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ENEAGRAMA
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Os princípios básicos do Eneagrama surgiram no Oriente Médio, de 
antigas culturas. No entanto, sua dinâmica acompanha os anseios e as 
necessidades mais contemporâneos, já que seu desenvolvimento 
baseia-se em quase 30 anos de depoimentos reais que formam uma 
‘tradição oral’. Isso possibilita que o conhecimento ancestral esteja em 
permanente adaptação aos nossos tempos, e o coloca entre o que há de 
mais atual em termos de recursos utilizados para a compreensão do 
comportamento humano e para o crescimento pessoal.
A palavra Eneagrama se origina do grego ennea, que significa nove, e 
grammos, sinônimo de pontos. O símbolo é uma estrela de nove pontas, 
que descreve nove tipos de personalidade, suas inúmeras nuances e 
inter-relações. Partindo do princípio de que o tipo representa a forma 
com que cada um se percebe no mundo, ao identificar nosso próprio 
tipo, ampliamos nosso ponto de vista sobre nós mesmos: podemos 
entender nossas fraquezas e limitações, ao mesmo tempo em que 
vislumbramos novas perspectivas de ação que levam ao crescimento 
pessoal. A partir dos tipos, também passamos a compreender as outras 
pessoas, vendo-as como elas são para si mesmas, e não a nossa 
projeção carregada de expectativas. 
O Eneagrama não é um sistema fixo. Suas linhas interligadas indicam 
movimento, o que significa que, além da identificação mais forte com 
determinado tipo, temos os potenciais de todos os outros. Através das 
linhas conectadas, é possível identificar inúmeras combinações, que 
resultam nas diferenças sutis entre pessoas do mesmo tipo, além das 
características marcantes que assumimos de acordo com situações de 
estresse ou, ao contrário, de segurança - dados preciosos no processo 
do conhecimento de si mesmo e dos outros, e do crescimento pessoal.
 
Estrutura do diagrama: o símbolo - Lei do Sete - Lei do Três - 
Sete pecados no Cristianismo
O Eneagrama é representado por um círculo com nove pontos 
eqüidistantes e numerados de um a nove. Cada um deles identifica os 
principais modos de funcionamento possíveis da pessoa humana, e que 
é denominado ‘tipo’ - ao todo, nove tipos básicos. Diferentes linhas 
unem esses pontos, indicando todos os movimentos dos tipos e suas 
interligações. As flechas descrevem a possível evolução da 
personalidade de acordo com o grau do estresse ou do sentimento de 
segurança vivido por cada um de nós. No Eneagrama, as linhas formam, 
também, os dois conjuntos distintos inscritos no círculo: um triângulo 
eqüilátero formado pelos pontos 3, 9 e 6, na seqüência das flechas; e 
uma espécie de hexágono que agrupa os pontos 1, 4, 2, 8, 5 e 7. 
A estrela de nove pontas que representa o Eneagrama é muito antiga. 
Acredita-se que vem sendo apresentada, pelo menos, a partir do século 
XV e mapeia a relação de duas leis fundamentais: a do Três, que 
identifica três forças presentes no início de um evento, e a do Sete, que 
governa a fase de implementação desse evento, à medida que se 
desenrola. Ao contrário das duas forças visíveis que norteiam o mundo 
contemporâneo, Causa e Efeito, o Eneagrama acredita na necessidade 
da união de três forças: ativa, receptiva e reconciliadora (Pai, Filho e 
Espírito Santo, na trindade cristã; e Brahma, Vishnu e Shiva, no 
hinduísmo). Representada no triângulo central da estrela, a lei do Três 
sugere a existência de três preocupações mentais nucleares 
(esquecimento de si mesmo, paranóia e imagem) e três preocupações 
emocionais nucleares (raiva, medo e ‘o que estou sentindo?’). Na forma 
da segunda figura, o hexágono, a lei do Sete está preservada nos seis 
pontos que a formam, sendo que o sétimo se repete como acontece com 
a escala musical de Dó. Juntas, as leis formam a estrela completa.
Segundo o Eneagrama, o ser humano tem nove traços principais da vida 
emocional, ou ‘paixões’: preguiça, raiva, orgulho, inveja, avareza, gula e 
luxúria, que fazem um paralelo com os Sete Pecados Capitais do 
Cristianismo, mais o ‘engano’ e o ‘medo’. Esses nove traços 
desenvolvem-se no momento em que saímos de um estado de graça e 
entramos no mundo material - na mais tenra infância, quando iniciamos 
nossa vida familiar. Se nos desenvolvemos de maneira saudável, essas 
‘paixões’ serão apenas tendências sem destaque. Mas se, ao contrário, 
crescermos com problemas psicológicos, esse traço ganha proporção 
capaz de tomar o controle de nossa vida. Por outro lado, o Eneagrama 
vê essa ‘sombra emocional’ como um aliado, um mestre pessoal, que 
nos faz lembrar o que perdemos lá atrás e entender como nos 
desenvolvemos até nos tornar adultos. 
A Tradição Oral: A escola de Gurdjieff
O Eneagrama é um antigo sistema de autoconhecimento intimamente 
ligado à filosofia Sufi, surgido no Oriente Médio. Sua trajetória, 
entretanto, não foi registrada em documentos. Tudo o que nós, 
ocidentais, sabemos a respeito do Eneagrama, devemos ao estudioso e 
professor George Ivanovitch Gurdjieff (1872-1949). Seu enorme 
magnetismo pessoal e sabedoria possibilitaram-lhe aplicar, desenvolver 
e ‘formatar’ o Eneagrama ao universo do Ocidente. Embora tivessem 
pouca compreensão psicológica de si mesmos, os alunos entregaram-se 
aos seus ensinamentos, certos de que este poderia iniciá-los no 
conhecimento próprio e no da psique humana. 
Gurdjieff utilizou o Eneagrama como um instrumento precioso para 
‘retirar as máscaras’ de seus alunos e identificar suas verdadeiras 
aptidões e potencialidades, e obter outras informações que pudessem 
ajudá-lo m seus estudos e treinamentos. Nesse período, não houve 
referência escrita sobre o Eneagrama de personalidades. A partir de 
Gurdjieff e ao seu legado, as escolas que o sucederam puderam dar 
prosseguimento aos seus estudos. Mas, diferentemente do mestre, 
tendiam a ver as preocupações da personalidade como dados 
secundários na busca de uma conscientização superior, e não como uma 
fonte valiosa de informações para atingir esses estados de consciência 
mais plena. Hoje sabemos, como Gurdjieff já sabia, que dependemos de 
defesas psicológicas para manter a essência da nossa personalidade - 
mecanismos que podem ser identificados com a utilização do 
Eneagrama.
Oscar Ichazo/Claudio Naranjo/Helen Palmer
Com formação no Sufismo e conhecimentos do Zen e da Cabala, Oscar 
Ichazo rearranjou o Eneagrama das Personalidades, tornando o modelo 
acessível e a relação entre os tipos verificável por meio de entrevistas. 
Na sua contribuição ao Eneagrama, Ichazo aplicou o conceito Sufi de que 
as preocupações da personalidade indicam as características perdidas 
de nossa essência. Assim, facilitou a detecção e a compreensão das 
características superiores da vida às quais cada um de nós está 
predisposto - a Idéia Sagrada, referindo-se à característica superior 
mental, e a Virtude, para a emocional. Quanto mais próximos à nossa 
essência, mais temos presentes esses traços, e vice-versa. 
Logo após assistir ao treinamento psico-espiritual de Ichazo em Arica, o 
psiquiatra Claudio Naranjo entrevistou indivíduos psicologicamente 
sofisticados e capazes de descrever suas preocupações mentais e 
emocionais. Num de seus estudos sobre o Eneagrama, Naranjo mapeou 
os principais mecanismos de defesa que dão suporte aos nove tipos. Isso 
complementou a reformulação de Ichazo e remeteu o sistema para o 
contexto das idéias psicológicas, servindo de ponte para a Psicologia 
contemporânea. Ainda no início dos anos 70, Naranjo 
começou a ensinar oralmente o Eneagrama em Berkeley, na Califórnia. 
Com ele, a autora e professora Helen Palmer aprendeu a dinâmica do 
sistema. Em 1976, Palmer passou a entrevistarseu próprio painel de 
alunos. Como seu foco de interesse estava nas áreas de prática 
espiritual e treinamento da intuição, mescladas a alguns aspectos 
psicológicos como os problemas que cada tipologia tendia a encontrar 
na prática, a estudiosa desenvolveu uma linha de questionamento que 
realçasse experiências da intuição e da essência. Atualmente Helen 
Palmer é importante referência nos ensinamentos e pesquisas do 
Eneagrama, tornando-se a principal instrutora da Tradição Oral do 
sistema. 
 
 Paixões do Centro Emocional
Entende-se por "Paixão" ou pecado de raiz o que conhecemos como 
compulsões emocionais. Neste contexto "Paixão" significa separação ou 
o erro do alvo. Os nove pecados prometem a intensificação da vida, mas 
o que produzem na verdade é exatamente aquilo que desejam evitar: 
solidão, falta de sentido e vazio.
 
 Virtudes do Centro Emocional
As nove "Virtudes" ou dons do espírito são o que conhecemos como 
imagens da paixão ou pecado redimido. Eles não podem ser 
"produzidos", podem apenas crescer. Embora sejam vistos como 
presentes da graça divina, isto não nos condena à passividade. Essas 
Virtudes são expressão de nosso ser genuíno que não é deformado pelo 
poder do pecado.
Pontos de estresse e segurança
Na ótica do Eneagrama, tudo é relativo. Nunca um Seis, por exemplo, 
carrega somente as características da sua tipologia. Uma pessoa com o 
centro emocional predominante não será necessariamente uma boa 
artista. Talvez brilhe mais como administradora, quem sabe? Como 
mostra a própria estrela de nove pontas, todos os tipos são interligados 
e se movimentam fazendo contrapontos e complementos. Nesse 
sentido, cada tipo de personalidade é formado por três aspectos: o 
predominante, que vigora na maior parte do tempo, quando as coisas 
transcorrem normalmente e que é chamado de seu tipo; o aspecto que 
vigora quando somos colocados em ação, gerando situações de 
estresse; e o terceiro, que surge nos momentos em que nos sentimos 
em plena segurança. Transpostos ao Eneagrama, os três aspectos são, 
na verdade, três tipos interligados por flechas que indicam a direção que 
o tipo básico toma de acordo com a circunstância. Para dar um exemplo, 
ao ver-se numa situação de estresse, o Observador (em geral, quieto e 
retraído) torna-se repentinamente extrovertido e amistoso, 
características típicas do Epicurista, num esforço de reduzir o estresse. 
Sentindo-se em segurança, o Observador tende a se tornar o Patrão, 
direcionando os outros e controlando o espaço pessoal. Mais uma vez, 
porém, essa movimentação não significa que o sentido das flechas 
indicará a solução dos nossos conflitos. Mas, é certamente outra peça 
para delinear o quebra-cabeças. 
Um - O Perfeccionista
 
Este tipo tem um grande objetivo de vida: não errar. De preferência, 
nunca. Dificilmente o Perfeccionista ai relaxar. Ao contrário, seu alto 
grau de exigência com relação a ele mesmo e aos outros o faz 
permanecer em constante estado de alerta. O tipo Um tem um caráter 
inabalável: é norteado pelo pensamento correto e pela ética. Por outro 
lado, é comum sentir-se moralmente superior e no direito de censurar os 
outros. Seus verbos preferidos são ‘dever’, ‘precisar’ e ‘ter de’.
Focos da atenção
• Na busca da perfeição, esquiva-se do erro e do mal.
• Enfatiza virtudes práticas como trabalho, economia, honestidade e 
esforço.
• O Um pode chegar a ser um workaholic contumaz, o que o leva a 
bloquear sentimentos inaceitáveis.
• Quando suas necessidades não são satisfeitas, pode 
inconscientemente sentir raiva e ressentimento 
• Não raro, o Perfeccionista pode assumir pensamentos maniqueístas, 
levando-o a uma postura intransigente, onde não há meio termo.
Dois - O Dador
 
Um tipo que vive para satisfazer as necessidades alheias - o que não 
quer dizer que toda essa disposição em ajudar seja totalmente 
desinteressada. Ainda que seja sob a forma de afeição e aprovação. Ser 
amado e apreciado é uma questão fundamental para o Dador. Para isso, 
dá apoio, agrada, é conselheiro e prestativo. Seu empenho acaba por 
torná-lo presença indispensável em vários círculos de relacionamentos. 
