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RELATÓRIO NBR 15575 E DEMAIS CERTIFICAÇÕES LEED, AQUA E SELO CASA AZUL.

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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO 
NBR 15575 E DEMAIS CERTIFICAÇÕES – LEED, AQUA E SELO CASA AZUL. 
 
 
 
 
 
 
 
CLARA VANZELLA 
YASMIN CARROS PIRES 
7° SEMESTRE B 
 
 
 
 
 
 
 
 
TAUBATÉ 
04 DE ABRIL DE 2020 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. NBR 15 575 
1.1. CONFORTO TÉRMICO 
1.2. DESEMPENHO ACÚSTICO 
1.3. DESEMPENHO TÉRMICO 
1.4. DESEMPENHO LUMÍNICO 
1.5. DURABILIDADE 
1.6. IMPACTO AMBIENTAL 
2. CERTIFICAÇÃO LEED 
2.1. O QUE É A CERTIFICAÇÃO LEED? 
2.2. COMO FUNCIONA A CERTIFICAÇÃO LEED? 
2.3. QUAIS OS OBJETIVOS DA CERTIFICAÇÃO LEED? 
2.4. QUAIS AS VANTAGENS DA CERTIFICAÇÃO LEED? 
2.5. COMO OBTER A CERTIFICAÇÃO? 
2.6. SUSTENTABILIDADE 
2.7. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
2.8 CONFORTO AMBIENTAL 
3. CERTIFICAÇÃO AQUA 
3.1. O QUE É A CERTIFICAÇÃO AQUA? 
3.2. QUAIS OS OBJETIVOS DA CERTIFICAÇÃO AQUA? 
3.3. QUAIS AS VANTAGENS DA CERTIFICAÇÃO AQUA? 
3.4. COMO OBTER A CERTIFICAÇÃO AQUA? 
3.5. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
3.6. CONFORTO AMBIENTAL 
3.7. SUSTENTABILIDADE 
4. COMPARAÇÃO ENTRE CERTIFICAÇÕES 
4.1. LEED x AQUA 
4.2. LEED x SELO CASA AZUL 
4.3. SELO CASA AZUL x AQUA 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS/ ELETRÔNICAS 
 
 
 
 
 
 
 
1. NBR 15 575 
1.1. CONFORTO TÉRMICO 
A norma NBR 15 575 foi elaborada em 2003 e complementada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, 
com o intuito de criar diretrizes técnicas para as edificações, com base na segurança, habitabilidade e 
sustentabilidade. Para isso, reúne os requisitos dos usuários e as condições exteriores, levantando, a partir 
de análises de projeto, ensaios laboratoriais, protótipos e simulação computacional, as melhores situações 
para o indivíduo e meio ambiente. 
É dividida em 6 matrizes: Requisitos Gerais, Sistemas Estruturais, Sistemas de Pisos, Sistemas de Vedações 
Verticais Internas e Externas, Sistemas de Cobertura e Sistemas Hidrossanitários. As 6 matrizes abordam mais 
de 10 subtemas como Segurança Estrutural, Segurança Contra Incêndio, Estanqueidade, Durabilidade, entre 
outros. Dentre os que interessam do ponto de vista do Conforto Ambiental e Sustentabilidade, estão: 
Desempenho Acústico, Desempenho Térmico, Desempenho Lumínico, Durabilidade e Impacto Ambiental. 
 
1.2. DESEMPENHO ACÚSTICO 
Estabelece Desempenho Acústico Mínimo (m) para a edificação, levando em consideração o Isolamento 
Acústico interno e externo. Entende-se como interno o isolamento acústico de ruídos aéreos ou de impacto, 
entre áreas comuns e privativas, e, externo, o isolamento de ruídos aéreos ou de impacto vindos do exterior. 
 
1.3. DESEMPENHO TÉRMICO 
Deve atender aos critérios de desempenho térmico de acordo com a Zona Bioclimática definida da ABNT 
15220-3. 
 
 Fonte: Autor Desconhecido 
 
1.4. DESEMPENHO LUMÍNICO 
Compreende duas vertentes do Desempenho Lumínico: a iluminação natural e a iluminação artificial. 
Durante o dia, os ambientes devem receber iluminação natural conveniente, direta ou indiretamente do 
exterior. No período noturno, a iluminação artificial deve proporcionar condições internas satisfatórias para 
a ocupação dos recintos e circulação nos ambientes, de forma segura e confortável. 
 
