcanizada e não vulcanizada. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. Os polímeros têm vasta aplicação, desde uma sacola de supermercado no dia a dia, a peças de Engenharia, com responsabilidade, como, por exemplo, tanques de armazenamento de produtos químicos. Muitas são suas vantagens, dentre as quais o baixo peso especí�co. Sobre os polímeros, são feitas as seguintes a�rmativas: I. Os polímeros termo�xos apresentam cadeias moleculares lineares, ou seja, sem rami�cações ou ligações cruzadas. Por essa razão, apresentam grande facilidade de serem reciclados. II. Os elastômeros (borrachas) apresentam pequenos valores para o módulo de elasticidade, uma vez que pequenas deformações são alcançadas com a aplicação de tensões elevadas. III. A vulcanização é uma reação química que envolve o aquecimento, utilizada para inserir ligações cruzadas nos elastômeros. O principal elemento adicionado à cadeia polimérica é o enxofre (S). São corretas apenas a a�rmativa I.A) apenas a a�rmativa III.B) apenas as a�rmativas I e II.C) 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 13/46 Responder 2. O ensaio de tração, comum nas ligas metálicas, também é utilizado para os polímeros. Assim, a curva gerada (tensão versus deformação) possibilita o estudo mecânico dos polímeros extraindo-se algumas propriedades como o módulo de elasticidade, a tensão de escoamento e o limite de ruptura à tração. Para cada classe de polímeros, a curva apresenta pequenas especi�cidades. A seguir, têm-se duas curvas tensão versus deformação. A respeito dos polímeros A e B, é correto a�rmar que Responder apenas as a�rmativas II e III.D) apenas as a�rmativas I e III.EE) a curva A é típica de polímeros frágeis e a curva B é típica dos elastômeros.A) a curva B é típica de polímeros frágeis e a curva A é típica dos elastômeros.B) as curvas A e B são típicas de polímeros frágeis.C) as curvas A e B são típicas de elastômeros, sendo a curva A de um elastômero vulcanizado.D) as curvas A e B são típicas de elastômeros, sendo a B um elastômero vulcanizado.E) 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 14/46 MÓDULO 2 Reconhecer materiais cerâmicos MATERIAIS CERÂMICOS OS CERÂMICOS NA ENGENHARIA Entre as várias classes de materiais utilizados na Engenharia, há os cerâmicos, que, em geral, são formados pela união de materiais metálicos com não metálicos. Dessa forma, a maioria (ou totalidade) das ligações são do tipo iônica (transferência de elétrons). Nesse momento, já é possível descrever uma característica dos cerâmicos. Como foi visto, os compostos iônicos apresentam elevado ponto de fusão, ou seja, os cerâmicos suportam altas 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 15/46 temperaturas. Classicamente, há os refratários. Além dessa propriedade, outras serão apresentadas, mostrando, assim, a vasta aplicabilidade na Engenharia. A Figura 17 apresenta blocos cerâmicos refratários, com possível utilização em fornos. Figura 17 - Cerâmicos refratários. ESTRUTURA CRISTALINA DOS CERÂMICOS Em linhas gerais, os cerâmicos são formados por dois ou mais elementos que se unem totalmente por meio de ligações iônicas ou por uma mistura de ligações covalentes e iônicas. Nas iônicas, existe a transferência de elétrons entre as camadas de valência, enquanto, na covalente,ocorre o compartilhamento de elétrons. A presença percentual da ligação iônica na estrutura de um cerâmico é denominada como seu grau de ionização. Como exemplos, o apresenta 89% de grau de ionização e o SiC apenas 12%. Em sua obra, Van Vlack (2000) faz a descrição de alguns cerâmicos, citando o óxido de magnésio ( ) como um exemplo típico de cerâmico, com grande aplicabilidade como material refratário. A Figura 18 apresenta a célula unitária para o . CaF2 MgO MgO Figura 18 - Estrutura cristalina do .MgO Para materiais cerâmicos em que o grau de ionização é alto, ou seja, prevalência das ligações iônicas, existe um parâmetro entre os raios do cátion (íon positivo) e do ânion (íon negativo), isto é, que avalia a estabilidade da estrutura cristalina dos cerâmicos. Qualitativamente, a estabilidade é alcançada quando o número máximo de vizinhos do íon (cátion ou ânion) é alcançado, ou seja, o número de coordenação ( ). A Figura 19 mostra a relação , o número de coordenação e a geometria da coordenação. rc ra NC rc ra 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 16/46 A partir da análise da Figura 19, para no intervalo 0,414 a 0,732, o cátion (esfera em azul) pode ser considerado no centro de um octaedro com número de coordenação 6, ou seja, seis ânions como vizinhos. A Figura 18 é um exemplo da situação descrita. Perceba que tanto o ânion como o cátion apresentam NC igual a 6. rc ra Figura 19 - Estrutura cristalinas estáveis dos cerâmicos. Estrutura cristalina do tipo AX Nesse arranjo, os dois elementos que formam a estrutura cristalina do cerâmico são tais que a quantidade de cátions é igual à quantidade de ânions. Supondo um metal alcalino (1A), que tem 1 elétron na camada de valência, por exemplo, o sódio (Na), e um elemento do grupo dos halogênios (7A), por exemplo, o cloro (Cl), é possível inferir que a ligação é iônica bastando que um elétron do Na seja transferido