Tem uma coleção de ‘eus’, que vai mostrando conforme a pessoa com 
quem se relaciona. 
Focos da atenção:
• Para agradar aos outros, muitas vezes, abre mão de suas próprias 
necessidades. Aliás, nem sempre as vê.
• Ao mesmo tempo, se sente confinado pelo apoio que dá aos outros.
• Vê como única forma de ganhar ou reter o amor de alguém se adaptar 
aos seus desejos.
•Não raro, manipula através da empatia que cria por sua postura 
solícita.
•Como ‘recompensa’ por satisfazer as necessidades alheias, exige sua 
afeição e aprovação. 
Três - O Desempenhador
Não há tipo mais dedicado ao trabalho do que este. Para ele, o amor 
vem através de suas realizações e da imagem. Por isso, destaca-se em 
tudo o que faz e não há obstáculo que o impeça de seguir adiante em 
seus objetivos. O espírito competitivo faz do Desempenhador um líder 
eficiente - o que vem a calhar com seus anseios, pois quer ser o 
primeiro, liderar, aparecer. Esse verdadeiro mestre em aparência 
confunde o ‘eu real’ com a identidade profissional. E pode perder de 
vista seus sentimentos, já que o trabalho torna-se válvula de escape 
para tudo. 
Focos da atenção
• Empreendimento, produtividade e desempenho. Objetivos, tarefas e 
resultados.
• Sua meta: a eficiência. Seu temor: o fracasso.
• Pouco contato com a vida emocional. O coração do Desempenhador 
está no trabalho.
• Esse tipo tem a capacidade de mudar de postura, imagem ou papel 
tão rápida e perfeitamente como um camaleão.
• O três corre o risco permanente de iludir-se sobre si mesmo, 
acreditando ser a imagem que passa. 
Quatro - O Romântico
Trágico, triste, artístico, sensitivo. Tudo o que se refere ao Quatro remete 
à introspecção, ao mundo interior. O sentido de utopia acompanha a 
trajetória desse tipo, que almeja sempre o inatingível. Dá, então, para 
entender porque a vida se torna monótona, quando as coisas acontecem 
conforme o previsto num script. No lugar do convencional, prefere o 
criativo. Nessa busca, encontra-se freqüentemente com o sofrimento - 
sentimento que exerce fascínio sobre esse tipo muito romântico, mas 
muito trágico.
Focos da atenção
• Desprezo pelo lugar-comum e pela superficialidade de sentimentos.
• A forma que encontra para enaltecer o lado comum da vida é por meio 
da perda, da fantasia, dos vínculos com a arte e dos atos dramáticos.
• Os relacionamentos do Quatro seguem o ritmo instável do ‘ata-desata-
reata’, já que quer sempre o melhor daquilo que está ausente.
• Esse tipo extremamente sensível é também um grande apoio para 
pessoas em processo de dor e crise.
Cinco - O Observador
Um tipo que se protege das emoções fortes, principalmente quando 
envolvem outras pessoas. O Cinco, decididamente, é um individualista, 
preocupado em manter intacta a sua privacidade e evitar o contato mais 
estreito. Ao se ver em público, esse tipo se sente separado das pessoas, 
permitindo-se às emoções somente quando está sozinho. Sua postura 
distanciada faz dele o próprio observador. Por isso tem facilidade em 
produzir análises mentalmente claras e confiáveis. 
Focos da atenção
• Valoriza o domínio emocional. Prefere eventos estruturados, onde sabe 
antecipadamente todos os passos e a direção a seguir.
• Organiza os vários aspectos da vida em compartimentos separados, 
pois, na sua visão, não há ligação entre eles.
• O Observador assiste a vida do ponto de vista do espectador. Além da 
noção global dos acontecimentos, essa postura pode trazer-lhe umasensação de isolamento.
• Minimiza o contato para evitar o medo e a paixão.
Seis - O Patrulheiro
As dúvidas são a sombra deste tipo, que passa a vida questionando o 
amor e a felicidade. Existem? Não existem? Um medo de acreditar e ser 
traído coloca o Patrulheiro sempre em estado de alerta, onde a entrega 
não encontra espaço em uma circunstância sequer. Em vez de agir, 
pensa e, por vezes, perde oportunidades. Isso explica o fato de ter seu 
crescimento pessoal truncado. O lado positivo é que, quando bem 
empregada, a mente questionadora produz clareza de propósitos. 
Também se identificam com as injustiças sociais e colocam-se com 
disposição para trabalhar por uma causa em que acreditam.
Focos da atenção
• Mentalmente, o Seis funciona com um ‘Sim, mas...’ ou ‘Isso pode não 
dar certo’
• Ele tem medo de admitir a própria raiva, e tem medo de enfrentar a 
raiva dos outros.
• O Patrulheiro não convive bem com a autoridade, podendo, algumas 
vezes, rebelar-se contra ela. 
• O mundo, para ele, é um lugar ameaçador.
• Sua natureza questionadora o leva a ver adiante do que normalmente 
as pessoas vêem: ele é capaz de identificar as verdadeiras motivações e 
as intenções ocultas que influenciam os relacionamentos.
Sete - O Epicurista
Esse verdadeiro gourmet da vida tem o poder reunir em torno de si o 
lado volátil das coisas. Ele quer ser um eterno jovem, à exemplo do mito 
do Peter Pan, é aventureiro, alegre, superficial, um amante volúvel que 
evita responsabilidades. Sua grande dificuldade está em finalizar coisas 
que, por sinal, inicia com a maior desenvoltura e entusiasmo. 
Compromissos também representam um calo para o Epicurista. Sendo 
assim, procura neutralizá-lo deixando à sua disposição várias opções em 
aberto. A atração ao prazer é uma forma de escapar ao sofrimento.
Focos da atenção
• Sempre aberto a coisas novas, busca projetos interessantes para se 
envolver. O difícil é levá-los adiante.
• O prazer é o seu refúgio contra o lado da vida que considera ‘negro’ 
(responsabilidades, sofrimento, compromissos, envolvimentos mais 
profundos...)
• Usa seu charme e talento para criar clima amistoso com as pessoas. 
Mas, no fundo é um medroso. O Sete dá o seu reino para evitar 
confrontos. Quando isso acontece, dá um jeito de sair pela tangente, ou 
levar o interlocutor no papo.
• O Epicurista tem uma capacidade incrível de achar conexões, 
paralelismos e ajustes que ninguém vê; e um talento para a síntese não 
linear das informações.
Oito - O Patrão
Aquele tipo ‘paizão’, super protetor e controlador é o retrato do Oito, não 
por acaso, denominado O Patrão. Ao contrário do Patrulheiro, esse tipo 
adora uma briga. No ambiente de trabalho, certamente será aquele que 
luta pelos companheiros. No amor, porém, usa o argumento da proteção 
para manter o poder e o controle da situação. É comum ver Oitos em 
postos de comando e, em geral, revelam-se líderes capazes de usar o 
próprio poder com sabedoria. 
Focos da atenção
• Oitos se preocupam com a justiça, mas desprezam a fraqueza, nem 
conseguem encarar as próprias.
• O Patrão é um exagerado no estilo pessoal. 
• Para ele, é tudo ou nada. Isso o leva a perceber as situações em 
pontos extremos.
• Como tem dificuldade de controlar os impulsos, necessita estabelecer 
limites.
Nove - O Mediador
Os dois lados de uma mesma questão estão sempre presentes na vida 
do Nove. Sua capacidade de ver 360 graus à sua volta, ou seja, tudo, o 
torna precioso para apontar soluções. Uma forte necessidade de agradar 
as outras pessoas leva o Nove, muitas vezes, a esquecer seus próprios 
desejos. Não é exagero dizer que este tipo conhece melhor desejos e 
necessidades dos outros do que os próprios. Se é solicitado para ajudar, 
é claro que estará ali prontamente - desde que não exijam dele uma 
postura. Nove equilibra-se em cima do muro. ‘Sim’, ‘talvez’, ‘muito pelo 
contrário’ fazem parte do seu repertório. 
Focos da atenção
• Facilmente substitui necessidades essenciais por coisas 
desnecessárias.
• Mudanças são difíceis para o Nove. Para ele, é mais fácil saber o que 
não quer do que o que quer.
• O Mediador não consegue dizer Não. Tomar iniciativas quanto à 
separação também é motivo de angústia para ele.
• Amortece a energia física e a raiva, desviando-a para trivialidades. 
• A dificuldade de assumir uma posição pessoal também desenvolve a 
capacidade de identificar o que é essencial para a vida de outras 
pessoas, e ajudá-las. 
Subtipos e Asas
Subtipos
Como acontece com os centros de inteligência, os pontos de estresse e 
segurança, os movimentos de integração e desintegração, os subtipos 
também se manifestam de forma involuntária e inconsciente. Ninguém 
escolhe deliberadamente hábitos repetitivos e negativos. Nem 
estipulamos o peso que damos a um sentimento, ou a uma área de 
nossa vida, em detrimento de outros. Os subtipos também reforçam a 
complexidade e a sofisticação com que é lapidada a psique humana, e 
as sutis diferenças que observamos entre pessoas da mesma tipologia. 
Todos nós desenvolvemos três subtipos, chamados de instintos básicos: 
preservação, social e sexual que, como acontece com a dinâmica geral 
do Eneagrama, se desenvolvem cada um em diferentes proporções. Por 
isso, trazem conseqüências sobre a personalidade.
O instinto de preservação é o que garante a sobrevivência física. Está 
em constante estado de alerta para qualquer perigo iminente ou 
qualquer coisa que possa, de alguma maneira, ameaçar a segurança. O 
instinto de preservação preocupa-se com vida e morte, preservação da 
saúde, alimentação e dinheiro. Sua tranqüilidade está diretamente 
ligada ao bom andamento desses fatores. O contrário pode gerar-lhe 
profunda ansiedade.
O instinto social tem como preocupação central o convívio com os 
diversos grupos que circulam ao seu redor. Não ser aceito ou receber 
críticas de algum deles é motivo para grande sofrimento, já que o seu 
valor é medido por sua integração e aceitação dentro de um grupo. Seu 
maior temor é a solidão e a inferioridade, pois se sentiria, sobretudo, 
inseguro. Por isso, luta por reconhecimento social, admiração e status.
O instinto sexual, nesse caso, não se refere necessariamente ao sexo. O 
termo, aqui, significa relação com uma única pessoa. Ele acredita que é 
realmente feliz e completa se cultiva relacionamentos profundos - por 
isso, a noção de intimidade está sempre presente. O grande trunfo 
desse subtipo é o poder de sedução, pois quer constantemente atrair e 
influenciar o outro. Preocupa-se em não ser desejável ou conectado. 
Embora reconheçamos os três instintos em nossa vida, um deles é 
menos eficaz do que os outros. Na teoria do Eneagrama, instalamos os 
subtipos até completarmos 12 anos. Conforme a educação que 
recebemos e as nossas circunstâncias particulares, pelo menos um deles 
não se desenvolve da maneira esperada. Em casos extremos, 
simplesmente não se manifesta. Quando um dos três instintos é ferido, 
sua utilização se torna problemática, seja sob a forma de uma 
preocupação desmedida, seja, ao contrário, sob a forma de uma 
negligência excessiva. No caso do instinto de preservação, 
manifestamos na vida uma prudência exagerada ou uma tendência ao 
risco e à autodestruição. Quando o deteriorado é o instinto social, o 
resultado pode ser uma dependência em relação a um grupo ou uma 
falta de sociabilidade. Já o descompasso do instinto sexual pode nos 
tornar ora promíscuos e levianos nas relações, ora fechados para elas.
Asas
No começo da idade adulta, quando nossa personalidade está delineada, 
mais rica e complexa, acrescentamos aos traços de nossa tipologia 
básica as características de um dos dois tipos localizados imediatamente 
ao seu lado direito ou esquerdo do círculo. Esse segundo tipo é chamado 
de ‘Asa’. As motivações básicascontinuam sendo prioritárias na nossa 
personalidade. Sabemos que a Asa vai atuar na maneira como 
procuramos satisfazê-las. 
Um Quatro, que expressa seus sentimentos de forma dramatizada, se 
inclinará ou para o Cinco, numa postura depressiva internalizada, ou 
para o Três, num esforço mais hiperativo, mas ainda se relacionando cm 
a postura melancólica e triste próprias da tipologia básica. Mas a 
intensidade com que isso acontece varia de pessoa para pessoa. 
