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1 
2 
 
 
Estimada aluna, 
Estimado aluno, 
o conteúdo programático a seguir consta do Edital Do EOAB, qualquer alteração informaremos vocês nas 
aulas. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: 1 Direito Processual do Trabalho. 1.1 Princípios. 1.2 Fontes. 1.3 
Autonomia. 1.4 Interpretação. 1.5 Integração. 1.6 Eficácia. 2 Organização da Justiça do Trabalho. 2.1 
Composição, funcionamento, jurisdição e competência de seus órgãos. 3 O Ministério Público do Trabalho. 
3.1 Organização. 3.2 Competência. 3.3 Atribuições. 3.4 Inquérito civil. 4 Competência da Justiça do 
Trabalho: em razão da matéria, das pessoas, funcional e do lugar. 4.1 Conflitos de Competência e órgão 
competente para sua decisão. 5 Partes, procuradores, representação, substituição processual, 
litisconsórcio e intervenção de terceiros. 5.1 Assistência Judiciária. 5.2 Justiça Gratuita. 5.3 Jus Postulandi. 
5.4 Mandato tácito. 6 Atos, termos e prazos processuais. 6.1 Despesas processuais. 6.2 Custas e 
emolumentos. 6.3 Comunicação dos atos processuais. 6.4 Aplicação do Direito Processual Comum na 
esfera trabalhista. 6.5 Instrução Normativa 39/16 do TST. 7. Nulidades no processo do trabalho: espécies, 
extensão, princípios e arguição. 7.1 Preclusão: conceito e espécies. 8 Dissídio individual e dissídio coletivo. 
8.1 Dissídio individual: procedimentos comum, sumário (Lei 5.584/70) e sumaríssimo. 8.2 Petição inicial: 
requisitos, emenda, aditamento, desistência e indeferimento. 8.3 Pedido. 9 Audiência. 9.1 “Arquivamento” 
e revelia. 9.2 Conciliação. Homologação de acordo extrajudicial. 9.3 Resposta do reclamado. 10 Provas: 
princípios, ônus e espécies. 10.1 Documentos: oportunidade de juntada. 10.2 Incidente de falsidade. 10.3 
Perícia: dinâmica e responsabilidade pelos honorários. 10.4 Testemunhas: quantidade, contradita, 
compromisso, acareação e multa. A figura do informante. 11 Sentença nos dissídios individuais. 11.1 
Honorários advocatícios. 11.2 Da Responsabilidade por Dano Processual. 12 Sistema recursal trabalhista. 
12.1 Princípios, procedimentos e efeitos dos recursos. 12.2 Recurso ordinário, agravo de petição, agravo 
de instrumento, embargos de declaração, recurso de revista, recurso adesivo, recurso extraordinário em 
matéria trabalhista. Recurso de Embargos no TST (CLT, artigo 894). Reclamação Constitucional e 
Correição Parcial. 12.3 Pressupostos intrínsecos e extrínsecos dos recursos. 12.4 Juízos de 
admissibilidade e de mérito do recurso. 13 Execução Trabalhista. 13.1 Execução provisória e execução 
definitiva. 13.2 Aplicação subsidiária da Lei de Execuções Fiscais. 13.3 Execução de títulos judiciais e 
extrajudiciais. 13.4 Execução contra a massa falida e a empresa em recuperação judicial. 14. Liquidação 
da Sentença. 14.1 Mandado de Citação. 14.2 Penhora. 14.3 Incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica. 14.4 Responsabilidade do sócio retirante. 14.5 Garantia do juízo. 15 Embargos à 
Execução. 15.1 Exceção de pré-executividade. 15.2 Impugnação à sentença de liquidação. 15.3 Embargos 
de Terceiro. Fraude à execução. 16 Arrematação, Adjudicação e Remição. 16.1 Execução contra a 
Fazenda Pública: precatório e requisição de pequeno valor. 17 Execução das contribuições 
previdenciárias. 18 Inquérito para apuração de falta grave. 18.1 Cabimento e prazo. 18.2 Julgamento do 
inquérito. 18.3 Natureza e efeitos da sentença. 19 Procedimentos especiais: ação de consignação em 
pagamento, ação de prestação de contas, mandado de segurança, ação monitória, Habeas Corpus e 
Habeas Data. Ação de exibição de documentos. Produção antecipada de provas. 19.1 Ação anulatória. 
Limites de atuação do judiciário no exame de cláusula coletivas. Nulidade e anulação de normas coletivas 
por inobservância dos elementos essenciais do negócio jurídico 19.2 Mediação, arbitragem e modos 
alternativos de solução de conflitos. 20 Ação civil pública. 20.1 Ação civil coletiva. 20.2 Legitimados, 
condenação genérica e liquidação individual. 20.3 Coisa julgada e litispendência. 21 Dissídio Coletivo. 21.1 
Conceito. 21.2 Classificação. 21.3 Competência. 21.4 Instauração: prazo, legitimação e procedimento. 21.5 
Sentença normativa. 21.6 Efeitos e vigência. 21.7 Extensão das decisões e revisão. 21.8 Ação de 
Cumprimento. 22 Ação rescisória no processo do trabalho. 22.1 Cabimento. 22.2 Competência. 22.3 
Fundamentos de admissibilidade. 22.4 Juízo rescindente e juízo rescisório. 22.5 Prazo para propositura. 
22.6 Início da contagem do prazo. 23 Tutelas de urgência, evidência, antecedente e cautelar no Direito 
Processual do Trabalho. 24. Processo Judicial eletrônico. 25. Lei 13.467/17 (reforma da CLT) e Instrução 
Normativa 41/18 do TST. 26. Leis 13.709/18 (Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD); 14.010/20 - Regime 
Jurídico Emergencial e Transitório das relações jurídicas de Direito Privado (RJET) no período da pandemia 
do coronavírus -Covid-19. 
 
 
UTILIZE A APOSTILA COMO COMPLEMENTO DAS AULAS! 
 
É FUNDAMENTAL QUE VOCÊ ANOTE AS INFROMAÇÕES PASSADAS EM AULA, REVISE OS 
FUNDAMENTOS UTILIZADOS NAS AULAS E RESOLVA QUESTÕES. 
3 
 
 
 
Importante relembrar o que a nossa legislação traz a respeito da aplicação subsidiária da 
legislação processual comum: 
 
*** na CLT, para fase de conhecimento, temos o art. 769: 
 
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do 
trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. 
 
*** na CLT, para fase de execução, temos o art. 889: 
 
Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não 
contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a 
cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal. 
 
 
 
1 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
O art. 111 da CF define como órgãos da Justiça do Trabalho: o Juiz do Trabalho, o Tribunal Regional do 
Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: 
I - o Tribunal Superior do Trabalho; 
II - os Tribunais Regionais do Trabalho; 
III - Juízes do Trabalho. 
 
 
A atual redação do dispositivo constitucional transcrito foi conferida pela EC 24/1999 que extinguiu os 
juízes classistas. 
Percebe-se que não se trata de órgão da Justiça do Trabalho o Supremo Tribunal Federal (STF). 
Cuidado, ainda, com dicção da CLT, art. 644. 
 
1.1 Tribunal Superior do Trabalho (TST) 
 
A composição do TST está disciplinada no art.111- A da CF. Os integrantes do TST recebem o título de 
Ministros. 
*** no CPC 2015, devem ser citados: 
 
Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as 
disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. 
 
Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos 
pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. 
§ 1o As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, relativas ao procedimento sumário e aos 
procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas e não sentenciadas até 
o início da vigência deste Código. 
§ 2o Permanecem em vigor as disposições especiais dos procedimentos regulados em outras leis, aos 
quais se aplicará supletivamente este Código. 
§ 3o Os processos mencionados no art. 1.218 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, cujo procedimento 
ainda não tenha sido incorporado por lei submetem-se ao procedimento comum previsto neste Código. 
§ 4o As remissões a disposições do Código de Processo Civil revogado, existentes em outras leis, 
passam a referir-se às que lhes são correspondentes neste Código. 
§ 5o A primeira lista de processos para julgamento em ordem cronológica observará a antiguidade da 
distribuição entre os já conclusos na data da entrada em vigor deste Código. 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) 
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO (TRT) 
JUIZ DO TRABALHO 
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L5869.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L5869.htm#art1218
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045
4 
 
 
São 27 (vinte e sete) Ministros, escolhidos entre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, 
nomeados pelo Presidente da República, após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal. 
Sendo 1/5 de advogados com mais de 10 anos de profissão e membros do MPT com mais de 10 anos 
de efetivo exercício. Os demais serão dentre juízes dos TRT’s, oriundos da carreira, indicados pelo 
próprio TST. 
O §2º Do artigo 111-A da CF traz os órgãos que funcionam junto ao TST: Escola Nacional de 
Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT) e o Conselho Superior da Justiça 
do Trabalho (CSJT). Tais órgãos também constam do art. 59, § único do Regimento Interno do TST. 
 