1.5. DURABILIDADE 
A durabilidade aqui é colocada como Sustentabilidade, pois, em todas as escalas da construção, desde os 
aspectos construtivos até o acabamento, está diretamente ligada ao consumo. Quando um produto possui 
alta qualidade e durabilidade, ele demorará para avariar, o que posterga o consumo. O produto que tem a 
necessidade de ser trocado em um curto espaço de tempo, incita o consumo e a produção. 
 
1.6. IMPACTO AMBIENTAL 
Para diminuir o impacto ambiental da edificação, aconselha-se o uso de materiais locais, limpos, legais, e de 
menor impacto ambiental. Além disso, a norma coloca como essencial o gerenciamento de resíduos desde a 
implantação do canteiro de obras, bem como o descarte nos lugares corretos para as determinadas classes. 
A água da chuva também deve ser reaproveitada, a partir de um sistema de reaproveitamento de água pluvial 
em reservatórios 
 
 
2. CERTIFICAÇÃO LEED 
2.1. O QUE É A CERTIFICAÇÃO LEED? 
LEED é uma sigla para Leadership in Energy and Environmental Design. Traduzindo: Liderança em Energia e 
Design Ambiental. Foi criada pelo United States Green Building Council, ou mais conhecido como USGBC 
(www.usgbc.org), em 1993. 
O USGBC foi criado com o intuito de promover e fomentar práticas de construções sustentáveis. 
Logo no início o USGBC compreendeu que precisava viabilizar essa ideia para a indústria, pois só assim essas 
práticas seriam palpáveis e mensuráveis. 
Tornou-se assim necessária a criação de um sistema próprio. Foi então introduzido o sistema de classificação 
LEED como uma forma de se estabelecer estratégias e padrões para a criação de edifícios sustentáveis. 
De 1994 a 2013, a certificação evoluiu de um padrão para a construção nova para um sistema abrangente de 
padrões inter-relacionados que abordassem todos os aspectos do processo de desenvolvimento e 
construção. 
 
2.2. COMO FUNCIONA A CERTIFICAÇÃO LEED? 
Existem quatro tipos diferentes de certificação LEED, os quais consideram as necessidades de cada 
tipo de empreendimento: 
BD+C — LEED para Projeto e Construção de Edifícios: seus parâmetros consideram a sustentabilidade de 
forma holística. Adequado para novas construções e reformas grandes. Pode ser aplicado em hotéis, motéis, 
pousadas, hospitais e escolas. 
ID+C — LEED para Design e Construção de Interiores: com parâmetros que focam na adequação de espaços 
interiores, que é onde passamos a maior parte do tempo. Dessa maneira, há otimização na nossa qualidade 
de vida por meio de elementos sustentáveis aplicados no dia a dia. Adequado para escritórios e interiores 
comerciais, que não sejam hospedagem. 
O+M — LEED para Operação e Manutenção de Edifícios Existentes: seus parâmetros buscam a adequação 
sustentável de edifícios mais antigos que consomem uma quantidade maior de recursos (energia, água, etc). 
Com o LEED, é possível mudar o parâmetro todo desses edifícios antigos. Pode ser aplicado em galpões e 
centros de distribuição e guarda volumes. 
ND — LEED para Desenvolvimento de Bairros: conta com parâmetros que focam na melhoria global da região 
com a construção de áreas verdes, por exemplo. Pode ser utilizado na otimização da iluminação, fazendo uso 
da luz de LED, gerando baixo consumo de energia e possui vida útil maior que as lâmpadas comuns. Pode ser 
aplicado também na reutilização da água, com a criação de sistemas para tal objetivo. 
 
