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Disciplina de Edificações - Gabriel Pereira Gonçalves

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Prévia do material em texto

Gabriel Pereira Gonçalves 
 
Sobre o autor 
Gabriel Pereira Gonçalves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O autor do caderno de estudos é o prof. M. S. Gabriel Pereira Gonçalves, 
brasileiro, natural do Rio de Janeiro (RJ), mestre em Engenharia Civil pela UENF 
(2011), especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho (Redentor, 2009), 
bacharel em Engenharia Civil (Redentor, 2008). Professor do Centro Universitário 
Redentor desde 2010 na modalidade presencial, na modalidade à distância, desde 
2015. É coordenador e professor do curso técnico de nível médio em Edificações do 
Centro de Ensino Técnico Redentor (CETER). Já ministrou as disciplinas de 
Cálculo1, Cálculo 2, Mecânica Geral, Mecânica Aplicada, Sistemas Isostáticos, 
Materiais de Construção 1 e 2, Engenharia de Segurança do trabalho, 
Equipamentos, Sistemas Estruturais e Estruturas de aço e madeira. É Inspetor 
Regional do CREA-RJ (Representante em Porciúncula-RJ). Trabalha na área da 
construção civil, prestando serviços a empresas privadas e prefeituras como 
engenheiro civil, elaborando orçamentos, vistorias, laudos, parecer técnico, entre 
outros. 
 
 
 
 
 
 
Apresentação 
 
 
 
 
Olá querido aluno (a), seja muito bem-vindo (a) ao espaço de estudo da 
Disciplina de Edificações! 
 
Esta é uma disciplina que dá continuidade aos conteúdos de técnicas de 
construção (do semestre anterior), onde você estudou: Estudos preliminares; 
Serviços preliminares; Fundações; Escoramentos e reforços; Fôrmas de estruturas 
de concreto; Alvenaria; Argamassas e revestimentos; Coberturas; Esquadrias; 
Aplicação de tintas e vidros. 
Neste período, em Edificações, o primeiro conteúdo a ser retratado será a 
documentação necessária para a legalização da execução de uma obra, abordando 
desde os projetos, alvará de construção, até habite-se. 
Para a matéria da V1, também serão abordados o dimensionamento de 
canteiros de obra, impermeabilização, assentamento de revestimento cerâmico e 
não cerâmico. 
Na V2, em síntese, você irá estudar os seguintes conteúdos: Projeto de 
demolição de edificações, norma de acessibilidade e norma de desempenho. 
Espero que você se aprofunde nos assuntos que serão abordados, pois estes 
fornecerão subsídios para sua atuação profissional. 
. 
. 
. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivos 
 
 
 
Ao final desta disciplina, o aluno deverá ter o conhecimento em: Projetos e 
construção de canteiros de serviços e locação; Materiais betuminosos e 
impermeabilização; Aplicação de revestimentos cerâmicos e similares; Projeto de 
demolição; Normas de desempenho de edificações; Normas de acessibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este caderno de estudos tem como objetivos: 
 
➢ Apresentar os tramites legais para execução de uma obra 
legalizada (emissão de ART, alvará de construção, matrícula 
junto ao INSS, o HABITE-SE, entre outras documentações; 
➢ Apresentar as definições de canteiro de obra, a sua importância, 
e como deve ser o seu planejamento, abordando suas áreas de 
vivência, áreas operacionais e a sua logística sob aspectos 
interno e externo para o aproveitamento eficiente dos recursos 
materiais e humanos, alcançando vantagens operacionais; 
➢ Apresentar os principais materiais betuminosos utilizados na 
impermeabilização; 
➢ Abordar as principais aplicações dos revestimentos cerâmicos e 
outros tipos de materiais de assentamento, focando no preparo 
da base, forma de assentamento e rejuntamento; 
➢ Entender por que a demolição é necessária, sua importância, 
tipos, principais etapas de um projeto de demolição; 
➢ Apresentar os conceitos de acessibilidade; 
➢ Compreender as principais recomendações da NBR 9050 (2015) 
sobre acessibilidade; 
➢ Compreender os conceitos principais sobre a norma de 
desempenho. 
 
 
 
Sumário 
 
 
AULA 1 - LICENÇA, ALVARÁS E REGISTROS 
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 15 
1.1 Projetos ........................................................................................................ 15 
1.2 Anotação de Responsabilidade Técnica ................................................. 17 
1.3 Alvará .......................................................................................................... 18 
1.4 Comunicação prévia à SRTE ..................................................................... 18 
1.5 Habite-se ..................................................................................................... 19 
1.6 Averbação .................................................................................................. 19 
1.7 Licenças ambientais .................................................................................. 19 
 
AULA 2 - CONSTRUÇÃO DE CANTEIROS DE OBRA 
2 CANTEIRO DE OBRAS .................................................................................. 27 
2.1 Planejamento do canteiro ......................................................................... 27 
2.1.1 Tipos de canteiro ........................................................................................ 28 
2.1.2 Disponibilidade de água ........................................................................... 31 
2.1.3 Instalações Elétricas ................................................................................... 31 
2.1.4 Tapumes ...................................................................................................... 32 
2.1.5 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho ....................... 32 
2.1.6 Estudo Preliminar do Canteiro de Obras .................................................. 32 
2.2 Elaboração de croquis do layout do canteiro ......................................... 34 
 
AULA 3 - ÁREAS DE VIVÊNCIA NO CANTEIRO DE OBRAS 
3 INFRAESTRUTURA DO CANTEIRO DE OBRA – ÁREAS DE VIVÊNCIAS .......... 44 
3.1 Instalações Sanitárias ................................................................................. 45 
3.2 Vestiário ....................................................................................................... 45 
3.3 Alojamento .................................................................................................. 47 
3.4 Local para as refeições .............................................................................. 47 
3.5 Cozinha, (quando houver preparo de refeições) ................................... 47 
3.6 Lavanderia .................................................................................................. 48 
3.7 Área de Lazer .............................................................................................. 48 
3.8 Ambulatório ................................................................................................ 48 
3.9 Escritórios ..................................................................................................... 48
 
 
3.10 Portaria e vigilância.................................................................................... 49 
3.11 Galerias ....................................................................................................... 49 
 
AULA 4 - ÁREAS OPERACIONAIS 
4 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 56 
4.1 Áreas para armazenamento de materiais e ferramentas ...................... 56 
4.2 Estocagem de material .............................................................................. 57 
4.3 Centrais de Produção ................................................................................ 61 
4.3.1 Carpintaria e Central de formas ............................................................... 62 
4.3.2 Central de concreto e argamassa ........................................................... 63 
4.3.3 Central de armação de ferragens ...........................................................64 
4.4 Instalações hidro sanitárias e elétricas..................................................... 65 
 
AULA 5 - LOGÍSTICA EM CANTEIROS DE OBRAS 
5 LOGISTICA ................................................................................................... 72 
5.1 Partes da Logística ...................................................................................... 72 
5.2 Transporte .................................................................................................... 73 
5.2.1 Transporte externo ...................................................................................... 73 
5.2.2 Transporte interno ....................................................................................... 74 
5.2.3 Classificação segundo a mobilidade....................................................... 78 
5.3 Construção Enxuta ..................................................................................... 79 
5.4 O Método 5S ............................................................................................... 82 
 
AULA 6 - MATERIAIS BETUMINOSOS E IMPERMEABILIZAÇÃO 
6 IMPERMEABILIZAÇÃO .................................................................................. 91 
6.1 Nomenclaturas ........................................................................................... 92 
6.2 Classificação dos impermeabilizantes ..................................................... 93 
6.2.1 Rígido ........................................................................................................... 93 
6.2.2 Semiflexível .................................................................................................. 94 
6.2.3 Flexíveis ........................................................................................................ 95 
6.3 Tipos de impermeabilização ..................................................................... 96 
6.3.1 Impermeabilização de baldrame ............................................................. 96 
6.3.2 Impermeabilização de alvenaria ............................................................. 97 
6.3.3 Impermeabilização de fachadas ............................................................. 99 
 
 
6.3.4 Aplicação de mantas ................................................................................ 99 
6.4 Proteção mecânica ................................................................................. 102 
6.5 Cuidados na execução de impermeabilizações ................................. 103 
6.5.1 Drenos ........................................................................................................ 104 
 
AULA 7 - APLICAÇÕES DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS E SIMILARES 
7 REVESTIMENTOS ......................................................................................... 111 
7.1 Revestimentos cerâmicos ........................................................................ 111 
7.1.1 Azulejos ...................................................................................................... 112 
7.1.2 Pastilhas ..................................................................................................... 116 
7.1.3 Revestimento para pisos .......................................................................... 117 
7.2 Porcelanato ............................................................................................... 123 
7.3 Granilite ..................................................................................................... 123 
7.3.1 Regularização de base para granilite .................................................... 125 
7.3.2 Pasta de granilite ...................................................................................... 126 
7.4 Rochas ornamentais ................................................................................. 126 
7.5 Demais tipos de pisos ............................................................................... 127 
 
AULA 8 - AULA DE EXERCÍCIOS PARA V1 
8 EXERCÍCIOS MODELO ENADE ................................................................... 135 
8.1 Questões objetivas ................................................................................... 135 
8.2 Questão discursiva modelo enade ......................................................... 139 
8.3 Questões extras ........................................................................................ 140 
 
