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Conceito e Valor da Informação
APRESENTAÇÃO
Identificar a importância e o valor da informação no contexto organizacional é extremamente 
importante para os profissionais que desejam trabalhar na área de segurança, bem como para as 
equipes gestoras das empresas. Esta importância é destacada uma vez que, para que sejam 
investidos tempo e recursos nesta área, os profissionais precisam compreender que a informação 
é parte fundamental das empresas e, por isso, precisa ser preservada da melhor forma possível.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender mais sobre o valor da informação no 
contexto organizacional e conhecerá as fases do ciclo de vida da informação e suas 
classificações.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Relacionar a importância e o valor da informação no contexto organizacional.•
Identificar as fases do ciclo de vida da informação.•
Analisar a classificação das informações (pública, interna, confidencial, secreta).•
DESAFIO
Em uma empresa, a informação é uma ferramenta-chave que está diretamente associada ao seu 
sucesso ou insucesso.
Você é gestor de uma grande empresa do setor calçadista e precisa preocupar-se em garantir a 
manutenção e a rentabilidade de seu negócio.
 
Assim, analise as seguintes informações e classifique-as de acordo com o seu grau de 
criticidade, justificando a sua resposta:
1) Design de novos sapatos. 
2) Código utilizado para formulação da tinta que colore uma determinada linha de sapatos. 
3) Número de funcionários da empresa. 
4) CNPJ da empresa. 
5) Tecnologia inovadora que está sendo inserida para melhorar o amortecimento de sapatos da 
linha esportiva. 
6) Calendário de datas de lançamentos de novos produtos.
INFOGRÁFICO
A classificação da informação se dá por ordem de prioridade ou criticidade, sendo que a 
criticidade diz respeito ao dado em caso de a informação ser acessada indevidamente. Já em 
relação ao ciclo de vida da informação, deve-se ter em vista que, ao enviar um arquivo em uma 
rede social, você está tramitando uma informação na etapa de transporte.
No Infográfico, você conhecerá os principais assuntos que norteiam dois dos principais 
conceitos fundamentais da área de segurança da informação, sendo eles: classificação da 
informação e ciclo de vida da informação. 
CONTEÚDO DO LIVRO
Cada informação é classificada com um nível de relevância específico. De acordo com estes 
níveis, uma informação pode ser pública, interna, confidencial ou secreta. Informações 
confidenciais e secretas demandam mais atenção e um maior trabalho de segurança, uma vez 
que uma falha na segurança de informações nestas classificações pode ser vital para uma 
empresa.
Leia o capítulo Conceito e Valor da Informação, da obra Fundamentos de Segurança da 
Informação, base teórica para essa Unidade de Aprendizagem, no qual são apresentados os 
conceitos fundamentais de segurança da informação, sendo eles: valor da informação para as 
organizações, ciclo de vida da informação e classificação da informação.
Boa leitura.
FUNDAMENTOS DE 
SEGURANÇA DA 
INFORMAÇÃO
Aline Zanin
Conceito e valor 
da informação
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar a importância e o valor da informação no contexto 
organizacional.
  Identificar as fases do ciclo de vida da informação.
  Descrever a classificação das informações (pública, interna, confiden-
cial, secreta).
Introdução
As informações têm importância significativa para as empresas, estando 
relacionadas a aspectos estratégicos, de fidelização e atração de clientes 
e de organização interna. Devido a essa relevância, as informações estão 
sujeitas a ameaças como perda ou roubo, que podem gerar grandes 
transtornos para as empresas. Assim, torna-se importante compreender 
em quais momentos as informações estão sob maior risco e quais os tipos 
de informação que exigem maiores esforços de segurança da informação.
Neste capítulo, você vai estudar os conceitos fundamentais de segurança 
da informação, sendo eles o valor da informação para as organizações, o 
ciclo de vida da informação e a classificação da informação.
A informação no contexto organizacional
Para defi nirmos a importância da informação para as organizações, primeira-
mente é necessário entender o seu conceito. Primeiramente, vamos distinguir 
dados e informação: dados são fatos brutos que não receberam tratamento; 
já informações são o resultado dos dados já tratados e organizados de uma 
forma lógica, conforme lecionam Laudon e Laudon (2007). A Figura 1 traz 
um esquema desses conceitos.
Figura 1. Conceitos de conhecimento, informação e dados.
Fonte: Adaptada de Oliveira (2018).
Informação
Dados analisados, valor agregado
Dados
Públicos, de diferentes fontes
Conhecimento
Compreensão da informação
Em uma empresa, a informação é uma ferramenta-chave que está di-
retamente associada ao seu sucesso ou insucesso. Uma informação ou um 
conjunto de informações pode representar uma parte ou o todo do negócio de 
uma empresa. Por exemplo: uma determinada marca de refrigerantes tem um 
grande faturamento e uma grande quantidade de vendas e tem como diferencial 
a fórmula utilizada para a produção do refrigerante da marca. Nesse contexto, 
a fórmula de produção da bebida é a informação principal da empresa, e a 
perda ou a divulgação dessa informação para a concorrência pode representar 
o fracasso da organização.
As empresas também se utilizam da informação para conquistar novos 
clientes e fidelizar clientes antigos, uma vez que, por meio da análise de 
dados e informações, é possível construir o perfil consumidor e habitual dos 
clientes. Assim, um empresa pode, por exemplo, posicionar produtos em um 
supermercado de acordo com as possibilidades de compra do público que 
frequenta o local. Outro exemplo similar é a oferta de produtos em lojas vir-
tuais ou o anúncio de produtos em sites em geral: ao analisar as informações 
de pesquisas recentes e acessos a páginas web feitos pelo cliente, é possível 
ofertar anúncios que sejam atraentes para ele. 
Assim, existem diversos aspectos que tornam a informação de grande 
importância para as empresas. Dentre eles, podemos citar:
  o impacto no negócio da empresa;
  a fidelização de clientes;
  a conquista de novos clientes;
  a organização dos processos internos; e
  o estabelecimento de uma cultura organizacional.
Conceito e valor da informação2
Com o crescimento da oferta de tecnologia da informação e a consequente 
necessidade das empresas de se reinventarem e de inovarem em seus proces-
sos e produtos para se manterem competitivas, as informações empresariais 
passaram a ser armazenadas e manipuladas, em sua maioria, por meio de 
softwares e bancos de dados. O uso das informações diminui as incertezas na 
tomada de decisões e garante a competitividade dos negócios. Atualmente, em 
muitas empresas, a informação é tratada como ativo de informação e, como 
todo ativo, faz parte do patrimônio da empresa; como tal, tem valor próprio, 
conforme leciona Cunha (2012).
O valor da informação para as organizações está descrito nas chamadas 
sete leis da informação, organizadas por Moody e Walsh e abordadas por 
Beal (2004, p. 21–24):
1º Lei – A informação é infinitamente compartilhável: diferentemente de ativos 
comuns, como equipamentos, móveis, etc., a informação pode ser compar-
tilhada infinitamente e simultaneamente por inúmeras pessoas, aumentado 
cada vez mais o seu valor, à medida que mais pessoas forem usando. Assim 
como o compartilhamento aumenta o valor, a replicação da informação, 
através da reinserção de dados não agrega valor algum, só tende a aumentar 
os custos da organização. 
2º Lei – O valor da informação aumenta com o uso: diferente dos ativos comuns 
da organização que quanto mais usam mais perdem valor, a informação quanto 
mais usada, maior o valor a ela associado. Mas para ser bemutilizada, para 
que seu uso seja efetivo todos da organização devem saber que ela existe, saber 
onde ela está organizada, ter acesso a ela e saber como utilizá-la. Além disso 
essas informações devem estar adequadas às necessidades de seus usuários.
3º Lei – A informação é perecível: a informação perde parte do seu valor à 
medida que o tempo for passando. Ela deve ser utilizada na hora correta, pois 
corre o risco de perder o valor da descoberta. 
4º Lei – O valor da informação aumenta com a precisão: quanto mais precisa 
for à informação, mais valor ela terá. O contrário, ou seja, a utilização da in-
formação imprecisa, inexatas, pode levar a tomadas de decisões equivocadas 
ou provocar graves erros prejudicando seu usuário. 
5º Lei – O valor da informação aumenta quando há combinação de informações: 
a integração das informações permite uma visão sistêmica da organização em 
substituição à visão setorial, fragmentada. Quando mais integrada estiver, 
maior potencial de valor.
6º Lei – Mais informação não é necessariamente melhor: Assim como a insu-
ficiência de informação, a sobrecarga dela também é prejudicial. Muitas vezes 
o excesso de informação, ultrapassa a capacidade humana de processamento. 
Para ser útil, a informação precisa ser filtrada, usando critérios de relevância, 
quantidade e qualidade de seu conteúdo. 
3Conceito e valor da informação
7º Lei – A informação se multiplica: a informação é autogenerativa, pois ela 
possui a capacidade de se multiplicar através de novas operações de síntese, 
análise e combinações, podendo ser reciclada e reutilizada. 
Conforme leciona Gurgel (2006), citando os ensinamentos de Drott (2001), “o fato de 
informações poderem ser estruturadas não quer dizer que o seu valor possa ser medido. 
As tomadas de decisões em uma organização são realizadas com base no conhecimento 
pessoal de seus colaboradores, bem como das informações corporativas existentes”.
