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22_Legislação e Direito do Consumidor

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Prévia do material em texto

1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
SUMÁRIO
LEGISLAÇÃO E DIREITO 
DO CONSUMIDOR
2
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
missão
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
Visão
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
SUMÁRIO
BiBLioteCa muLtiViX (Dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
de Fernanda Paula Diniz
Legislação e Direito do Consumidor / de Fernanda Paula Diniz. – Serra: Multivix, 2018.
eDitoriaL
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2019 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
FaCuLDaDe CaPiXaBa Da serra • muLtiViX
Diretor Executivo
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Diretor da Educação a Distância
Pedro Cunha
Conselho Editorial
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima
Revisão Técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
Multivix Educação a Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
4
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
Diretor executivo do grupo multivix
5
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
SUMÁRIO
Lista De Figuras
 > FIGURA 1 - Consumidor 15
 > FIGURA 2 - O fornecimento 17
 > FIGURA 3 - Imóvel 19
 > FIGURA 4 - Defesa do Consumidor 21
 > FIGURA 5 - Contrato 26
 > FIGURA 6 - A relação de consumo 31
 > FIGURA 7 - Relação de consumo no Código de Defesa do Consumidor 32
 > FIGURA 8 - Consumo ao redor do mundo 33
 > FIGURA 9 - A compra 35
 > FIGURA 11 - Antes de 11/03/1991, aplica-se o Código Civil de 1916 ou lei 
anterior 37
 > FIGURA 12 - Antes de 11/03/1991, aplica-se o Código Civil de 1916 ou lei 
anterior 38
 > FIGURA 13 - O contrato 42
 > FIGURA 14 - Autonomia 44
 > FIGURA 15 - Função dos contratos 45
 > FIGURA 16 - Boa-fé 46
 > FIGURA 17 - Justiça contratual 47
 > FIGURA 18 - A responsabilidade 55
 > FIGURA 19 - A responsabilização penal 57
 > FIGURA 20 - A esfera administrativa 61
 > FIGURA 21 - Sanções 62
 > FIGURA 22 - A responsabilização cível 66
 > FIGURA 23 - A responsabilidade 73
 > FIGURA 24 - Dano estético 76
 > FIGURA 25 - O contrato 77
 > FIGURA 26 - Responsabilidade e o consumidor 79
 > FIGURA 27 - O consumidor 88
 > FIGURA 28 - O contrato 90
 > FIGURA 29 - Compra pela internet 91
6
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
 > FIGURA 30 - O coletivo 94
Lista De Figuras
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
SUMÁRIO
Lista De QuaDros
 > QUADRO 1 - Etapa e descrição da criação de um produto 17
 > QUADRO 2 - Tipos de sanções objetivas 63
8
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
sumÁrio
1UNIDADE
2UNIDADE
1 ConCeitos e PrinCÍPios no CÓDigo De DeFesa Do ConsumiDor 
(CDC) 15
1.1 OS CONCEITOS CONSAGRADOS PELO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMI-
DOR 15
1.1.1 CONSUMIDOR 16
1.2 FORNECEDOR 18
1.3 OBJETOS DA RELAÇÃO DE CONSUMO 20
1.4 OS PRINCÍPIOS DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 22
1.4.1 PRINCÍPIO DO PROTECIONISMO DO CONSUMIDOR 23
1.4.2 PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR 23
1.4.3 PRINCÍPIO DA HIPOSSUFICIÊNCIA DO CONSUMIDOR 24
1.5 PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA 25
1.5.1 PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA OU DA CONFIANÇA 26
1.6 PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO 26
1.7 PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA NEGOCIAL 27
1.8 PRINCÍPIO DA REPARAÇÃO INTEGRAL DOS DANOS 28
ConCLusão 29
2 ÂmBito De aPLiCaçãoDas normas De Direito Do ConsumiDor 31
2.1 BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO DO DIREITO DO CONSUMIDOR NO BRASIL 
31
2.2 ÂMBITO MATERIAL 32
2.3 ÂMBITO TERRITORIAL 34
2.4 ÂMBITO TEMPORAL 36
ConCLusão 39
3 Contratos De Consumo 42
9
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
SUMÁRIO
sumÁrio
introDução Da uniDaDe 42
3.1 OS CONTRATOS 43
3.2 OS CONTRATOS NAS RELAÇÕES DE CONSUMO 49
ConCLusão 53
4 esFeras De resPonsaBiLiZação e sançÕes no CÓDigo De DeFesa 
Do ConsumiDor 55
introDução Da uniDaDe 55
4.1 A RESPONSABILIDADE 56
4.2 A ESFERA PENAL DE RESPONSABILIZAÇÃO E SUAS SANÇÕES 58
4.3 A ESFERA ADMINISTRATIVA DE RESPONSABILIZAÇÃO E SUAS SANÇÕES 
62
4.3.1 SANÇÕES PECUNIÁRIAS 63
4.3.2 SANÇÕES OBJETIVAS 64
4.3.3 SANÇÕES SUBJETIVAS 66
4.4 A ESFERA CÍVEL DE RESPONSABILIZAÇÃO E SUAS SANÇÕES 67
ConCLusão 70
gLossÁrio 71
5 resPonsaBiLiDaDe CiViL no ÂmBito Do Direito Do ConsumiDor 73
5.1 A RESPONSABILIDADE CIVIL 74
5.1.1 RESPONSABILIDADE SUBJETIVA 76
5.1.2 RESPONSABILIDADE OBJETIVA 77
5.1.3 RESPONSABILIDADE CONTRATUAL 78
5.1.4 RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL (AQUILIANA): 79
3UNIDADE
4UNIDADE
5UNIDADE
10
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
sumÁrio
5.2 RESPONSABILIDADE CIVIL NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
(CDC) 80
5.3 EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO FORNECEDOR 83
ConCLusão 85
6 Proteção Do ConsumiDor em JuÍZo 88
introDução Da uniDaDe 88
6.1 A TUTELA INDIVIDUAL DOS DIREITOS DOS CONSUMIDORES 89
6.2 A TUTELA COLETIVA DOS DIREITOS DOS CONSUMIDORES 95
6.3 MÉTODOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS NAS RELAÇÕES DE 
CONSUMO 102
ConCLusão 103
reFerÊnCias 105
6UNIDADE
11
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
SUMÁRIO
iConograFia
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
12
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Seja bem-vindo à disciplina de Direito do Consumidor! Você desenvolverá, ao longo 
das seis unidades que constituem esta disciplina, uma compreensão a respeito da 
proteção conferida pelo Estado ao consumidor.
Para isso, serão analisadas diversas normas do Direito Brasileiro, como, por exemplo, 
a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e a Lei de nº 8.078, de 1990, 
o Código de Defesa do Consumidor.
Essa proteção concedida ao consumidor é algo extremamente importante no nosso 
mundo jurídico, pois, em razão do grande poder econômico das empresas, muitas 
vezes o consumidor se encontra em uma posição desproporcional, ocupando um 
lugar de fraqueza na relação de consumo. 
Além disso, os temas que serão aqui tratados contribuirão tanto para a formação 
acadêmica quanto pessoal, tendo em vista que, por vivermos em uma sociedade 
marcada pela globalização e pelo capitalismo, todos nós estamos sujeitos às relações 
de consumo durante o nosso dia a dia.
A disciplina apresentará, em suas unidades, temas como princípios do Código de De-
fesa do Consumidor, os contratos de consumo, a responsabilidade civil e a proteção 
ao consumidor em juízo, dentre outros assuntos.
Para o melhor entendimento dos temas aqui trabalhados, é de fundamental impor-
tância que você, como aluno, participe das atividades, dos fóruns de discussão, da 
leitura dos materiais fornecidos, assim como a integração com os demais alunos, pro-
fessores e tutores. Aproveite!
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
SUMÁRIO
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Ao final desta disciplina, esperamos que você seja capaz de:
• Explicar as noções básicas e os principais conceitos do Direito de Consumidor.
• Definir os principais conceitos do Direito do Consumidor. 
• Identificar as normas protetivas aplicadas nas relações de consumo, seja na 
aquisição de bens ou na realização de serviço. 
• Explicar as bases de uma relação consumerista e como se dá o seu desenvol-
vimento.
• Identificar as normas regulamentadoras e os mecanismos de proteção judicial. 
• Descrever a aplicabilidade do Código relacionando-o ao contexto econômico 
atual.
14
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que você:
> Definir a importância do 
Direito do Consumidor 
nas relações comerciais 
que se desenvolvem na 
sociedade atual. 