A Asa também atua conforme as circunstâncias e os contextos. Mais 
raramente, por volta dos 40 anos, uma segunda Asa pode desenvolver-
se. Nesse caso, a primeira Asa é chamada de principal e a segunda, de 
Asa secundária. Em alguns casos, a Asa reforça os traços da 
personalidade; em outros, atenua. O colorido dado pelas Asas ajuda a 
tornar cada personalidade inconfundível. Por isso, nunca seremos 
idênticos a outra pessoa, por mais que tenhamos a mesma tipologia, 
preocupações e interesses. Mas é importante colocar que, quando o tipo 
básico evolui para seus aspectos, as Asas seguem o movimento. O 
contrário, porém, é igualmente verdadeiro.
Integração e desintegração da personalidade
Todos nós temos virtudes e aspectos negativos, como a Lua e a sua face 
oculta. Quanto maior for a nossa consciência do que somos 
verdadeiramente, nos sentiremos mais seguros e plenos. Então, 
viveremos os aspectos mais positivos do nosso tipo. Se tudo continuar 
indo bem, a essas qualidades se somarão outras de outro tipo, chamado 
tipo de integração - aquele que está ligado ao básico, percorrendo as 
linhas do Eneagrama no sentido contrário às flechas. Alguns exemplos: o 
tipo Um se integra no Sete. Ele passa a ter auto-estima apurada e, a 
saber, levar a vida sem dramas. Fica mais otimista, espontâneo, e 
criativo também. Não se prende a fazer coisas que não satisfazem seus 
desejos e os dos outros. 
O tipo Quatro se integra no Um. Isso quer dizer que ele passa a ser 
capaz de agir no presente e com ojetividade. Aceita a realidade e vive 
suas emoções como são, sem tentar ampliá-las. Já o Sete se integra no 
Cinco. Com isso, sua capacidade de introspecção é imensa, e sabe como 
ninguém apreciar o silêncio e a reflexão. 
Quando estamos inseguros, em plena crise de estresse, colocamos em 
ação nossos mecanismos de defesa, deixando transparecer aspectos 
negativos. À exemplo do movimento de integração, quanto mais aguda 
for nossa crise, passaremos a agregar os pontos fracos de outro tipo - 
ligado ao básico, dessa vez, percorrendo as linhas no sentido das 
flechas. Por vezes, a instalação do tipo de desintegração é durável e, 
nesse caso, pode ser necessária uma assistência especial. Para 
visualizar o movimento, acompanhe: o Um tem por desintegração o tipo 
Quatro; o Dois tem o Oito; o Três tem o Nove; o Quatro tem o Dois; o tipo 
Cinco tem o Sete; o Seis tem o Três; o Sete tem o Um; o Oito tem o Cinco 
e o Nove tem por tipo de desintegração o Seis. Só para citar uma 
tipologia, na prática, representa que, ao se desintegrar no Nove, o Três, 
substitui seus sentimentos reais pelo trabalho - num segundo momento, 
até por álcool, sonhos, drogas,... Para não encarar o fracasso, evita 
confrontos. Não raro, fica meio paralisado, sem conseguir desenvolver 
qualquer atividade. A passagem pela desintegração do tipo causa 
sofrimento, pois nos tornamos muito mais vulneráveis e corremos o risco 
de nos deixar levar por sentimentos destrutivos. Daí a importância de 
entender esses movimentos.
A transformação do planeta em aldeia global acarretou algumas 
conseqüências. Uma das mais evidentes é que massificou diferenças. 
Em outras palavras, como hoje todos têm acesso aos mesmos dados, 
fornecedores e fontes, a concorrência tornou-se brutalmente acirrada. 
Como, por exemplo, uma empresa pode destacar-se das outras, com a 
mesma igualdade de condições? A resposta aponta para o caminho da 
qualidade humana. Ali está o grande diferencial. 
É simples: uma pessoa com a consciência de suas potencialidades tem 
maior probabilidade de desenvolvê-las e dar realmente o melhor de si 
nas coisas faz. Por outro lado, para ser reconhecida em seu trabalho, é 
preciso sentir-se aceita, respeitada e valorizada como ser humano - da 
mesma forma em que é preciso que os outros lhe dêem a oportunidade 
de mostrar seus pontos fortes numa tarefa compatível com a sua 
inteligência, seus valores e desejos. 
Para que essa percepção de todas as partes aconteça, é preciso 
conhecer-se a si mesmo e compreender como se movimentam e sentem 
as pessoas ao seu redor. Em outros tempos, a missão seria praticamente 
impossível, ou muito difícil de ser realizada, porque os instrumentos 
disponíveis na Psicologia eram basicamente voltados para estudar 
personalidades patológicas ou transviadas. O Eneagrama trata os 
padrões da personalidade considerados "neuróticos", ou "negativos", 
como pontos de impulso para o crescimento. A partir do entendimento 
dos mecanismos da psique humana, o sistema mostra a visão detalhada 
de si mesmo e dos outros. E é isso que o torna aplicável em inúmeras 
áreas - seja no mercado empresarial, seja em qualquer organização 
estruturada ou no processo individual de crescimento pessoal. 
Os estudiosos trabalham constantemente em inúmeras pesquisas, na 
busca de atingir resultados cada vez mais fidedignos quanto a tipologia, 
aperfeiçoar os testes de tipos de personalidade, e manter a aplicação do 
Eneagrama permanentemente atualizada e adaptada às necessidades 
contemporâneas. As conclusões destes trabalhos são importantes, pois 
integram a teoria do Eneagrama aos conceitos ocidentais sobre 
personalidade. 
A pesquisa inicial, elaborada pelos estudiosos J. P. Wagner e R. E. Walker, 
teve o objetivo de avaliar a estabilidade da tipologia ao longo dos anos, 
e foi feita com 390 adultos norte-americanos que já conheciam o 
Eneagrama. O espaço de tempo entre o primeiro contato com o sistema 
e a realização da pesquisa variou de três meses a nove anos. O 
resultado apontou para a média de 85% de consenso quanto à tipologia 
no passado e no presente. Os estudiosos também aplicaram o MBTI 
(Indicador de Tipos de Myers-Briggs), baseado em tipos de 
personalidade junguianos, a Escala de Auto-Avaliação de Million-Illinois, 
além de um questionário experimental do Eneagrama. A pesquisa 
levantada por Wagner e Walker contribuiu para a delineação atual da 
teoria do Eneagrama. Os estudos daquele momento, no início da década 
de 80, fizeram uso dos já consagrados testes MBTI, do MMPI (Inventário 
Multifásico da Personalidade de Minnesota), que avalia as principais 
categorias do comportamento anormal, e do CPEI (Inventário de Cohen-
Palmer para o Eneagrama), que é um registro da tipologia a partir de 
uma compilação de declarações de tendências comportamentais 
referentes a cada grupo de pontos do sistema. Atualmente, um dos 
inventários mais utilizados é o SEDIG (Stanford Enneagram Discovery 
Inventory and Guide), desenvolvido pelos psiquiatras David Daniels e 
Virginia A. Price, na Universidade de Stanford - segundo a autora e 
estudiosa Helen Palmer, é considerado hoje o teste de maior eficiência. 
Mesmo com tantos recursos eficazes, a busca de novos instrumentos de 
avaliação continua sendo objeto de atenção dentro das universidades e 
centros de estudos.
Don Richard Riso - Helen Palmer - David Daniels - O Eneagrama e 
o MBTI
O estudo empírico da tipologia teve início recentemente, há menos de 
trinta anos, com base em descrições da teoria do Eneagrama, 
publicadas por J.Lilly em "O Treinamento de Arica", 1975, e J.P.Wagner 
em "Um 
Estudo Descritivo da Validade e da Confiabilidade da Tipologia de 
Personalidade do Eneagrama", em 1981. Para levar adianteos objetivos 
e conhecimentos do Eneagrama estão Don Richard Riso e Helen Palmer - 
os mais reconhecidos autores e estudiosos do momento.
A pesquisa atual se concentra na estabilidade do ponto no Eneagrama 
do indivíduo ao longo do tempo, na relação da tipologia com outras 
teorias da personalidade e no desenvolvimento de novos instrumentos 
para que propiciem uma avaliação do tipo cada vez mais próxima do 
real. No momento, o teste mais amplamente aplicado é o SEDIG 
(Stanford Enneagram Discovery Inventory and Guide). Desenvolvido pelo 
psiquiatra David Daniels, da Universidade de Stanford, este teste 
também é, segundo Helen Palmer, o instrumento mais eficaz para 
determinar o tipo de personalidade.
Quando são colocados lado a lado, o Indicador de Tipos de Myers-Briggs 
(MBTI) e o Eneagrama ainda provocam polêmica entre os psicólogos 
contemporâneos. Muitos insistem na idéia de que são sistemas 
divergentes. O Eneagrama baseia-se nos Nove Tipos de Personalidade 
organizados por Gurdjieff, posteriormente, retomados e aperfeiçoados 
por Ichazo e Naranjo. Estes traços foram identificados através de três 
centros principais de inteligência subdivididos em Emocional, Metal e 
Intuitivo. 
Em paralelo, o MBTI utiliza o modelo de personalidade junguiano, e 
levanta padrões de opinião, suposição e ação sobre escalas de 
introversão-extroversão, pensamento-sentimento, sensação-intuição e 
julgamento-percepção. Embora existam diferenças fundamentais de 
estrutura, organização e interpretação, os sistemas apresentam uma 
forte correlação e podem certamente enriquecer o trabalho um do outro.
É verdade: se conseguirmos determinar a nossa própria tipologia e o das 
pessoas importantes em nossa vida, teremos acesso a uma grande 
quantidade de dados que nos mostrará como provavelmente se 
desenrolarão os diversos relacionamentos. O fato viria muito a calhar 
com o hábito ocidental de reduzir tudo a categorias fixas e rótulos, não 
fosse por um detalhe - o Eneagrama não oferece soluções fáceis. Ao 
contrário, ao mesmo tempo em que se mostra um sistema simples, é 
também extremamente complexo e sofisticado. 
Para a decepção de muitos, a tipologia não indica, por exemplo, a lista 
de ‘contrate’ e ‘não contrate’ para o empresário, nem monta a sua 
equipe de trabalho ideal. Muito menos forma pares românticos. Em 
contrapartida, ela pode apontar potenciais ocultos, melhorar a qualidade 
das relações. Podemos aprender a ver um projeto do ponto de vista de 
um colega de trabalho. Prestando atenção à forma como os tipos se 
abrem para os relacionamentos, podemos compreender posturas e 
reações, escolhendo conscientemente nossa forma de agir. Quando 
somos capazes de nos libertar de atitudes negativas e repetitivas, que 
limitam nosso ponto de vista, expandimos nossa consciência para além 
das fronteiras do nosso tipo.
Tríades e centros
Platão acreditava que o ser humano traz dentro dele três modos de 
funcionamento: a razão, a emoção e a vontade. Esse conceito, tão 
antigo quanto atual, foi retomado e aprofundado pelo Eneagrama e, 
hoje, é completamente indispensável para o seu movimento. 
Segundo ele, as três funções essenciais, que nomeou mental, emocional 
e instintivo são centros de inteligência distintos e, sendo assim, dispõem 
de seus próprios objetivos e suas atribuições. Para 
entender o funcionamento de cada um dos centros e sua interligação é 
preciso, antes de tudo, tentar não ‘ver’ com os olhos da civilização 
ocidental, que confundem inteligência com ‘centros de inteligência’, 
privilegia a racionalidade, desvalorizando as outras funções. O 
Eneagrama entende que os centros de inteligência têm a mesma e 
fundamental importância na vida do indivíduo. Privilegiar um e deixar os 
outros de lado significa provocar o desequilíbrio, o que acontece com a 
grande maioria das pessoas: cada tipo tem uma hierarquia exclusiva dos 
centros, onde o primeiro é o preferido e o último, o reprimido. O do meio 
pode ser o centro que resta ou, dependendo do tipo, pender para o 
preferido ou o reprimido. 
Essas combinações de como as personalidades usam os centros são 
chamadas tríades. O Eneagrama possibilita que conheçamos nossos 
centros e, através das tríades, o peso que atribuímos a cada um deles. 
Essa compreensão de centros e tríades torna mais fácil entender nossas 
próprias atitudes e posturas, algumas até então inexplicáveis.