AULA 9 - DEMOLIÇÃO 
9 DEMOLIÇÃO .............................................................................................. 148 
9.1 Processo de Demolição ........................................................................... 149 
9.1.1 Fase de pré-demolição ........................................................................... 149 
9.1.2 Fase da Execução .................................................................................... 151 
9.1.3 Fase pós demolição ................................................................................. 151 
9.2 Técnicas de Demolição e Equipamentos .............................................. 152 
9.2.1 Demolição Manual ................................................................................... 152 
9.2.2 Demolição Mecânica .............................................................................. 153 
9.2.3 Demolição por Explosivos ou Implosão .................................................. 154 
 
 
9.3 Projeto de Demolição .............................................................................. 155 
9.4 Estudo de caso ......................................................................................... 156 
9.5 Finalidades dos resíduos na construção e demolição ......................... 159 
 
AULA 10 - ACESSIBILIDADE – PARTE 1 
10 ACESSIBILIDADE – PARTE 1 ........................................................................ 167 
10.1 Definições dos termos .............................................................................. 168 
10.2 Parâmetros antropométricos e dimensões básicas .............................. 169 
10.3 Alcance físico manual ............................................................................. 172 
10.4 Informação e sinalização ........................................................................ 173 
10.4.1 Símbolos ..................................................................................................... 173 
10.4.2 Acessibilidade na comunicação ............................................................ 175 
 
AULA 11 - ACESSIBILIDADE – PARTE 2 
11 ACESSIBILIDADE – PARTE 2 ........................................................................ 187 
11.1 Pisos táteis ................................................................................................. 187 
11.1.1 Piso tátil e visual de alerta ........................................................................ 187 
11.1.2 Piso tátil e visual direcional ...................................................................... 190 
11.1.3 Mudança de direção .............................................................................. 191 
11.1.4 Outras formas de sinalização .................................................................. 193 
11.2 Acessos e circulação ............................................................................... 193 
11.2.1 Desníveis .................................................................................................... 194 
11.2.2 Grelhas, juntas de dilatação e tampas .................................................. 195 
11.2.3 Rampas ..................................................................................................... 195 
11.2.4 Degraus e escadas fixas .......................................................................... 199 
11.3 Corrimãos .................................................................................................. 199 
11.4 Vias públicas .............................................................................................201 
11.4.1 Rebaixamento de calçadas ................................................................... 202 
 
AULA 12 - ACESSIBILIDADE – PARTE 3 
12 SANITÁRIOS, BANHEIROS E VESTIÁRIOS ................................................... 213 
12.1 Dimensões do sanitário acessível e do boxe sanitário acessível ........ 214 
12.1.1 Barras de apoio ........................................................................................ 217 
12.2 Bacia sanitária .......................................................................................... 218 
 
 
12.3 Lavatórios .................................................................................................. 219 
12.4 Sanitário coletivo ...................................................................................... 220 
12.5 Mictórios .................................................................................................... 221 
12.6 Banheiros acessíveis e vestiários com banheiro conjugados .............. 222 
 
AULA 13 - ACESSIBILIDADE – PARTE 4 
13 MOBILIÁRIO URBANO E EQUIPAMENTOS PÚBLICOS ................................ 232 
13.1 Mobiliário urbano ..................................................................................... 232 
13.1.1 Pontos de embarque e desembarque de transporte público ............ 232 
13.1.2 Telefones públicos .................................................................................... 236 
13.1.3 Bebedouros ............................................................................................... 236 
13.1.4 Assentos públicos ...................................................................................... 237 
13.1.5 Bilheterias, balcões de informações e similares e as mesas ou superfícies 
de trabalho ............................................................................................... 237 
13.2 Equipamentos ........................................................................................... 239 
13.2.1 Cinema, teatro e similares ....................................................................... 239 
13.2.2 Restaurantes e similares ........................................................................... 242 
13.2.3 Locais de hospedagem ........................................................................... 242 
13.2.4 Parques, praças, praia e locais turísticos ................................................ 243 
13.2.5 Escolas ....................................................................................................... 244 
13.2.6 Biblioteca e centros de leitura ................................................................ 244 
13.2.7 Piscinas ...................................................................................................... 244 
 
AULA 14 - EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ACESSIBILIDADE 
14 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES SOBRE ACESSIBILIDADE ....................... 252 
 
AULA 15 - NORMA DE DESEMPENHO 
15 NORMA DE DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES ............................................ 268 
15.1 Conteúdo da NBR 15575 .......................................................................... 269 
15.2 Principais definições ................................................................................. 271 
15.2.1 Vida útil - VU .............................................................................................. 271 
15.2.2 Vida útil de projeto-VUP ........................................................................... 272 
15.2.3 Patologia ................................................................................................... 273 
15.2.4 Agentes de degradação ........................................................................ 273 
 
 
15.2.5 Degradação ............................................................................................. 273 
15.2.6 Durabilidade ............................................................................................. 273 
15.2.7 Manutenção ............................................................................................. 274 
15.2.8 Participantes ............................................................................................. 275 
15.3 Incumbências ........................................................................................... 275 
 
AULA 16 - ENSAIOS/ATIVIDADES E EXERCÍCIOS PARA V2 
16 CRITÉRIOS PRESENTES NA NBR 15575 ........................................................ 283 
16.1 Requisitos gerais ....................................................................................... 283 
16.2 Estanqueidade .......................................................................................... 283 
16.3 Desempenho térmico e acústico ............................................................ 284 
16.4 Desempenho lumínico ............................................................................. 285 
16.5 Saúde, higiene e qualidade do ar .......................................................... 285 
16.6 Funcionalidade e acessibilidade ............................................................ 285 
16.7 Segurança contra incêndio ..................................................................... 286 
16.8 Considerações finais ................................................................................ 287 
 
 
 
 
Iconografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Licenças, alvará e registros 
Aula 1 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Os engenheiros e os arquitetos são os principais responsáveis pela 
construção civil no Brasil, sendo responsáveis pela elaboração de projetos e 
acompanhamento técnico das obras. Antes de qualquer construção, torna-se 
necessária a aquisição de documentos que aprovem o empreendimento perante aos 
órgãos competentes. Nesta primeira aula, trataremos dos tramites legais para 
execução de uma obra, como por exemplo a famosa ART do engenheiro, o alvará de 
construção emitido pela prefeitura, a matrícula junto ao INSS, o HABITE-SE, entre 
outros. 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: 
 
➢ Verificar quais tipos de projetos estão sujeitos à aprovação prévia em 
órgãos ou empresas de serviço público; 
➢ Ter um conhecimento básico sobre o que é ART-Anotação de 
Responsabilidade Técnica; 
➢ Revisar os conceitos dos projetos arquitetônico/civil, estrutural, 
hidrossanitário e pluvial, instalações elétricas e telefônicas; 
➢ Conhecer os principais documentos necessários para execução de 
uma construção. 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 15 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Uma obra para ser realizada envolve, além da execução, o procedimento 
legal de permissão para construção e moradia/uso. Ao construir uma edificação, seja 
ela residencial, comercial ou industrial é indispensável garantir junto à prefeitura o 
licenciamento de obras. 
Caso o empreendimento não tenha a documentação necessária, a 
fiscalização dos órgãos competentes poderá embargar a obra, além da multa pela 
infração às leis vigentes, e, em alguns casos, a construção pode até ser demolida. 
Se tratando da documentação necessária para execução da obra, não existe 
uma regra única, pois cada cidade possui exigências particulares para legalização 
do imóvel, além da autorização e fiscalização de órgãos competentes que vai de 
acordo com o tipo e tamanho do empreendimento. Porém, existem processos 
comuns em todos os empreendimentos, como exemplo, a retirada de alvará de 
construção, conseguir licença de instalação de energia e água, certidão de habite-
se, etc. Diante de tanta burocracia até a liberação de uso da edificação, vamos 
abordar aqui os principais tramites legais para a execução de uma obra. 
1.1 Projetos 
Você já estudou que o projeto nada mais é do que uma representação do 
empreendimento no papel, contendo detalhes que facilitam a execução. 
Os projetos são compostos da seguinte forma: 
• Projeto arquitetônico (termo usadopara arquitetos) ou projeto de 
construção civil/edificação/engenharia civil (novos termos usados por 
engenheiros civis): define os espaços e a forma da edificação, o tamanho 
de cada cômodo e suas aberturas e fachadas externas; 
• Projeto estrutural: define os elementos que sustentarão a edificação, são 
eles: a fundação, os blocos, os pilares, lajes, vigas e escadas; 
• Projeto hidro sanitário e pluvial: apresenta as tubulações de água fria e 
esgoto sanitário e de águas pluviais. Detalha onde serão os principais 
pontos: caixa de gordura, caixa de passagem, fossa séptica, caixa d’água, 
calhas, etc; 
P á g i n a | 16 
 
 
• Projeto de instalações elétricas e telefônicas: Define e localiza os 
eletrodutos, fiações, disjuntores, pontos de interruptores, tomadas e 
lâmpadas. 
 
 
 
Os projetos acima especificados estão sujeitos à aprovação prévia 
em diferentes órgãos ou empresas de serviço público. Os principais 
são apresentados no quadro 1 abaixo. 
 