> Identificar os conceitos 
elementares que 
caracterizam as relações 
dentro do Direito do 
Consumidor.
> Identificar os princípios 
atuantes no Direito do 
Consumidor. 
> Apontar a influência 
dos princípios no 
desenvolvimento da área.
UNIDADE 1
15
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
SUMÁRIO
1 CONCEITOS E PRINCÍPIOS 
NO CÓDIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR (CDC)
A Lei de nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, dispõe sobre a proteção ao consumidor. 
Trata-se do famoso Código de Defesa do Consumidor, responsável por transformar as 
relações de consumo no país, conferindo maior proteção àquele que se apresenta 
como mais vulnerável na relação de consumo: o consumidor.
Além do efeito transformador, o Código de Defesa do Consumidor também possui 
um sentido educativo ao dispor sobre a forma a ser adotada pelos envolvidos em 
uma relação consumerista para que a mesma seja saudável e justa. Desse modo, “o 
Código do Consumidor tornou-se uma espécie de lente pela qual passamos a ler 
todo o direito obrigacional, contratos e institutos que geram relações de consumo” 
(CAVALIERI FILHO, 2014, p. 31).
A eficiência do sistema normativo deve-se ao fato de este ter adotado um modelo ba-
seado em princípios e cláusulas abertas/gerais, facilitando, assim, a sua interpretação 
e posterior aplicação aos mais diversos casos concretos, uma vez que quanto mais 
ampla uma norma, mais situações poderão ser solucionadas por ela!
Assim, iniciaremos o estudo desta unidade com os principais conceitos consagrados 
pelo Código de Defesa do Consumidor, analisando-se, em seguida, os princípios con-
solidados nesta lei. Bons estudos!
1.1 OS CONCEITOS CONSAGRADOS PELO CÓDIGO 
DE DEFESA DO CONSUMIDOR
O Código de Defesa do Consumidor é a lei destinada a re-
gular as relações entre o consumidor e o fornecedor, sujei-
tos diretos da relação jurídica de consumo.
16
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Dessa forma, é extremamente importante identificar os papéis do consumidor e do 
fornecedor de bens e serviços, bem como os conceitos dos objetos de uma relação 
de consumo. Veja, a seguir, cada um separadamente.
1.1.1 CONSUMIDOR
FIGURA 1 - CONSUMIDOR
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
O CDC (Código de Defesa do Consumidor) conceitua o consumidor logo em seu iní-
cio, em seu artigo 2º, sendo este “toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza 
produto ou serviço como destinatário final” (BRASIL, 1990).
Para se definir quem seria esse destinatário final, há duas 
grandes teorias: a teoria maximalista ou objetiva e a finalista 
ou subjetiva.
17
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LegisLação e Direito Do ConsumiDorSUMÁRIO
A teoria maximalista ou objetiva expõe que a definição de
destinatário final deve ser interpretada da maneira mais ampla, bastando que 
a pessoa, natural ou jurídica, que adquire o produto ou contrata o serviço os 
retire da cadeia de produção em que estavam inseridos. (SOUZA, 2018, p. 23)
Já a teoria finalista ou subjetiva acredita que o consumidor seria aquele que se en-
contra no fim da cadeia de consumo, ou seja, o vulnerável. Sendo assim, aquele que 
contrata um serviço ou adquire um produto para exercer uma atividade empresarial, 
produzindo outros produtos ou serviços para vender posteriormente, por exemplo, 
não seria considerado consumidor (SOUZA, 2018).
Para fins de demonstração, é possível identificar o consumi-
dor de forma mais clara citando o seguinte exemplo: quando 
uma pessoa vai ao supermercado com o intuito de comprar 
um chocolate e o adquire para consumo próprio, essa pes-
soa é o destinatário final em ambas as teorias. Contudo, se a 
compra do chocolate se dá no atacado para posteriormente 
ser revendido, ele seria considerado o destinatário final so-
mente na teoria maximalista ou objetiva, uma vez que, para 
a teoria finalista, ele seria o último da cadeia de consumo. 
Ou seja, na visão da teoria finalista, um hipermercado que 
compra produtos para revender em grande escala não seria 
o destinatário final, e sim aquele que adquirisse aquele pro-
duto exposto no mercado.
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LegisLação e Direito Do ConsumiDor
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
1.2 FORNECEDOR
FIGURA 2 - O FORNECIMENTO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Outra figura importante para o CDC é o Fornecedor. Esse, por sua vez, é classificado 
pelo art. 3º do CDC, como “toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacio-
nal ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que devolvem qualquer 
atividade de produção (montagem, criação, construção, transformação, importação, 
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços)” 
(BRASIL, 1990).
O conceito de atividades de produção é bastante amplo, 
englobando os atos realizados no desenvolvimento de um 
produto. 
Nesse sentido, esses atos envolvidos na criação de um produto teriam as seguintes 
etapas, a saber:
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
SUMÁRIO
Criação
Montagem
Construção
Transformação
Distribuição
Comercialização
Entenda o funcionamento de cada uma das etapas.
QUADRO 1 - ETAPA E DESCRIÇÃO DA CRIAÇÃO DE UM PRODUTO
ETAPA DESCRIÇÃO
Criação Ocorre quando é criado um produto que não existe no mercado até então.
Montagem
A colocação final de determinadas peças numa estrutura existente anterior 
para que se tenha um produto final como resultado (SOUZA, 2018).
Construção
Está ligada às realizações de obras, como, por exemplo, na incorporação 
imobiliária ou de empreitada (SOUZA, 2018).
Transformação
É a criação de um determinado produto novo, fruto ou resultado de um 
produto anterior. Ou seja, é dado um outro significado a esse produto ante-
riormente circulado no mercado (SOUZA, 2018).
Distribuição
Trata de um resultado de uma massificação da produção e do consumo no 
mundo atual onde os produtores colocam seus produtos nas prateleiras dos 
mercados e lojas (SOUZA, 2018).
Comercialização
Seria nada mais que o pilar de todas as outras atividades anteriores, ou seja, 
sem o qual os consumidores não teriam acesso a determinados produtos ou 
serviços. Significa a venda dos produtos que foram produzidos pelos forne-
cedores aos consumidores (SOUZA, 2018).
Fonte: Elaborado pelas autoras.
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LegisLação e Direito Do ConsumiDor
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1.3 OBJETOS DA RELAÇÃO DE CONSUMO
FIGURA 3 - IMÓVEL
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Os objetos da relação de consumo seriam os produtos e os 
serviços disponíveis no mercado.
Os produtos podem ser conceituados como qualquer bem, podendo ser:
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LegisLação e Direito Do ConsumiDor
SUMÁRIO
Imóvel. Exemplo: um apartamento.
Móvel. Exemplo: um banco.
Material. Exemplo: um carro.
Imaterial. Exemplo: investimentos.
No pensamento popular, produto seria entendido como 
tudo aquilo que resulta de uma produção ou fabricação.
Os bens móveis seriam aqueles susceptíveis de movimento próprio ou até mesmo 
de remoção alheia sem a alteração de seu valor econômico de mercado. Podem-se 
identificar como bem móvel os exemplos a seguir: automóvel, eletrodoméstico, etc. 
Já os bens imóveis seriam aqueles que permanecem no solo e têm seus aspectos na-
turais, vegetais e minerais. Os exemplos mais claros de bens imóveis são construções, 
lotes, etc.
No caso, o bem material seria um bem corpóreo possuindo uma forma física e que 
pode ser sentido através dos cinco sentidos do corpo humano (visão, audição, pala-
dar, tato e olfato). Por exemplo: uma janela, casa, automóvel, etc. Já em contraponto, 
o bem imaterial, também chamado de incorpóreo, seria aquele que não é revestido 
de uma forma física. Podemos citar como exemplos: direitos autorais, investimentos 
bancários, etc.
22
LegisLação e Direito Do ConsumiDor
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Além dos bens/produtos, constitui objeto da relação de 
consumo o serviço definido pelo Código de Defesa do Con-
sumidor como “qualquer atividade fornecida no mercado 
do consumo, mediante remuneração, inclusive as da natu-
reza bancária, financeira, de crédito e secundária, salvo as 
decorrentes de caráter trabalhista” (BRASIL, 1990).
Quando alguém assina um contrato com um cursinho de 
reforço escolar, por exemplo, está, nesse momento, contra-
tando um serviço de educação. 
