Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pneumonias Agudas adquiridas na Comunidade. -Inverno: maior susceptibilidade a doenças respiratórias. -Importante causa de morbidade e mortalidade. -Risco de gravidade em menores de 5 anos. · Abaixo de 2 meses qualquer alteração respiratória justifica internação. -Importante problema de saúde pública em países em desenvolvimento. -Prevenção primária: um bom cuidado bucal evita um grande número de infecções respiratórias. EPIDEMIOLOGIA -Streptococcus pneumoniae (pneumococo). -Mycoplasma Pneumoniae.- pneumonia atípica. -Chlamidia pneumoniae- RN (contato vaginal) · Desenvolve conjuntivite! -Haemophilus influenza tipo B -Staphilococcus aureus · Maior causa de derrame pleural. -Enterobactérias. -RN e lactentes (até 2m de vida) · Strepcocccus agalataes. · Maior tempo de bolsa rota- maior chance de infecção por streptocccus agalates. · Bactéria presente no geniturinário. · Escerichia coli. · Pseudomonas aeuriginosa- bastante relacionados a imunodeficiências. · Klebisiella sp · Ureaplasma urelyticum · Lactentes, podem cursar com antecedentes de conjuntivite e parto vaginal, e sugerem infecção por C. trachomatis. -Periodo pré-escolar (até 5 anos/7 anos). · Se já está na creche, independentemente da idade já considero como período escolar para verificar o mais prevalente. · Pneumonia stafilocócica. · Mycoplasma penumoniae -Periodo escolar (5 anos-10 anos/ 7-12 anos) · Haemophilus · Penta valente tem imunização contra haemophilus- no entanto a vacina é somente contra o tipo B e há varias cepas. · Pneumococo. · Clamydia Pneumoniae. -Pneumonias virais. · VSR- bronquiolite. · Mais frequentemente encontrado. · Enterovírus. · Quadro que mescla entre sintomas gastrointestinais e sintomas respiratórios. · Influenza · Parainfluenza · Vírus responsáveis por 90% das pneumonias no primeiro ano de vida e 50% na idade escolar. QUADRO CLINICO -Varia conforme idade da criança, estado nutricional, presença da doença de base e o agente etiológico. -Tosse seca ou produtiva. · Normalmente: tosse seca evoluindo ao logo dos dias para produtiva. -Batimento de asa de nariz- principalmente para lactentes. -Febre. · Algumas pneumonias atípicas não contemplam febre. · < 2meses geralmente cursam com hipotermia. · -Cefaleia -Dor abdominal. · Tosse estimula a musculatura intercostal. · Principalmente quando estão envolvidos os lobos inferiores. -Taquipneia · < 2 meses: FR ≥ 60 irpm; · 2 a 11 meses: FR ≥ 50 irpm; · 1 a 4 anos: FR ≥ 40 irpm. -Tiragem intercostal e subdiafrgmática. · Tiragem de fúrcula esternal. -Sibilância respiratória: · Ocorre com maior frequência nas infecções virais e nos agentes M. pneumoniae ou C. pneumoniae. · Nas crianças pequenas dificilmente se encontram alterações na ausculta respiratória. DIAGNÓSTICO -Diagnóstico é eminentemente clinico. -Diagnóstico etiológico: difícil estabelecer- quadro clinico semelhante para os diversos agentes. · Vírus como importante causador das PAC em crianças até 5 anos de idade. · Quanto mais jovem a criança (excessão < 2 meses), maior é a probabilidade de etiologia viral. · Agentes bacterianos- maior gravidade e mortalidade na PAC. · Alto risco para pneumococo: vírus HIV, imunodeficiências congênitas, cardiopatas, nefropatas, pneumopatas crônicos, hemoglobinopatias. · Segundo os consensos internacionais, todo derrame pleural em criança com predomínio de linfócitos deve sugerir a possibilidade de tuberculose ou doença maligna -Virais x bacterianas. · Interleucina 6, procalcitonina- infecções bacterianas. · PCR- maior elevação na bacteriana. · No primeiro momento pode encontrar-se diminuído, mas após algum tempo eleva-se. -Diagnóstico radiológico: · Não existe padrão radiológico de pneumonias bacterianas. · Raio x não é pedido para saber se é pneumonia- serve para acompanhar o quadro infeccioso. · Padrão alvéolo intertiscial- Clamydia B e B. pertusis. · Derrames