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Máquinas Hidráulicas e Pneumáticas Aula 1 Prof. Dr. Fábio Sevegnani Conteúdo da disciplina - Automação Pneumática - Aplicações e limitações da pneumática; - Tipos de compressor e unidades de geração de ar comprimido; - Rede de distribuição de ar comprimido; - Simbologias pneumáticas; - Tipos de atuadores; - Válvulas pneumáticas; - Exercícios com um atuador pneumático; - Exercícios com mais de um atuador pneumático. Conteúdo da disciplina - Automação Hidráulica - Aplicações e limitações da hidráulica; - Grupo de acionamento hidráulico; - Tipos de bombas hidráulicas; - Simbologias hidráulicas; - Tipos de atuadores; - Válvulas hidráulicas; - Exercícios com um atuador hidráulico. Bibliografia e material - Slides disponibilizados no TEAMS - Livros: - Automação Pneumática: Projetos, Dimensionamento e Análise de Circuitos. Arivelto Bustamante Fialho. Disponível na biblioteca virtual Bibliografia e material - Livros: - Automação Hidráulica: Projetos, Dimensionamento e Análise de Circuitos. Arivelto Bustamante Fialho. Disponível na biblioteca virtual Softwares de apoio - FluidSim P (Pneumática) - FluidSim H (Hidráulica) Critérios de avaliação - P1 e P2 – 0 a 8 pontos com conteúdos de teoria e laboratório. 0 a 2 pontos de exercícios. - SUB – 0 a 10 pontos, com conteúdo do semestre todo. - Exame – 0 a 10 pontos, com conteúdo do semestre todo. Pneumática Definição: Ciência que trata do comportamento dos gases e seu emprego para transmissão de energia. Todos os gases são facilmente compressíveis, e é esta a propriedade que mais os diferencia dos líquidos como meio de transmissão de energia. Praticamente qualquer gás pode ser usado num sistema pneumático, mas, por razões óbvias, o ar (mistura de 78% nitrogênio e 21% oxigênio, aproximadamente), é o mais usual. Pneumática Aplicações do Ar Comprimido: - Indústria de mineração - Construção civil - Indústria ferroviária (freio a ar comprimido) - Máquinas automatizadas em geral Introdução na indústria, devido a necessidade, de automatização e racionalização dos processos de trabalho. Hoje em dia, o ar comprimido tornou-se indispensável em diversas aplicações. Vantagens do Ar Comprimido - Quantidade: encontra-se em praticamente todos os lugares - Transporte: fácil transporte através de tubulações, mesmo em distâncias grandes. Não há preocupação com o retorno do ar. - Armazenamento: Não é necessário que o compressor esteja ligado continuamente, pois o ar pode ser armazenado em reservatórios. - Temperatura: o trabalho é insensível às oscilações de temperatura, podendo ser executado em situações extremas. Vantagens do Ar Comprimido - Segurança: Não existe grande perigo de explosões, quando seguidas as normas de segurança. - Limpeza: o Ar Comprimido é limpo. O ar que escapa não polui o ambiente. Limpeza é exigida nas indústrias alimentícias, madeireiras, têxteis e químicas. - Construção dos elementos: simples e de custo vantajoso. - Velocidade: o Ar Comprimido é um meio de trabalho rápido, permitindo alcançar altas velocidades. Cilindros, entre 1 e 2 m/seg. Desvantagens do Ar Comprimido - Preparação: requer boa preparação. Impureza e umidade devem ser evitadas, pois provocam desgastes nos elementos pneumáticos. - Compressibilidade: Não é possível manter uniforme e constante as velocidades dos cilindros e motores pneumáticos mediante Ar Comprimido. - Forças: o Ar Comprimido é econômico somente até uma determinada força, limitado pela pressão normal de trabalho de 700kPa (7 bar). - Escape de ar: Escape de ar ruidoso, porém com silenciadores o problema foi minimizado. Instalações de produção A produção de ar comprimido é feita através de compressores, os quais comprimem o ar até a pressão desejada. Na maioria das instalações é encontrada uma central de distribuição de ar comprimido que fornece ar comprimido através de tubulações. Porém existem instalações móveis utilizadas em máquinas que frequentemente mudam de local. Instalações de produção No projeto de instalações de geração de ar comprimido é muito importante sobredimensionar a mesma prevendo futuras ampliações, evitando que a linha fique sobrecarregada. A modificação de uma instalação já existente é muito onerosa. Muito importante também é o grau de pureza do ar, o que garante longa vida útil da instalação. Para isso deve-se verificar a utilização correta dos diversos tipos de compressores. Tipos de compressor Definição: Compressores são máquinas destinadas a elevar a pressão de um certo volume de ar, admitido nas condições atmosféricas, até uma determinada pressão, exigida na execução dos trabalhos realizados pelo ar comprimido. Dois tipos básicos de compressor: - Princípio de redução de volume. Através da sucção do ar para um ambiente fechado e posterior diminuição deste ambiente. (Compressor de êmbolo ou pistão). - Princípio do de fluxo. Sucção do ar de um lado e compressão no outro, por aceleração da massa (turbina). Tipos de compressor Fonte: Apostila FESTO Didatic Compressor de pistões Compressor de simples ação de um pistão: apropriado para baixas e médias pressões. Fonte: Apostila FESTO Didatic Compressor de pistões Compressor de simples ação de dois ou mais pistões: - Para se obter pressões mais elevadas são necessários compressores de vários estágios (pistões). - O ar aspirado é comprimido pelo 1º pistão, refrigerado imediatamente e logo em seguida é comprimido pelo segundo pistão. O volume da segunda câmara é menor do que o da primeira. Nesta compressão gera-se uma quantidade de calor que deve ser eliminada pela refrigeração a ar ou água. Compressor de pistões Compressor de simples ação de dois ou mais pistões: - até 4 bar: 1 estágio - até 15 bar: 2 estágios - acima de 15 bar: 3 ou mais estágios Fonte: Livro – Automação Pneumática - Fialho Compressor de pistões Compressor de dupla ação de um pistão: Fonte: Livro – Automação Pneumática - Fialho Compressor de membrana - O ar não tem contato com as peças móveis - O Ar Comprimido está isento de resíduos de óleo - Utilização em indústrias alimentícias, farmacêuticas e químicas. Fonte: Apostila FESTO Didatic Compressor Rotativo Multicelular - Isento de lubrificação - Não atinge alta pressão - Compressão contínua - Pode ser usado como bomba de vácuo Fonte: Apostila FESTO Didatic Compressor Duplo Parafuso - Isento de lubrificação - Alta vazão - Baixa Manutenção - Custo Elevado Fonte: Apostila FESTO Didatic Compressor de lóbulos (tipo Roots) - Isento de lubrificação - Não atinge alta pressão - Compressão contínua Fonte: Livro – Automação Pneumática - Fialho Compressor Axial - Isento de lubrificação - Alta vazão - Baixa pressão Fonte: Apostila FESTO Didatic Compressor Radial - Isento de lubrificação - Alta vazão - Baixa pressão Fonte: Apostila Parker Seleção de um compressor As seguintes características devem ser sempre observadas quando é feita a escolha de um compressor: Volume de ar fornecido - Volume teórico: produto do volume cilíndrico pelo número de rotações do compressor. Não é de grande importância, pois precisamos considerar também o rendimento do compressor. - Volume efetivo: volume que efetivamente é enviado para o acionamento dos diversos sistemas pneumáticos. Varia em função do rendimento dos compressores, de acordo com seu tipo. Seleção de um compressor Pressão - Pressão de regime ou pressão de linha: pressão efetivamente fornecida pelo compressor e que se distribui por toda a linha, alimentando todos os pontos de utilização. É portanto a pressão do reservatório do compressor. - Pressão de trabalho: é a pressão necessária para o acionamento da máquina pneumática em questão. É portanto uma pressão menor que a pressão de regime. Esta pressão é regulada na unidade de conservação. Seleção de um compressor Acionamento - Motor elétrico - Motor a explosão Sistema de regulagem - Regulagem por descarga - Regulagem por fechamento - Regulagem por garras - Regulagem intermitente Regulagem de um compressor Paracombinar o volume fornecido com o consumo de ar é necessária uma regulagem dos compressores. As pressões máxima e mínima influenciam o volume. Regulagem por descarga Fonte: Apostila FESTO Didatic Regulagem de um compressor Regulagem por fechamento Fonte: Apostila FESTO Didatic Regulagem de um compressor Regulagem por garras Fonte: Apostila FESTO Didatic Regulagem de um compressor Regulagem intermitente Fonte: Apostila FESTO Didatic Rede de distribuição de ar comprimido Circuito aberto Circuito fechado (anel) Fonte: Apostila FESTO Didatic Rede de distribuição de ar comprimido Circuito combinado Fonte: Apostila FESTO Didatic Rede de distribuição de ar comprimido Posicionamento de drenos nas linhas de distribuição Fonte: Apostila FESTO Didatic Secagem do ar comprimido Secagem por absorção Fonte: Apostila FESTO Didatic Secagem do ar comprimido Secador por adsorção (regenerativo) Fonte: Apostila FESTO Didatic