 
Quadro 1: Aprovação dos projetos. 
Projeto arquitetônico ou projeto de 
engenharia civil 
Prefeitura Municipal 
Projeto de instalação elétrica Concessionária de energia 
Projeto de instalação hidro sanitária e 
pluvial 
Prefeitura Municipal e Concessionária de 
água e esgoto 
Projeto de instalações de combate ao 
incêndio 
Corpo de bombeiros 
Projeto de instalação telefônica Concessionária de telefonia 
Fonte: SORAGGI (2016) 
Conforme a complexidade da edificação e do tipo de projeto, outros tipos de 
projetos podem ser necessários. 
Segue abaixo uma lista de projetos que podem ser requisitados: 
• projeto de terraplenagem; 
• projeto de pavimentação; 
• projeto de impermeabilização; 
• projeto de instalações de gás; 
• projeto de instalações de incêndio; 
• projeto de ar condicionado; 
• projeto de automação predial; 
• projeto de segurança patrimonial e Circuito Fechado de Televisão (CFTV); 
• projeto de acústica; 
• projeto de demolição. 
 
P á g i n a | 17 
 
 
1.2 Anotação de responsabilidade técnica 
Todo profissional contratado, seja ele engenheiro ou arquiteto tem por 
obrigação legal aprovar os projetos junto à prefeitura e recolher a Anotação de 
Responsabilidade Técnica (ART) no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia 
(CREA) e/ou o Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) no Conselho de 
Arquitetura e Urbanismo (CAU). 
 
 
 
Por que todo engenheiro civil deve emitir, no mínimo, 
uma ART para cada tipo de serviço? 
 
 
A.R.T. não é apenas uma obrigação legal para todos os profissionais 
vinculados ao Crea (Lei 6.496/77). A Anotação de Responsabilidade Técnica valoriza 
o exercício profissional, confere legitimidade documental e assegura, com fé pública, a 
autoria e os limites da responsabilidade e participação técnica em cada obra ou 
serviço. Gera as garantias jurídicas de um contrato. Com o registro da A.R.T., todo 
profissional constrói seu Acervo Técnico. Esse documento é o espelho de suas 
realizações, de sua carreira. Tem efeito legal; é indispensável em licitações e 
representa um grande diferencial de sucesso individual. Empresas e profissionais são 
distinguidos no mercado quando comprovam atividades técnicas de que participaram 
quando apresentam seu Atestado de Acervo Técnico. A ART deve ser registrada antes 
do início da atividade técnica de acordo com os dados do contrato escrito ou verbal. 
Sua ausência sujeita à multa e as demais comunicações legais. 
Quer saber mais, acesse o site do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) 
através de: http://transparencia.confea.org.br/wp-content/uploads/2017/05/Carta-de-
Servi%C3%A7os_Anota%C3%A7%C3%A3o-de-Responsabilidade-T%C3%A9cnica-
ART_01.pdf. 
 
 
 
 
http://transparencia.confea.org.br/wp-content/uploads/2017/05/Carta-de-Servi%C3%A7os_Anota%C3%A7%C3%A3o-de-Responsabilidade-T%C3%A9cnica-ART_01.pdf
http://transparencia.confea.org.br/wp-content/uploads/2017/05/Carta-de-Servi%C3%A7os_Anota%C3%A7%C3%A3o-de-Responsabilidade-T%C3%A9cnica-ART_01.pdf
http://transparencia.confea.org.br/wp-content/uploads/2017/05/Carta-de-Servi%C3%A7os_Anota%C3%A7%C3%A3o-de-Responsabilidade-T%C3%A9cnica-ART_01.pdf
P á g i n a | 18 
 
 
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) exige que seja 
afixada na frente principal da obra uma placa de identificação com os nomes, 
registros e anotações das empresas e dos responsáveis envolvidos nos projetos e 
execução da obra. 
 
Na disciplina de TÓPICOS DE PLANEJAMENTO EM ENGENHARIA CIVIL 
(10° período) você estudará de uma forma mais aprofundada sobre o 
tema, inclusive, vendo como o engenheiro deve preencher de forma 
correta este documento! 
1.3 Alvará 
Após o recolhimento da ART e a aprovação do projeto de engenharia civil 
junto à secretaria responsável pelo serviço, o profissional contratado deve preencher 
o requerimento solicitando o Alvará de Construção. 
Junto ao requerimento é necessário: 
• projeto de engenharia civil; 
• guia de recolhimento de ART (comprovante de pagamento); 
• documento de propriedade do imóvel; 
• ART de execução da obra. 
 
Dependendo do Município, torna-se necessário também a realização 
de uma matrícula junto ao INSS para recolhimento dos impostos 
relativos à execução de obras. Normalmente este procedimento é 
realizado em obras acima de 70 m². 
1.4 Comunicação prévia à SRTE 
Conforme visto na disciplina de Segurança do Trabalho, é indispensável a 
comunicação prévia à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) – 
a antiga Delegacia Regional do Trabalho (DRT) – antes do início das atividades, 
informando: 
• endereço da obra; 
P á g i n a | 19 
 
 
• qualificação (CEI – Cadastro Específico INSS, CNPJ ou CPF) do 
contratante, empregador ou condomínio; 
• número máximo de empregados previstos (inclusive subempreiteiros); 
• datas previstas de início e término da obra. 
1.5 Habite-se 
Ao final da construção, a Vistoria de Conclusão de Obra deve ser solicitado 
junto à secretaria Municipal Responsável para que este fique apto a receber 
moradores. 
Imóveis que não possuem o Habite-se, ou outro documento de mesmo fim 
(Certidão de Edificação Existente ou Certificado de Vistoria de Conclusão de Obra – 
CVCO) perdem valor no mercado, pois, estão irregulares perante ao Município. 
1.6 Averbação 
 Para deixar a edificação regularizada, a construção deve ser averbada junto 
ao Registro de Imóveis, desta forma, no registro onde continha apenas o terreno, 
agora será incluída a construção em questão. 
 
É importante destacar que entidades que fazem financiamento 
de imóveis exigem que a edificação esteja regularizada para 
aprovação do empréstimo. 
 
1.7 Licenças ambientais 
As atividades da construção civil, por serem atividades que transformam o 
meio ambiente, estão submetidas ao licenciamento ambiental na área de influência 
do projeto. Este procedimento visa: análise dos impactos, definições das medidas 
corretivas e a elaboração de um acompanhamento e monitoramento dos impactos. 
 
 
 
P á g i n a | 20 
 
 
 
 
As licenças, quando solicitadas, são concedidas pelos órgãos ambientais do 
Município, Estado e União que analisam o impacto ambiental do 
empreendimento. 
 
 
O impacto ambiental de construções civis ganhou mais notoriedade à medida 
que o assunto sustentabilidade ganhou importância na sociedade. Hoje, ações que 
visam combinar o crescimento econômico aliado à preservação do meio ambiente, 
utilizando melhor os recursos naturais existentes, são não só bem vistas, como 
necessárias. Aliar o progresso econômico com ações sociais e conservação 
ambiental tem sido meta de muitas empresas de engenharia no ramo da construção 
civil. O licenciamento ambiental, além de conceder a autorização para a localização 
de uma construção civil, também concede a instalação, a ampliação e a operação de 
construções pesadas e atividades de potencialidade poluidora ou de degradação do 
meio ambiente, ajudandoo empreendedor a identificar os efeitos ambientais do seu 
negócio e também de que forma esses efeitos podem ser gerenciados. 
Ele é primordial na realização de empreendimentos. É com ele que tanto as 
empresas envolvidas na realização da obra, como o cliente final adquirem a garantia 
de que aquele empreendimento está sendo realizado dentro do que rege a 
legislação, evitando assim maiores transtornos após o início das obras. 
Os tipos de licenças ambientais são: Licença Ambiental Simplificada 
(LS): ato administrativo pelo qual o órgão ambiental emite uma única licença 
estabelecendo as condições, restrições e medidas de controle ambiental que 
deverão ser obedecidas pelo empreendedor para localizar, instalar, ampliar e operar 
empreendimentos ou atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas de 
baixo impacto ambiental que se enquadrem nas Classes “S” e “I” em instruções 
normativas do órgão competente. O prazo de validade da Licença Simplificada (LS) 
será, no mínimo, de 4 (quatro) anos, não podendo ultrapassar 06 (seis) anos, neste 
último caso, quando comprovada a implementação do programa de gestão 
ambiental voluntário e cuja eficiência tenha sido atestada pelo órgão ambiental. 
 
 
P á g i n a | 21 
 
 
Vantagens: 
- Licença única 
- Taxa de licenciamento reduzida 
- FINDES, SEBRAE e Assembleia Legislativa 
 
Licença Prévia (LP): Deve ser solicitada na fase inicial do projeto e determina 
a viabilidade ambiental e a localização do empreendimento. Especifica as condições 
básicas a serem atendidas durante a instalação do empreendimento. A licença 
Prévia tem validade estabelecida pelo cronograma de elaboração dos planos, 
programas e projetos, mas não pode ser superior a 05 (cinco) anos. 
Licença de Instalação (LI): Com o cumprimento das exigências contidas na 
LP e a apresentação dos documentos/informações necessárias, a LI é emitida e 
autoriza o início da implantação do projeto. O prazo de validade da Licença de 
Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação 
do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos. 
Licença de Operação (LO): após a instalação dos equipamentos e toda a 
infraestrutura necessária à operação do empreendimento, bem como a implantação 
dos sistemas de controle de poluição hídrica, atmosférica, de resíduos sólidos, 
ruídos e vibrações, a Licença de Operação é emitida, permitindo o início das 
atividades operacionais. Esta licença tem validade que varia de 04 (quatro) a 06 
(seis) anos. 
 
