Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

“
10
Educação escolar indígena no Brasil: 
avanços e retrocessos ao longo da 
história da educação
Lívia Késsia da Silva Rocha Soares
UERR/RR
Adine da Silva Ramos
UERR/RR
Enia Maria Ferst
REAMEC
Graciete Barros Silva
UERR/RR
10.37885/210102932
https://dx.doi.org/10.37885/210102932
126Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura
Palavras-chave: Educação Escolar Indígena, Identidade, Concepções Pedagógicas.
RESUMO
O objetivo deste artigo é trazer um retrospecto histórico e político da educação escolar 
indígena no Brasil com o enfoque a partir da década de 70 até os dias atuais, tomando 
como referência documentos como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-
LDB-Lei 9394/96, o Referencial Nacional Curricular para as Escolas Indígenas-RCNEI 
e a Constituição de 1988. Tendo em vista as lutas e os movimentos ao longo da história 
da educação brasileira, procuramos responder o seguinte problema de pesquisa: Quais 
foram os avanços e os retrocessos da educação escolar indígena para se alcançar uma 
educação diferenciada e de qualidade ao longo da história da educação brasileira? Nessa 
perspectiva, destacando as lutas dos povos indígenas por uma educação específica 
que deveria contemplar os aspectos históricos, sociais e culturais, este trabalho busca 
apresentar as concepções pedagógicas que nortearam a educação escolar indígena no 
Brasil. Diante disso, buscamos compreender o modelo educacional das escolas indígenas 
em defesa da identidade cultural, linguística e étnica. Realizamos ainda, uma entrevista 
com professores de uma escola indígena localizada na comunidade indígena do Contão, 
em Roraima, a fim de discutir alguns contrapontos da educação escolar indígena atual-
mente. Os resultados indicam que a educação escolar indígena perpassou por diferentes 
abordagens, entre eles etnocêntrica, bilíngue, comunitária, e ainda teve as concepções 
tradicionais e tecnicistas norteando em dois períodos da história da educação brasileira.
127Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura126Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura
INTRODUÇÃO
A educação escolar indígena no Brasil perpassou por diferentes momentos históricos. 
Desde o Brasil Colônia com a chegada dos Jesuítas no ano de 1549 até os dias atuais a 
educação indígena passou por diferentes fases e experiências que foram vivenciadas pelos 
povos indígenas durante todo o processo de escolarização. Ainda no período colonial o foco 
principal era que os povos indígenas fossem totalmente dominados e essa dominação durou 
até o século XX. O índio era levado a assimilar aquilo que não o cabia no que diz respeito a 
sua escolarização, pois não existia o direito a diversidade cultural, linguística e étnica. A pri-
meira escolarização dada aos povos indígenas foi ensinada pelos Jesuítas e as crianças 
tinham uma educação integral, em que a catequese era tida como um meio de educá-los.
Atualmente a educação escolar indígena que durante muito tempo vem lutando por uma 
educação específica, diferenciada e de qualidade, a fim de contemplar os aspectos históricos, 
sociais e culturais, ainda tem inúmeros desafios a serem vencidos, pois a educação escolar 
indígena no Brasil é marcada pelas lutas e movimentos que muitas vezes resultaram em 
vitórias, mas também em perdas. Desta feita, para se pensar numa educação é necessário 
compreender a sua história e o processo de escolarização até a conquista da primeira escola 
formal, quem foram seus aliados e quando a educação escolar indígena aparece de fato no 
cenário da educação brasileira.
Nesse contexto, o objetivo geral deste artigo é trazer um retrospecto histórico e polí-
tico da Educação Escolar Indígena no Brasil com o enfoque a partir da década de 70 até 
os dias atuais, tomando como referência documentos como a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional-LDB - Lei nº 9394/96, o Referencial Nacional Curricular para as Escolas 
Indígenas - RCNEI e a Constituição de 1988. O trabalho busca apresentar as concepções 
pedagógicas que nortearam a Educação Escolar Indígena no Brasil.
Diante disso, buscamos compreender o modelo educacional das escolas indígenas em 
defesa da identidade cultural, linguística e étnica. Realizamos ainda, uma entrevista com 
professores de duas escolas indígenas localizada na comunidade indígena do Contão, em 
Roraima, a fim de discutir alguns contrapontos da educação escolar indígena nos dias atuais.