 
Os centros de inteligência
Na verdade, os centros de inteligência física, mental e emocional são 
centros internos de percepção. No modelo de Gurdjieff, são eles os três 
únicos canais para embasar nossa expressão, mas as formas que a 
profusão de pensamentos e sentimentos são externadas podem ser 
infinitas. Ao serem trabalhados e conduzidos equilibradamente, os 
centros de inteligência podem nos levar à realidade tal qual ela é, sem 
distorções pela parcialidade da tipologia, nem projeções. O objeto de um 
estudo mais profundo do Eneagrama é ‘neutralizar’ as personalidades, 
silenciando a mente e despertando o observador interno. Quando 
aquietamos os pensamentos e as emoções, nosso centro mental 
superior (visão e saber) e o centro emocional superior (sentir e saber) 
despertam, tornando-se receptivos ao crescimento e à sabedoria.
As tríades e os movimentos
Embora muitos de nós saibamos o quanto agir somente com o coração 
ou, ao contrário, nos endurecermos pelo raciocínio excessivo são 
extremos prejudiciais, todos nós privilegiamos um centro em detrimento 
dos outros. Não o fazemos de forma consciente, mas o fato é que esses 
movimentos, na maior parte das vezes, dificultam o nosso crescimento 
pessoal, pois geram um desequilíbrio na personalidade. 
Reforçando mais uma vez a idéia de que o Eneagrama não propõe 
soluções fáceis, muito menos funciona como mais um programa de 
auto-ajuda, conhecer a tipologia de uma pessoa é, certamente, conhecer 
a hierarquia dos centros de inteligência. Isso não dá nenhuma 
informação exata sobre a sua essência, mas fornece pistas e tendências 
de como essa pessoa se coloca diante das várias situações da vida. Da 
mesma forma, não é possível comparar duas pessoas apenas pela 
combinação dos centros, já que um indivíduo pode reprimir o centro 
mental e, em contrapartida, desenvolver uma carreira acadêmica 
brilhante. 
As hierarquias dos centros somadas à forma como utilizamos cada um 
deles resulta numa gama vasta de nuances no nosso comportamento. 
Por exemplo, enquanto os tipos 2, 5 e 8 utilizam seu centro preferido 
prioritariamente em relação ao mundo exterior, 1,4 e 7 focam o centro 
para o próprio interior, ao passo que os tipos 3, 6 e 9 tentam equilibrar 
as utilizações exterior e interior.
 
Descrição dos centros: Mental, Emocional e Instintivo
Ainda que a distinção entre os centros nos passe despercebida, ela 
existe para todos nós. Quantas vezes nos pegamos em situações onde o 
coração (centro emocional) bate de frente com a razão (mental)? Quem 
nunca tomou decisões (centro mental) sem conseguir pô-las em prática 
(instintivo)? Compreendendo a forma como agem nas diversas situações 
da vida, fica mais fácil entender porque o equilíbrio entre eles é um 
ideal. 
O centro instintivo é responsável por nossa coordenação física e por 
todos os nossos atos espontâneos. Ele assegura nossa integridade física 
e psicológica no momento, estabelecendo um paralelo entre a situação 
normal e situações passadas similares, onde busca referências - 
soluções que já deram certo anteriormente. Esse jeito de garantir que 
não corramos riscos desnecessários na vida, usando ‘fórmulas’ já 
estadas em lugarde novas abordagens, não é elaborado de forma 
intelectual, muito menos consciente. É uma simples questão de 
sobrevivência.
O centro emocional é movido pela expressão dos nossos desejos e 
necessidades e, claro, por nossas emoções. Esse centro também é o 
centro das relações com os outros e da percepção de seus sentimentos, 
desejos e necessidades. Se ficarmos atentos ao nosso centro emocional 
e sua dinâmica, notaremos que as emoções mudam permanentemente. 
Entendendo-as, viveremos mais intensamente o presente, sem evitar o 
sentimento do momento ou, ao contrário, querer eternizá-lo.
Nossos projetos e planos são elaborados no centro mental. Ali encontra-
se o raciocínio e a imaginação criadora, a vontade de saber e armazenar 
informações. 
Como é de se esperar, sua visão do mundo é lógica e objetiva. Como 
podemos ver, os três centros são absolutamente fundamentais para o 
ser humano e, ainda que sejam tão distintos, complementam-se: o 
centro mental elabora as estruturas que governam e norteiam a nossa 
vida; o centro emocional adapta as construções do centro mental ao 
presente e para dá-lhes dimensão humana; e o instintivo mobiliza a 
nossa energia para concretizar as conclusões e as opiniões dos outros 
dois centros.
Descrição dos movimentos: Tríades 7/8/3 - 1/2/6 - 4/5/9
O equilíbrio entre os centros é um ideal nada fácil de atingir. Parte do 
processo de autoconhecimento, também requer esforço, especialmente 
porque a hierarquia dos centros e a forma como os utilizamos formam 
um mecanismo que se implantou na mais tenra infância e foi um dos 
elementos determinantes na construção do nosso ego. Temos a 
tendência de usar o centro preferido em substituição total aos outros, o 
que, muitas vezes, é desastroso. Como temos o centro da nossa 
preferência, também temos o reprimido. Segundo a definição dos 
estudiosos Kathleen V. Hurley e Theodore E. Dobson, esse centro 
"controla silenciosamente a nossa personalidade". Para mantê-lo 
devidamente protegido, utilizamos, em seu lugar, o centro preferido. 
Quando a estratégia não funciona, o centro reprimido aflora e, como não 
sabemos lidar com ele, se exprime de maneira inadequada e até 
incompreensível para nós.
Os tipos 3, 7 e 8 reprimem o centro emocional. Isso os leva a não viver o 
presente na plenitude, projetando-se para um tempo inacessível. Com 
isso, claro, deixam muita coisa passar sem que se dêem conta. As 
verdadeiras emoções ficam caladas. Os objetivos vêm em primeiro 
lugar, sobrepondo-se aos fatores humanos. Essa postura leva muitas 
pessoas a considerá-los agressivos, ainda que, por vezes, aparentem Ter 
muitas relações. São, geralmente, bastante criativos, otimistas e 
rápidos. Irritam-se com pequenas coisas, mas recuperam facilmente o 
humor se forem o objeto de uma atenção positiva. 
O 6, o 1 e o 2 reprimem o centro mental. São , muitas vezes, confusos 
em relação ao futuro e não conseguem ter uma visão mais ampla das 
coisas. São capazes de perder horas teimando com detalhes mínimos, 
sem importância. Por outro lado, estão sempre prontos a ajudar os 
outros. Em troca, esperam que eles sejam honestos e fiéis.
Os tipos 9, 4 e 5 reprimem o centro instintivo. Na prática, quer dizer que 
têm dificuldade de ação. Em compensação, têm boa capacidade de 
reflexão e observação. Uma tendência à depressão e ao recolhimento os 
torna mais propensos a dificilmente interferir nos projetos ou nas idéias 
alheias. Quando menos se espera, esses tipos agem de maneira 
imprevisível ou reagem violentamente a uma situação que lhes 
desagrada.
 
O Instituto de Estudos do Eneagrama selecionou obras de valor 
reconhecido internacionalmente, que considera fundamentais para 
quem deseja compreender a sofisticada dinâmica do Eneagrama. Os 
autores são todos estudiosos com sólida formação acadêmica e o 
altíssimo grau de conhecimento - sendo que a obra de alguns deles 
serviu de base para a construção deste site.
 • Hurley, Kathleen, e Theodore Dobson. 
 What’s My Type ? San Francisco: Harper Collins, 1991;
 • Naranjo, Claudio. Ennea-Type Structures.
 Nevada City, CA: Gateways/IDHHB, 1990 ;
 • Palmer, Helen. "O Eneagrama:
 Compreendendo-se a si mesmo e aos outrosem sua 
vida", Paulinas, 1993.
 • "O Eneagrama no amor e no trabalho", Paulinas, 
1999;
 • Riso, Don Richard."Personality Types:
 Using the Enneagram for Self Discovery".
 Boston,: Houghton Mifflin, 1987.
 • "Understanding the Enneagram".
 Boston: Houghton Mifflin, 1990;
 • Ichazo, Oscar. "Interviews with Oscar Ichazo".
 Nova Iorque: Arica Institute, Inc., 1982;
 • Rohr, Richard, e Andreas Ebert.
 "Discovering the Enneagram". Nova Iorque: Crossroad, 
1992;
 • Bennet, J. G. "Enneagram Studies".
 York Beach, ME: Samuel Weiser, 1983;
 • Ouspensky, P. D. "The Psychology of Man’s
 Possible Evolution". Nova Iorque: Vintage, 1974.
O Eneagrama da Unidade e os Três Trabalhos dos Eleitos
(copyright Christian Paterhan,1999)
ESTE TEXTO FAZ PARTE DA TERCEIRA OBRA A SER PUBLICADA EM 
SETEMBRO DESTE ANO: "APOCALIPSE XXI" E TAMBÉM PODE SER LIDO 
NO APÊNDICE DA SEGUNDA EDIÇÃO DO LIVRO "ENEAGRAMA: UM 
CAMINHO PARA O SEU DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E PROFISSIONAL"
 A aplicação social do Eneagrama é uma criação de 
Christian Paterhan
"Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança e o Amor, estes três: porém 
o maior destes é o Amor."
 Apóstolo Paulo (1)
Será através da aplicação do Eneagrama da Unidade Global que deixo 
para a análise e reflexão dos Eleitos, que as 9 principais questões (3 
nucleares localizadas nos Pontos 9,6 e 3 do Eneagrama e 6 relacionadas 
e interatuando na dízima periódica 0,142857...) a serem desenvolvidas 
nestes "últimos tempos" nos permitirão conseguir o propósito superior e 
inegoísta de evitar o possível "desvio" evolutivo: Ponto 9: Amor em Ação 
para a Conservação e Proteção do Corpo Global: Igualdade.
"Na nave espacial Terra não há passageiros. Todos são tripulantes."
 Marshall McLuhan
Conservar e proteger a vida são maneiras de como o Eleito demonstra, 
na prática, sua compreensão da Lei da Unidade de Todas as Coisas no 
Plano Físico. Todos somos testemunhas da gradual e perigosa 
deterioração do meio ambiente. Sabemos dos inquietantes 
desequilíbrios ecológicos atualmente existentes e compreendemos como 
eles afetam a vida neste planeta. A poluição da nossa atmosfera e das 
nossas fontes de água e alimentos está provocando alarme em todo o 
mundo. Sabemos que os desastres ecológicos, produtos da depredação 
e do uso irracional dos chamados "recursos naturais", poderão não 
apenas vir a aumentar a miséria e a fome no nosso planeta, como 
também poderão inviabilizar a existência futura da nossa espécie e das 
outras formas de vida com as quais compartilhamos esta nossa casa 
cósmica. Todos sabemos estas coisas, todos somos informados 
diariamente sobre estes assuntos. Porém poucos são os que reagem. O 
desinteresse, a apatia, a dissídia, característicos do aspecto negativo do 
Ponto 9 Eneagramático, devem ser urgentemente superados. Está na 
hora de atuarindividual e globalmente para que nosso planeta possa 
continuar oferecendo essas condições naturais que garantem a vida e 
todos os seus ciclos de harmonia e equilíbrio. 
Devemos trabalhar para ter consciência desse nosso Corpo Global e 
impedir que ele continue a adoecer. Precisamos Proteger (Ponto 8) e 
Conservar a vida e sua Ordem Dharmica (Ponto 1). Existem muitas 
organizações e grupos que trabalham em prol do equilíbrio ecológico do 
planeta. Nosso dever é participar delas, apoiá-las, colaborar com seus 
projetos e ações. Individualmente, e de acordo com nossas capacidades, 
devemos realizar tudo o que esteja ao nosso alcance para ajudar 
conscientemente na conservação e proteção do planeta. Podemos, 
enquanto consumidores, boicotar as empresas que poluem o ambiente 
ou que fabricam produtos que deterioram a qualidade do ar, da terra e 
da água, deixando de comprar e de consumir esses produtos. Podemos 
agir comunitariamente, organizando-nos para reciclar nosso lixo, e 
exigindo das autoridades medidas concretas a respeito. Devemos 
impedir e protestar contra o andamento de projetos que impliquem a 
destruição do meio ambiente, o desmatamento e a poluição das águas e 
da terra. Podemos organizar-nos para plantar árvores, proteger áreas 
verdes vizinhas às nossas comunidades, reunir-nos para limpar os rios, 
fazer campanhas para limpar nossas praias. Enfim, todas essas atitudes 
devem transformar-se em rotinas nestes "últimos tempos". 