para a última camada do Cl (regra do 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 17/46 octeto). Dessa forma, a proporção entre ânions e cátions será de 1:1. Conforme a�rmam Callister e Rethwisch (2016), existem várias estruturas cristalinas diferentes para o composto AX. Como regra, cada uma delas tem a denominação que assume aquela estrutura em particular. Clique nas barras para ver as informações. ESTRUTURA DO SAL-GEMA ESTRUTURA DO CLORETO DE CÉSIO ESTRUTURA DA BLENDA DE ZINCO Estrutura cristalina do tipo Considerando m ou p diferentes de 1, na formação da estrutura cristalina , o número de cátions é diferente do número de ânions, mas a estrutura continua eletricamente neutra. A relação entre os íons citados é dada por . AmXp AmXp m p Por exemplo, na estrutura (zircônia), há o dobro do número de ânions em relação ao número de cátions . Para o composto , a razão entre os raios dos íons encontra-se no intervalo 0,732 a 1, o que indica, conforme Figura 19, que o número de coordenação (NC) é igual a 8. A Figura 23 mostra a célula unitária para . Note, na Figura 23, que os ânions ( ) estão nos vértices do cubo enquanto os cátions ( ) no seu centro. ZrO2 (O −2) (Zr+4) CaF2 rc ra CaF2 F − Ca2+ Figura 23 - Célula unitária da estrutura cristalina .CaF2 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 18/46 Figura 24 - Célula unitária da estrutura cristalina de .BaTiO3 Estrutura cristalina do tipo A primeira classe de estruturas dos cerâmicos era genericamente representada por AX. É possível que existam dois cátions A e B e um ânion X. Um exemplo é o titanato de bário ( ). Essa estrutura cristalina é denominada perovskita, cuja célula unitária encontra-se esquematizada na Figura 24. Os ânions de oxigênio encontram-se nas faces do cubo, os cátions de bário nos vértices do cubo e o cátion de titânio, no centro do cubo. AmBnXp BaTiO3 ESTRUTURA CRISTALINA DOS CERÂMICOS À BASE DE SILICATOS Os silicatos são grupamentos de silício e oxigênio. O arranjo cristalino é um tetraedro em que os vértices são ocupados pelos íons de oxigênio e o íon de silício ocupa o centro do tetraedro. Note que o não é eletricamente neutro e que as ligações entre os íons são covalentes (direcionais e relativamente fortes). A Figura 25 apresenta a forma tetraédrica do . SiO−44 SiO−44 SiO−44 Figura 25: Tetraedro do SiO−44 Sílica O dióxido de silício ( ), também conhecido por sílica, é formado tendo como elemento de repetição o tetraedro do silicato, visto na Figura 25. Esse arranjo tridimensional, diferentemente do silicato, apresenta-se eletricamente neutro, e a razão entre o número de ânions e o número de cátions é 2:1. Há três variações para a estrutura da SiO2 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 19/46 sílica, a saber: Quartzo Cristobalita Tridimita A Figura 26 apresenta a estrutura da cristobalita, uma das variedades polimór�cas da sílica. Figura 26 - Estrutura cristobalita. Sílica vítrea Conforme a�rmam Callister e Rethwisch (2016), a sílica vítrea apresenta o tetraedro do como unidade de repetição, mas com um alto grau de desordem. As estruturas para a sílica vítrea e para a cristalina são apresentadas (bidimensionalmente) esquematicamente na Figura 27. SiO−44 Figura 27 - Estruturas para as sílicas cristalina (a) e vítrea (b). A partir da análise da Figura 27, é possível perceber o tetraedro do . No caso (a), sílica cristalina, percebe-se o ordenamento de longo alcance e, no caso (b), o desordenamento, ainda que tendo o mesmo elemento de repetição. SiO−44 CARBONO 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 20/46 Utilizando-se a divisão tradicional dos materiais em metais, polímeros e cerâmicos, não é unânime a classi�cação do carbono como um cerâmico. O carbono apresenta várias formas polimór�cas, entre as quais o diamante, a gra�ta e o fulereno. O diamante nas condições ambientais é metaestável. Sua estrutura é similar à do sulfeto de zinco (blenda de zinco), exceto pelo fato de que apenas o carbono está presente. A Figura 28 mostra a célula unitária do diamante. Figura 28 - Célula unitária para o diamante. As ligações entre os átomos de carbono são covalentes e, portanto, consideradas fortes, o que explica o altíssimo ponto de fusão do diamante. Em virtude de sua estrutura cristalina, duas propriedades se destacam: a elevada dureza e a baixa condutividade elétrica. Figura 29 - Estrutura cristalina da gra�ta. A gra�ta, assim como o diamante, é formada apenas por carbonos, mas com estrutura cristalina distinta. Em relação ao diamante, é estável nas condições normais de temperatura e pressão. A disposição dos átomos de carbono na gra�ta é de multicamadas de hexágonos, como representado esquematicamente na Figura 29. De acordo com Callister e Rethwisch (2016), algumas ligações entre as camadas são do tipo Van der Waals. Muitas são suas aplicações, entre as quais destaca-se o uso como lubri�cantes, isolantes térmicos e condutores elétricos. O fulereno é um material descoberto há cerca de 35 anos, e sua estrutura é similar à de uma bola de futebol. É um poliedro formado por faces pentagonais e hexagonais, com 60 vértices que são ocupados pelos átomos de carbono. Observe a Figura 30, em que está representada a estrutura do C60. 