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RADIOPROTEÇÃO (1)

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RADIOPROTEÇÃO 
 
 
 
 
2 
NOSSA HISTÓRIA 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 4 
2. Proteção Radiológica ....................................................................................................................... 7 
2.1.1 Efeitos Biológicos ................................................................................................................ 9 
2.1.2 Equipamentos de Proteção Radiológica ............................................................................ 10 
2.1.3 Unidade de Terapia Intensiva Neonatal ............................................................................ 11 
2.1.4 Processo de Trabalho da Enfermagem com o uso das Técnicas Radiológicas .................. 12 
3. A HISTÓRIA DA MEDICINA NUCLEAR............................................................................................. 15 
3.1.1 Atuação dos enfermeiros (as) na medicina nuclear .......................................................... 16 
3.1.2 Radioproteção e os Riscos do profissional de enfermagem na medicina nuclear ............ 18 
4. CUIDADOS DE RADIOPROTEÇÃO PARA O ATENDIMENTO AOS PACIENTES.................................. 21 
4.1.1 Delimitação das áreas quentes, mornas e frias ................................................................ 21 
5. NOÇÕES DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA ......................................................................................... 23 
5.1.1 Conceito de Proteção Radiológica .................................................................................... 23 
5.1.2 Proteção Radiológica do Ecossistema ............................................................................... 24 
5.1.3 Avaliação de Impacto Ambiental....................................................................................... 24 
5.1.4 NORM e TENORM.............................................................................................................. 25 
6. PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA..................................................................................... 26 
6.1.1 Otimização ......................................................................................................................... 26 
6.1.2 Classificação das áreas de trabalho ................................................................................... 27 
7. SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA .......................................................................................................... 29 
7.1.1 Sistema de triagem de público .......................................................................................... 30 
7.1.2 O plano de proteção radiológica ....................................................................................... 31 
7.1.3 Responsabilidade do supervisor de proteção radiológica ................................................ 32 
7.1.4 Procedimentos operacionais ............................................................................................. 33 
7.1.5 O símbolo da radiação ....................................................................................................... 33 
8. CLASSIFICAÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS ............................................................................... 36 
Referências ............................................................................................................................................ 37 
 
 
 
 
4 
1. INTRODUÇÃO 
 
O processo de trabalho na área da saúde é realizado por diversas categorias 
profissionais, dentro das quais se encontra a enfermagem. A Enfermagem é uma 
profissão que possui significativo contingente de profissionais atuando em diversos 
lugares e desenvolvendo as mais variadas funções dentro da área da saúde. 
A atuação dos enfermeiros na área de radiodiagnóstico partiu principalmente 
da necessidade de cumprir o que determina a resolução do Conselho Federal de 
Enfermagem (COFEN) nº 347/2009 esta resolução determina que sempre que houver 
ações de enfermagem sendo executadas, é indispensável a presença e 
responsabilidade de um enfermeiro no local. 
A competência do Enfermeiro em radioterapia, medicina nuclear e serviços 
por imagem estão estabelecido na Resolução do COFEN nº 211/98 destacando entre 
outras funções a de planejar, organizar, supervisionar, executar e avaliar todas as 
atividades de Enfermagem, baseados em uma metodologia assistencial de 
Enfermagem; participar de programas de garantia da qualidade em serviços que 
utilizam radiação ionizante, de forma setorizada e global; proporcionar condições para 
o aprimoramento dos profissionais de Enfermagem atuantes na área, através de 
cursos e estágios em instituições afins; registra informações e dados estatísticos 
pertinentes à assistência de Enfermagem, ressaltando os indicadores de 
desempenho, interpretando e otimizando a utilização dos mesmos e manter 
atualização técnica e científica de manuseio dos equipamentos de radioproteção, que 
lhe permita atuar com eficácia em situações de rotina e emergenciais, visando 
interromper e/ou evitar acidentes ou ocorrências que possam causar algum dano 
físico ou material. 
A enfermagem radiológica é especialidade da enfermagem relacionada ao 
cuidado do usurário ou ocorrências que possam causar algum dano físico ou material. 
A enfermagem radiológica é a especialidade da enfermagem relacionada ao 
cuidado do usuário submetido a procedimentos diagnósticos e terapêuticos nos 
Serviços de Radiologia e Diagnóstico por Imagem - (OPAS). 
Esta especialidade vem sofrendo grandes modificações desde a descoberta 
dos raios X por Roentgen, em 1895. A radiação X tem sido aplicada em grande escala 
 
 
5 
na área da saúde para fins terapêuticos e diagnóstico, contribuindo para o 
desenvolvimento tecnológico da área da saúde e qualidade de vida dos pacientes e 
usuários. Devido a estas transformações e o crescimento da atuação da enfermagem 
ao longo dos anos é necessário o aperfeiçoamento técnico – científico, sendo 
imprescindível a qualificação da enfermagem para atuar com conhecimento, 
segurança e qualidade em seu processo de trabalho nessa especialidade. 
Em decorrência de uma demanda de atendimentos a pacientes com 
necessidade cada vez mais complexas, é exigido do setor de saúde a incorporação 
de novas tecnologias e formas de organização do trabalho. Porém, esta nova 
configuração pode contribuir para o adoecimento dos profissionais decorrente da 
exposição insegura a riscos ocupacionais. 
Os fatores de riscos ocupacionais, de acordo com a Organização Pan-
Americana de Saúde (OPAS), são classificadosem químicos, biológicos, 
ergonômicos, psicossociais, mecânicos, de acidentes e físicos. Os agentes físicos 
englobam diversas formas de energia a que possam estar expostos os profissionais, 
tais como vibração, pressão, ruído, temperaturas extremas, radiações não ionizantes 
e radiações ionizantes. 
Os raios X são ondas eletromagnéticas de alta frequência, que têm grande 
poder de penetração. Podem ionizar átomos e moléculas podendo ocasionar diversas 
alterações e possíveis mutações que são potencialmente capazes de causar 
neoplasias e principalmente a morte celular (OKUNO, 2013). 
Devido às diversas descobertas e manuseios da radiação, houve 
transformações na área da saúde, tendo como exemplo o aprimoramento das 
tecnologias diagnósticas, na qual fez com que esse aumento de exposição à radiação 
ionizante bem como o aumento das neoplasias crescesse pelo os diversos tipos de 
tecnologias que foram desenvolvidas provocando possíveis danos à saúde devido ao 
uso indiscriminado da radiação, tendo em conta que a radiologia diagnóstica é fonte 
principal desse avanço (KHORY, 2010). 
Conforme Filipov (2013), foram necessários 30 anos desde a descoberta dos 
raios X, para que se criasse um órgão responsável por todas as questões envolvendo 
proteção radiológica as questões relacionadas à radiação ionizante, bem como para 
desenvolver equipamentos de proteção radiológica, protocolos para medir níveis de 
 
 
6 
radiação e cuidados ao trabalhar com a radiação ionizante. Devido a essa 
preocupação, no ano de 1928, foi estabelecida a Comissão Internacional de Proteção 
Radiológica (ICRP – International Commission on Radiological Protection) tendo como 
objetivo principal informar e demonstrar procedimentos padronizados de proteção 
para os indivíduos sem limitar os benefícios através da exposição à radiação. 
De acordo com Huhn et al. (2013), em determinados hospitais, as unidades 
de terapias intensivas neonatais possuem aparelhos de raios X móveis, nas quais 
muitos dos profissionais da Enfermagem possuem pouco conhecimento sobre as 
normas de proteção radiológica e muitos têm medo, tendo como consequência a 
negação em auxiliar os profissionais das técnicas radiológicas durante os exames. 
A pesquisa de Flôr e Kirchhof (2006) mostram que os profissionais de 
enfermagem se expõem às radiações ionizantes, principalmente por desconhecerem 
as recomendações previstas na legislação. Deve-se ressaltar que esses profissionais 
da enfermagem não possuem em sua matriz curricular assunto referente à proteção 
radiológica ou mesmo sobre a radiação ionizante, seus benefícios e efeitos. Aqueles 
que conhecem sobre proteção radiológica e a importância do auxílio aos profissionais 
da radiologia adquirem este conhecimento na prática durante os exames de imagens 
realizados no setor. 
Essa atitude pode ser justificada pelo conhecimento fragilizado que os 
profissionais de enfermagem possuem acerca das tecnologias radiológicas e os riscos 
da exposição à radiação ionizante. [...] constata-se que, para adentrar o serviço, não 
é valorizado o conhecimento específico relacionado às tecnologias radiológicas, mas 
sim saberes de cunho técnico da profissão, os quais são específicos e inerentes à 
práxis da enfermagem. Ressalta-se que a maioria dos trabalhadores não pode 
escolher o setor de atuação. (DE MELO et al, 2015, p. 804). 
Por meio da sensibilização dos profissionais de enfermagem sobre a proteção 
radiológica, tem-se buscado medidas para obter segurança no uso da radiação x, para 
assim garantir imagens de qualidade e, principalmente, a proteção dos pacientes e 
dos trabalhadores ocupacional mente expostos às radiações ionizantes (GOMES, 
2012). 
 