2.3. QUAIS OS OBJETIVOS DA CERTIFICAÇÃO LEED? 
O objetivo do sistema é reduzir a pegada de carbono do mundo construído e criar um sistema 
competitivo para a eficiência de edifícios, recompensando a prática de melhor design, construção e 
manutenção e criando um mercado de produtos mais sustentáveis para o setor construtivo. Dentre 
os seus objetivos estão: 
• Reconhecer liderança ambiental na indústria da construção 
• Definir “edifícios verdes” através do estabelecimento de um padrão comum de medição 
• Promover práticas de projeto e de construção integrativas 
• Estimular a concorrência verde 
• Sensibilizar os consumidores para os benefícios da construção verde 
• Propagar a visão sobre o desempenho de um edifício ao longo do ciclo de vida do mesmo 
https://arquiteturafmc.com.br/escritorio-de-arquitetura/
https://arquiteturafmc.com.br/projeto-arquitetonico-influenciar-vendas/
https://arquiteturafmc.com.br/projeto-luminotecnico-como-ele-influencia-o-comportamento-do-consumidor/
• Transformar o mercado de construção 
 
2.4. QUAIS AS VANTAGENS DA CERTIFICAÇÃO LEED? 
Os principais benefícios da certificação, segundo o Green Building Council Brasil (2014), são: 
 
 Parâmetros econômicos: 
• Diminuição dos custos operacionais; 
• Diminuição dos riscos regulatórios; 
• Valorização do imóvel para revenda; 
• Aumento na velocidade de ocupação.Parâmetros sociais: 
• Melhora na segurança e priorização da saúde dos trabalhadores e ocupantes; 
• Inclusão social e aumento do senso de comunidade; 
• Conscientização de trabalhadores e usuários; 
• Estímulo a políticas públicas de fomento a Construção Sustentável. 
 
 Parâmetros ambientais: 
• Uso racional e redução da extração dos recursos naturais; 
• Redução do consumo de água e energia; 
• Uso de materiais e tecnologias de baixo impacto ambiental; 
• Redução, tratamento e reuso dos resíduos da construção e operação. 
 
2.5. COMO OBTER A CERTIFICAÇÃO LEED? 
De acordo com a classificação da construção ou reforma, a LEED apresenta os requisitos que devem ser 
seguidos para a obtenção da certificação. Além disso, há níveis diferentes da LEED estabelecidos por meio 
de um sistema de pontuação. 
Para conseguir a certificação, é preciso alcançar um mínimo de 40 pontos. O desempenho máximo é de 100 
pontos: 
• LEED Certified — para construções que alcançam entre 40 e 49 pontos; 
• LEED Silver — construções que fazem entre 50 e 59 pontos; 
• LEED Gold — para construções que alcançam entre 60 e 79 pontos; 
• LEED Platinum — para aquelas que fazem 80 ou mais pontos. 
 
As otimizações nas edificações podem chegar a ter até 70 estratégias para se tornar sustentável. 
A LEED está sempre em processo de atualização, portanto, sempre deve-se verificar qual a última versão da 
certificação. 
 
No Brasil a avaliação para a obtenção do certificado é realizada pelo Green Building Council Brasil (GBC Brasil). 
Alguns dos pré-requisitos para o selo LEED são: 
 
• Critérios mínimos do programa: são requisitos básicos que consideram a legislação vigente em 
âmbito estadual, municipal e federal. 
• Eficiência no uso da água: requerimentos da certificação LEED relativos à adição de estratégias para 
redução do consumo e reaproveitamento de água. 
• Espaço sustentável: requisitos que consideram a realização de melhorias em grandes centros, como 
a criação de ciclofaixas e bicicletários. 
• Materiais e recursos: requerimentos que consideram a utilização de materiais “limpos” (que não 
geram resíduos poluentes) e a existência de postos de coleta de recicláveis. 
• Energia e atmosfera: requisitos da certificação LEED voltados para o uso de fontes de energia 
inovadoras e mais eficientes (como lâmpadas econômicas e geradores a gás). 
• Qualidade ambiental interna: requerimentos que consideram o bem-estar em ambientes fechados, 
analisando o controle da emissão de produtos voláteis (como tintas e vernizes) e outros. 
http://www.gbcbrasil.org.br/
• Inovação do projeto: requisitos da LEED que avaliam a adoção de soluções inovadoras e sustentáveis. 
 
Para obter a certificação LEED para um empreendimento, é preciso registrá-lo no USGBC. O registro só será 
confirmado caso haja conformidade aos requisitos apresentados acima. 
É importante destacar que, em nosso país, para conquistar um selo LEED é preciso seguir as determinações 
do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) em um processo que envolve: 
 
• Escolher o tipo do projeto; 
• Fazer o registro online; 
• Enviar os templates do projeto pela plataforma do LEED Online; 
• Aguardar pela análise e aviso sobre a conquista (ou não) da certificação. 
 