 
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compõe-se de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre 
brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber jurídico e 
reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do 
Senado Federal, sendo: 
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do 
Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 
94***; 
II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, 
indicados pelo próprio Tribunal Superior. 
§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: 
I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre 
outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; 
II - o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão 
administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, 
como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. 
§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação para a 
preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. 
 
***Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do 
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de 
carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva 
atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. 
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, 
nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. 
 
Há disposições sobre o TST nos artigos 690 e seguintes da CLT, que devem ser analisados à luz da CF 
e de outras leis esparsas. 
 
Especialmente merece atenção a lei 7701/88, que alterou o artigo 702 da CLT, tratando da competência 
(recursal, originária) dos diversos órgãos do TST. E, ainda, a alteração trazida pela Reforma Trabalhista 
(lei 13.467/2017): 
 
 
Art. 702 Ao Tribunal Pleno compete: 
I - em única instância: 
(...) 
 
f) estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme, pelo voto de pelo 
menos dois terços de seus membros, caso a mesma matéria já tenha sido decidida de forma idêntica por 
unanimidade em, no mínimo, dois terços das turmas em pelo menos dez sessões diferentes em cada uma 
delas, podendo, ainda, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela 
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de sua publicação no Diário Oficial; 
(...) 
 
§ 3º As sessões de julgamento sobre estabelecimento ou alteração de súmulas e outros enunciados de 
jurisprudência deverão ser públicas, divulgadas com, no mínimo, trinta dias de antecedência, e deverão 
possibilitar a sustentação oral pelo Procurador-Geral do Trabalho, pelo Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil, pelo Advogado-Geral da União e por confederações sindicais ou entidades de 
classe de âmbito nacional. 
§ 4º O estabelecimento ou a alteração de súmulas e outros enunciados de jurisprudência pelos Tribunais 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art111a.0
5 
 
 
Regionais do Trabalho deverão observar o disposto na alínea f do inciso I e no § 3o deste artigo, com rol 
equivalente de legitimados para sustentação oral, observada a abrangência de sua circunscrição 
judiciária. 
 
Porém, importante ressaltar que o TST, em maio de 2022, entendeu pela insconstitucionalidade da alínea 
“f” acima transcrita, assm como do §3º acima transcrito, autos:ArgInc-696-25.2012.5.05.0463. 
 
De acordo com o art. 65 do Regimento Interno do TST - aprovado pela Resolução Administrativa 
1295/2008- (com última alteração em, 19/04/2021), os órgãos que compõem este tribunal são: Tribunal 
Pleno, Órgão Especial, Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC), Seção Especializada em 
Dissídios Individuais (SDI, dividida em subseção 1 e 2), Turmas (em número de oito). 
 
 
1.2 Tribunais Regionais do Trabalho (TRT’s) 
 
De acordo com o art. 115 da CF os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos por um mínimo de 
sete juízes, da respectiva região, também nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros 
com mais de 30 anos e menos de 65, observando-se: 1/5 de advogados com mais de 10 anos de 
profissão e membros do MPT com mais de 10 anos; os demais serão mediante promoção de juízes 
do trabalho, por antiguidade e merecimento (forma alternada). 
 
O art, 115, § 1º da CF fala em justiça itinerante (realização de audiências e demais funções de atividade 
jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e 
comunitários). 
 
O art. 115, § 2º trata das Câmaras Regionais, para assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça 
em todas as fases do processo – principalmente porque há estados em que não existe TRT (Acre, 
Amapá, Tocantins e Roraima) 
 
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando 
possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 
trinta e menos de setenta anos de idade, sendo: 
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do 
Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 
94; 
II - os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente. 
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e 
demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de 
equipamentos públicos e comunitários. 
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras 
regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. 
 
Importante, ainda, mencionar os artigos 670 e seguintes da CLT que dispõem sobre os TRT’s e que 
devem, de toda sorte, ser analisados de acordo com a CF e outras leis. Especialmente, verifique-se o 
artigo 674 da CLT, que trata da jurisdição dos Tribunais Regionais. Devem ser consideradas, ainda, as 
Leis Complementares que alteraram as disposições. 
 
Assim, atualmente são 24 Regiões. 
 
Cuidado porque há, no entanto, um único estado, São Paulo, com dois Tribunais Regionais do Trabalho: 
TRT 2ª Região (São Paulo) e 15ª Região (Campinas). 
 
No Paraná, está instalado o TRT 9ª Região. 
 
1.3 Juízes do trabalho 
 
As varas do trabalho funcionam com um juiz titular. (Cuidado com a denominação de Junta de 
Conciliação e Julgamentoque a CLT utiliza porque os juízes classistas foram extintos com a EC 24/99, 
https://consultaprocessual.tst.jus.br/consultaProcessual/consultaTstNumUnica.do?consulta=Consultar&conscsjt=&numeroTst=696&digitoTst=25&anoTst=2012&orgaoTst=5&tribunalTst=05&varaTst=0463&submit=Consultar
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art115.0
6 
 
 
TST 
como já dito no início.) 
 
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular. 
 
Ocorre que há casos de localidades não abrangidas pela jurisdição de uma Vara do Trabalho. Nestes 
casos, os juízes de direito serão investidos de jurisdição trabalhista por lei e poderão processar e julgar 
todas as ações de competência da Justiçado Trabalho. Esta solução é dada pela própria CF, no art. 112 
e também pelo art. 668 da CLT: 
 
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua 
jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. 
 
Art. 668. Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Juntas de Conciliação e Julgamento, os 
Juízos de Direito são os órgãos de administração da Justiça do Trabalho, com a jurisdição que lhes for 
determinada pela lei de organização judiciária local. 
 
Perceba que o recurso da decisão do juiz de direito nestes casos será processado e julgado pelo Tribunal 
Regional do Trabalho. 
 
Cabe ressaltar, ainda, a súmula 10 do STJ, que trata do momento em que acaba a competência dos 
juízes de direito em matéria trabalhista: 
 
 
TST 
 
 
 
 
TRT 
 
 
 
 
 
JUIZ 
 
 
 
 
Súmula STJ - 10 - Instalada a JCJ, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria trabalhista, 
inclusive para a execução das sentenças por ele proferidas. 
 
Importante, ainda, mencionar os artigos 647 e seguintes da CLT que dispõem sobre as Varas do 
Trabalho, juízes do trabalho e que devem, de toda sorte, ser analisados de acordo com a CF e outras 
leis. Especialmente, verifique-se os artigos 652 e 653 da CLT. Finalmente, mesmo com a EC 24/99, 
 
7 
 
 
2 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
2.1 Competência Material 
 
A competência material é definida pelos pedidos, assuntos que podem estar contidos nas ações 
trabalhistas. 
O art. 114 da CF estabelece a competência material da Justiça do Trabalho. Importante destacar que tal 
dispositivo constitucional teve sua redação alterada pela EC 45/2004, a qual ampliou sobremaneira a 
competência material da Justiça do Trabalho, especialmente porque menciona que não apenas as lides 
decorrentes da relação de emprego, mas as lides decorrentes da relação de trabalho passam a ser de 
competência de tal Justiça Especializada. 
 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da 
administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre 
sindicatos e empregadores; 
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e hábeas data, quando o ato questionado envolver 
matéria sujeita à sua jurisdição; 
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, 
I, o; 
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 
VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de 
fiscalização das relações de trabalho; 
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos 
legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
§ 1º. Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. 
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, 
de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir 
o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as 
convencionadas anteriormente. 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o 
Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir 
o conflito. 
 
A incompetência em razão da matéria é absoluta, ou seja, acarreta nulidade do feito. Pode ser 
declarada pelo Juízo, de ofício e também por alegação das partes em qualquer tempo ou grau de 
jurisdição (importante lembrar que resta inviabilizada alegação somente em Recurso de Revista ante 
ausência de prequestionamento), tudo conforme art. 795, § 1º da CLT e art. 64 do CPC. Deve ser 
alegada como preliminar em sede de contestação, conforme artigo 337, II do CPC. 
 