 
 
 
 
Resumo 
 
 
 
 
Nesta aula vimos que: 
 
✓ Para se construir, tornam-se necessários profissionais técnicos que 
elaborem projetos e façam o acompanhamento da obra; 
✓ O engenheiro deve emitir através de um documento (ART – Anotação 
de Responsabilidade Técnica) suas obrigações contratuais para com o 
contratante. O recolhimento é obrigatório e seu valor varia de acordo 
com o tipo de serviço. 
✓ Além da ART existem outros trâmites para a execução de uma obra, 
são alguns deles: Aprovação de projetos junto ao órgão/departamento 
competente, licenças ambientais, alvará de construção, matrícula junto 
ao INSS, Habite-se, etc. 
 
 
 
 
 
 
Complementar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como conteúdo complementar, leia o primeiro capítulo do livro Construção de 
Edifícios – do Início ao Fim da Obra do autor do autor Paulo H. L Ambrozewicz, 
editora PINI, 2015. 
 
Este capítulo aborda os seguintes conteúdos: 
Função dos engenheiros e arquitetos; 
Tramites legais para a execução de uma obra; 
Legalização do empreendimento; 
Modalidade de contrato para construção civil. 
 
 
 
 
 
Assista os vídeos complementares em sua plataforma digital. 
 
 
 
 
 
Referências 
 
Básica: 
AMBROZEWICZ, P. H. L. Construção de edifícios – do início ao fim da obra. 1. 
ed. São Paulo: Ed. PINI, 2015. 
 
SORAGGI, M. V. F. Edificações. Notas de aula da disciplina de Edificações. 
Itaperuna: UniRedentor, 2017. 
 
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA – CONFEA. Anotação de 
Responsabilidade Técnica – ART. Lei nº 6.496/77. Disponível em: http://www.confea.org.br. 
Acesso em: 22 out. 2017. 
 
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RIO DE 
JANEIRO. Anotações de Responsabilidade Técnica: ART. Disponível em: 
http://transparencia.confea.org.br/wp-content/uploads/2017/05/Carta-de-Serviços_Anotação-
de-Responsabilidade-Técnica-ART_01.pdf. Acesso em: 10 mar. 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.confea.org.br/
 
 
AULA 1 
Exercícios 
 
 
 
 
 
1) O que é ART? Qual professional deve fazer seu 
recolhimento? 
 
2) Qual a importância da ART para o profissional? 
 
3) Você sendo um engenheiro civil, elabore um fluxograma do processo de 
legalização de um empreendimento. 
 
4) Quais são os tipos de licenças ambientais existentes? 
 
5) Qual a importância da licença ambiental para a sociedade? 
 
6) Normalmente, o que é necessário para retirar o alvará de construção? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção de canteiros de obra 
Aula 2 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Olá pessoal! 
 
Na execução de uma edificação, após o terreno limpo e com o movimento de 
terra executado, conforme visto na disciplina de Técnicas, o canteiro de obra é 
preparado de acordo com as necessidades de cada construção. Deverá ser 
localizado em áreas onde não atrapalhem a circulação de operários, veículos e a 
locação da obra. Vocês irão estudar nesta aula as definições de canteiro de obra, a 
sua importância, e como deve ser planejado e desenhado seu layout. 
 
Bons estudos! 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: 
 
➢ Entender a importância do canteiro de obra; 
➢ Verificar a importância do bom planejamento do canteiro de obras; 
➢ Identificar os objetivos do planejamento e os tipos de canteiro; 
➢ Revisar informações sobre o Programa de Condições e Meio Ambiente 
de Trabalho (PCMAT); 
➢ Conhecer os principais itens que devem constar nos desenhos técnicos 
relacionados ao layout do canteiro de obras. 
 
 
 
 
P á g i n a | 27 
 
 
2 CANTEIRO DE OBRAS 
O canteiro de obra é uma área de trabalho fixa ou temporária, 
onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra, 
e, é fundamental para evitar desperdícios de tempo, perdas de 
materiais, até mesmo defeitos de execução e falta de qualidade final 
dos serviços realizados. A NR-18 “estabelece diretrizes de ordem administrativa, 
de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas 
de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e 
no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção”. É justamente essa 
norma que é a principal responsável pelo dimensionamento de um canteiro de 
obra junto com a NBR 12284 – áreas de vivência em canteiros de obra (1991). 
O dimensionamento de um canteiro de obra compreende o estudo geral do 
volume da obra, seu tempo de execução e a distância de centros urbanos, podendo 
ser dividido como segue: 
• área disponível para instalações; 
• empresas empreiteiras previstas; 
• máquinas e equipamentos necessários; 
• serviços a serem executados; 
• materiais a serem utilizados; 
• prazos a serem atendidos. 
2.1 Planejamento do canteiro 
Com a planta do terreno em mãos, demarca-se o local de implantação da 
casa. Com a ajuda do engenheiro e construtor, define-se onde devem ficar o 
barracão de alojamento e o depósito de materiais e ferramentas. Observar a melhor 
posição também para a chegada de caminhões, lembrando que o descarregamento 
de materiais pode ser feito por suas laterais ou por basculamento de caçamba. Para 
os materiais a granel, como areia e pedra, é preciso determinar um local (baia) que 
não atrapalhe o desenvolvimento do trabalho, mas que seja de fácil acesso e evite 
desperdícios. O processo de planejamento do canteiro visaa obter a melhor 
utilização do espaço físico disponível, de forma a possibilitar que homens e 
P á g i n a | 28 
 
 
máquinas trabalhem com segurança e eficiência, principalmente através da 
minimização das movimentações de materiais, componentes e mão-de-obra. 
Os principais objetivos do planejamento em um canteiro são: 
a) objetivos de alto nível: promover operações eficientes e seguras e 
manter alta a motivação dos empregados. No que diz respeito à motivação dos 
operários destaca-se a necessidade de fornecer boas condições ambientais de 
trabalho, tanto em termos de conforto como de segurança do trabalho. Ainda dentre 
os objetivos de alto nível, pode ser acrescentado cuidado com os aspectos visuais 
do canteiro, que inclui a limpeza e impacto positivo perante funcionários e clientes. 
Não seria exagero afirmar que um cliente, na dúvida entre dois apartamentos (de 
obras diferentes) que o satisfaçam plenamente, decida comprar aquele do canteiro 
mais organizado, uma vez que este pode induzir uma maior confiança em relação a 
qualidade da obra; 
b) objetivos de baixo nível: minimizar distâncias de transporte, minimizar 
tempos de movimentação de pessoal e materiais, minimizar manuseios de materiais 
e evitar obstruções ao movimento de materiais e equipamentos. 
2.1.1 Tipos de canteiro 
Os canteiros de obra podem ser enquadrados dentro de um dos três 
seguintes tipos: restritos, amplos e longos e estreitos. O primeiro tipo de canteiro 
(restrito, ver Figura 1) é o mais frequente nas áreas urbanas das cidades, 
especialmente nas áreas centrais. Devido ao elevado custo dos terrenos nessas 
áreas, as edificações tendem a ocupar uma alta percentagem do terreno em busca 
de maximizar sua rentabilidade. Outros exemplos de obras com este tipo de canteiro 
são as reformas e ampliações, cujo o terreno já consta uma edificação. 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 29 
 
 
Figura 1: Canteiro de obras do tipo restritos. 
 
Fonte: RESIDENCIAL ARBORÉ JAGUARÉ (2011) 
Em decorrência disto os canteiros restritos são os que exigem mais cuidados 
no planejamento, devendo-se seguir uma abordagem criteriosa para tal tarefa. 
Existem duas regras fundamentais que sempre devem ser seguidas no 
planejamento de canteiros restritos: 
a) sempre atacar primeiro a fronteira mais difícil; 
b) criar espaços utilizáveis no nível do térreo tão cedo quanto possível. 
 
A primeira regra recomenda que a obra inicie a partir da divisa mais 
problemática do canteiro. O principal objetivo é evitar que se tenha de fazer serviços 
em tal divisa nas fases posteriores da execução, quando a construção de outras 
partes da edificação dificulta o acesso a este local. Os motivos que podem 
determinar a criticalidade de uma divisa são vários, tais como a existência de um 
muro de arrimo, vegetação de grande porte ou um desnível acentuado. 
A segunda regra aplica-se especialmente a obras nas quais o subsolo ocupa 
quase a totalidade do terreno, dificultando, na fase inicial da construção, a existência 
de um layout permanente. Exige-se, assim, a conclusão, tão cedo quanto possível, 
de espaços utilizáveis ao nível do térreo, os quais possam ser aproveitados para 
locação de instalações provisórias de armazenamento, com a finalidade de facilitar 
P á g i n a | 30 
 
 
os acessos de veículos e pessoas, além de propiciar um caráter de longo prazo de 
existência para as referidas instalações. Os canteiros considerados amplos são 
aqueles no qual a edificação ocupa uma pequena parte do terreno completo, 
contribuindo com espaços significantes para o fluxo de materiais e pessoas, 
disponibilização de áreas para estocagem e recebimento. Os exemplos mais 
comuns deste tipo de canteiro são localizados nas construções de conjuntos 
habitacionais, grandes obras como barragens, plantas industriais, entre outros. Os 
longos e estreitos possuem poucas vias de acesso ao canteiro, impossibilitando o 
fluxo ideal de materiais e trabalhadores necessário no decorrer da execução da 
obra. Segue alguns exemplos: Em estradas de ferro e rodagem, rede de gás e 
peróleo e alguns casos de edificações em zonas urbanas. 
As Figuras 2 e 3 apresentam, respectivamente, exemplos de canteiros amplos 
e longos e estreitos. 
Figura 2: Canteiro de obras do tipo amplo. 
 