 
 
 
7 
2. PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 
 
Conforme Alves (2005), a proteção radiológica é um conjunto de medidas que 
determinam como proteger os profissionais e o público em geral dos efeitos da 
exposição à radiação ionizante. 
Para estabelecer meios de proteção aos trabalhadores foram criadas 
organizações internacionais como a International Commission on Radiological 
Protection (ICRP) e aInternational Commission on radiation Units and Measurements 
(ICRU) para definir grandezas de medidas da radiação e estabelecer limites máximos 
de dose para os trabalhadores e público em geral. 
No Brasil, estas normas ficaram a cargo do Instituto de Pesquisas Radioativas 
IRP (1952) e posteriormente da Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN (1956) 
a qual criou portarias e normas preventivas quanto à utilização e uso de materiais 
radioativos (SANTOS, 2008). 
A principal Portaria que cita a importância da proteção radiológica é a de 
número 453/98, a qual tem como regulamento técnico as diretrizes básicas da 
proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico. Tal documento 
dispõe sobre o uso dos raios X diagnósticos em todo o território nacional e ressalta a 
importância de desenvolver formas adequadas para controlar os riscos físicos da 
radiação ionizante, tanto na parte operacional, quanto na minimização da dose nos 
pacientes (BRASIL, 2005). 
Existe, também, a Norma Regulamentadora (NR) 32 que determina diretrizes 
básicas para o uso das medidas de proteção radiológica na segurança dos 
trabalhadores dos serviços de saúde, bem como com aqueles que exercem atividades 
de assistência à saúde em geral (ALVES, 2016). 
A Portaria nº 453/98 tem como princípio básico de proteção radiológica a 
justificativa da prática, a otimização e a limitação das doses. 
Justificação é o princípio básico da proteção radiológica que estabelece que 
qualquer exposição à radiação deve ser justificada para que o benefício seja maior 
que qualquer risco saúde pela exposição à radiação[...]. A otimização segue o 
princípio de ALARA (AS Low As Reasonably Achievable), que informa que toda 
 
 
8 
realização a exposição deve acontecer desde que as doses no indivíduo sejam tão 
baixas, que quase são imperceptíveis (BRASIL,1998). 
Conforme a Portaria nº 453, de 1º de junho de 1998, do Ministério da Saúde 
do Brasil, o princípio da limitação de doses determina que para pacientes, 
acompanhantes e para os profissionais da área da saúde expostos à radiação 
ionizante, todos devem seguir as normas de tal maneira que nem a dose efetiva e 
nem a dose equivalente nos órgãos ou tecidos de interesse, ultrapassem o limite de 
dose anual determinada (BRASIL,1998)de acordo com as três grandezas físicas 
responsáveis em medir a radiação que são: exposição, dose absorvida e dose 
equivalente conforme mostra a Quadro 1. 
Quadro 1-Limites Anuais de Doses Efetivas e Equivalentes 
 
Fonte: Comissão Nacional de Energia Nuclear (2014). 
Conforme Tauhata (2003) é possível controlar e, até mesmo, minimizar as 
radiações ionizantes resultantes de fontes externas seguindo três princípios básicos: 
1. tempo 
2. distância 
3. blindagem 
Sendo que a dose de radiação deve ser diretamente proporcional ao tempo 
de exposição do indivíduo e inversamente proporcional ao quadrado da distância da 
fonte de radiação. Em certas situações, especialmente quando se trabalha com altos 
níveis de radiação, se faz necessário o uso de um dispositivo de blindagem para que 
haja a proteção necessária conforme as regras da comissão nacional de energia 
nuclear. 
Existem algumas precauções que podem ser tomadas para limitar os riscos e 
prevenir acidentes os próximos itens abordam essas formas. 
 
 
9 
2.1.1 Efeitos Biológicos 
 
Após muitos anos de uso de procedimentos radiológicos nas unidades de 
saúde, realizar um exame de raios X é algo corriqueiro, tornando-se um procedimento 
padrão. Entretanto, seu uso intensivo não significa o pleno domínio de suas técnicas 
e efeitos. Dentre alguns dos primeiros efeitos decorrentes observados em razão do 
uso inapropriado da radiação ionizante estão eritema de pele e em alguns casos 
cânceres radio induzidos. Algumas pesquisas realizadas sobre o assunto demonstramo desconhecimento, tanto de pacientes como de muitos profissionais da área da 
saúde, sobre os possíveis efeitos biológicos e procedimentos de segurança 
necessários para a realização deste tipo de exame. 
Para Dauter et al.(2011), o entendimento que as pessoas têm acerca deste 
exame podem ser provenientes de diferentes fontes, incluindo a qualidade da 
informação dada ao público em geral sobre suas reais consequências ou, ainda, a 
compreensão apresentada queé resultante da associação da palavra radiação com 
eventos com armas e/ou acidentes nucleares como os casos de Chernobyl e 
Fukushima no Japão. 
O uso da palavra radiação, na maioria das vezes, provoca uma sensação de 
medo e ansiedade nos pacientes e seus acompanhantes como também nos 
profissionais da área da saúde. 
 Isto se explica devido aos efeitos biológicos que podem ocorrer no corpo 
humano devido à exposição à radiação que vão desde danos nas células de 
participação do processo de reprodução, ocasionando más formações nos 
descendentes destes indivíduos que foram expostos, até mesmo morte celulares, 
alterações do metabolismo, e alterações no cromossomo, onde a radiação interage 
diretamente com moléculas do DNA resultando em mutações genéticas além de 
outros efeitos devido à exposição como o câncer, radio dermites, leucemia e 
catarata.(KHOURY,2010). 
Os efeitos biológicos se classificam em: somáticos e genéticos e são 
subdivididos em efeitos estocásticos e efeitos determinísticos. De acordo com Khoury 
(2010), os efeitos estocásticos não podem ser visualizados imediatamente após a 
irradiação, vindo a se manifestar meses ou anos após sua exposição. Estes estão 
 
 
10 
relacionados a baixas doses de radiação, tais como a exposição ocupacional dos 
profissionais da área da saúde. Todavia a gravidade do efeito estocástico não 
depende da dose, mas sim da quantidade na qual esses profissionais são expostos. 
Segundo o mesmo autor os efeitos surgem em células normais, sendo as principais 
manifestações o câncer e os efeitos hereditários, as quais ocorrem em células que 
serão repassadas aos descendentes. Já os efeitos determinísticos são aqueles que 
aparecem em um curto espaço de tempo devido a altas doses de radiação sendo as 
principais manifestações: cataratas, leucopenia e radio dermites (KHOURY, 2010). 
 