Analisando-se o caso, pode gerar a remessa dos autos para o juízo competente (art. 795, §2º da CLT), 
quando o juiz for incompetente para todos os pedidos. Ainda, caso a incompetência seja apenas para 
um pedido ou uma parte deles, haverá extinção sem resolução do mérito destes, por ausência de 
pressupostos processual, conforme art. 485, IV do CPC. Lembre, ainda, que para a cumulação de 
pedidos, um dos requisitos é que o mesmo juízo seja competente para todos, conforme art. 327, §1º, II 
do CPC. 
 
Quanto aos temas que são de competência material da Justiça do Trabalho, de acordo com o art. 114 
da CF: 
 
Relação de trabalho é um gênero do qual a relação de emprego é espécie. Com efeito, relação de 
trabalho basicamente compreende aquele que presta serviços em favor de outrem, ou seja, a realização 
de serviços por conta alheia. 
 
Assim, a Justiça do Trabalho não mais analisa somente lides em que tenham como partes empregados 
e empregadores, ou seja, não precisam estar presentes os requisitos dos arts. 2º e 3º da CLT para que 
se possa falar em competência material da Justiça do Trabalho. 
8 
 
 
Nesta senda, são passíveis de processamento de julgamento pela Justiça do Trabalho lides em que 
figurem como parte: trabalhadores autônomos, avulsos, estagiários, representantes comerciais (no caso 
de estes serem pessoas naturais, se forem pessoas jurídicas o entendimento é de que faz parte da 
Justiça Comum), etc. 
 
Ver súmula 363 do STJ quanto a profissionais liberais: 
 
Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra 
cliente. (Súmula 363, CORTE ESPECIAL, julgado em 15/10/2008, DJe 03/11/2008) 
 
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a competência para processar e julgar ações que 
envolvam contratos de representação comercial autônoma é da Justiça Comum, e não da Justiça do 
Trabalho. A questão foi objeto do Recurso Extraordinário (RE) 606003, com repercussão geral, Tema 
550): 
 
Preenchidos os requisitos dispostos na Lei 4.886/65, compete à Justiça Comum o julgamento de 
processos envolvendo relação jurídica entre representante e representada comerciais, uma vez que não 
há relação de trabalho entre as partes. 
 
O Supremo Tribunal Federal (STF), na ADI 5625, decidiu, por maioria, pela constitucionalidade da lei 
13.352/2016, que alterou a lei 12.592/2012, a qual instituiu o contrato de parceria entre salões de beleza 
e profissionais do setor, sendo fixada a seguinte tese no julgamento, ocorrido em 28/10/2021: 
 
"1) É constitucional a celebração de contrato civil de parceria entre salões de beleza e profissionais do 
setor, nos termos da Lei 13.352, de 27 de outubro de 2016; 2) É nulo o contrato civil de parceria referido, 
quando utilizado para dissimular relação de emprego de fato existente, a ser reconhecida sempre que se 
fizerem presentes seus elementos caracterizadores". Presidência do Ministro Luiz Fux. Plenário, 
28.10.2021 (Sessão realizada por videoconferência - Resolução 672/2020/STF).Entes de direito público externo: tomar cuidado com a atual OJ 416 da SDI 1: 
 
OJ-SDI1-416 IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ORGANIZAÇÃO OU ORGANISMO INTERNACIONAL. 
(DEJT divulgado em 14, 15 e 16.02.2012) 
As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando 
amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando 
a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá 
a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. 
 
Servidores públicos: por causa de diferenças entre o texto de lei votado no Senado e o publicado, o 
STF na ADI nº 3395, entendeu que não cabe à Justiça do Trabalho processar e julgar causas instauradas 
entre o Poder Público e os servidores a ele vinculados por relação baseada no regime estatutário ou 
jurídico-administrativo. 
 
Assim, a demanda entre o Poder Público e servidor público estatutário não está inscrita na competência 
material da Justiça do Trabalho. 
 
Quanto ao caso de contratação temporária realizada pela Administração Pública, seja ela regular ou 
irregular, por regime especial previsto em lei municipal ou estadual, à luz dos artigos 114 e 37, IX, da 
CF/1988. O STF vem decidindo que também não será de competência da Justiça do Trabalho processar 
e julgar lide, porque a contratação temporária apresenta caráter administrativo, se previsto regime 
especial em lei própria. 
 
Por causa disto, o TST cancelou a OJ 205 da SBDI-1, que continha entendimento contrário a este do 
STF. 
 
Somente se mostra possível ajuizar RT contra administração pública direta ou indireta na Justiça do 
Trabalho quando os servidores estiverem a elas vinculados por relação CELESTISTA. 
https://scon.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp#TIT1TEMA0
https://scon.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp#TIT1TEMA0
http://stf.jus.br/portal/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3797518&numeroProcesso=606003&classeProcesso=RE&numeroTema=550
http://stf.jus.br/portal/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3797518&numeroProcesso=606003&classeProcesso=RE&numeroTema=550
9 
 
 
 
Não sendo relação celetista, no caso de servidor público de âmbito federal, sua ação deverá ser ajuizada 
na Justiça Federal. Quanto a servidores estaduais e municipais, a ação deve ser ajuizada na Justiça 
Comum. 
 
Assim, não esquecer: 
● servidores regidos pelo regime da CLT são de competência da Justiça do Trabalho (ver também 
Súmula 97 do STJ); 
● empresa pública e sociedade de economia mista que explorem atividades econômicas fazem parte 
do regime privado de empresas e a Justiça do Trabalho é competente para dirimir conflitos, art. 173, § 1º, 
II da CF. 
● Súmula 97 do STJ 
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar reclamação de servidor público relativamente a 
vantagens trabalhistas anteriores à instituição do regime jurídico único. 
 
Súmula 137 do STJ 
Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar ação de servidor público municipal, pleiteando 
direitos relativos ao vínculo estatutário. 
 
Súmula 218 do STJ 
Compete à Justiça dos Estados processar e julgar ação de servidor estadual decorrentes de direitos e 
vantagens estatutárias no exercício de cargo em comissão. 
 
OJ SDI 1 - 138. Competência Residual. Regime Jurídico Único. Limitação da Execução. 
Compete à Justiça do Trabalho julgar pedidos de direitos e vantagens previstos na legislação trabalhista 
referente a período anterior à Lei nº 8.112/1990, mesmo que a ação tenha sido ajuizada após a edição 
da referida lei. A superveniência de regime estatutário em substituição ao celetista, mesmo após a 
sentença, limita a execução ao período celetista. 
 
Desde logo, ainda, já devemos estar atentos quanto ao prazo prescricional para ingressar com ação 
daqueles servidores que eram regidos pela CLT e tiveram o regime jurídico alterado para estatutário. 
Deve-se contar os dois anos a partir da mudança de regime, conforme súmula 382 do TST: 
 
Súmula 382 do TST 
MUDANÇA DE REGIME CELETISTA PARA ESTATUTÁRIO. EXTINÇÃO DO CONTRATO. 
PRESCRIÇÃO BIENAL (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 128 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 
20, 22 e 25.04.2005. A transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica extinção do 
contrato de trabalho, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime. (ex-OJ nº 128 
da SBDI-1 - inserida em 20.04.1998) 
 
Ações que envolvam direito de greve: a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar 
tanto demandas coletivas (dissídio coletivo de greve, de iniciativa do sindicato patronal, empresa ou 
MPT) quanto demandas individuais (reparações de danos, ações possessórias, interditos proibitórios). 
Neste caso, importante relembrar a seguinte súmula vinculante do STF: 
 
Súmula Vinculante 23 do STF: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação 
possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa 
privada. DOU 11/12/2009. 
 
Relembre: direito de greve previsto no artigo 9º da CF e regulamentado (nas atividades privadas) pela 
lei 7783/89. 
 
Considere, ainda, a seguinte tese de repercussão geral reconhecida no STF, por exemplo no RE 
846.854: 
 
"A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a abusividade de greve de servidores 
públicos celetistas da Administração pública direta, autarquias e fundações públicas" 
 
Ações que envolvam representação sindical: entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, entre 
sindicatos e empregadores. Exemplos: ações que discutam representação sindical, cobrança de 
10 
 
 
contribuição sindical (e outras fontes de receita ou mesmo ação de consignação em pagamento destas 
verbas), ação de cumprimento. 
 
Mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, mas o ato questionado deve envolver 
matéria de jurisdição trabalhista. Exemplos: mandado de segurança em face de autuação indevida por 
fiscalização do trabalho, mandado de segurança em caso de determinação de penhora de numerário em 
execução provisória se foram indicados bens suficientes para garantia do juízo, etc. 
Lembrar da seguinte súmula vinculante do STF: 
 
Súmula Vinculante 25 do STF: É ilícita a prisão de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de 
depósito. DOU 23/12/2009. 
 