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 21/46 Figura 30 - Estrutura para uma molécula de fulereno. PROPRIEDADES MECÂNICAS Em linhas gerais, os materiais cerâmicos, cristalinos ou não, apresentam baixíssima capacidade de deformação plástica. Em muitos, a fratura ocorre ainda na regiãoelástica. Os materiais cerâmicos são caracterizados, de uma maneira geral, com alta resistência ao cisalhamento e baixa resistência à tração. Analisando a Figura 31, é possível notar que, no ensaio de tração, a curva tensão versus deformação característica mostra a ruptura dos materiais cerâmicos sem a ocorrência (ou mínima) de deformações plásticas. É possível notar a diferença entre os módulos de elasticidades do óxido de alumínio e do vidro. Figura 31 - Curva tensão versus deformação para e para o vidro.Al2O3 O ensaio de tração é pouco utilizado para caracterizar as propriedades mecânicas dos materiais cerâmicos. Em geral, utiliza-se o ensaio de �exão. Nesse ensaio, em linhas gerais, um corpo de prova (CP) com seção reta retangular ou circular é biapoiado. Uma punção aplica uma força até que ocorra a ruptura do CP. O ensaio de �exão de três pontos é representado na Figura 32. 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 22/46 Analisando a Figura 32, é possível inferir que a face inferior do CP está sob tração enquanto a face superior encontra-se em compressão. Em geral, a resistência à compressão é cerca de dez vezes maior que a resistência à tração, para materiais cerâmicos. Dependendo da seção reta do CP, é possível determinar a resistência à �exão dos materiais cerâmicos ( ), a partir das expressões a seguir: Figura 32 - Ensaio de �exão de três pontos para materiais cerâmicos. σrf (CP retangular de dimensões b e d) (CP circular de raio R) σrf = 3.F f .L 2.b. d2 σrf = Ff .L π.R3 Onde: – é a carga aplicada na fratura. L – é a distância entre os pontos de apoios. R – raio do círculo (CPs circulares). b e d – dimensões do retângulo (CPs retangulares). Ff VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. Um ensaio de �exão de três pontos será realizado em um cerâmico, a zircônia ( ). O limite de resistência à �exão é de 900 MPa. Os corpos de prova (CPs) utilizados apresentam seção circular. A expressão para determinar a resistência à �exão é dada por: ZrO2 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 23/46 O primeiro CP apresenta raio 20% maior que o segundo e os comprimentos entre os pontos de apoio (L) são iguais para os dois corpos de prova. O ensaio é levado até a fratura dos CPs. Assim, a razão entre as cargas aplicadas para a ruptura no primeiro e no segundo CPs é igual a: Responder σrf = Ff .L π.R3 2. Os materiais utilizados na Engenharia podem ser divididos em quatro grandes grupos: os metais (ferrosos e não ferrosos), os polímeros, os cerâmicos e os compósitos. Esses materiais têm várias aplicações nos diversos ramos da Engenharia. Sobre esses materiais, são feitas as seguintes a�rmativas: I. Uma estrutura possível para os materiais cerâmicos é a AX, onde A é um cátion e X um ânion. Dentro dessa classe, existem algumas estruturas particulares, como a blenda de zinco (ZnS). II. O dióxido de silício, conhecido popularmente como sílica, é formado tendo como elemento de repetição o tetraedro do silicato e apresenta três variações: quartzo, cristobalita e tridimita. III. Os cerâmicos apresentam elevada dureza, mas em geral, antes da fratura (no ensaio de 1,000A) 1,200B) 1,440C) 1,728D) 1,800E) 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 24/46 tração), ocorre considerável deformação plástica. São corretas Responder MÓDULO 3 De�nir materiais compósitos MATERIAIS COMPÓSITOS apenas a a�rmativa I.A) apenas a a�rmativa III.B) apenas as a�rmativas I e II.C) apenas as a�rmativas II e III.D) apenas as a�rmativas I e III.E) 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 25/46 OS COMPÓSITOS NA ENGENHARIA Os materiais compósitos passaram a fazer parte dos grupos de materiais utilizados na Engenharia (metal, polímero e cerâmicos) há pouco mais de 60 anos. De maneira geral, os materiais compósitos são formados por duas fases, denominadas matriz e dispersa. Além disso, os materiais constituintes do compósito não se dissolvem um no outro. A primeira fase é contínua (matriz) e a outra fase (dispersa) encontra-se distribuída ao longo da matriz. A Figura 33 apresenta, de forma esquemática, um compósito. Note a fase dispersa com reforço na forma de �bras. Figura 33 - Representação de compósitos 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 26/46 Figura 34 - Classi�cação dos compósitos De acordo com Callister, um compósito pode ser considerado qualquer material multifásico que exibe as propriedades de ambos (sinergia). As propriedades do compósito dependem das propriedades das fases, da quantidade relativa das fases e da geometria da fase dispersa. Uma classi�cação possível para os compósitos é a seguinte: reforçados com partículas, reforçados com �bras e estrutural. A Figura 34 apresenta um pequeno esquema da classi�cação dos compósitos e suas subdivisões. COMPÓSITOS REFORÇADOS COM PARTÍCULAS Compósitos reforçados com partículas grandes É uma das classes para os compósitos reforçados por partículas (ver Figura 34). Callister e Rethwisch (2016), em sua obra, a�rmam que, na maioria desses compósitos, a fase dispersa (as partículas grandes) apresenta maior dureza que a matriz. A tensão na matriz, nas proximidades dos agregados, é parcialmente transferida a eles. Um exemplo clássico na Engenharia é o concreto, compósito em que a fase contínua (matriz) é o cimento e a fase dispersa é composta pelos agregados (areia e brita). A Figura 35 apresenta o concreto, em que é fácil perceber, antes da cura, o cimento e a brita. Figura 35 - Exemplo do compósito denominado concreto. 