1.4 OS PRINCÍPIOS DO CÓDIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR
FIGURA 4 - DEFESA DO CONSUMIDOR
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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SUMÁRIO
Os princípios são extremamente importantes em um ordenamento jurídico, uma vez 
que, possuindo um caráter mais amplo, servem como fonte de interpretação de todo 
o sistema de normas. Desse modo, todas as normas de proteção ao consumidor de-
vem ser lidas através dos princípios.
Para uma melhor compreensão, veja cada um desses princípios separadamente. 
1.4.1 PRINCÍPIO DO PROTECIONISMO DO 
CONSUMIDOR
As normas inseridas no Código de Defesa do Consumidor servem para, além de regu-
lar as relações de consumo, proteger o consumidor. Esse princípio encontra-se con-
sagrado no art. 1º do CDC, que dispõe que o código estabelece normas de proteção 
e defesa do consumidor.
Podemos exemplificar da seguinte maneira: se é realizado 
um contrato de consumo e nele acaba constando uma cláu-
sula que esteja em desacordo com o sistema de proteção 
ao consumidor, essa cláusula será declarada nula de pleno 
direito pelo juiz, conforme o art. 51, inciso XV do CDC.
1.4.2 PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE DO 
CONSUMIDOR
Esse princípio cria uma condição jurídica para o consumidor, seja ele pessoa física ou 
jurídica, que passa a ser presumidamente vulnerável pelo Direito Brasileiro razão pela 
qual passam a existir leis de natureza protetiva.
Sendo assim, o princípio da vulnerabilidade se aplica a todos os consumidores!
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Entenda, quando o consumidor vai adquirir um produto ou 
contratar um serviço, ele o faz segundo regras contratuais 
geralmente elaboradaspelo fornecedor, de modo que não 
possui uma grande liberdade para negociar o conteúdo do 
contrato.
1.4.3 PRINCÍPIO DA HIPOSSUFICIÊNCIA DO 
CONSUMIDOR
A palavra hipossuficiência tem o sentido de desigualdade, 
desproporção, disparidade, etc. Esse princípio, diferente-
mente do princípio da vulnerabilidade, não é aplicado au-
tomaticamente a todos os consumidores.
Podemos falar em uma hipossuficiência do consumidor quando o conhecimento 
técnico do consumidor e do fornecedor acerca do produto ou do serviço for despro-
porcional.
Quando o consumidor adere a um contrato de prestação 
de um serviço X, muitas vezes não possui um conhecimento 
técnico aprofundado para analisar as cláusulas do contrato 
com um cuidado necessário, o que o torna sujeito aos riscos 
daquela relação de consumo.
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SUMÁRIO
1.5 PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
O princípio da boa-fé objetiva tem como intuito indicar o comportamento adequado 
das partes em uma relação de consumo, consagrando valores como a ética e a ho-
nestidade, independentemente de quais sejam as suas intenções/vontades.
Dessa forma,
a boa-fé objetiva traz a ideia de equilíbrio negocial, que, na ótica do Direito do 
Consumidor, deve ser mantido em todos os momentos pelos quais passa o 
negócio jurídico. (TARTUCE, 2018, p. 42)
Deve-se lembrar que o fornecedor tem o dever de apresentar informações claras a 
respeito da essência, quantidade e qualidade do serviço ou produto, evitando, dessa 
forma, que o consumidor seja enganado.
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Quando uma pessoa vai contratar os serviços de um plano 
de saúde privado, é dever deste informá-la, detalhadamente, 
a respeito dos serviços cobertos ou não pelo plano, em razão 
do princípio da boa-fé objetiva.
1.5.1 PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA OU DA 
CONFIANÇA
O princípio da transparência é extremamente importante nas relações de consumo 
atuais tendo em vista o alto fluxo de informações que circulam em nossa sociedade.
Esse princípio visa oferecer condições para que a escolha feita pelo consumidor quan-
to ao serviço ou produto se dê conscientemente, trazendo, com isso, maior segurança 
à relação consumerista. Além do momento inicial de contratação, aplica-se o princí-
pio durante toda a execução do contrato. 
Quando eu contrato um serviço de um banco e abro uma 
conta, passo a ter o direito de acessar o detalhamento de to-
das as transações realizadas, a qualquer momento, em prol 
da transparência.
1.6 PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO
A função social do contrato é fruto da ideia de solidariedade social, isto é, o contrato 
de consumo não pode ser visto exclusivamente como um instrumento para o lucro. 
Deve-se buscar, a todo momento, um equilíbrio na relação de consumo.
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SUMÁRIO
Exemplo: se um determinado contrato é excessivamente 
oneroso ao consumidor, violando-se a sua função social, pos-
sibilita-se a alteração desse contrato posteriormente para 
reajustar o equilíbrio entre as partes.
1.7 PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA NEGOCIAL
FIGURA 5 - CONTRATO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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Segundo esse princípio, tanto o consumidor quanto o fornecedor se encontram em uma 
condição de igualdade, não havendo superioridade de nenhum deles sobre o outro.
O fornecedor, ao informar ao consumidor a respeito dos ris-
cos daquele produto/serviço à saúde e à segurança, está, de 
certa forma, igualando-o no momento da contratação. Caso 
contrário, se o fornecedor nunca dissesse nada ao consumi-
dor, estaria perpetuando uma situação de desigualdade!
1.8 PRINCÍPIO DA REPARAÇÃO INTEGRAL DOS 
DANOS
O princípio da reparação integral dos danos impõe ao fornecedor de produtos e servi-
ços o dever de prevenir eventuais danos aos consumidores ou, caso venham a ocorrer, 
repará-los, sejam eles morais, materiais, individuais, coletivos, etc. Em uma mesma 
situação, podem ocorrer mais de um tipo de dano.
Uma cobrança indevida de uma dívida pode gerar tanto da-
nos materiais pelo valor indevidamente pago como danos 
morais, pelo constrangimento causado ao consumidor. 
Percebe-se, assim, que uma mesma situação pode envolver a aplicação de diferentes 
princípios, uma vez que estes são complementares.
O fornecedor, quando informa ao consumidor a respeito dos riscos de um produto à 
sua saúde, está agindo de boa-fé e cumprindo seu dever de transparência, igualan-
do o consumidor no momento da contração e, com isso, diminuindo a sua vulne-
rabilidade e demonstrando cumprir os princípios de uma boa relação de consumo.
Essa é a principal função dos princípios: orientar as condutas dentro das relações de 
consumo.
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SUMÁRIO
CONCLUSÃO
O Código de Defesa do Consumidor é um importante instrumento de regulação das 
relações de consumo e de proteção ao consumidor, apresentando-se como inovador 
em diversos pontos, como, por exemplo, a possibilidade de inversão do ônus de prova 
em favor do consumidor e a interpretação contratual mais favorável para o consumidor.
O que você pode observar é que a efetividade do Código de Defesa do Consumidor 
se deve, dentre vários outros motivos, pelos inúmeros princípios consagrados em seu 
texto. Isso porque os princípios servem como referências para interpretação e aplica-
ção das normas nos casos concretos. Assim, é importante que os diversos profissio-
nais da área, como advogados, defensores e juízes, por exemplo, saibam da adequa-
da aplicação dos princípios em cada caso. Caso contrário, corre-se o risco de aplicar 
um princípio em uma situação que não caiba sua aplicação ou deixar de aplicá-lo 
em uma situação que necessite de sua observância. Soluções desse tipo gerariam 
relações de consumo injustas, o que iria de encontro ao objetivo principal do Código 
de Defesa do Consumidor.
Portanto, os vários princípios que podem ser observados nas relações de consumo, 
tais como os princípios do protecionismo, da boa-fé objetiva e da equivalência nego-
cial devem ser analisados com cuidado e deve-se levar em consideração as particula-
ridades de cada caso concreto. 
Por essa razão, saber quem são as partes na relação de consumo, torna-se mais clara 
a identificação dos princípios aplicáveis a cada caso e, com isso, a relação de consumo 
permanece dentro dos princípios e torna-se mais justa!
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OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que você:
> Identificar uma relação 
de consumo dentro dos 
termos estabelecidos 
no Código de Defesa do 
Consumidor.
> Apontar a aplicação do 
Código de Defesa do 
Consumidor nos âmbitos 
material, temporal e 
territorial.
> Explicar como será 
aplicado o Código de 
Defesa do Consumidor 
nas relações de consumo 
anteriores e posteriores à 
sua criação. 