Conflito de competência: o art. 114, V disciplina que a Justiça do Trabalho deve analisar conflitos de 
competência de órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvando o disposto no art. 102, I, o da CF. 
Quanto às hipóteses de conflito de competência no CPC: 
 
Art. 66. Há conflito de competência quando: 
I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes; 
II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência; 
III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos. 
Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a 
atribuir a outro juízo. 
 
O primeiro é caso de conflito positivo e o segundo de conflito negativo. A CLT se refere a tais casos 
como conflitos de jurisdição, observe-se: 
 
Art. 804, CLT. Dar-se-á conflito de jurisdição: 
a) quando ambas as autoridades se considerarem competentes; 
b) quando ambas as autoridades se considerarem incompetentes. 
 
Art. 803, CLT. Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre: 
a) Juntas de Conciliação e Julgamento e Juízes de Direito investidos na administração da Justiça do 
Trabalho; 
b) Tribunais Regionais do Trabalho; 
c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária; 
 
De acordo com o art. 805 da CLT, podem suscitar conflito de competência os próprios juízos e tribunais, 
o Ministério Público do Trabalho (enquanto parte ou fiscal da lei), partes interessadas (pessoalmente ou 
por seus representantes). Quanto a esta última, se ela já tiveroposto exceção de incompetência (em 
peça apartada ou mesmo por preliminar na contestação), nos termos do art. 806 da CLT, não poderá 
mais suscitar o conflito. 
Os conflitos de competência originados entre os órgãos da Justiça do Trabalho serão solucionados pelas 
normas contidas na própria CLT: 
 
Art. 808, CLT. Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão resolvidos: 
a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre Juízos de Direito, ou entre uma e outras, 
nas respectivas regiões; 
b) pelo Tribunal Superior do Trabalho, os suscitados entre Tribunais Regionais, ou entre Juntas e Juízos 
de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes; 
c) Revogado pelo Decreto Lei 9.797, de 1946 
d) pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as autoridades da Justiça do Trabalho e as da 
Justiça Ordinária. 
 
Assim, continuam valendo as duas primeiras alíneas, pois tratam de conflitos entre órgãos que integram 
a Justiça do Trabalho, neles incluído o juiz de direito investido de jurisdição trabalhista. 
Destaque-se, ainda, a súmula 420 do TST, que fala da inexistência de conflito de competência quanto 
de está diante de regra de hierarquia funcional: 
 
COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO NEGATIVO. TRT E VARA DO TRABALHO DE IDÊNTICA 
REGIÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO. 
11 
 
 
Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele 
vinculada. 
 
A solução neste caso da súmula é regida pela hierarquia funcional e não por conflito de competência 
porque este, em verdade, não existe no caso mencionado. 
A última alínea (“d”) do art. 808 da CLT, no entanto, deve ser analisada em conjunto com a Constituição, 
por causa do disposto no art. 114, V parte final. 
Com efeito, a CLT regulamenta os conflitos de competência entre os órgãos da Justiça do Trabalho. No 
entanto, quando o conflito de competência ocorre com um órgão da Justiça do Trabalho e um órgão da 
Justiça Ordinária a solução vem dos arts. 102, I, alínea “o”, e 105, I alínea “d”, da CF: 
 
Art. 102, CF. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo- 
lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais 
Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; 
 
Art. 105, CF. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no Art. 102, I, (o), bem 
como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; 
 
 
 
 
Quadro esquemático deste assunto: 
 
 
 
 
Conflito estabelecido entre: Quem decide: 
 
Conflito entre duas Varas do Trabalho no âmbito do mesmo Regional; 
Conflito entre juiz do trabalho e juiz de direito investido da jurisdição trabalhista 
no âmbito do mesmo Regional; 
TRT 
(Art. 808, “a”, CLT) 
 
Conflito entre dois TRT’s; 
Conflito entre duas Varas do Trabalho no âmbito de Regionais diferentes; 
Conflito entre juiz do trabalho e juiz de direito investido da jurisdição trabalhista 
no âmbito de Regionais diferentes; 
TST 
(Art. 808, “b”, CLT) 
 
Conflito entre juiz do trabalho e juiz de direito; 
Conflito entre juiz do trabalho e juiz federal; 
Conflito entre TRT e juiz federal; 
Conflito entre TRT e juiz de direito. 
STJ 
(Art. 105, I, “d”, CF) 
 
Conflito entre TST e STJ; 
Conflito entre TST e TRF; 
Conflito entre TST e TJ. 
STF 
(Art. 102, I, “o”, CF) 
 
Observe-se, ainda, o processamento do conflito de competência, de acordo com o artigo 809 da CLT, 
especialmente a possibilidade de sobrestamento do feito caso exista conflito positivo. 
 
Ações de indenização por danos morais e materiais decorrentes da relação de trabalho. Neste caso 
12 
 
 
não se encaixam apenas os acidentes de trabalho, mas também outras situações em que possa haver 
dano moral e material, tal como assédio moral, assédio sexual, afronta aos direitos da personalidade em 
geral. 
Ressalte-se que muitas ações que envolviam estas indenizações já vinham sendo processadas na 
Justiça do Trabalho antes mesmo da EC 45/2004. Ocorre que outras tantas ações estavam sendo 
processadas fora da Justiça Especializada. Assim, o STF entendeu que o marco para se saber se a ação 
processada fora da Justiça do Trabalho seria remetida para esta é a sentença, ou seja, se ainda não 
havia sentença de mérito em primeiro grau quando da EC 45, a demanda deveria ser remetida para a 
Justiça do Trabalho. Aquelas demandas já sentenciadas, no entanto, deveriam então permanecer na 
Justiça em que iniciaram o processamento. 
Lembrar da seguinte súmula vinculante do STF: 
 
Súmula Vinculante 22 do STF. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar a ação de 
indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes das relações de trabalho propostas por 
empregado contra empregador, inclusive aquelas que não possuíam sentença de mérito em 
primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional 45/2004. DOU de 11/12/2009. 
 
Súmula 392 do TST, atual redação: 
 
DANO MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO 
TRABALHO (redação alterada em sessão do Tribunal Pleno realizada em 27.10.2015) - Res. 200/2015, 
DEJT divulgado em 29.10.2015 e 03 e 04.11.2015 
Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para 
processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, 
inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos 
dependentes ou sucessores do trabalhador falecido. 
 
Não esquecer da indenização a que pode ser condenado o empregador caso não forneça ao empregado 
as guias necessárias ao seguro desemprego, conforme súmula 389 do TST: 
 
SEGURO-DESEMPREGO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. DIREITO À INDENIZAÇÃO 
POR NÃO LIBERAÇÃO DE GUIAS Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador 
tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-desemprego. 
II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-desemprego 
dá origem ao direito à indenização. 
 
Ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de 
fiscalização das relações de trabalho. Neste caso, são processadas perante a Justiça do Trabalho 
não somente ações que tenham como objetivo invalidar penalidades administrativas, mas também as 
execuções das multas decorrentes de tais autuações. 
Muito cuidado com o artigo 642 da CLT. 
Ver, no entanto, relativamente à ação de executivo fiscal, a Lei de execução Fiscal (LEF - relembre o 
disposto no artigo 889 da CLT) - 6830/80. 
 
Relembre: quando houver autuação do empregador pela fiscalização do trabalho (auditor fiscal do 
trabalho - denominação e atribuições - lei 10593/2002), é possível se falar em processo administrativo: 
Veja a questão do critério da dupla visita, consoante artigo 627 da CLT. Sobre a autuação e o documento 
“Livro de Inspeção do Trabalho” (obrigatório para o empregador), verifique os artigos 628 e 629 da CLT. 
O prazo para defesa do autuado é de dez dias, previsto no artigo 629, § 3º da CLT. Nesta defesa, podem 
ser requeridas, pelo autuado, audiência de testemunhas e outras diligências que julgar necessárias, 
contudo, de acordo com o artigo 632 da CLT, a autoridade competente avaliará a necessidade de tais 
provas. 
De acordo com os artigos 635 e 636 da CLT, de toda decisão que impuser multa ao autuado, caberá 
recurso no prazo de 10 dias (CORRIDOS). 
PARA INTERPOSIÇÃO DESTE RECURSO, NÃO É NECESSÁRIO PAGAMENTO DA MULTA OU DE 
QUALQUER OUTRO VALOR, CONFORME SÚMULA 424 DO TST E SÚMULA VINCULANTE 21 DO 
STF (assim, cuidado com o artigo 636, § 1º da CLT!!!). Se o infrator renunciar ao recurso,terá desconto 
13 
 
 
de 50% no valor da multa, que deverá ser recolhida no mesmo prazo de 10 dias, conforme artigo 636, § 
6º da CLT. O recolhimento será por guia DARF. 
Finalmente, de acordo com o artigo 633 da CLT, os prazos de defesa e recurso poderão ser prorrogados, 
conforme despacho da autoridade competente, quando o autuado residir em localidade diversa daquela 
onde se encontrar a autoridade. 
 