Ciclo de vida da informação
O ciclo de vida da informação representa todo o “histórico” dessa infor-
mação, desde o momento de sua criação. O ciclo de vida descreve, inclusive, 
as mudanças na criticidade da informação, isto é, as variações quanto à 
relevância da informação para a empresa: uma informação que, em um dado 
período, era extremamente importante para uma empresa, pode hoje não ter 
mais valor de negócio, ou vice-versa. Por exemplo: há cinco anos, uma marca 
criou um smartphone com uma funcionalidade inovadora; até o lançamento 
deste, o processo de fabricação e a ideia de negócio eram informações de alta 
criticidade. Após o lançamento, essas informações passaram a ser insignifi -
cantes para o negócio da empresa.
O ciclo de vida da informação se divide nas seguintes fases, segundo 
Sêmola (2003):
  Manuseio: trata-se do momento da criação e da manipulação da infor-
mação, seja esta física ou virtual.
  Armazenamento: trata-se do armazenamento da informação, seja ele em 
arquivos físicos ou em bancos de dados de sistemas computadorizados.
  Transporte: momento em que a informação é transportada, seja ao 
encaminhar informações por e-mail, via correspondência ou via tele-
fone, por exemplo.
  Descarte: ato de descartar a informação, quando esta deixa de ser rele-
vante; por exemplo: apagar informações de computadores ou depositar 
documentos na lixeira.
Conceito e valor da informação4
As etapas do ciclo de vida da informação representam os momentos em que a infor-
mação pode estar sob ameaça e, por isso, sua segurança demanda maior atenção. 
Segundo Sêmola (2003), na etapa de manuseio, a informação está sob ameaça, por 
exemplo, ao se fazer anotações em uma reunião e não zelar pelo sigilo das anotações.
Classificação das informações
Conforme destacado anteriormente, a informação tem um valor fundamental 
em todas ou, pelo menos, na maioria das empresas. Ela pode ser representada 
de diversas maneiras, por exemplo, digitalizada, em banco de dados, ou física, 
em arquivos de papel. Além da forma de representação, as informações 
também se diferenciam pelas suas restrições de acesso, isto é, as defi nições 
de quem pode acessar e do nível de segurança demandado.
Uma vez que uma política de classificação é elaborada pela empresa, 
torna-se possível tomar decisões adequadas para a avaliação e o tratamento 
de riscos. Com isso, segundo Palma (2018), podem ser adotadas medidas 
preventivas, visando, por exemplo, a:
  reduzir o risco de que informações classificadas como sensíveis sejam 
acessadas por pessoas não autorizadas;
  garantir a divulgação adequada para informações públicas;
  reduzir o risco de perda de integridade das informações que criam 
maior valor para o negócio; entre outras.
Nesse contexto, é pertinente que as empresas categorizem as informações 
conforme suas necessidades e prioridades, classificando-as como informações 
públicas, internas, confidenciais e secretas, conforme leciona Laureano 
(2005 apud CUNHA, 2012).
1. Pública: é o tipo de informação que demanda menos trabalho de segu-
rança; isso porque uma informação pública é aquela cuja integridade 
não é vital e que pode ser de senso comum, dentro e fora da empresa, 
sem prejudicar o negócio.
5Conceito e valor da informação
2. Interna: é o segundo tipo de informação que exige menos trabalho de 
segurança. Para informações internas, o sigilo deve ser mantido, e devem 
ser impostas restrições de acesso; contudo, os danos causados por um 
acesso não autorizado não são demasiadamente sérios. A integridade 
da informação interna é importante, mesmo que não seja vital.
3. Confidencial: esse tipo de informação deve ser mantido nos limites da 
empresa; por isso, devem ser investidos esforços de segurança nessas 
informações. O acesso não autorizado, o dano ou a perda desse tipo de 
informação pode trazer prejuízos e levar ao desequilíbrio operacional. 
Além disso, pode ocorrer uma quebra de confiabilidade perante o cliente, 
além de permitir vantagem expressiva ao concorrente.
4. Secreta: essas informações são críticas para a empresa; elas devem ser 
preservadas, e deve ser investido nelas o maior esforço possível para a 
sua segurança. O acesso a esse tipo de informações deve ser restrito, 
e sua manipulação deve ser extremamente cuidadosa.
De acordo com a ISO 27001, essa classificação deve ser feita em um contexto 
organizacional, e não setorial. Ou seja, ao classificar uma informação, devem 
ser levados em conta todos os setores da empresa, e não apenas o setor ao qual, 
a princípio, essa informação pertence. No entanto, muito frequentemente, uma 
organização pode ter dois esquemas de classificação diferentes, no caso de 
trabalhar tanto com o setor governamental quanto com o privado.
A norma ISO 27001 fala sobre a gestão da segurança da in-
formação. Nessa norma estão descritos conceitos, práticas e 
informações sobre segurança da informação e, inclusive, sobre 
a classificação da informação. Saiba mais sobre a ISO 27001 
acessando o link ou código a seguir:
https://goo.gl/2qnTiB
Conceito e valor da informação6
BEAL, A. Gestão estratégica da informação. São Paulo: Atlas, 2004. 
CUNHA, A. L.; PEISCHL, R. B. O valor das informações para as empresas e a importância da 
segurança da informação. Revista Anhanguera Educacional, Valinhos, São Paulo, p. 1–22, 
jan. 2012. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/acunha_sp/o-valor-das-informaes-
-para-as-empresas-e-a-importancia-da-seguranca-da-informacao?from_action=save>. 
Acesso em: 3 ago. 2018.
DROTT, M. C. Individual Knowledge – Personal Knowledge, Corporate Information: The 
Challenges for competitive intelligence. Business Horizons, Março-Abril de 2001, pp 31–37. 
GURGEL, G. M. M. O valor estratégico da informação para a gestão das organizações. XIII 
SIMPEP, Bauru, SP, p. 1–10, nov. 2006. Disponível em: <http://agildoc.com/wp-content/
uploads/2017/06/O-valor-estrat%C3%A9gico-da-informa%C3%A7%C3%A3o-para-a-
-gest%C3%A3o-das-organiza%C3%A7%C3%B5es.pdf>. Acesso em: 4 ago. 2018.
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Gerenciais.Prentice Hall; São 
Paulo, 2007.
OLIVEIRA, J. P. M. de. Dados, Informação e Conhecimento. 2018. Disponível em: <https://
www.palazzo.pro.br/Wordpress/?p=156>. Acesso em: 3 ago. 2018. 
PALMA, F. Política de classificação da informação: exemplo. 2018. Disponível em: <https://
www.portalgsti.com.br/2014/09/politica-de-classificacao-da-informacao-exemplo.
html>. Acesso em: 3 ago. 2018
7Conceito e valor da informação
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Em relação à classificação da informação, divide-se em quatro classificações diferentes, sendo 
elas: pública, interna, confidencial ou secreta.
Assista à Dica do professor em que se destacam as classificações e o ciclo de vida da 
informação, dando ênfase nas etapas de armazenamento e transporte.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Os ativos de informação são considerados os meios que a empresa utiliza para 
armazenar, processar e transmitir as informações, incluindo a própria informação. 
Assinale a alternativa que contém apenas ativos de informação.
A) Documentos de sistemas, ferramentas de sistemas e mobiliário.
B) Aplicação, computadores, banco de dados, material de escritorio (novo e em uso).
C) Computação, equipamentos de comunicação, nome fantasia e CNPJ da empresa.
D) Banco de dados, documentação de sistemas, planos de continuidade, informações 
arquivadas, etc.
E) Sistemas operacionais, sala-cofre, acomodações, etc.
A informação deve ser protegida por todo o seu ciclo de vida, pois ela passa por 
transformações durante este período. Assim, informações que eram confidenciais na 
concepção de um projeto, com o término deste, podem ser patenteadas tornando-se, 
assim, informações públicas. Desse modo, o ciclo de vida das informações é dividido 
2) 
em quatro etapas. 
Sobre as quatro etapas do ciclo de vida da informação, assinale a alternativa correta.
A) Manuseio, armazenamento, transporte, descarte.
B) Manuseio, armazenamento, transporte, descarga.
C) Criação, alteração, manutenção e exibição.
D) Descarte, manutenção, transporte, armazenamento.
E) Manuseio, armazenamento, descarte, criação.
3) As empresas classificam as informações conforme suas necessidades e prioridades. 
Assinale a alternativa que contém a classificação correta das informações.
A) Pública, privada, secreta, interna.
B) Pública, interna, confidencial, secreta.
C) Externa, interna, pública, confidencial.
D) Interna, secreta, pública, privada.
E) Confidencial, pública, secreta, externa.
A Segurança de Informação protege a informação de diversos tipos de ameaças para 
garantir a continuidade dos negócios, minimizar os danos e maximizar o retorno de 
investimentos e as oportunidades de negócio. 
4) 
A Segurança da Informação é composta por três conceitos básicos. Assinale a 
alternativa que indica corretamente esses 3 conceitos básicos.
A) Disponibilidade, integração e confidencialidade.
B) Integridade, disponibilidade e confiança.
C) Confidencialidade, integridade e disponibilidade.
D) Confiabilidade, disponibilidade e integridade.
E) Segurança, integridade e confidencialidade.
5) As informações são classificadas de acordo com o nível de privacidade. Isso é 
importante pois evita que pessoas não autorizadas acessem as informações. De acordo 
com essa classificação, considere as afirmativas a seguir:
I – a informação, quando acessada de forma indevida, não causa tantos danos.
II – a informação deve ser tratada com maior esforço possível, por ser vital para 
empresa, levando ao seu fechamento.
III – a informação, quando acessada de forma indevida, pode acarretar em prejuízos 
para empresa, porém não a ponto de causar o seu fechamento.
 
Assinale a alternativa que corresponda ao tipo de nível de privacidade:
A) I – Interna, II – Secreta, III – Confidencial 
B) I – Interna, II – Confidencial, III – Secreta. 
C) I – Pública, II – Interna, III – Confidencial. 