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 27/46 Saiba mais O concreto apresenta limite de resistência à compressão bem superior ao seu limite de resistência à tração. Uma maneira de aumentar sua resistência à tração é a inclusão, na matriz, de alguns materiais metálicos, tais como vergalhões, malhas metálicas, barra etc. Callister e Rethwisch (2016), em sua obra, descrevem outra forma de aumentar a resistência do concreto, por meio de introdução de tensões residuais no elemento estrutural. É o concreto protendido. Observe a Figura 36. Figura 36 - Concreto protendido Compósitos reforçados por dispersão Nesses compósitos, a fase dispersa é formada por �nos agregados uniformemente distribuídos na matriz. É comum a utilização em matrizes metálicas. Um dos aspectos a se destacar nesses compósitos é que a matriz e a fase dispersa, geralmente, não reagem quimicamente, nem mesmo a altas temperaturas. Assim, as propriedades do material compósito são mantidas em uma grande faixa de temperatura. De acordo com Van Vlack (2000), em sua obra, a empresa DuPont desenvolveu uma metodologia para conseguir o níquel reforçado com o óxido de tório ( ) que apresenta elevada resistência a altas temperaturas. A Figura 37 apresenta o grá�co do limite de resistência versus temperatura para três materiais: prata pura, prata reforçada com monocristais de alumina e prata reforçada por dispersão. ThO2 Figura 37 - Grá�co limite de resistência versus temperatura. É fácil perceber a diferença do limite de resistência para os dois compósitos com o aumento da temperatura. A 500°F, por exemplo, os compósitos apresentam limites de resistência cerca de cinco vezes maior do que o da prata pura. 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 28/46 COMPÓSITOS REFORÇADOS COM FIBRAS Para essa classe de compósitos, a fase dispersa é formada por �bras. Em geral, esses compósitos almejam resistênciaespecí�ca alta, demandada pela indústria aeroespacial. Como nos compósitos em geral, as propriedades das fases são importantes. No caso das �bras, outro aspecto é relevante, o seu comprimento. O denominado comprimento crítico da �bra ( ) é determinado pela seguinte expressão:lc lc = σf . d 2.τc Onde: d – diâmetro da �bra – limite de resistência à tração da �bra. – resistência da ligação matriz – �bra. O reforço proporcionado pela �bra é proporcional ao comprimento dela, ou seja, quanto maior seu comprimento, maior a sua efetividade no reforço do material. Desse modo, as �bras são classi�cadas em contínuas, quando o comprimento é cerca de 15 vezes maior que o tamanho crítico e curtas. As �bras contínuas são mais efetivas como reforço. σf τc I > 15 ⋅ lc Além do comprimento da �bra, outros fatores in�uenciam na resistência dos compósitos com a fase dispersa de �bras, a saber: orientação das �bras, concentração das �bras e distribuição das �bras. A Figura 38 apresenta algumas variações para a fase dispersa �bra: contínuas alinhadas, descontínuas ou curtas alinhadas, e curtas com distribuição aleatória. Figura 38 - Orientação das �bras na matriz de um compósito. 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 29/46 Atenção É importante ressaltar a anisotropia presente nos materiais compósitos. Se, na fabricação dos compósitos, as �bras apresentam-se alinhadas na direção longitudinal, as propriedades nessa direção serão superiores às da direção transversal. Uma �bra amplamente utilizada para a fabricação de compósitos avançados de matriz polimérica é a de carbono, pois as �bras de carbono apresentam maiores módulo especí�co e resistência especí�ca, entre todas as �bras de reforço. Comportamento mecânico de compósitos reforçados com �bras Nesse tópico, será visto o comportamento mecânico de uma �bra frágil e uma matriz dúctil, a partir do ensaio de tração convencional. A Figura 39 mostra o grá�co tensão versus deformação característico. Analisando a Figura 39, é possível perceber o comportamento frágil da �bra e o dúctil da matriz. A resistência à fratura em tração para a �bra e para a matriz e as deformações associadas estão mostradas na Figura 39. Outras propriedades podem ser extraídas do grá�co, como os módulos de elasticidade e as tensões de escoamento. Figura 39 - Grá�co tensão versus deformação para uma �bra frágil e uma matriz dúctil. 