 
A execução das contribuições sociais, ou seja, a Justiça do Trabalho é competente para executar, de 
ofício as contribuições sociais decorrentes das sentenças que proferir. 
Sobre este assunto, importante mencionar a Súmula 368 do TST e o art. 876, § único da CLT. 
 
 
SUM-368 DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS. IMPOSTO DE RENDA. COMPETÊNCIA. 
RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO. FORMA DE CÁLCULO. FATO GERADOR 
(aglutinada 
a parte final da Orientação Jurisprudencial nº 363 da SBDI-I à redação do item II e incluídos os itens IV, 
V e VI em sessão do Tribunal Pleno realizada em 26.06.2017) - Res. 219/2017, republicada em razão de 
erro material – DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017 
I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A 
competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às 
sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que 
integrem o salário de contribuição. (ex-OJ nº 141 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998). 
II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e fiscais, 
resultantes de crédito do empregado oriundo de condenação judicial. A culpa do empregador pelo 
inadimplemento das verbas remuneratórias, contudo, não exime a responsabilidade do empregado pelos 
pagamentos do imposto de renda devido e da contribuição previdenciária que recaia sobre sua quota- 
parte. (ex-OJ nº 363 da SBDI-1, parte final) 
III – Os descontos previdenciários relativos à contribuição do empregado, no caso de ações trabalhistas, 
devem ser calculados mês a mês, de conformidade com o art. 276, § 4º, do Decreto n º 3.048/1999 que 
regulamentou a Lei nº 8.212/1991, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite 
máximo do salário de contribuição (ex-OJs nºs 32 e 228 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 
14.03.1994 e 20.06.2001). 
IV - Considera-se fato gerador das contribuições previdenciárias decorrentes de créditos trabalhistas 
reconhecidos ou homologados em juízo, para os serviços prestados até 4.3.2009, inclusive, o efetivo 
pagamento das verbas, configurando-se a mora a partir do dia dois do mês seguinte ao da liquidação (art. 
276, “caput”, do Decreto nº 3.048/1999). Eficácia não retroativa da alteração legislativa promovida pela 
Medida Provisória nº 449/2008, posteriormente convertida na Lei nº 11.941/2009, que deu nova redação 
ao art. 43 da Lei nº 8.212/91. 
V - Para o labor realizado a partir de 5.3.2009, considera-se fato gerador das contribuições 
previdenciárias decorrentes de créditos trabalhistas reconhecidos ou homologados em juízo a data da 
efetiva prestação dos serviços. Sobre as contribuições previdenciárias não recolhidas a partir da 
prestação dos serviços incidem juros de mora e, uma vez apurados os créditos previdenciários, aplica- 
se multa a partir do exaurimento do prazo de citação para pagamento, se descumprida a obrigação, 
observado o limite legal de 20% (art. 61, § 2º, da Lei nº 9.430/96). 
VI – O imposto de renda decorrente de crédito do empregado recebido acumuladamente deve ser 
calculado sobre o montante dos rendimentos pagos, mediante a utilização de tabela progressiva 
resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se refiram os rendimentos pelos valores 
constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do recebimento ou crédito, nos termos 
do art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22/12/1988, com a redação conferida pela Lei nº 13.149/2015, observado 
o procedimento previsto nas Instruções Normativas da Receita Federal do Brasil. 
 
Art.876, CLT ... 
Parágrafo único. A Justiça do Trabalho executará, de ofício, as contribuições sociais previstas na 
alínea a do inciso I e no inciso II do caput do art. 195 da Constituição Federal, e seus acréscimos legais, 
relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e dos acordos que 
homologar. 
 
Perceba-se que a Súmula fala em contribuições sociais sobre as parcelas decorrentes de condenação 
em pecúnia, o que foi corroborado com a Reforma Trabalhista. 
 
Ainda antes da Reforma, o STF (RE 569056) já havia se pronunciado, entendendo que a competência, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art195i
14 
 
 
neste caso, somente se refere ao objeto da condenação oriunda das sentenças proferidas pela Justiça 
do Trabalho. Assim, não devem ser executadas as contribuições sociais sobre os salários já pagos 
durante o vínculo reconhecido na Justiça do Trabalho. 
 
Súmula vinculante 53: 
“A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal alcança a 
execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das 
sentenças que proferir e acordos por ela homologados.” (DOU 23/06/2015) 
 
Sobre este assunto, veja ainda: 
 
SÚMULA 454 TST - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. EXECUÇÃO DE OFÍCIO. 
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO (SAT). ARTS. 
114, VIII, E 195, I, "A", DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. Compete à Justiça do Trabalho a execução, 
de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de 
contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, "a", da CF), pois se destina ao 
financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho 
(arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991). 
(antiga OJ 414 da SDI 1 do TST) 
 
Cuidado com os seguintes §§ do art. 832 da CLT: 
 
Art. 832 - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação 
das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão. 
§ 1º - Quando a decisão concluir pela procedência do pedido, determinará o prazo e as condições para o 
seu cumprimento. 
§ 2º - A decisão mencionará sempre as custas que devam ser pagas pela parte vencida. 
§ 3o As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza jurídica das parcelas 
constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive o limite de responsabilidade de cada 
parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso. 
§ 3º-A. Para os fins do § 3º deste artigo, salvo na hipótese de o pedido da ação limitar-se expressamente 
ao reconhecimento de verbas de natureza exclusivamente indenizatória, a parcela referente às verbas de 
natureza remuneratória não poderá ter como base de cálculo valor inferior: 
I - ao salário-mínimo, para as competências que integram o vínculo empregatício reconhecido na decisão 
cognitiva ou homologatória; ou 
II - à diferença entre a remuneração reconhecida como devida na decisão cognitiva ou homologatória e 
a efetivamente paga pelo empregador, cujo valor total referente a cada competência não será inferior ao 
salário-mínimo. 
§ 3º-B Caso haja piso salarial da categoria definido por acordo ou convenção coletiva de trabalho, o seu 
valor deverá ser utilizado como base de cálculo para os fins do § 3º-A deste artigo. 
§ 4o O INSS será intimado, por via postal, das decisões homologatórias de acordos que contenham 
parcela indenizatória, sendo-lhe facultado interpor recurso relativo às contribuições que lhe forem devidas. 
§ 4o A União será intimada das decisões homologatórias de acordos que contenham parcela indenizat 
ória, na forma do art. 20 da Lei no 11.033, de 21 de dezembro de 2004, facultada a interposição de recu 
rso relativo aos tributos que lhe forem devidos. 
§ 5o Intimada da sentença, a União poderá interpor recurso relativo à discriminaçãode que trata o § 3o 
deste artigo. 
§ 6o O acordo celebrado após o trânsito em julgado da sentença ou após a elaboração dos cálculos de 
liquidação de sentença não prejudicará os créditos da União. 
§ 7o O Ministro de Estado da Fazenda poderá, mediante ato fundamentado, dispensar a manifestação da 
União nas decisões homologatórias de acordos em que o montante da parcela indenizatória envolvid a 
ocasionar perda de escala decorrente da atuação do órgão jurídico. 
 
 
 
Outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho. Neste caso, permanece o art. 652, a, III da 
CLT (conflitos entre contratos de empreitada em que o empreiteiro seja artífice ou operário), também a 
previsão da súmula 300 do TST (cadastramento no PIS). 
 
Súmula 300. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. CADASTRAMENTO NO PIS (mantida) - 
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L11033.htm#art20
15 
 
 
empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS). 
 