Este artigo se enquadra em uma pesquisa de abordagem qualitativa segundo Minayo 
(2001), pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo de acordo com Fonseca (2002). Dessa 
forma, o tipo de técnica utilizada neste artigo é a entrevista semiestruturada na concepção 
de Lakatos; Marconi (2009).
128Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura
BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
A educação dos povos indígenas ainda no Brasil Colônia com a chegada dos jesuítas 
não foi vista como uma educação escolar, mas como uma escolarização voltada totalmente 
para a catequese. Os índios assistiam as missas ali ministradas pelos jesuítas que acredi-
tavam torná-los humanos e civilizados, pois os consideravam selvagens. A catequese e a 
missa na vida dos povos indígenas daquela época era uma forma de salvação.
Diz Brandão (1986) que:
um índio civilizado é um índio que foi civilizado por um branco civilizador. O 
artifício do domínio – aquilo que é real sob os disfarces dos encontros de povos 
e culturas diferentes – é o trabalho de tornar o outro mais igual a mim para 
colocá-lo melhor a meu serviço. (BRANDÃO, 1986, p.8).
Brandão afirma em seu discurso que o índio foi remetido a assimilar aquilo que não o 
cabia, sofrendo o processo de aculturação1 que não lhe dava o direito de viver a sua cultura 
e o que os portugueses queriam eram as riquezas avistadas no Brasil. Os povos indígenas 
foram ameaçados, vítimas de extermínio físico e da sua diversidade cultural. Esse período 
vai se estender até o século XX.
Nesse contexto, com a chegada do diretório pombalino no ano de 1757, onde os je-
suítas expulsos, os indígenas passaram a aprender a ler e escrever na língua portuguesa. 
Mesmo com a expulsão dos jesuítas as mudanças acometidas nesta fase pombalina não 
foram significativas. Embora duas escolas públicas fossem criadas, os povos indígenas 
tiveram suas etnias dizimadas, sua cultura deturpada e os ensinamentos dos mais velhos 
já não existiam mais.
RETROSPECTO HISTÓRICO E POLÍTICO: UM RECORTE DOS ANOS 70 
ATÉ OS DIAS ATUAIS
Vimos anteriormente que a educação escolar indígena ainda no Brasil Colônia não 
partia de uma educação formal e diferenciada para os povos indígenas, mas de um processo 
de escolarização que tinha como objetivo catequisar para a salvação daqueles primitivos 
selvagens, assim eram chamados os índios naquela época.
Nessa perspectiva, a educação escolar indígena nos anos 70 inicia uma luta, pois 
aqui nascem os movimentos indígenas apoiados na Constituição de 1988, que propõe uma 
educação diferenciada, respeitando a diversidade de cada povo. Desta feita, destaca-se o 
artigo 78 da LDB:
1 De acordo com Burns aculturação “é o processo pelo qual o empréstimo de um ou de alguns elementos da cultura ocorre como re-
sultado de um contato de qualquer duração entre duas sociedades diferentes” (Burns, 2002: 129).
129Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura128Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura
afirma que a educação escolar para os povos indígenas deve ser intercultural 
e bilíngue para a reafirmação de suas identidades étnicas, recuperação de 
suas memórias históricas, valorização de suas línguas e ciências, além de 
possibilitar o acesso às informações e aos conhecimentos valorizados pela 
sociedade nacional. (BRASIL, 1996, p. 6).
No que tange a Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996, fica evidente os direitos 
aos povos indígenas de uma educação que contemple os aspectos históricos e culturais, 
de qualidade, diferenciada e que valorize a identidade de todos os povos. Diantedisso, 
os movimentos já organizados e com aliados importantes como a igreja, antropólogos e 
educadores de orientação freiriana e marxista, a educação escolar indígena ganha força. 
Podemos aqui ressaltar que este período de ditadura militar os índios continuavam sofrendo 
assimilação e aculturação. Mas incansavelmente os povos indígenas consegue chegar ao 
parlamento. E dessa vez a Constituição reconhece que:
[...] os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional 
comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento 
escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais 
e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela - O ensino da 
História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e 
etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indí-
genas, africana e europeia. (BRASIL, 1988, p. 72).