Secagem do ar comprimido Secagem por resfriamento Fonte: Apostila FESTO Didatic Filtragem do ar comprimido Filtro de ar comprimido Fonte: Apostila FESTO Didatic Filtragem do ar comprimido Filtro de ar comprimido com regulador de pressão Fonte: Apostila FESTO Didatic Lubrificação do ar comprimido Filtro de ar comprimido com regulador de pressão Fonte: Apostila FESTO Didatic Unidade de conservação Filtro de ar comprimido com regulador de pressão (unidade de conservação) Fonte: Apostila FESTO Didatic Distribuição do ar comprimido O diâmetro da tubulação deve ser escolhido de maneira que, se o consumo aumentar, a queda de pressão entre o reservatório e o consumidor não ultrapasse 0,3 a 0,5 bar. Se a queda de pressão ultrapassar esse valor, o rendimento do sistema á prejudicado diminuindo consideravelmente sua capacidade. No projeto de novas instalações deve-se prever uma futura ampliação para maior consumo de ar. A escolha do diâmetro da tubulação é realizada considerando-se: - a vazão de ar comprimido - o comprimento da tubulação - a queda do pressão (admissível) - a pressão de trabalho - o número de pontos de estrangulamento na rede Distribuição do ar comprimido Na prática é utilizado um nomograma para facilitar a averiguação da queda do pressão ou o diâmetro do tubo na rede. No nomograma 1 deve-se unir o valor da coluna A, com o valor da coluna B com um traço, prolongando até a coluna C obtendo um ponto de intersecção. Então, deve-se unir o valor da coluna E, com o valor da coluna G passando por cima da coluna F obtendo-se então um ponto de intersecção. Pelos pontos dos eixos 1 e 2 passar um traço unindo-os e obtendo-se assim, na coluna D um valor inicial da tubulação. Distribuição do ar comprimido (nomograma 1) Fonte: Apostila FESTO Didatic Distribuição do ar comprimido Para os elementos estranguladores do fluxo (válvula de gaveta, de passagem, de assento, peças em “T”, cotovelos, etc.), as resistências são transformadas em comprimentos equivalentes. Como comprimentos equivalentes compreende-se comprimento linear de tubo reto, cuja resistência à passagem do ar seja igual à resistência oferecida pelo elemento em questão. A secção transversal do tubo do “comprimento equivalente” é a mesma do tubo, utilizado na rede. Por meio do nomograma 2 poderão ser determinados os “comprimentos equivalentes”. Distribuição do ar comprimido (nomograma 2) Fonte: Apostila FESTO Didatic Esquema geral de um sistema de geração de Ar Comprimido Fonte: Apostila Parker Cadeia de comandos na Pneumática Fonte: Apostila FESTO Didatic Elementos Pneumáticos de Trabalho (atuadores) Movimentos lineares - cilindros de simples ação - cilindros de dupla ação Movimentos rotativos - motores de giro continuo - cilindros de giro limitado Cilindro de Simples Ação com retorno por mola Movimento de avanço é executado recebendo ar somente de um dos lados. O movimento de retorno é feito através da mola. O curso está limitado ao comprimento da mola, devido a isto não são fabricados cilindros de simples ação com atuação por mola com mais de 100mm. Utilizados em operações que envolvam fixação, expulsão, extração e prensagem. Fonte: Apostila FESTO Didatic Cilindro de Simples Ação com retorno por força externa A vantagem está na redução de atrito, porém a força é limitada. Utilizados especialmente em situações de pouco espaço disponíveis para operação de fixação de peças. Fonte: Apostila FESTO Didatic Cilindro de Dupla Ação (sem amortecimento) Realizam trabalho recebendo ar em ambos os lados, realizando assim, avanço e retorno. Limitações ligadas a deformações da haste quanto à flexão e a flambagem. Fonte: Apostila FESTO Didatic Cilindro de Dupla Ação com amortecimento regulável Fonte: Apostila FESTO Didatic Cilindro com Haste Passante Fonte: Apostila FESTO Didatic Cilindro de múltiplas posições Fonte: Apostila FESTO Didatic Cilindro sem haste Fonte: Apostila FESTO Didatic Cilindro rotativo Fonte: Apostila FESTO Didatic Cilindro rotativo DSR Fonte: Apostila FESTO Didatic Motores pneumáticos Motores de palhetas Fonte: Apostila FESTO Didatic Válvulas direcionais Válvulas que interferem na trajetória do fluxo de ar, desviando-o para onde for mais conveniente em um determinado momento por ação de um acionamento externo. Para representação das válvulas direcionais utiliza-se a simbologia normalizada conforme norma DIN ISO 1219 (NBR 8896). Esta norma nos dá a função da válvula e não considera a construção