A QUESTÃO DO JULGAMENTO, PELO STF, DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 586453: 
No dia 20/2/2013, o STF julgou o Recurso Extraordinário (RE) 586453 e afirmou que cabe à Justiça 
Comum julgar processos decorrentes de contratos de previdência complementar privada. Como a 
matéria teve repercussão geral reconhecida, o entendimento passa a valer para todos os processos 
semelhantes que tramitam nas diversas instâncias do Poder Judiciário – sobretudo na Justiça do 
Trabalho. 
No mesmo julgamento, o STF decidiu também modular os efeitos da decisão e definiu que continuam na 
Justiça do Trabalho todos os processos que já tiveram sentença de mérito proferida até a data do 
julgamento. Só os processos que ainda não tenham sido julgados em primeiro grau deverão ser 
remetidos para a Justiça Comum. O ministro Lelio Bentes citou também outro precedente do STF no 
mesmo sentido, o ARE 658823, do ministro Ricardo Lewandowski. 
O argumento do Supremo Tribunal Federal para afastar a competência da Justiça Trabalhista foi o de 
que a origem do pagamento de complementação de proventos pela entidade fechada de previdência foi 
um contrato de trabalho já extinto pela própria aposentadoria. Ressaltou-se também que não existe 
relação de emprego entre o beneficiário e a entidade previdenciária privada, apesar de o ex-empregador 
ser o seu garantidor, que justifique a atuação da Justiça Trabalhista. Isso porque o vínculo entre o 
associado e a entidade privada está disposto em regulamento (artigo 202, parágrafo 2º, disciplinado pelo 
artigo 68 da Lei Complementar 109/2001). 
A decisão foi unânime. 
Fonte: < http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/id/4712214> 
Após, o TST atualizou a sua súmula 288, que assim entende: 
Súmula nº 288 do TST COMPLEMENTAÇÃO DOS PROVENTOS DA APOSENTADORIA (nova redação 
para o item I e acrescidos os itens III e IV em decorrência do julgamento do processo TST-E-ED-RR-235- 
20.2010.5.20.0006 pelo Tribunal Pleno em 12.04.2016) - Res. 207/2016, DEJT divulgado em 18, 19 e 
20.04.2016 
I - A complementação dos proventos de aposentadoria, instituída, regulamentada e paga diretamente 
pelo empregador, sem vínculo com as entidades de previdência privada fechada, é regida pelas normas 
em vigor na data de admissão do empregado, ressalvadas as alterações que forem mais benéficas (art. 
468 da CLT). 
II - Na hipótese de coexistência de dois regulamentos de planos de previdência complementar, instituídos 
pelo empregador ou por entidade de previdência privada, a opção do beneficiário por um deles tem efeito 
jurídico de renúncia às regras do outro. 
III – Após a entrada em vigor das Leis Complementares nºs 108 e 109, de 29/05/2001, reger-se-á a 
complementação dos proventos de aposentadoria pelas normas vigentes na data da implementação dos 
requisitos para obtenção do benefício, ressalvados o direito adquirido do participante que anteriormente 
implementara os requisitos para o benefício e o direito acumulado do empregado que até então não 
preenchera tais requisitos. 
IV – O entendimento da primeira parte do item III aplica-se aos processos em curso no Tribunal Superior 
do Trabalho em que, em 12/04/2016, ainda não haja sido proferida decisão de mérito por suas Turmas e 
Seções. 
 
 
Competência Normativa - Poder Normativo: criar normas (pelas sentenças normativas nos dissídios 
coletivos) que serão aplicadas junto às categorias profissionais e econômicas, respeitando-se o mínimo 
de legislação protetiva trabalhista já existente. Previsto no artigo 114, § 2º da CF, não é ilimitado, 
conforme súmula 190 do TST. 
 
Súmula 190 do TST. PODER NORMATIVO DO TST - CONDIÇÕES DE TRABALHO - 
INCONSTITUCIONALIDADE - DECISÕES CONTRÁRIAS AO STF 
Ao julgar ou homologar ação coletiva ou acordo nela havido, o Tribunal Superior do Trabalho exerce o 
poder normativo constitucional, não podendo criar ou homologar condições de trabalho que o Supremo 
Tribunal Federal julgue iterativamente inconstitucionais. 
 
Este poder Normativo pode ser exercido pelos TRT’s ou pelo TST, conforme a competência funcional 
para processar e julgar os dissídios coletivos (TRT art. 678, I, a da CLT e TST art. 2º, I, a da lei 7701/88). 
 
http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/id/4712214
16 
 
 
Falência e Recuperação Judicial - empregador - parte em ação trabalhista (nesta condição desde o 
início da ação ou no curso desta) - competência da Justiça do Trabalho é para processar até a apuração 
do respectivo crédito, que posteriormente será inscrito no quadro geral de credores. Tudo conforme 
previsto no artigo 6, § 2º da lei 11.101/2005. 
Lembre que a falência é caso de prioridade na tramitação de feitos perante a Justiça do Trabalho, 
conforme art. 652, § único e 768 da CLT. 
 
Cartórios Extrajudiciais - artigo 236 da CF reza que os serviços notariais e de registro serão exercidos 
em caráter privado, por delegação do Poder Público. Sobre este tema, ver também artigo 20 da lei 
8935/94. (Não esqueça de estudar, em Direito Material, a sucessão neste caso, pois embora o assunto 
seja polêmico, há posicionamento demonstrado pela banca em exames anteriores.) 
 
 
 
 
 
 
2.2 Competência Territorial 
 
Também chamada de competência em razão do lugar ou mesmo ratione loci, refere-se a atuação 
geográfica de determinado órgão jurisdicional. A CLT tem regra específica sobre o assunto, 
consubstanciada no art. 651. 
Trata-se de competência relativa, que se não alegada no primeiro momento em que o réu apresentar 
sua resposta, será prorrogada. Deve ser apresentada em peça apartada, a denominada “exceção de 
incompetência em razão do lugar”, o que se depreende da redação do caput dos arts. 799 e 800 da CLT. 
 
A regra geral da competência territorial na Justiça do Trabalho é o local da prestação de serviços, 
consoante caput do art. 651 da CLT: 
 
Art. 651. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o 
empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado 
noutro local ou no estrangeiro. 
 
Se o empregado laborou em diversos lugares, em geral é preferível como competente o último. Perceba- 
se que prevalece a Vara do Trabalho do local da prestação de serviços, mesmo que esta seja diferente 
daquela que detém a competência territorial no local de residência do empregado. 
 
Os parágrafos deste mesmo dispositivo trazem as exceções a esta regra geral. 
 
Primeira exceção: empregado agente ou viajante comercial. 
 
§ 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade 
em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será 
competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
 
Assim, em se tratando de agente ou viajante comercial, a primeira opção será a Varado Trabalho do 
local em que o empregador tenha agência ou filial em relação a qual o empregado esteja subordinado. 
A segunda opção, ou seja, não existindo agência ou filial, competente será a Vara do Trabalho em que 
o empregado tenha domicílio ou, ainda, a mais próxima do domicílio. 
 
Segunda exceção: empregado brasileiro que trabalha no estrangeiro. 
 
§ 2º. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos 
dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja 
convenção internacional dispondo em contrário. 
 
Assim, o empregado brasileiro pode propor a ação, decorrente de lides ocorridas em agência ou filial no 
estrangeiro, no Brasil, desde que não haja convenção internacional em sentido contrário. 
 
Proposta ação no Brasil, importante lembrar que nos dissídios por causa de relação no exterior a regra 
17 
 
 
processual é a brasileira (artigo 763 da CLT e artigo 16 do CPC), e a regra material será a do local da 
execução do contrato, mas naquilo que a legislação de proteção brasileira for mais benéfica, esta será 
a aplicada. Tudo com base nos artigos 1º, 3º caput e inciso II da lei 7064/82. 
 
Art. 1º. Esta Lei regula a situação de trabalhadores contratados no Brasil ou transferidos por seus 
empregadores para prestar serviço no exterior. 
(...) 
Art. 3º. A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-lhe-á, 
independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços: 
I - os direitos previstos nesta lei; 
II - a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não for incompatível com o 
disposto nesta lei, quando mais favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas e em 
relação a cada matéria. 
Parágrafo único. Respeitadas as disposições especiais desta lei, aplicar-se-á a legislação brasileira 
sobre Previdência Social, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Programa de 
Integração Social (PIS/PASEP). 
 
Especificamente quanto ao FGTS, deve ser lembrada a OJ 232 da SDI 1 do TST. 
 
OJ-SDI1-232 FGTS. INCIDÊNCIA. EMPREGADO TRANSFERIDO PARA O EXTERIOR. 
REMUNERAÇÃO. Inserida em 20.06.01 
O FGTS incide sobre todas as parcelas de natureza salarial pagas ao empregado em virtude de prestação 
de serviços no exterior. 
 
Em 16/04/2012 FOI CONCELADA A SÚMULA 207 DO TST, QUE TRATAVA DESTE TEMA. 
Se for invocada a lei material estrangeira, a parte deve provar sua vigência, nos termos do CPC. 
 
Art. 337. A parte, que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, provar-lhe-á o 
teor e a vigência, se assim o determinar o juiz. 
 
Terceira exceção: empresa que promove atividades fora do lugar da contratação 
 
§ 3º. Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de 
trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no 
da prestação dos respectivos serviços. 
 