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 30/46 Percebam que, individualmente, cada um desses materiais (o da �bra e o da matriz) tem aplicações próprias. Contudo, ao serem unidas para originarem o compósito, as propriedades tornam-se intermediárias, como visto na Figura 40. A partir do ensaio de tração do compósito, formado pela matriz e pelas �bras citadas anteriormente, constrói-se o diagrama tensão versus deformação, que é superposto aos da �bra e da matriz. É possível notar que o compósito tem um módulo de elasticidade maior que o da matriz, porém menor que o da �bra. No estágio denominado I, a �bra e a matriz estão se deformando elasticamente. No estágio II, a �bra continua a se deformar elasticamente, mas a matriz inicia a deformação plástica. Em geral, o compósito inicia a sua falha com a fratura das �bras que ocorrem conforme as imagens 39 e 40, em . Figura 40 - Grá�co tensão versus deformação de um compósito reforçado com �bras. εf COMPÓSITOS ESTRUTURAIS Essa classe de compósitos é representada por dois tipos principais: os laminados e os painéis- sanduíche. A constituição desses compósitos pode ser de materiais homogêneos e de materiais compósitos, e suas propriedades dependem não somente das propriedades dos materiais constituintes, mas também da geometria dos elementos estruturais. Compósitos laminados São formados por lâminas com direções preferenciais. Ocorre o empilhamento das camadas com mudança na orientação. Por exemplo, uma camada na direção longitudinal, a próxima defasada de etc. As camadas são unidas e formam um único material com uma característica a ser destacada: a resistência do compósito laminado não é alta em apenas uma direção preferencial. Ocorre nas orientações em que as camadas foram sendo superpostas. A Figura 41 apresenta, esquematicamente, um compósito laminado em que as lâminas são colocadas, alternadamente, nas direções longitudinal e transversal. 300 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 31/46 Figura 41 - Compósito estrutural laminado. Figura 42 - Seção transversal de um compósito estrutural painéis - sanduíche. Compósitos painéis-sanduíche A partir da obra do autor Callister e Rethwisch (2016), essa classe de compósitos é utilizada como vigas ou painéis de baixo peso, com rigidez e resistência altas. Em linhas gerais, os compósitos painéis-sanduíche apresentam um núcleo e duas camadas externas (faces). Como regra, as faces são constituídas de materiais com rigidez e resistência relativamente altas, enquanto o núcleo é de material leve e apresenta baixo módulo de elasticidade. Para as faces, ligas de alumínio, aço, titânio etc. são normalmente utilizadas, conferindo alta rigidez e resistência à estrutura. Para o núcleo, resinas epóxi, madeira e colmeias. Observe, na Figura 42, um desenho esquemático do compósito estrutural painéis-sanduíche em que são destacados o núcleo e as faces. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. Os compósitos são formados por dois materiais distintos apresentando duas fases: a matriz e a dispersa. Uma das possibilidades é que o compósito seja formado por uma matriz polimérica e reforçado com �bras. A respeito desse tema, são feitas as seguintes a�rmativas: I. Supondo uma matriz dúctil e uma �bra frágil, o compósito irá falhar quando as �bras iniciarem a fratura. II. Considerando a matriz dúctil e a �bra frágil, o compósito apresentará, por exemplo, 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 32/46 módulo de elasticidade intermediário entre o da matriz e o da �bra. III. O principal objetivo de um compósito de matriz dúctil e �bra frágil é que a deformação plástica do compósito seja, pelo menos, igual à deformação plástica da matriz. São corretas as a�rmativas Responder 2. Nas últimas décadas, os materiais compósitos têm aumentado sua participação em aplicações aeroespaciais, em razão das características resultantes das propriedades combinadas dos materiais constituintes. Sobre esse tema, são feitas as seguintes a�rmativas. I. Os compósitos estruturais do tipo painéis-sanduíche são formados por duas faces externas coladas sobre o núcleo, que pode ser de espumas poliméricas, madeira ou colmeia, e apresentam, como principais características, elevada rigidez à �exão e baixa densidade. II. A isotropia está presente nos materiais compósitos, ou seja, independentemente da direção, as propriedades apresentam valores relativamente iguais. III. Os compósitos em que a fase dispersa é formada por �bras geralmente apresentam resistência especí�ca alta. No caso da fase dispersa de �bras, o seu comprimento é importante. Fibras curtas são mais e�cientes que �bras longas. São corretas as a�rmativas apenas a a�rmativa I.A) apenas a a�rmativa II.B) apenas as a�rmativas I e II.C) apenas as a�rmativas II e III.D) apenas as a�rmativas I e III.E) apenas a a�rmativa I.A) apenas a a�rmativa II.B) apenas a a�rmativa III.C) 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 33/46 Responder MÓDULO 4 Relacionar materiais não metálicos e suas aplicações em Engenharia MATERIAIS NÃO METÁLICOS E SUAS APLICAÇÕES EM ENGENHARIA. apenas as a�rmativas I e II.D) apenas as a�rmativas I e III.E) 19/06/2023,21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 34/46 APLICAÇÕES DOS MATERIAIS CERÂMICOS No módulo 2, descrevemos algumas propriedades relevantes dos materiais cerâmicos. Geralmente, suas propriedades são distintas das outras classes de materiais (metais, polímeros e compósitos). Por exemplo, o alto ponto de fusão dos cerâmicos os destacam para a utilização a altas temperaturas, como o revestimento externo do ônibus espacial que �ca submetido a altas temperaturas em sua reentrada na atmosfera terrestre. A Figura 43 apresenta de maneira esquemática a classi�cação de acordo com sua aplicabilidade. Figura 43 - Classi�cação do cerâmicos em função de sua aplicabilidade. 