Dessa forma, a educação indígena que passa por fases tem seus direitos resguarda-
dos sendo respeitadas suas tradições e crenças. Nesta fase as políticas públicas de estado 
voltadas para a educação escolar indígena nos mostram os avanços conquistados e os 
retrocessos em meio ao fracasso do cenário atual.
Neste sentido, a educação escolar indígena perpassa por entraves ainda no início dos 
anos de 1970 na conquista pela efetivação de uma educação diferenciada para os povos 
indígenas. Ainda nessa época discutir sobre educação escolar indígena era algo novo e o 
processo de escolarização almejada pelos índios foi fazendo parte de diversas abordagens2 
como: etnocêntrica, bilíngue, comunitária, entre outras. Cada abordagem apresenta um ob-
jetivo e estudos na tentativa de apontar algumas contribuições no processo de escolarização 
dos povos indígenas.
No Estado de Roraima os movimentos e a demarcação das terras indígenas para 
alcançar uma educação específica, diferenciada e de qualidade até os anos 70 nenhum 
movimento indígena surtiu efeito positivo, os índios viam-se maltratados pelos governantes 
da época. Em 1973, com ajuda do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) houve a primeira 
assembleia dos tuxauas na comunidade do Barro. Foi à primeira vez, em que um evento 
2 Ler “Educação escolar indígena no Brasil: por uma revisão de conceitos, de políticas e de práticas” de Marta Coelho Castro Troquez, 
2014.
130Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura
reunia várias lideranças com o intuito de solucionar problemas de suas comunidades e de-
bater sobre a demarcação das terras. Apesar do número significativo de indígenas mortos 
a população continuava crescendo.
A partir dos anos 80, criou-se o Conselho Indígena de Roraima (CIR), que ajudou 
as lideranças no reconhecimento sobre a demarcação das terras. Em seguida, surgem as 
Organizações dos Professores Indígenas, Associação dos Povos Indígenas e outros, que 
embora fossem diferentes organizações, ambas lutavam pelas mesmas causas.
Nessa perspectiva, surgiram no decorrer dos anos outras organizações indígenas como: 
a Sociedade em Defesa dos Índios Unidos de Roraima (SODIUR), Aliança de Integração 
e Desenvolvimento das Comunidades Indígenas de Roraima (ALIDICIR) e a Associação 
dos Povos Indígenas do Rio Cotingo e Quino (ARICON), sendo oposições das primeiras 
organizações, não havendo apreço quanto aos órgãos principalmente governamental e 
sendo a favor dos fazendeiros e rizicultores existentes em suas áreas alegando ajuda para 
suas comunidades através de contribuições de cestas básicas ou doação de gados para a 
realização de festas indígenas.
O trabalho das organizações e movimentos indígenas foi se desenvolvendo, tanto para 
os que eram a favor da área contínua quanto a da área em ilha. Para os que foram a favor 
da área contínua, a terra representou a vida, a liberdade, o respeito à natureza, costumes e 
tradições indígenas que aos poucos a sociedade não índia tentava acabar.
Assim, os movimentos indígenas foram conquistando espaços importantes para conso-
lidar a demarcação de suas terras, e tais espaços foram constituídos por trabalhos na política 
partidária elegendo prefeitos e vereadores indígenas, e membros dentro da secretaria de 
educação, mas precisamente na Divisão de Educação Escolar Indígena (DIEI), entre outros.
Já os que foram a favor da área em ilha e acometidos por um pensamento capitalista 
alegaram que a demarcação trouxe prejuízo para o estado, ou seja, o estado não cresce-
ria economicamente e que as terras indígenas sofreriam ameaças à soberania nacional 
com a demarcação. Portanto, atualmente a maior parte dos movimentos indígenas vem 
lutando para o crescimento da população na vida social e econômica, a fim de obter de-
sempenhos e melhorias para todos os povos pertencentes às terras indígenas no estado 
de Roraima e no Brasil.
Nesse contexto, percebemos que para nomear membros indígenas em diferentes ór-
gãos do estado que pensassem de fato nos interesses dos povos indígenas, houve escolhas 
assertivas ou não, rivalidades entre as organizações e povos, mas que a partir de decisões 
tomadas por eles o crescimento beneficiaria numa vida economicamente e socialmente 
melhor para todos.
131Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura130Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura
CONCEPÇÕES QUE NORTEARAM A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
Dentre os diversos modelos de educação que nortearam a educação escolar indíge-
na, o Referencial Curricular Nacional para Escolas Indígenas-RCNEI (1998, p. 24), destaca 
que “ela deve ser comunitária, intercultural, bilíngue/multilíngue, específica e diferenciada”. 
Podemos ressaltar que a demarcação de terras no Estado de Roraima marcou o começo 
das lutas dos povos indígenas.
Na educação a luta permanece até os dias atuais. A escola indígena hoje tem seu 
currículo imposto historicamente e é um dos campos de educação mais politizados pelo o 
poder na busca dos direitos que nem sempre são atendidos, revistos e repensados. Segundo 
Grupioni (2006, p.63) “a falta de vontade política de setores governamentais continua sendo 
o principal impedimento para que os direitos conquistados na legislação se efetivem, trans-
formando as escolas indígenas”. Com isso, percebemos a busca incessante da comunidade 
escolar indígena (gestores, coordenadores, professores, alunado e membros indígenas) na 
construção de um currículo que conceba seus direitos e a sua identidade. Conforme, Monte 
(2000, p.11) “no período ainda nebuloso das ditaduras ainda latino-americanas, pequena 
rede de organizações não governamentais passa não só a existir, mas a desenvolver ações 
de apoio as sociedades indígenas, sobretudo no Norte e Centro-oeste do país”. Essas 
organizações contribuíram para que os indígenas tivessem direito a saúde, a educação, a 
melhores condições de vida etc. Sendo assim, um dos desafios das escolas indígenas é 
exercer seus direitos e efetivar na prática um currículo diversificado que atenda a educação 
escolar indígena com políticas públicas educacionais, pensando também na formação dos 
professores indígenas.
Para Freire (2004, p. 36) “a escola em meio indígena teve muitas faces e pautou-se por 
diferentes concepções, não só pedagógicas, mas também acerca do lugar que esses indiví-
duos deveriam ocupar na sociedade brasileira”. A escola indígena se mostra algumas vezes 
ser o que lhes foi herdado pelos europeus, onde teve sua cultura dizimada e as concepções 
pedagógicas sendo trabalhada no contexto escolar indígena, conforme as mudanças políticas 
que orientavam e orientam a educação escolar indígena até os dias atuais. Na LDB de 96 
é assegurada aos povos indígenas uma educação escolar em que na prática pedagógica, 
no que diz respeito à organização didática, o art. 26 aponta que “os currículos do ensino 
fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada por uma 
parte diversificada”. E no art. 32 “o ensino fundamental regular será ministrado em Língua 
Portuguesa assegurada às comunidades indígenas a utilizaçãode suas línguas maternas e 
processos próprios de aprendizagem”. Percebemos que a educação escolar indígena foi ca-
minhando positivamente para a garantia dos seus direitos, promovendo a valorização cultural 
e étnica. O material didático diversificado e diferenciado para atender as escolas indígenas.
132Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura
Logo, a educação escolar indígena não se apresentava norteada por uma concepção 
pedagógica exclusiva, diferentes concepções perpassaram ao longo da história de luta desde 
que os índios tiveram acesso à escolarização e depois uma educação escolar formal que 
assegurassem de fato os seus direitos. O que se percebe é a educação escolar indígena 
perpassando pelo tradicionalismo e o tecnicismo já que anteriormente a década de 70 os 
índios foram impostos a aprender apenas o que lhe ensinavam e as escolas técnicas apa-
reciam no cenário ainda no século XX com o objetivo de formar mão de obra.
CENÁRIO DA PESQUISA
A pesquisa foi realizada no Município de Pacaraima, extremo norte de Roraima, na 
comunidade indígena do Contão. De acordo com Silva (2019, p.64) “a história do municí-
pio de Pacaraima está interligada com a demarcação da fronteira com a Venezuela pelo o 
exército brasileiro, originando do marco BV-8”. Com a chegada de brasileiros de diferentes 
regiões deu-se início a colonização da região sendo emancipada em 1995. Nesse contexto o 
município de Pacaraima é constituído por 49 escolas, sendo 42 da rede estadual de ensino, 
1 urbana e 41 nas áreas indígenas e 7 na rede municipal.
