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2 - Engenharia de obras - Etapas da construção - parte 1

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Engenharia de obras - Etapas
da construção - parte 1
Introdução
Sejam bem-vindos a mais uma aula da nossa disciplina de
“Engenharia de Obras”. Aqui iremos abordar de forma resumida o
tópico Etapas da construção, onde serão apresentadas as fases de
uma obra, dos serviços preliminares ao intermediário. Mas antes,
vamos começar com a seguinte questão problema: Quais as
diferenças entre os termos Obras de Infraestrutura e Obras civis?”
Pegando como base o livro de Construção Civil dos autores Cunha
et all (2017, p. 13 a 14), podemos sintetizar estes termos da
seguinte forma
 Obras civis: São casas, prédios, habitações em geral e
demais edificações (comercial, industrial, cultural, esportiva,
de assistência média e social, etc) sejam elas públicas ou
privadas.
 Obras de infraestrutura (OI): São obras e/ou serviços que
envolvem uma boa parte da sociedade, normalmente,
oferecendo uma melhora na qualidade de vida para os
cidadãos. Podem ser divididas em: Obras de transporte
(rodovias, ferrovias, pontes, viadutos, aeroportos, etc.), obras
de urbanização (ruas, calçadas, praça, parques, etc), obras
de saneamento básico (coleta e tratamento de água,
distribuição, manejo de resíduos, etc), sistemas de energia
(barragens e usinas geradoras de energia elétrica) e obras de
grandes movimentações de terra (servindo de apoio para
outras infraestruturas). Podem ser destacadas de acordo com
o quadro 1.
Desta forma, pode ser destacado que obras de infraestrutura
melhoram os serviços para população, possui caráter social,
promove o bem-estar e a qualidade de vida para a sociedade;
No geral, as OI são obras de médio a grande porte, normalmente,
envolvendo diferentes tipos de profissionais técnicos por um
intervalo maior de tempo. Dependendo do tipo de infraestrutura a
ser instalada, é uma obra de grande porte, com custo elevado, de
gerenciamento mais complexo, com equipamentos e maquinários
mais robustos, e, proporciona um grande impacto ao meio
ambiente durante e após a sua execução, além do impacto na
vizinhança. Por conta da sua complexidade, diversos estudos e
relatórios devem ser realizados a fim de identificar e avaliar os
benefícios e os impactos gerados pelo empreendimento, assim
como verificar as medidas mitigadoras e de controle que devem ser
tomadas. Este conjunto de estudos e relatórios é denominado de
EIA/RIMA, devendo ser elaborado por profissionais qualificados
nas diversas áreas de abrangência do projeto e deve nortear a
obtenção das licenças, já citadas na aula 1.
Independente da classificação da construção proposta acima,
todas as obras podem ser divididas em três grandes fases, sendo
elas: fase inicial, fase intermediária e fase de acabamento;
podendo essas serem subdivididas em diversas etapas. Vamos ver
nessa e na próxima aula algumas destas etapas.
Etapas da obra
Aqui iremos recordar algumas etapas que fazem parte do conteúdo
programado de disciplinas da área da construção civil dos cursos
de graduação em Arquitetura e Engenharia Civil.
a) Fase inicial: contempla os primeiros serviços em uma obra,
desde os estudos preliminares (a viabilidade da construção),
limpeza do terreno, serviços de topografia e sondagem e a
implantação do canteiro de obras.
b) Locação de obra:
A locação é a primeira etapa do processo de transferência entre o
projeto e o terreno, onde serão marcados os principais elementos
construtivos da obra, seus afastamentos e diferenças de níveis em
uma escala natural de 1:1.
Os principais equipamentos usados são: trena, teodolito, estação
total, gps, nível de mão, prumo, esquadro, fio de náilon, guias de
madeira (tábua), mangueira de nível, nível a laser, pontaletes,
prego, martelo, serrote, etc.
As obras devem ser locadas por meio de eixos alinhados, e, de
acordo com o tipo e o tamanho da obra, podem ser usados os
seguintes processos de locação: por piquetes, por cavaletes e, um
dos mais executados, a tábua corrida (ou gabarito ou tabeira),
conforme apresentação na figura 1.
Figura 1: Construção de tabeira em terreno plano
c) Serviços de demolição
Consiste na ação de aniquilar, destruir, retirar de uma forma
projetada uma construção, tendo como propósito gerar outro
destino a área ocupada por ela. Toda demolição deve ser
programada e dirigida por um profissional legalmente habilitado e,
antes da sua execução, de acordo com a NR-18, deve-se:
 Desligar, retirar, proteger e/ou isolar as diversas linhas de
fornecimento local (energia, água, esgoto, inflamáveis e
substâncias tóxicas);
 Examinar, de forma prévia e periódica os edifícios vizinhos e
todo o entorno da obra;
 Isolar e proteger a infraestrutura do entorno, a zona de
trabalho e implementar os sistemas de sinalização (visual e
sonoro) e proteção.