2.1.2 Equipamentos de Proteção Radiológica 
 
A Portaria nº 453/98, no item 4.27, tem como norma que para realização de 
exames radiológicos com equipamentos móveis em leitos hospitalares ou mesmo em 
ambientes de uso coletivo como em alas de internação, tais como berçário, alas de 
especialidades como queimados e unidade de terapia intensiva neonatal, só será 
permitido realização dos exames, quando o paciente não tiver condições de ser 
transferido para realizar o exame no setor de radiologia com aparelho fixo (BRASIL, 
1998). 
Neste caso, deve-se fazer o possível para que pacientes próximos, que por 
algum motivo também não possam ser retirados da unidade, devam ser protegidos da 
radiação espalhada com uma barreira protetora com no mínimo 0,5 de mm de chumbo 
ou então tentar posicioná-los para que de alguma maneira nenhuma parte do corpo 
destes pacientes estejam a menos de 2 metros do cabeçote ou do próprio receptor de 
imagem do aparelho móvel. 
Os equipamentos de proteção radiológica têm o objetivo de proteger os 
trabalhadores, pacientes e públicos em geral em todas as situações que os mesmos 
forem expostos às radiações ionizantes. Os equipamentos de proteção radiológica 
podem ser classificados em Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e 
Equipamento de Proteção Individual (EPI). 
Para a realização de exames radiográficos, é necessário que os profissionais 
da área da saúde possuam o conhecimento de biossegurança, a qual consiste um 
conjunto de ações que devem ser tomadas com o objetivo de prevenir, diminuir, ou 
 
 
11 
até mesmo eliminar os riscos para profissionais e pacientes que venham a ser 
expostos no momento em que o exame é realizado. Dentre essas ações está o uso 
correto de EPI, tais como: protetores de tireoide, saias de proteção, protetores 
abdominais, aventais de proteção, mangas protetoras, protetor de gônadas, luvas de 
proteção, óculos e também o uso de EPC, como: a cabine de segurança de incêndio, 
vidro plumbífero entre outros (SOUZA, 2010). 
A Portaria nº 453, em seu item, descreve que para cada equipamento de raios 
X deve haver uma VPR, a qual deve garantir proteção do tronco dos pacientes, 
incluindo tireoide e gônadas, com pelo menos 0,25 mm de equivalente de chumbo 
(mmPb). Além disso, é estabelecido que caso um indivíduo precise assistir a um 
paciente debilitado, este deve utilizar um avental plumbífero com no mínimo 0,25 
mmPb. Já para os profissionais, a Portaria, no item (ii), relata que durante 
procedimentos radiológicos os profissionais devem proteger-se da radiação 
espalhada usando VPRs ou barreiras protetoras com atenuação não inferior a 0,25 
mmPb. 
Na blindagem de proteção contra a radiação ionizante, o objetivo principal é 
minimizar o máximo possível a exposição em ambientes que a radiação espalhada 
exceda o limite aceitável para serviços que não utilize os equipamentos de proteção, 
mas mesmo que este limite de exposição permitido não seja ultrapassado, deve existir 
uma proteção adicional para órgãos que são mais sensíveis como a tireoide, cristalino 
e gônadas. 
Para a realização das técnicas radiológicas, todos os profissionais envolvidos 
devem cumprir as normas e medidas de proteção radiológica. Além disto, os 
responsáveis pelos setores de radiologia deverão realizar periodicamente 
levantamentos radio métricos para avaliar se os níveis de radiação nas áreas 
próximas ao setor de radiologia estão corretos ou dentro dos padrões aceitáveis 
(DIMENSTEIN; HORNOS, 2008). 
 
2.1.3 Unidade de Terapia Intensiva Neonatal 
 
De acordo com a Portaria nº 930 do Ministério da Saúde, uma Unidade de 
Terapia Intensiva Neonatal é uma clínica que promove a internação e cuidados por 
 
 
12 
tempo integral de neonatos prematuros ou aqueles que passaram por alguma 
complicação grave no momento do nascimento assim necessitando de um cuidado 
específico e intensivo. 
Conforme a Portaria nº 930/MS, a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, 
deve ter em seu quadro clínico, determinadas especialidades, tal como uma equipe 
multidisciplinar composta por: 1 (um) médico Neonatologista responsável técnico;1 
(um) médico com uma jornada de trabalho de no mínimo de 4(quatro) horas, e com 
especialização em Neonatologia; 1(um) médico plantonista com especialização em 
Pediatria; 1 (um) enfermeiro coordenador com jornada de trabalho diária de 8(oito) 
horas com especialização em neonatologia; 1 (um) enfermeiro assistencial para cada 
10 ( dez) leitos, em cada turno; 1 (um) fisioterapeuta exclusivo para cada 10 (dez) 
leitos em cada turno; técnicos de enfermagem, no mínimo, 1 (um) para cada 2 (dois) 
leitos, em cada turno; 1 (um) funcionário exclusivo responsável pelo serviço de 
limpeza em cada turno e 1 (um) fonoaudiólogo disponível para a unidade. 
Os exames radiológicos realizados nos leitos da Unidade de Terapia Intensiva 
Neonatal são algo comum de acontecer na unidade. Mas o fato é que não são 
somente estes pacientes que são expostos às radiações ionizantes, mas também 
todos que estão próximos ao paciente para o qual foi solicitado o exame, como os 
outros pacientes e os profissionais de enfermagem, entre outros que atuam na 
unidade e que aos poucos recebem pequenas doses de radiação ocasionando efeitos 
cumulativos da radiação ionizante. 
 
2.1.4 Processo de Trabalho da Enfermagem com o uso das Técnicas Radiológicas 
 
Para compreender as relações envolvidas no processo de trabalho em saúde, 
especificamente, no setor de radiologia, o qual é o foco da presente pesquisa, se faz 
necessário transitar, mesmo que de forma breve, pela teorização do processo detrabalho, com base no materialismo histórico-dialético, tendo como seu maior 
expoente as concepções marxistas, como também, pelas reflexões advindas da 
sociologia das profissões. 
Ao longo da história, as formas de desenvolvimento do trabalho em saúde e 
suas práticas, como também, o processo de formação profissional e de produção de 
 
 
13 
conhecimentos dessa área de atuação se modificaram. Isso porque todo tipo de 
trabalho, incluindo o serviço em saúde, se desenvolve em sociedades específicas e 
corresponde a determinados contextos sociais, influenciados pelo modo de produção 
hegemônico, pela cultura e pela forma de organização da produção nos setores mais 
dinâmicos da economia. 
O homem ao utilizar suas capacidades mentais e físicas, para modificar um 
determinado objeto, fazendo uso e criando meios para essa transformação, 
caracterizam o processo de trabalho, ou seja, o objeto uma vez modificado nesse 
processo se torna diferente do que era, se torna um produto dessa ação. 
O processo de trabalho em Enfermagem é um serviço no qual o trabalho não 
se concretiza por produtos materiais, mas sim, em mudanças que proporcionam bem-
estar e saúde, ou seja, é caracterizado pelo cuidado prestado àquele que precisa 
preservar a saúde ou prevenir doenças. Portanto, aquele que recebe os cuidados, de 
alguma maneira, é transformado. 
O processo de trabalho em Enfermagem definindo fatores como: finalidade, 
objeto, instrumento e produto final: O processo de trabalho dos profissionais de saúde 
tem como finalidade a ação terapêutica de saúde; como objeto -o indivíduo ou grupos 
doentes, sadios ou expostos a risco, necessitando medidas curativas,[...]; como 
instrumental de trabalho-os instrumentos e as condutas que representam o nível 
técnico do conhecimento que é o saber de saúde e o produto final é a própria 
prestação da assistência de saúde que é produzida no mesmo momento que é 
consumida. (PIRES, 2000, p. 255). 
Apesar do trabalho na área da saúde ter características específicas, como por 
exemplo, ser de extrema importância para a vida humana, indispensáveis à vida em 
sociedade, ela também compartilha de elementos que caracterizam o processo de 
produção do setor -prestação de serviço-podendo assumir diferentes configurações, 
como, “a realização de uma consulta; uma cirurgia; um exame-diagnóstico; a 
aplicação de medicações; uma orientação nutricional, etc.” 
Além das diferentes formas de prestação do serviço em saúde, este pode ser 
realizado por diversas categorias profissionais, médicos, técnicos, atendentes e a 
Enfermagem que por sua vez pode ter atuações específicas, como é o caso da 
 