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 35/46 Vidros São formados por silicatos não cristalinos com adição de alguns óxidos, sendo os mais comuns e . Pelo fato de ter fabricação simples e alta transparência, os vidros têm aplicações bem cotidianas: lentes para óculos, travessas culinárias, �bras de vidro etc. Observe as imagens 44 e 45. CaO Na2O Figura 44 - Aplicação de vidros – lentes. Figura 45 - Fibras de vidro. Vidrocerâmicas Em geral, vidros inorgânicos podem sofrer um tratamento térmico denominado de cristalização, tornando-se um material policristalino. A partir desse tratamento térmico, algumas características são potencializadas, entre as quais: alta resistência mecânica, baixo coe�ciente de expansão térmica, elevada resistência a altas temperaturas e capacidade dielétrica elevada. Em virtude do baixo coe�ciente de expansão térmica, as vidrocerâmicas têm baixa probabilidade de sofrerem choque térmico e, em conjunto com a alta resistência mecânica, são aplicadas em travessas culinárias que serão levadas ao forno, tampas de fogões, vidros frontais do forno, substrato para o crescimento de �lmes �nos, isolantes elétricos etc. Produtos à base de argilas A argila é uma matéria-prima abundante na natureza. Os produtos à base de argila classi�cam-se como produtos estruturais e louças brancas. Os estruturais têm aplicabilidade na construção civil e nas tubulações de esgoto. Já a classe das louças brancas é amplamente utilizada como peças sanitárias. Observe as imagens 46 e 47, em que algumas aplicações são apresentadas. 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 36/46 Figura 46 - Tijolos de argila. Figura 47 - Louças brancas. Refratários Como foi visto em módulo anterior, os cerâmicos refratários apresentam três importantes características: resistência a altas temperaturas, inércia química elevada a altas temperaturas e capacidade de isolamento térmico alta. Em função dessas propriedades, os refratários podem ser utilizados em tijolos para fornos, tetos de fornos para a produção de aços, cadinhos para aquecimento etc. Observe a Figura 48, em que refratários são utilizados em um forno. Figura 48 - Fornos com refratários. Figura 49 - Esmeril com superfície de cerâmicos. 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 37/46 Abrasivos Os cerâmicos abrasivos destacam-se mecanicamente pelas elevadas dureza e resistência ao desgaste. De acordo com Callister, essa classe de cerâmico deve possuir tenacidade elevada a �m de que as partículas abrasivas não fraturem durante a utilização. Vários são os exemplos dessa classe de materiais: o diamante, o carbeto de tungstênio, o óxido de alumínio etc. Em virtude das propriedades citadas anteriormente, tem grande aplicabilidade em discos de esmerilhamento. A Figura 49 mostra um esmeril em que a superfície apresenta material cerâmico abrasivo. Note que, durante a utilização do esmeril, altas temperaturas são alcançadas. Assim, propriedades refratárias são desejáveis. Cimentos Os cimentos inorgânicos apesentam uma série de exemplos: o cimento, gesso, cal etc. Os cimentos apresentam- se como um sólido em pó que, adicionado à água, formam uma mistura pastosa que, posteriormente, cura (enrijece). Um de seus empregos é, na fase líquida, ter alguns materiais agregados como a areia e a brita. Após a cura, o cimento é a matriz e os agregados as fases dispersas. Esse material é denominado concreto (material compósito). A Figura 50 apresenta o concreto reforçado por malhas de aços. Figura 50 - Concreto reforçado com malha de aço. 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 38/46 Cerâmicas avançadas Além das propriedades inerentes aos cerâmicos tradicionais, as cerâmicas avançadas apresentam algumas outras propriedades (elétricas, magnéticas e ópticas) que ampliam o espectro de utilização na Engenharia. Alguns exemplos de aplicações são os dispositivos microeletrônicos integrando peças tipicamente mecânicas, como engrenagens, eixos, membranas com dimensões de alguns micrômetros ( ). A Figura 51 mostra uma fotomicrogra�a realizada em um microscópio eletrônico de varredura (MEV). μm = 10−6m Figura 51 - Fotomicrogra�a de peças feitas a partir de cerâmicas avançadas. Figura 52 - Teste de airbag. Em geral, as cerâmicas avançadas são amorfas, como os carbonetos de silício. Os acelerômetros utilizados nos sistemas de airbag de automóveis apresentam essa integração, em nível micrométrico, de dispositivos eletrônicos e mecânicos. A Figura 52 mostra o teste de um airbag. Outra aplicação das cerâmicas avançadas é a confecção das esferas do rolamento, normalmente feitas de nitreto de silício .