D) I – Interna, II – Pública, III – Confidencial. 
E) I – Pública, II – Secreta, III – Confidencial. 
NA PRÁTICA
A segurança da informação tem uma importância extrema nas empresas. A ausência de políticas 
de segurança da informação ou a aplicação de políticas ineficientes podem causar grandes 
prejuízos a empresas, como é o caso de um ataque de ransomware que aconteceu no ano de 
2017 e que causou prejuízos para hospitais e empresas de comunicação de, pelo menos, 70 
países.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Segurança da Informação
O vídeo aborda conceitos relevantes sobre a importância e os principais cuidados com a 
Segurança da Informação.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
O valor da informação para a organização
A informação é um bem que tem alto valor para a empresa, pois a informação protegida 
proporciona à organização tomar decisões precisas para os seus negócios. Nesse material, você 
poderá compreender mais sobre o valor da informação para a empresa.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
As 5 principais ameaças ao sistema de segurança de uma empresa
Para falar em segurança da informação, primeiramente é essencial conhecer quais são as 
ameaças das quais há necessidade de se proteger. Por isso, esse material aborda as principais 
ameaças de ataque à rede.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Informação e conhecimento
APRESENTAÇÃO
É na cultura e com os outros que nos tornamos parte do coletivo. A comunicação humana é um 
processo social fundamental, por meio do qual aprendemos com os outros a ser o que somos. 
Para que possamos transitar melhor em nossa sociedade, realizando nossas escolhas de forma 
responsável e inteligente, precisamos ter clara a dinâmica de funcionamento da informação e do 
conhecimento. Portanto, este será o tema desta Unidade de Aprendizagem. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explicar o significado de informação, conhecimento e sabedoria.•
Identificar as várias formas de conhecimento.•
Reconhecer informação e conhecimento como insumos importantes em todas as 
sociedades.
•
DESAFIO
Leia atentamente o trecho a seguir:
“[...] fazer uma experiência com a linguagem significa portanto: deixarmo-nos tocar 
propriamente pela reivindicação da linguagem, a ela nos entregando e com ela nos 
harmonizando. Se é verdade que o homem, quer saiba ou não, encontra na linguagem a morada 
a própria de sua presença, então uma experiência que façamos com a linguagem haverá de nos 
tocar na articulação mais íntima de nossa presença. Nós, nós que falamos a linguagem, podemos 
nos transformar com essas experiências, da noite para o dia ou com o tempo.” (HEIDEGGER, 
2008, p. 121)
Agora, vamos ao desafio!
Redija um texto respondendo à seguinte questão: por que podemos afirmar que a entrada no 
“mundo humano” depende da linguagem? Que relações a linguagem estabelece com a cultura e 
com a formação dos sujeitos? E com o pensamento? Pense em como você se tornou o que é. 
Reflita sobre de que forma a linguagem interferiu nesse processo de formação dos hábitos, 
valores e comportamentos.
INFOGRÁFICO
Observe o infográfico a seguir sobre a cadeia de valor do conhecimento.
 
CONTEÚDO DO LIVRO
Nós seres humanos vivemos em sociedade, somos parte de um coletivo. Somos quem somos 
porque aprendemos através das interações humanas a reproduzir informações e conhecimentos 
que muitas vezes, sem validação científica, são passados por gerações. Comunicar é viver 
culturalmente, é viver em sociedade.
Informação e conhecimento abrangem várias instâncias das nossas vidas, não é à toa que somos 
conhecidos atualmente como uma Sociedade da Informação (e do Conhecimento). Porém, é 
preciso observar que nem toda informação é boa informação. Ter muitos dados bombardeando 
nosso dia-a-dia não significa que estamos bem informadosou construindo conhecimento. Para 
discernir as informações que nos cercam é preciso sabedoria. 
No capítulo Informação e Conhecimento, desta Unidade de Aprendizagem, você verá os 
conceitos de Informação, Conhecimento e Sabedoria e como eles se distinguem e se aproximam; 
Irá conferir os tipos de conhecimento e como Conhecimento e Informação são conceitos 
importantissímos na nossa Sociedade da Informação.
 
HUMANIDADES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Definir informação, conhecimento e sabedoria.
 > Identificar as várias formas de conhecimento.
 > Reconhecer informação e conhecimento como insumos importantes em 
todas as sociedades.
Introdução
As novas tecnologias são uma realidade na sociedade contemporânea. Por 
meio delas podemos nos informar, consumir, entrar em contato com pessoas 
distantes, entre outras coisas. Nos últimos anos do século XX, a informação 
ganhou um papel central na sociedade: na dimensão individual, passou a ser 
produzida e consumida de maneira muito mais rápida e de forma globalizada; 
no nível macro, as organizações passaram a considerar os dados e as infor-
mações como ferramentas fundamentais para a inovação e o alcance de seus 
objetivos.
Neste capítulo, você vai estudar o conceito de dados, informação, conheci-
mento e sabedoria, bem como ver o impacto deles na vida social. Você também 
vai estudar as noções de sociedade da informação e do conhecimento e de 
sociedade de rede, além de conhecer o contexto em que foram formuladas.
Informação e 
conhecimento
Ana Ligia Muniz Rodrigues
Identificação interna do documento EHSVBUWCWI-IQH59W1
Pensando o mundo em que vivemos: 
informação, conhecimento e sabedoria
O conhecimento é objeto de estudo de diversas áreas científicas. Para a 
sociologia, por exemplo, o conhecimento está relacionado a grupos sociais e 
seus interesses. A produção do conhecimento envolve poder e conflitos, que 
marcam a sociedade na qual esse conhecimento é produzido. Na informática, 
o conhecimento envolve o processamento de dados e o sentido dado a eles. 
Já na filosofia, a teoria do conhecimento aborda a natureza do conhecimento, 
suas fontes e as formas de comprová-lo. Acompanhe o que expõe Oliva (2011, 
p. 8):
A teoria do conhecimento ou epistemologia é o domínio da filosofia que aborda 
a questão da natureza (o que é) do conhecimento, das fontes (onde procurá-lo) e 
da validação (como comprová-lo). Dispensa atenção especial aos modos — meios 
e procedimentos — mais seguros de conquistá-lo. Por mais que esteja preocupada 
em determinar onde buscá-lo, sua obsessão é (como) justificá-lo. A reflexão epis-
temológica costuma principiar com a busca de uma definição de conhecimento. 
Esse é o procedimento padrão porque se não se sabe o que é conhecimento não 
se tem como saber onde e como procurá-lo, e muito menos distinguir as situações 
em que foi encontrado daquelas em que apenas parece ter sido.
Cada área tem suas ferramentas teóricas e metodológicas para investigar 
o impacto das transformações tecnológicas e informacionais na vida das 
pessoas. O que elas apresentam em comum é a percepção de que conheci-
mento e informação afetam tanto a vida individual quanto a vida coletiva. 
Assim surge a ciência da informação, como uma evolução da biblioteconomia, 
em meados do século XX, nos Estados Unidos. Ela nasce como um campo 
de pesquisa voltado para o registro do conhecimento científico, bem como 
para as aplicações tecnológicas em sistemas de informação. A conceituação 
clássica da área apresenta a relação entre dados, informação, conhecimento 
e sabedoria como a chave para a compreensão das novas formas de produção 
de conhecimento e tecnologias. 
De acordo com Turban e Volonino (2013), dados são a matéria prima da 
informação. São registros isolados, detalhes, que, sem o devido tratamento, 
não apresentam relevância nem indicam algum conhecimento. Em outras 
palavras, fragmentos que ainda não foram contextualizados (ANGELONI, 
2008). As informações são os dados processados, dados que, a partir de um 
critério determinado por alguém (ou algum grupo), relacionam-se entre si e 
ganham sentido.
Informação e conhecimento2
Identificação interna do documento EHSVBUWCWI-IQH59W1
Já no levantamento realizado por Semidão (2014), dados são definidos como:
 � elemento primário; 
 � isento de significação;
 � número;
 � símbolo;
 � primeira percepção;
 � elemento material;
 � externo à mente;
 � indício;
 � insumo para informação;
 � ligado à tecnologia computacional. 
Mas o que significa contextualizar dados? Significa dar um sentido lógico a 
eles, saber a finalidade da sua coleta e compreender o que eles, em conjunto, 
podem nos indicar: informações. 
Uma definição mais geral da noção de dados nos indica que “[...] dados 
são coleções de evidências relevantes sobre um fato observado” (DE SORDI, 
2008, p. 9). O termo “coleção” não é empregado à toa. Quando pensamos 
sobre referências sobre determinado fato ou assunto, levamos em conta mais 
de um dado, uma fonte. Nesse sentido, o uso do termo dados (no plural) se 
tornou muito mais costumeiro nos processos administrativos, nas pesquisas 
científicas e no campo da tecnologia.
Uma vez iniciado o processo de coleta de dados, os dados passam a ser 
ordenados por relevância. A organização e manipulação de dados com um 
propósito específico tem como consequência a produção de informações. 
Essa organização é definida previamente, em que regras e normas são esta-
belecidas para gerar o chamado processamento de dados (DE SORDI, 2008).
Muitas redes sociais utilizam os dados de seus usuários para ofertar 
publicidade personalizada. O destino de dados como publicações 
visualizadas e pesquisas feitas em sites é um tema recorrente no debate con-
temporâneo acerca dos limites dessas ferramentas. (VEJA..., 2018).