2.6. SUSTENTABILIDADE 
Essa categoria da certificação LEED se concentra no ambiente que envolve uma construção, atribuindo 
créditos para projetos que enfatizam as relações vitais entre edifícios, ecossistemas e serviços 
ecossistêmicos. 
Se concentra em restaurar elementos de sustentabilidade do projeto, integrando-o com os ecossistemas 
locais e regionais e preservando a biodiversidade em que os sistemas naturais atuam. 
A partir dessa definição, um projeto pontua bem se: 
 
• Prevenir contra a poluição ambiental no momento da construção; 
• Reduzir a poluição luminosa; 
• Incentivar paisagismo regional apropriado; 
• Maximizar espaços abertos, como praças e terraços, por exemplo; 
• Remediar as áreas contaminadas, descontaminando terrenos industriais; 
• Reduzir a área de estacionamento, desestimulando o uso de transporte individualizado; 
• Disponibilizar bicicletário e vestiário. 
 
2.7. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
Nessa categoria da certificação LEED, busca-se recompensar as decisões tomadas pelas equipes de projeto 
sobre a qualidade do ar interno e o conforto térmico, visual e acústico. Os edifícios verdes com boa qualidade 
ambiental interna protegem a saúde e o conforto dos moradores. 
Alguns dos itens válidos para que tudo se encaixe no que pede o sistema de classificação do LEED são: 
 
• Presença de espaços com vista externa e luz natural; 
• Controle de ventilação; 
• Monitoramento da qualidade do ar exterior; 
• Proibição ao fumo no interior do empreendimento e próximo às entradas; 
• Escolha de materiais com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis; 
• Áreas envidraçadas nas fachadas para garantir a integração do usuário com o ambiente externo. 
 
2.8. CONFORTO AMBIENTAL 
Dentro da parte de conforto há subdomínios que devem ser atendidos para 
que se obtenha a pontuação. Dentre eles são: 
• Qualidade do ar interno - Fornece qualidade de ar adequada aos ocupantes é uma das 
funcionalidades mais importantes de um edifício. 
• Conforto Térmico - Os fatores incluem temperatura do ar, velocidade do ar, umidade, temperatura 
radiante e umidade relativa, troca de calor, enquanto os principais fatores humanos são vestuário e 
calor metabólico. 
• Conforto de Iluminação - Os principais aspectos do conforto da iluminação são o nível de luz 
(intensidade ou brilho), contraste e brilho. 
• Conforto acústico- os parâmetros comuns usados para avaliar o desempenho acústico de um 
edifício são: tempo de reverberação, nível de pressão sonora, tempo de decaimento precoce, 
clareza, definição de som ou inteligibilidade de fala e índice de transmissão de fala. 
http://www.gbcbrasil.org.br/
http://www.gbcbrasil.org.br/tipologia-leed.php
https://www.usgbc.org/leedonline.new/
• Ergonomia- lida com o design de objetos, sistemas e ambiente, de maneira a garantir o conforto 
humano. 
• Campo eletromagnético e radiação - o campo eletromagnético é criado movendo cargas elétricas, 
micro-ondas, ondas de rádio, correntes elétricas e transformadores. 
 
 
3. CERTIFICAÇÃO AQUA 
3.1. O QUE É A CERTIFICAÇÃO AQUA? 
O Processo AQUA-HQE é uma certificação internacional da construção sustentável. Foi desenvolvido a partir 
da certificação francesa Démarche HQE (Haute Qualité Environnementale) e aplicado no Brasil pela Fundação 
Vanzolini. 
Como surgiu no Brasil, possui referenciais técnicos elaborados com base em aspectos mais específicos do 
país, dentre eles a cultura, clima, normas técnicas e leis. E ainda, propõe um olhar mais sustentável às 
construções nacionais, buscando por inovações e melhorias no desempenho. 
A aplicação permite redução do consumo de água, energia, CO2 e matérias-primas nas edificações, o que 
aumenta a qualidade de vida dos usuários e vai além: beneficia o desenvolvimento socioeconômico e 
ambiental da região. 
 