Participando ativamente de toda iniciativa que tenha como meta o 
equilíbrio ambiental e ecológico estaremos provocando mudanças 
positivas num curto prazo. Paralelamente devemos exigir dos 
governantes e políticos leis e medidas efetivas para a conservação do 
equilíbrio ambiental, lembrando-lhes a célebre frase do inesquecível 
Jacques Cousteau: "Ecologia não é política, e sua defesa deve fazer 
parte dos programas de todos os partidos, e não somente de um." (2)
Estes são apenas alguns aspectos relacionados com a tríade Corpo 
Global do Eneagrama da Unidade. Cada um dos Eleitos deverá perceber 
a importância e amplitude dos conceitos ligados a uma efetiva Ação 
Global quando for consciente do valor e importância do seu próprio 
corpo físico e aplique o Princípio Hermético que diz "Assim como é em 
cima é embaixo". Finalmente, devo acrescentar que a necessidade de 
proteger e 
conservar o equilíbrio ambiental e ecológico é muito mais importante 
para nós que para a Natureza. Esta afirmação que poderá parecer muito 
forte e paradoxal para alguns desavisados se fundamenta na seguinte 
razão:
A Natureza nunca será destruída pelo homem (outra idéia fruto da nossa 
inflacionada visão antropocêntrica da existência), porque antes de que 
isso aconteça Ela poderá nos destruir, modificando uma vez mais a 
superfície deste planeta. Um desequilíbrio generalizado do meio 
ambiente pode provocar a destruição da civilização humana tanto direta 
como indiretamente. Diretamente, porque a modificação negativa do 
equilíbrio e ritmos naturais podem gerar grandes catástrofes. Por 
exemplo, o aumento da temperatura como conseqüência do chamado 
"efeito estufa" pode provocar a desertificação de zonas geográficas hoje 
produtoras de alimentos ou aumentar o nível dos oceanos, o que poria 
em risco, principalmente, cidades costeiras em várias partes do mundo. 
Indiretamente, a modificação negativa dos climas pode provocar por 
exemplo, o aumento da miséria e da violência em determinados pontos 
do planeta. A migração de povos atingidos por grandes catástrofes 
provocadas pelo desequilíbrio de grandes ecossistemas para regiões 
mais seguras pode gerar guerras, conflitos sociais, políticos e 
econômicos incalculáveis. Não é minha intenção escrever aqui sobre 
questões amplamente conhecidas. Apenas desejo chamar a atenção 
dos que estão prontos para que iniciemos as mudanças que podem 
evitar esses e outros males que ameaçam nossa humanidade. Ainda é 
tempo.
Sobre a necessidade de um escudo protetor para o planeta. Outra 
ameaça à humanidade no plano dos "futuros alternativos" que pude ver 
na Dimensão das Memórias Cósmicas, é a possibilidade de um 
grande corpo sideral colidir com nosso planeta, destruindo nossa 
civilização.(3)
Por esta razão, posso alertar sobre a necessidade de criar um escudo 
protetor para o planeta, evitando que se volte a repetir esse fenômeno 
que no passado foi a causa do primeiro "erro de cálculo".
Cientistas e forças armadas devem unir-se nesse esforço e os governos 
de todo o mundo devem criar um fundo internacional com o objetivo de 
implementar um eficiente sistema de defesa planetário.
Trabalhar pela igualdade social, eliminando a pobreza e a ignorância 
também faz parte da missão dos Eleitos de proteger e conservar nosso 
mundo. Sabemos que o aumento da pobreza, que implica entre outras 
coisas, a falta de moradia e de infra-estrutura propicia a ocupação 
desordenada da terra, com a conseqüente destruição de lençóis 
freáticos e de outros delicados ecossistemas. Todos devemos estar 
cientes de que enquanto existirem injustiças sociais estaremos 
fomentando a destruição do nosso planeta.
A questão da preservação e conservação do Corpo Global implica 
portanto o resgate da harmonia social e o fim das injustiças. Ela não 
pode ser unilateral nem parcial. Ela deve ser planetária e os líderes do 
mundo devem mobilizar a sociedade para a realização das ações que 
garantam esse aspecto físico-energético da Unidade Global, sem o qual 
é impossível desenvolver os outros dois além dos seus atuais limites. 
Quando compreendamos estas coisas e sejamos um com nosso Corpo 
Planetário, poderemos ter condições para realizar essas mudanças 
globais e sociais que poderão garantir o Princípio da Igualdade e, 
conseqüentemente, a continuidade dos nossos atuais níveis de 
progresso cultural e tecnológico num meio ambiente apto para a nossa 
evolução e para a evolução de todas as demais formas de vida 
existentes neste mundo. Entra aqui o conceito de Mente Global do 
Eneagrama da Unidade.
Ponto 6: Fé como Certeza Coletiva do Bem que está por vir: Mente 
Global e Idioma Único: Liberdade.
"A Internet de hoje não é a estrada da informação que eu imagino, mas 
pode-se pensar nela como o começo da estrada." Bill 
Gates (4)
Uma Ação Global implica uma união global de todas as mentes 
humanas, interligadas e em comunicação constante, 
independentemente de seus diversos níveis de compreensão e cultura, 
com respeito às necessidades do planeta e da nossa espécie. Todos, 
segundo seu nivel, devem ser conscientizados da necessidade da 
Unidade planetária. Nossos atuais sistemas de comunicação e 
informação global já possuem a capacidade de realizar a 
conscientização coletiva em relação a essa necessária Unidade Mental. 
Essa união global de mentes humanas é a Mente Global, através da qual 
se promoverá o intercâmbio de idéias e conhecimentos que abreviarão 
os tempos do fim. Se essa conscientização global não se produz, a 
incerteza e o medo paranóico do futuro só podem aumentar. O medo 
mental, cujos aspectos negativos estão explicados pela análise do Ponto 
Nuclear 6 do Eneagrama psicológico, provoca incerteza, egoísmo e 
incapacidade de visualizar futuros alternativos positivos e viáveis. O 
medo mental faz com que as pessoas pensem no "fim do mundo". Todos 
sabemos que uma das principais características da nossa sociedade é o 
medo. As pessoas não confiam em nada totalmente e temem o futuro. 
Isto aumenta o sentimento de separação e a necessidade de que cada 
um deve dar-se bem de qualquer modo e sem se preocupar com os 
outros. Ou seja, aumentao egoísmo, o isolamento e a insensiblidade, 
fatores que inviabilizam a compreensão da Lei da Unidade de Todas as 
Coisas. 
As pessoas atualmente tendem a isolar-se e procuram fatores que não 
as comprometam com os demais (aspecto negativo do Ponto 5 do 
Eneagrama psicológico). Hoje podemos ter até relacionamentos e sexo 
virtuais. Uma das críticas que se fazem à Internet é a de que ela estaria 
aumentando a alienação e o isolamento das pessoas, que usariam esta 
ferramenta para se comunicar e interagir apenas num mundo virtual, 
onde além de poder "atuar" sem compromissos nem responsabilidades, 
poderiam "viver" fantasias e compartilhar peudo-experiências sem 
correr os riscos próprios do chamado mundo real.. Esta maneira de viver 
reflete uma pseudoliberdade (Ponto 7 do Eneagrama psicológico).
Porém nós, os Eleitos, devemos trabalhar para que essa nova maneira 
de comunicação virtual a que chamamos A Rede (The Web) possa ser 
aperfeiçoada e utilizada como um instrumento para a criação e 
manifestação coletiva da nova Mente Global.
Através da Rede, a Mente Global poderá manifestar-se para benefício da 
humanidade, espalhando a Fé e a Certeza no Bem que Está por Vir em 
todo o mundo, incentivando as pessoas a pensar criativamente na 
solução dos problemas mais urgentes e atuais, mediante o uso de 
cenários virtuais nos quais se poderão reproduzir diversas situações 
específicas que facilitarão a tomada de decisões corretas assim como a 
exatidão das ações no mundo real. A Rede é o início do novo idioma 
único que todos podem conhecer e usar para intercambiar idéias e 
conhecimentos. A Rede não foi criada para que nos isolássemos em 
mundos virtuais, não foi criada para fugirmos da realidade nem para 
satisfazer apenas nossas fantasias e delírios. Ela tem outra "face" que 
nós, os Eleitos, devemos mostrar: é a face da total e livre interatividade 
mundial. A Rede é o fim das fronteiras. Porém a Rede, com seus defeitos 
e virtudes, reflete seu criador. 
Vai depender de cada um de nós que ela se transforme efetivamente na 
"Estrada do Futuro", usando o título do livro citado de Bill Gates, pela 
qual circulem conhecimentos e projetos que unam nossa espécie e a 
beneficiem. A Rede é nossa grande oportunidade para inventar esse 
novo idioma único com o qual possamos pensar, criar e projetar para 
realizar esse Bem que está por Vir. O novo idioma global, cujo 
instrumento é a Internet, deve ser usado pelos Eleitos para promover a 
Fé no Futuro.
Sabemos que todas as coisas têm dois lados: assim como a Rede pode 
ser utilizada por personalidades negativas e destrutivas, também pode 
ser utilizada por aqueles que desejam pensar globalmente e trabalhar 
pela união da nossa espécie, acabando com a separatividade. Não 
devemos apenas criticar os efeitos negativos da Internet, devemos 
tomar conta dela para aumentar o intercâmbio positivo de informações e 
conhecimentos. Junto com a Rede, possuímos também um sistema 
muito aperfeiçoado de comunicação planetária: temos satélites, 
sistemas avançados de televisão, telefonia e rádio, que podem vir a ser 
canais de união, integração e criatividade para realizar a Unidade 
Global. Nós, os Eleitos, devemos usar todos estes meios para unir os 
povos da Terra num grande projeto que resgate esse idioma único que 
tantos benefícios provocou em tempos passados.
Por outro lado, a Mente Global deve recriar desde o sistema financeiro 
até o sistema educacional visando o benefício e crescimento harmonioso 
de todos os seres humanos e evitando a concentração das riquezas e do 
conhecimento para o benefício de apenas uma parcela privilegiada de 
seres humanos. 
Isso significa que a criação da Mente Global também passa pela 
superação dos dogmas políticos de "direita" e "esquerda", dos dogmas 
religiosos, econômicos e científicos, porque todos eles dividem a 
sociedade em extremos irreconciliáveis. Nós, os Eleitos, devemos 
trabalhar pela conciliação desses extremos, esta é a única maneira de 
provocar o surgimento de uma nova ordem que se refletirá numa 
sociedade equilibrada onde a pobreza e a ignorância não terão mais 
possibilidades de existir. Todas as formas de separação mental egoísta 
devem ser superadas (Ponto 5 do Eneagrama da Unidade), porque elas 
promovem uma visão parcial e subjetiva da realidade. A criação de uma 
Mente Global tem como base a necessidade de uma visão imparcial e 
objetiva da realidade, pela qual a aplicação da Lei de Unidade de Todas 
as Coisas promove a satisfação das necessidades objetivas de todos, o 
intercambio criativo e positivo de tecnologia e conhecimento, sem 
distinção de raça, credo, sexo, condição social, enfim, sem distinção de 
nemhuma espécie (Ponto 7 do Eneagrama da Unidade). Quando os 
Eleitos trabalharem pela criação da Mente Global, estarão trabalhando 
pela conciliação de todos os opostos. Não podemos permitir que os 
meios de comunicação sejam monopolizados por religiões, seitas, 
partidos políticos, grupos econômicos e multinacionais. Leis devem ser 
criadas para evitar esse mau uso que aumenta dia a dia e que favorece 
a criação de neofeudos comandados por "senhores" que tratam os 
demais como "vassalos" e simples "seguidores-consumidores" cegos e 
sem vontade própria, prisioneiros deste moderno "campo de 
concentração" mental que chamamos de "mercado globalizado". A 
criação da Mente Global comprovará na prática, que o velho aforismo 
hermético que diz que todas as verdades são semiverdades e que todos 
os paradoxos podem ser reconciliados, pode ser realizado. Se temos um 
Corpo Global e uma Mente Global, temos também um Coração Global 
que sente a necessidade de trabalhar solidariamente pela Unidade 
Global.
Ponto 3: A Esperança e o Coração Global. Sensibilidade e Solidariedade: 
Fraternidade.
"A Conspiração Aquariana também está agindo no sentido de amenizar a 
fome - pela significação, conexão, integração. Cada um de nós é o 
"projeto integral", o núcleo de uma massa crítica, um administrador da 
transformação do mundo."