UNIDADE 2
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SUMÁRIO
2 ÂMBITO DE APLICAÇÃO 
DAS NORMAS DE DIREITO DO 
CONSUMIDOR
Entender o âmbito de aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) é enten-
der como, onde e quando essa lei será utilizada. 
Como se refereao aspecto material da lei. É o mesmo que nos perguntarmos: em 
quais situações utilizaremos essa lei? Como ela deve ser usada? Desse modo, o aspec-
to material está relacionado aos casos em que haverá a incidência da lei.
Onde se refere ao local de aplicação da lei. Aplica-se só para fatos ocorridos em um 
determinado estado ou é válida para o país inteiro? Somente para casos ocorridos no 
Brasil ou também no exterior? Assim, será estudado o aspecto territorial.
Quando está relacionado ao aspecto temporal da lei: ela produz efeitos desde quan-
do? Para os casos anteriores ou aplico a lei?
Por meio dessas perguntas, você entenderá um pouco mais sobre a dinâmica de apli-
cação do Código de Defesa do Consumidor, isto é, em quais situações ele é aplicado, 
a depender sempre de onde e quando elas aconteçam.
Com isso, você verá que esses critérios são complementares: analisando os três em 
conjunto, chegará em uma resposta muito mais simples a respeito da aplicação do 
CDC! Quer ver? Vamos lá!
2.1 BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO DO DIREITO DO 
CONSUMIDOR NO BRASIL
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, a nossa atual Constituição, 
foi a primeira a prever, de maneira explícita, a proteção ao consumidor, em seu art. 
5º, que trata dos direitos e garantias fundamentais. A edição do Código de Defesa do 
Consumidor (CDC), em 1990, foi consequência direta da previsão constitucional. 
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Antes da Constituição de 1988, a norma mais significativa de proteção ao consumi-
dor era a Lei nº 7.347/85, conhecida como a Lei da Ação Civil Pública, responsável 
pela proteção dos direitos de toda a sociedade, entre eles, a proteção nas relações de 
consumo.
Como antes de 1990 não havia nenhuma lei específica de proteção ao consumidor, a 
defesa de seus direitos se dava a partir das normas do Código Civil de 1916, o que ge-
rava um desequilíbrio na relação de consumo. Somente com o Código de Defesa do 
Consumidor, em 1990, o consumidor passou a ser visto como parte mais fraca nessa 
relação, demandando normas de proteção mais específicas.
Desse modo, o Código de Defesa do Consumidor apresentou-se como um importan-
te avanço na proteção ao consumidor pelo direito brasileiro, razão pela qual devemos 
compreender as hipóteses de sua aplicação.
Nesse sentido, entender os âmbitos de aplicações do Código de Defesa do Consumi-
dor – material, temporal e territorial – é entender a lei e sua utilização. 
2.2 ÂMBITO MATERIAL
FIGURA 6 - A RELAÇÃO DE CONSUMO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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SUMÁRIO
Quando se estuda o âmbito material de uma lei, analisa-se a incidência dela em ca-
sos concretos, isto é, em quais situações se aplicará a lei.
Por exemplo, no Direito Penal, o estudo a respeito do seu âmbito material formula a 
indagação em relação em quais situações é de fato caracterizado como crime, a par-
tir da aplicação do Código Penal. Vale refletir sobre isso!
Desse modo, no âmbito do Direito do Consumidor, para entendermos as situações 
nas quais serão aplicadas o Código de Defesa do Consumidor (CDC), devemos obser-
var a caracterização e o preenchimento dos requisitos da relação de consumo expos-
tos pela própria lei.
Para isso, conforme Tartuce (2018), na relação de consumo:
1. identificação de um sujeito titular de um direito e um sujeito com o dever de 
fazer ou fornecer um produto;
2. necessidade de uma contraprestação para se obter um produto ou serviço de-
mandado;
3. relação capaz de gerar um vínculo jurídico entre as partes (consumidor e forne-
cedor).
Pode-se visualizar da seguinte maneira:
FIGURA 7 - RELAÇÃO DE CONSUMO NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Relação de Consumo
Consumidor e 
Fornecedor
Contraprestação
pelo produto 
ou serviço
Vínculo jurídico
entre as partes
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2018.
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Dessa forma, podemos identificar uma relação de consumo 
nas situações práticas em que se compra: algo pela Internet, 
um carro, no supermercado ou no uso de transporte.
Podemos identificar também situações em que não haverá uma relação de consu-
mo, não preenchendo, portanto, o aspecto material para a aplicação do Código de 
Defesa do Consumidor.
Como exemplo, pode-se citar a situação em que um empre-
sário compra de outro matéria-prima para produção em sua 
indústria. Nesse caso, como não há relação de consumo pro-
priamente dita (aspecto material do Direito do Consumidor), 
não se aplicará o CDC!
2.3 ÂMBITO TERRITORIAL
FIGURA 8 - CONSUMO AO REDOR DO MUNDO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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SUMÁRIO
Quanto à formação do contrato de consumo, tem-se que se limita ao lugar onde a 
proposta tenha sido realizada. Entretanto, tal concepção possui apenas caráter se-
cundário. Seria considerado, dessa forma, como o lugar de formação dos contratos, 
aquele que tiver sido livre e expressamente estipulado entre as partes do contrato, 
desde que não seja prejudicial ao consumidor.
Helena contratou um plano de saúde na Unimed em Belo 
Horizonte/MG. Durante a fase contratual, foi estipulado entre 
as partes que o local da contratação e da prestação dos servi-
ços seria na capital mineira. Desse modo, Belo Horizonte/MG 
é o local do contrato.
Sendo assim, como o contrato foi celebrado dentro do território nacional, aplica-se 
o Código de Defesa do Consumidor, que, por ser uma lei nacional, tem abrangência 
em todo o território do país.
Vale salientar, ainda, neste contexto, a regra do artigo 9º, §2º 
da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, que de-
fine que no caso de contratantes que morem em países di-
ferentes, as obrigações advindas do contrato são considera-
das concluídas no lugar onde o proponente residir (BRASIL, 
1942).
Desse modo, seria aplicada a lei do país do fornecedor. Contudo, tendo em vista que 
a defesa do consumidor é um direito previsto na Constituição da República, a maior 
das leis, diversos tribunais têm entendido que se aplica o Código de Defesa do Con-
sumidor nos contratos internacionais se o consumidor for residente no Brasil.
Se João compra um produto importado da China pela Inter-
net para ser entregue em seu domicílio em São Paulo/SP e 
tenha algum problema, nesse caso será aplicada a lei brasi-
leira sobre o Direito do Consumidor.
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2.4 ÂMBITO TEMPORAL
FIGURA 9 - A COMPRA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Quando se fala que uma determinada lei entrou em vigor, 
significa que ela passou a produzir efeitos jurídicos para to-
dos os cidadãos, aplicando-se em todos os casos a partir de 
então.
O Código de Defesa do Consumidor entrou em vigor em 11 de março de 1991. Desse 
modo, para todos os contratos de consumo celebrados após essa data, aplica-se o 
CDC.
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FIGURA 10 - APÓS 11/03/1991, APLICA-SE O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
ÀS RELAÇÕES DE CONSUMO
Entrada em virgor do
CDC
(11/03/1991)
Utiliza-se regras e
normas do CDC
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2018.
Entretanto, quando se trata de relação de consumo anterior à entrada em vigor do 
Código de Defesa do Consumidor, precisamos fazer uma diferenciação entre os doistipos de obrigações de execução: instantânea e diferida/postergada.
Na execução instantânea, a obrigação se concretiza em um único momento. 
João compra um produto em uma loja. Ao entregar o dinhei-
ro ao caixa e pegar o produto, temos a compra e venda fina-
lizadas! Ou seja, em uma única situação (a compra), temos o 
contrato de compra e venda concretizado! 
Nesse caso, devemos levar em consideração o princípio da irretroatividade das leis, 
que estipula que uma lei não pode ser aplicada aos casos que aconteceram anterior-
mente à sua entrada em vigor. Desse modo, considerando o princípio da irretroati-
vidade das leis, para as relações de consumo anteriores à entrada em vigor do CDC, 
vale o Código Civil de 1916, uma vez que o CDC não pode ser aplicado!
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FIGURA 11 - ANTES DE 11/03/1991, APLICA-SE O CÓDIGO CIVIL DE 1916 OU LEI ANTERIOR
Aplicação o Código Civil 
de1916 ou lei anterior
 vigente sobre o ato.
Ato único e concluído
sobre relação de consumo
feita antes de 11/03/1991
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2018.