3.2. QUAIS OS OBJETIVOS DA CERTIFICAÇÃO AQUA? 
A certificação AQUA tem sua metodologia baseada nas dimensões social, ambiental e econômica atuando 
como proposta nos cenários local, regional e planetário. Tem por objetivos: 
 
• Garantir o entendimento racional entre desenvolvimento sustentável, edifícios/ambiente construído e os 
envolvidos definindo eventos de comunicação eficiente em aderência aos objetivos a serem alcançados; 
• É a definição clara e objetiva dos pressupostos e o que não deve ser feito sendo assegurados nas metas de 
desempenho indicadas para o empreendimento, seguido pela monitoração e controle dos demais processos. 
 
3.3. QUAIS AS VANTAGENS DA CERTIFICAÇÃO AQUA? 
Para os empreendedores: 
• Comprovar a Alta Qualidade Ambiental das suas construções; 
• Diferenciar seu portfólio no mercado; 
• Aumentar a velocidade de vendas ou locação; 
• Manter o valor do seu patrimônio ao longo do tempo; 
• Associar a imagemda empresa à Allta Qualidade Ambiental; 
• Melhorar o relacionamento com órgãos ambientais e comunidades; 
• Ter um reconhecimento internacional. 
 
Para os usuários: 
• Economia direta no consumo de água e de energia elétrica; 
• Menores despesas condominiais gerais –água, energia, limpeza, conservação e manutenção; 
• Melhores condições de conforto e saúde; 
• Maior valor patrimonial ao longo do tempo; 
• Consciência de sua contribuição para o desenvolvimento sustentável e a sobrevivência no planeta. 
 
Para a sociedade e meio ambiente: 
• Menor demanda sobre as infraestruturas urbanas; 
• Menor demanda de recursos hídricos; 
• Redução das emissões de Gases de Efeito Estufa; 
• Redução da poluição; 
• Melhores condições de saúde nas edificações; 
• Melhor aproveitamento da infraestrutura local; 
• Menor impacto à vizinhança; 
• Melhor qualidade de vida; 
• Melhor gestão de resíduos sólidos; 
• Melhor gestão de riscos. 
3.4. COMO OBTER A CERTIFICAÇÃO AQUA 
O empreendimento será certificado, com emissões dos certificados após as auditorias, uma vez constatado 
atendimento aos critérios dos Referenciais de Certificação de acordo com a tipologia do empreendimento. 
É fundamental que o empreendedor esteja comprometido com o desenvolvimento sustentável desde o 
inicio do projeto, pois a certificação requer implantação de um sistema de gestão do empreendimento (SGE) 
e também o atendimento das 14 categorias de qualidade ambiental do empreendimento (QAE), distribuídos 
nas seguintes maneira: 
 
• 1- RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O SEU ENTORNO 
• 2- ESCOLHA INTEGRADA DE PRODUTOS, SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS 
• 3- CANTEIRO DE OBRAS DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL 
• 4- GESTÃO DA ENERGIA 
• 5- GESTÃO DA ÁGUA 
• 6- GESTÃO DE RESÍDUOS DE USO E OPERAÇÃO DO EDIFÍCIO 
• 7- MANUTENÇÃO – PERMANÊNCIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL 
• 8- CONFORTO HIGROTÉRMICO 
• 9- CONFORTO ACÚSTICO 
• 10- CONFORTO VISUAL 
• 11- CONFORTO OLFATIVO 
• 12- QUALIDADE SANITÁRIA DOS AMBIENTES 
• 13- QUALIDADE SANITÁRIA DO AR 
• 14- QUALIDADE SANITÁRIA DA ÁGUA 
 
Cada uma das 14 categorias do AQUA-HQE pode ser classificada no nível BASE, BOAS PRATICAS ou MELHORES 
PRATICAS, e cabe ao empreendedor definir quais categorias atingirão a classificação máxima, intermediária 
o mínima, dependendo do contexto e de sua estratégia de sustentabilidade. Para um empreendimento ser 
certificado AQUA-HQE, o empreendedor deve ter um perfil mínimo de desempenho com 3 categorias no 
nível MELHORES PRATICAS, 4 categorias no nível BOAS PRATICAS e 7 categorias no nível BASE. 
A Certificação AQUA-HQE é concedida pela Fundação Vanzolini, que faz 3 auditorias presenciais ao longo do 
desenvolvimento do empreendimento, a fim de verificar que todos os critérios de sustentabilidade foram 
atendidos 
Fase Pré-Projeto – após elaboração do pré-projeto, definição do perfil de desempenho nas 14 categorias, 
estabelecimento do Sistema de Gestão do Empreendimento e avaliação das 14 categorias de desempenho 
pelo Empreendedor, mediante auditoria da Fundação Vanzolini. 
Fase Projeto – após elaboração dos projetos de modo a atender os critérios correspondentes ao perfil de 
desempenho programado e avaliação das 14 categorias de desempenho pelo Empreendedor, mediante 
auditoria da Fundação Vanzolini. 
Fase Execução – após a entrega da obra, realizada de modo a atender aos critérios correspondentes ao perfil 
de desempenho projetado e avaliação das 14 categorias de desempenho pelo empreendedor, mediante 
auditoria da Fundação Vanzolini. 
 