 Marilyn Ferguson (5)
Quem possui Fé possui também Esperança e quem possui Esperança 
pode e sabe Amar. Assim, a tríade Coração Global completa o 
movimento nuclear eneagramático 9 - 6 - 3 da Unidade Global. 
Perdemos a Esperança quando perdemos a Fé no futuro. Uma 
humanidade que teme o futuro não pode ter esperança. Isso é o que 
acontece atualmente. As estatísticas mostram que as novas gerações 
não têm fé no futuro e estão perdendo a esperança. O que se lhes 
oferece é inaceitável, absurdo e mentiroso. Os jovens sabem e por isso 
não confiam no atual sistema, nem nos seus líderes. A perda da 
esperança aumenta o egoísmo que se transforma em insensibilidade 
social e ecológica e na perda do sentimento de solidariedade. Esse é o 
quadro atual. Quem se torna insensível e incapaz de enxergar as 
necessidades alheias, não pode sentir as necessidades globais e 
coletivas e descuida das próprias com o desejo de satisfazer falsas 
necessidades. Desta forma se perde a capacidade de ver e sentir a 
constante e sempre presente Unidade de Todas as Coisas. 
Quem não tem esperança não pode atuar em benefício dos demais, não 
pode ver a seus próximos como "irmãos" e, portanto não pode ser 
fraterno. Seres insensíveis não podem compreender os conceitos de 
Corpo Global e Mente Global. Nós, os Eleitos, devemos resgatar a 
Esperança latente no coração da nossa espécie, porque sabemos que 
existe uma Evolução possível e que podemos trabalhar juntos para que 
ela se realize num futuro alternativo que nós podemos viabilizar já, no 
nosso presente, conscientes do Eterno Agora.Podemos fazer isto por 
que conhecemos a Unidade de Todas as Coisas e possuímos a Fé (Mente 
Global) que é a certeza do Bem que está por Vir. Então devemos nos unir 
numa Fraternidade Mundial, num movimento global que nos permita 
espalhar a Esperança no mundo, sensibilizando (Ponto 4 do Eneagrama 
da Unidade) aos nossos semelhantes para que estes também se 
transformem em Eleitos e se sintam motivados a realizar ações em 
benefício da espécie e da natureza. 
Seres humanos ecológica e socialmente sensíveis se tornam, 
naturalmente, solidários e fraternos. Assim, colaboram solidariamente 
ativos (Ponto 2 do Eneagrama da Unidade Global) para reverter o atual 
quadro de desesperança que atinge tantos milhões de corações 
humanos. Sensibilidade e Solidariedade: estas são as forças que 
devolverão a Esperança ao nosso sofrido Coração Global que clama pela 
Fraternidade. 
Todos devem se unir nesta tarefa. As religiões, fraternidades e seitas 
devem superar suas dogmáticas diferenças em prol deste despertar da 
Esperança. Elas devem hoje, mais do que nunca, promover e pregar a 
fraternidade e tolerância solidárias e a sensibilidade ecossocial. Políticos 
e empresários devem criar programas contínuos de solidariedade social, 
junto com todas as forças vivas da sociedade, criando trabalho e 
oportunidades de desenvolvimento para todos. Nós, os Eleitos, somos os 
portadores da Esperança porque sabemos que o Bem que está por Vir é 
uma realidade que se concretiza e atualiza com cada ação que diminui a 
dor e a miséria no mundo.Todos devemos fazer nossa parte para 
recuperar a Esperança.
Assim a Trindade Fazer, Pensar e Sentir se torna Una, e o movimento 
eneagramático dos pontos 1 a 7 se realiza em harmonia com essa 
Unidade:
 Ponto 1: Os Eleitos são cientes do Corpo Global e trabalham 
para conservar a harmonia social e o meio ambiente;
 Ponto 4: Eles sensibilizam a todos os seus semelhantes para 
trabalhar em prol de ideais ecológicos e sociais;
 Ponto 2: Quando todos são sensibilizados e unidos pelo 
Coração Global resgatam a Esperança, então a Solidariedade acontece, 
provocando ações; 
 Ponto 8: Essas ações estão baseadas na compreensão de que, 
protegendo o planeta e a sociedade, se criam as condições para que a 
Vida Una continue seu natural desenvolvimento harmônico de acordo 
com a Lei de Unidade de Todas as Coisas;
 Ponto 5: Essas condições apropriadas se estendem a todos 
sem diferenças de nenhuma espécie. A ciência e a tecnologia se 
aperfeiçoam com este objetivo. Um novo sistema de educação global é 
estabelecido. O sentimento de separação é eliminado e todos se unem 
mentalmente com o mesmo objetivo: transformar este planeta num 
paraíso.
 Ponto 7: Unidos mentalmente todos promovem a Mente 
Global, criando, desenvolvendo e compartilhando tecnologias e 
conhecimentos que aumentam a Unidade Global e a Harmonia 
planetária num clima de Igualdade (Ponto 9 do Eneagrama da Unidade), 
Liberdade (Ponto) e Fraternidade (Ponto). 
O sistema de comunicação global incentiva a união e o progresso 
mundial. A Fé no futuro se transforma numa certeza, o que aumenta 
nossas capacidades para aperfeiçoar a Unidade Global iniciando-se 
assim um novo movimento até o Ponto 1 do Eneagrama da Unidade 
Global, o que implica a consolidação do processo 9,3,6, que assim 
continua se aperfeiçoando, sendo cada perfeição obtida não um fim mas 
apenas o início de um novo processo eneagramático positivo para a 
evolução da nossa espécie num mundo harmonioso e ordenado de 
acordo com a Lei da Unidade de Todas as Coisas!
O Eleito que refletir profundamente no Eneagrama da Unidade Global, 
poderá descobrir muitas outras coisas relacionadas aos movimentos e 
processos eneagramáticos positivos e criativos, desdobrando seus 
benefícios tanto para as organizações para as quais trabalha quanto 
para o aperfeiçoamento de si mesmo, de seus próximos e da sociedade 
planetária na qual está inserido. Este é o início de uma verdadeira 
Globalização. Sei que todos os conceitos envolvidos neste processo 
eneagramático para a Unidade Global implicariam a análise de muitos 
aspectos teóricos e práticos, porém, devido a urgência dos tempos 
alternativos, posso apenas dar um explicação breve de cada um deles 
com a certeza de que os Eleitos de todo o mundo aperfeiçoarão e 
ampliarão não apenas estas idéias básicas como também descobrirão os 
meios para levá-las à prática. 
Sim, esta é a hora de realizar todos os esforços necessários para livrar 
nosso planeta do novo e provável "desvio" evolutivo que terá que 
enfrentar dentro de pouco e quanto mais perto estivermos dessa 
possível e nova Unidade Global.
Será que conseguiremos servir conscientemente ao Princípio Único de 
Todas as Coisas, o Amor?
Será que seremos finalmente livres de todos os nossos tiranos, visíveis e 
invisíveis, e que a Vontade do Todo se fará por fim neste nosso precioso 
mundo?
Será, enfim, que conseguiremos "abreviar os tempos do fim" 
escolhendo-nos cada um de nós, consciente e deliberadamente para pôr 
um fim a todas as formas de dor, ignorância e injustiça? Reflitamos: 
quanto nos tem custado voltar a recuperar parte dessa unidade global 
perdida na última Grande Catástrofe! Quantas dores e sofrimentos, 
quantas guerras cruéis, quantas idades de trevas e escuridão, quantas 
inquisições e fogueiras em todos estes séculos, quanta ignorância, 
quantas mentiras, quantas falsas interpretações da existência, da vida, e 
da natureza! 
Quantos demônios nos têm assombrado! Quantos seres se sacrificaram 
por nós, quantos Mestres e sábios sofreram por nossa causa, quantos 
esforços, trabalhos e pesquisas!
Quando penso nas terríveis visões que me foram mostradas dos 
"tempos-alternativos-futuros" no caso de nada fazermos para deter o 
possível "desvio", estremeço só de imaginar o sofrimento vindouro de 
milhões de nossos irmãos. Ora, se o superamos, podemos transformar 
nosso "tempo-presente" num "portal dimensional" para uma nova e 
superior oitava evolutiva, uma nova Idade de Ouro que já existe nessa 
Dimensão Alternativa da qual fui testemunha!
Por isso, ainda tenho esperança de que superaremos este "instante 
temporal de possível desvio", de uma ou de outra maneira, e voltaremos 
a ser um mundo unido ao Centrum Cósmico, participando de todas as 
suas Vibrações Positivas. 
Eu vi que temos apoio de forças superiores que amam a espécie humana 
e que querem libertar-nos. São muitos os Iluminados que hoje formam o 
"Círculo Consciente "da nossa humanidade e que esperam que cada um 
de nós decida ser um eleito e um colaborador para preparar o caminho 
para esse "Bem Que Está Por Vir". Porém sei também que aqueles que 
não amam a nossa espécie estão incentivando nossa divisão e 
destruição e, vingativos, eles desejam que voltemos à ignorância. 
Escolha-se, leitor, para ajudar na nossa unificação global, escolha-se 
para abreviar os tempos do fim! Sejamos Um só povo novamente! O 
desafio no presente é o de recuperarmos a unidade que um dia nos 
levou tão perto de realizar a Vontade do Todo nesta Terra. Estamos muito 
perto de consegui-lo na atualidade, e paradoxalmente, muito perto de 
perder esta nova oportunidade, para alegria dos nossos velhos inimigos. 
Deixo até aqui o relato do que Anthor e Tanaim me permitiram revelar 
daquilo que observei na Dimensão das Memórias Cósmicas, dimensão 
na qual não existe nem passado, nem presente nem futuro, apenas o 
Eterno Agora.
 Notas
 1- Biblia. Novo Testamento.Primeira Carta aos Coríntios 14,13
 2- Jacques Cousteau -1910-1997 "que (...) em 1975 pediu 
permissão ao governogrego para mergulhar no Mar Egeu.Queria buscar 
evidências arqueológicas da existência da Atlântida (...)" Jornal do Brasil 
26/6/97.
 3- Escrevi sobre esta possibilidade antes que os cientistas 
revelassem em 1998/1999 o risco de este fato vir a acontecer, 
provavelmente, no ano 2008. De acordo com o calendário maia esse 
evento deveria acontecer em dezembro de 2012.
 4- Em Bill Gates A Estrada do Futuro (Companhia das Letras, 
São Paulo, 1995), cap. 5, p.124.
 5- A Conspiração Aquariana (Editora Record/Nova Era, Rio de 
Janeiro, 6ª edição,1980), p.395.
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O ENEAGRAMA E O QUARTO CAMINHO
A descoberta do Eneagrama ou do conhecimento do Quarto Caminho 
não pode ser atribuída a alguém. Sabe-se apenas que faz parte de uma 
sabedoria muito antiga da humanidade, que permaneceu restrita às 
paredes de algumas escolas iniciáticos do oriente durante milhares ou 
talvez dezenas de milhares de anos. Porém, um homem foi o primeiro 
responsável em resgatar esta sabedoria e introduzi-la no Ocidente. Seu 
nome era Gurdjieff. 
George Ivanovitch Gurdjieff nasceu entre 1872 na cidade de 
Alexandrópolis, na província de Kars, Rússia. Sua vida foi dedicada a 
uma completa busca e transmissão do conhecimento, retratada muito 
bem no filme e no livro "Encontro com Homens Notáveis" (Ed. 
Pensamento). Diversos foram os seus seguidores, com quem 
compartilhou suas vivências e levou-os a experienciar os seus 
conhecimentos, dentre eles devemos citar Piotr Demianovich Ouspensky 
e o compositor Thomas de Hartmann. Dedicou-se a escrever, ao final de 
sua vida, três obras literárias: "Relatos de Belzebu ao seu Neto ou Crítica 
Objetivamente Imparcial da Vida dos Homens", "Encontros com Homens 
Notáveis" e "A Vida Só é Real Quando "Eu Sou" ". Somente a segunda 
obra foi traduzida para o português. 
Gurdjieff faleceu em Paris, em 29 de outubro de 1949. A linha de 
trabalho difundida por Gurdjieff é conhecida como o QUARTO CAMINHO, 
provavelmente é o caminho mais difícil a ser seguido, uma vez que nos 
é imposto praticá-lo em meio a vida cotidiana - no dia-a-dia, sem 
renunciar ao mundo. No Quarto Caminho é importante manter uma 
relação ativa e direta de comprometimento com as circunstâncias 
variáveis da vida, que nunca são fixas e habituais. Deve-se ter 
capacidade de adaptação às diferentes condições da vida pondo em 
prática todos os conhecimentos do Trabalho Em Si.