Fonte: RIBERO (2011) 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 31 
 
 
Figura 3: Canteiro de obras do tipo longo e estreito. 
 
Fonte: RIBERO (2011) 
2.1.2 Disponibilidade de água 
O uso da água é intensivo para preparar materiais no canteiro. Ela serve 
também para a higiene dos trabalhadores e deve estar disponível em abundância. 
Se a obra não contar com rede pública de abastecimento, que exigirá a instalação 
de um cavalete de entrada com registro, é preciso providenciar um poço, prevendo-
se uma bomba para retirar a água. Lembrar ainda que o uso sanitário da água gera 
esgotos. Se não houver coleta de rede pública, será necessária uma fossa. 
2.1.3 Instalações elétricas 
É necessário esquecer as gambiarras e os fios elétricos pendurados no 
ambiente de trabalho, nada seguros. Não custa exigir cuidado nesse tipo de 
instalação, desde a entrada de energia no terreno até a sua distribuição e iluminação 
das frentes de trabalho. Deve-se procurar saber se existem equipamentos que 
exigem instalações elétricas mais sofisticadas. 
 
 
P á g i n a | 32 
 
 
2.1.4 Tapumes 
Algumas prefeituras e condomínios exigem que as obras sejam cercadas por 
tapumes, uma providência necessária, sobretudo se houver crianças perto da 
construção, e que sempre representa uma medida de prevenção contra roubos e 
depredações. Não se deve esquecer de considerar essa hipótese na discussão 
preliminar com seu construtor, incluindo os custos na planilha para não ser 
surpreendido com gastos extras. 
2.1.5 Programa de condições e meio ambiente de trabalho 
 
 
E você, lembra o que é PCMAT? 
Dica: Você estudou na disciplina de Segurança do trabalho. 
 
 
 
O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT), que o 
artigo 18.3 da NR-18 torna obrigatória sua elaboração nos estabelecimentos com 20 
(vinte) trabalhadores ou mais, contempla os aspectos constantes na Norma e outros 
dispositivos complementares de segurança. Além disso, ele deve contemplar as 
exigências contidas na NR-9 que discorre sobre o Programa de Prevenção de 
Riscos Ambientais – PPRA. O PCMAT deve ser mantido na obra, à disposição do 
Órgão Regional do Ministério do Trabalho – MTb. 
2.1.6 Estudo preliminar do canteiro de obras 
No estudo preliminar do Canteiro de Obras, ainda na fase de planejamento, 
diversos itens de vital importância devem ser considerados. Entre eles: 
1) Ligações de água, energia elétrica, esgoto e telefone, devendo ser 
solicitadas, junto às respectivas Concessionárias, as informações necessárias. 
 
P á g i n a | 33 
 
 
2) Localização e dimensionamento, em função do volume da Obra, de áreas 
para armazenamento de materiais a granel (areia, brita, etc.). 
 
3) Localização e dimensionamento, em função do efeito máximo previsto para 
a Obra, das Áreas de Vivência, com as seguintes instalações: 
a) Sanitários; 
b) Vestiários; 
c) Alojamento; 
d) Local de Refeições; 
e) Cozinha (quando for previsto o preparo de refeições); 
f) Lavanderia; 
g) Área de Lazer; 
h) Ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta ou 
mais trabalhadores). 
 
Observação.: O cumprimento do disposto nos itens “c”, “f”, e “g”, é 
obrigatório nos casos onde houver trabalhadores alojados. 
 
4) Localização e dimensionamento das centrais de: 
Argamassa (betoneira); 
Mini-central de concreto, quando houver; 
Armaduras; 
Serra Circular; 
Armação de forma; 
Outras. 
 
5) Localização e dimensionamento dos Equipamentos de Transporte de 
Materiais e Pessoas: 
Grua; 
Elevador de Transporte de Materiais (Prancha); 
Elevador de Passageiros (Gaiola). 
 
P á g i n a | 346) Tapumes ou barreiras para impedir o acesso de pessoas estranhas aos 
serviços. 
 
7) Verificação das diversas interferências com a comunidade e vice-versa. 
 
8) Análise cronológica da instalação do Canteiro e das atividades de 
Máquinas e Equipamentos fixos, para determinar, com antecedência, sua disposição 
e construção. 
2.2 Elaboração de croquis do layout do canteiro 
A análise da (s) planta (s) de layout é útil para a identificação de problemas 
relacionados ao arranjo físico propriamente dito, permitindo observar, por exemplo, a 
localização equivocada de alguma instalação ou o excesso de cruzamentos de fluxo 
em determinada área. A necessidade desta ferramenta surge do fato de que a 
grande maioria dos canteiros não possui uma planta de layout, situação que acaba 
obrigando a elaboração de um croqui na própria obra, durante a visita de 
diagnóstico. Considerando essa necessidade, são apresentadas a seguir algumas 
diretrizes para a elaboração de croquis do layout do canteiro. Tais diretrizes também 
são aplicáveis à elaboração das plantas de layout. 
Inicialmente, recomenda-se desenhar croquis de todos os pavimentos 
necessários à perfeita compreensão do layout (subsolo, térreo e pavimento tipo, por 
exemplo). Nos canteiros convencionais, uma aproximação da escala 1:200 será 
suficiente, não sendo, porém, necessária muita rigidez na transferência de escala. 
Nos croquis, devem constar no mínimo os seguintes itens: 
a) definição aproximada do perímetro dos pavimentos, diferenciando áreas 
fechadas e abertas; 
b) localização de pilares e outras estruturas que interfiram na circulação de 
materiais ou pessoas; 
c) portões de entrada no canteiro (pessoas e veículos) e acesso coberto para 
clientes; 
d) localização de árvores que restrinjam ou interfiram na circulação de 
materiais ou pessoas, inclusive na calçada; 
P á g i n a | 35 
 
 
e) localização das instalações provisórias (banheiros, escritório, refeitório, 
etc.), inclusive plantão de vendas; 
f) todos os locais de armazenamento de materiais, inclusive depósito de 
entulho; 
g) localização da calha ou tubo para remoção de entulho; 
h) localização da betoneira, grua, guincho e guincheiro, incluindo a 
especificação do (s) lado (s) pelo (s) qual (is) se fazem as cargas no guincho; 
i) localização do elevador de passageiros; 
j) localização das centrais de carpintaria e aço; 
l) pontos de içamento de fôrmas e armaduras; 
m) localização de passarelas, rampas e/ou escadas provisórias com indicação 
aproximada do desnível; 
n) linhas de fluxo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 36 
 
 
As Figuras 4 e 5 ilustram modelos plantas de canteiro de obra. 
Figura 4: Modelo 1 de planta de canteiro de obras. 
 
Fonte: IFRN (2018) 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 37 
 
 
Figura 5: Modelo 2 de planta de canteiro de obras. 
 
Fonte: CONSTRUÇÃO CIVIL (2018) 
 
 
 
 
Resumo 
 
 
 
 
Na aula 2, abordamos a construção e o planejamento dos canteiros de obra, e 
você aprendeu que: 
 
✓ O canteiro de obra é uma denominação dada ao local de trabalho onde 
serão desenvolvidas as atividades necessárias à realização de uma 
obra de engenharia; 
✓ O planejamento e organização do canteiro deve preceder a realização 
dos serviços de cada etapa de uma obra, a fim de que não se tenha 
problemas nos equipamentos e mão de obra, transporte desnecessário 
de material e perda de produtividade; 
✓ Os canteiros de obra podem ser enquadrados dentro de um dos três 
seguintes tipos: restritos, amplos e longos e estreitos. 
✓ O projeto do canteiro de obras é útil para a identificação de problemas 
relacionados ao arranjo físico propriamente dito, permitindo observar, 
por exemplo, a localização equivocada de alguma instalação ou o 
excesso de cruzamentos de fluxo em determinada área; 
✓ Para estabelecimentos com mais de 20 trabalhadores, torna-se 
obrigatório a elaboração do PCMAT alertando os riscos presentes em 
cada ambiente de trabalho no canteiro de obras e quais instrumentos e 
equipamentos são necessários para eliminar ou diminuir os riscos no 
ambiente de trabalho, devendo contemplar as exigências contidas na 
NR-9 sobre o programa de Prevenção de Riscos Ambientais, vulgo 
PPRA. 
 
 
 
 
 
 
Complementar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para ter acesso ao conteúdo complementar, acesse as videoaulas, as notas de aula 
e os demais arquivos em sua PLATAFORMA 
 
 
 
 
Acesse também o site do Ministério do Trabalho e baixe a NR-18 que contempla as 
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção através de: 
http://trabalho.gov.br/index.php/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras. 
 