3.5. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
Eficiência energética é fazer mais com menos energia, isto é, gastar o mínimo de energia e obter o maior 
resultado em serviço entregue (Pérez-Lombard, Ortiz, González & Maestre, 2009). 
Para um produto, a eficiência energética é uma característica, como o seu preço ou sua cor, e é medida pela 
quantidade de energia que consome para produzir o resultado, por exemplo, um ar condicionado: quanto 
calor retira do ambiente por kwh de eletricidade consumida (Gillingham, Newell, & Palmer, 2009). 
Preocupações com preservação do meio ambiente desde a década de 1980 fizeram com que a eficiência 
energética fosse considerada estratégica (Buck & Young, 2007). O controle de consumo de energia mostra-
se cada vez mais fundamental para um desenvolvimento sustentável (Zheng et al., 2009). 
• Orientação das fachadas; 
• Tipo de envelope (envoltória); 
• Áreas envidraçadas; 
• Luz natural; 
• Sombreamento do entorno; 
• Medidas básicas; 
• Uso de energias renováveis e fontes próprias; 
• Uso de materiais especiais; 
• Passive House; 
• Automação e IoT. 
 
3.6. CONFORTO AMBIENTAL 
O desempenho ambiental de uma edificação com relação ao conforto higrotérmico visa principalmente a 
otimizar os diferentes parâmetros que condicionam um conforto agradável para os ocupantes: temperatura, 
higrometria, velocidade do ar e máximo de horas de desconforto nos espaços não climatizados. As exigências 
para o conforto higrotérmico no verão são diferentes conforme os ambientes tenham ou não recurso a um 
sistema de resfriamento. 
As características do meio sonoro de um local, bem como o conforto que ele proporciona aos usuários, 
podem influir na qualidade do trabalho, do sono e nas relações entre os ocupantes do edifício. Quando a 
qualidade do ambiente se deteriora e o conforto se degrada, os efeitos observados podem rapidamente 
revelar-se muito negativos, levando a baixa de produtividade, a conflitos entre usuários e/ou vizinhos, e 
mesmo a problemas de saúde. 
O conforto visual é um estado de satisfação experimentado quando um ambiente de um lado permite um 
desempenho visual satisfatório e, de outro, garante uma qualidade luminosa e colorida agradável. A 
qualidade ambiental intrínseca de uma edificação com relação ao conforto visual é aqui avaliada por meio 
da concepção arquitetônica e técnica relativa às fontes de luz natural e artificial que asseguram esse estado 
de satisfação. 
A qualidade ambiental de uma edificação com relação ao conforto olfativo relaciona-se principalmente ao 
desempenho do sistema de ventilação implantado. 
 
3.7. SUSTENTABILIDADE 
A certificação AQUA é inteiramente voltada para a sustentabilidade, trazendo benefícios para os 
empreendedores que investem nesse tipo de construção podendo ser um diferencial no mercado, 
associando a imagem da empresa a sustentabilidade e melhorando as relações com os órgãos ambientais e 
a comunidade. Os benefícios não se restringem apenas aos empreendedores, sendo o consumidor um dos 
maiores beneficiados, como exemplo podendo ser citada a economia de água e energia durante a vida útil 
do imóvel, além da valorização do patrimônio ao longo do tempo e menores custos de operação e 
manutenção. Além dos empreendedores e consumidores, a sociedade e o meio ambiente acabam tendo um 
grande ganho também em vários pontos, dentre eles a redução da poluição, menor impacto á vizinhança e 
melhor gestão de resíduos sólidos. 
 