Informação e conhecimento 3
Identificação interna do documento EHSVBUWCWI-IQH59W1
A informação é a mescla de dados a partir de determina lógica com de-
terminado objetivo (ANGELONI, 2008). São elas que possibilitam a criação 
do conhecimento. Além disso, na literatura da ciência e da tecnologia da 
informação (STRONG; LEE; WANG, 1997; LIMA; MAÇADA, 2007; DE SORDI, 2008), 
existem alguns critérios para a averiguação da qualidade da informação, 
como integridade, aceitação, formato, relevância, objetividade, atualidade, 
confidencialidade, importância, consistência, credibilidade, entre outros. 
A informação também é definida como (SEMIDÃO, 2014):
 � reunião de dados;
 � dados processados;
 � agregação de semântica aos dados
 � conhecimento registrado;
 � insumo para o conhecimento;
 � sinal comunicado;
 � mensagem;
 � nota;
 � notícia;
 � novidade;
 � precognição. 
Não há um consenso entre todos os autores a respeito dessas caracterís-
ticas, mas é importante saber que a informação, antes de se tornar conheci-
mento, deve ser avaliada e ter sua confiabilidade testada. Para De Sordi (2008, 
p. 13), “Informação é a interpretação de um conjunto de dados segundo um 
propósito relevante e de consenso para o público-alvo (leitor)”. A produção 
de informações requer a ação humana. É por meio dela que a finalidade do 
processamento de dados é determinada. Além disso, as informações têm as 
seguintes características (DE SORDI, 2008):
 � requerem a definição de unidades de análise, o consenso entre as pes-
soas responsáveis pelo processamento e o público leitor da informação;
 � exigem o envolvimento intelectual humano de maneira mais intensa 
e complexa do que o exigido para a geração de dados.
Em termos históricos, foi a partir da década de 1980 que o setor empresa-
rial reconheceu a importância das informações e do investimento em novas 
tecnologias. De lá pra cá esse meio foi percebendo que a interpretação dos 
dados, a partir de determinados critérios, é muito mais importante do que a 
Informação e conhecimento4
Identificação interna do documento EHSVBUWCWI-IQH59W1
simples coleta e acúmulo de dados. Nesse sentido há uma clara diferenciação 
entre produção de dados e produçãode informações. A produção de dados 
envolve um processo mais direto e simples, enquanto a produção de infor-
mações envolve escolhas humanas e relações de poder, sendo um processo 
bem mais complexo.
O conhecimento é gerado a partir do processo de análise e sistematização 
de informações. É composto por dados, porém é produzido por indivíduos, seja 
individualmente, seja coletivamente. O conhecimento também é ferramenta 
para resolução de problemas e busca por inovação social e tecnológica, 
principalmente no contexto organizacional.
Os dados são transformados em informação por meio de contextualização, 
categorização, cálculo, correção e condensação. Já as informações se tornam 
conhecimento quando são analisadas, organizadas e conectadas entre si, 
dando origem ao conhecimento.
O conhecimento assume um lugar fundamental na resolução de proble-
mas e elaborações de soluções em diversos campos da sociedade. Existem 
diversas definições sobre o que é o conhecimento e quais são os seus tipos. 
Em sua pesquisa, Semidão (2014) identifica na literatura da área a definição 
de conhecimento como:
 � informação aplicada em um contexto; 
 � informação para a tomada de decisão;
 � culminância do processo cognitivo;
 � memória;
 � cabedal de informações na mente;
 � tácito;
 � individual;
 � social;
 � organizacional.
A produção de conhecimento envolve, necessariamente, uma dimensão 
psicológica por meio da cognição. É através dela (a cognição) que o indivíduo 
adquire conhecimento, relacionando informações adquiridas ao longo de sua 
vida com o seu raciocínio (DE SORDI, 2008). 
Em termos coletivos também falamos em conhecimento organizacional, 
que é o conhecimento ativo de uma organização voltado para seu aperfeiço-
amento. O conhecimento surge como uma ferramenta para gerar mais valor 
ao seu detentor. Em comum, esses campos têm a percepção da geração de 
Informação e conhecimento 5
Identificação interna do documento EHSVBUWCWI-IQH59W1
dados como base das informações e a geração de informações como base 
do conhecimento.
Acompanhe no Quadro 1 uma comparação das características de dados, 
informação e conhecimento.
Quadro 1. Características diferenciais entre dados, informação e conhecimento
Características Dados Informação Conhecimento
Estruturação, 
captura e 
transferência
Fácil Difícil Extremamente 
difícil
Principal 
requisito para a 
sua geração
Observação Interpretação 
consensual
Análise e reflexão
Natureza Explícita Predominante-
mente explícita
Predominante-
mente tácita
Percepção 
de valor no 
contexto 
administrativo
Baixa Média Grande
Foco Operação Controle e 
gerenciamento
Inovação e 
liderança
Abordagens 
administra-
tivas que os 
promovem
Execução de 
transações de 
negócios, pro-
cessamento 
de dados
Gerenciamento 
de sistemas de 
informação
Gestão do 
conhecimento 
(KM), aprendizagem 
organizacional
Tecnologias que 
os promovem
Sistemas 
de proces-
samento de 
dados (EDP, 
batch, OLTP)
Sistemas de 
informações 
gerenciais (MIS), 
sistemas de 
suporte à decisão 
(DSS) e sistemas 
executivos de 
informação (EIS)
Data mining, 
text mining, 
natural language 
processing 
systems, sistemas 
especialistas, 
sistemas de 
inteligência 
artificial
Fonte: Adaptado de De Sordi (2008).
Informação e conhecimento6
Identificação interna do documento EHSVBUWCWI-IQH59W1
A tríade dados–informação–conhecimento tem diversos desdobramentos. 
Em sua concepção clássica, aborda a sabedoria como um último estágio da 
pirâmide do conhecimento (muito utilizada em análise de dados, ciências da 
informação, arquivologia e gestão da informação). A sabedoria, nesse contexto, 
é o produto alcançado por meio de diversas análises a partir do conhecimento.
A pirâmide do conhecimento também é conhecida como 
Hierarquia DIKW (data–information–knowledge–wisdom, ou 
dados–informação–conhecimento–sabedoria).
Tipos de conhecimento
O conhecimento tem origem nas experiências individuais, nos relacionamentos 
que mantemos ao longo da vida, nas informações que observamos (livros, 
internet), na religião e nos estudos. Nesse sentido, ele é pessoal, pois está 
relacionado diretamente ao ambiente em que vivemos e à nossa trajetória, 
envolvendo, assim tanto uma dimensão mental quanto uma dimensão so-
cial. Essa dimensão social se refere ao compartilhamento do conhecimento. 
É por meio da convivência em grupo entre os indivíduos que os saberes são 
transmitidos, dando origem ao conhecimento coletivo.
De acordo com Lakatos e Marconi (2003), existem quatro tipos de conhe-
cimento, listados a seguir:
 � Conhecimento filosófico: reflexão a partir da dedução e da lógica, 
como, por exemplo, faziam os filósofos da Grécia Antiga. Se propõe a 
pensar os fenômenos além do que é visível. Não há experimentação, 
é valorativo, sistemático, exato e infalível.
 � Conhecimento religioso (teológico): conhecimento produzido por diver-
sas religiões. Não é comprovável nem racional, está ligado à fé. A Igreja 
Católica dominou a produção do conhecimento no mundo ocidental até 
o século XVII. Com o surgimento no Iluminismo, na França (século XVII), 
o pensamento religioso deixou de explicar os fenômenos do mundo, 
dando lugar ao conhecimento científico.
Informação e conhecimento 7
Identificação interna do documento EHSVBUWCWI-IQH59W1
 � Conhecimento popular: conhecimento superficial, resultado das primei-
ras impressões. Não há testes, experimentação ou explicação racional. 
Oferece respostas imediatas e não pretende alcançar a verdade. Serve 
de ponto de partida para o pensamento científico. Exemplos: supers-
tição, horóscopo. É valorativo, reflexivo, assistemático, verificável, 
falível e inexato.
 � Conhecimento científico: a partir do século XVII, ganha o espaço que 
pertencia ao conhecimento religioso. Acompanha o desenvolvimento 
do capitalismo e o surgimento de novas profissões, tem uma metodo-
logia própria e o objetivo é se aproximar da verdade. Abrange vários 
campos do conhecimento (ciências exatas, ciências humanas, ciências 
da natureza). A divisão da ciência em diversos campos acontece porque 
cada objeto de estudo requer uma abordagem específica, ou seja, 
as metodologias das ciências biológicas não funcionam nas ciências 
humanas, por exemplo. É real, contingente, sistemático, verificável, 
falível e aproximadamente exato.
Além disso, autores como Probst, Raub e Romhardt (2002) discorrem sobre 
outro tipo de conhecimento, além dos listados: o conhecimento tecnológico. 
Esse conhecimento abrange quatro tipos de tecnologia: 
 � Tecnologias clássicas: agricultura, fogo, roupa, transporte.
 � Tecnologias avançadas: genética, micro-ondas, purificação de água, 
metalurgia.
 � Tecnologias de comunicação: fotografia, vídeo, som, música.
 � Tecnologia elétrica fundamental: eletricidade, energia elétrica, ele-
trônica, informática.
Nos anos 1990, o debate sobre conhecimento organizacional e a compreen-
são da natureza dinâmica da geração de conhecimento ganha espaço no meio 
acadêmico. Considerando que o conhecimento é criado por indivíduos, e não 
pelas empresas/organizações, Nonaka e Takeuchi (1997) propõem um modelo 
de compreensão baseado em três elementos:
 � SECI (socialização, externalização, combinação e internalização), 
o processo de conversão do conhecimento entre tácito e explícito.
 � Bas, espaços que propiciam a criação do conhecimento.
 � Recursos do conhecimento.