Desta feita o contexto investigado refere-se a duas escolas indígenas localizadas na 
comunidade indígena do Contão, pertencente ao município de Pacaraima. Ressalta-se que 
o nome dessas escolas se denomina Escola Estadual Indígena Silvestre Messias e Escola 
Estadual Indígena José Marcolino. O número de alunos da E.E Indígena José Marcolino 
corresponde a 451 alunos e 20 professores no total, já na E.E indígena Silvestre Messias 
conta com um quadro de 15 professores e aproximadamente 200 alunos, ambas funcio-
nam os três turnos.
Foram convidados a participar da entrevista 6 professores das escolas já citadas ante-
riormente, mas somente três professores responderam às perguntas, somando um total de 
três participantes. Sendo dois professores (as) da Escola Estadual Indígena José Marcolino, 
com formação em Licenciatura Intercultural com Habilitação em Ciências Sociais e o outro 
em Pedagogia pela Universidade Estadual de Roraima/UERR e um professor (a) da Escola 
Estadual Indígena Silvestre Messias com formação em Letras e espanhol, mestrando em 
Intercultural Bilíngue no Exterior. A entrevista aplicada com os professores está composta 
por três perguntas estruturadas.
Este estudo se enquadra em uma abordagem qualitativa que de acordo com Minayo 
(2001, p. 22), [...] ela trabalha com um universo de significações, motivos, aspirações, cren-
ças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos 
processos e dos fenômenos, que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. 
Dessa forma, este tipo de abordagem não se preocupa com representações numéricas, mas 
133Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura132Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura
com a pesquisa, focando a realidade social do objeto em si. É de cunho descritivo (GIL, 2009, 
p. 42), pois busca descrever as características dos sujeitos envolvidos registrando os fatos 
do objeto investigado. Os procedimentos técnicos utilizados neste trabalho é a pesquisa 
bibliográfica e de campo na percepção de Fonseca (2002) que destaca que
a pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas 
já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos 
científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com 
uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se 
estudou sobre o assunto. Existem, porém pesquisas científicas que se baseiam 
unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publica-
das com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o 
problema a respeito do qual se procura a resposta (FONSECA, 2002, p. 32).
Neste sentido, a pesquisa bibliográfica refere-se às pesquisas que são realizadas a 
partir de leituras e estudos feitos acerca de outros autores que já realizaram pesquisas na 
área em que um novo pesquisador esteja pesquisando. Na pesquisa de campo segundo 
o autor já citado anteriormente, esta se caracteriza pelas investigações em que, além da 
pesquisa bibliográfica e/ou documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas, com o 
recurso de diferentes tipos de pesquisa (pesquisa ex-post-facto, pesquisa-ação, pesquisa 
participante, etc.) (FONSECA, 2002). Desta maneira a pesquisa de campo possibilita uma 
melhor compreensão do objeto pesquisado, já que se têm inúmeras possibilidades de ob-
terem-se os resultados a partir de observações, análises, coletas de dados, entre outros.
Com isso, o instrumento utilizado para a coleta de dados foi à entrevista conforme 
Lakatos e Marconi (2008, p. 278), a entrevista é “uma conversação efetuada face a face, de 
maneira metódica, que pode proporcionar resultados satisfatórios e informações necessárias” 
e tem como objetivo compreender as perspectivas e vivencias dos participantes. A entrevista 
ajudará na obtenção de informações relevantes dos entrevistados.
ANALISANDO OS RESULTADOS
Por questões de ética os participantes desta pesquisa serão identificados por letras: A, B 
e C. Desta feita, a partir dos resultados obtidos na entrevista aplicada com professores indíge-
nas de duas escolas na comunidade do Contão, foi realizado o seguinte questionamento: Qual 
a sua concepção sobre professor indígena numa comunidade indígena? Eles responderam:
A: Primeiramente para ser indígena, alguém precisa reconhecer-se como tal 
e ser aceito pela comunidade ou povo onde se encontra inserido. Professor 
precisa ser pertencente a uma etnia ou povo. Ter mais experiência com seus 
povos, ter compromisso com a comunidade, ter conhecimento de sua própria 
cultura, ou seja, de seu povo. Ter conhecimento da organização político, social 
econômico e até religioso de sua comunidade. O professor indígena é visto 
como uma liderança.
134Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura
B: A minha concepção como professora e coordenadora indígena é defender 
a ideia do cooperativismo. Pois percebo que o povo indígena atualmente tem 
sido muito individualista por causa do capitalismo, onde o povo já não conhece 
o seu próximo. E isso é muito ruim para um espírito humano.