 
14 
Enfermagem radiológica, “responsável pelo atendimento ao paciente nos períodos 
pré, intra e pós-procedimento, envolvendo tecnologias radiológicas. 
Definem a finalidade do processo de trabalho desse ramo específico do 
serviço em saúde -Enfermagem radiológica da seguinte forma: No setor de radiologia 
a finalidade do trabalho é a obtenção de imagens que auxiliarão o diagnóstico preciso 
dos pacientes. No centro cirúrgico, a finalidade é a obtenção de imagens que irão 
conduzir ou facilitar um procedimento terapêutico. E, na hemodinâmica, existem 
finalidades diferenciadas, ou seja, elas servem tanto para o diagnóstico como para o 
tratamento de doenças. (MELO et al., 2015, p. 803). 
Os serviços em radiologia e diagnóstico por imagem destacam-se por sua alta 
complexidade, pois são serviços que possuem um desenvolvimento técnico e 
científico de última geração que permite a eficiência no processo de diagnóstico clínico 
ou cirúrgico das patologias, exigindo conhecimento, competências e habilidades dos 
profissionais para atuarem nessa área. Por isso analisar as dimensões do processo 
de trabalho dos profissionais de Enfermagem radiológicos e suas tecnologias é 
imprescindível para a qualificação desse tipo de prestação de serviço. 
A enfermagem é comumente conhecida como a profissão que cuida. Nesta 
questão Batista et al. (2016) informa que este profissional permeia a radiologia, pois 
atende o cliente no pré, no intra e no pós-procedimento radiológico e, para isso, 
necessita que o profissional possua conhecimentos teóricos e habilidades técnicas 
específicas da área da imaginologia para que o mesmo preste um atendimento 
adequado. 
Torna-se inegável os grandes benefícios que as radiações trouxeram para a 
área da saúde. Entretanto, em decorrência de uma demanda de atendimentos a 
pacientes com necessidade cada vez mais complexas, é exigido do setor de saúde a 
incorporação de novas tecnologias e formas de organização do trabalho. Porém, esta 
nova configuração pode contribuir para o adoecimento dos profissionais decorrente 
da exposição insegura a riscos ocupacionais e por isso, os profissionais de 
enfermagem, também, devem munir-se de conhecimento teórico-prático para a 
validação das técnicas radiológicas utilizadas no ambiente atendimento à saúde 
 
 
 
15 
3. A HISTÓRIA DA MEDICINA NUCLEAR 
 
A história da medicina nuclear começou com as descobertas da radioatividade 
natural no ano de 1896 por Henri Becquerel, e por Marie e Pierre Curie os elementos 
radioativos naturais no ano de 1889 (ROBILOTTA, 2005). 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define medicina nuclear como uma 
especialidade que se ocupa do diagnóstico, tratamento e investigação mediante o uso 
de radioisótopos. Estes isótopos radioativos ou radioisótopos possuem a propriedade 
de emitir radiações, as quais podem atravessar a matéria ou serem absorvidas 
possibilitando sua utilização para fins diagnósticos e terapêuticos, visto que esta 
radiação mesmo quando em quantidades cuja massa não pode ser determinada, pode 
ser detectada (OMS, 2018). 
De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica –AIEA (2018) 
medicina nuclear é uma especialidade médica na qual material radioativo é utilizado 
para diagnóstico e tratamento de doenças. Pode-se receber uma dose devida às 
fontes radioativas (fora do corpo) ou de material radioativo incorporado ao corpo 
(exposição interna). 
A medicina nuclear é uma especialidade médica que utiliza métodos seguros, 
praticamente indolores, não invasivos e de relativo baixo custo para fornecer 
informações que outros exames diagnósticos não conseguiriam, através do emprego 
de fontes abertas de radionuclídeos (POZZO; et al,2014). Habitualmente, os materiais 
radioativos são administrados in vivo, por via venosa, oral, inalatória ou subcutânea, 
e apresentam distribuição para órgãos ou tipos celulares específicos, não havendo 
risco de reações alérgicas. Esta distribuição pode ser ditada por características do 
próprio elemento radioativo. Outras vezes, o mesmo é ligado a um outro grupo 
químico, formando um radio fármaco, com afinidade por determinados tecidos (SBMN, 
2018). 
 Trata-se de uma especialidade médica que tem como característica principal 
o uso de emissores de radiação ionizante, na forma não selada. Estes devem ser 
ligados a moléculas de interesse biológico, compondo substâncias chamadas de radio 
fármacos, que são administradas aos pacientes para diagnóstico ou terapia. Se o 
radionuclídeo usado for emissor de radiação eletromagnética (gama) ou de pósitrons, 
 
 
16 
é possível mapear a distribuição do material dentro do corpo do paciente usando um 
detector externo chamado de câmara de cintilação (gama câmara) ou um tomógrafo 
por emissão de pósitrons.(POZZO; et al 2014). 
No Brasil, a tecnologia tomógrafo por emissão de pósitrons (PET) foi 
introduzida no ano de 1998, com a instalação de uma câmara PET/ SPECT no Serviço 
de Radioisótopos do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da 
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Essa nova 
tecnologia estendeu a metodologia já bem estabelecida em SPECT a PET a um custo 
reduzido e sustentável quando comparado ao custo da PET dedicada, além de 
permitir o uso contínuoda câmara quando da ausência de fornecimento da FDG. 
A medicina nuclear utiliza radioisótopos distintos para terapia e diagnóstico. 
Quando a abordagem da medicina nuclear é terapêutica, a radiação é empregada na 
tentativa de curar doenças. Determinados tipos de câncer a exemplo, do câncer 
tiroidal, câncer nos ossos, câncer de pulmão, entre outros, podem ser tratados por 
radioterapia. 
Quando o tecido vivo é irradiado, a radiação ionizante interfere no processo 
de replicação celular, com efeito, mais acentuado nas células doentes. Entretanto, 
células sadias também podem ser afetadas, mesmo que o feixe radioativo seja 
apontado precisamente para o tecido neoplásico, mas como estas possuem 
mecanismos de regeneração do DNA, tornam-se mais resistentes à radiação. 
Na medicina nuclear para fins de diagnóstico, os radio fármacos, que são 
compostos químicos dotados de um radioisótopo, são introduzidos nos pacientes para 
fornecerem informações sobre a presença e/ou extensão de uma determinada doença 
 
3.1.1 Atuação dos enfermeiros (as) na medicina nuclear 
 
O desenvolvimento de trabalho na área da saúde é exercido por diversas 
categorias profissionais, dentro das quais se encontra a enfermagem (ALOTAIBI & 
SAEED, 2006). Enfermagem é uma profissão que detém expressivo contingente de 
profissionais atuando em diversos lugares e desenvolvendo as mais variadas funções 
dentro da área da saúde (BRAND & FONTANA et al, 2001). 
 
 
17 
De acordo com a Resolução COFEN nº 211/1998 que dispõe sobre atuação 
dos profissionais de enfermagem que trabalham com radiação ionizante aprova em 
seu artigo 1º as normas técnicas de radioproteção nos procedimentos a serem 
realizados pelos profissionais de enfermagem que trabalham com radiação ionizante 
em Radioterapia, Medicina Nuclear e Serviços de Imagem. 
A Resolução COFEN nº 347/2009 normatiza que é indispensável a presença 
e responsabilidade de um enfermeiro em todas as unidades de saúde sempre que 
houver ações de enfermagem sendo executadas. Na área de saúde, particularmente 
na enfermagem tem sido constante a busca por um processo educativo contínuo, no 
intuito de garantir o cuidado em diversas especialidades de enfermagem, neste caso, 
na medicina nuclear. Neste cenário, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional 
de Educação Permanente em Saúde a partir da portaria nº198/04 como estratégia do 
Sistema Único de Saúde. 
As ações dos enfermeiros nos serviços de saúde vão além dos cuidados 
tradicionalmente conhecidos e, por ter um trabalho diversificado as ações são 
impulsionadas na busca contínua de atualizações dentro da área tecnológica 
(GEROLIN, 2000). Neste contexto, é essencial que o enfermeiro seja capacitado a 
orientar os pacientes acerca dos procedimentos que serão realizados, esclarecendo 
as dúvidas, reduzindo a ansiedade e o tempo de exposição radiológica como também 
proporcionar todos os cuidados específicos direcionados ao diagnóstico por imagem 
na medicina nuclear. 
É de responsabilidade do enfermeiro em medicina nuclear a realização de 
procedimentos técnicos, orientações, elaboração de questionários, protocolos, 
administração do setor, manuais, planejamento, organização, treinamento dos 
profissionais de enfermagem e intervenções no preparo do paciente antes, durante e 
posterior ao exame. 
Segundo Nischimura (1999) os radio fármacos são aplicados pelos 
profissionais de enfermagem em razão da sua prática envolver conhecimentos 
pertinentes de enfermagem como o preparo e administração de medicações orais e 
parenterais. Torna-se necessário no trabalho de medicina nuclear uma equipe 
multiprofissional, pois envolve múltiplos saberes. A equipe é composta por um médico 
nuclear, radio farmacêutico, físico, enfermeiro, técnico em medicina nuclear e técnico 
 