Contudo, na modalidade das obrigações de execução diferida/postergada, temos 
uma obrigação que se estende no tempo.
João contrata um serviço de uma empresa X, que é prestado 
de forma continuada, todos os meses, durante um período 
estipulado entre as partes.
Nessa modalidade, mesmo que tenha se iniciado anteriormente ao CDC, aplica-se 
esta lei para as prestações posteriores à sua entrada em vigor.
Veja a exemplificação:
O serviço começou a ser prestado em 1990. Portanto, apli-
ca-se o Código Civil de 1916 desde o seu início. Mas, para os 
serviços prestados a partir do mês de março de 1991 (entra-
da em vigor do CDC), aplica-se o CDC.
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SUMÁRIO
FIGURA 12 - ANTES DE 11/03/1991, APLICA-SE O CÓDIGO CIVIL DE 1916 OU LEI ANTERIOR
Aplica-se o Código de 
Defesa do Consumidor
Ato de relação de consumo de
tratos sucessivos ou contínuo
antes de 11/03/1991.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2018.
Desse modo, entende-se que primeiramente é necessária a 
observância da data de 11/03/1991 quando o Código de De-
fesa do Consumidor entrou em vigor. Se a relação de consumo 
for posterior, será válido o Código de Defesa do Consumidor. 
Entretanto, se for anterior, deverá ser observada a natureza da 
obrigação: se de execução instantânea ou postergada.
Caso os aspectos material, temporal e territorial sejam desconsiderados ou sejam 
analisados de maneira indevida, torna-se difícil identificar em quais situações se apli-
cará o Código de Defesa do Consumidor, razão pela qual a observância desses três 
aspectos é extremamente importante para uma adequada solução dos casos con-
cretos!
CONCLUSÃO
Para o entendimento da aplicação do Código de Defesa do Consumidor, deve-se ob-
servar o preenchimento de certos requisitos para a existência de uma relação de 
consumo, conforme visto ao longo desta unidade.
Esste foi o estudo sobre o âmbito material do Código de Defesa do Consumidor: 
como é aplicado ou não! 
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Ao longo desta unidade, você estudou, também, o alcance territorial de atuação do 
Código de Defesa do Consumidor. Para a lei em questão, viu-se que há espaço para 
um acordo entre as partes para determinar onde será considerado o local do contra-
to, resguardando sempre o consumidor contra possíveis cláusulas abusivas. Em rela-
ção ao âmbito internacional verificou-se que vem sendo aplicado o Código de Defesa 
do Consumidor quando este é residente no país. Por fim, a importância do âmbito 
temporal da aplicação do Código de Defesa do Consumidor, em que se entende que 
o CDC se aplica para as relações de consumo posteriores à sua entrada em vigor, que 
foi em 11 de março de 1991.
A adoção do Código é extremamente importante para os profissionais, uma vez que 
devem saber identificar qual é a lei aplicável para cada caso concreto, efetivando-se, 
desse modo, a proteção dada pela lei ao consumidor. 
Viu-se ainda que se o ato for contínuo ou sucessivo, para aqueles atos posteriores à 
entrada em vigor do Código de Defesa do Consumidor, aplica-se o CDC!
Desse modo, você consegue compreender sob quais aspectos utiliza-se o CDC no seu 
cotidiano levando em conta como, quando e onde!
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SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que você:
> Definir a importância 
das normas sobre 
contratos para o Direito 
do Consumidor.
> Identificar os 
elementos contratuais 
nas relações de 
consumo. 
> Apontar as soluções 
apresentadas pelo 
Código de Defesa 
do Consumidor nas 
hipóteses de cláusulas 
contratuais prejudiciais 
ao consumidor.
UNIDADE 3
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3 CONTRATOS DE CONSUMO
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)! Nesta unidade, você entenderá a relação entre 
o Direito do Consumidor e os contratos. Será apresentada uma rápida conceituação 
dos contratos e uma análise dos princípios contratuais mais relevantes, objetivando 
a compreensão da importância de um instrumento contratual em nossas relações 
cotidianas. Com base nisso, será possível visualizar, por meio dos exemplos práticos, 
como o Direito atua na regulação das nossas relações contratuais.
Além disso, você verá de maneira mais específica os contratos no âmbito do Direito 
do Consumidor, ou seja, os contratos de consumo, para entender de qual forma o 
Código de Defesa do Consumidor oferece proteção jurídica ao consumidor em cada 
fase contratual. Pretende-se, com isso, mostrar que o consumidor é protegido antes, 
durante e após a celebração de um contrato por normas de diferentes naturezas. 
Para isso, serão analisadas as fases contratuais também por meio de exemplos práti-
cos. Vamos lá, então!
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Na sociedade atual, em que tudo ocorre em uma velocidade surpreendente, são rea-
lizados inúmeros contratos diariamente. A formação de um vínculo jurídico entre as 
partes está a todo momento gerando obrigações e direitos, débitos e créditos, etc. 
entre as partes envolvidas.
Isso se deve ao fato de que, no século XX, ocorreu a consagração da produção mas-
sificada e o aumento da quantidade de indivíduos participando das relações de 
consumo. Estratégias mais agressivas, visando maior lucratividade, são tomadas, pro-
vocando o distanciamento do fornecedor e do consumidor, o que prejudica o relacio-
namento e entendimento de ambos. 
Nasce, assim, a sociedade do consumo em massa com características singulares, so-
bretudo em relação aos indivíduos, que passam a consumir como parte do hábito 
do cotidiano, sem se aperceberem do nível de influência que os objetos consumidos 
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SUMÁRIO
exercem sobre eles. É por essa razão que as normas que regulam essas relações jurí-
dicas e que oferecem soluções para quando surgem casos de litígios são tão impor-
tantes, estando presentes em nosso ordenamento jurídico, inclusive no Código de 
Defesa do Consumidor.
Assim, o estudo desta unidade será iniciado com as noções preliminares sobre os 
contratos para que, logo após, você possa compreender como se aplicam as normas 
do Direito do Consumidor nas fases contratuais. Bons estudos!
3.1 OS CONTRATOS
FIGURA13 - O CONTRATO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018
o contrato é um acordo de vontades que produz efeitos jurídicos para os envolvidos. 
Ele é capaz de criar, alterar ou extinguir direitos. A vontade é elemento essencial para 
a produção dos efeitos jurídicos. O contrato, definido como ato bilateral, portanto, só 
se perfaz pela manifestação da vontade dos contratantes.
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A manifestação da vontade é todo comportamento, ativo ou passivo, que per-
mite aferir a existência de tal vontade.
Para a existência do contrato são necessários a manifestação de vontade e o objeto, 
sendo que este pode ser uma obrigação de dar, de fazer, ou de não fazer. Para sua va-
lidade, o contrato requer a capacidade dos contratantes, o objeto lícito, possível (física 
ou juridicamente) e determinado (ou determinável), além da forma permitida em lei.
Assim, por exemplo, se o contrato for firmado por um menor de idade, ou se o 
contrato tem como objeto a compra da lua, ele é inválido. Na primeira situação, 
a parte contratante não possui capacidade. Na segunda, o objeto não é possível. 
No caso de um contrato em que uma parte se obriga a entregar a outra qual-
quer coisa, tendo sido firmado o contrato sem observar as formalidades da lei, 
ele é igualmente inválido. Na primeira situação, não há objeto determinado/
determinável e, na segunda, não houve observância da forma permitida em lei.
Podemos identificar alguns princípios do direito contratual, sendo estes os principais:
Princípio da autonomia privada
Princípio da função social dos contratos
Princípio da boa-fé
Princípio da justiça contratual
Veja a seguir cada um dos princípios separadamente. 
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SUMÁRIO
a) Princípio da autonomia privada3
FIGURA 14 - AUTONOMIA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Esse princípio pode ser definido como o poder das partes, mediante acordo de von-
tades, de estipular livremente a disciplina de seus interesses, dentro dos limites da 
lei, dos bons costumes e da revisão judicial dos contratos. Dentro dessa autonomia, 
inclui-se a liberdade de criação do contrato, de contratar ou não contratar, de fixar o 
conteúdo do contrato, dentre outros.
Assim, por exemplo, se as partes quiserem celebrar um contrato de compra e 
venda, elas podem definir qual será o objeto da compra, qual o prazo e como 
se fará a entrega deste, dentre outras disposições, desde que não viole a lei e os 
bons costumes.