 
 
 
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-18-condicoes-e-meio-ambiente-de-trabalho-na-industria-da-construcao
http://trabalho.gov.br/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras
http://trabalho.gov.br/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras
 
 
Referências 
 
Básica: 
AMBROZEWICZ, P. H. L. Construção de edifícios – do Início ao fim da obra. 1. 
ed. São Paulo: Ed. PINI, 2015. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12284: Áreas de 
vivência em canteiros de obra. Rio de Janeiro: Abnt, 1991. 
 
GONÇALVES, G. P. Projeto embrionário para construção de unidades 
habitacionais em Porciúncula/RJ. Monografia apresentada à Faculdade Redentor. 
Itaperuna/RJ, 2008. 
 
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Norma Regulamentadora n. 18 
(NR18) - condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Publicado 
em Brasília, 06 de julho de 1978 e atualizado em 09 de dezembro de 2015. 
 
RIBEIRO, P. F. C. Caracterização dos canteiros de obras da cidade de 
Angicos/RN. Monografia apresentada à UFERSA. Angicos-RN, 2011. 
 
SORAGGI, M. V. F. Edificações. Notas de aula da disciplina de Edificações. 
Itaperuna: UniRedentor, 2017. 
 
Complementar: 
BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO. . Normas Regulamentadoras (Português). 
2015. Disponível em: http://trabalho.gov.br/index.php/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras. Acesso em: 12 fev. 2018. 
 
CIVIL, C. Canteiro de obras. Disponível em: http://construcaocivil1-2010a-
rogeriotodes.blogspot.com.br/2010/07/canteiro-de-obras.htm. Acesso em: 10 fev. 2018. 
 
JAGUARÉ, A. Exemplos. Disponível em: 
https://arborejaguare.wordpress.com/contato/. Acesso em: 12 abr. 2018. 
 
RIO GRANDE DO NORTE. INSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. . 
Apostila de planejamento de canteiro de obra. Disponível em: 
http://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes/disciplinas/projeto-e-implantacao-de-canteiro-de-
obras/apostila-de-planejamento-de-canteiro-de-obra/view. Acesso em: 10 mar. 2018. 
 
 
 
 
 
AULA 2 
Exercícios 
 
 
 
 
 
1) Explique os principais objetivos de um planejamento 
de canteiro de obra. 
 
2) Os canteiros de obra podem ser enquadrados dentro 
de um dos três seguintes tipos: restritos, amplos e longos e estreitos. Marque a 
alternativa correta a respeito deste assunto. 
a) O canteiro amplo é o mais frequente nas áreas urbanas das cidades, 
especialmente nas áreas centrais. 
b) As duas principais regras fundamentais dos canteiros de obra restritos são 
a criação de espaços utilizáveis no nível do térreo tão cedo quanto possível e deixar 
por último a fronteira mais difícil do terreno. 
c) Os canteiros considerados amplos são aqueles no qual a edificação ocupa 
uma pequena parte do terreno completo, contribuindo com espaços significantes 
para fluxo de materiais e pessoas. 
d) Os amplos e estreitos possuem poucas vias de acesso ao canteiro, 
impossibilitando o fluxo ideal de materiais e trabalhadores necessário no decorrer da 
execução da obra. 
e) Nos canteiros amplos, as edificações tendem a ocupar uma alta 
percentagem do terrenoem busca de maximizar sua rentabilidade. 
 
3) Das alternativas falsas do exercício anterior, explique o erro de cada 
sentença 
 
4) O que diz a NR-18 a respeito do PCMAT? Sua elaboração é obrigatória em 
estabelecimentos com o mínimo de quantos trabalhadores? 
 
5) Na fase de planejamento do canteiro torna-se necessário um estudo 
preliminar. Quais são os principais itens que devem ser considerados nesta fase? 
 
P á g i n a | 42 
 
 
6) Sobre a disponibilidade da água em canteiros. 
I - O uso da água é intensivo para preparar materiais no canteiro. Ela serve 
também para a higiene dos trabalhadores e deve estar disponível em abundância. 
II - O canteiro de obra deve contar com a rede pública de abastecimento, não 
sendo permitido a construção de um poço. 
III – Em todo canteiro de obra é obrigatório a instalação de vasos sanitários. 
Não havendo coleta de esgoto de rede pública, será necessário a instalação de uma 
fossa séptica. 
 
Está correto o que se afirma em: 
a) I apenas 
b) I e II apenas 
c) I e III apenas 
d) II e III apenas 
e) Todas estão corretas. 
 
7) Na representação de um layout de um canteiro de obra, quais são os itens 
que devem constar no projeto? 
 
 
 
 
 
 
 
 
Áreas de vivência no canteiro de obras 
Aula 3 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Olá pessoal! 
 
Nas próximas duas aulas abordaremos os conteúdos relacionados à 
instalação da infraestrutura de um canteiro de obra. Nesta aula, vamos estudar a 
implantação das áreas de vivência, que segundo a NBR12284 (1991) corresponde 
as áreas destinadas a suprir as necessidades básicas humanas de alimentação, 
higiene pessoal, descanso, lazer, convivência e ambulatoriais, devendo ficar 
fisicamente separadas das áreas operacionais. 
 
Bons estudos! 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de 
compreender a Norma Regulamentadora NR-18, em especial o item 18.4 que diz 
respeito às áreas de vivência nos canteiros de obra, a fim de implementar as 
medidas de controle e sistemas preventivos de segurança na construção civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 44 
 
 
3 INFRAESTRUTURA DO CANTEIRO DE OBRA – ÁREAS DE VIVÊNCIAS 
Na implantação do Canteiro de Obras, deve-se procurar evitar, ao máximo, o 
deslocamento das instalações durante a execução do projeto, evitando desperdício 
de material e mão-de-obra. Desta forma, é interessante locar a área de vivência em 
um local estratégico para que não ocorra uma perda na produtividade ao longo do 
dia de serviço. 
 
 
 
Em um terreno muito grande, a área de vivência, assim como as 
centrais de produção e estocagem de material podem mudar de 
localização ao longo do desenvolvimento dos serviços. 
 
 
 
Conforme já dito na aula anterior, as condições de alojamento, instalações 
sanitárias, vestiário, refeitório, cozinha, lavanderia, área de lazer, ambulatório e o 
fornecimento de água potável devem atender ao que se estabelece na NR-18. 
Com relação à área de vivência, segundo o item 18.4 da norma 
regulamentadora citada acima, o canteiro de obras deve dispor de: 
• áreas de vivência mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e 
limpeza; 
• em suas instalações móveis, incluindo containers: possuir uma área de 
ventilação natural efetiva de no mínimo 15% da área do piso, composta, de 
no mínimo, duas aberturas adequadamente dispostas para permitir eficaz 
ventilação interna; garantir condições de conforto térmico; possuir pé direito 
mínimo de 2,40 metros. 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 45 
 
 
3.1 Instalações sanitárias 
As instalações sanitárias devem: 
a) ter portas de acesso que impeçam o seu devassamento e ser construídas 
de modo a manter o resguardo conveniente. Importante não ligar diretamente com 
locais destinados às refeições; 
b) estar situadas em locais de fácil e seguro acesso e no máximo a 150 m 
(cento e cinquenta metros) de distância - tanto na horizontal quanto na vertical - do 
posto de trabalho; 
c) ser independente para homens e mulheres, quando necessário. Ter pé 
direito de 2,50 metros ou respeitando o código de obras municipal; 
d) ser constituídas de: um conjunto composto de lavatório, vaso sanitário 
(provido de assento, tampa e rolo de papel higiênico) e mictório, para cada grupo de 
20 (vinte) trabalhadores ou fração; um chuveiro, para cada grupo de 10 (dez) 
trabalhadores ou fração com altura de 2,10 m do piso. 
 
A fim de estimar a área necessária para as instalações sanitárias, devem ser 
considerados: 
• Número máximo de trabalhadores na obra; 
• Para cada vaso sanitário: 1,00 m²; 
• Para cada chuveiro: 0,80 m²; 
• Para lavatório, espaçamento: 0,60 m²; 
• Para mictório, espaçamento: 0,60 m². 
3.2 Vestiário 
Todo Canteiro de Obras deve possuir vestiário para troca de roupa dos 
trabalhadores que não residam no local. Suas paredes e pisos devem ser laváveis. 
Os vestiários devem ter armários individuais dotados de fechadura ou 
dispositivo com cadeado e bancos, com largura mínima de 0,30 cm (trinta 
centímetros). Sua área de ventilação deve corresponder a 1/10 de área do piso. Pé 
direito de no mínimo 2,50. A NR-24 também apresenta requisitos referentes as 
condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho, estabelecendo um 
P á g i n a | 46 
 
 
parâmetro de 1,5 m²/pessoa para dimensionamento de vestiário. Este valor 
dificilmente é cumprindo, principalmente se tratando de canteiros restritos. 
A Figura 6 ilustra um exemplo de projeto de parte de uma área de vivência de 
um projeto de canteiro de obra, constando as instalações sanitárias e o vestiário. 
Figura 6: Modelo de projeto para vestiário e instalações sanitárias dos canteiros de obra. 
 