C: O professor indígena é que aquele ensina ou repassa, além dos conheci-
mentos universais, os conhecimentos culturais de seu povo. Na comunidade 
é considerado uma das lideranças junto ao tuxaua.
De acordo com as respostas dadas pelos entrevistados é possível compreender que 
a identidade do professor indígena está em ser indígena e aceitar primeiramente os seus 
costumes e a sua cultura. Segundo Hall (2003) as identidades parecem invocar uma origem, 
em um passado histórico com o qual elas detêm determinada correspondência. Mas, têm a 
ver com a questão da utilização dos recursos da história, da linguagem e da cultura para a 
produção daquilo que a pessoa se torna. Para o autor a identidade está ligada ao passado 
e a historicidade do sujeito que deseja preservar a sua língua, a sua cultura e a sua origem.
Para os professores indígenas ser indígena vai além de uma identidade agregada a 
todos esses fatores citados pelo autor. Estar não só em demonstrar conhecimentos, mas 
defender a história de um povo que na história do Brasil foram os primeiros habitantes. Neste 
contexto, a identidade do professor indígena apresenta estar ligada a uma política que os 
obriga deixar de ser aquilo que ele era, um ser capitalista para interesses da sociedade 
civil e não um ser social, cultural e interculturalreferente à sua identidade. Diz Silva (2019, 
p.31) que “a identidade está sempre em movimento, pois é fragmentada, cambiável e tem 
totalidades históricas que se constroem mediantes práticas de representação”. Esta por sua 
vez é marcada pela diferença.
Neste sentido, sabendo que a Educação Escolar Indígena tem um importante papel 
político e que almejam uma educação escolar específica, diferenciada e de qualidade, os 
professores foram indagados com a seguinte pergunta: Que currículo contemplaria uma 
Educação Escolar Indígena específica, diferenciada e de qualidade. E quais as perspectivas 
para o tão almejado currículo?
A: Uma Educação Escolar Indígena almejada seria aquela que possibilitasse ao 
estudante uma autonomia verdadeira, a partir de um currículo que valorizasse 
os conhecimentos ou práticas culturais. O currículo deve conceber alguns 
princípios de interculturalidade tais como: solidariedade, companheirismo, 
humanidade, respeito ao próximo. Porque ao que parece que os currículos 
aplicados hoje nas escolas indígenas enfatizam, mas a competitividade e 
o desrespeito ao próximo ou a vida humana. Não se percebe a valorização 
da educação indígena aquela que se dá ou se ensina em casa, portanto, o 
currículo almejado seria aquele que valorizasse a vida humana e para isso 
que ensinasse sobre alguns temas fundamentais tais como: território, terra, 
economia indígena, contrapondo ao que é salientado hoje mesmo de forma 
camuflada que é a valorização do capitalismo selvagem.
135Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura134Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura
B: No meu ponto de vista deveriam ser contempladas todas as disciplinas 
com suas metodologias adequadas conforme a realidade do convívio da co-
munidade.
C: O currículo atual aprisiona tanto o professor quanto o aluno ao processo 
político ao sistema da mesmice, ou seja, o que agrada o sistema educacional 
vigente. Um currículo específico, diferenciado e de qualidade tem que atender a 
defesa dos direitos garantidos, formalizar a identidade cultural de cada povo e 
comunidade, o principal é, estabelecer um arranjo institucional com instituições 
parceiras e educacionais. Assim se pode observar que médio em longo prazo 
a partir da educação escolar indígena se desenvolvera.
Diante do que foi dito pelos entrevistados percebemos uma aversão por parte dos 
professores indígenas quanto ao atual sistema educacional vigente e do currículo que vem 
sendo trabalhado nas escolas indígenas. Já que a tão almejada educação específica, dife-
renciada e de qualidade ainda aparece distante acerca de tantos desafios a serem vencidos 
ao longo da história e das lutas por cidadania e, ainda pela diversidade no currículo que 
seja capaz de atender as propostas curriculares para as escolas indígenas e a formação de 
seus professores.
É importante destacar a relação que a escola tem com a sociedade contemporânea 
capitalista que reflete fortemente não só na cultura dos sujeitos como na formação destes. 