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b) Princípio da função social dos contratos
FIGURA 15 - FUNÇÃO DOS CONTRATOS
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Segundo esse princípio, embora as partes possuam uma liberdade contratual, esta 
não é ilimitada. Desse modo, o acordo de vontade entre as partes deverá observar as 
normas éticas da sociedade, bem como os interesses coletivos e sociais. 
Por exemplo, caso seja realizado um contrato entre o consumidor e uma cons-
trutora para a construção de uma casa e a obra venha a causar danos ambien-
tais, temos um descumprimento da função social do contrato.
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SUMÁRIO
c) Princípio da boa-fé
FIGURA 16 - BOA-FÉ
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
As partes devem agir com lealdade e confiança tanto na formação quanto na execu-
ção do contrato.
Quando uma parte cobra da outra um valor maior do que aquele estipulado no 
contrato, sabendo que está recebendo a mais, está agindo de modo contrário 
ao princípio da boa-fé.
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d) Princípio da justiça contratual
FIGURA 17 - JUSTIÇA CONTRATUAL
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
O princípio da justiça contratual prega que deve haver uma equivalência entre as 
partes ou, em outros termos, um equilíbrio econômico. Desse modo, devem as partes 
se utilizarem de meios para gerar uma igualdade no âmbito do contrato. 
Se o contrato se torna excessivamente oneroso para uma das partes, em razão de 
dificuldades financeiras não previstas, por exemplo, permite-se a readequação 
das cláusulas contratuais para que seja atendido o princípio da justiça contratual.
Desse modo, percebe-se a importância de cada um desses princípios, de modo que 
todos eles devem ser observados nos casos concretos, gerando, assim, relações con-
tratuais mais justas. 
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SUMÁRIO
3.2 OS CONTRATOS NAS RELAÇÕES DE CONSUMO
O Código de Defesa do Consumidor apresenta, ao longo de seu texto, normas de pro-
teção ao consumidor em todas as fases dos contratos, tais como nas fases: 
Veja, agora, as principais:
a) Fase pré-contratual
A fase pré-contratual é aquela em que são apresentadas as condições para ce-
lebração do contrato com a aquisição de um produto ou a prestação de um 
serviço. É quando há oferta por parte do fornecedor e a procura por parte do 
consumidor.
Nessa fase, prima-se pela garantia da transparência, da informação clara e concreta 
acerca do produto/serviço (art. 8º), bem como da lealdade do e respeito entre forne-
cedor e consumidor.
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Em razão disso, surgem diversos deveres e obrigações, tais como: vinculação 
da oferta (art. 30), a vedação à publicidade enganosa ou abusiva (arts. 36 e 38), 
dentre outros.
b) Formação do vínculo
Destaca-se como importante dispositivo, nesse momento, a previsão de que “os con-
tratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os consumidores, se não 
lhes foi dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se 
os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de 
seu sentido e alcance”, conforme o artigo 46 do CDC. (BRASIL, 1990). 
Desse modo, se é oferecido um bem ou um serviço a um consumidor, mas o 
fornecedor omite importantes condições daquela oferta, o consumidor não fica 
vinculado à obrigação contratual.
Neste momento, leva-se em consideração o evidente desequilíbrio entre as par-
tes, tentando-se diminuí-lo.
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SUMÁRIO
c) Fase contratual
Muito importante nessa fase é a figura do dirigismo contratual. Em outros termos, as 
partes só podem estipular em um contrato cláusulas que estejam de acordo com as 
leis, isto é, o Estado pode impor limites à liberdade contratual das partes.
Há imposição, pelo Código de Defesa do Consumidor, de cláusulas contratuais em 
favor da parte mais fraca e proibição de certas condutas que, uma vez presentes, são 
anuladas ou tornadas ineficazes quando pouco equitativas. Desse modo, são extre-
mamente importantes as regras da interpretação mais favorável, no caso de dúvidas, 
ao consumidor (art. 47), bem como da nulidade das cláusulas abusivas (art. 51).
Se uma cláusula contratual diz que o fornecedor não se responsabilizará por da-
nos causados pelo produto ao consumidor, esta cláusula é nula, pois é abusiva, 
violando, assim, a proteção dada ao consumidor pelo CDC.
Merece ser lembrada também a regra do art. 49 do Código de Defesa do Consumidor, 
que prevê o direito de arrependimento, dentro doprazo de sete dias, para as vendas 
realizadas fora do estabelecimento comercial, como pela Internet.
d) Fase pós-contratual
Mesmo após a realização do contrato, persiste a proteção ao consumidor, pre-
vendo o CDC normas para responsabilizar o fornecedor pelos danos ou prejuí-
zos causados pelos produtos ou serviços contratados.
Assim, é possível a responsabilização de forma objetiva do fornecedor, ou seja, inde-
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pendentemente de este ter agido com culpa ou não pelos danos sofridos pelo con-
sumidor.
Se, após a contratação de um serviço e execução deste, o consumidor sofrer da-
nos, mesmo que o fornecedor não tenha culpa no ato causador do dano, deve 
ser responsabilizado por ele e, desse modo, indenizar o consumidor.
Além disso, o Código de Defesa do Consumidor prevê mecanismos para coibir o ina-
dimplemento contratual por parte do fornecedor, ou seja, o descumprimento das 
cláusulas estabelecidas no contrato firmado entre as partes, protegendo o consumi-
dor ao longo de toda a execução contratual.
Se o fornecedor vem a descumprir as obrigações contratuais, o consumidor 
pode procurar órgãos como o PROCON, por exemplo, para fazer valer os seus 
direitos e, desse modo, obrigar o fornecedor a cumprir o contrato.
Fica claro, então, com o exposto, que existe uma ampla proteção do Estado ao consu-
midor – antes, durante ou depois da celebração do contrato de consumo.
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SUMÁRIO
CONCLUSÃO
Foi possível perceber ao longo desta unidade que, embora o Direito do Consumidor 
tenha como base sobretudo as normas sobre contratos em geral, há regras bastante 
específicas quando se trata da proteção ao consumidor em uma relação contratual, 
como a proibição de propaganda enganosa ou abusiva.
É importante que você, profissional, conheça, na seara contratual, as normas especí-
ficas de proteção ao consumidor, uma vez que a utilização delas ajudará e muito na 
busca pela efetividade dos seus direitos.
Evidenciou-se, ainda, que a proteção do Estado ao consumidor se dá pelas normas 
específicas para cada uma das fases contratuais: pré-contratual; formação do vínculo; 
contratual e pós-contratual, motivo pelo qual você deve saber identificá-las e enten-
der o funcionamento de cada uma. Para isso, você deve realizar uma adaptação dos 
princípios basilares do Direito Civil aliados aos dispositivos do Código de Defesa do 
Consumidor, em razão de os contratos possuírem inúmeras funções na sociedade de 
consumo na qual vivemos.
E, tendo em vista a importância que os contratos assumem, fica mais claro perceber 
o porquê de o Código de Defesa do Consumidor possuir tantas normas específicas 
de proteção!
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OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que você:
> Definir a importância 
da responsabilização 
consagrada pelo 
Código de Defesa do 
Consumidor, em todas 
as suas esferas.
> Identificar os tipos de 
sanções possíveis nas 
relações de consumo. 
> Identificar as 
diversas esferas de 
responsabilização na 
seara do Direito do 
Consumidor.
UNIDADE 4
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SUMÁRIO
4 ESFERAS DE 
RESPONSABILIZAÇÃO E 
SANÇÕES NO CÓDIGO DE 
DEFESA DO CONSUMIDOR
Nesta unidade, você estudará as esferas de responsabilização e as sanções previstas 
no Código de Defesa do Consumidor.
Será apresentada uma breve conceituação do termo “responsabilidade”, para que 
se entenda o que significa, no Direito, responsabilizar alguém por algo e a sua im-
portância nas relações de consumo atuais que visam a uma proteção completa ao 
consumidor. A partir disso, será estudada cada uma das esferas de responsabilização 
previstas no Código de Defesa do Consumidor.
Além disso, serão abordados os diversos tipos de sanções (penalidades) possíveis, 
buscando entender de quais formas aquele que causa um dano pode ser responsabi-
lizado pelo seu ato. Estas serão analisadas também a partir de exemplos práticos para 
demostrar a importância do tema nas relações de consumo que se desenvolvem na 
sociedade atual.
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
O Código de Defesa do Consumidor é o instrumento mais importante na proteção 
dos direitos dos consumidores. Essa proteção encontra-se presente durante toda a 
relação de consumo, e até mesmo desde antes dela!