Informação e conhecimento8
Identificação interna do documento EHSVBUWCWI-IQH59W1
O conhecimento tácito é subjetivo, informal e vinculado a um contexto. 
Por estar relacionado a emoções e experiências pessoais, é transmitido de 
maneira informal e é de difícil formalização científica (FLEURY, 2002). Segundo 
Chiavenato (2005, p. 152), o conhecimento tácito
Representa o conhecimento do que sabemos, mas que não pode ser verbalizado 
ou escrito em palavras. É o conhecimento mais coerente dentro da organização e 
está relacionado com a cultura organizacional. O custo de compartilhar o conhe-
cimento tácito é elevadoporque ele repousa na comunicação direta face a face. 
Além disso, sua transferência é pouco eficiente. 
Já o conhecimento explícito é o conhecimento possível de ser transmitido 
por linguagem formal e sistemática. É estruturado e documentado, baseado 
em teorias, livros e etc. Nessa perspectiva, esses três elementos interagem 
organicamente, de modo que o conhecimento que está no indivíduo acaba 
sendo amplificado e passado para a organização. No contexto organizacio-
nal, o conhecimento é utilizado como uma forma de vantagem competitiva 
sustentável.
Os conhecimentos tácitos e explícitos se complementam. Por meio da 
socialização, externalização, combinação e internalização (NONAKA; TAKEUCHI, 
1997), o conhecimento circula pela organização, sendo direcionado para a 
inovação e a produtividade.
Sociedade da informação e 
do conhecimento
As últimas décadas do século XX foram marcadas por intensas transforma-
ções sociais, econômicas e tecnológicas. O conhecimento e as tecnologias de 
informação e comunicação (TIC) ganharam cada vez mais espaço e passaram 
a interferir na vida dos indivíduos (BORGES, 2008).
O consumo, a educação, a política, a segurança e demais setores foram 
impactados pelas transformações tecnológicas. As consequências dessas 
mudanças se tornaram objeto de estudo de diversos campos científicos. 
O sociólogo Daniel Bell cunhou o termo sociedade da informação e do conhe-
cimento para compreender essas transformações, partindo da noção de que 
a base principal da sociedade será o conhecimento teórico.
Informação e conhecimento 9
Identificação interna do documento EHSVBUWCWI-IQH59W1
O surgimento da Sociedade da Informação e do Conhecimento, como sucessora 
da Sociedade Industrial, reforçou a importância e a necessidade da informação e 
do conhecimento em todos os aspectos da realidade atual, constituindo-se num 
dos principais insumos do processo de desenvolvimento de uma nação, de uma 
organização e de um povo. Essa nova sociedade revela-se como paradigma nor-
teador no cenário da crise econômica mundial, demonstrando as tendências das 
relações entre as nações (BORGES, 2008, documento on-line).
Considerando as mudanças políticas, econômicas, sociais e tecnológicas, 
percebe-se uma transição da sociedade industrial para a sociedade da infor-
mação e do conhecimento. O processo de globalização, a intensificação da 
concorrência e disputa por mercados internacionais, os avanços tecnológicos 
e a política do neoliberalismo a partir da década de 1990 criaram uma ordem 
social que não podia ser explicada a partir do conceito de sociedade industrial 
(que tem como base a especialização da mão de obra, a divisão do trabalho 
e a produção industrial). Entre as várias mudanças verificadas, as que mais 
alteraram o contexto econômico e social, causando maior impacto em nível 
mundial e nacional, foram a intensificação da concorrência, as mudanças 
demográficas, o avanço tecnológico e a globalização (CHIMERINE, 1997).
O sociólogo Anthony Giddens (1991), em sua teoria da estruturação, discorre 
sobre essa questão ao indicar um processo de esvaziamento do tempo e 
espaço nas sociedades modernas. Trata-se de um mecanismo de desencaixe 
do tempo e espaço, tendo em vista que as relações sociais, graças ao avanço 
tecnológico, muitas vezes não precisam mais das interações face a face. 
Acompanhe o que diz Borges (2008, documento on-line):
O mundo virtual fez profundas alterações, principalmente nas concepções de espaço 
e tempo. Não há mais distâncias, território, domínio e espera: vive-se o aqui e o 
agora. O virtual usa novos espaços, novas velocidades, sempre problematizando 
e reinventando o mundo. A virtualidade leva também à passagem do interior ao 
exterior — os limites não mais existem e há um compartilhamento de tudo. 
O contexto de competitividade destacou o conhecimento tecnológico, 
por exemplo, como uma ferramenta para inovar e ampliar da produtividade. 
Na dimensão da vida privada, o conhecimento tecnológico também interfere 
no comportamento dos indivíduos, no padrão de consumo da população, nos 
hábitos e nos gostos. A mudança nas noções de espaço e tempo, na possibi-
lidade de compartilhamento e na abstração de limites físicos (BORGES, 2008) 
indicam que a informação é um produto; as pessoas se deslocam menos 
(os seus dados é que se deslocam), o usuário da informação também pode 
ser produtor, e o processamento da informação é feito em alta velocidade.
Informação e conhecimento10
Identificação interna do documento EHSVBUWCWI-IQH59W1
A sociedade da informação e do conhecimento é marcada pelo uso intenso 
do conhecimento e das tecnologias. A informática, os processos de obtenção 
e tratamento de dados e as novas tecnologias da informação afetam toda 
a sociedade. No campo das organizações, desenvolve-se a noção de gestão 
da informação e estudos acerca do papel da informação e do conhecimento 
nas empresas. 
Em uma dimensão política, a sociedade da informação reformula as rela-
ções entre as nações, bem como as parcerias e as tensões políticas. Em um 
nível micro, a própria noção de cidadania também passa a ser impactada, 
na medida em que o acesso às novas tecnologias, a qualidade da informação 
consumida bem como a segurança de dados, por exemplo, trazem novas 
questões a serem debatidas pela população e por gestores públicos.
O impacto das fake news em disputas eleitorais em diversos países 
vem sendo analisado por pesquisadores da área de informática, 
ciência política e história. São questões concretas da sociedade da informação 
e do conhecimento, que falam sobre o nosso tempo, sobre a nossa época.
O sociólogo Manuel Castells (1999) vai mais além: formula a noção de so-
ciedade de rede para delinear a sociedade da informação como um objeto de 
estudo. O termo sociedade de rede é colocado para melhor designar a fluidez 
da informação no mundo contemporâneo, informação essa que não fica presa 
a um só lugar — ela circula cada vez mais rápido e para cada vez mais lugares.
A globalização, a internet, a popularização dos computadores pessoais 
acarretaram uma transformação nas formas de comunicação, a estruturação 
do capitalismo e a criação de novas formas de trabalho. A tecnologia da 
informação (TI) permite conectar nações distantes em frações de segundo. 
A informação passa a ser global e compartilhada, e a distância geográfica 
deixa de ser um fator limitante. O uso de novas tecnologias já é uma realidade 
no mundo atual. No entanto seu constante processo de inovação faz com que 
novas questões apareçam e modifiquem a vida coletiva.
Se, por um lado, obtemos diversos benefícios, como a facilidade de comu-
nicação com pessoas distantes, a informatização de serviços burocráticos, 
a educação a distância, a facilidade para pagar contas por aplicativos, entre 
outros, por outro estamos sujeitos a fraudes, a recepção de informações 
falsificadas, crimes eletrônicos e exposição de dados pessoais. Nesse sentido, 
Informação e conhecimento 11
Identificação interna do documento EHSVBUWCWI-IQH59W1
a ética permanece sendo um fator fundamental para orientar a produção de 
novas tecnologias e regulamentar os seus impactos nas nossas vidas.
Referências
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nologia. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
BORGES, M. A. G. A informação e o conhecimento como insumo ao processo de desen-
volvimento. Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação, v. 1, n. 2, p. 175–196, 2008. 
Disponível em: https://doi.org/10.26512/rici.v1.n2.2008.1249. Acesso em: 10 dez. 2020.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. 
CHIAVENATO, I. Comportamento organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações. 
São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
CHIMERINE, L. Como traçar cenários e tomar decisões diante dos riscos e incertezas 
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FLEURY, M. T. L. As pessoas na organização. São Paulo: Gente, 2002.
GIDDENS, A. As consequências da modernidade. São Paulo: Ed. UNESP, 1991.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São 
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-sociais-e-buscadores-fazem-com-os-dados-dos-usuarios/. Acesso em: 10 dez. 2020.
Informação e conhecimento12
Identificação interna do documento EHSVBUWCWI-IQH59W1
Leituras recomendadas
BAUMGARTEN, M.; TEIXEIRA, A. N.; LIMA, G. Sociedade e conhecimento: novas tecno-
logias e desafios para a produção de conhecimento nas ciências sociais. Sociedade 
e Estado, v. 22, n. 2, p. 401–433, 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-
69922007000200007. Acesso em: 10 dez. 2020. 
BORGES, M. A. G. A compreensão da sociedade da informação. Ciência da Informação, 
v. 29, n. 3, p. 25–32, 2000. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ci/v29n3/a03v29n3. 
Acesso em: 10 dez. 2020.
SILVA, L. K. R. da. Bamidelê: por uma sociologia da informação étnico-racial na organi-
zação das mulheres negras da Paraíba. 2014. 122 f. Dissertação (Mestrado em Ciência 
da Informação) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2014. Disponível 
em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/3973?locale=pt_BR. Acesso em: 
10 dez. 2020.
TOBIAS, M. S.; DELFINI CORRÊA, E. C. O paradigma social da Ciência da Informação: 
o fenômeno da pós-verdade e as fake news nas mídias sociais. Revista ACB, v. 24, 
n. 3, p. 560–579, dez. 2019. Disponível em: https://revista.acbsc.org.br/racb/article/
view/1529. Acesso em: 10 dez. 2020.