Se o empregador contrato o empregado numa localidade, mas promove atividades noutras localidades 
que não esta da contratação, o empregador pode optar entre propor a demanda no local da prestação 
de serviços ou no local da contratação. 
 
Para ação civil pública, lembrar: 
 
OJ-SDI2-130 AÇÃO CIVIL PÚBLICA. COMPETÊNCIA. LOCAL DO DANO. LEI Nº 7.347/1985, ART. 2º. 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, ART. 93 (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno 
realizada em 14.09.2012) – Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
I – A competência para a Ação Civil Pública fixa-se pela extensão do dano. 
II – Em caso de dano de abrangência regional, que atinja cidades sujeitas à jurisdição de mais de uma 
Vara do Trabalho, a competência será de qualquer das varas das localidades atingidas, ainda que 
vinculadas a Tribunais Regionais do Trabalho distintos. 
III – Em caso de dano de abrangência suprarregional ou nacional, há competência concorrente para a 
Ação Civil Pública das varas do trabalho das sedes dos Tribunais Regionais do Trabalho. 
IV – Estará prevento o juízo a que a primeira ação houver sido distribuída. 
 
Ressalta-se que no Processo do Trabalho não se admite o denominado foro de eleição (arts. 62 e 63 do 
CPC), ou seja, as partes não podem convencionar qual seria o local competente para processamento e 
julgamento da lide, porque as regras quanto à competência territorial são de ordem pública, fixadas no 
interesse do empregado. 
 
2.3 Funcional 
 
Também denominada competência em razão da função, é fixada em razão das atribuições conferidas 
18 
 
 
aos órgãos jurisdicionais. Podemos citar como exemplo o artigo 44 do CPC e aqueles artigos da CLT e 
da Lei 7701/88 citados nos subitens 1.1, 1.2 e 1.3 da presente apostila. Especialmente: veja os artigos 
652, 653 e 659 da CLT quanto às Varas do Trabalho; os artigos 678, 680 e 682 (alterações da EC 24/99 
e lei 5584/70) da CLT quanto aos TRT’s; lei 7701/88 e RI TST quanto ao TST. 
Esta competência pode ser vertical ou horizontal. No primeiro caso, envolve as diferentes hierarquias 
entre os órgãos jurisdicionais, sendo exemplo a competência recursal). A horizontal envolve órgãos de 
mesmo grau de jurisdição, sendo exemplos a execução da sentença, o cumprimento de cartas 
precatórias, etc. 
 
 
 
 
2.4 Causas de Modificação da Competência 
 
Competência material é absoluta, portanto não se mostra passível de modificação. Relembre-se, apenas, 
da regra do artigo 43 do CPC, bem como da súmula 10 do STJ, já citada na presente apostila. Na Justiça 
do Trabalho, pode ser modificada a competência por prorrogação, prevenção, conexão e continência. 
Não há espaço para modificação da competência pelo valor da causa (este importa, quanto aos ritos 
processuais, para se falar em recursos). Ver artigo 54 do CPC. 
No caso de prorrogação, trata-se da competência em razão do lugar (do foro) que, se não oposta exceção 
de incompetência territorial pelo réu no momento oportuno, prorroga-se. Vide artigo 65 do CPC e 799/800 
da CLT. 
A conexão está definida no artigo 55 do CPC, referindo-se a duas demandas que tenham objeto ou causa 
de pedir em comum. Trata-se de modificação de competência que deriva do princípio da economia 
processual, evitando-se também decisões contraditórias sobre um assunto em comum. A reunião de 
feitos, portanto, pode ser determinada de ofício pelo juiz, ou ainda ocorrer a requerimento das partes, 
conforme artigos 57 e 337, VIII do CPC. O artigo 57 do CPC, ainda, prevê que a reunião de ações 
conexas é possível quando para decidi-las de forma simultânea. 
A continência, por sua vez, está definida no artigo 56 do CPC, tratando-se de ações idênticas quanto às 
partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, porque mais amplo, abrange o das demais. A reunião 
de feitos pode ser determinada de ofício pelo juiz, ou ainda ocorrer a requerimento das partes, conforme 
artigos 57 e 337, VIII do CPC. O artigo 57 do CPC, ainda, prevê que a reunião de ações é possível 
quando para decidi-las de forma simultânea. 
A prevenção ocorre de acordo com o artigo 59 do CPC, e o critério previsto neste artigo é o registro ou 
distribuição da ação trabalhista nestes casos. 
 
Art. Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o 
disposto nesta Seção. 
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de 
pedir. 
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver 
sido sentenciado. 
§ 2o Aplica-se o disposto no caput: 
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; 
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo. 
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de 
decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles. 
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas)ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e 
à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. 
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo 
relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão 
necessariamente reunidas. 
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas 
simultaneamente. 
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. 
(...) 
Art. 61. A ação acessória será proposta no juízo competente para a ação principal. 
19 
 
 
3 RITOS NO PROCESSO DO TRABALHO – CONCILIÇÃO – RESPOSTA DO RÉU 
 
Os ritos, os procedimentos no Processo do Trabalho são fixados em função do valor da causa na data 
do ajuizamento da ação. O valor da causa é verificado a partir de múltiplos do salário mínimo 
nacionalmente unificado. 
 
Ver súmula 356 do TST (lícito falar de valor da causa com base em salários mínimos) e, ainda, a súmula 
71 do TST (valor da causa - salário mínimo do ajuizamento da ação). 
 
São três ritos: 
 
** Sumário – até 2 salários mínimos na data do ajuizamento da ação 
– lei 5584/1970 
 
** Sumaríssimo – acima de 2 e até 40 salários mínimos na data do ajuizamento da ação (lembre-se de 
que na prova pode aparecer somente acima de 40 salários mínimos, segundo exata letra de lei) 
– art. 852-A e seguintes da CLT 
 
** Ordinário – acima de 40 salários mínimos na data do ajuizamento da ação 
– art. 837 e seguintes da CLT 
 
Salário mínimo 2022 - R$ 1.212,00 
Sumário até R$ 2.424,00 
Sumaríssimo de R$ 2.424,01 até R$ 48.480,00 
Ordinário a partir de R$ 48.480,01 
 
 
 
3.1 Rito Sumário 
 
O procedimento sumário tem previsão na Lei 5.584/70, ou seja, não está disciplinado na CLT. Definido 
pelas demandas que possuem até dois salários mínimos na data de seu ajuizamento. Estas causas são 
denominadas também de “causas de alçada” e se percebe pelas disposições legais que a principal 
finalidade é assegurar maior celeridade no trâmite processual. 
De acordo com o art. 2º, § 3º da Lei 5584/70, quando o valor da causa não exceder a dois salários 
mínimos, será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar na Ata a conclusão do juízo 
quanto à matéria de fato. 
De acordo com o § 4º do mesmo artigo da lei, exceto se versarem sobre matéria constitucional, não 
caberá nenhum recurso das sentenças proferidas nas ações sujeitas a esse procedimento, considerando 
o salário mínimo vigente na data de ajuizamento da ação. 
Havendo matéria constitucional, portanto, caberá a interposição de Recurso Extraordinário, que será 
apreciado pelo STF. 
 
Art. 2º ... 
§ 3º. Quando o valor fixado para a causa, na forma deste artigo, não exceder de 2 (duas) vezes o salário 
mínimo vigente na sede do Juízo, será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar da Ata 
a conclusão da Junta quanto à matéria de fato. 
§ 4º. Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças proferidas 
nos dissídios da alçada a que se refere o parágrafo anterior, considerado, para esse fim, o valor do salário 
mínimo à data do ajuizamento da ação. 
 
A previsão quanto à possibilidade de interposição de Recurso Extraordinário está no artigo 102, III, da 
CF/88: 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
... 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a 
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decisão recorrida: 
 
No mesmo sentido, tem-se a súmula 640 do STF: 
 
Súmula 640, STF. É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas 
causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal. 
 
Perceba-se que o inciso III do art.102 da CF menciona “causas decididas em única ou última instância”. 
Relembre-se que o STF não é órgão da Justiça do Trabalho, nos termos do art. 111 da CF, já tratado e, 
portanto, o recurso em questão, não se trata de recurso trabalhista. 
No rito sumário, o processo pode ser impulsionado de ofício pelo juiz, de acordo com o art. 4º da Lei 
5584/1970: 
 
Art. 4º. Nos dissídios de alçada exclusiva das Juntas e naqueles em que os empregados ou 
empregadores reclamarem pessoalmente, o processo poderá ser impulsionado de ofício pelo juiz. 
 