Quando se proíbe a propaganda abusiva ou enganosa, por exemplo, está se prote-
gendo o consumidor antes mesmo da celebração de um contrato de consumo, de 
modo que, durante a prestação do serviço ou entrega do produto, as normas de pro-
teção continuam atuando para gerar uma relação de consumo justa e equilibrada.
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Ocorre que, embora existam diversas normas de proteção ao consumidor, nem todas 
são cumpridas pelos fornecedores, o que acaba gerando danos de diferentes natu-
rezas. Por exemplo, temos os danos morais; materiais; estéticos; os danos à saúde e 
à segurança; entre outros. Por isso, normas de responsabilização são tão importan-
tes: elas buscam identificar o causador de um dano para que este possa repará-lo. É 
devido a esse contexto que você estudará as esferas de responsabilidade no Código 
de Defesa do Consumidor, isto é, em quais âmbitos pode haver a responsabilização 
daquele que causou danos a outra pessoa.
Ainda serão abordadas, logo em seguida, as sanções (penalidades) previstas para os 
causadores dos danos, buscando entender de quais formas eles podem ser penaliza-
dos pelo descumprimento das normas de proteção ao consumidor. Vamos lá?!
4.1 A RESPONSABILIDADE
FIGURA 18 - A RESPONSABILIDADE
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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SUMÁRIO
Você sabe o que significa o termo responsabilidade no Direito?
Significa, de modo resumido, a possibilidade de atribuir a alguém o dever de 
reparar um dano que tenha causado a outra pessoa.
Quando somos pequenos e nossas mães nos castigam porque nos comportamos da 
maneira errada, elas estão, na verdade, nos responsabilizando pelos nossos atos! Esse 
exemplo bem simples serve para ilustrar uma responsabilização de alguém por um 
ato praticado por ele.
No âmbito do Direito do Consumidor, é possível visualizar essa situação através do 
seguinte exemplo:
O fornecedor de um produto ou serviço causa um dano ao consumidor por uma 
má prestação desse serviço ou uma falha do produto, causando-lhe prejuízos à 
sua saúde, por exemplo.
Nessa hipótese, temos a possibilidade de responsabilização do fornecedor, que pode 
se dar em três diferentes âmbitos: 
• criminal,
• cível e 
• administrativo.
Você estudará agora quais os atos que geram a responsabilização do fornecedor em 
cada um dos três aspectos citados e quais são as sanções (penalidades) previstas para 
cada tipo de responsabilidade.
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4.2 A ESFERA PENAL DE RESPONSABILIZAÇÃO E 
SUAS SANÇÕES
FIGURA 19 - A RESPONSABILIZAÇÃO PENAL
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
O Direito Penal é aquele ramo do Direito que especifica as normas referentes à 
prática de crimes.
Desse modo, quando se diz que alguém foi responsabilizado penalmente, significaque a pessoa praticou um ato que é considerando pelo Direito Penal como crime.
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SUMÁRIO
Por exemplo: José pega um objeto que pertence a João, sem a sua autorização. 
Essa situação, para o Direito Penal, caracteriza-se um crime, chamado de “furto”. 
Logo, José deve ser responsabilizado na esfera penal pela prática do crime de furto.
As sanções (penalidades) para os crimes são diversas, indo desde o pagamento de 
multa até a prisão do agente que praticou o crime, privando-o de sua liberdade.
No campo do Direito do Consumidor, também existem situações que caracterizam 
crimes. Essas situações estão previstas no próprio Código de Defesa do Consumidor, 
no Código Penal e em outras leis. 
Pode-se destacar alguns crimes previstos no Código de Defesa do Consumidor, como, 
por exemplo:
• omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou periculosidade de 
produtos, nas embalagens, nos invólucros, recipientes ou publicidade: esse 
crime envolve a responsabilidade dos fornecedores em expor aos consumido-
res os riscos com os seus produtos disponibilizados no mercado.
• Deixar de comunicar à autoridade competente e aos consumidores a nocivi-
dade ou periculosidade de produtos cujo conhecimento seja posterior à sua 
colocação no mercado: quando o fornecedor tiver conhecimento de algum 
produto que estiver circulando e esse produto trazer algum risco aos consu-
midores, deve ser comunicado à autoridade competente e aos consumidores. 
Se não for, o fornecedor poderá ser condenado ao pagamento de multa e até 
mesmo ter perda de sua liberdade, de 6 meses a 2 anos.
• executar serviço de alto grau de periculosidade, contrariando determinação 
de autoridade competente: quanto àqueles prestadores de serviço que fize-
rem a prestação de um serviço não autorizado pelas agências reguladoras ou 
qualquer outra autoridade competente devido ao seu alto nível de perigo, po-
derão pagar multa ou serem privados de sua liberdade, de 6 meses a 2 anos.
• Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre 
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a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, 
durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços: qualquer dessas 
formas de ludibriar o consumidor serão vistas com crime de consumo, pois 
leva o consumidor ao erro sobre o produto, tendo como pena, a privação de 
liberdade do fornecedor, de 3 meses a 1 anos e multa.
• Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou 
abusiva: quanto às propagandas enganosas por parte do fornecedor, também 
cabe responsabilização na esfera penal, cabendo privação de sua liberdade, de 
3 meses a 1 ano, e pagamento de multa.
• Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de in-
duzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua 
saúde ou segurança: quanto ao mesmo caso anterior, as propagandas enga-
nosas feitas pelo fornecedor que ludibriar o consumidor a um caminho que 
seja perigoso ou ruim à sua saúde ou segurança terá de ser responsabilizado 
penalmente por essa conduta. A pena é de privação de liberdade, de 6 meses 
a 2 anos, e pagamento de multa.
• Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e científicos que dão base à pu-
blicidade: nesse momento, o Código de Defesa do Consumidor demonstra a 
necessidade de informar o consumidor de forma clara sobre os produtos dis-
ponibilizados pelo fornecedor por meio de uma publicidade que traga infor-
mações sobre o uso ou consumo desses produtos. Tem como pena, a privação 
de liberdade, de 1 a 6 meses, ou o pagamento de multa.
• empregar, na reparação de produtos, peças ou componentes de reposição 
usados, sem autorização do consumidor: quando o fornecedor prestar qual-
quer reparo no produto de um consumidor com algum defeito, deverá ter a 
anuência do consumidor para que se use peças ou componentes já usados. 
Caso esse fornecedor use peças ou componentes já usados para esse reparo 
sem autorização do consumidor, deverá responder penalmente com privação 
de liberdade, de 3 meses a 1 ano, e pagamento de multa.
• utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico 
ou moral, afirmações falsas, incorretas ou enganosas ou de qualquer outro 
procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou 
interfira com seu trabalho, descanso ou lazer: essa é uma atitude recorrente 
hoje em dia. Qualquer fornecedor que exponha o consumidor a essas atitu-
des descritas de forma a cobrar uma dívida de forma injustificada, expondo o 
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consumidor ao ridículo ou interferindo em seu momento de descanso, de seu 
trabalho ou em momento de lazer poderá sofrer punições de cunho penal, 
sendo essas, a privação de liberdade, de 3 meses a 1 ano.
• impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações que sobre ele 
constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros: esse crime é ca-
racterizado quando houver alguma dificuldade do consumidor em ter acesso 
às suas informações disponibilizadas ao fornecedor devido a alguma presta-
ção de serviço ou fornecimento de produto. Poderá ser criminalmente respon-
sabilizado com privação de sua liberdade, de 6 meses a 1 ano, ou pagamento 
de multa.
• Deixar de corrigir imediatamente informação sobre consumidor constante 
de cadastro, banco de dados, fichas ou registros que sabe ou deveria saber 
ser inexata: qualquer informação a respeito do consumidor lançada de forma 
errada, que não seja modificada imediatamente pelo fornecedor, poderá gerar 
a caracterização deste crime. A penalidade é a privação da liberdade, de 1 a 6 
meses, ou pagamento de multa.
• Deixar de entregar ao consumidor o termo de garantia adequadamente 
preenchido e com especificação clara de seu conteúdo: se o fornecedor en-
tregar de forma irregular o termo de garantia, no que diz respeito ao preenchi-
mento das informações, poderá responder pela prática desse ato, com priva-
ção de liberdade, 1 a 6 meses, ou pagamento de multa.
Desse modo, observa-se que o Direito do Consumidor prevê diferentes situações que 
podem caracterizar crimes nas relações de consumo, visando à máxima proteção 
ao consumidor, em razão das penalidades impostas, principalmente a restritiva de 
liberdade!