(Si3N4) Saiba mais Têmpera do vidro é um tratamento térmico em que o vidro é aquecido acima da transição vítrea, mas inferior à temperatura de amolecimento. Em seguida, ocorre um resfriamento brusco. Desse 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 39/46 modo, tensões residuais compressivas são introduzidas na superfície do vidro, di�cultando, por exemplo, o crescimento de microtrincas. Na região central, as tensões são trativas. A Figura 53 apresenta a seção transversal de um vidro temperado mostrando a distribuição de tensões residuais. Note que nas superfícies as tensões são compressivas. Figura 53 - Distribuição de tensões residuais no vidro temperado. APLICAÇÕES DOS POLÍMEROS Nos módulos anteriores, estudamos as estruturas e as propriedades dos polímeros. Em função desses parâmetros, existem várias aplicações dessa classe de material na Engenharia. Uma aplicação bastante usual é como revestimento de superfícies de peças, protegendo-as da degradação. Outra aplicação é como adesivo para a união de duas ou mais peças. Os polímeros mais utilizados para essa união são o silicone e as resinas epóxi, sendo essa união muito demandada pelas indústrias aeroespacial, automotiva e de construção. Outra característica dos polímeros muito demandada em aplicações na Engenharia é sua baixa condutividade térmica. Assim, esses materiais na forma de espuma podem ser utilizados como isolantes térmicos. A classe de polímeros avançados é representada pelo polietileno de ultra alta massa molecular, os cristais líquidos poliméricos e os elastômeros termoplásticos. O polietileno de ultra alta massa molecular tem aplicações na indústria de defesa (coletes e capacetes), como buchas, rotores de bomba etc. Os cristais líquidos poliméricos têm uma aplicação muito presente no dia a dia, que são os monitores de cristal líquido (LCD). A Figura 54 apresenta um monitor com display de cristais líquidos de polímeros. 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 40/46 Figura 54 - Aplicação dos cristais líquidos poliméricos. Figura 55 - Para-choques de um automóvel – aplicação de elastômerosplásticos. Conforme Callister, os elastômeros termoplásticos são uma classe de material polimérico que exibe, nas condições ambientes, comportamento elastomérico, mas que têm natureza termoplástica. A Engenharia aplica os elastômeros plásticos em para-choques de automóveis, em conexões elétricas, juntas, gaxetas etc. A Figura 55 mostra a aplicação dos elastômeros plásticos nos acabamentos externos de um automóvel. Atenção Kevlar é um polímero registrado pela empresa DuPont. É uma �bra sintética de aramida com resistência especí�ca muito alta. Uma das aplicações é nas blindagens. A Figura 56 apresenta um tecido de Kevlar com o dano provocado por um projétil. Figura 56 - Tecido formado por �bras de Kevlar. 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 41/46 APLICAÇÕES DOS COMPÓSITOS Em módulo anterior, foi realizado um estudo dos materiais compósitos que, em linhas gerais, são formados pela união de dois ou mais materiais em que um é a fase contínua, matriz, e o outro a fase dispersa, reforços. As matrizes do compósito podem ser de materiais metálicos, cerâmicos e poliméricos. Dessa forma, a utilização apresenta grande variabilidade. Conforme Callister, em sua obra, os cermetos são um tipo de compósito com matriz metálica e fase dispersa composta de materiais cerâmicos. É muito comum que o metal da matriz seja o cobalto (Co) e o cerâmico da fase dispersa, o carbeto de tungstênio (WC). A principal aplicação dos cermetos é para ferramentas de corte de aços com alta dureza. Esses compósitos suportam altas temperaturas geradas no corte do aço. A Figura 57 mostra as ferramentas de corte de cermeto. Figura 57 - Ferramentas de corte de compósitos (cermeto). Figura 58 - Concreto asfáltico. Como já foi estudado, o concreto e o concreto armado são compósitos com ampla utilização como elemento estrutural na construção civil. Há também o concreto asfáltico, cuja principal utilização é na pavimentação de ruas, estradas e rodovias. A Figura 58 mostra a pavimentação de uma estrada utilizando o concreto asfáltico. Compósitos com matriz polimérica reforçados com �bras de vidro, contínuas ou curtas, apresentam resistência elevada, mas a rigidez não acompanha. Desse modo, o campo de aplicação �ca reduzido, sendo suas principais aplicações nas confecções de carrocerias de carro, de cascos de barcos, de recipiente etc. A Figura 59 mostra a carroceria de um carro confeccionada com compósito de matriz polimérica e reforço de �bra de vidro. Figura 59 - Carroceria de carro feita de compósito reforçado com �bra de vidro. 