da mesma. Desenvolvimento simbológico das válvulas direcionais - Um quadrado representa a posição de comutação - O número de quadrados mostra quantas posições a válvula possui - Setas indicam a direção da passagem de ar - Os bloqueios são representados por “Ts” nas vias - As conexões são indicadas por traços na parte externa, na posição à direita da válvula em válvulas de duas posições, ou ao centro em válvulas de três posições - A posição de repouso é aquela em que a válvula se encontra quando não está acionada. Para válvulas de 2 posições, a posição de repouso é aquela que está situada à direita da válvula e para válvulas de 3 posições, a posição de repouso é a posição central. Exemplos simbológicos das válvulas direcionais Válvula de duas vias, duas posições, normal fechada (NF) Válvula de três vias, duas posições, normal fechada (NF) Válvula de cinco vias, duas posições Identificação das conexões Conforme DIN ISO 5599 temos a representação através de números e segundo a norma DIN ISO 1219 temos a representação por letras. Fonte: Apostila FESTO Didatic Tipos de acionamento das válvulas direcionais A comutação das válvulas direcionais depende de acionamentos externos, podendo ser: mecânicos, manuais, elétricos, pneumáticos ou combinados. Fonte: Apostila FESTO Didatic Tipos de acionamento das válvulas direcionais Fonte: Apostila FESTO Didatic Exemplos simbológicos das válvulas direcionais Válvula de duas vias, duas posições, normal fechada (NF), acionamento por botão, retorno por mola. Válvula de três vias, duas posições, normal fechada (NF), acionamento por rolete, retorno por mola. Válvula de cinco vias, duas posições, acionamento por duplo piloto pneumático Slide 1: Máquinas Hidráulicas e Pneumáticas Slide 2: Conteúdo da disciplina Slide 3: Conteúdo da disciplina Slide 4: Bibliografia e material Slide 5: Bibliografia e material Slide 6: Softwares de apoio Slide 7: Critérios de avaliação Slide 8: Pneumática Slide 9: Pneumática Slide 10: Vantagens do Ar Comprimido Slide 11: Vantagens do Ar Comprimido Slide 12: Desvantagens do Ar Comprimido Slide 13: Instalações de produção Slide 14: Instalações de produção Slide 15: Tipos de compressor Slide 16: Tipos de compressor Slide 17: Compressor de pistões Slide 18: Compressor de pistões Slide 19: Compressor de pistões Slide 20: Compressor de pistões Slide 21: Compressor de membrana Slide 22: Compressor Rotativo Multicelular Slide 23: Compressor Duplo Parafuso Slide 24: Compressor delóbulos (tipo Roots) Slide 25: Compressor Axial Slide 26: Compressor Radial Slide 27: Seleção de um compressor Slide 28: Seleção de um compressor Slide 29: Seleção de um compressor Slide 30: Regulagem de um compressor Slide 31: Regulagem de um compressor Slide 32: Regulagem de um compressor Slide 33: Regulagem de um compressor Slide 34: Rede de distribuição de ar comprimido Slide 35: Rede de distribuição de ar comprimido Slide 36: Rede de distribuição de ar comprimido Slide 37: Secagem do ar comprimido Slide 38: Secagem do ar comprimido Slide 39: Secagem do ar comprimido Slide 40: Filtragem do ar comprimido Slide 41: Filtragem do ar comprimido Slide 42: Lubrificação do ar comprimido Slide 43: Unidade de conservação Slide 44: Distribuição do ar comprimido Slide 45: Distribuição do ar comprimido Slide 46: Distribuição do ar comprimido (nomograma 1) Slide 47: Distribuição do ar comprimido Slide 48: Distribuição do ar comprimido (nomograma 2) Slide 49: Esquema geral de um sistema de geração de Ar Comprimido Slide 50: Cadeia de comandos na Pneumática Slide 51: Elementos Pneumáticos de Trabalho (atuadores) Slide 52: Cilindro de Simples Ação com retorno por mola Slide 53: Cilindro de Simples Ação com retorno por força externa Slide 54: Cilindro de Dupla Ação (sem amortecimento) Slide 55: Cilindro de Dupla Ação com amortecimento regulável Slide 56: Cilindro com Haste Passante Slide 57: Cilindro de múltiplas posições Slide 58: Cilindro sem haste Slide 59: Cilindro rotativo Slide 60: Cilindro rotativo DSR Slide 61: Motores pneumáticos Slide 62: Válvulas direcionais Slide 63: Desenvolvimento simbológico das válvulas direcionais Slide 64: Exemplos simbológicos das válvulas direcionais Slide 65: Identificação das conexões Slide 66: Tipos de acionamento das válvulas direcionais Slide 67: Tipos de acionamento das válvulas direcionais Slide 68: Exemplos simbológicos das válvulas direcionais
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