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4.3 A ESFERA ADMINISTRATIVA DE 
RESPONSABILIZAÇÃO E SUAS SANÇÕES
FIGURA 20 - A ESFERA ADMINISTRATIVA
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
A Responsabilidade Administrativa no Código de Defesa do Consumidor se mostra 
como um elemento crucial para o melhor desenvolvimento das relações de consu-
mo. Quando elencado na Constituição da República de 1988, em seu art. 5, inciso 
XXXII, como um dever do Estado, a defesa do direito do consumidor, o Estado passa 
a ser observador através de seus órgãos para assegurar relações de consumo mais 
justas.
Posto isso, caso haja alguma inconformidade nas relações de consumo, poderá a 
Administração Pública impor sanções ou penalidades descritas no próprio Código de 
Defesa do Consumidor.
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Um fiscal da prefeitura verifica alguma irregularidade sobre a condição do pro-
duto disponibilizado em um determinado supermercado. Dessa forma, poderá 
o fiscal aplicar algumas das medidas de sanções administrativas,como multa 
ou suspensão das atividades, por exemplo.
As sanções, ou penalidades, previstas na esfera administrativa podem ser:
Pecuniárias Objetivas Subjetivas
Entenda sobre cada uma dessas modalidades a seguir. 
4.3.1 SANÇÕES PECUNIÁRIAS
FIGURA 21 - SANÇÕES 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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As sanções de natureza pecuniária são aquelas patrimoniais, ou seja, relaciona-
das ao pagamento de dinheiro.
No âmbito do Direito do Consumidor, as sanções pecuniárias significam as multas 
aplicadas quando são descumpridas as regras de proteção do Código de Defesa do 
Consumidor.
Uma faculdade fez uma propaganda enganosa sobre preço que seria feito ao 
momento da contração do serviço. Dessa forma, um fiscal detectou que havia 
essa irregularidade. Podendo assim, o Estado aplicar uma multa devido a essa 
falsa informação.
4.3.2 SANÇÕES OBJETIVAS
As sanções de natureza objetiva são aquelas aplicadas quando o dano causado 
ao consumidor se deve ao produto ou serviço disponibilizado pelo fornecedor.
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SUMÁRIO
Há diversos tipos de sanções objetivas no Código de Defesa do Consumidor:
QUADRO 2 - TIPOS DE SANÇÕES OBJETIVAS
SANÇÕES OBJETIVAS AÇÕES
Apreensão do produto
Se o produto apresenta alguma irregularidade 
ou é impróprio para o consumo, por exemplo, 
ele pode ser retirado de circulação no mercado.
Inutilização do produto
Aplica-se essa penalidade quando o produto 
apresenta riscos à saúde e à segurança dos con-
sumidores, por exemplo, de modo que, uma vez 
retirado de circulação, ele não volta ao mercado!
Cassação do registro do produto junto ao órgão 
competente
Alguns produtos precisam de uma espécie de 
“autorização” para serem fabricados e colocados 
à venda. A isso chama-se registro do produto. 
Proibição de fabricação do produto
Esta sanção tem um sentido preventivo, evitan-
do que bens que possam causar danos aos con-
sumidores sejam fabricados e colocados em cir-
culação no mercado de consumo.
Suspensão de fornecimento de produtos ou ser-
viço
Obriga ao consumidor, durante um determina-
do período de tempo, suspender o fornecimento 
de algum produto ou serviço. Pode ser utilizado, 
por exemplo, durante as investigações a respeito 
de possíveis danos causados pelo produto e/ou 
serviço.
Revogação de concessão ou permissão de uso
Algumas atividades requerem uma permissão 
de uso. Se o fornecedor vem a violar as normas 
do Código de Defesa do Consumidor, pode vir a 
ter essa permissão revogada.
Fonte: elaborado pela autora.
Veja um exemplo prático:
Um agente fiscalizador da administração pública consta que um lote de fraldas 
de uma determinada marca tinha causado danos à saúde de vários bebes. Foi 
constado, e com isso foi determinado, que houvesse a suspensão das vendas 
dessas fraldas no país.
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4.3.3 SANÇÕES SUBJETIVAS
Diferentemente das sanções de natureza de objetiva, que se relacionam aos 
produtos ou serviços colocados em circulação, as sanções de natureza subjetiva 
geralmente estão ligadas à própria atividade comercial desenvolvida pelo for-
necedor de produtos ou serviços.
São elas:
I. suspensão temporária de atividade: enquanto se investiga possível dano cau-
sado pelo fornecedor, este pode ter suas atividades suspensas durante um de-
terminado período de tempo.
II. Cassação de licença do estabelecimento ou de atividade: em algumas situa-
ções, exige-se uma licença (autorização) do Poder Público para o funcionamen-
to do estabelecimento ou das atividades. Em caso de descumprimento das nor-
mas do CDC, pode haver a cassação (extinção) dessa licença.
III. revogação de concessão ou permissão de uso: algumas atividades requerem 
uma permissão de uso. Se o fornecedor vem a violar as normas do Código de 
Defesa do Consumidor, pode vir a ter essa permissão revogada!
IV. interdição, total ou parcial, do estabelecimento, de obra ou de atividade: aqui, 
proíbe-se o funcionamento de uma atividade, uma obra ou de um estabeleci-
mento. Geralmente, é imposta essa sanção quando as anteriores não são sufi-
cientes para responsabilizar o fornecedor pelos danos causados.
V. intervenção administrativa: nessa sanção, retira-se a administração do estabe-
lecimento ou da atividade em situações de lesão ao consumidor. É aplicada 
quando a simples interdição ou cassação da licença, por exemplo, não se mos-
tra como suficiente.
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SUMÁRIO
Veja um exemplo prático:
Determinado restaurante foi visitado por um agente fiscalizador e foi consta-
tado que havia sujeiras na cozinha que colocava em risco o consumo desses 
produtos pelos clientes daquele restaurante. Dessa forma, foi suspenso as suas 
atividades de forma temporária para que houve a limpeza adequada para sua 
reabertura.
Percebe-se, assim, que a responsabilização no âmbito administrativo está diretamen-
te ligada à função fiscalizadora do Estado, devendo ser observado com a máxima 
atenção as atividades desenvolvidas pelos fornecedores de bens e serviços para que 
haja uma efetividade da penalidade aplicada!
4.4 A ESFERA CÍVEL DE RESPONSABILIZAÇÃO E 
SUAS SANÇÕES
FIGURA 22 - A RESPONSABILIZAÇÃO CÍVEL
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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No âmbito da responsabilidade cível, é possível dizer que se viola um dever ju-
rídico através de um ato não previsto ou não permitido pela lei brasileira. Desse 
modo, aquele que comete um ato que viola um dever jurídico, tem a obrigação 
de reparar aquela pessoa afetada de alguma maneira.
Veja um exemplo prático:
Maria, consumidora de um chocolate vendido em um supermercado entra com 
uma ação contra a empresa fabricante do chocolate, uma vez que, teve sérios 
problemas de saúde devido à má produção do produto com um leite estragado 
em sua composição. Dessa forma, tem-se a responsabilidade da empresa fabri-
cante devido ao seu dever de segurança com a consumidora.
Os danos causados ao consumidor podem ser diversos, sendo os principais os danos 
materiais, morais e estético.
I. Danos materiais: o consumidor sofre uma perda patrimonial, um prejuízo fi-
nanceiro.
Por exemplo: o consumidor é cobrado por uma dívida que já havia pago, sendo 
obrigado a efetuar o pagamento em dobro.
II. Danos morais: o consumidor sofre um dano à sua personalidade, sendo este 
um dano psicológico. 
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SUMÁRIO
Utilizando-se do exemplo anterior, suponha que o consumidor, além de ser co-
brado pela dívida já paga, tem seu nome inscrito no SPC como devedor, sujan-
do seu nome frente aos outros cidadãos.
III. Danos estéticos: o consumidor sofre um dano à sua aparência.
Ana contrata os serviços de limpeza de pele de uma clínica de estética e, em ra-
zão de um erro no procedimento, vem a ficar com uma parte do rosto queimada.
Sendo comprovados o dano ao consumidor e a conduta do fornecedor, este pode vir 
a ser responsabilizado através da reparação civil: o Judiciário pode obrigá-lo a pagar 
uma indenização ao consumidor com a finalidade de compensá-lo pelos danos cau-
sados.
Desse modo, percebe-se que o âmbito cível de responsabilização se preocupa, de 
maneira bastante específica, com a reparação de um determinado

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