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 42/46 Figura 60 - Colete balístico de compósito de �bras de Kevlar. A �bra de aramida, conhecida como Kevlar, é usada como fase dispersa para compósitos de matriz polimérica, normalmente epóxi ou poliésteres. Duas características relevantes desses compósitos são a alta tenacidade e elevada resistência ao impacto, sendo suas aplicações mais usuais a confecção de coletes balísticos, blindagens balísticas, vasos de pressão etc. A Figura 60 mostra um colete com vários projéteis retidos pelo compósito com Kevlar (cor característica amarela). Compósitos em que a matriz polimérica é fenólica têm, entre outras propriedades, a alta resistência a temperaturas elevadas. Dessa forma, a indústria aeroespacial é grande consumidora para utilização na tubeira de foguetes, em que ocorre a exaustão dos gases queimados, a altas temperaturas. Observe, na Figura 61, um foguete e a parte de exaustão dos gases. Figura 61 - Tubeiras de um foguete VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. Os vidros são cerâmicos que podem apresentar defeitos inerentes ao processo de fabricação deles. Durante sua utilização, a peça de vidro vai recebendo energia e, consequentemente, uma trinca vai crescendo e, catastro�camente, ocorre a fratura da 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 43/46 peça. Uma das maneiras de aumentar a resistência dos vidros é Responder 2. Os polímeros são macromoléculas amorfas ou com algum grau de cristalinidade. Uma parte dos polímeros são classi�cados como avançados. Sobre essa classe de polímeros, são feitas as seguintes a�rmativas. I. O polietileno de ultra alta massa molecular é um polímero avançado, com aplicação na indústria de defesa para a confecção de coletes balísticos e capacetes. II. Os cristais líquidos poliméricos são polímeros avançados recém-descobertos e que ainda não são utilizáveis na Engenharia. III. Os polímeros avançados denominados elastômeros plásticos apresentam grande utilização na indústria automobilística (para-choques, juntas e gaxetas). São corretas as a�rmativas realizar o tratamento de têmpera para que tensões residuais sejam introduzidas de tal forma que nas superfícies sejam trativas e na região central compressivas. A) realizar o tratamento de têmpera para que tensões residuais sejam introduzidas de tal forma que nas superfícies sejam compressivas e na região central trativas. B) realizar o tratamento de normalização para que tensões residuais sejam introduzidas de tal forma que nas superfícies sejam trativas e na região central compressivas. C) realizar o tratamento de normalização para que tensões residuais sejam introduzidas de tal forma que nas superfícies sejam compressivas e na região central trativas. D) realizar o tratamento de recozimento para que tensões residuais sejam introduzidas de tal forma que nas superfícies sejam trativas e na região central compressivas. E) apenas a a�rmativa II.A) apenas a a�rmativa III.B) apenas as a�rmativas I e II.C) apenas as a�rmativas II e III.D) 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 44/46 Responder CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste conteúdo, foi feita uma introdução ao estudo dos materiais não metálicos: os polímeros, os cerâmicos e os compósitos. Na primeira parte, apresentamos os materiais poliméricos, os principais tipos (linear, rami�cados e com ligações cruzadas) e a in�uência em suas propriedades. O caráter amorfo foi enfatizado, assim como a expressão matemática para determinação do percentual de cristalinidade de um polímero Na sequência, estudamos a estrutura cristalina dos materiais cerâmicos, as propriedades mecânicas e o ensaio de �exão de três pontos que dá origem a uma expressão matemática que determina a resistência do cerâmico à �exão. No módulo 3, apresentamos o material denominado compósito que, em linhas gerais, é a união de dois materiais, sendo uma fase contínua (a matriz) e a outra dispersa (os reforços). As variações para a fase dispersa foram apresentadas e, em particular, o concreto foi apresentado como um exemplo típico de cerâmicos. O estudo, por meio da curva tensão versus deformação, foi feito para uma matriz e para uma �bra e, depois, relacionando-se com o compósito formado a partir dos dois. Por �m, destacamos as principais aplicações dos polímeros, cerâmicos e compósitos na Engenharia. apenas as a�rmativas I e III.E) 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 45/46 PODCAST Agora, o especialista Julio Cesar José Rodrigues Junior fará um resumo sobre o conteúdo abordado. 0:00 7:54 REFERÊNCIAS CALLISTER, W. D.; RETHWISCH, D. G. Ciência e Engenharia de Materiais: uma Introdução. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. VAN VLACK, L. H. Princípios de Ciência dos Materiais. 13. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2000. ZOLIN, I. Materiais de construção: mecânica. 3. ed. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, 2011. EXPLORE+ Explore um pouco mais sobre as propriedades dos materiais não metálicos na indústria, lendoos seguintes artigos: Polímeros do futuro: tendências e oportunidades, de Fátima S. Cordebello Importância dos materiais cerâmicos na nossa sociedade, de Tulio Matencio. Usinabilidade de materiais compósitos poliméricos para aplicações automotivas, de Juan Carlos Horta Gutiérrez, Juan Carlos Rubio, Paulo Eustáquio de Faria e João Paulo Davim. CONTEUDISTA Julio Cesar José Rodrigues Junior https://stecine.azureedge.net/repositorio/02594/index.html 19/06/2023, 21:52 Materiais não metálicos https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7552443/temas/3/conteudos/1 46/46 Ao clicar nesse botão, uma nova aba se abrirá com o material preparado para impressão. Nel do seu navegador e clique em imprimir ou se preferir, utilize o atalho Ctrl + P. Nessa nova jane destino, direcione o arquivo para sua impressora ou escolha a opção: Salvar como PDF.
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