Auto-observação e Lembrança de Si são chaves para a evolução neste 
caminho. O homem do Quarto Caminho deve estar conectado, 
sintonizado com a vida. Deve realmente compreender o significado de 
ESTAR NO MUNDO SEM SER DO MUNDO. Deve entender que o melhor 
caminho é o caminho do meio, do centramento, do alinhamento dos 
centros (físico, energético, emocional e intelectual), da harmonização 
entre o interno e o externo, e aceitar o convite para o verdadeiro 
DESPERTAR, permitindo assim a manifestação do EU SUPERIOR. 
Mais tarde, vindo da mesma fonte, Oscar Ichazo e Claudio Naranjo 
trouxeram o mesmo aprendizado, porém, como elos condutores 
subjacentes, que vão produzindo o aprofundamento e maior clareza 
neste conhecimento. 
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ENEAGRAMA
 Edina de Paula Bom 
Sucesso*
O livro "Os Nove Tipos de Personalidade" da Editora Objetiva é de 
autoria do chileno Cláudio Naranjo, que estudou psicologia, medicina, 
música e filosofia. Morou nos Estados Unidos, tendo convivido com 
renomados professores de Psicologia da Personalidade, entre eles 
Gordon Allport, Henry Murray e Raymond Cattell.
Naranjo é um respeitado estudioso do Eneagrama, uma tipologia 
conhecida há mais de 2000 anos, que descreve nove estruturas de 
personalidade e foi aperfeiçoado por mestres Sufistas no término da 
Idade Média.
Estrutura dos Tipos:
Tipo 1: Corretos, formais, perfeccionistas, voltados para o dever e não 
para o prazer. Exigentes e críticos em relação a si. O pecado raiz deste 
tipo é a Ira, traduzida pelo ressentimento, excessiva racionalização e 
controle na expressão verbal da raiva. Costumam esconder a tendência 
destrutiva aparentando uma atitude bem intencionada. Irritam-se com 
os erros dos outros, vigiam e são impulsionados a reprovar. 
Costumam ser indulgentes e humildes. Impressionam pela 
meticulosidade, pela ordem e acham que podem fazer tudo melhor que 
os outros. Vivem de acordo com um padrão preconcebido e irrevogável, 
ruminativo e desconfiado. 
Tipo 2: Generosos, excêntricos, rebeldes, despreocupados, arrogantes, 
seduzidos pelas novidades. O pecado raiz é o Orgulho, mostram falsa 
generosidade e comportamento sedutor. A conduta lisonjeira é a forma 
de se manterem no centro das atenções. Costumam parecer mais do 
que são. Incapazes de relacionamentos duráveis costumam viver fases 
de relacionamento teatral. Experimentam pouco a culpa, mostrando 
reação excessiva diante de situações que outros consideram sem 
importância. Costumam mostrar explosões de raiva e são percebidos 
como superficiais, desprovidos de autenticidade. Mostram pouco 
empenho na busca intelectual, embora criativos e imaginativos.
Tipo 3: Controladores, hipervigilantes, autoconfiantes. O narcisismo é 
parte do perfil, mobilizam-se para provar seu valor. O pecado raiz é a 
Vaidade, exteriorizada através da apaixonada preocupação com a 
própria imagem. Buscam a apreciação dos outros através da realização 
da eficácia, da aceitação social de um estado característico de 
neutralidade, de controle dos sentimentos. Não têm dúvida que são 
pessoas especiais, falam incessantemente sobre suas maravilhosas 
qualidades. São convictos de que não existe nada que não possam fazer, 
ninguém que não possam superar. Não aceitam ser questionados e suas 
manifestações de afeto são muito controladas. São pragmáticos, bons 
negociadores, capazes de tirar empresas do vermelho. 
Tipo 4: Personalidade autoderrotista, têm sensação dolorosa de 
carência e anseio em direção ao que sentem que está faltando. O 
pecado raiz é a Inveja, estando sempre querendo alcançar o inatingível. 
Pessimistas, céticos, sérios e amargurados. Consideram o sofrimento 
coisa nobre. Contemplam a si mesmos de forma aristocrática. 
Preocupação com a estética, apresentando um jeito diferente de vestir e 
de viver. São melancólicos, resmungões. Rejeitam ofertas razoáveis de 
ajuda. Evitam companhia, pois temem ser depreciados, ou mesmo 
aborrecer os outros. O amor é a única coisa que confere um conteúdo 
positivo à sua vida.
Tipo 5: O desapego, o isolamento, a capacidade de retenção. O pecado 
raiz é a Avareza. Minimizam as suas próprias necessidades, mostrando 
obediência compulsiva. Seu forte superego os leva ao sentimento de 
culpa. Mostram auto distanciamento e uma exagerada vulnerabilidade. 
São, ao mesmo tempo, sensíveis e frios. Vida rica em pensamentos e 
pobre em ações. Amam a privacidade, são discretos na expressão dos 
sentimentos. Se têm problemas preferem ficar sós. Nem sempre 
colocam no papel as suas boas idéias. Adiam, procrastinam, recusam-se 
a assumir responsabilidades. Seu grande traço é o intelectualismo: 
adoram teorizar, racionalizar. Costumam substituir a vida pela leitura. 
Precisam desenvolver a capacidade de amar e de se relacionar.
Tipo 6: Cautelosos, guerreiros, obsessivos, desconfiados.São tensos, 
hipersensíveis, não toleram suspense. Buscam clareza de regras, 
regulamentos. O pecado raiz é o Medo. São corteses e afáveis, mas 
conseguem desarmar o oponente. No rumo de suas idéias são 
obstinados, teimosos, pouco receptivos às influências. Estruturam tudo, 
mostram necessidade de liderar. Pensamento empírico e objetivo, são 
extrovertidos e, por medo de cometer erros, podem ficar imobilizados, 
temendo as conseqüências futuras das ações presentes. Estão sempre 
de sobreaviso, procurando os significados ocultos.
Tipo 7: Narcisismo, a intemperança, a paixão pelo prazer. Aproximam-se 
do mundo pela estratégia da palavra. Manipulam através do intelecto, 
tomam os sonhos como realidade. O pecado raiz é a Gula. Sensíveis e 
altamente influenciáveis pelo mundo exterior. Inclinados à autoanálise, 
sujeitos a excessos ocasionais de tristeza e irritação, apesar do 
excessivo otimismo. Conduta social radiante, acessíveis às novas idéias. 
Seu estoque de pensamentos é inexaurível. Encaram com desprezo 
quem os desrespeitam. Expansivos, não colocam limites nas fantasias. 
Afeto relaxado, alegre, despreocupado. Condições estáveis o sufocam. 
Olham para o futuro e não para o passado, tendem à satisfação 
excessiva dos desejos e a uma aparente modéstia.
Tipo 8: Rebeldia, desobediência e reserva. Considerado provocador, seu 
narcisismo se expressa pela autoconfiança. O pecado raiz é a Luxúria. 
Não é de bajulador, tendo um caráter forte, estilo provocador e 
afetividade hostil. Não se deixa intimidar pelo outro e mostra grande 
determinação para alcançar objetivos e superar obstáculos. São peritos 
em frustrar os outros em suas expectativas, esperanças, alegrias. 
Criticam mas não gostam de ser criticados. Têm postura auto suficiente, 
e sentem prazer em dominar. Tendentes ao vício e ao prazer pelo que é 
proibido. Seu comportamento é de confrontação, intimidação. Tipo 
divertido, espirituoso.
Tipo 9: A tolerância, a acomodação, a indiferença, a generosidade. 
Caráter resignado busca excessiva de estabilidade e inclinação 
conservadora. O pecado raiz é a Preguiça. Conduta tranqüila, facilidade 
de comunicar sentimentos. Buscam companhia quando estão com 
problemas. Inclinados ao dever, tendem a se sacrificar pelos outros. Por 
medo de serem rejeitados, concordam com o outro, procurando sempre 
agradar. Adaptam o seu comportamento para agradar aqueles de quem 
dependem. São solidários, honram os seus compromissos. Tendem a 
adiar, dispersar, gastar tempo com coisas não prioritárias, desgastar-se 
com pormenores. Podem trabalhar exageradamente como forma de 
compensar a sua lentidão.
Contribuições para o autoconhecimento:
Tendo atuado por muito tempo como psiquiatra, o autor confessa o seu 
desconforto na prática da Psicanálise - "Sentia que o que eu oferecia não 
ia ao encontro das necessidades e expectativas dos Clientes". Encontrou 
no Eneagrama uma alternativa muito saudável para ajudá-los a lidar 
com as dificuldades da vida. Admite que o terapeuta ajuda, mas, o 
trabalho de desenvolvimento é uma construção do Cliente.
Considera que a auto observação é o primeiro passo para a auto análise, 
desde que a pessoa se permita abrir um espaço para reconhecer e 
entender as suas inevitáveis imperfeições, decorrentes das marcas da 
história de vida. Muitos resistem ao autoconhecimento, a descobrir as 
paixões dominantes. Salienta a importância de criar a disciplina da auto 
observação, de escrever a autobiografia como forma de recuperar as 
experiências passadas e identificar formas utilizadas para sobreviver às 
circunstâncias dolorosas. 
Ao recuperar-se cenários e sentimentos passados, pode-se identificar os 
episódios erroneamente vividos, momentos em que o nosso 
comportamento ou palavras não foram como deveriam ter sido. 
Experimentar a dor de sentir a natureza condicionada da nossa 
personalidade é um mergulho inevitável. Mesmo que gere sofrimento, 
pode-se retirar daí um combustível para o trabalho de auto 
transformação.
 * Mestre em Administração, Psicóloga, Diretora da ERGON 
Consultores Associados.
A consultora apresentará os pontos importantes do livro "Os Nove Tipos 
de Personalidade", discutindo contribuições e polêmicas com os 
presentes no XIX Debate de Obras Fundamentais. 
O evento será realizado no dia 09 de junho de 19:30 às 21:30h no 
Plenário Minas Gerais do CREA/MG 
Av. Álvares Cabral, 1600 / 6.º andar. Informações: (031) 342 2449 ou 342 
2030. 
Realização: ERGON Consultores Associados.
Apoio: Coluna de Recursos Humanos / Jornal Estado de Minas.
Eneagrama da Personalidade
Aprender a aprender...a reeducação permanente por intermédio do 
autoconhecimento
Em nosso universo social sempre encontramos diferentes traços de 
caráter e de comportamento. Existem pessoas que manifestam 
confiança, outras são excessivamente inseguras. Algumas são apegadas 
ao que possuem e outras desapegadas ou até perdulárias. Há pessoas 
que são naturalmente ganhadoras e outras que parecem fadadas ao 
insucesso. Algumas são guiadas pelo sexo e outras destinadas ao 
celibato. 
Há pessoas que constroem - são ativas. Para outras a depressão é uma 
experiência cotidiana mas, para algumas, os estados depressivos não 
duram mais que alguns minutos. Vemos que a nota dominante de alguns 
é a crítica, de outros a melancolia. Algumas pessoas não perdem a 
ocasião de vingar-se, outras não dispensam a bajulação e existem 
aquelas que são indisciplinadas e outras super disciplinadas. 
O que há por trás desses diferentes modos de ser, sentir, agir e 
comportar-se das pessoas? Por que parece tão natural para as pessoas 
portarem-se de determinada maneira? Por que são sempre assim 
repetindo determinados atos, pensamentos, sentimentos e 
comportamentos durante toda a vida, incapazes de mudar, mesmo 
reconhecendo os aspectos negativos que estes acarretam para a sua 
existência? 
O Eneagrama observa que as infinitas respostas individuais aos 
condicionamentos podem ser agrupadas em nove grupos humanos que 
se diferenciam segundo as condições emocionais e respostas racionais, 
como maneiras de estar e atuar no mundo. A tipologia completa, 
levando em conta nuances relevantes, inclui 27 subtipos. 
Todo indivíduo ao ser preparado para viver em sociedade recebe um 
certo grau de condicionamento que o leva a buscar respostas internas 
necessárias à sua sobrevivência. Assim desenvolve-se a Personalidade 
ou Ego, com o qual o indivíduo passa a se identificar, se reconhecer e se 
comportar socialmente. 