TRUJILLO FERRARI, A. Metodologia da ciência. 2. ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 1974.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos 
testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da 
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas 
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declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou 
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Informação e conhecimento 13
Identificação interna do documento EHSVBUWCWI-IQH59W1
DICA DO PROFESSOR
No vídeo a seguir, discutiremos sobre a importância da informação na sociedade. Veremos que 
ela é o que é trocado num processo de comunicação e se opõe à desordem ou à desorganização, 
no entanto, seu excesso pode aumentar o estado de confusão de um sistema. Serão apresentados 
os vários elementos envolvidos nesse processo, em especial a linguagem, meio pelo qual nos 
comunicamos uns com os outros. Essa comunicação é constituidora do mundo humano e 
processo inalienável por meio do qual nós nos tornamos humanos, ou melhor, aprendemos a ser 
homens.
Para finalizar, explicitaremos a diferença entre informação e conhecimento, destacando a 
importância que a informação tem em nossas vidas, nas sociedades contemporâneas. Confira!
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EXERCÍCIOS
1) Comunicação é um tipo preciso de relação social, um encontro social peculiar, aquele 
em que intencionalmente se quer romper com o isolamento por meio de uma 
atividade que realizamos em comum com os outros, e também uma ação que se 
realiza sobre outrem, mais especificamente sobre a sua consciência. São elementos do 
processo de comunicação, EXCETO:
A) Canal.
B) Emissor.
C) Mensagem.
D) Ruído.
E) Receptor.
2) É o conhecimento que organiza e dá sentido à avalanche de informações que temos 
hoje em dia. Ele é fundamental para todo aquele que busca agir de forma refletida e 
responsável, com sabedoria, instaurando e perpetuando uma sociedade melhor. Nesse 
sentido, em relação à sabedoria, pode-se afirmar que:
A) O conceito de sabedoria é único e não aceita outros significados.
B) A sabedoria, como resultado das decisões humanas, visa ao bem viver.
C) A sabedoria é única e privilégio dos sábios.
D) A sabedoria é um presente dos deuses, dada aos mais inteligentes.
E) A sabedoria não é decorrente da informação e do conhecimento.
3) O ser humano é um ser da comunicação: consigo (subjetividade) e com o mundo, 
ambos entendidos como o produto da comunicação com outrem, pois assim como a 
subjetividade não é um dado natural, as coisas não se apresentam ao ser humano de 
forma direta, mas são construídas graças à mediação do desejo, conhecimento e 
reconhecimento de outrem. Com base nisso, assinale a alternativa CORRETA:
A) As diferenças culturais, sociais e psicológicas não influenciam a comunicação, uma vez 
que ela é universal.
B) Diferenças sociais dentro de uma mesma cultura, por exemplo, duas pessoas de classes 
sociais diferentes, não determinam um entendimento diferente do mundo social.
C) As diferenças entre quem envia e quem recebe, sejam elas culturais, sociais ou 
psicológicas podem dificultar, mais ou menos, esta partilha que é a comunicação.
Diferenças culturais, línguas e significados diferentes atribuídos aos mesmos códigos (por D) 
exemplo, gestos) não dificultam o entendimento e, portanto, a comunicação.
E) Diferenças psicológicas derivadas de origens familiares diferentes, mesmo entre pessoas 
de uma mesma classe social, não determinam entendimentos diferentes do mundo social.
4) Mais informação não pode por si só ser considerado melhor informação. O valor da 
informação não passa pela quantidade, mas por conhecer o "que" e o "para quê" da 
informação. Nesse sentido, conhecimento:
A) implica, necessariamente, uma organização e uma estruturação, mas sem classificação das 
informações recebidas.
B) é justamente a organização da informação, sem garantir a ela sentido.
C) implica a capacidade de podermos responder e explicar sobre a finalidade dos fenômenos.
D) implica a capacidade de descobrir, a partir dos efeitos informados a nós, as verdadeiras 
causas, sem situá-las no tempo e no espaço, e se são internas ou externas ao indivíduo.
E) é um conjunto de informações repetidas, organizadas e estruturadas para que se 
compreenda toda a causalidade dos fenômenos.
5) A partir da ideia de que comunicar é um processo muito complexo e necessariamente 
dialógico, marque a alternativa INCORRETA:
A) Comunicação é um tipo preciso de relação social, em que buscamos intencionalmente 
romper com o isolamento por meio de uma atividade realizada em comum com os outros.
B) Quando há comunicação, a relação que se estabelece é uma relação de troca, de 
compartilhamento, mais precisamente,de transmissão e ligação entre duas consciências.
C) A comunicação refere-se fundamentalmente ao processo de compartilhar um mesmo 
objeto de consciência — ela exprime a relação entre consciências.
D) A comunicação compreende tanto as questões relativas à transmissão da informação 
quanto os aspectos socioculturais e psicológicos que envolvem a elaboração da 
informação.
E) A comunicação não permite uma relação comunicativa e nem favorece uma troca de 
posição entre aquele que fala e aquele que ouve.
NA PRÁTICA
Sem a comunicação não há transmissão de patrimônio cultural entre gerações.
 
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Um espelho para a humanidade - Conrad Phillip Kottak
Um espelho para a humanidade (EPH) apresenta uma introdução concisa e acessível à 
antropologia cultural.
Lidando com a sobrecarga de informação
Este artigo reflete acerca da sobrecarga de informações científicas a que estamos sendo 
submetidos ao buscar conhecimento e como lidar com esse fato.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Informação, conhecimento e sabedoria | Helder Maiato | TEDxFCTUNL
O presente vídeo apresenta uma palestra TED com o profissional Helder Maiato que discorre a 
respeito das diferenças e conexões entre informação, conhecimento e sabedoria.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Conhecimento e Organizações
APRESENTAÇÃO
Nessa Unidade de Aprendizagem, discutiremos a importância do conhecimento para as 
organizações. As empresas modernas, especialmente as maiores, estão se convertendo cada vez 
mais em organizações baseadas em informações. Aspectos como a volatilidade dos mercados e 
da mão de obra exigem que as organizações utilizem, crescentemente, a tecnologia da 
informação para se planejarem a atender às expectativas de seus clientes. O processamento de 
um grande volume de informações é a chave para o sucesso empresarial. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Contextualizar a evolução das organizações em direção à sociedade do conhecimento.•
Reconhecer a importância da informação para a gestão das organizações.•
Identificar os desafios da economia baseada no conhecimento para o sucesso das 
organizações.
•
DESAFIO
A nova economia: como as empresas devem se adequar à sociedade do conhecimento. 
A Sapatênis é uma empresa de calçados que utiliza um modelo de negócios tradicional. Ela está 
localizada, há dez anos, num ponto de venda dentro de uma galeria, numa área nobre de uma 
cidade. A empresa tem 20 funcionários e uma linha de produtos voltado para o público 
masculino e feminino. Com o passar do tempo, a Sapatênis foi perdendo competitividade e 
faturamento. Os problemas se iniciaram com a concorrência dos produtos chineses e se 
intensificaram com a falta de tempo de seus clientes para ir até a loja. Soma-se a isso o fato do 
local não ter vagas para estacionamento. Também os altos custos do aluguel contribuem para a 
redução da lucratividade da empresa.
Durante uma palestra, Haroldo Lemos, proprietário da Sapatênis, ouviu que a nova economia, 
baseada na sociedade da informação, exige novos modelos de negócios, mais ágeis nas respostas 
aos clientes e com maior capacidade de adaptação de sua estrutura às mudanças inevitáveis do 
mercado. Haroldo ficou pensando naquilo.
Diante da situação apresentada, responda às questões a seguir: 
• Será que a Sapatênis se encaixa no contexto mencionado na palestra? 
• O que fazer para adaptar a empresa a clientes cada vez mais informados e conscientes? 
• Como aproveitar as tendências da nova economia e voltar a ter resultados positivos?
INFOGRÁFICO
As informações já convivem há muito tempo com dados. O desafio é transformar dados em 
informações e, com o tempo, trabalhar sistematicamente as informações em busca de 
conhecimento sobre os negócios.
CONTEÚDO DO LIVRO
Acompanhe a obra Gestão Contemporânea de Pessoas - Novas Práticas, Conceitos 
Tradicionais. Inicie sua leitura a partir da pagina 57 no capítulo A Gestão do conhecimento 
organizacional até a página 66. Estes conteúdos servirão como base teórica desta unidade de 
aprendizagem.
Complemente seu conhecimento acessando o livro Gestão do conhecimento - os elementos 
construtivos do Sucesso no ítem Saiba+
Boa leitura!
c l a u d i a b i t e n c o u r t e colaboradores
gestão contemporânea de pessoas
n o v a s p r á t i c a s , c o n c e i t o s t r a d i c i o n a i s
2 ª ed ição
C
A
P
ÍT
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LO
S
E E
STUDOS
D
E
C
A
S
O
G393 Gestão contemporânea de pessoas [recurso eletrônico]: novas
 práticas, conceitos tradicionais / Claudia Bitencourt e
 colaboradores. – 2. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre :
 Bookman, 2010.
 Editado também como livro impresso em 2010.