Fonte: SORAGGI (2017) 
 
 
 
 
 
Conforme visto na ilustração podemos verificar que no projeto de uma área de vivência 
devem constar a planta baixa do ambiente e as vistas frontais e laterais (podendo 
representar através de cortes). Devido ao número de chuveiros, totalizando 8, podemos 
prever um número máximo de trabalhadores até 80, haja visto que para cada grupo de 10 
colaboradores, torna-se necessário a instalação de 1 chuveiro. 
P á g i n a | 47 
 
 
3.3 Alojamento 
O alojamento do Canteiro de Obras deve possuir área mínima de 3,00m² (três 
metros quadrados) por módulo cama/armário, incluindo a circulação, ter no máximo 
duas camas na vertical (beliche) com lençol, fronha e travesseiro por cama, em 
condições adequadas de higiene; cobertor, quando as condições climáticas o 
exigirem e armários duplos, individuais. É obrigatório o fornecimento de água 
potável, filtrada e fresca no alojamento, na proporção de 1 (um) bebedouro para 
cada grupo de 25 (vinte e cinco) trabalhadores ou fração. As dimensões mínimas 
das camas são oitenta centímetros por um metro e noventa centímetros e elas não 
podem estar localizadas no subsolo ou porão de qualquer edificação. 
3.4 Local para as refeições 
É obrigatória a existência de local adequado para as refeições, que deve: 
• ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no 
horário das refeições e com assentos em número suficiente para atender 
os usuários; 
• ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior. 
 
Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não da 
cozinha, deve haver local exclusivo para o aquecimento das refeições. 
3.5 Cozinha, (quando houver preparo de refeições) 
Quando houver Cozinha no Canteiro de Obras, ela deve: 
• ter pia para lavar os alimentos e utensílios; 
• possuir instalações sanitárias, que com ela não se comuniquem, de uso 
exclusivo dos encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e 
utensílios; 
• Possuir equipamentos de refrigeração, para preservação dos alimentos. 
P á g i n a | 48 
 
 
3.6 Lavanderia 
Deve haver um local próprio, coberto, ventilado e iluminado, para que o 
trabalhadoralojado possa lavar, secar e passar suas roupas de uso pessoal. Este 
local deve ter tanques individuais ou coletivos em número adequado. 
3.7 Área de lazer 
Devem ser previstos locais para recreação dos trabalhadores alojados, 
podendo ser usado o local de refeições para este fim. 
3.8 Ambulatório 
As frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores devem ter 
um ambulatório. Neste ambulatório, deve haver o material necessário à prestação de 
Primeiros Socorros, conforme as características da atividade desenvolvida. 
Este material deve ser mantido guardado e aos cuidados de pessoa treinada 
para esse fim. 
3.9 Escritórios 
O escritório é uma construção, normalmente de madeira, cujo acabamento é 
feito com maior ou menor esmero, conforme a previsão do prazo de funcionamento 
no local, ou das características da obra. Compõem-se, geralmente, de dependências 
para os seguintes elementos da Administração da Obra: 
• engenharia (Gerentes e engenheiros); 
• estagiários e técnicos; 
• mestre de obras; 
• encarregado de escritório e auxiliares; 
• segurança do trabalho; 
• ambulatório; 
• sanitários; 
• encarregados. 
 
P á g i n a | 49 
 
 
O dimensionamento de um escritório é em função do número de 
colaboradores daquele ambiente e das dimensões dos equipamentos (armários, 
mesas, cadeiras, computadores, etc.), variáveis estas que são dependentes dos 
padrões de cada empresa. As dimensões usuais de escritórios podem ser 3,30 m x 
3,30 m ou 3,30 m x 2,20 m. 
3.10 Portaria e vigilância 
A Portaria da Obra deve ficar junto à porta de acesso do pessoal sendo 
localizada de modo que o vigia possa controlar os acessos da Obra. O vigia, além de 
anotar o nome e a identidade dos visitantes, não deve permitir a entrada de pessoas 
na Obra sem os Equipamentos de Proteção Individuais determinados pelas normas 
da empresa, e deve consultar a administração ou gerência da Obra, para 
autorização do acesso aos visitantes. 
Na guarita deve ser feito o controle do ponto dos funcionários. 
Figura 7: Portaria de canteiro de obra. 
 
Fonte: https://russelservicos.com.br/produto/terceirizacao-porteiro-de-obra-construcao-civil/. 
3.11 Galerias 
Nas construções e reformas com mais de dois pavimentos executadas 
próximas ao alinhamento do logradouro, devem ser construídas galerias sobre o 
https://russelservicos.com.br/produto/terceirizacao-porteiro-de-obra-construcao-civil/
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passeio para a segurança dos passantes com altura interna mínima de 3,0 m. Na 
borda da cobertura da galeria deve ser instalado um complemento em balanço de 
1,0 m de extensão e inclinação de 45° conforme ilustração abaixo. 
Figura 8: Galeria sobre passeio. 
 
Fonte: (GALERIA..., 2018) 
 
 
 
 
 
Resumo 
 
 
 
 
Na aula 3, você aprendeu que: 
 
✓ As Áreas de vivência devem ser mantidas em perfeito estado de 
conservação, higiene e limpeza; 
✓ Que são destinadas a suprir as necessidades básicas humanas de 
alimentação, higiene pessoal, descanso, lazer, convivência e 
ambulatoriais; 
✓ Os canteiros de obra devem dispor de instalações sanitárias, vestiário, 
alojamento, local de refeições, cozinha, lavanderia, área de lazer e 
ambulatório, sendo obrigatório o cumprimento da NR-18 do MTb. 
 
 
 
 
 
 
Complementar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em sua plataforma será disponibilizado um arquivo contendo slides (apresentando 
as imagens ilustrativas das principais áreas de vivência de canteiros de obra) com 
as notas de aula da disciplina no modelo presencial. 
 
Acesse também o site do Ministério do Trabalho e leia o item 18.4 da Norma 
Regulamentadora - NR18 através de: http://trabalho.gov.br/index.php/seguranca-e-
saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras. 
 
 
 
 
 
 
http://trabalho.gov.br/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras
http://trabalho.gov.br/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras
 
 
Referências 
 
Básica: 
AMBROZEWICZ, P. H. L. Construção de edifícios – do início ao fim da obra. 1. 
ed. São Paulo: Ed. PINI, 2015. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12284: Áreas de 
vivência em canteiros de obra. Rio de Janeiro: Abnt, 1991. 
 
GONÇALVES, G. P. Projeto embrionário para construção de unidades 
habitacionais em Porciúncula/RJ. Monografia apresentada à Faculdade Redentor. 
Itaperuna/RJ, 2008. 
 
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Norma Regulamentadora n. 18 
(NR18) - condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Publicado 
em Brasília, 06 de julho de 1978 e atualizado em 09 de dezembro de 2015. 
 
MORAES, C. R. N. Perguntas e Respostas Comentadas em Segurança e 
Medicina do Trabalho. 2. Reimp. 4. ed. São Caetano do Sul-SP: Ed. Yendis, 2011. 
 
RIBEIRO, P. F. C. Caracterização dos canteiros de obras da cidade de 
Angicos/RN. Monografia apresentada à UFERSA. Angicos-RN, 2011. 
 
SAURIN, T. A.; FORMOSO, C. T. Planejamento de canteiros de obra e gestão de 
pessoas. Recomendações Técnicas HABITARE. Porto Alegre: ANTAC, 2006 
 
SORAGGI, M. V. F. Edificações. Notas de aula da disciplina de Edificações. 
Itaperuna: UniRedentor, 2017. 
 
Complementar: 
MINISTÉRIO DO TRABALHO. Normas Regulamentadoras (Português). 2018. 
Disponível em: http://trabalho.gov.br/index.php/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras. Acesso em: 10 abr. 2018. 
 
RUSSEL SERVIÇOS. Terceirização: porteiro de obras construção civil. Disponível 
em: https://russelservicos.com.br/produto/terceirizacao-porteiro-de-obra-construcao-civil. 
Acesso em: 10 abr. 2018. 
 
 
AULA 3 
Exercícios 
 
 
 
 
RESPONDA AS QUESTÕES DISCURSIVAS ABAIXO BASEADAS 
EM MORAES (2011) 
 
1) Sobre as áreas de vivência, como devem ser os 
canteiros de obra? Devem dispor de quais ambientes? 
 
2) Quando um canteiro de obras fica obrigado a ter um ambulatório? 
 
3) Quais são as condições para que as instalações móveis sejam aceitas em 
áreas de vivência de canteiros de obras e frentes de trabalho? 
 
4) O que é que toda a instalação sanitária deve ter? 
 
5) Em banheiros, quais são as condições exigidas para os vasos sanitários? 
 
6) Qual a área mínima exigida por norma para cada chuveiro? 
 
7) Como devem ser os alojamentos do canteiro de obras? 
 
8) Como deve ser o local para refeições nos canteiros de obra? 
 
9) Quando houver cozinha no canteiro de obras, coo esta deve ser? 
 
10) Que espaço poderá ser utilizado para a recreação dos trabalhadores? 
 
 
Para encontrar as respostas das questões acima, acesse em sua plataforma 
digital o arquivo complementar relacionado a perguntas e respostas sobre as 
áreas de vivência nos canteiros de obra. 
 
 
Áreas operacionais 
Aula 4 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Olá pessoal! 
 
Continuaremos estudando a infraestrutura de um canteiro de obras. Nesta 
aula vamos abordar as áreas operacionais, abrangendo as áreas de armazenamento 
e as centrais de produção. 
 