 
18 
em enfermagem. Neste contexto, são atribuições específicas da equipe de 
enfermagem: administração da dose recomendada de radio fármacos; orientação e/ou 
esclarecimento relacionados aos procedimentos a serem realizados, incluindo os 
controles e liberação dos usuários internados; agendamento dos exames 
preliminares; coleta de sangue para dosagem hormonal; controle e administração da 
medicação prescrita; orientações referentes à internação e alta e, atendimento de 
imediato às eventuais intercorrências clínicas (ALMEIDA, 1992; PELEGRINO & 
ALMEIDA, 1999). 
 
3.1.2 Radioproteção e os Riscos do profissional de enfermagem na medicina nuclear 
 
Proteção radiológica ou radioproteção refere-se ao conjunto de medidas que 
tem como objetivo proteger o homem e o meio ambiente de possíveis efeitos adversos 
causados pela radiação ionizante. A Comissão Internacional de Proteção Radiológica 
(ICRP) preocupa-se há muitos anos com o problema da interação da radiação 
ionizante no corpo humano e os danos por ela causados. Ela estuda os riscos da 
radiação, estabelecendo valores de doses máximas permissíveis, tanto para o 
trabalhador com radiações ionizantes como para o público em geral (ICRP, 1977).A 
Resolução COFEN nº 211/98 dispõe acerca da atuação dos profissionais de 
enfermagem que trabalham com radiação ionizante segundo as normas técnicas e de 
radioproteção estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pela Comissão de Energia 
Nuclear. No Brasil, as diretrizes básicas de proteção radiológica são regulamentadas 
pela Comissão Nacional de Energia Nuclear NN 301 de março de 2014 tem como 
objetivo restabelecer os requisitos básicos de proteção radiológica das pessoas em 
relação à exposição à radiação ionizante (CNEN, 2014). Por essa razão, trabalhar 
com radiações ionizantes e com materiais radioativos que exige conhecimento e 
responsabilidade destacando aqui, os acessórios plumbíferos e o dosímetro. 
O uso correto do dosímetro de tórax e de pulso, conforme Portaria nº 453 de 
1998 é primordial para o monitoramento preciso da quantidade de radiação recebida 
por cada profissional de enfermagem e, deve ser utilizado em todo o período da 
jornada de trabalho por cima do avental plumbíferos, na região do tórax e, o dosímetro 
de pulso no membro superior dominante. 
 
 
19 
Neste aspecto, o enfermeiro deve estar qualificado tecnicamente e 
cientificamente para conhecer e/ou reconhecer os agravos e complicações que 
possam surgir assim como programar as intervenções necessárias e eficazes para 
reduzir as complicações, em virtude de ser um profissional que atua diretamente aos 
procedimentos de diagnóstico e administração de contraste. 
Segundo Machado; Menezes; Queiroz et al (2011) existem 3 fatores de 
radioproteção básicos que podem ser utilizados para minimizar a dose de radiação: 
tempo, blindagem e distância. O tempo de exposição pode ser diminuído desde que, 
trabalhando-se o mais rápido possível próximo a fontes de radiação e na manipulação 
das mesmas. Em relação às blindagens, deve-se manipular material radioativo atrás 
da blindagem em “L”, utilizar avental de chumbo, usar transportadores de seringas 
sempre que for realizado o transporte de doses e usar o protetor de seringa para 
injeção do radio fármaco no paciente. No que diz respeito a distância, o projeto de 
sala de exames deve permitir o acompanhamento do paciente a distância razoáveis 
de aproximadamente 2m. 
De acordo a Resolução COFEN 211/98 são competências do enfermeiro na 
área de medicina nuclear: participar de programas de garantia da qualidade em 
serviços que utilizam radiação ionizante, de forma setorizada e global; proporcionar 
condições para o aprimoramento dos profissionais de Enfermagem atuantes na área, 
através de cursos e estágios em instituições afins; registrar informações e dados 
estatísticos pertinentes à assistência de enfermagem, ressaltando os indicadores de 
desempenho, interpretando e otimizando a utilização dos mesmos; manter atualização 
técnica e científica de manuseio dos equipamentos de radioproteção, que lhe permita 
atuar com eficácia em situaçõesde rotina e emergenciais, visando interromper e/ou 
evitar acidentes ou ocorrências que possam causar algum dano físico ou material. 
O exercício de qualquer atividade na qual manipula com radiação ionizante 
como no caso da medicina nuclear, não está isenta de riscos e, por essa razão, deve 
estar adequadamente justificada e otimizada e, especificamente em relação aos 
trabalhadores e do público em geral, sujeitas aos limites de dosagem estabelecidos. 
Na prática da medicina nuclear, tanto na perspectiva diagnóstica como na terapêutica, 
os riscos são de irradiação, tanto para os pacientes quanto para o trabalhador e, 
fundamentalmente para o trabalhador os riscos de contaminação (LOBATO; FARTO; 
MORAL et al, 2017). 
 
 
20 
De acordo com a Comissão Internacional de Proteção Radiológica (ICRP) a 
exposição à radiação pode acarretar câncer além de ocasionar riscos de malformação 
em embrião e feto no útero. Por essa razão, os trabalhadores devem receber 
informações e treinamentos acerca das atividades que irão desempenhar e, 
especialmente, sobre como desenvolver suas funções promovendo a sua proteção 
radiológica. O uso do EPI’s e os conhecimentos em um serviço de medicina nuclear 
constituem um dos requisitos principais do profissional de enfermagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
4. CUIDADOS DE RADIOPROTEÇÃO PARA O ATENDIMENTO AOS 
PACIENTES 
 
Segundo Marshall Brucer, alguns fatores são importantes na proteção contra 
exposição a radiações. São eles: 
 Tempo: A dose recebida é diretamente proporcional ao tempo de permanência 
de uma pessoa na área considerada. Todo serviço a ser feito em áreas onde 
há radiação deve ser planejado bem previamente, com o objetivo de restringir 
o tempo de exposição à radiação. 
 Distância: A intensidade da radiação se reduz como quadrado da distância 
entre o ponto considerado e a fonte de radiação. Desta maneira, deve-se 
manter a maior distância possível entre a fonte e a pessoa. 
 Blindagem: Para cada tipo de radiação deve ser escolhido um material 
apropriado como blindagem. No caso de radiação gama e X, quanto maior for 
a sua densidade eletrônica, maior será a absorção de radiação. O chumbo, por 
exemplo, é bastante denso, e se ajusta bem a este tipo de radiação. 
 