 ISBN 978-85-7780-622-5
 1. Organização do trabalho – Administração de recursos humanos.
 I. Bitencourt, Claudia.
CDU 331.101.262
Catalogação na publicação: Renata de Souza Borges CRB-10/1922
3
A GestÃo Do coNHecimeNto
orGANiZAcioNAL
Cláudio Reis Gonçalo
Maria de Lourdes Borges
OOOObjetivos deaprendizagem identifi car o conhecimento organizacional como recurso estratégico nas organizações. compreender e analisar o conceito de gestão do conhecimento como alternativaestratégica para organizações baseadas em conhecimento.
 caracterizar o conhecimento como um ativo intangível essencial para o desenvolvimento 
do capital intelectual.
 identifi car práticas da gestão do conhecimento.
inTrOdUÇãO
As oportunidades na economia do conhecimento desenham um novo 
mundo do trabalho, requisitando novos conceitos para compreender e geren-
ciar as organizações. Historicamente, o acesso e a criação do conhecimento 
foram objetos para a sobrevivência das organizações. A gestão sistematizada 
deste conhecimento como uma alternativa estratégica é que se apresenta como 
uma nova alternativa. O conhecimento como um ativo intangível tornou-se 
cada vez mais um diferencial estratégico para organizações que pretendem 
cumprir a sua missão e permanecer em um mercado altamente competiti-
vo. Atualmente, a diferença encontra-se no reconhecimento do conhecimento 
como um ativo estratégico e na necessidade de ações gerenciais sistemáticas 
para a sua promoção.
O conhecimento vem sendo identificado como a mais importante fonte 
de vantagem competitiva e de performance sustentável da organização, as-
sim como uma importante fonte de excelência de performance em ambientes 
58 parte i – estratégias para o desenvolvimento organizacional e individual
turbulentos (Drucker, 1993, 2000; Spender, 1996; Nonaka; Takeuchi, 1997; 
Takeuchi; Nonaka, 2008).
A organização baseada em conhecimento é aquela que reconhece, promo ve 
e utiliza o conhecimento coletivo e as habilidades das pessoas como as maiores 
fontes de vantagens competitivas sustentáveis (Tobin, 1998). A produtividade 
do conhecimento age como o fator preponderante na competi tividade de uma 
empresa ou de todo um país. A organização baseada no conhecimento requer 
do gerente um desempenho gerencial associado à transformação do conheci-
mento em algo produtivo, ou seja, ele deve aumentar o rendimento daquilo que 
é conhecido tanto pelo indivíduo como pelo grupo (Drucker, 1993). 
Ao gerente da organização baseada em conhecimento atribui-se a função 
de promover o comportamento por meio da análise sistemática do tipo de 
conhecimento requerido por um determinado problema, da análise da meto-
dologia de resolução de problemas e, também, da iniciativa de incentivar o 
contexto para compartilhar tanto a procura de novos conhecimentos como a 
descoberta da reutilização de conhecimentos existentes. 
Muito se precisa conhecer a respeito da produtividade do trabalhador do 
conhecimento, o que Drucker (2000) considera um dos maiores desafios ge-
renciais do século XXI. Nessa obra, Drucker sugere que são seis os fatores que 
determinam a produtividadedo trabalhador do conhecimento:
requer que se faça a pergunta: “qual é a tarefa?”.
exige que se coloque a responsabilidade pela produtividade nos próprios trabalha-
dores do conhecimento – eles precisam gerenciar a si mesmos e ter autonomia.
exige que a inovação continuada faça parte do trabalho, da tarefa e da responsabi-
lidade do trabalhador do conhecimento.
requer que o trabalho do conhecimento seja desempenhado com aprendizado e 
ensino contínuo.
Não é – ao menos principalmente – uma questão de quantidade produzida, e a 
qualidade é – no mínimo – igualmente importante.
requer que o trabalhador do conhecimento seja visto e tratado como um “ativo”, e 
não, como um “custo”, e que ele queira trabalhar para a organi zação.
Talvez o conceito de conhecimento seja um dos mais nebulosos e com-
plexos que existem, requerendo uma análise sob diferentes perspectivas que 
contemplem a sua multidimensionalidade. Portanto, o primeiro desafio que 
se deve enfrentar é definir o que é conhecimento para uma organização. O 
conhecimento como um ativo intangível necessita ser caracterizado, principal-
mente, quanto à sua espécie e quanto ao contexto de sua utilização.
O QUE É COnHECiMEnTO OrganizaCiOnaL?
Uma organização baseada em conhecimento precisa reconhecer a dife-
rença entre dado, informação e conhecimento. Considera-se que dados são 
59A gestão do conhecimento organizacional
um conjunto de fatos distintos e objetivos, relativos a eventos que não pos-
suem um significado inerente (Davenport; Prusak, 1998). Informações são os 
dados organizados para descrever uma situação ou condição particular. Em 
outras palavras, informações são os dados relacionados que fazem a diferença 
através da expressão de uma mensagem, buscando mudar o modo como o 
destinatário vê algo, ou seja, exercendo algum impacto sobre seu ponto de 
vista, juízo de valor ou comportamento (Davenport; Prusak, 1998).
Na Figura 3.1 é apresentada uma hierarquia entre dados, informação e 
conhecimento, os quais, quando combinados adequadamente, resultarão na 
sabedoria organizacional. Atingir a sabedoria significa identificar como a or-
ganização potencializa e utiliza o adequado conhecimento para atingir a estra-
tégia pretendida. Potencializar é um fator condicionante, mas não suficiente, 
na medida em que será suficiente somente se o conhecimento for colocado em 
ação para gerar produtos e serviços inovadores.
Mas quais são as diferentes taxonomias do conhecimento? Há necessida-
de de defini-las segundo diferentes perspectivas de análise.
Na perspectiva epistemológica, Polanyi (1983) argumenta que há duas 
espécies de conhecimento: o prático e o teórico. O conhecimento prático é 
chamado de conhecimento tácito, e o conhecimento teórico, de explícito. Para 
procurar compreender o conhecimento tácito, esse autor parte do fato de que 
se sabe mais do que se pode informar, ou seja, um observador consegue saber 
que o sujeito possui um conhecimento que não pode transformar em informa-
ção, mas o próprio sujeito, não. Assim sendo, ninguém assume que possui um 
conhecimento que não pode transmitir. 
Polanyi (1983) considera a estrutura funcional do conhecimento tá-
cito dividida em dois níveis: o primeiro nível (mais próximo da pessoa) e o 
segundo nível (mais distante da pessoa). Quando há uma ação a partir do 
conhecimento tácito, ocorre uma relação tácita entre o primeiro e o segundo 
nível, onde a observação de algo provoca a observação para um algo a mais 
(Figura 3.2).
FigUra 3.1
relação entre dados, informação e conhecimento.
60 parte i – estratégias para o desenvolvimento organizacional e individual
Quando há consciência de uma ação resultante do nível tácito próxi-
mo, Polanyi argumenta que o nível tácito distante apareceu para subsidiar o 
conhecimento. Esta consciência ocorre a partir de uma experiência, quando 
uma atuação em determinado fato provoca o aparecimento de um outro fato 
independente. Polanyi chama esta experiência de estrutura fenomenal do 
conhecimento tácito.
Um dos conceitos fundamentais da teoria do conhecimento de Polanyi é 
a tradição, que é um sistema de valores fora do indivíduo. A tradição descreve 
como o conhecimento é transferido em um contexto social. O conhecimento 
pessoal, portanto, não depende de uma opinião subjetiva, e sim, de um julga-
mento com base em uma estrutura de práticas e leis (tradição).
Nonaka e Takeuchi (1997, p. 63) consideram que o conhecimento é “[...] 
um processo humano dinâmico de justificar a crença pessoal com relação à 
verdade”. Esses autores, a partir das espécies de conhecimento explícito e tá-
cito propostas por Polanyi (1983), consideram que é possível aplicar esses 
conceitos de forma mais prática se algumas distinções claras entre eles forem 
identificadas (ver Quadro 3.1). Tobin (1998) sugere que a intuição, que surge 
com a experiência, é muito parecida com o conhecimento tácito mencionado 
por Polanyi (1983) ou Nonaka e Takeuchi (1997).
Também em uma perspectiva epistemológica, Spender (1996) propõe 
uma matriz de espécies de conhecimento (ver Quadro 3.2) que procura identi-
ficar o conhecimento individual e o conhecimento social, mas que pouco escla-
rece como ocorre essa interação nas organizações. O valor da tese desse autor 
está em propor que ambos – indivíduos e coletividades – possuem identidade 
com base no conhecimento.
FigUra 3.2
a representação do conhecimento segundo Polanyi. 
fonte: Baseado em polanyi (1983).
61A gestão do conhecimento organizacional
Na perspectiva da ciência cognitiva, Zack (1999) propõe três espécies de 
conhecimento:
Conhecimento declarativo – se relaciona com o “o que”, com o descrever algo, que é 
básico para a comunicação efetiva e para o compartilhamento de conhecimentos 
nas organizações, a partir da descrição de conceitos explícitos, categorias ou estru-
turas de análise.
Conhecimento procedural – se relaciona com o “como” algo acontece ou como algo 
é desempenhado. o conhecimento explícito procedural, quando compartilhado, 
fornece subsídios para a coordenação efi ciente da ação organizacional.
Conhecimento causal – se relaciona com o “por que” algo ocorre. o conhecimento 
explícito causal, quando compartilhado, auxilia a coordenação de objetivos estra-
tégicos.
Para caracterizar o conhecimento conceitual, Wiig (1993) propõe quatro di-
mensões que expressam como o conhecimento é organizado e percebido nas ati-
vidades diárias no trabalho. Essas dimensões visam a facilitar a compreensão do 
relacionamento entre o que está acontecendo com o conhecimento que as pessoas 
utilizam, o que elas sabem e o que necessitam saber (ver Quadro 3.3).