Bons estudos! 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: 
 
➢ Identificar os tipos de áreas para armazenamento de materiais e 
ferramentas; 
➢ Entender como devem ser estocados os principais materiais de 
construção utilizados na obra, com por exemplo: cimento, cal, 
ferragem, tubos e conexões, agregados, blocos e tijolos, revestimentos, 
etc.; 
➢ Conhecer as principais informações relacionadas as centrais de 
produção; 
➢ Conhecer as principais informações relacionadas às instalações hidro 
sanitárias e elétricas. 
 
 
 
 
P á g i n a | 56 
 
 
4 INTRODUÇÃO 
A NB-1367 (1991) descreve área operacional como aquelas em que se 
desenvolvem as atividades de trabalho ligadas diretamente à produção. 
 
 
Nesta aula vamos abordar as principais áreas para armazenamento de 
materiais e ferramentas, e as centrais de produção (carpintaria, central de 
concreto e argamassadeira,central de formas, etc. 
 
 
4.1 Áreas para armazenamento de materiais e ferramentas 
As áreas para armazenamento de materiais e ferramentas devem ser 
divididas entre: 
a) Depósitos; 
b) Silos / baias; 
c) Almoxarifado. 
 
Os depósitos são instalações destinadas à guarda de materiais de 
considerável quantidade e volume por razões de segurança e deterioração o seu 
dimensionamento depende do volume estimado de material a ser estocado e do 
espaço disponível. Os silos/baias são instalações destinadas a armazenar 
agregados e aglomerantes a granel. Devem ser localizados de forma a permitir fácil 
acesso de caminhões basculantes. As baias devem ter separações de madeira ou 
alvenaria para que não haja mistura entre os materiais. 
O almoxarifado é uma instalação destinada à guarda de ferramentas e 
materiais de pequeno porte e valor elevado. Deve ser construído, de preferência, 
separado dos escritórios, porém nas suas proximidades. Deve também ficar próximo 
das entradas e ser localizado de modo a permitir uma fácil distribuição dos 
materiais/equipamentos pelo canteiro. 
 
 
P á g i n a | 57 
 
 
Outras características são: 
• Esta área deve ser mantida limpa e organizada, de modo a não prejudicar 
o trânsito de pessoas, a circulação de materiais e o acesso aos 
equipamentos de combate ao incêndio; 
• Manter pilhas estáveis de materiais com facilidade de acesso e manuseio; 
• Armazenar os materiais (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e explosivos) 
identificados e separados por compatibilidade química e em local isolado e 
sinalizado. 
4.2 Estocagem de material 
Seguem abaixo as diversas formas de se estocar materiais em canteiros de 
obra. 
a) Cimento 
• Manter longe de ambientes úmidos; 
• Sobre estrado ou assoalho de madeira; 
• 20 cm distantes das paredes; 
• Empilhamento máximo de 10 sacos; 
• Favorecer a utilização do lote mais antigo (Não se deve utilizar cimento 
velho em uma construção). 
 
b) Cal 
• Extinta e ensacada – local seco e arejado; 
• Empilhados sobre estrado de madeira; 
• Altura máxima de 2,0 m; 
• Camadas sucessivas cruzadas (amarração); 
• Argamassas industrializadas: armazenamento em locais protegidos das 
intempéries. Para organizar o ambiente, é interessante separar em pilhas 
diferentes os diversos tipos de argamassas a serem utilizadas. 
 
c) Agregados 
• Armazenados em silos ou baias; 
• Acesso livre para descarrego; 
P á g i n a | 58 
 
 
• Descarregar a altura inferior a 3,0 m; 
• Evitar a ação prejudicial do vento; 
• Estoque deve estar próximo ao acesso direto do basculamento do 
caminhão; 
• Deve-se prover delimitação quanto às laterais; 
• Evitar carregamento pela chuva e contaminação com terra, entulho e 
outros materiais; 
• A altura máxima do estoque sobre o terreno deve ser da ordem de 1,5 m; 
• Não deve ser estocado sobre laje (devido à sobrecarga). 
Figura 9: Armazenamento de agregados. 
 
FONTE: SAURIN e FORMOSO (2006) 
d) Blocos e tijolos 
• Os blocos e tijolos devem ser separados por tipo; 
• A altura máxima da pilha é no máximo 1,80 m; 
• O estoque deve estar situado em local coberto, caso contrário, deve ser 
coberto com uma lona plástica (ver Figura 10); 
P á g i n a | 59 
 
 
• As pilhas não devem ser apoiadas diretamente sobre o terreno – apoio 
sobre colchão de brita ou paletes. 
Figura 10: Empilhamento de tijolos. 
 
Fonte: GONÇALVES (2017) 
e) Tubos de PVC 
• Armazenados no almoxarifado em armários que permitem separação entre 
as diferentes bitolas; 
• No dimensionamento, deve ser lembrado que os tubos de PVC podem ter 
comprimento de 6,0 m; 
• Podem ser acomodados em ganchos fixados nas paredes, de forma similar 
a utilizada para as barras de aço. 
 
f) Tubos metálicos e vergalhões 
• Área de comprimento mínimo de 7,5 m para tubos, perfis e vergalhões 
quando dobrados; 
• Área de comprimento mínimo de 13,5 m para vergalhões de aço estirados; 
• Arrumados em camadas, com espaçadores transversais travados 
lateralmente; 
• As extremidades devem ser alinhadas para não avançarem nas 
circulações; 
• Separados por tipos e altura máxima de 1,50 m; 
P á g i n a | 60 
 
 
• Devem ser apoiados sobre travessas de madeira, ferro ou concreto, a fim 
de se manterem afastadas do solo. 
 
Os locais de estocagem e corte dos vergalhões devem ser previamente 
estudados, uma vez que cada barra mede 12,00 m de comprimento (6,0 m dobradas 
em estoque). As imagens da fig. 11(a), fig.11(b) e fig. 11(c) apresentam formas de 
armazenamento provisório de vergalhões em obras. A figura 11(d) ilustra o 
armazenamento correto dos tubos metálicos em prateleiras de acordo com o tipo de 
seção e sua bitola. 
Figura 11: Armazenamento de tubos metálicos e vergalhões. 
 
Fonte: SORAGGI (2017) 
g) Madeiras 
• Estocagem da madeira na obra deve ser feita por tipo de madeira e bitola; 
• As linhas, caibros, ripas são armazenados da mesma forma que os tubos e 
vergalhões; 
• As peças devem ficar em local coberto de modo que não sofram a ação 
das intempéries; 
• Apoiadas sobre travessas de madeira para se manterem afastadas do piso; 
P á g i n a | 61 
 
 
• Deve ser observado, principalmente em peças de compensados, se não 
estão sofrendo deformações no armazenamento; 
• Área dimensionada em função do comprimento máximo (em local afastado 
de inflamáveis); 
• Extintor de incêndio: CO2 de 6 Kg; 
• Pilhas travadas lateralmente e altura máxima de 1,50 m. 
 
 
 
O Estoque de compensados para formas deve ser instalado próximo ao portão 
de materiais, próximo ao local de confecção das formas. Deve ser evitado 
contato com solo e umidade, isolando o chão com caibros e cobrindo-o com 
lona. As pilhas devem ter no máximo 75 chapas. 
 
 
 
h) Revestimento cerâmico 
• No recebimento do material no canteiro de obras é necessário verificar se a 
embalagem contém informações como: marca do fabricante, tipo de 
revestimento cerâmico, tamanho nominal, tamanho de fabricação, natureza 
da superfície, classe de abrasão, tonalidade do produto, espessura de junta 
recomendada, entre outras; 
• No armazenamento, as embalagens devem ser separadas de acordo com 
o tipo, em pilhas que não ultrapassem 1,5 m de altura; 
• Estocagem em local coberto e fechado. 
4.3 Centrais de produção 
 Vamos dividir as centrais de produção em três partes, sendo elas: 
• Carpintaria e central de formas; 
• Central de concreto e argamassa; 
• Central de armação de ferragens. 
P á g i n a | 62 
 
 
4.3.1 Carpintaria e Central de formas 
A carpintaria é composta basicamente de bancadas de trabalho e serra 
circular (ver Figura 12). Destinada ao corte e montagem das formas e esquadrias. 
Deve ser localizada próximo ao estoque de madeira e possuir comprimento mínimo 
de 6 metros e área coberta na ordem de 25 m². 
Figura 12: Ilustração de uma bancada com serra circular. 
 
Fonte: SORAGGI (2017) 
A serra circular deve estar em local coberto e protegido e atender as 
seguintes disposições: 
a) ser dotada de mesa estável, com fechamento de suas faces inferiores, 
anterior e posterior, construída em madeira resistente e de primeira qualidade, 
material metálico ou similar de resistência equivalente, sem irregularidades, com 
dimensionamento suficiente para a execução das tarefas; 
b) ter a carcaça do motor aterrada eletricamente; 
c) o disco deve ser mantido afiado e travado, devendo ser substituído quando 
apresentar trincas, dentes quebrados ou empenamentos; 
d) as transmissões de força mecânica devem estar protegidas 
obrigatoriamente por anteparos fixos e resistentes, não podendo ser removidos, em 
hipótese alguma, durante a execução dos trabalhos; 
e) ser provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor, com identificação do 
fabricante e ainda coletor de serragem. 
 
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Na central de formas, local destinado a montagem das formas dos elementos 
de concreto armado, recomenda-se

Outros materiais