Entender o currículo e as suas facetas como aprisionamento tanto do professor quanto do 
aluno é desacreditar numa educação escolar indígena ou não. Com isso, o currículo deve 
ser diversificado e multicultural Sacristán (1995) enfatiza que
o currículo multicultural exige um contexto democrático de decisões sobre os 
conteúdos do ensino, no qual os interesses de todos sejam representados. 
Mas para torná-lo possível é necessária uma estrutura curricular diferente 
da dominante e uma mentalidade diferente por parte dos professores, pais, 
alunos, administradores e agentes que confeccionam os materiais escolares 
(SACRISTÁN, 1995, p. 83).
Na concepção de Sacristán o currículo multicultural está direcionado a democracia 
que visa conteúdos que trabalhem de forma que atenda as necessidades seja ela cultural, 
histórica ou social. O currículo deve proporcionar tanto na prática pedagógica quanto no 
processo de ensino e aprendizagem uma estrutura curricular que respeite a diversidade 
sociocultural de cada povo fortalecendo a sua identidade.
Diante disso, pedimos aos professores para expor sua visão sobre a Educação Escolar 
Indígena dos anos 80 até a atualidade, isto é, de como era o ensino, o que mudou e quais 
suas expectativas para alcançar resultados positivos, a fim de vencer os desafios?
A: Entendo que a Educação Escolar Indígena vem passando por algumas 
mudanças importantes. Primeiro ate os anos 80 a concepção pedagógica 
aplicada era a tradicional, depois a concepção tecnicista. Essas concepções 
136Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura
estavam a serviço do estado nacional e ou das empresas. Tinha uma natureza 
assimilacionista e nesse processo o povo indígena teve um grande prejuízo a 
começar pela perda da identidade indígena, isso pelo desaparecimento físico 
de algumas etnias o que também ocasionou a morte cultural, ou seja, pelo 
abandono de práticas cultural de alguns povos indígenas, sobretudo, a negação 
de suas línguas indígenas. Com o advento do Movimento Indígena no Brasil a 
partir dos anos 85 percebe-se uma mudança relevante na Educação Escolar 
Indígena. Destaca-se a carta de Canauanim elaborada no estado de Roraima 
assegurando o Ensino Específico, Diferenciado e de Qualidade. Com o título 
“QUE ESCOLA TEMOS QUE ESCOLA QUEREMOS” a carta de Canauanim 
norteou mudanças na proposta curricular das escolas indígenas no estado de 
Roraima e também em todo território nacional.
B: Na minha visão, nos anos 80 a educação escolar indígena nunca aconteceu. 
Era uma educação escravizadora sem liberdade de expressão dentro de uma 
sala de aula. E atualmente há uma diferença sem comparação. A educação 
escolar indígena conquistou um espaço através de muita luta com o privilégio 
principal de regaste de nossa identidade principalmente da Língua Indígena. 
E a expectativa hoje é no reconhecer a valorização de nossa cultura que hoje 
ainda não é reconhecido totalmente. Por isso o nosso dever como indíge-
na é lutar para manter a liberdade no que se referem os direitos iguais. Os 
professores de ambas as partes expressam as mesmas ideias, as mesmas 
preocupações e suas expectativas é que a educação escolar indígena seja 
algo que traga benefícios nos ensinos da forma que o povo indígena almeja. 
E que há muitos tempos lutam pela melhoria por isso. Já que a questão de 
demarcações de terras para se trabalhar foi atendida, esperam que o trabalho 
na educação seja bem aplicado.
C: A educação escolar indígena na década de 80 não havia nenhuma referên-
cia do específico ou do diferenciado, após a aprovação e a homologação da 
carta magna de 88, e ressalto o que importância também da L.B.D 9394/96. 
Que estas leis fizeram na vida das comunidades indígenas. Antes da década 
de 90 a Educação Escolar Indígena não existia, não havia nada de especifico 
o diferenciado, o que se ensinava eram apenas os conhecimentos univer-
sais o qual a grade curricular daquela época. Não havia leis estaduais que 
amparasse a Educação Escolar indígena. Em meados de 90 se fortaleceram 
as organizações, em destaque a que a organizações de professores indíge-
nas de Roraima (OPIRR). Com muita reinvindicação foram surgindo leis que 
legalizaram a Educação Escolar Indígena nas esferas federais e estaduais, 
essas conquistas através de muitas discussões, reuniões e mobilizações. A 
melhor proposta a se fazer é a criação e implementação de um projeto político 
pedagógico indígena é um princípio de autonomia de/ na linha pedagógica.