As organizações são organismos sociais complexos e, portanto, em um 
tema perfeitamente reconhecido cientificamente, elas são o resultado de in-
terações dinâmicas entre sistemas sociais e formais. Já que o conceito de co-
QUadrO 3.1
a diSTinÇãO EnTrE aS ESPÉCiES dE COnHECiMEnTO: TáCiTO E ExPLÍCiTO
COnHECiMEnTO TáCiTO (subjetivo) COnHECiMEnTO ExPLÍCiTO (objetivo)
conhecimento da experiência (corpo) conhecimento da racionalidade (mente)
conhecimento simultâneo (aqui e agora) conhecimento sequencial (lá e então)
conhecimento análogo (prática) conhecimento digital (teoria)
 fonte: Nonaka e takeuchi (1997, p. 67).
QUadrO 3.2
diFErEnTES ESPÉCiES dE COnHECiMEnTO
 individual Social
explícito consciente proposital
implícito Automático coletivo
fonte: spender (1996, p. 52).
62 parte i – estratégias para o desenvolvimento organizacional e individual
nhecimento organizacional envolve fatos e valores, este pode ser explorado 
tanto em suas construções lógicas (sistemas formais e estruturados) como em 
construções cognitivas (sistemas não estruturados e informais), conforme se 
observa na Figura 3.3 (Gonçalo, 2004).
Considera-se, neste capítulo, que o conhecimento é o resultado da inter-
pretação e da aplicação de uma informação disponível que altera o referencial 
de uma pessoa. O conhecimento consiste de verdades e crenças, perspecti-
vas e conceitos, julgamentos e expectativas,metodologias e know-how (Wiig, 
1993). Portanto, para investigar o conhecimento é necessário compreender os 
processos necessários para a implantação de um modelo de gestão do conhe-
cimento organizacional.
a gESTãO dO COnHECiMEnTO OrganizaCiOnaL
Desde o surgimento das guildas na Idade Média, o conhecimento é o 
elemento central da formação, da estruturação e do crescimento organizacio-
nal. As guildas foram associações profissionais formadas por artesões com o 
objetivo de proteger os trabalhadores e seus produtos, as quais lhes outorgava 
certos direitos e deveres. Até os dias atuais, uma empresa é criada porque há 
um conhecimento que fomenta suas atividades. 
Na década de 1980 ocorreu um movimento de pesquisadores que pro-
curavam compreender como ocorria o aprendizado nas organizações, bem 
QUadrO 3.3
diMEnSõES dO COnHECiMEnTO COnCEiTUaL
dimensões do 
conhecimento conceitual Características
conhecimento ideal e visionário parte desse conhecimento é reconhecida pelas pessoas, é explícita, 
(paradigmático) é consciente. A maior parte deste conhecimento não é reconhecida, 
 sendo tácita e acessada inconscientemente. utiliza-se esse 
 conhecimento para identificar o que é possível e para criar 
 objetivos e valores.
conhecimento sistêmico conhecimento que apoia os sistemas, princípios gerais e 
(sistemas, esquemas e metodologia) estratégias de solução de problemas. É na maior parte explícito e 
 muito reconhecido pelas pessoas.
conhecimento aplicado conhecimento para tomada de decisão que é prático e, na maior 
(conhecimento dos fatos e de parte, explícito. suporta o trabalho diário e as decisões necessárias, 
tomada de decisão) é bem-reconhecido e usado conscientemente.
conhecimento automático As pessoas reconhecem esse conhecimento tão bem que ele se 
(conhecimento no desempenho tornou automático. A maior parte se tornou tácita, usada para o 
da atividade) desempenho da atividade automaticamente, de forma 
 inconsciente.
 fonte: Wiig (1993, p. 77).
63A gestão do conhecimento organizacional
como sua interface com a potencialidade da tecnologia da informação e sua 
relação com a inovação. Neste movimento inicial sobre Gestão do Conheci-
mento (GC), participaram pesquisadores importantes para esta abordagem, 
como Karl Wiig, Karl Eric Sveiby, Hiroyuki Itami, Ikujiro Nonaka e Hirotaka 
Takeuchi.
Foi a partir da década de 1990 que o conhecimento organizacional pas-
sou a ser mais considerado como fator diferencial devido à crescente compe-
titividade entre as organizações. Desde então, ficou claro que gerenciar ade-
quadamente o conhecimento organizacional é fundamental para o sucesso 
econômico das organizações e para que elas possam manter sua competitivi-
dade e inovação.
Com os avanços dos estudos sobre GC, dois caminhos foram sendo defi-
nidos, na avaliação de Sveiby (2001): visão baseada em gestão de pessoas e 
visão baseada na tecnologia da informação. Na abordagem da tecnologia da 
informação, o conhecimento é entendido como objeto, enquanto na aborda-
gem da gestão de pessoas, como processo.
Na visão baseada em gestão de pessoas, a GC é percebida como um pro-
cesso resultante de um conjunto de habilidades e competências humanas di-
namicamente envolvidas com o conhecimento através das pessoas. Quando o 
conhecimento é entendido como processo, o investimento nas pessoas propor-
cionará melhores resultados para a organização.
Na visão baseada na tecnologia da informação, os profissionais estão 
voltados ao desenvolvimento de ferramentas como sistemas de gerenciamento 
da informação, inteligência artificial, groupware, entre outros. De acordo com 
esta visão, o conhecimento é visto como um ativo gerenciável e, como tal, 
FigUra 3.3
Ciclo de vida do conhecimento organizacional. 
fonte: Gonçalo (2004).
64 parte i – estratégias para o desenvolvimento organizacional e individual
deve receber investimento para adequada produção, armazenamento, acesso 
a dados e informação.
Esses pontos de vista são produtos de pesquisadores com distinta forma-
ção, acarretando diferenças de linguagem e de compreensão sobre a GC. Após 
considerável desenvolvimento de ferramentas da Tecnologia da Informação, é 
no fator humano e gerencial que a GC apresenta seu maior desafio, bem como 
sua maior potencialidade. É através da gestão das pessoas que o conhecimen-
to precisa ser contextualizado para que seja possível produzir os resultados 
organizacionais buscados.
Na GC voltada para as pessoas, a experiência do trabalhador do co-
nhecimento é o principal insumo. É com a experiência que o conhecimento 
tácito é tramado. O conhecimento tácito foi identificado pelo pesquisador 
Polanyi (1983) como proveniente da experiência do trabalhador, que apare-
ce no “aqui e agora” e que ocorre na prática. O conhecimento tácito se evi-
dencia no modo singular do padeiro sovar a massa do pão ou da cozinheira 
fazer o arroz. É um conhecimento do cotidiano, internalizado, espontâneo, 
proveniente da experiência e da intuição. Está diretamente ligado às pesso-
as. Por sua vez, o conhecimento explícito é o conhecimento formalizado e 
objetivo, que pode ser comunicado e difundido, atuando com objetos do tipo 
“lá e então”. Em 1995, Nonaka e Takeuchi lançam no Japão o livro Criação 
do Conhecimento na Empresa, que foi um marco para a GC. Esses autores 
utilizaram a noção de conhecimento tácito e de conhecimento explícito de 
forma dinâmica para entender o processo de criação de conhecimento den-
tro da organização. 
Esses dois tipos de conhecimento combinam-se no dia a dia das organiza-
ções formando quatro processos: Socialização, Externalização, Combinação e 
Internalização (denominado modelo SECI), os quais são explicitados no Qua-
dro 3.4. A representação gráfica do conjunto de processos do modelo SECI, 
denominada de espiral do conhecimento, é apresentada na Figura 3.4.
O processo de transferência de uma ideia ou imagem diretamente aos 
colegas e subordinados significa compartilhar conhecimento pessoal e criar 
um lugar comum – ba. A criação de conhecimentos emerge de interações em 
que há um ba compartilhado. Ba é entendido como o lugar em que o indivi-
dual se realiza como parte do mundo do qual depende. Para os indivíduos, 
o ba é o time, assim como para os times, o ba é a organização. Finalmente, 
para a organização o ba é o mercado. É também entendido como a estrutura 
(fronteiras no espaço e no tempo) em que o conhecimento é ativado como um 
recurso para a criação. A lógica do uso do conhecimento é diferente dos recur-
sos tangíveis, os quais precisam ser distribuídos eficientemente de acordo com 
funções e objetivos. O conhecimento, todavia, é intangível, fronteiriço e dinâ-
mico, e se não é usado em um tempo e espaço específicos, perde a validade. Ba 
é uma plataforma de concentrações de recursos dos ativos de conhecimento 
organizacional (Nonaka; Konno, 1998).
O conhecimento é criado e transformado em função de um contexto ca-
pacitante, o qual é entendido por Krogh e colaboradores (2001) como um 
espaço físico, virtual ou mental compartilhado que fomenta novos relaciona-
mentos. Portanto “o conhecimento é dinâmico, relacional e baseado na ação 
65A gestão do conhecimento organizacional
humana; depende da situação e das pessoas envolvidas, e não de verdades 
absolutas e fatos tangíveis” (Krogh; Ichijo; Nonaka, 2001, p.16).
Logo, o objetivo da gestão do conhecimento é estimular os profissionais 
a fazerem o seu trabalho e, ao mesmo tempo, captarem o conhecimento de 
cada um e convertê-lo em algo que a empresa possa utilizar, como por exem-
plo, novas rotinas, novas ideias sobre clientes, novos conceitos de produto, ou 
seja, o trabalho do conhecimento é uma condição humana, não um privilégio 
de poucos (Krogh; Ichijo; Nonaka, 2001).
QUadrO 3.4
 MOdELO SECi dE COnVErSãO dO COnHECiMEnTO
 Processos de conversão do conhecimento
Socialização compartilhamento do conhecimento tácito entre indivíduos. 
 “o conhecimento tácito pode ser dividido se o ‘eu’ está livre para começar a incluir o

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