pleurais pequenos- M. peneumoniae e C. pneumoniae até vírus. · Consolidação alveolar, pneumatoceles (cisto de ar no parênquima pulmonar), derrames pleurais e abscessos sugerem etiologia bacteriana. -Métodos para o diagnóstico especifico: · Microbiólocio, sangue e liquido pleural. · Microbiológico- rastreamento através da secreção extraída do pulmão. · O método microbiológico só é recomendado nos casos de derrame pleural que permita ser puncionado. · O diagnóstico microbiológico só é indicado nos casos de PAC grave, em cranças internadas ou quando a evolução é desfavorável. · Muito utilizado o hemograma apesar da baixa sensibilidade. · Swab. · Métodos investigativos próprios. · Broncoscopia, lavado broncoalveolar, biópsias pulmonares- métodos invasivos utilizados em situações excepcionais. Obs: Derrame pleural é mais comumente provocado pelo Staphilococcus Aureus. TRATAMENTO Critérios para internação. · Sinais de gravidade: taquipneico, precisa de suporte ventilatório, necessário medicação venosa ou parenteral (pois não consegue se alimentar por VO) · < 2 meses: taquipneia, tiragem subcostal, febre alta, recusa do seio materno por mais de 3 mamadas, sibilância, estridor em repouso, sensório alterado em letargia, sonolência anormal ou irritabilidade excessiva. · Entre as maiores de 2 meses de vida, os sinais são: tiragem subcostal, estridor em repouso, recusa de líquidos, convulsão, alteração do sensório e vômito de tudo que lhe é oferecido. · Aspectos sociais- pais que não tem informação e não conseguem realizar tratamento. · Menores de 2 meses. · Doenças de base- cardiopatia, por ex. · Falha na terapêutica ambulatorial. · Desnutrição grave. · Complicações. -O tratamento tende a ser empírico pois é raro a identificação do agente antes da antibioticoterapia. Antibioticoterapia domiciliar: -Recomendado a reavaliação após 48-72h. · 2 meses -5anos - 1ª opção: Amoxiclina (50) · 2ª opção: amoxicilina e clavulanato. · Efeito adverso: diarreia. · 3ª opção cefuroxima (30) · Maiores de 5 anos: 1ª opção: Amoxiclina (50) · 2ª opção: amoxicilina e clavulanato. · 3ª opção cefuroxima (30), caritromicina (15) ou azitromicina (10) Antibioticoterapia hospitalar: · Menores que 2 meses: 1ª opção: ampicilina (200) + amicacina (15) ou gentamicina(5) · 2ª – Cefotaxima (100/200) · 3ª - Cetriaxone (100) · 2 meses – 5 anos: 1ª opção: Cristalina (10000) ou Ampicilina (200) · 2ª Cefuroxina (100/150) · 3ª Ceftriaxone · > 5 anos: 1ª Cristalina ou ampicilina · 2ª Cefuroxima · 3ª Cefriaxone + Calritromicina. -Outras recomendações: · Manter a alimentação da criança- particularmente o aleitamento materno. · Aumentar a oferta hídrica. · Manter narinas desobstruídas. · Criança hospitalizada pode necessitar de uso de broncodilatadores, hidratação venosa, correção de distúrbios hidreletrolíticos, oxigenoterapia (quando a saturação de O2 < 92%). PRONÓSTICO -Principais complicações: · abscesso; · atelectasia; · pneumatocele; · Lesões de paredes finas. · pneumonia necrosante; · Geralmente associada a pneumococo- focos necróticos em área e consolidação pulmonar. · derrame pleural; · pneumotórax; · fístula broncopleural; · hemoptise; · septicemia; · bronquiectasia; · infecções associadas (otite, sinusite, conjuntivite, meningite,osteomielite). PREVENÇÃO: · Vacinação: vacinas pneumocócicas 13-valente (7 sorotipos + 1, 5, 7F, 3, 6A, 19A) e 10-valente (7 sorotipos+ 1, 5, 7F)- disponível em rede pública. IMAGENS -1ª consolidação lobar + infiltrado inflamatório difuso. · Achados clínicos: · Agentes etiológicos: consolidação indica bactéria, mas o padrão está confuso pode ser atípica. · Proposta terapêutica: amoxicilina. · Ou entraria com amoxicilina e azitromicina. -2ª consolidação lobar + derrame pelural. · Achados clínicos: tiragem subcostal, fúrcula, diafragmática + dor abdominal. · Agentes etiológicos: pneumoco ou staphilococcus aeureus.
Compartilhar