4.1.1 Delimitação das áreas quentes, mornas e frias 
 
Esta delimitação foi uma das necessidades que estabelecemos como 
prioritária e que, em conjunto com a equipe de radioproteção da CNEN, logo 
implementamos na enfermaria onde os pacientes permaneceriam internados. 
Sem estas delimitações, seria impossível à equipe trabalhar livre de riscos de 
contaminação, bem como evitar a contaminação desnecessária de outras áreas. 
Área quente 
É a área dita contaminada; pode possuir maior atividade radioativa. É o local 
onde permanecem internados os pacientes, são as enfermarias, os corredores por 
onde transitam e as salas/banheiros de descontaminação. 
Área morna 
É a área de atividade intermediária, onde se localizam o posto de enfermagem 
e áreas contíguas, dentro da Unidade onde os pacientes permanecem internados. 
Esta área pode ou não estar contaminada. 
 
 
22 
Área fria 
É a área que, a princípio, não se encontra contaminada radiologicamente. É 
a área externa propriamente dita (vestiários, paiol de material, laboratório, copa). 
Para sair da área quente, todo o pessoal tinha obrigatoriamente que adotar 
uma série de rotinas, visando impedir a contaminação de outras áreas e pessoas. A 
vestimenta de uso obrigatório consistia de: capote cirúrgico ou macacão inteiramente 
fechado, dois pares de luvas, botas de plástico por cima dos sapatos, gorro e máscara 
cirúrgica. 
Para passar da área quente para a área morna, tirava-se o par de luvas, 
monitorava-se o macacão ou capote cirúrgico, para verificar se estava contaminado, 
e trocavam-se as botas. Passando da área morna para a área fria, tirava-se toda 
indumentária e, somente depois que o profissional era devidamente monitorado, era 
então liberado para a área fria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
5. NOÇÕES DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 
 
5.1.1 Conceito de Proteção Radiológica 
 
A Proteção Radiológica ou Radioproteção pode ser definida como um 
conjunto de medidas que visam proteger o homem e o ecossistema de possíveis 
efeitos indesejáveis causados pelas radiações ionizantes. 
Para isso ela analisa os diversos tipos de fontes de radiação, as diferentes 
radiações e modos de interação com a matéria viva ou inerte, as possíveis 
consequências e sequelas à saúde e riscos associados. 
Para avaliar quantitativa e qualitativamente tais possíveis efeitos, necessita 
de definir as grandezas radiológicas, suas unidades, os instrumentos de medição e 
detalhar os diversos procedimentos do uso das radiações ionizantes. 
O estabelecimento de normas regulatórias, os limites permissíveis e um plano 
de Proteção Radiológica para as instalações que executam práticas com radiação 
ionizante, tem por objetivo garantir o seu uso correto e seguro. Procedimentos para 
situações de emergência também devem ser definidos para o caso do desvio da 
normalidade de funcionamento de uma instalação ou prática radiológica. 
Os conceitos, procedimentos, grandezas e filosofia de trabalho em proteção 
radiológica são continuamente detalhadas e atualizadas nas publicações da 
International Commission on Radiological Protection, ICRP. Existe também a 
International Commission on Radiation Units and Measurements, ICRU, que cuida das 
grandezas e unidades, seu processo de aperfeiçoamento e atualização. 
Os conceitos contidos nas publicações da ICRP e ICRU constituem 
recomendações internacionais. Cada país, pode ou não adotá-los parcial ou 
totalmente, quando do estabelecimento de suas Normas de Proteção Radiológica. 
Tudo depende do estágio de desenvolvimento do país, da capacidade ou viabilidade 
de execução, em cada área de aplicação. 
 
 
 
 
 
24 
 
5.1.2 Proteção Radiológica do Ecossistema 
 
A preocupação com o meio ambiente, em Proteção Radiológica, sempre teve 
como foco as pessoas que nele e dele vivem. Quando se faz uma avaliação dos níveis 
de radioatividade natural, de dispersão de material radioativo por instalações do ciclo 
do combustível nuclear, principalmente das áreas de mineração e beneficiamento de 
material radioativo, a preocupação sempre foram os níveis de exposição ou 
contaminação a que as pessoas poderiam ser expostas, direta ou indiretamente, 
causando doses de radiação e riscos adicionais de dano à sua saúde. 
Assim, há muito tempo existem os programas pré-operacionais e operacionais 
de monitoração ambiental, de avaliação de impacto ambiental ou de risco de acidentes 
possíveis, modelos de dispersão e vias de exposição por material radioativo em 
acidentes, no licenciamento e implementação de instalações envolvendo material 
radioativo. No Brasil, os procedimentos, os critérios científicos e metodológicos estão 
bem detalhados na Posição Regulatória 3.01/008:2011 da CNEN que trata do 
“Programa de Monitoração Radiológica Ambienta”. 
A ICRP já faz proposta sobre a proteção radiológica do meio ambiente. Em 
2007, ela estabeleceu claramente como objetivos para a Proteção Radiológica do 
Ecossistema, a necessidade global e esforço para: 
 manter a diversidade biológica; 
 assegurar a conservação das espécies; e 
 proteger a saúde e o status do habitat natural, das comunidades e 
ecossistemas. 
5.1.3 Avaliação de Impacto Ambiental 
 
O impacto ambiental radiológico é percebido, entre outros indicadores, pelo 
aumento da radioatividade nos meios físico e biológico, devido: 
a. ao aumento da concentração de radionuclídeos no meio-ambiente; 
b. à transferência e acumulação em diversos meios através de fenômenos de 
transporte; e 
c. à bioacumulação e adsorção. 
 
 
25 
A avaliação do impacto ambiental envolve as seguintes etapas: 
a. determinaçãodo termo fonte; 
b. identificação das vias de exposição críticas; 
c. identificação dos radionuclídeos críticos; 
d. identificação dos grupos críticos; 
e. estabelecimento de limites de dose; 
f. programa de monitoração ambiental e de efluentes; 
g. planejamento de um programa de monitoração ambiental; e 
h. modelagem para análise das vias de exposição. 
 
5.1.4 NORM e TENORM 
 
As siglas NORM e TENORM são abreviações de Naturally Occurring 
Radioactive Materialse Tecnollogically Enhanced Naturally Occurring Materials, que 
constituem campos da Proteção Radiológica que tratam dos materiais utilizados ou 
processados pelo homem, que possuem concentrações de radionuclídeos naturais, 
que podem induzir doses de radiação significativas e que são responsáveis pela sua 
exposição à radioatividade natural. 
Tais materiais são processados nos serviços de tratamento de água potável, 
exploração de carvão mineral, minérios, petróleo, gás, fosfatos, além dos provenientes 
dos rejeitos industriais e médicos. A maioria dos radionuclídeos é constituída de 
elementos das séries do U, Th, além do K. Em qualquer um deles, o estudo é 
individual, ou seja, para cada tipo de radionuclídeo deve ser feito um procedimento 
específico para verificar se sua concentração no material pode ser considerada inócua 
ou necessita de uma intervenção para reduzir a exposição à radiação dos 
trabalhadores ou membros do público. 
 
 
 
 
 
 
26 
6. PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃORADIOLÓGICA 
 
Os objetivos da proteção contra as radiações são a prevenção ou a diminuição 
dos seus efeitos somáticos e a redução da deterioração genética dos povos, onde o 
problema das exposições crônicas adquire importância fundamental. Considera-se 
que a dose acumulada num período de vários anos seja o fator preponderante, mesmo 
que as doses intermitentes recebidas durante esse período sejam pequenas. 
As doses resultantes da radiação natural e dos tratamentos médicos com 
raios X, não são consideradas nas doses acumuladas. Por esse motivo, recomenda-
se aos médicos e dentistas que tenham o máximo cuidado no uso dos raios X e 
demais radiações ionizantes, para evitar exposições desnecessárias. Mesmo assim, 
pesquisas e avaliações das doses e efeitos sobre a radioatividade natural e o uso das 
radiações ionizantes em Medicina e outras áreas de aplicação, são continua e 
crescentemente realizados. Os resultados destes esforços são publicados nos 
relatórios das Nações Unidas, denominados Report of the United Nations Scientific 
Committee on the Effects of Atomic Radiation‖, UNSCEAR. 
 