O engenheiro deve escolher o tipo de demolição (manual,
mecânica ou o uso de explosivos) em função do que será
desconstruído, sua localização, complexidade, controle e a
precisão a ser adotada nesta etapa de serviço.
d) Movimentação de terra, escoramentos
A terraplanagem é uma técnica construtiva que visa preparar o
terreno para ser executada a obra, ou seja, ela faz a adequação
nos níveis do terreno por meio da movimentação de terra. A
quantidade de solo/rocha a ser retirada é chamada de corte e a
porção de material a ser depositada para preencher uma área
chama-se aterro.
A maioria das obras de terraplenagem engloba as etapas a seguir:
 desmonte (ou corte) – manual, mecânico, hidráulico e a fogo;
 transporte;
aterro e compactação em camadas de 20cm a 30cm. Veja as dicas
na figura 2.
Figura 2: Dicas sobre a etapa de movimentação de terra
e) Fundações
Após os serviços de terraplanagem, as aberturas de valas, as
contenções e as drenagens, quando necessárias, as fundações da
construção devem ser confeccionadas para sustentar toda a
estrutura do empreendimento, distribuindo todos os esforços
mecânicos para o solo. De posse do relatório de sondagem, o
engenheiro deve escolher o tipo de fundação conforme o quadro 1.
Quadro 1: Tipos de fundações
As fundações diretas são empregadas onde as camadas do solo,
logo abaixo da estrutura assentada, são capazes de suportar as
cargas. Podem ser divididas em rasas, em que a cota de apoio
está até 2 metros de profundidade, e profundas, com cota de apoio
abaixo de 2 metros.
As fundações indiretas trabalham transmitindo a carga da estrutura
por meio de pressões sob a base e por atrito ao longo da superfície
lateral da fundação (estaca).
f) Serviços de impermeabilização
Podemos definir o sistema de impermeabilização como um
conjunto de produtos e serviços destinados a conferir
estanqueidade a partes de uma construção, visando atender três
grandes aspectos: durabilidade da construção, conforto/usabilidade
e proteção ao meio ambiente.
O custo desta etapa, dependendo do tipo de obra e do elemento
construtivo a se proteger, fica em torno de 2% a 3% do custo do
empreendimento, e, quando não executado, ou realizado
incorretamente, pode gerar um custo de reparo de até 20% do
valor da obra. É importante destacar que em torno de 50% dos
problemas encontrados em obras de edificação, são provenientes
da ausência de um sistema de impermeabilização.
Para garantir a qualidade da impermeabilização, os produtos
impermeabilizantes escolhidos devem ser aplicados por uma mão
de obra especializada. As principais recomendações para
aquisição destes produtos são:
● Sempre que possível, consultar o fabricante;
● Ler atentamente os critérios, os procedimentos de aplicação e a
dosagem recomendada;
● Nem todos os materiais destinados à impermeabilização podem
ser aplicados em superfícies úmidas;
● Ser criterioso na impermeabilização escolhendo um tipo de
sistema: Rígido ou flexível.
Os impermeabilizantes do tipo rígido atuam no sistema capilar,
preenchem todos os vazios dos poros e impedem a percolação da
água. Normalmente, são misturados aos concretos e às
argamassas destinadas ao assentamento de elementos de
alvenariae revestimentos. Os usos mais comuns são para
impermeabilização de vigas baldrames; argamassas, concretos e
revestimentos; tratamento de subsolos, túneis; revestimento em
piscinas, caixas d’água e reservatórios.
Os sistemas flexíveis são os que possuem em sua composição
materiais que modificam as características elásticas do produto,
pois recebem adição de polímeros, elastômeros etc., podendo
absorver considerável movimentação estrutural. São divididos em
dois grupos: Membranas/Emulsões e Mantas.
Finalizamos esta aula por aqui, assista o vídeo do professor para
ver de forma mais detalhado o conteúdo aqui apresentado.
Atividade Extra
A figura abaixo ilustra um problema de infiltração na parte inferior
da alvenaria provocando arranchamento da película da tinta e a
desagregação do emboço, manifestação patológica muito comum
em casas térreas.
Para evitar este tipo de patologia, a água infiltrada deve ser
eliminada, desta forma, faça o que se pede.
a) Pesquise os tipos de nomenclaturas usados para água na NBR
9575- Impermeabilização: Seleção e Projeto, e responda a
pergunta. Qual o nome do tipo de água detectada nesta
manifestação?
b) Qual tipo de sistema de impermeabilização deve ser
desencadeado para o não aparecimento desta patologia?
c) O que você recomendaria de tratamento para solucionar o
problema ilustrado abaixo?
Referência Bibliográfica
AMBROZEWICZ, P. H. L. Construção de edifícios – do início ao
fim da obra. 1. ed. São Paulo: Ed. PINI, 2015.
CUNHA, A. M.; ABITANTE, A. L.; LUCIO, C. S.; ESPARTEL, L.;
STEIN, R. T.; SIMIONATO, V. Construção Civil. Porto Alegre:
SAGAH, 2017.
GONÇALVES, G. P. Edificações. Itaperuna/RJ: Instituto Begni
Ltda, 2018.
SALGADO, J. C. P. Técnicas e práticas construtivas: da
implantação ao acabamento. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014.

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