No procedimento sumário, diferente do que ocorre com o sumaríssimo, não existe vedação na lei quanto 
a figurar como parte a administração pública. Em não havendo regra quanto à procedimentos de 
audiências, aplica-se subsidiariamente as regras do rito ordinário. 
 
3.2 Sumaríssimo 
 
O rito sumaríssimo foi incluído na CLT pela Lei 9957/2000, tendo trazido os seguintes artigos: 852-A até 
852-I, 895, § 1º, I e II, 895, § 2º, 896, § 6º e 897-A. 
As causas que tramitarem pelo rito sumaríssimo serão apenas dissídios individuais e terão o valor acima 
de 2 e no máximo de 40 salários mínimos na data do ajuizamento da ação. De acordo, ainda, com 
expressa disposição legal, não podem ser parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 
 
Art. 852-A, CLT. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente 
na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. 
Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a 
Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 
 
Neste conceito de Administração Direta, compreende-se o Poder Executivo da União, dos Estados 
e dos Municípios. 
Quanto à Administração Indireta, o art. 4º, II do Decreto-Lei 200/67 cita: autarquias, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, fundações públicas. 
Observe-se que a CLT já excluiu como parte as autarquias e fundações. Assim, as empresas públicas 
e sociedades de economia mista podem ser partes em ações que tramitarem pelo rito sumaríssimo, isto 
porque elas exploram atividade econômica e são personalidades jurídicas de direito privado. 
Diante do exposto o rito sumaríssimo não se aplica a dissídios coletivos. 
Cuidado porque muitas vezes, na prova, a banca não menciona que rito sumaríssimo tem valor da causa 
superior a 2 e até 40 salários mínimos na data do ajuizamento da ação. Assim, se vier uma assertiva 
somente mencionando valor da causa inferior a 40 salário mínimos, certamente estará se referindo a rito 
sumaríssimo!!! 
 
O art. 852-B traz regras relevantes quanto à petição inicial da ação que tramitar sob o rito sumaríssimo: 
 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; 
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do 
reclamado; 
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, 
podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de 
Conciliação e Julgamento. 
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no 
arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa. 
§ 2º As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do 
processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de 
21 
 
 
comunicação. 
Pelo inciso I, verifica-se que os pedidos devem ser líquidos, ou seja, devem apresentar valor na petição 
inicial. Pelo inciso II, o autor da demanda deve indicar o correto nome e endereço do reclamado, 
pois não se permite citação por edital. O descumprimento de tais determinações acarretará arquivamento 
do feito e condenação do reclamante ao pagamento de custas, estas calculadas sobre o valor da causa, 
nos exatos termos do § 1º do dispositivo acima transcrito. 
Assim, o juiz, de acordo com a CLT, nãodeverá conceder prazo para emenda à inicial caso verifique 
descumprimento das regras mencionadas. 
A audiência é tipicamente UNA, o que significa que a demanda será instruída e julgada em audiência 
única. Quando iniciar a audiência, o juiz deverá tentar a conciliação entre as partes e, ainda, pode 
tentar esta conciliação em qualquer outra fase da audiência. 
Todas as provas deverão ser produzidas na audiência, ainda que não requeridas previamente. 
Sobe os documentos apresentados por uma parte, a outra parte deverá se manifestar 
imediatamente, ou seja, oralmente, salvo absoluta impossibilidade ou a critério do juiz. 
Serão duas testemunhas, no máximo, para cada parte, as quais deverão comparecer à audiência 
independentemente de intimação. A intimação da testemunha somente ocorrerá se for 
comprovado o convite desta, caso em que o juiz adiará, também, a audiência. Se a testemunha for 
intimada e mesmo assim não comparecer, o juiz poderá determinar sua condução coercitiva. 
A prova técnica somente será deferida se a prova do fato o exigir ou então se for legalmente imposta. O 
juiz fixará o prazo, o objeto da perícia e nomeará perito. Quando da apresentação do laudo, as partes 
serão intimadas para se manifestar no prazo comum de cinco dias. 
 
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob 
a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o 
titular. 
 
Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, 
considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, 
impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência 
comum ou técnica. 
 
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação e 
usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da 
audiência. 
 
Art. 852-F. Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos essenciais, as afirmações 
fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas pela prova testemunhal. 
 
Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir no 
prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão decididas na sentença. 
 
 
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não 
requeridas previamente. 
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte 
contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz. 
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e 
julgamento independentemente de intimação. 
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. 
Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. 
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica, 
incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito. 
§ 5º (VETADO) 
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias. 
§ 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo 
de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa. 
 
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes 
ocorridos em audiência, dispensado o relatório. 
§ 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins 
sociais da lei e as exigências do bem comum. 
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§ 2º(VETADO) 
§ 3º As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que prolatada. 
 
 
Já aproveitando o assunto, não esqueça das previsões quanto: a Recurso Ordinário no Rito 
Sumaríssimo, art. 895, §1º da CLT; a Recurso de Revista, art. 896, §9º da CLT; e Embargos, súmula 458 
do TST. 
 
3.3 Ordinário 
 
As regras quanto ao rito ordinário basicamente estão dispostas nos arts. 763 e seguintes da CLT. 
A audiência pode ser UNA ou mesmo comportar divisões, por exemplo: audiência de conciliação ou 
inicial, audiência de instrução, audiência de julgamento. Vide, por exemplo, arts. 841, 845, 849, 851, etc, 
todos da CLT.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/2000/Mv0075-00.htm
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4 TRÂMITES PROCESSUAIS 
 
4.1 Atos, Termos e Prazos 
 
O ato processual é um ato jurídico que ocorre no decorrer do processo. Ver CLT a partir do artigo 770. 
Quanto à publicidade, a CLT estabelece no art. 770 que atos são públicos, salvo casos em que o 
interesse social for outro, e que serão realizados nos dias úteis, das 6 às 20h, mas o mesmo 
dispositivo preleciona que a penhora mandado pode ser cumprida pelo Oficial de Justiça em domingo 
ou feriado, se isso constar expressamente do mandado. 
 
Art. 770. Os atos processuais serão públicos, salvo quando o contrário determinar o interesse social, e 
realizar-se-ão nos dias úteis das 6 às 20 horas. 
Parágrafo único. A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização 
expressa do. juiz ou presidente. 
 
Cuidado com este parágrafo único, porque ele já apareceu em segunda fase como pergunta, referindo- 
se às alegações de embargos à execução. 
A partir do art. 771 da CLT, disciplina-se como devem ser realizados os atos e termos processuais. 
 
Art. 771. Os termos e atos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a carimbo. 
 
Art. 772. Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quando 
estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de duas 
testemunhas, sempre que não houver procurador legalmente constituído. 
 
Art. 773. Os termos relativos ao movimento dos processos constarão de simples notas, datadas e 
rubricadas pelos secretários ou escrivães. 
 
Os arts. 777 e 778 trazem regras sobre a formação dos autos dos processos e também que este somente 
poderão sair das secretarias se solicitados por advogado regularmente constituído por qualquer das 
partes ou ainda quando forem remetidos aos órgãos competentes em caso de recurso ou quando forem 
requisitados. 
 
Art. 777. Os requerimentos e documentos apresentados, os atos e termos processuais, as petições ou 
razões de recursos e quaisquer outros papéis referentes aos feitos formarão os autos dos processos, os 
quais ficarão sob a responsabilidade dos escrivães ou secretários. 
 
Art. 778. Os autos dos processos da Justiça do Trabalho não poderão sair dos cartórios ou secretarias, 
salvo se solicitados por advogado regularmente constituído por qualquer das partes, ou quando tiverem 
de ser remetidos aos órgãos competentes, em caso de recurso ou requisição. 
 
A consulta aos autos, nas secretarias, pode ser realizada pelas partes ou seus procuradores. 
 
Art. 779. As partes, ou seus procuradores, poderão consultar, com ampla liberdade, os processos nos 
cartórios ou secretarias. 
 
O desentranhamento de documentos acontece após findo o processo. 
 
Art. 780. Os documentos junto aos autos poderão ser desentranhados somente depois de findo o 
processo, ficando traslado. 
 
As certidões podem ser requeridas pelas partes, referindo-se a processos em trâmite ou ainda em 
relação aos já arquivados. Mas se o processo correr em segredo de justiça, dependem de despacho do 
juiz. 
 
Art. 781. As partes poderão requerer certidões dos processos em curso ou arquivados, as quais serão 
lavradas pelos escrivães ou secretários. 
Parágrafo único. As certidões dos processos que correrem em segredo de justiça dependerão de 
despacho do juiz ou presidente. 
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A CLT, ainda, utiliza a palavra “notificação” como sinônimo de

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