6.1.1 Otimização 
 
O princípio básico da proteção radiológica ocupacional estabelece que todas 
as exposições devem ser mantidas tão baixas quanto razoavelmente exequíveis 
(ALARA: As Low As Reasonably Achievable). 
Estudos epidemiológicos e radio biológicos em baixas doses mostraram que 
não existe um limiar real de dose para os efeitos estocásticos. Assim, qualquer 
exposição de um tecido envolve um risco carcinogênico, dependendo do rádio 
sensibilidade desse tecido por unidade de dose equivalente (coeficiente de risco 
somático). Além disso, qualquer exposição das gônadas pode levar a um detrimento 
genético nos descendentes do indivíduo exposto. 
O princípio ALARA estabelece, portanto, a necessidade do aumento do nível 
de proteção a um ponto tal que aperfeiçoamentos posteriores produziriam reduções 
menos significantes do que os esforços necessários. A aplicação desse princípio 
requer a otimização da proteção radiológica em todas as situações onde possam ser 
 
 
27 
controladas por medidas de proteção, particularmente na seleção, planejamento de 
equipamentos, operações e sistemas de proteção. 
Os esforços envolvidos na proteção e o detrimento da radiação podem ser 
considerados em termos de custos; desta forma uma otimização em termos 
quantitativos pode ser realizada com base numa análise custo-benefício. Na Figura 1 
faz-se uma representação esquemática desta análise, utilizando como parâmetro a 
dose coletiva. 
 
Figura 1- Descrição esquemática do método de análise custo-benefício para a otimização da proteção 
radiológica. 
 
6.1.2 Classificação das áreas de trabalho 
 
Para fins de gerenciamento da Proteção Radiológica numa instalação, as 
áreas de trabalho com material radioativo ou geradores de radiação, devem ser 
classificadas em: Área Controlada, Área Supervisionada e Área Livre, conforme 
definidas na norma CNEN-NN-3.01: 
 
 
 
28 
a) Área Controlada 
Área sujeita a regras especiais de proteção e segurança, com a finalidade de controlar 
as exposições normais, prevenir a disseminação de contaminação radioativa e 
prevenir ou limitar a amplitude das exposições potenciais. 
b) Área Supervisionada 
Área para a qual as condições de exposição ocupacional são mantidas sob 
supervisão, mesmo que medidas de proteção e segurança específicas não sejam 
normalmente necessárias. 
c)Área Livre 
Área que não seja classificada como área controlada ou supervisionada. 
As áreas controladas devem ter controle restrito, estar sinalizadas com o 
símbolo internacional das radiações ionizantes, os trabalhadores devem estar 
individualmente identificados e monitorados e, na maioria das vezes, portando 
equipamento de proteção individual (EPI). 
Uma área para ser considerada controlada, sob o ponto de vista radiológico, 
deve apresentar, em média, um nível de exposição maior que 3/10 do limite máximo 
permitido pela norma da CNEN. 
Em algumas instalações, as áreas controladas podem ter requisitos adicionais 
de proteção e segurança visando, por exemplo, a guarda de segredos industriais ou 
militares. 
As áreas supervisionadas devem possuir monitores de área, controle de 
acesso e nível de exposição maior que 1 mSv/ano. As áreas consideradas livres 
devem apresentar um nível de exposição menor do que 1 mSv/ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
7. SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA 
 
Um dos cenários possíveis de ocorrência em Proteção Radiológica é o 
funcionamento da instalação ou do procedimento técnico apresentar um desvio de 
operação e possibilitar o surgimento de sequências de eventos indesejáveis e até 
perigosos. Neste caso, a presteza no atendimento a estas situações de emergência, 
deve ser eficiente e rápido, para evitar danos crescentes, à medida que o tempo 
passa. 
O atendimento a estas situações varia com a gravidade do evento e com o 
cenário envolvido. A maioria delas é resolvida pelos responsáveis pela operação ou 
pelo serviço de proteção radiológica local. Numa situação mais ampla e complexa, 
exige-se a intervenção do Serviço de Atendimento a Situações de Emergência do 
País. 
Num evento envolvendo uma situação de emergência, a primeira 
preocupação é a prevenção ou redução da dose nos IOE ou membros da população. 
Os objetivos práticos recomendados pela ICRP em sua publicação 109, aprovada em 
outubro de 2008, são os seguintes: 
 retomar o controle da situação; 
 prevenir ou mitigar as consequências da cena; 
 prevenir a ocorrência de efeitos determinísticos nos trabalhadores e membros 
do público; 
 prestar os primeiros socorros e gerenciar o tratamento das lesões da radiação; 
 reduzir, na medida do possível, a ocorrência de efeitos estocásticos na 
população; 
 prevenir, na medida do possível, a ocorrência de efeitos não radiológicos 
adversos sobre indivíduos e entre a população; 
 proteger, na medida do possível, o ambiente e os bens; e 
 levar em conta, na medida do possível, a necessidade de retomada das 
atividades sociais e econômicas 
As “Medidas de Proteção e Critérios de Intervenção em Situações de 
Emergência” estão bem detalhadas e estabelecidas na Posição Regulatória 
3.01/006:2011 da CNEN, onde são descritas as Ações Protetoras Imediatas e Níveis 
 
 
30 
Genéricos de Intervenção, as questões relativas ao Reassentamento Temporário ou 
Definitivo das pessoas atingidas, os Níveis de Açãopara Controle de Alimentos e os 
Níveis Operacionais Específicos para Acidentes de Reatores. 
É bom salientar que, na maioria das situações, os indivíduos do público, que 
são os trabalhadores de uma instalação que não operam com radiação e nem em 
áreas supervisionadas ou controladas, são tratados como membros da população, 
principalmente nas situações de emergência. Ou seja, os limites de exposição e 
contaminação dos indivíduos do público são utilizados para a população. 
Entretanto, em algumas instalações, indivíduos do público são constituídos 
dos trabalhadores que operam nas rotinas de limpeza, algumas áreas administrativas 
e oficinas e, membros da população são pessoas externas à instalação. Nos casos 
de exposição à radiação ou contaminação, os integrantes da instalação são cuidados 
e regulamentados pelo órgão regulatório do país, por exemplo, a CNEN. Já os 
membros da população são cuidados pela Vigilância Sanitária e Secretarias de 
Saúde. 
Um exemplo ilustrativo é o comércio e consumo de alimentos contaminados 
com material radioativo. A CNEN pode fazer a sua liberação quando o nível de 
contaminação para cada tipo de radionuclídeo estiver abaixo dos limites por ela 
estabelecidos. Entretanto, a Vigilância Sanitária pode mandar impedir a venda e 
recolher os alimentos em todo o território nacional, por medida de prudência e 
salvaguarda da saúde da população. 
 
7.1.1 Sistema de triagem de público 
 
Em acidentes envolvendo a dispersão de material radioativo para o ambiente, 
como, por exemplo, nos acidentes de Goiânia, Chernobyl ou Fukushima, uma das 
primeiras tarefas é a identificação das pessoas que poderiam ser vítimas da 
contaminação radioativa. 
Esta atividade é realizada após convocação da população aos centros de 
triagem ou a visita às casas e locais possíveis de terem sido contaminadas. Na triagem 
do público, os técnicos que fazem as medições devem portar instrumentos sensíveis 
e leves, uma vez que o tempo de operação tem duração imprevisível. 
 
 
31 
Os detectores mais utilizados para isto são do tipo Electronic Personal 
Dosimeter MK2, com detectores de silício, sensíveis à radiação X, gama e beta, e que 
possuem alta sensibilidade e alcance; Personal RadiationDetector (PRD) Thermo 
RadEye, com detector de NaI(Tl) de alta sensibilidade e seletividade para radiação 
gama, com micro fotomultiplicadora; IdentiFINDER, com detector de NaI(Tl) e GM, 
capaz de identificar o radionuclídeo emissor gama, conforme mostrados na Figura 2. 
Estes detectores medem taxa de exposição (mR/h), taxa de dose efetiva (mSv/h), 
contagem por segundo (cps), em ampla faixa de detecção. Eles fazem os testes 
operacionais e subtraem o background automaticamente, podem ser conectados a 
microcomputadores, e operam no modo sonoro ou vibracional. 
Estes detectores são apropriados para ser utilizados no sistema de segurança 
durante a realização dos grandes eventos, como Jogos Pan-americanos, Copa das 
Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas. 
 