 
 
4. COMPARAÇÃO ENTRE CERTIFICAÇÕES 
4.1. LEED x AQUA 
 Enquanto a certificação LEED é separada em 7 categorias, a certificação AQUA analisa 14 categorias no que 
diz respeito a qualidade ambiental do empreendimento. Além disso, segundo Duarte, Kohl et al (2016), o 
LEED tem requisitos relacionados a inovação e créditos para prioridade regional, o que leva em conta 
diferenças ambientais, sociais e econômica, que são inexistentes na certificação AQUA. Por outro lado, a 
AQUA possui requisitos como conforto acústico, olfativo, qualidade sanitária dos ambientes e qualidade 
sanitária da água, que não são abordados no LEED. O quadro 5 ilustra as diferenças nos requisitos das 
certificações LEED e AQUA. 
Outra conclusão que pode-se chegar, é que, de acordo com Duarte, Kohl et al (2016), a certificação LEED visa 
apenas à melhoria dos aspectos ambientais do meio ambiente, enquando o AQUA objetiva além deste, a 
melhoria da qualidade de vidae da saúde das pessoas que utilizam o ambiente construído. Outro ponto 
importante é o fato de a certificação AQUA ser baseada em desempenho, onde é necessário ter boa 
performance em todos os requisitos. Já o LEED é baseado num sistema de pontos, onde não há necessidade 
de atender todos os requisitos para receber a pontuação mínima para a certificação. 
 
4.2. LEED x SELO CASA AZUL 
Enquanto o Selo Casa Azul prioriza as categorias projeto e conforto, práticas sociais e conservação de 
recursos materiais, o LEED for homes concentra quase metade dos pontos em duas categorias: energia e 
atmosfera e qualidade ambiental interna. Por outro lado, a categoria correspondente no Selo Casa Azul, 
eficiência energética, é pouco mais que 15% dos pontos. Outra diferença a ser destacada é na categoria de 
práticas sociais que o Selo Casa Azul corresponde a mais de 20% da pontuação, enquanto no LEED for homes 
a categoria correspondente é apenas 2,21% da pontuação. Essa diferença acontece, pois os conceitos de 
edifício verde já são amplamente difundidos nas construções americanas, ao contrário do Brasil, onde o 
mercado tem outra receptividade desse tipo de metodologia (Rodrigues et al., 2010). 
 
4.3. SELO CASA AZUL x AQUA 
O Selo Azul da Caixa Econômica Federal é uma certificação totalmente voltada para a cultura brasileira (JOHN, 
PRADO et al, 2010), enquanto o AQUA é uma adaptação da certificação francesa à realidade do país. Outro 
ponto a se destacar é o fato das duas certificações possuírem auditorias presenciais. 
Enquanto a certificação da Caixa possui 53 critérios, sendo alguns deles obrigatórios e outros de livre escolha, 
o AQUA em suas 14 categorias avalia o desempenho como um todo (classificadas em Base, Boas práticas ou 
Melhores práticas), não deixando opcional nenhum dos itens (VANZOLINI, 2015). 
De acordo com Inovatech (2015), outra diferença é o fato de o Selo Azul possuir 3 tipos de selos: Bronze (19 
critérios obrigatórios), Prata (6 critérios de livre escolha, além dos 19 obrigatórios) e Ouro (12 critérios de 
livre escolha, além dos 19 obrigatórios). Já o AQUA, segundo Vanzolini (2015), não possui diversos selos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS/ ELETRÔNICAS 
Fundação. Vanzolini, 2010. Certificação AQUA chega aos edifícios e conjuntos habitacionais no Brasil. São 
Paulo, 2010. Fundação Vazolini. Boletim 2010 – Ambiental Company (Gestão em Meio Ambiente). 
Fundação. Vanzolini, 2007 Referencial Técnico de Certificação Edifícios do Setor de Serviços – Démarche HQE. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT ISO/IEC 14.001, Requisitos do Sistema de Gestão 
Ambiental, ABNT, 2015. 
 
BRASIL. Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre sanções penais e administrativas derivadas de 
consutas e atividades lesivas ao Meio Ambiente e dá outras providências. 
 
_______. Lei n. 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. 
 
_______. Resolução CONAMA no 307 de 05 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos 
para a Gestão de Resíduos da Construção Civil. 
 
http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10022474.pdf 
 
https://vanzolini.org.br/aqua/wp-content/uploads/sites/9/2017/01/AQUA-HQE-GPES2017-01.pdf

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