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PERGUNTA 1 Leia o trecho a seguir, retirado do livro A cidade e as serras de Eça de Queirós: Trecho: [...] - E quase me assustava, por eu ter de aprender e penetrar, neste novo Príncipe, os modos e as idéias novas. - Caramba, Jacinto, mas então...? Ele encolheu jovialmente os ombros realargados. E só me soube contar, trilhando soberanamente com os sapatos brancos e cobertos de pó o soalho remendado, que, ao acordar em Tormes, depois de se lavar numa dorna, e de enfiar a minha roupa branca, se sentira de repente como desanuviado, desenvencilhado! Almoçara uma pratada de ovos com chouriço, sublime. Passeara por toda aquela magnificência da serra com pensamentos ligeiros de liberdade e de paz. Mandara ao Porto comprar uma cama, uns cabides... E ali estava... - Para todo o verão? - Não! Mas um mês... Dois meses! Enquanto houver chouriços, e a água da fonte, bebida pela telha ou numa folha de couve, me souber tão divinamente! Caí sobre a cadeira de verga, e contemplei, arregalado, quase esgazeado, o meu Príncipe! Ele enrolava numa mortalha tabaco picado, tabaco grosso, guardado numa malga vidrada. E exclamava: - Ando aí pelas terras desde o romper de alva! Pesquei já hoje quatro trutas magníficas... Lá embaixo, no Naves, um riachote que se atira pelo vale de Seranda... temos logo ao jantar essas trutas! Mas eu, ávido pela história daquela ressurreição (...) Em relação a esse trecho retirado do livro A cidade e as serras de Eça de Queirós, podemos afirmar que: a. Jacinto é um novo homem porque voltará em breve para a civilização. b. Jacinto é um novo homem porque descobriu que existem pessoas que passam fome. c. Jacinto é um novo homem porque se tornou mais corpulento, mais forte e vigoroso. d. Jacinto é um novo homem, mas ainda se sente entediado. e. Jacinto é um novo homem porque, em contato com os ares do campo, se renovou, encontrou novo sentido para sua vida. PERGUNTA 2 Leia o trecho a seguir retirado do capítulo 2 de A cidade e as serras, que trata do momento em que Zé Fernandes reencontra Jacinto em Paris, depois de sua estada em Guiães por sete anos: E, todavia, nada mudara durante esses sete anos no jardim do 202! (...) Mas dentro, no peristilo, logo me surpreendeu um elevador instalado por Jacinto – apesar do 202 ter somente dois andares, e ligados por uma escadaria tão doce que nunca ofendera a asma da Sra. D. Angelina! Espaçoso, tapetado, ele oferecia, para aquela jornada de sete segundos, confortos numerosos, um divã, uma pele de urso, um roteiro das ruas de Paris, prateleiras gradeadas com charutos e livros. Na antecâmara, onde desembarcamos, encontrei a temperatura macia e tépida duma tarde de Maio, em Guiães. Um criado, mais atento ao termômetro que um piloto à agulha, regulava destramente a boca dourada do calorífero. E perfumadores entre palmeiras, como num terraço santo de Benares, esparziam um vapor, aromatizando e salutarmente umedecendo aquele ar delicado e superfino. Eu murmurei, nas profundidades do meu assombrado ser: - Eis a Civilização! Podemos afirmar que: a. Nesse trecho, Jacinto se mostra preocupado com a opinião de Zé Fernandes. b. Além do elevador necessário, a antecâmara tinha novidades: a temperatura elevava sem nenhum mecanismo aparente. c. O narrador demonstra gratidão por Jacinto ter pensado em detalhes importantes para o conforto dos convidados. d. A descrição do elevador do 202 revela um luxo exagerado e desnecessário. e. Zé Fernandes ficou surpreso por nada ter mudado no 202. PERGUNTA 3 O narrador do romance A cidade e as serras é: a. Jacinto, o português rico que morava em Paris. b. Zé Fernandes, português, que foi estudar em Paris e assim conheceu Jacinto. c. Jacinto, francês, que foi morar nas serras de Tormes com seu amigo Zé Fernandes. d. Zé Fernandes, francês, que acompanhou o amigo numa viagem por Portugal. e. Um amigo de Jacinto que morava em Tormes. PERGUNTA 4 Leia atentamente as afirmações a seguir: I. Jacinto é um homem civilizado que acredita que a felicidade suprema só pode ser alcançada através do cientificismo e da erudição que colaboram para descobrir realidades do Universo. II. Para Jacinto a ideia de civilização não se separava da imagem da cidade. III. Em relação à religião, Jacinto dizia: "A religião! A religião é o desenvolvimento suntuoso de um instinto rudimentar, comum a todos os brutos, o terror". Podemos considerar como verdadeiras as afirmações: a. I e II. b. I e III. c. apenas a II. d. I, II e III. e. II e III.
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