Figura 2- Detectores portáteis apropriados para uso em triagem de público quando da ocorrência de 
acidentes com dispersão de material radioativo no ambiente. Os detectores mostrados são; (a) 
identiFINDER, (b) Electronic Personal Dosemeter, (c) Thermo RadEye PRD.V 
 
7.1.2 O plano de proteção radiológica 
 
Toda instalação que opera com material radioativo deve preparar um 
documento descrevendo as diretrizes de proteção radiológica que serão adotadas 
pela instalação. Tal documento, que recebe o nome de Plano de Proteção 
Radiológica, deve descrever: 
 
 
32 
a. A identificação da Instalação e de seu Titular (Direção); 
b. A função, classificação e descrição das áreas da instalação; 
c. A descrição da equipe, das instalações e equipamentos do Serviço de Proteção 
Radiológica; 
d. A descrição das fontes de radiação, dos sistemas de controle e de segurança 
e de sua aplicação; 
e. A função e a qualificação dos IOE; 
f. A descrição dos programas e procedimentos de monitoração individual, das 
áreas e do meio ambiente; 
g. A descrição do sistema de gerência de rejeitos radioativos, estando a sua 
eliminação sujeita a limites estabelecidos em norma específica; 
h. A estimativa de taxas de dose para condições de rotina; 
i. A descrição do serviço e controle médico dos IOE, incluindo planejamento 
médico em caso de acidentes; 
j. O programa de treinamento dos IOE e demais trabalhadores da instalação; 
k. Os níveis de referência, limites operacionais e limites derivados, sempre que 
convenientes; 
l. A descrição dos tipos de acidentes admissíveis, do sistema de detecção 
correspondente e do acidente mais provável ou de maior porte, com 
detalhamento da árvore de falhas; 
m. O planejamento de interferência em situações de emergência até o 
restabelecimento da normalidade; e 
n. As instruções de proteção radiológica e segurança fornecidas, por escrito, aos 
trabalhadores. 
Além disso, o Plano de Proteção Radiológica deve descrever as atribuições 
do titular (direção) da instalação, do supervisor de proteção radiológica e dos IOE da 
instalação. 
7.1.3 Responsabilidade do supervisor de proteção radiológica 
 
Ao Supervisor de Proteção Radiológica cabe: 
a. Implementar e orientar o Serviço de Proteção Radiológica; 
b. Assessorar e informar o Titular da Instalação sobre assuntos relativos à 
proteção radiológica; 
 
 
33 
c. Fazer cumprir as normas e recomendações da CNEN bem como o Plano de 
Proteção Radiológica; 
d. Treinar, reciclar, orientar e avaliar a equipe do Serviço de Proteção Radiológica 
e demais IOE envolvidos com fontes de radiação; e 
e. Designar um substituto capacitado e qualificado em seus impedimentos. 
 
7.1.4 Procedimentos operacionais 
 
a. Não comer, beber ou fumar na área (ou laboratório) ou durante o trabalho com 
material radioativo; 
b. Não portar nem armazenar alimentos em local em que se trabalha com material 
radioativo; 
c. Em todo o trabalho com material radioativo, ter sempre em mente os três 
parâmetros básicos de proteção radiológica: tempo, distância e blindagem; 
d. No trabalho com fontes abertas ter sempre a companhia de outra pessoa 
igualmente qualificada; 
e. Não permitir que pessoas não treinadas manipulem material radioativo; 
f. Usar blindagem o mais próximo da fonte; 
g. Nunca pipetar material radioativo com a boca; 
h. Fazer medições dos níveis de radiação no local, antes, durante e após a 
realização dos trabalhos; 
i. Após trabalhar com material radioativo, descartar as luvas de proteção e lavar 
bem as mãos e unhas com água e sabão e submetê-las a um medidor de 
contaminação; 
j. Qualquer transporte de material radioativo de um lugar para outro deve ser feito 
com todos os cuidados possíveis; e 
k. Executar todos os procedimentos recomendados para a prática específica. 
 
7.1.5 O símbolo da radiação 
 
O símbolo de advertência de radiação, como é atualmente conhecido (exceto 
pelas cores utilizadas), foi concebido na Universidade da Califórnia, no laboratório de 
radiação em Berkeley durante o ano de 1946 por um pequeno grupo depessoas. 
 
 
34 
O símbolo inicialmente impresso era magenta sobre azul e o uso do desenho 
se espalhou pelos Estados Unidos. O uso do azul como fundo não era uma boa 
escolha, uma vez que o azul não é recomendado para ser utilizado em sinais de aviso 
e semelhantes, visto que degrada com o tempo, principalmente se usado no exterior. 
O uso do amarelo como fundo foi provavelmente padronizado pelo Oak Ridge National 
Laboratory no começo de 1948. 
No início dos anos cinquenta foram feitas modificações no desenho original 
como, por exemplo, a adição de setas retas ou ondulantes entre ou dentro das hélices 
propulsoras. No meio dessa década, uma norma ANSI e regulamentações federais 
finalizaram a versão atual. 
 
Figura 3 -Trifólio -Símbolo da Radiação Ionizante. 
Não está claro porque este símbolo foi escolhido. Uma hipótese é a de queeste símbolo era utilizado no dique seco da base naval perto de Berkeley, para avisar 
sobre propulsores girando. Outra, é de que o desenho foi concebido imaginando o 
círculo central como uma fonte de radiação e que as três lâminas representariam uma 
lâmina para radiação alfa, outra para radiação beta e outra para gama. 
Existe ainda uma forte similaridade com o símbolo comercial de aviso de 
radiação existente antes de 1947, que consistia de um pequeno ponto vermelho, com 
quatro ou cinco raios irradiando para fora. O símbolo inicial era muito semelhante aos 
sinais de advertência de perigo elétrico. 
 
 
35 
Outra versão é de que o símbolo foi criado um ano após a II Guerra Mundial 
e que teria certa semelhança com a bandeira japonesa de guerra, a qual havia se 
tornado familiar à população da costa oeste americana. 
De qualquer forma, a escolha do símbolo foi uma boa escolha, uma vez que 
é simples, fácil e prontamente identificável e não é similar a outros, além de ser 
identificável a grande distância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
8. CLASSIFICAÇÃO DOS REJEITOS RADIOATIVOS 
 
Os rejeitos são classificados segundo seus níveis e natureza da radiação, 
bem como suas meias-vidas. As classes, que estão definidas na Norma CNEN-NE-
6.05, estão relacionadas ao nível de dispensa, ao armazenamento e ao tipo de 
deposição que deverão atender. As classes principais são: 
 Classe 0: Rejeitos Isentos (RI): rejeitos contendo radionuclídeos com valores 
de atividade ou de concentração de atividade, em massa ou volume, inferiores 
ou iguais aos respectivos níveis de dispensa estabelecidos na Norma CNEN-
NE-6.05. 
 Classe 1: Rejeitos de Meia-Vida Muito Curta (RVMC): rejeitos com meia-vida 
inferior ou da ordem de 100 dias, com níveis de atividade ou de concentração 
em atividade superiores aos respectivos níveis de dispensa e que podem 
atender, num período de até 5 anos, aos critérios de dispensa estabelecidos 
na Norma CNEN-NE-6.05. 
 Classe 2: Rejeitos de Baixo e Médio Níveis de Radiação (RBMN): rejeitos com 
meia-vida superior a dos rejeitos da Classe 1, com níveis de atividade ou de 
concentração em atividade superiores aos níveis de dispensa estabelecidos 
em Norma CNEN, bem como com potência térmica inferior a 2 kW/m3. A 
Classe 2é subdividida em subclasses de acordo com determinadas 
características desse tipo de rejeitos. 
 Classe 3: Rejeitos de Alto Nível de Radiação (RAN): Rejeitos com potência 
térmica superior a 2kW/m3 e com concentrações de radionuclídeos de meia-
vida longa que excedam as limitações para classificação como rejeitos de meia-
vida curta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
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