Sabemos que a educação escolar indígena foi ganhando forças com o apoio de mui-
tos movimentos e organizações que se mantiveram presentes nas lutas por uma educação 
específica, diferenciada e de qualidade. Um importante documento no ano 1998 vem para 
orientar a educação escolar indígena, o Referencial Curricular Nacional para as Escolas 
Indígenas-RCNEI e neste documento todo o trabalho didático e pedagógico foi desenvolvi-
do para trabalhar especificamente nas escolas indígenas. No ano de 1988 a ConstituiçãoFederal assegurou direitos importantes aos povos indígenas que foi o direito à escola dife-
renciada. Antes disso o que se tem é a atuação de missões religiosas, imposição da língua 
137Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura136Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura
portuguesa e a opressão que penetrava nos povos em ter que viver aquilo que o índio não 
era. Ver sua identidade sendo negada fez oestes povos irem à luta, e com isso fortaleceram 
leis que fizeram o índio alcançar cargos importantes na política, o reconhecimento as suas 
crenças e tradições e ainda a sua organização social e cultural.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A história da educação escolar indígena nos remete a uma história de vivências e 
aprendizados quando voltamos ainda no período colonial quando os índios eram remetidos a 
serem apenas catequizados. Com isso, percebemos que a educação até os dias atuais vive 
de lutas, perdas, conquistas, regressos e vitórias, já que grandes foram as lutas por políticas 
públicas que atendessem as expectativas dos povos indígenas, por uma educação especí-
fica, diferenciada e de qualidade. Sabemos que a luta continua, pois as escolas indígenas 
necessitam colocar na prática tudo que está presente e que é vigente na Constituição de 
1988, LDB e no RCNEI. Quanto à concepção pedagógica que norteou a educação escolar 
indígena o que compreendemos é que muitos enfoques a nortearam. E com isso, muitos 
desafios a serem vencidos como preservar a identidade cultural e étnica desses povos 
contemplando a valorização da diversidade linguística existente no país, estruturar o currí-
culo de forma que o saber cultural e comunitário seja trabalhado na prática. Logo, para que 
isso seja almejado as organizações e órgãos responsáveis devem promover o diferente na 
educação escolar indígena.
REFERÊNCIAS
1. Brandão, Carlos (1986). Identidade e etnia: Construção da pessoa e resistência cultural. 
São Paulo: Ed. Brasiliense. Brasil (1988). Constituição. República Federativa do Brasil. Brasília: 
Senado Federal, Centro Gráfico.
2. BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988.
3. BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto / Secretaria de Educação Fundamental. Refe-
rencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas. Brasília: MEC/SEF, 1998.
4. ______. Lei de Diretrizes e bases da educação nacional. Lei nº 9394. Brasília: Congresso 
Nacional, 1996.
5. FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.
6. FREIRE, José Ribamar Bessa. Trajetória de muitas perdas e poucos ganhos. In. Educação 
escolar indígena em Terra Brasilis, tempo de novo descobrimento. Rio de Janeiro: IBASE, 
2004.
7. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 38. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.
138Educação: pesquisa em linguagens, leitura e cultura
8. GRUPIONI, L. D. B. Contextualizando o campo da formação de professores indígenas no Brasil. 
In: GRUPIONI, L. D. B. (Org.) Formação de professores indígenas: repensando a trajetória. 
Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversida-
de, 2006, p. 39-68. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001463/146327por.
pdf. Acesso em 15 set. 2010.
9. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de 
pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de 
dados. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
10. MINAYO, M. C. de S. (Org.) et al. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 19. ed. 
Petrópolis: Vozes, 2001.
11. SACRISTÁN, J. Gimeno. Currículo e diversidade cultural. In. Tomaz Tadeu da Silva e Antônio 
Flávio Moreira (orgs.). Territórios Contestados: O currículo e os novos mapas culturais. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 1995
12. SILVA, Graciete Barros. Educar nas fronteiras: reflexões sobre identidade e intercultu-
ralidade nas escolas da fronteira Brasil-Venezuela. Graciete Barros Silva_Boa Vista (RR): 
UERR, 2019.

Mais conteúdos dessa disciplina