A Personalidade é constituída de mecanismos inconscientes que levam 
as pessoas a certos estados de ânimo, atitudes, sentimentos, 
pensamentos, comportamentos e sistemas de crenças. Assim, a própria 
pessoa não percebe a prisão em que vive, pois tais mecanismos 
automáticos parecem-lhe naturais. Ela também não percebe o papel 
inibidor e limitante que o condicionamento exerce sobre a sua maneira 
de viver. 
GURDJIEFF, nutrido em fontes Sufis de antiga sabedoria, introduziu no 
Ocidente o uso do milenar mapa do Eneagrama, de fecunda aplicação ao 
estudo de qualquer processo dinâmico. 
Mais tarde, vindo da mesma fonte, Oscar Ichazo trouxe a semente que 
Claúdio Naranjo cultivou. Este herdeiro de ambas vertentes serviu-se de 
sua sólida formação psicanalítica, gestáltica e transpessoal para 
desenvolver o método paraclínico que, através da observação da 
estrutura dos eneatipos de egos, dá respostas pertinentes às 
inquietudes existenciais deste final de Século e transição de Milênio. 
Um aprendizado teórico e vivencial segundo a dinâmica peculiar ao 
grupo, onde se alterna informação com exercícios especiais de vivência. 
A história de vida decada um é o elo condutor subjacente que vai 
produzindo insights parciais de aproximação sucessiva até que o 
indivíduo se localize com clareza em um dos Eneatipos. 
A partir desta localização, sempre alternando informação com 
depoimentos pessoais obtidos dos exercícios de vivência, o participante 
é conduzido a revelar a fotografia interna dos labirintos que compõem os 
mecanismos inconscientes do seu Ego e de seu modo automático de 
viver. 
Os participantes familiarizam-se com técnicas próprias do trabalho e 
recebem orientação especial para que, sozinhos - através da auto-
observação - possam ampliar a fotografia interna, tornando-a mais nítida 
e reveladora. Segue-se um período propício para a sedimentação e a 
maturação dos insights produzidos durante o curso. 
Ocorrerá também um conseqüente distanciamento do impacto 
produzido pela autodescoberta e autoclassificação. 
A partir daí a pessoa estará apta para os módulos subseqüentes, para 
aprofundar conhecimentos e explorar novas facetas do trabalho, 
segundo o seu ritmo e interesse na busca do autoconhecimento e da 
transformação pessoal. 
Sociólogo com estudos de Mestrado e Doutorado no Chile e na 
Inglaterra, Alaor Passos Trabalhou como consultor da ONU em vários 
países. Na Califórnia, EUA, interessou-se pelo Movimento para o 
Desenvolvimento do Potencial Humano, tornando-se Master e 
Supervising Teacher na área terapêutica, do Movimento para o 
Desenvolvimento do Potencial Humano. É o responsável, desde a década 
de 80, pela aplicação, no Brasil, do método desenvolvido por Cláudio 
Naranjo. 
Alaor integrou à Microsociologia técnicas alternativas para a condução 
de Dinâmica e Treinamento de Grupos. Teve formação complementar na 
Índia, quando se familiarizou com as práticas orientais de meditação e 
de autoconhecimento. 
Há muitos anos estuda o Eneagrama. Sob a orientação de Cláudio 
Naranjo, dirige grupos de estudo em várias partes do Brasil. É o único 
representante autorizado a aplicar, no país, os dois primeiros módulos 
do estudo dos eneatipos, iniciando pessoas que podem ser, 
posteriormente, integradas nos trabalhos do Instituto SAT (Seekers After 
the Truth),em etapas mais avançadas. 
É um antigo sonho de Alaor Passos criar a Universidade Alternativa para 
o Estudo do Ser Humano, em que a meta é o SER e o currículo é a 
história de vida. Por isso está empenhado na consolidação do Instituto 
SATélite, em associação com Cláudio Naranjo, trabalhando na 
aglutinação de pessoas e de institutos que atuam na área. 
O objetivo é preservar a qualidade do estudo e do trabalho com os 
Eneatipos, para incentivar a revolução interna e o despertar de um 
destino individual e coletivo melhor, na evolução da humanidade. 
Motivar, orientar e criar condições para que cada participante possa 
identificar seu defeito principal, aquele que dá origem e suporte a todos 
os demais defeitos que compõem o arcabouço das negatividades do 
Ego: pensamentos, idéias, sistemas de crenças, atitudes, estados de 
ânimo e sentimentos que contaminam o self, mantendo o indivíduo 
apegado ao seu modo emocional e automático de viver. 
Trata-se de neutralizar a força automática do defeito principal 
aumentando-se o nível de consciência de si mesmo por intermédio da 
auto-observação, condição que fará emergir a verdadeira essência do 
indivíduo - o ser harmonioso, o tesouro potencial escondido dentro de 
cada um de nós. 
PERFECCIONISTAS
 Os perfeccionistas são pessoas responsáveis, que gostam de realizar 
suas tarefas de forma a chegar a resultados perfeitos. Seu radar está 
voltado para o que "deveriam" fazer e para "o que deve ser feito". São 
pessoas detalhistas que exigem e valorizam a organização. O Certo e o 
Errado são questões fundamentais para o Tipo 1. 
Seu crítico interior é muito forte e está sempre apontando para aquilo 
que não está bom o suficiente ou que pode ser melhorado. Tem uma 
necessidade de agir de acordo com o que parece certo. Normalmente os 
Perfeccionistas acabam se responsabilizando por muitas tarefas, o que 
os deixa ressentidos com a falta de responsabilidade dos outros. 
Ressentimento que acaba se tornando em uma raiva que eles 
prefeririam não demonstrar. Na infância eram vistos como meninas ou 
meninos bonzinhos. Acreditam que se todos trabalhassem para criar 
ordem como eles, muitos dos problemas do mundo estariam resolvidos
PRESTATIVOS
Os Prestativos tem um radar voltado para as necessidades dos outros e 
normalmente se moldam para satisfaze-las. São pessoas que se 
orgulham por serem assim, pela importância de si mesmo nos 
relacionamentos, "nunca teriam feito sem mim". São pessoas sedutoras 
que acreditam saber como fazer os outros felizes. Gostam de ajudar, 
mas o fazem com o intuito de receber carinho, ou pelo menos 
agradecimento. Normalmente são extrovertidos e companheiros, sendo 
procurados pelas pessoas que querem "desabafar". Seu orgulho faz com 
que, por vezes, entrem em situações difíceis por "não dar o braço a 
torcer". Acreditam que se todos se preocupassem menos com suas 
próprias necessidades muitos dos problemas do mundo seria resolvidos.
BEM-SUCEDIDOS
Os Bem Sucedidos são pessoas trabalhadoras que fazem de tudo para 
obter sucesso pessoal. Eles têm um radar voltado ao que possa lhe 
trazer sucesso em suas realizações. São preocupados com a aparência e 
procuram sempre causar uma boa imagem. São otimistas e contam com 
a sorte como se ela estivesse empoleirada em um de seus ombros. 
Gostam de profissionalismo e admiram aqueles que alcançaram o 
sucesso pela sua competência, embora às vezes busquem atalhos não 
tão éticos. Procuram agradar as pessoas usando mascaras que nem 
sempre demonstram seus reais interesses ou preferências, mas que com 
certeza expresse sua imagem de Bem-Sucedido. A cultura americana 
valoriza muito o Tipo 3, onde "os fins justificam os meios ". Os Bem-
Sucedidos acreditam que seu valor está diretamente relacionado a suas 
realizações e que se todos realizassem tanto quanto eles, muitos dos 
problemas do mundo estariam resolvidos.
ROMÂNTICOS
Os românticos são pessoas concentradas em seus sentimentos e 
necessidades pessoais. Gostam de falar de coisas de seu passado e 
normalmente tem um tom melancólico. São preocupados com sua 
imagem e buscam firmá-la como especial e singular. Normalmente 
gostam de coisas refinadas e de bom gosto, costumando falar sobre elas 
com uma pitada quase imperceptível de inveja. Quando muito voltados a 
si próprios tendem a ser depressivos. Sua busca é por encontrar pelo 
menos uma pessoa que os entenda. Facilmente se vêem em meio de um 
monte de coisas para fazer, mas acabam investindo horas no telefone 
falando a um amigo sobre quanto estão atarefados e sem tempo. 
Acreditam que se todos meditassem sobre si mesmos e experenciassem 
a plenitude ao expressar seus sentimentos, como eles o fazem, muitos 
dos problemas do mundo estariam resolvidos.
OBSERVADORES
Os observadores são pessoas calmas, que normalmente só se 
manifestam quando alguém lhes pede e quando não são interrompidos. 
Seu tom é professoral com uma leve pitada de arrogância. São pessoas 
que se concentram na busca por conhecimento e que não gostam de 
tomar nenhuma atitude ou decidir sem antes pensar e repensar o 
suficiente. Seu radar está voltado para objetividade, como se estivessem 
coletando as informações no presente para refletir sobre elas mais tarde 
sem o envolvimento emocional. Preservam os laços familiares e 
procuram promover eventos ou situações culturais, como viagens, 
visitas a museus... Os observadores não se identificam com profissões 
onde estejam em evidência ou que lhes exija lidar com pessoas. 
Preferemprofissões técnicas e normalmente são especialistas. 
Acreditam que se todos deliberassem tanto quanto eles, muitos dos 
problemas do mundo estariam resolvidos.
QUESTIONADORES
Os Questionadores são pessoas trabalhadoras, responsáveis e que tem 
necessidade de estar com pessoas afins. Não tem propensão a 
inovações ou pioneirismo, pois preferem aquilo que é certo e 
comprovado diante do que é novo e desconhecido. São pessoas que 
gostam de estar em grupos, muitas vezes em clubes, Lions, ou outras 
associações conservadoras. Seu radar está voltado para o que possa 
trazer perigo ou risco e sentem uma forte necessidade de saber as 
regras de tudo em que estejam envolvidos. Os Questionadores estão 
constantemente se questionado sobre a intenção das pessoas ou sobre 
se o que fizeram foi correto, como se lhes faltasse confiança. 
Acreditam que se todos se relacionassem com os outros como eles o 
fazem, muitos dos problemas do mundo estariam resolvidos.
SONHADORES
Os Sonhadores são pessoas alegres, otimistas que buscam a felicidade. 
Não gostam da rotina e por viverem intensamente, enjoam-se 
facilmente, mudando de direção, buscando algo que lhe dê prazer. Os 
sonhadores são companhia agradável e dificilmente abordam temas 
pesados ou negativos, pelo contrario afastam-se ou tentam quebrar a 
energia com uma piada. São aventureiros e não se importam em 
estarem sozinhos, pois sabem que logo estarão novamente 
"Enturmados" . Sua cabeça vive com vários planos para fazer o futuro 
melhor. Acreditam que se todos tentassem tanto quanto eles trazer a 
felicidade ao mundo, muitos dos problemas do mundo estariam 
resolvidos.
CONFROTADORES
Os Confrontadores são pessoas que apresentam uma postura forte e 
segura, são assertivos e tem uma visão muito clara da vida, sem muito 
interesse em mudar. São pessoas práticas que não gostam muito de 
rodeios ou papo furado, e querem chegar logo no assunto e resolvê-lo. 
Os Confrontadores desprezam a fraqueza e admiram a força e o poder. 
Não são conhecidos pela sua delicadeza, pois quando algo lhes impede 
em ir adiante não hesitam em pisar nos calos daqueles que estão lhe 
atrapalhando. Seu radar está voltado para o ponto fraco, que se 
necessário, usarão para manter o controle. São pessoas que lutam por 
um senso de justiça em prol daqueles que não podem se defender. 
Acreditam que se todos realizassem coisas importantes como eles, 
muitos problemas do mundo estariam resolvidos.
PRESERVACIONISTAS
Os Preservacionistas são pessoas extrovertidas que gostam de estar 
com pessoas e dão importância ao status. 
Sua energia não é direcionada para a realização de tarefas ou planos 
futuros, mas sim para manter sua paz ou preservar seu status-quo. Tem 
uma postura despreocupada e preferem não se envolver em 
problemas.Diante de um conflito se calam para acalmar os ânimos 
dando a impressão de que concordaram, quando na realidade estão 
apenas retrocedendo para novamente atacar e ganhar no 
cansaço.Empregam muito mais energia para se afastar do que não 
querem ou preservar o quem tem, do que para buscar o que realmente 
querem. Acreditam que se todos trabalhassem para preservar o status-
quo, muitos dos problemas do mundo estariam resolvidos.

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